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Três Lagoas
2015
João Vitor Olegario Mieli de Souza
Jefferson Ailton Oliveira dos Santos
Alessandro Vargas da Silva Santos
José Roberto Silva Santos Junior
Três Lagoas
2015
Dedico este trabalho, ao querido Prof. Me.
Jefferson Anthony Gabriel de Oliveira pela
dedicação, ensinamentos, pelo apoio
incondicional nesses importantes momentos de
nossa vida acadêmica. Por nos fazer acreditar
que tudo é possível, basta perseguir os sonhos e
estudar as rochas.
João Vitor Olegario Mieli de Souza
Jefferson Ailton Oliveira dos Santos
Alessandro Vargas da Silva Santos
José Roberto Silva Santos Junior
PROFESSOR EXAMINADOR
__________________________________________
Prof. Me. Jefferson Anthony Gabriel de Oliveira
Faculdades Integradas de Três Lagoas
LISTA DE FIGURAS
Figura 01 - Sequência de intemperismo físico (a) e químico (b) do feldspato potássico no solo
.....................................................................................................................................................8
Figura 02 - Rocha desenhada através do vento...........................................................................9
Figura 03 - Diferentes formas geométricas do relevo...............................................................10
Figura 04 - Convergência dos fluxos das encostas para os fundos dos vales...........................12
Figura 05 - Tipos de relevo e razão de infiltração/deflúvio (escorrimento superficial)...........14
Figura 06 - Rocha fraturada em chapas por alívio de pressão..................................................18
Figura 07 - Bloco de gnaisse fraturado devido à ação do gelo.................................................19
Figura 08 - Material carbonático, derivado de intemperismo químico em climas áridos.........21
Figura 09 - Solo com alto teor de ferro avermelhado pela ferrugem, deserto árido.................23
Figura 10 - Caverna calcária na região de bonito/MS..............................................................24
Figura 11 - Alteração de um feldspato potássico......................................................................25
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS...............................................................................................................4
1 INTRODUÇÃO ...............................................................................................................6
1.1 JUSTIFICATIVA..............................................................................................................6
1.2 OBJETIVOS......................................................................................................................6
1.3 METODOLOGIA..............................................................................................................7
2 INTEMPERISMOS.........................................................................................................8
2.1 FATORES..........................................................................................................................9
2.2 CLIMA...............................................................................................................................9
2.3 RELEVO...........................................................................................................................10
3 FORMAÇÃO DOS SOLOS............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
3.1 A IMPORTÂNCIA DAS ÁGUAS NA FORMAÇÃO DOS SOLOS.............................11
3.2 A IMPORTÂNCIA DO CLIMA NA FORMAÇÃO DOS SOLOS................................12
3.3 A IMPORTÂNCIA DO RELEVO NA FORMAÇÃO DOS SOLOS.............................13
3.4 A IMPORTÂNCIA DA VEGETAÇÃO NA FORMAÇÃO DOS SOLOS.....................15
3.5 AS ROCHAS...................................................................................................................15
4 INTEMPERISMO FÍSICO.............................ERRO! INDICADOR NÃO DEFINIDO.
4.1 DIMINUIÇÃO DA PRESSÃO POR ALÍVIO DA CARGA..........................................17
4.2 CRESCIMENTO DE CRISTAIS ESTRANHOS NAS ROCHAS.................................18
4.3 EXPANSÃO TÉRMICA E CONTRAÇÃO....................................................................19
4.4 PLANTAS COMO AGENTES DE INTEMPERISMOS MECÂNICO.........................20
5 INTEMPERISMO QUÍMICO.....................................................................................21
5.1 OXIDAÇÃO....................................................................................................................22
5.2 CARBONATAÇÃO........................................................................................................23
5.3 HIDRÓLISE....................................................................................................................24
5.4 HIDRATAÇÃO...............................................................................................................25
5.5 TROCA DE BASES........................................................................................................26
6 CONCLUSÃO................................................................................................................27
REFERÊNCIAS.............................................................................................................28
1 - INTRODUÇÃO
1.1 Justificativa
A geologia sendo a ciência que estuda a terra, e a Engenharia Civil uma profissão
voltada para o bem-estar do homem e a sua perfeita interação com o meio, faz-se necessário a
compreensão dos diversos agentes de origem geológica como modificadores do ambiente.
Este trabalho se justifica por discorrer e apresentar aspectos sobre a Geologia, meio
ambiente e Engenharia Civil, buscando a interação entre esses assuntos e seus agentes e
fatores.
