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MÓDULO III

PROJETO LUMINOTÉCNICO

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MÓDULO III
PROJETO LUMINOTÉCNICO

Até este momento já sabemos qual o tipo de lâmpada que podemos usar e luminárias que podemos adotar.
Por isso, primeiro será apresentado qual o tipo de luz mais adequada para cada tipo de ambiente residencial
e depois mostraremos como calcular esta quantidade de luz (para mensurar se está na quantidade suficiente
mínima indicada por norma).

7 - A LUZ ADEQUADA PARA CADA AMBIENTE


RESIDENCIAL
Cada ambiente precisa de uma quantidade mínima de lux para que as tarefas
possam ser executadas. Esta quantidade é informada pela NBR 5413 -
Iluminância de Interiores.
Para facilitar, reunimos detalhes sobre como iluminar cada ambiente
residencial e indicaremos os valores médios da NBR como referência:
Ÿ 7.1 - Cozinha

A cozinha é um local de trabalho e por isso precisa de boa iluminação, a qual precisa ser homogênea, evitando
sombras.
Lembre-se de que este é um ambiente úmido e com a presença de gordura, por isso escolha luminárias de fácil
limpeza.

- IRC: use lâmpadas com IRC de no mínimo 80, assim será possível reconhecer bem as cores dos alimentos.
- Temperatura de Cor: deverá ser de no mínimo 4.000K (luz neutra), para proporcionar uma luz mais branca,
estimulando o cérebro e o mantendo em alerta. No entanto, dependendo do conceito do projeto, é possível usar
uma luz mais morna - a escolha dependerá do partido e das características específicas do local.
- Pendentes: se optar por usar pendentes sobre a bancada, respeite a distância de 0,90 a 1m entre a luminária e a
superfície do tampo. Exemplo de distância entre os pendentes: 60cm.

· Luz geral necessária: 150lux


· Luz local (fogão, pia, mesa): 300lux

· Luz e Lâmpadas recomendadas:

- dicróicas possuem um ótimo IRC e por isso são indicadas para serem usadas sobre as bancadas
(costuma-se usá-las com 50W). Caso queira valorizar objetos decorativos, escolha dicróicas com facho
fechado, pontual. Cuidado para que a dicróica não fique sobre as pessoas, pois é quente e poderá ser
incômoda.
- fluorescentes tubulares (como a T5 28W) podem ser embutidas em sancas de gesso (rasgo de 20cm),
proporcionando uma luz indireta homogênea difusa e de ótimo IRC. Também é possível usá-las em
painéis e em móveis.
- fluorescentes compactas embutidas em spots, por exemplo, também são indicadas para luz geral.
- lâmpadas halopin podem ser usadas para iluminar bancadas, como por exemplo, em pendentes. Sua
luz é brilhante e possui ótimo IRC. Cuidado para que a altura seja adequada e haja proteção contra
ofuscamento, pois se isso ocorrer, poderá ser muito incômodo.
- halógenas bipino 20W, por seu tamanho reduzido, podem ser usadas embutidas em armários, criando
desenhos na parede próxima e iluminando a bancada logo abaixo.
- lâmpada PAR 20 de 50W: alguns lighting designers optam por usar lâmpadas PAR 20 para criar uma luz
mais aconchegante e elas compõem muito bem com as fluorescentes, em conjunto. Exemplo de
distância entre elas: 1,20m
- fitas LED podem ser usadas para iluminar móveis, criando um efeito decorativo interessante.
- Plafons de LED também são indicados, pela qualidade da luz e distribuição eficiente.

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- Luminárias recomendadas: luminárias com difusores proporcionam uma luz difusa que atenua as
sombras, resultando em um ambiente agradável. Luminárias embutidas são mais práticas por
acumularem menos sujeira.

· Ideias de composição:
Lâmpadas fluorescentes embutidas em
rasgo no gesso criam uma luz difusa
homogênea muito agradável para a
cozinha. *Evite deixar aberto o rasgo do
gesso, para não haver acúmulo de
sujeira.

Imagem: Casa.com.br

Lâmpadas halógenas em luminária criam


uma luz indireta agradável, com ótimo
IRC.
Lâmpadas dicróicas na coifa e sobre a
bancada permitem visualizar fielmente
as cores dos alimentos preparados.

Imagem: Casa.com.br

Revestimentos diferenciados e com


relevo, como o tijolinho a vista, merecem
ganhar destaque. Use o efeito wall
grazing e lâmpadas dicróicas.

Imagem: Casa.com.br

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Pendentes sobre a bancada direcionam


a luz e evitam o ofuscamento se forem
instaladas na altura correta, entre 90 e
100cm da bancada.

Imagem: Casa.com.br

Neste exemplo, a luz Luminárias lineares de


valoriza o teto, eleva o embutir, com lâmpadas
olhar e ilumina fluorescentes ou
indiretamente o tubulares LED,
ambiente. proporcionam a luz geral
necessária para as
Imagem: atividades na cozinha.
blancointeriores.blogspot. Já a iluminação embutida
pt - Pinterest no armário ilumina a
bancada.

Imagem: thonilitsz.arq.br
- Pinterest

Sancas podem ganhar luz decorativa,


assim como prateleiras.

Imagem: chandelierlux

Um ótimo exemplo de luz funcional + decorativa: mini-dicróicas


valorizam o verde dos vasinhos e criam um ritmo interessante
no teto. Luminária de embutir proporciona luz geral
(fluorescente ou LED) aliada a lâmpadas dicróicas ou AR (neste
último caso seria apenas decorativo).
Sobre a bancada da pia: luz de dicróicas.

Imagem: Decor Salteado - Pinterest

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Ÿ 7.2 - Banheiro / Lavabo

Um banheiro pode ser usado para as tarefas diárias, como maquiagem, barba, ... e para relaxar. Por isso, teremos
dois ou três circuitos diferentes de iluminação: um para iluminação geral, outro para iluminar a área da
bancada/espelho e outro para uma luz relaxante, bem suave - a qual pode ser acionada durante um banho de
banheira ou ainda para quando for necessário usar o banheiro à noite e os olhos estiverem acostumados com o
escuro.

