PESQUISA EM COMUNICAÇÃO

ENTREVISTA
EM
PROFUNDIDADE
JORGE DUARTE
DEFINIÇÕES
 Vantagens
"O USO DE ENTREVISTAS PERMITE IDENTIFICAR AS DIFERENTES MANEIRAS DE
PERCEBER E DESCREVER OS FENÔMENOS. [...] ESTÁ RELACIONADO AO
FORNECIMENTO DE ELEMENTOS PARA COMPREENSÃO DE UMA SITUAÇÃO OU
ESTRUTURA DE UM PROBLEMA” (P.63)

“SABER COMO E PORQUE AS COISAS ACONTECEM É, MUITAS VEZES, MAIS ÚTIL

DO QUE OBTER PRECISÃO SOBRE O QUE ESTÁ OCORRENDO” (P.64)

RECOMENDADA PARA O TIPO DESCRITIVO: MAPEAR UMA SITUAÇÃO OU CAMPO DE

ANÁLISE, DESCREVER E FOCAR DETERMINADO CONTEXTO.
 Vantagens
A ENTREVISTA COMO TÉCNICA DE PESQUISA, ENTRETANTO, EXIGE ELABORAÇÃO E
EXPLICITAÇÃO DE PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ESPECÍFICOS.

HIPÓTESE VIRA PRESSUPOSTO: “UM CONJUNTO DE CONJETURAS ANTECIPADAS QUE

ORIENTA O TRABALHO DE CAMPO”. (P.63)
 Desvantagens
NÃO PERMITE TESTAR HIPÓTESES, DAR TRATAMENTO ESTATÍSTICO ÀS
INFORMAÇÕES, DEFINIR A AMPLITUDE OU QUANTIDADE DE UM FENÔMENO.

NÃO RECOMENDADA: OS ESTUDOS DO TIPO CAUSAL - CORRELAÇÕES DE CAUSA E

EFEITO.
Tipos de
Entrevista
Validade e
confiabilidade
 Rigor metodológico

1.SELEÇÃO DE INFORMANTES CAPAZES DE RESPONDER À QUESTÃO

DE PESQUISA;
2.USO DE PROCEDIMENTOS QUE GARANTAM A OBTENÇÃO DE
RESPOSTAS CONFIÁVEIS;
3.DESCRIÇÃO DOS RESULTADOS QUE ARTICULE CONSISTENTEMENTE
AS INFORMAÇÕES OBTIDAS COM O CONHECIMENTO TEÓRICO
DISPONÍVEL.

Seleção dos
informantes
ELAS DEVERÃO TER ENVOLVIMENTO COM O
ASSUNTO, DISPONIBILIDADE E DISPOSIÇÃO
EM FALAR

DIFERENÇAS QUALITATIVO/QUANTITATIVO

TIPOS BÁSICOS DE AMOSTRAS NÃO PROBABILÍSTICAS

PARA USO EM ENTREVISTAS QUALITATIVAS: POR
CONVENIÊNCIA OU INTENCIONAL.

CINCO TIPOS DE INFORMANTES PARA ENTREVISTAS

EM PROFUNDIDADE (P.70): ESPECIALISTA,
INFORMANTE-CHAVE, INFORMANTE-PADRÃO,
INFORMANTE COMPLEMENTAR E INFORMANTE-
EXTREMISTA.
Ato da
entrevista
INÍCIO

PERGUNTAS

ALÉM DAS
RESPOSTAS

AO FINAL

DEPOIS
Instrumentos
de coleta
ANOTAÇÕES GRAVAÇÃO

TELEFONE INTERNET
Descrição e análise
dos resultados
O PESQUISADOR SERÁ MAIS BEM-SUCEDIDO SE COMEÇAR A
ESCREVER E A SISTEMATIZAR OS RESULTADOS ASSIM QUE
HOUVER INFORMAÇÕES MÍNIMAS PARA FAZÊ-LO, DIGAMOS,

RESULTADOS
APURADO UM QUARTO DAS ENTREVISTAS PREVISTAS.

ANALISAR IMPLICA SEPARAR O TODO EM PARTES E EXAMINAR

A NATUREZA, FUNÇÕES E RELAÇÕES DE CADA UMA

CATEGORIAS

RICHARDSON (L999, P. 240): (A) SER EXAUSTIVAS,

(B) SER EXCLUSIVAS, (C) TER CONCRETUDE; (D) SER
HOMOGÊNEAS, E (E) OBJETIVAS E FIÉIS

CATEGORIAS
AS CATEGORIAS, NO CASO DE ENTREVISTAS ABERTAS, SÃO
IDENTIFICADAS AO LONGO DA PESQUISA.

NAS ENTREVISTAS SEMI-ABERTAS, ELAS TÊM ORIGEM NO

MARCO TEÓRICO E SÃO CONSOLIDADAS NO ROTEIRO DE
PERGUNTAS SEMI-ESTRUTURADAS. ELAS NÃO PODEM,
ENTRETANTO, SER ENTENDIDAS COMO CAMISAS-DE-FORÇA.
Transpondo as
informações
A DESCRIÇÃO INTERPRETATIVA DEVE SER SUPORTADA POR
ARGUMENTOS E EVIDÊNCIAS BASEADAS NAS DIVERSAS FONTES
DE INFORMAÇÃO CONSULTADAS PELO PESQUISADOR, COMO
EXAME DE DOCUMENTOS, REVISÃO BIBLIOGRÁFICA,
OBSERVAÇÃO E CONTEXTO DAS ENTREVISTAS.

PROCURE MINIMIZAR A CHANCE DE OCORRER OS ERROS

COMUNS APONTADOS POR RUMMEL (1977, P. 99):
RECONHECIMENTO, OMISSÃO, ADIÇÃO, SUBSTITUIÇÃO E
TRANSPOSIÇÃO.

VERIFIQUE A CONSISTÊNCIA DA ARGUMENTAÇÃO E DAS

INFORMAÇÕES DO INFORMANTE DURANTE A PRÓPRIA
ENTREVISTA E BUSQUE SUA COINCIDÊNCIA E ARTICULAÇÃO
COM OUTROS RELATOS NO MOMENTO DA REDAÇÃO.
SEPARAR INFORMAÇÃO OBJETIVA DE INTERPRETAÇÃO E
ANÁLISE.

É INTERESSANTE UTILIZAR TRECHOS DAS ENTREVISTAS,

NÃO É NECESSÁRIO IDENTIFICAR AS FONTES NA

DESCRIÇÃO E ANÁLISE, MAS É INTERESSANTE FAZER
UMA RELAÇÃO

EM ENTREVISTAS EM PROFUNDIDADE, A RIQUEZA. A

HETEROGENEIDADE DAS RESPOSTAS É NÃO APENAS
ESPERADA, COMO TAMBÉM DESEJÁVEL

O PESQUISADOR PODE, DEPOIS DA TRANSCRIÇÃO,

MOSTRAR O RESULTADO AO ENTREVISTADO.
Para concluir
"MAIS DO QUE UMA TÉCNICA DE COLETA DE
INFORMAÇÕES INTERATIVA BASEADA NA CONSULTA
DIRETA A INFORMANTES, A ENTREVISTA EM
PROFUNDIDADE PODE SER UM RICO PROCESSO DE
APRENDIZAGEM. EM QUE A EXPERIÊNCIA, VISÃO
DE MUNDO E PERSPICÁCIA DO ENTREVISTADOR
AFLORAM E COLOCAM-SE À DISPOSIÇÃO DAS
REFLEXÕES, CONHECIMENTO E PERCEPÇÕES DO
ENTREVISTADO."