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Lição 6 - As Sete Igrejas Da Ásia
Lição 6 - As Sete Igrejas Da Ásia
LIÇÃO 6
O
s capítulos 2 e 3 do Livro de Apocalipse abrangem a Parte II da
tríplice divisão geral do livro, esboçada em 1.19, isto é, “... as
coisas que viste, e as que são...”, concernentes à Igreja, no seu
passado e no seu presente, como veremos no decorrer do estudo dos refe-
ridos capítulos.
Os dois capítulos em apreço contêm
sete mensagens ou cartas a sete igrejas
que existiam então na província romana
da Ásia. Existiam lá outras igrejas, e até
maiores, mas estas foram escolhidas para
receberem as mensagens do Senhor Je-
sus através de João, o qual se dirigiu às
mesmas através de seus anjos, que eram
seus representantes ou pastores.
O fato de haver outras igrejas na re-
gião e serem escolhidas apenas sete in-
dica que estas eram representativas do
ciclo completo da história da Igreja na pre-
sente era. As sete cartas falam também
de condições espirituais prevalecentes
naquelas sete igrejas no tempo de João e
também caracterizam a Igreja em todos
os tempos.
Encontramos um certo paralelismo na Bíblia entre as sete cartas emitidads
às igrejas de Apocalipse e Mateus, capítulo 13, que apresenta sete parábolas
proferidas por Jesus e que encerram o curso da história da Igreja. Essas sete
parábolas são: a do Semeador, a do Joio, a do Grão de Mostarda, a do
Fermento, a do Tesouro Escondido, a da Pérola e a da Rede Lançada. Com-
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paremos a expressão “reino dos céus” constante em cada uma das parábo-
las.
As cartas apresentam uma impressionante uniformidade de estrutura.
Cada uma delas apresenta sete características em relação às respectivas
igrejas e, embora o espaço que dispomos neste livro não nos permita a
abordagem de cada carta sob estas sete características, cabe destacá-las:
1. Atributos de Cristo;
2. Elogio à igreja;
3. Estado espiritual da igreja;
4. Advertência;
5. Censura;
6. Sentença;
7. Promessa ao vencedor.
ESBOÇO DA LIÇÃO
1. A Igreja de Éfeso
2. As Igrejas de Esmirna e de Pérgamo
3. As Igrejas de Tiatira e de Sardes
4. As Igrejas de Filadélfia e de Laodiceia
OBJETIVOS DA LIÇÃO
Ao concluir o estudo desta Lição, você deverá ser capaz de:
1. Descrever a igreja de Éfeso, tratada em Apocalipse 2;
2. Distinguir entre a igreja de Esmirna e a igreja de Pérgamo;
3. Dar as características das igrejas de Tiatira e de Sardes;
4. Descrever as igrejas de Filadélfia e Laodiceia.
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TEXTO 1
A IGREJA DE ÉFESO
(Ap 2.1-7)
A primeira das sete cartas ditadas por Jesus Cristo a João, para que
fossem enviadas às sete igrejas da Ásia, foi a carta à igreja de Éfeso, próspe-
ra cidade dos primeiros séculos da Igreja Cristã. É sobre essa igreja e a carta
a ela enviada que trataremos ao longo deste Texto.
vê muito bem nossos corações, o nosso interior, tão bem como o nosso exte-
rior, como Ele provou nos versículos 2 e 3. Desse primeiro amor, temos um
perfil na Epístola aos Gálatas 5.22. Lembremo-nos: Deus vê os corações e
não somente nossas obras. Leia 1 Samuel 16.7.
“Lembra-te, pois, de onde caíste...” (v. 5). É no ponto onde caímos que
Ele nos espera. Em Lucas 2.46 vemos que Jesus foi achado por Seus pais
exatamente onde fora deixado, isto é, no templo. “... Arrepende-te...”. A men-
sagem de arrependimento não é somente para perdidos, mas também para os
filhos de Deus. Feliz e vitorioso é o crente que sabe sempre se arrepender e
deixar os seus erros.
“... nicolaítas” (v. 6). Era um partido dentro da igreja de Éfeso. Paulo,
pelo Espírito Santo, avisara-os disso, conforme Atos 20.29,30. Eram seguido-
res de um certo Nicolau, que visava a implantar a lei da sucessão apostólica
na igreja.
“... ao vencedor...” (v. 7). Muito embora a vida cristã esteja situada num
campo de batalha, o cristão está do lado do vencedor.
TEXTO 2
TEXTO 3
TEXTO 4
medida, nunca está satisfeito no sentido de não precisar de mais poder, mais
graça, mais humildade, mais sabedoria. Ele sempre quer mais. Mais de Deus,
de Seu amor, Seu Espírito, Sua Palavra, Sua graça, Sua comunhão, Sua
santidade, etc.
O princípio da queda de um crente é quando ele sente-se satisfeito e
fica inativo quanto à busca da face do Senhor. O crente deve sempre sentir
como o salmista: “Como suspira a corça pelas correntes das águas, assim,
por ti, ó Deus, suspira a minha alma. A minha alma tem sede de Deus, do
Deus vivo; quando irei e me verei perante a face de Deus?” (Sl 42.1,2).
“Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.”
(Mt 5.6). Temos agora este tipo de sede e de fome espirituais? Estas devem
ser coisas normais a todo crente novamente nascido e renovado no Espírito.
(1Pe 2.2).
“Eis que estou à porta e bato...” (v. 20), o quadro mais triste do mundo:
Cristo expulso de Sua Igreja e ansioso por nela entrar! Expulso da nação
israelita pela rejeição. Expulso do mundo pela crucificação. Expulso da Igreja
pelo mundanismo e pelo modernismo. Mesmo assim, em todo o versículo 20,
vemos o insondável amor do Senhor por Sua Igreja.
”... cearei com ele, e ele, comigo.” (v. 20). A ceia é a última refeição do
dia. Assim, como a um Cristianismo morno, Jesus apela até o fim do dia da
graça para que o povo volte-se para Ele. Isso indica também que o período da
igreja de Laodiceia é o último do dia da graça, antes que venha o raiar de um
novo tempo para a igreja.
A maior promessa a uma igreja. “Ao vencedor, dar-lhe-ei sentar-se co-
migo no meu trono, assim como também eu venci e me sentei com meu Pai
no seu trono.” (Ap 3.21). Graça maravilhosa! A maior promessa feita por
Jesus às igrejas foi a de Laodiceia. Isso quer dizer que a igreja mais deca-
dente, o crente mais distanciado, o mais frio, pode alcançar o mais alto esta-
do espiritual, arrepender-se e andar firme e perseverante com Deus, como no
princípio.
Jesus e Seu trono. “... sentar-se comigo no meu trono, assim como
também eu venci e me sentei com meu Pai no seu trono.” (v. 21). Brevemen-
te, Jesus sentar-se-á no Seu próprio trono. (Mt 25.31).
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