- IRC: use lâmpadas com IRC de no mínimo 80, assim será possível reconhecer bem as cores.
- Temperatura de Cor: deverá ser do neutro (4.000K) ao branco-azulado (6000). Já para um ambiente
aconchegante pode ser usada a temperatura de cor amarelada (2700K), mas neste caso é importante que o
contraste entre os dois circuitos não seja grande para não causar desconforto (por isso, é mais indicado que o
circuito de "luz prática" tenha luz neutra).

· Luz geral necessária: 150lux


· Luz local (espelhos): 300lux

· Luz e Lâmpadas recomendadas:

- Fluorescentes são indicadas para a iluminação geral, assim como as lâmpadas LED e as Halógenas do
tipo PAR.
- Para o espaço do espelho estas mesmas lâmpadas também são indicadas, desde que sejam
distribuídas de maneira a não criar sombras e a não ofuscar. Uma dica é trabalhar com a triangulação da
luz no teto. Caso sejam instaladas na parede, a luz deve ser difusa.
- Se seu objetivo é "soltar" o espelho da parede, poderá usar lâmpadas tubulares fluorescentes ou de
LED ou mesmo fita LED com a devida proteção contra umidade. Esta luz é suave e relaxante e não deve
ser usada para executar tarefas.

- Luminárias recomendadas:

- para a luz geral são indicados spots de embutir no teto, assim como plafons.
- para a luz da área do espelho, indica-se que se forem embutidas no teto sejam "trianguladas" e que se forem
arandelas tenham proteção para transmitir uma luz difusa e homogênea.
- pendentes: são indicados para lavabos para criar um ponto focal decorativo, iluminando uma parte da
bancada. São essencialmente decorativos.
- arandelas também podem ser usadas apenas como decorativas.

· Ideias de composição:

Luz embutida atrás do espelho solta o espelho da


parede e proporciona uma luz aconchegante e
agradável.
Lâmpadas PAR20 promovem luz geral para o
banheiro.

Imagem: Portobello - Pinterest

Rasgo de luz marca e ilumina muito bem


todo o ambiente.
Imagem: bontempo.com.br - Pinterest
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Pendentes valorizam os objetos decorativos sobre a bancada, sem


ofuscar. Note que o próprio pendente é um elemento decorativo.

Imagem: casavogue.globo.com - Pinterest

Dicróicas de LED marcam o relevo da parede.

Imagem: Viva Decora

Lâmpadas bolinha (antes incandescentes, hoje de LED ou


halógena) iluminam o contorno do espelho facilitando uma boa
maquiagem.
Imagem: Casa.com.br - Pinterest

Arandelas criam efeito com ritmo e luz suave aconchegante.


Imagem: UOL Mulher - Pinterest
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Decoração industrial: tubulação aparente e spots com iluminação


direcionada (mas neste exemplo o pendente possui luz ofuscante,
o que não é indicado).

Imagem: Fashionismo - Pinterest

Detalhe de fita LED embutida atrás do


espelho do banheiro.

Imagem: assim eu gosto - Pinterest

Triangulação
da luz.

LED azul para um banho de banheira


relaxante.

Imagem: thonilitsz.arq

Imagem: barbarainteriores.wordpress

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Ÿ 7.3 - Quarto

O quarto, assim como o banheiro, precisa de uma luz geral (a qual deve ser difusa) e luzes pontuais para
execução de tarefas / relaxar.
O espaço do armário/closet precisa receber luz geral difusa (que não forme sombras). Por isso explore lâmpadas
fluorescentes, LED e PAR com boa reprodução de cor e de cor neutra (pois se for branca irá contrastar muito com
as demais lâmpadas de luz amarelada que usar).
Quais são as atividades desenvolvidas neste espaço? Dormir, assistir a tv, ler/estudar, escolher roupas e se
arrumar, namorar, brincar, etc. Considere cada uma destas atividades para criar a iluminação adequada.
Muitas vezes um dimmer ajudará a regular a quantidade de luz do ambiente e torná-lo mais adaptável.

· Luz geral necessária: 150lux


· Luz local (espelho, penteadeira, cama): 300lux

· Luz e Lâmpadas recomendadas:

- fluorescentes e LEDs são indicadas para a iluminação geral, geralmente sendo indicado o uso de luz com
temperatura de cor neutra (4000K).
- fluorescentes amarelas e LEDs coloridos também podem ser usados para criar cenários e luz auxiliar.
- Halógenas PAR podem ser usadas para criar luz geral;
- Halógenas dicróicas podem ser usadas para criar belos efeitos e conferir destaque a quadros e objetos
decorativos. Evite seu uso sobre cabeceiras, pois o calor e o brilho podem ser incômodos.

· Luminárias recomendadas:

- abajures: luz difusa que facilita a orientação à noite, incomodando pouco o companheiro ou simplesmente
trazendo conforto psicológico para crianças e idosos. Sua presença remete a uma decoração mais tradicional,
seja ela moderna, seja rústica ou mesmo minimalista.
- pendentes: podem substituir abajures, liberando o espaço do criado-mudo. Isso é especialmente indicado para
quartos de idosos.
- iluminação embutida indireta em sanca: perfeita para momentos românticos e para assistir a tv.
- luminárias de embutir: são ótimas para luz geral, especialmente na área dos armários.
- plafons: podem ser usados para luz geral ou mesmo para uma luz de apoio aconchegante. Plafons com luz
indireta (com rebatedor) são muito indicados.
- arandelas: geralmente são usadas para substituir abajures;
- luminárias direcionáveis: usadas para leitura na cama, podem ser fixadas na cabeceira ou de apoio sobre o
criado-mudo.

· Ideias de composição:

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Luz indireta e amarelada cria o clima perfeito


para relaxar no quarto. É uma luz boa para
assistir à tv ou simplesmente para
descansar.

Além da iluminação, o gesso e a luz formam


um desenho que marca o centro do quarto,
criando uma forma que compõe com os
demais elementos decorativos.

A luz forte e funcional do espaço dos


armários fica bem marcada quando os
sistemas são ligados ao mesmo tempo. Esta
luz também ajuda a iluminar suavemente o
quarto.

Imagem: argoseletrica

Exemplo do que evitar.