1.2 Objetivos
Este trabalho visa comentar sobre o intemperismo e discorrer sobre a as bases teóricas
e conceituais do intemperismo químico e físico, e as influências destes fenômenos naturais
sobre o processo de formação dos solos, relevos e transformação das rochas. Possibilitando
uma maneira racional de discernimento na identificação e solução de assuntos pertinentes à
utilização de recursos minerais, energéticos, extração, impactos associados ao uso dos
recursos, desastres naturais, extração, etc.
1.3 Metodologia
Figura 01 –Sequência de intemperismo físico (a) e químico (b) do feldspato potássico no solo
Fonte: SIRTOLI, Ângelo Evaristo. O solo no meio ambiente, 1º ed., Curitiba (PR), 2007, pag. 33).
2.1 Fatores
2.2 Clima
2.3 Relevo
O relevo interfere no fluxo da água das chuvas, resultando numa maior ou menor
infiltração no solo. Nos locais de maior declive, o contato das rochas com a água das chuvas é
menor, o que prejudica as reações químicas responsáveis pela fragmentação do solo. Já nas
regiões mais baixas e côncavas, o acúmulo de água é maior, favorecendo o intemperismo das
rochas.
Figura 04 – Convergência dos fluxos das encostas para os fundos dos vales
Fonte: SIRTOLI, Ângelo Evaristo. O solo no meio ambiente, 1º ed., Curitiba (PR), 2007, pag. 91
3.5 As Rochas
O material de origem influencia, até certo ponto, muitas das propriedades do solo,
sendo sua maior influência nas regiões mais secas e frias e nos estádios iniciais do
desenvolvimento do solo. Nas regiões mais úmidas, com o decorrer do tempo, outros fatores
obscurecem a influência da rocha de origem.
Os diferentes tipos de rochas podem apresentar maior ou menor resistência à
intemperização, consequentemente aquelas que apresentam maior resistência tendem a
promover uma paisagem de relevo mais inclinado, uma vez que os processos erosivos
ocorridos na superfície são minimizados pela resistência da rocha. O contrário também é
verdadeiro, ou seja, locais onde as rochas apresentam menor resistência, a paisagem é mais
desgastada, aplainada.
Diferentes formações geológicas podem resultar em diferentes feições de relevo
decorrentes dos distintos graus de resistência das rochas ao intemperismo e, por consequência,
dos diferentes tipos de solos. O relevo resultante de cada tipo de rocha é resultado da ação de
fatores como clima e organismos ao longo do tempo. De forma geral, as rochas mais
resistentes ao intemperismo resultam em formações de relevo com cotas mais elevadas,
enquanto os materiais menos resistentes formam as cotas mais baixas do terreno.
Além disso, é possível observar que diferentes materiais rochosos mostram distintas
orientações na paisagem que resultam em conformações superficiais claramente orientadas,
que se denominam padrões. Por exemplo, no primeiro planalto paranaense, os diques de
diabásio possuem orientação SE/NW, enquanto os corpos de quartzito têm orientação
SW/NE, claramente visíveis na paisagem e, facilmente correlacionáveis aos solos que
ocorrerem associados a eles. Estes materiais irão originar solos diferentes em diversas
características morfológicas, físicas, químicas e mineralógicas. Pode-se concluir que, de um
mesmo material de origem, dependendo das condições impostas pelos fatores de formação,
reinantes ao longo de sua história, podem resultar em solos muito diferentes.
4. O INTEMPERISMO FÍSICO
São diversas as maneiras e os processos pelos quais as rochas podem ser quebradas ou
desintegradas, no entanto os fatores de intemperismo físico mais importantes são devidos a
expansão diferencial por alívio de pressão, quando a rocha é exposta à superfície, ao
crescimento de cristais estranhos em fraturas ou poros e contração e expansão diferenciais
durante rápido ou desigual aquecimento ou resfriamento.
Se água contida em fraturas das rochas congelar uma expansão desta rocha ocorrerá
devido a uma grande força gerada que pode aumentar em até 9% o volume específico que é o
volume por unidade de massa. Este aumento de volume deverá ser inibido pela pressão
confinante em que a rocha se encontra, quanto maior a pressão confinante mais baixa deverá
ser a temperatura para possibilitar a congelamento da água.
É necessária uma pressão confinante muito alta para diminuir a temperatura de
congelamento da água em 1ºC, segundo dados é necessária uma pressão de 150 quilos por
centímetro quadrado para que a temperatura de congelamento da água passe a ser de -1ºC.
Este processo de formação de cristais de gelo pode ser bastante significativo em
termos geológicos ao aumentar o volume de uma rocha. No entanto imagine uma rocha no
topo de uma montanha gelada, porém ensolarada, este gelo irá derreter durante o dia e
congelar durante a noite e este processo contínuo de congelamento e descongelamento irá
reduzir a rocha a outras partículas que irão se tornar mais propícias ao ataque de outros
agentes de erosão e intemperismo.