Imagem: simplesdecoracao

O rasgo de luz ilumina o painel da cabeceira, criando uma luz muito agradável à noite.
Já os pendentes marcam o espaço dos criados-mudos e conferem destaque aos objetos ali expostos. Evite usar
luminárias que causem ofuscamento (como as de vidro que exibem a lâmpada em seu interior).
Lâmpadas PAR20 proporcionam a iluminação geral do restante do quarto.

Imagem: simplesdecoracao

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O «rasgo de luz» setoriza o espaço da


cama, também marcando a
circulação.
A luz indireta atrás da sanca, sobre a
cabeceira cria um detalhe sutil
interessante, soltando o teto da
parede.
Já as arandelas fixadas na cabeceira
da cama liberam a superfície dos
criados-mudos e marcam o espaço da
cama. Seu design imita um abajur
tradicional e o fato de serem
articuladas facilita o uso.

Imagem: simplesdecoracao

Detalhes como uma luz de leitura, tornam o projeto ainda mais


preciso e funcional. Imagem: coisasdocesdavida

Fita LED embutida atrás da cabeceira


da cama proporciona uma luz suave
que além de decorativa é útil à noite
como luz auxiliar e também para
promover um clima romântico para
o casal. Nestes casos é interessante
o uso de fitas RGBs (coloridas).

Imagem: simplesdecoracao

Quartos de bebê precisam de luz geral


indireta e suave e podem ganhar
pontos de luz focados em
determinados detalhes para valorizar
elementos decorativos.
Evite luzes diretas sobre os locais do
bebê, pois especialmente no início
eles adoram olhar diretamente para
elas. Prefira um efeito suave como o
«céu estrelado» e até mesmo nichos
iluminados.

Imagem: bebe.abril

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Ÿ 7.4 - Sala de Estar

Como a sala de estar também é multifuncional, serão necessários diferentes sistemas de iluminação.
A regra é a mesma do quarto: use luz geral para facilitar as tarefas do dia a dia e use luz direcionada para valorizar
detalhes arquitetônicos, diferentes revestimentos, marcar obras de arte, etc.
Se a sala é usada para leitura, bordado, etc., planeje um luz direcionável para esta tarefa.
Dimmers também são uma ótima opção para salas de estar.

· Luz geral necessária: 150lux


· Luz local (leitura, escrita, bordado,etc.): 500lux

· Luz e Lâmpadas recomendadas:

- dicróicas são indicadas para valorizar obras e detalhes decorativos, especialmente pelo controle do seu
facho e pela ótima reprodução de cores. Para valorizar uma parede com relevo, criando efeito de luz e
sombra, use uma dicróica a cada 30cm com 50W a uma distância menor que 30cm da parede. Já para
iluminar quadros, evite o desenho marcado da luz, pois é necessário mostrar a obra e para isso a luz
precisa ser difusa e homogênea. Se usar dicróicas com este objetivo, posicione as lâmpadas a uma
distância superior a 30cm da parede que contém a obra, use filtro e o efeito wall washing.
- Halógenas do tipo PAR são indicadas para luz geral por sua qualidade de reprodução de cor e por sua luz
difusa brilhante.
- fluorescentes são indicadas para luz geral e podem ser usadas embutidas em sancas de gesso e móveis,
assim como em luminárias.
- LEDs são indicados por sua economia de energia e podem ser usados tanto para a luz geral, como para a
decorativa.
- ARs são indicadas para criar um efeito marcado, podendo seu facho ser mais aberto ou fechado. Elas
são indicadas para usar sobre mesas de centro e laterais (como as AR70). Estas mesmas lâmpadas
podem ser usadas para criar efeitos em uma parede, marcando seu desenho de luz.

· Luminárias recomendadas:

- luminárias de piso são indicadas para direcionar a luz para leitura (veja imagem abaixo) ou ainda para
criar um belo efeito de luz indireta.
- plafons com difusores marcam o ambiente com o seu design;
- spots embutidos são discretos e podem ser usados para criar diferentes efeitos de iluminação;
-spots em trilhos podem ser usados para criar um efeito mais industrial e valorizar obras e detalhes;
- arandelas podem criar desenhos na parede e painéis;
- balizadores podem ser usados, dependendo do projeto, para criar ritmo e marcar determinados
alinhamentos.

Luminária de piso direciona a luz para a


poltrona, facilitando a leitura.
Cuidado com o tipo de lâmpada: halógenas
possuem muito brilho e podem refletir no
papel de maneira incômoda.

Imagem: m2perspectives

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O cortineiro pode ser iluminado por


mini-dicróicas (com filtro) e por fita
LED, conferindo destaque à cortina.
Já os quadros receberam iluminação
h o m o gê n e a e a m e s a c e nt ra l
iluminação de destaque de lâmpadas
AR.

Imagem: lopes

Rasgo no gesso com iluminação LED


ou fluorescente proporciona luz geral
para o ambiente.
Lâmpadas Ar70 50W (24°e
transformador eletrônico
dimerizável) marcam o espaço da
mesa de centro e dicróicas valorizam
revestimentos.

Imagem: interpamblog

Trilho e spots direcionam a luz.

Imagem: fotos.habitissimo

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Use a luz para desenhar e compor


co m o s d e m a i s e l e m e nto s d o
ambiente. Linhas horizontais e
verticais marcam o espaço, setorizam
ambientes e valorizam a decoração.

Imagem: golden.blog

O painel da sala de tv ganhou


destaque com a iluminação de
destaque. Enquanto que a luminária
pendente cria o balanço necessário
para a composição.

Imagem: sandrojasnievez

Exemplo do que evitar: luzes criando


reflexos devem ser evitadas.
Imagem: simplesdecoracao

A luz alonga o ambiente; as fitas LED marcam a prateleira e


dicróicas LED valorizam o efeito 3D do revestimento da
parede.
Imagem: Decor Salteado - Pinterest

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Ÿ 7.5 - Sala de Jantar

Normalmente usa-se um pendente/lustre sobre a mesa de jantar para marcar visualmente o local e fornecer
uma luz agradável para quem está na mesa. No entanto, isso não é uma regra e é possível usar plafons, por
exemplo.
Também é indicado o uso de luz decorativa iluminando objetos decorativos, nichos, etc, para criar uma
atmosfera aconchegante e interessante, complementando o conjunto iluminado.
Sugestão (pois em alguns projetos isso pode não ser aplicável): mesas redondas e quadradas possuem um
centro bem marcado, o qual combina perfeitamente com um pendente/lustre. Já mesas retangulares podem
receber dois pendentes (dois lustres podem ficar um pouco exagerado - veja abaixo um exemplo positivo) ou
mesmo uma composição linear.

· Luz geral necessária: 150lux

· Luz e Lâmpadas recomendadas:


- Costuma-se usar halógenas do tipo cápsula por seu tamanho reduzido e pela qualidade de luz produzida.
Neste caso, de pendentes e lustres, geralmente escolheremos a luminária pelo design e efeito, estudando suas
características em conjunto com o tipo de lâmpada que cada uma utiliza.

· Luminárias recomendadas:

- pendentes: marcam um ponto (central) sobre a mesa de jantar e valorizam este local de reunião. Como
elemento vertical, um (ou mais) pendente(s) gera a sensação de ação, ele é "direto" e "presente", não é passivo.
- lustres: cumprem a mesma função dos pendentes, mas diferenciam-se pelo glamour. Lustres são mais clássicos
e ostentam um status diferenciado e superior. Sua presença é ainda mais marcante e sua composição com a
decoração precisa ser bem estudada, especialmente para que a proporção e a harmonia sejam atingidas.
Para a iluminação do entorno da mesa de jantar, as possibilidades são muitas e dependerá do layout e da
paginação do teto.

Teto de gesso ganha destaque com a iluminação embutida, fornecendo uma luz geral difusa para
o ambiente. Os dois lustres, de grande tamanho, marcam o espaço da mesa. Como esta é grande e
o pé-direito também, há harmonia na composição e o resultado é um espaço bem decorado,
muito elegante. Imagem: decorarasala

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Ambientes amplos e mesas grandes


podem ganhar luminárias pendentes
maiores.
Observe o estilo: o rústico da mesa
ganha suavidade com o tecido da
luminária.

Imagem: fotos.habitissimo

Três pendentes marcam o espaço da


mesa, assim como o desenho do rasgo do
gesso, com luz embutida.
O buffet de mármore ganhou iluminação
de lâmpadas T5.
Embutidos PAR16, base Gu10, 50W
fornecem luz geral.

Imagem: interpamblog
Projeto: Apartamento Leblon
Arquiteta: Bianca da Hora
Light Designer Consultora: Lúcia Assis
Fotos: MCA Estudio

O metal da luminária combina


perfeitamente com a madeira da
mesa.

Imagem: ehdecor

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Ÿ 7.6 - Hall, escada e corredor

O hall é um espaço social que merece atenção, enquanto que escadas e corredores são circulações que podem
ganhar muito charme com a iluminação correta. Neste último caso, a luz é importante também por sua função
de segurança.

- Halls: esta é a primeira impressão de quem entra na casa, por isso valorize este espaço. Poderão ser usadas
inúmeras opções, como arandelas, lustres, spots, gesso com rasgos e luz embutida, etc... a escolha dependerá
do tamanho do hall e das suas características. Em espaços pequenos, procure ampliar a sensação do seu
tamanho usando espelhos, painéis, ... e crie efeitos de iluminação que chamem a atenção do visitante. Já
espaços maiores podem ganhar inclusive lustres.
- Escadas: precisam ser seguras e podem ter balizadores para marcar os degraus. Quando possível, o vão de uma
escada pode receber um pendente (lembrando que sua luz deve ser suave e não deve ofuscar, por isso cuidado
com o material da luminária, a lâmpada e a altura da instalação).
- Corredores: para suavizar seu comprimento, e evitar que sombras sejam criadas sobre os passantes, indica-se o
uso de iluminação nas laterais. Esta luz pode ser suave e indireta, pois é apenas auxiliar. Caso sejam exibidos
quadros e obras nas paredes do corredor, dê destaque a estas obras. Se existir um aparador, este também
poderá receber uma luz de destaque.

· Luz geral necessária: 100lux


· Luz local : 300lux

· Luz e Lâmpadas recomendadas:


A liberdade de projeto é grande, assim como as possibilidades de lâmpadas. Dependerá das características
particulares do projeto.

· Luminárias recomendadas:

- Halls: dependerá do projeto. Poderão ser usados pendentes, lustres, luminárias embutidas, arandelas,
balizadores, ...
- Escadas: pendentes (valorizando o vão da escada), balizadores (marcando o ritmo dos degraus) , spots de
piso (iluminando de baixo para cima a parede), fitas LED (embaixo dos degraus), arandelas, etc.
- Corredores: luminárias de embutir (marcando fachos na parede ou iluminando obras, ou mesmo criando
um efeito aleatório no teto), balizadores (que podem ser colocados para iluminar o chão ou o teto), fibra
ótica (criando o efeito de céu estrelado), spots de embutir no piso (criando o efeito down light), rasgos no
gesso com iluminação embutida (exemplo: com fluorescente tubular T5 28W ou fita LED).
Este hall ganhou luz através do mármore
translúcido e dos rasgos de luz no painel do
espelho.

Spots embutidos criam ritmo, valorizam o


papel de parede e ganham destaque com o
espelho.

Imagens: decorsalteado

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O lustre valoriza a decoração especialmente


por seu brilho e cristais.

Imagem: decorsalteado

Degraus iluminados marcam o acesso à residência.


Imagem: aidearquitetura
Balizadores marcam os degraus.
Imagem: Brilliant Lighting

Pendentes valorizam o vão da escada.


Imagem: construindominhacasaclean.tumblr.com

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Trilho e spots iluminam o corredor, marcando o caminho.

Imagem: Casa.com.br - Pinterest

O desenho formado pela luz marca o


comprimento do corredor.
Imagem: Fatih Horuz - Pinterest

Lâmpadas halógenas em luminárias de vidro de


embutir ganham destaque com o efeito do espelho.

Imagem: Casa.com.br - Pinterest

Efeito cênico com o uso de trilho e luz direcionada.


Imagem: favoritaplanejados.com.br - Pinterest

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Ÿ 7.7 - Despensa e garagem

Estas são áreas essencialmente de serviço (apesar de que uma garagem pode assumir uma função social).