Contudo o gelo não é o único material cristalino que pode se aglomerar em diáclases
de rochas e manter estas fraturas abertas, muitos outros sais podem fazer este trabalho até
mesmo sais que se acumularam em diáclases nos contatos com grãos minerais de quando a
rocha se encontrava saturada em água.
Observou-se que blocos de granito poderiam estar sujeitos a 5000 ciclos alternados de
congelamento, durante seis horas à temperatura de -12ºC; e degelo, uma hora dentro da água
20ºC, que não seria visível uma desintegração, no entanto os mesmos blocos de granitos
embebidos numa solução saturada de sulfato de sódio, 17 horas em temperatura ambiente e
secos durante 7 horas a 105 ºC, desgastavam-se a apenas 42 ciclos, em média. Isto é explicado
devido aos cristais de sais solúveis precipitarem-se a partir de soluções que são supersaturadas
pela evaporação, e à medida que crescem conseguem desintegrar rapidamente as rochas que
conseguem penetrar.
Figura 07 – Bloco de gnaisse fraturado devido à ação do gelo
Fonte: http://www.ebah.com.br/
Blocos expostos ao calor solar de desertos, por exemplo, são muitas vezes quebrados
em porções semelhantes a gomos de laranja.
Alguns viajantes de desertos mencionam ter ouvido sons semelhantes a tiro de fuzil
provindos de rochas ao se partirem. Essas expansões e contrações térmicas que acabam por
quebrar as rochas são devidos ao contraste de temperatura em decorrer das altíssimas
temperaturas do dia e baixas temperaturas da noite.
Foi realizado um estudo com um cubo de 7,5 cm de granito seco durante 5 minutos a
140ºC e esfriado com um ventilador elétrico até 30ºC por 89400 ciclos, experimento este que
corresponde variação diurna de aquecimento e resfriamento. No fim do experimento que
durou 3 anos, nenhum dano a rocha foi encontrado nem em microscópio, no entanto em áreas
da Austrália que sofrem um contraste de temperatura diurno significativo, foi notado o
quebramento de rochas e nessas áreas são desprovidas de outros fatores de intemperismo
conhecidos que não seja as variações de temperatura como causa provável.
Um outro tipo de intemperismo físico que pode ocorrer numa rocha é o intemperismo
com as plantas como agentes. Na ação de separação ou efeito de cunha das raízes das plantas,
principalmente das árvores é comum o intemperismo mecânico sobre as rochas.
Esta expansão gera uma pressão sobre a rocha que podem seguir profundamente entre
as diáclases e penetrando na rocha “fresca” exercendo pressão e causando fraturas.
5. INTEMPERISMO QUÍMICO
O processo de oxidação das rochas sempre ocorre com a água como agente
intermediário. Pode-se tomar o exemplo de superfícies de ferro que permanecem limpas e
brilhante na presença do ar seco, no entanto, na presença da umidade logo se enferrujam
(oxidação). O oxigênio é um elemento que sempre estará dissolvido na água, tanto na água da
chuva como na água subterrânea em grandes quantidades para oxidar o ferro do ferro ferroso
para o estado férrico.
Enquanto a água está em contato com o oxigênio molecular atmosférico e o ferro,
incompletamente oxidado, o oxigênio dissolvido no ar difunde-se através da água e combina-
se com o ferro. Quando o ferro ou outros elementos de um grão mineral se combinam com o
oxigênio, a estrutura cristalina do mineral original é destruída e os compostos minerais
remanescentes estão livres para participarem de outras reações químicas.
O intemperismo por oxidação ocorre em superfícies rochosas expostas que se
caracteriza por uma camada superficial de rochas intemperizadas de cores normalmente
avermelhadas ou amareladas. Muitas rochas apresentam ferro em sua composição, o ferro que
é um dos elementos mais comuns e independente de sua cor natural, todas intemperizam para
uma cor “enferrujada amarelada” ou “vermelho-castanha”. Por isso sempre é necessário partir
a rocha para examinar a superfície recém exposta para determinar sua cor.
A oxidação também afeta outros minerais além do ferro, no entanto, por conta da sua
abundância e de sua fácil oxidação, o ferro é ideal para mostrar o caráter geral deste tipo de
intemperismo.
Os óxidos de ferro são compostos químicos extremamente estáveis e uma vez
formados só são destruídos pela redução química com carbono.
Processos orgânicos também podem reduzir o óxido de ferro altamente oxidado para o
estado ferro que é menor oxidado. Compostos de ferro ferroso são mais solúveis em água do
que compostos férricos, de modo que a redução por organismos se constitui em um processo
para remover compostos das rochas alterada ou o solo; as bactérias anaeróbicas conseguem
reduzir óxido de ferro completamente em ferro metálico afim de usar o oxigênio ara seu
processo metabólico.