- As garagens precisam de uma luz neutra branca homogênea e bem distribuída. Uma boa dica é a instalação de
sensores de presença. Se existem bancadas, para a realização de atividades como bricolagem, ilumine este
espaço com luz direcionada. Já se o espaço é usado socialmente em algumas ocasiões, crie uma iluminação
diferenciada, com efeitos, que possa ser acionada nestas datas específicas.
- As despensas precisam ser bem iluminadas, mostrando os objetos facilmente - inclusive para ler rótulos. Além
da iluminação no teto é possível usar luz nos armários.

· Luz geral necessária: 100lux


· Luz local : 300lux

· Luz e Lâmpadas recomendadas:


Para ambos ambientes é indicado o uso de luz com temperatura de cor igual ou superior a 4000K. Um bom índice
de reprodução de cores é indicado para bancadas de trabalho em garagens e até mesmo para despensas (para
que a cor de alimentos e objetos estocados seja fiel).
Tanto garagens, como despensas, podem usar lâmpadas fluorescentes ou de LED. Também poderão ser usadas
lâmpadas PAR, as quais possuem uma ótima reprodução de cores. Lâmpadas de multivapores metálicos são
indicadas para valorizar o brilho dos metais e por isso podem ser usadas para a exposição de veículos.

· Luminárias recomendadas:
Podem ser usadas luminárias de embutir, plafons, spots, etc. Dependerá do partido adotado.

Dependendo do estilo da decoração a garagem pode


ganhar, por exemplo, uma iluminação estilo «industrial».

Imagem: decoracao.com

Garagem com estilo retrô ganha luminárias


com refletores e lâmpadas fluorescentes.

Imagem: carrodemola

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Luz geral proporcionada por um rasgo no gesso com lâmpadas


fluorescentes ou de LED tubulares.

Imagem: renatavendramini

Ÿ 7.8 - Escritório

A luz de um escritório deve estimular a mente e facilitar a realização das tarefas. Para isso, deve ter reprodução
de cores do neutro para o branco e não ter muito brilho (para não ofuscar, inclusive por reflexo).
O ideal é planejar uma luz difusa geral e outra focada na bancada de trabalho. Também é possível usar luz
decorativa para valorizar nichos, estantes, quadros, etc., criando um composição harmoniosa.

· Luz geral necessária: 150lux


· Luz local (escrivaninha): 300lux

· Luz e Lâmpadas recomendadas:


Tanto para a luz geral, como para a de mesa, recomenda-se o uso de lâmpadas fluorescentes ou LEDs, com cor
neutra ou branca. Elas não emitem calor, tem boa reprodução de cor e não tem tanto brilho.

· Luminárias recomendadas:

Este rasgo de luz é muito funcional e um ótimo exemplo.


Imagem: Bruna Dalcin | Comprando meu Apê - Pinterest

Luz embutida na prateleira,


iluminando não apenas os
objetos decorativos mas
também a bancada de trabalho,
proporciona uma luz agradável
para ler e escrever. Ela pode ser
fornecida por lâmpadas
fluorescentes T5 ou de LED.

Imagem: Hometeka - Pinterest

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PROJETO LUMINOTÉCNICO

Lâmpadas dicróicas valorizam o painel de madeira,


criando um efeito decorativo. Já o pendente
ilumina a bancada (note sua posição: define o
espaço sem interferir na circulação).

Imagem: galeriadaarquitetura.com.br - Pinterest

Decoração sofisticada explora o uso de dutos aparentes,


remetendo ao estilo industrial.

Imagem: Casa e Jardim - Pinterest

Ÿ 7.9 - Outros ambientes

Ambientes como varandas, lavanderias e churrasqueiras terão sua iluminação planejada seguindo os
conhecimentos que explicamos neste curso. Agora já é muito mais fácil saber qual tipo de lâmpada e de
luminária escolher, pensando no efeito desejado.
Se usarmos pendentes, sabemos quais características devemos notar. Se queremos luz geral, sabemos como
conseguir, ... ou seja, o princípio funciona para todos os tipos de projeto luminotécnico.

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MÓDULO III
PROJETO LUMINOTÉCNICO

8 - COMO CALCULAR A QUANTIDADE DE LUZ IDEAL


Para calcular a quantidade de lâmpadas e a distribuição das luminárias é
essencial saber quais lâmpadas serão usadas e quais atividade serão
desenvolvidas neste espaço. Para que o cálculo seja possível, também é
necessário saber qual será o tipo de luminária, pois é através desta escolha que
teremos o Fator de Utilização.

Normalmente são utilizados 2 métodos de cálculo:

Ÿ Método dos Lúmens ou Método do Fluxo Luminoso


Ÿ Método do Ponto a Ponto

Existe também o Método das Cavidades Zonais (que descreveremos brevemente).

- Método dos Lúmens (ou Método do Fluxo Luminoso, Método das Eficiências)
Use este método para calcular a quantidade de luminárias necessárias para uma iluminação geral distribuída.
Este cálculo fornece a quantidade de luminárias necessárias, permitindo saber como deve ser sua distribuição. É
o método mais utilizado, especialmente por ser rápido e simples.
Ele leva em consideração a quantidade de lux necessária para a realização das tarefas, baseado nas atividades
realizadas no ambiente, considerando as cores das paredes, teto e piso.

Esta é a fórmula (sendo n a quantidade de lâmpadas necessárias):

fluxo total =
Em . A
n=
fluxo total
n= Em . A
resumindo
1
Fu . Fd . BF
2
φ φ . Fu . BF . Fd

Estas são as informações necessárias para preencher e calcular esta equação:

Ÿ Em: iluminância média exigida por norma. Segundo a NBR 5413 «A iluminância deve ser medida no
campo de trabalho. Quando este não for definido, entende-se como tal o nível referente a um plano
horizontal a 0,75m do piso.» A norma também determina que a iluminância no restante do ambiente deve
ser de no mínimo 1/10 da do campo de trabalho e que em qualquer ponto do plano de trabalho a iluminância
não seja inferior a 70% do valor médio indicado para a realização desta tarefa.

* A norma indica três valores para um mesmo tipo de tarefa, devendo o projetista geralmente escolher o do
meio, abrindo exceções quando:

- valores mais baixos: refletâncias ou contrastes são relativamente altos | a velocidade ou precisão não são
importantes | a tarefa é executada ocasionalmente;
- valores mais altos: refletâncias ou contrastes baixos | erros são de difícil correção | o trabalho visual é crítico |
alta produtividade ou precisão de muita importância | a capacidade visual do observador está abaixo da média.
Geral 100 - 150 - 200
* Valores indicados pela NBR 5413

Sala de Estar Hall, escada, Geral 75 - 100 - 150


como referência. Sua aplicação
deve ser analisada caso a caso.

Local 300 - 500 - 750 despensa,


Local 200 - 300 - 500
garagem
Geral 100 - 150 - 200
Cozinha
Local 200 - 300 - 500

Geral 100 - 150 - 200 Geral 100 - 150 - 200


Dormir Banheiros
Local 200 - 300 - 500 Local 200 - 300 - 500

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Para uma escolha mais precisa do índice anterior (se é o menor, o médio ou o superior) use a tabela abaixo
(também da NBR 5413). Para isso, analise cada característica e determine seu peso. Depois some os valores,
considerando seu sinal. Se:

- se for -2 ou -3: utilize a iluminância mais baixa


- se for +2 ou +3: utilize a iluminância mais alta
- se for -1, 0 ou +1: escolha a iluminância média.

Características da tarefa e PESO


do observador -1 0 +1

Idade Inferior a 40 anos de 40 a 55 anos superior a 55 anos

Velocidade e precisão sem importância importante crítica

Refletância do
superior a 70% de 30 a 70% inferior a 30%
fundo de tarefa

Ÿ A: é a área do ambiente, em m².

Ÿ φ: é o fluxo luminoso da luminária (fluxo luminoso da lâmpada escolhida x quantidade de lâmpadas por
luminária).

Ÿ Fu: fator de utilização - este índice indica a eficiência luminosa do conjunto lâmpada, luminária e recinto
(pois parte do fluxo luminoso não vai diretamente para o plano de trabalho e é perdido ao ser absorvido pela
luminária e ao ser refletido pelas superfícies do recinto - até chegar ao plano de trabalho).

Este índice pode ser calculado ou pode ser obtido por uma tabela do fabricante.

- Para encontrar Fu através do cálculo, você precisará do valor K (Índice do Local);


- Para encontrar o Fu através da tabela, precisará calcular o K e obter os valores do Fator de Reflexão para
piso, parede e teto.

Encontrando o valor de Fu através do cálculo: Fu = K x ƞL

- O ƞL (eficiência da luminária) é indicado pelo fabricante da luminária.


- K é um valor calculado, como indicado abaixo:

para iluminação direta: a= comprimento do recinto


K=a.b b= largura do recinto
h. (a + b) h= pé-direito útil (altura real da bancada de trabalho à
para iluminação indireta: luminária).
K=a.b h'= distância do teto ao plano de trabalho
2h'. (a + b)

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* Observação importante: diferentes fabricantes adotam diferentes métodos de cálculo.


Exemplo: existe o das cavidades zonais (muito usado nos EUA), no qual o fator do local é dado pela sigla RCR
(Razão da Cavidade do Recinto) e em relação ao valor K: RCR = 5/K
Portanto, veja se o fabricante utiliza K ou RCR na determinação do Fator de Utilização.

Obtendo o valor do Fu através da tabela fornecida pelo fabricante da luminária:


você deverá ter o valor de «K» (calculado na página anterior) e deverá encontrar os valores do Fator de Reflexão
para o piso, parede e teto conforme tabelas abaixo:

* a refletância das superfícies depende da cor da pintura e do material utilizado. Estes valores poderão ser
usados como referência:

Material ou Cor Valor Material ou Cor Valor


Azul claro 30-55 Madeira clara 30-50
Azul escuro 25 Madeira escura 25
Azulejo branco 60-75 Mármore claro 60-70
Amarelo 65-75 Marrom 25
Branco 70-85 Ocre 30-50
Cimento claro 35-50 Preto 5
Concreto claro 30-40 Rocha 60
Concreto escuro 15-25 Rosa 45-60
Cinza claro 45-65 Tijolo claro 20-30
Cinza escuro 20 Tijolo escuro 15
Cinza médio 25-40 Verde claro 30-55
Esmalte branco 65-75 Verde escuro 25
Gesso 70-80 Vermelho claro 25-35
Granito 15-25 Vermelho escuro 20
Laranja 25-35 Vidro transparente 5
Fonte dos dados: MME
Ou simplificadamente:

Superfície Refletância Índice


Muito clara 70% 7
Clara 50% 5
Média 30% 3
Escura 10% 1
Preta 0% 0

Exemplo: a refletância 371 significa:


- teto médio
- parede muito clara
- piso escuro

Com estes dados em mãos, você conseguirá encontrar o valor Fu na tabela. Veja um exemplo (retirado de uma
aula da UFRS de instalações elétricas prediais):

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Exemplo: realizar, passo a passo, o dimensionamento da iluminação geral distribuída de um ambiente, com as
seguintes características e especificações:

- Luminária utilizada: luminária de embutir em chapa de aço protegida contra ferrugem com pintura
eletrostática em epóxi pó na cor branca. Ref. Indelpa BNI 512 2x32W
- Lâmpada utilizada: fluorescente 32 W com fluxo luminoso de 2700 lm, IRC 85 e 4000K. Ref. Philips TLDRS32W-
S84-25
- Reator eletrônico 2x32W, 127/220V, 50/60 Hz, partida instantânea, fator de fluxo luminoso 1, fator de potencia
o,99, THD <10% (Total Harmonic Distortion). Ref. Indelpa REV 232

Sabendo que a refletância do teto é de 70%, das paredes 30% e do piso 10%.

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Ÿ BF: fator de fluxo luminoso do reator (considerar apenas quando utilizado com lâmpadas de descarga) -
indicado pelo fabricante.
* Curiosidade (informação adicional): Se uma lâmpada de 16W com fluxo luminoso de 1200 lm, for ligada a
um reator que possui fator de fluxo luminoso de 1,15, o fluxo emitido será de 1380 lm. Se essa mesma
lâmpada for ligada a um reator que possui fator de fluxo luminoso de 0,9, o fluxo emitido será de 1080 lm.
Quanto maior for o fator de fluxo luminoso de um reator, maior será a potência consumida pelo reator.
Fonte: Manual para especificação técnica de lâmpadas e reatores - Cefet MG.