Estes processos intempéricos redutores que tem lugar em águas estagnadas ou lamas
ricas em compostos orgânicos não são típicos em sob condições da atmosfera terrestre.
Figura 09 - Solo com alto teor de ferro avermelhado pela ferrugem, deserto árido
Fonte: http://pt.123rf.com/
5.2 Carbonatação
O gás dióxido de carbono(CO2) dissolve-se facilmente na água em que a água fria tem
uma capacidade de dissolver o CO2 mais alta do que a água quente.
O dióxido de carbono combinado com a água gera um ácido fraco denominado de
ácido carbônico (H2CO3). A água da chuva torna-se ligeiramente ácida no começo da chuva
por dissolver a o CO2 suspenso na atmosfera no momento da precipitação e torna-se ainda
mais ácido ao entrar no solo por entre as raízes nas camadas superiores, isso se dá pelo fato de
existir bastante CO2 no ar armazenado no solo, este processo de intemperismo recebe o nome
de carbonatação.
Tomando como exemplo a ação da carbonatação em calcário que é bastante solúvel na
presença do ácido carbônico formando o bicarbonato de cálcio e que posteriormente é
bastante solúvel em água e assim escoado pelas chuvas. No entanto a maioria dos calcários
apresentam impurezas insolúveis, tais como argila e areia quartzosa. Os minerais residuais
portadores de ferro são comumente oxidados e ficam na superfície do solo apresentando uma
cor avermelhada que é uma feição característica de várias regiões calcárias e que este solo
avermelhado cobre o calcário cinza ou branco.
Dependendo da proporção de minerais solúveis para insolúveis é necessário entre 3 e 6
metros de calcário que devem ser intemperizados para produzir apenas alguns decímetros de
espessura de solo residual o que leva a crer que estas regiões calcárias sofrem um
rebaixamento de superfície ao longo dos anos como foi na região calcária ao redor de
“Mammoth Cave”, Kentucky, onde calcula-se que esta região sofreu um rebaixamento de 30
cm em 2000 anos por dissolução de carbonatos.
A dissolução de calcários não atua somente no rebaixamento da superfície mas
também opera na profundidade formando cavernas calcárias onde circulam também águas
subterrâneas. Estas cavernas calcárias iniciaram ao longo de diáclases e subsequentemente em
condutos formados pela dissolução de calcários.
A água carbonatada em contato com o calcário torna-se saturada de bicarbonato de
cálcio; diminuição de pressão, evaporação ou aumento de temperatura causam supersaturação
e precipitação de algum calcário. As estalagmites, estalactites e outras formações são
resultado do gotejamento nas cavernas, são comumente considerados apenas como resultado
da evaporação, contudo o ar nas cavernas é muito úmido e a evaporação é pequena, ou seja,
parte desta deposição é causada quando a água subterrânea movendo-se sob pressão através
da rocha acima da caverna encontra o ar livre da caverna e perde algum CO2 por causa da
queda de pressão. Com esta perda de dióxido de carbono da solução, parte do bicarbonato de
cálcio dissolvido reverte para carbonato de cálcio que é menos solúvel, usualmente na
extremidade de uma saliência pela qual a água pinga e flui. Este processo de gotejamento
forma diversas formas bastante diferentes e paisagens bastante interessantes no interior da
caverna, formando uma bela atração turística.
5.3 Hidrólise
5.4 Hidratação
A troca de bases foi recentemente tida como importantes reações de intemperismo, ela
consiste na transferência mútua de cátions como: Ca++, Mg++, Na+, K+ entre uma solução
rica em cátion e um mineral rico em outro. A velocidade de troca em que ocorre a reação
depende da atividade química e da abundância de vários cátions, bem como da acidez,
temperatura e outras propriedades da solução; este princípio de troca de bases é bastante
usado em pró da fertilidade do solo pelas adições de substâncias ricas necessárias.
A troca de cátions entre minerais e água subterrânea pode causar expansão ou até o
colapso da estrutura cristalina do mineral e liberar outros compostos químicos e ainda poder
expor outros grãos minerais adjacentes a processos intempéricos.
6. CONCLUSÃO
Referências Bibliográficas
Bibliografia Consultada
http://www.ebah.com.br/
http://www.brasilescola.com/geografia/intemperismo.htm
http://www.mundoeducacao.com/geografia/intemperismo.htm
http://meioambiente.culturamix.com/natureza/intemperismo-processo-fisico-e-quimico
http://aquafluxus.com.br/?p=3366
http://pt.123rf.com/
http://educacao.globo.com/geografia/assunto/geografia-fisica/intemperismo.html