Ÿ Fd: Fator de Depreciação (Fator de Manutenção): ao longo do tempo, o fluxo luminoso da(s) lâmpada(s)
sofre uma depreciação e há um acúmulo de poeira sobre lâmpadas e luminárias, assim como sobre as
superfícies que refletem a luz, reduzindo o nível de iluminância. Para corrigir este problema, usa-se, no
cálculo do número de luminárias, um fator de correção que é o Fator de Depreciação.

Símbolo: Fd
Unidade: % Tabela divulgada na internet
(Método Philips).
O Método da Philips considera a tabela indicada ao lado. A OSRAM, por exemplo, usa Período de manutenção
Fd 1,25 para ambientes com boa manutenção e 1,67 para ambiente com baixa Ambiente
manutenção. Neste caso, o «Fd» muda de lugar na fórmula (pois quanto maior o 2500h 5000h 7500h
índice de correção, maior deverá ser o número de luminárias): Limpo 0,95 0,91 0,88
n= Em . A . Fd Normal 0,91 0,85 0,80
φ . Fu . BF Sujo 0,80 0,66 0,57

CONCLUSÃO: Depois de calculada a quantidade de lâmpadas, analise quantas lâmpadas são usadas em cada
luminária e divida o número de lâmpadas pelo número de lâmpadas em cada luminária para saber a quantidade
de luminárias.
Para distribuí-las, recomenda-se que a distância entre elas seja o dobro da distância entre elas e as paredes
laterais, medido a partir do eixo. Se, ao distribuir, o desenho não agradar, poderá adicionar luminárias, mas
nunca eliminar.
Também é indicado que o espaçamento entre elas seja igual ou inferior a uma e meia a distância entre as
luminárias e o plano de trabalho (e= 1,5 x h)
O ideal é considerar o ângulo de abertura do facho de luz e sua relação com a superfície de trabalho para
determinar a distância máxima entre as luminárias.

Cálculo de Controle: após ser definida a quantidade certa de luminárias, poderá ser calculada exatamente a
iluminância média através da equação:
Em = iluminância média
N = número de luminárias
Em = N . φ . Fu . Fd φ = fluxo luminoso da luminária
A Fd = fator de depreciação
Fu = fator de utilização
A = área do local

Agora, para melhor entendimento, veremos um exemplo prático:

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Ÿ Exemplo «garagem»: temos uma garagem e queremos uma iluminação geral uniforme, como
neste exemplo:

9,0
6,0

Pé-direito: 3,50m
Dados adicionais:
- Altura do plano de trabalho em relação
ao piso: 0,75m
- Teto: branco
- Piso: ocre
- Paredes: brancas (uma delas de madeira)

Quadro resumo para cálculos:

01 Comprimento (a) 9 m
02 Largura (b) m K=9.6 = 1,31
6
2,75. (9 + 6)
03 Área (a . b) 54 m²
04 Pé-direito (H) 3,50 m Período de manutenção
Ambiente
05 Pé-direito útil (h) 2,75 m 2500h 5000h 7500h
06 Índice do Recinto (K) 1,31 Limpo 0,95 0,91 0,88
Normal 0,91 0,85 0,80
07 Fator de depreciação (Fd) 0,80 Sujo 0,80 0,66 0,57
08 Coeficiente de Reflexão teto 0,80
Ambiente

09 Coeficiente de Reflexão parede 0,70


10 Coeficiente de Reflexão piso 0,40

11 Iluminância planejada (Em) 100 lux


12 Temperatura de cor 4000 K
13 IRC 80
Luminária de sobrepor LED (37W)
14 Fluxo luminoso da luminária (com 4 LEDs) 3400 lm
Corpo em chapa de aço
já considerado perdas óticas
fosfatizada com pintura
15 Fator de utilização Fu 0,79 microtexturizada.
16 Quantidade de luminárias (N=n/z) 3 Aletas parabólicas e refletores em
alumínio brilhante.
Difusores recuados em acrílico
RCR = 5/K = 3,82
translúcido.
Equipada com quatro linhas
paralelas de LEDs.
* perceba que foi necessário
optar por um valor próximo do
que tínhamos, para ter um
índice na tabela.

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n= Em . A n= 100 . 54 n = 2,51
φ . Fu . Fd 3400 . 0,79 . 0,80

Resultado: 3 luminárias

3,00m
1,50m 3,00m 3,00m 1,50m

3,00m

* quantidade adequada?: as luminárias foram distribuídas segundo o princípio de 1 distância entre elas para 1/2
distância da parede. Se considerarmos que a distância máxima entre elas deve ser de 1,5 h (da luminária ao
plano de trabalho), teremos uma distância máxima de 4,125m (também ok!).

Então temos a indicação de consultar o ângulo da lâmpada e ver se o


iluminamento está adequado. Neste caso, o fabricante apresentou a
curva de distribuição luminosa (mostrado ao lado).
«Os valores em cd/1000lm encontrados na CDL devem ser multiplicados
pelo fluxo luminoso da lâmpada em questão e, posteriormente, estes 240
valores são divididos por 1000lm para se obter os valores de intensidade 50
luminosa em cada ângulo». Fonte: O Setor Elétrico
40
Se considerarmos nossa planta e quisermos que a luz chegue na parede,
na altura da bancada de 0,75m, precisaremos calcular o iluminamento
para um ângulo de 47,5°. Como cheguei neste valor? Veja abaixo:
9,00m 2,75m 0,75m
3,00m

tg a = 3 = 1,09 tangente inversa


3,00m

3,00m

2,75 de 1,09 (na


calculadora) =
6,00m

6,00m

1,50m 3,00m 3,00m 1,50m a?


bancada de trabalho

VISTA EM CORTE

2,75m 47,47°
3,00m

Valor aproximado de 240 no gráfico:


3,00m

240 x (3400/4) / 1000 = 204


transversal (neste caso: longitudinal é (divido por 4 por ser «a lâmpada») ok!
longitudinal no mesmo sentido das lâmpadas)
Ou, segundo Creder, multiplica-se o valor encontrado no Ep = I(a) cos³(a) Ep = 4920. cos³(47.5)
gráfico por 20,5 (por ser candelas/1000lumens) e aplica- h² 2,75²
se na fórmula: 240 x 20,5 = 4920 candelas
Ep = 202
Ep = iluminamento em lumens/m² (lux)
I(a) = intensidade luminosa em candelas ok!
a = ângulo valor muito semelhante ao calculado acima.

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Cálculo de Controle: após ser definida a quantidade certa de luminárias, poderá ser calculada exatamente a
iluminância média através da equação:

Em = 3 . 3400 . 0,79 . 0,80 = 119,38


Resultado: iluminância média de
aproximadamente 119lx.
54

Use seno, cosseno e tangente para calcular distâncias e


ɤ
#DICA o valor inverso para achar os ângulos. Lembrando: d
a
sen ɤ = b cos ɤ = a tg ɤ = b
d d a
b

Normalmente os ambientes não são simplesmente um quadrado ou um retângulo. Então


nos perguntamos: como calcular a área se na fórmula indica apenas «a x b»?
#DICA
Por isso fizemos um teste e podemos concluir que se você considerar o espaço como um
retângulo (arredondando suas medidas) e depois distribuir as luminárias, o valor obtido
será próximo do resultado encontrado se considerar áreas menores e calcular cada uma
separadamente.

#dica: se estiver na dúvida, faça os dois cálculos e opte por aquele que indicar o maior
número de luminárias.

CROQUIS DE ESTUDO
(considerando os mesmos dados do nosso exemplo anterior):

9m

1° caso
6m
6m

considerando separadamente 3 luminárias


3m

cada ambiente) 2 luminárias


(*n=1,1)

15m

2° caso
6m

5 luminárias
considerando um
perímetro maior (único)

120

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- Método do Ponto a Ponto


Este método calcula a quantidade de luz em um determinado ponto, somando a contribuição de cada fonte de
luz. Para isso, é preciso saber que:

- Fonte Puntiforme: luz a partir de uma fonte pontual, como uma lâmpada incandescente. O iluminamento é
inversamente proporcional ao quadrado da distância.
- Fonte Linear Infinita: corresponde a uma linha de luz. Exemplo: fileira contínua de lâmpadas fluorescentes ou
uma lâmpada fluorescente a curta distância. O iluminamento é inversamente proporcional à distância.
- Fonte Superficial de Área Infinita: o iluminamento não varia com a distância. Exemplo: o que mais se aproxima
disso um teto iluminado por uma luz totalmente indireta.

fonte puntiforme fonte linear infinita superfície infinita


1m 100lux 1m 100lux 1m 100lux
1m 1m 1m
25lux 50lux 100lux
1m 1m 1m
11,1lux 33,3lux 100lux

I= intensidade luminosa lançada verticalmente sobre o ponto considerado.


E= I E= iluminância (fluxo luminoso por unidade de superfície da mesa, expressa em lux).
h² * a iluminância é inversamente proporcional ao quadrado da distância.

Se a incidência da luz não for perpendicular, existirá um ângulo que entrará na fórmula:

* Fonte das imagens e informações: OSRAM

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- Método das Cavidades Zonais


Segundo Hélio Creder, o Método das Cavidades Zonais «só se justifica quando aplicado a instalações de alto
padrão técnico, em que é exigida maior precisão de cálculos. Esta teoria estabelece que, se uma superfície A
emite ou reflete um fluxo de modo completamente difuso, parte deste fluxo é recebida por uma superfície B. A
percentagem do fluxo total emitido por A que é recebido por B é chamada fator de forma de B em relação a A.
Um recinto a iluminar é constituído por paredes, teto e chão, que atuam como superfícies refletoras do fluxo
emitido pela fonte luminosa; estas superfícies recebem o nome de cavidades zonais». pag. 205 do livro
«instalações Elétricas».

Neste método são utilizadas fórmulas e tabelas semelhantes à do Método dos Lúmens, mas como podemos ver,
leste método leva em consideração a interferência de outras superfícies, sendo muito mais complexo.
E como este não é o objetivo deste curso, não descreveremos aqui. Caso tenha interesse, procure o livro citado
acima e leia as páginas 205 a 222.
E na prática?
Vamos dizer que você quer fazer um projeto e utilizar o Método dos Lúmens. Para isso
sabemos que precisamos do Fator de Utilização Fu e que este pode ser obtido através de
cálculo (precisamos do ƞL - eficiência da luminária, indicado pelo fabricante da luminária)
ou de uma tabela também indicada pelo fabricante da luminária.

No entanto, quando vamos pesquisar, geralmente não encontramos estas informações :/


Vejamos:

GE Lighting: em seu catálogo a GE avisa para


contactá-los para receber informações sobre a
curva de depreciação de lúmens.

Philips
OSRAM Nos sites, não foi possível achar estas informações (eles informam a quantidade de lúmens,
Ourolux eficiência luminosa (lm/W), etc, e não indicam a tabela nem o valor da eficiência da luminária.
Empalux
Também pesquisei a caixa de alguns produtos em lojas e estas informações não constavam. E então nos
perguntamos: por que aprendemos este cálculo se não podemos aplicá-lo? Porque caso tenhamos as
informações completas, podemos calcular. E caso não tenhamos, entendemos melhor quais são os fatores que
influenciam na iluminância e com isso temos mais conhecimento e segurança sobre o assunto.

Algumas soluções possíveis:

- podemos entrar em contato com os fabricantes de luminárias e solicitar a informação;


- usar um Fator de Utilização «genérico», estimado e realizar o cálculo mesmo assim. Alguns profissionais
estimam 0,5 (50%);
- usar um cálculo simplificado: Se no exemplo que descrevemos precisamos de 100lux, teríamos:
x lm / 54m² = 100lux x = 5400l úmens

Se cada luminária tem 3400 lúmens, precisaríamos de 2 luminárias. Mas note que apenas duas iria resultar em
uma garagem com alguns pontos mais escuros e sem a luminosidade mínima necessária, pois está sendo
desconsiderada a depreciação do fluxo luminoso e as condições do ambiente. Se estimarmos 50% a mais de
lúmens, o resultado seria 8100 que divididos pelos 3400 de cada luminária indicaria a necessidade de 2,4
luminárias, que podemos arredondar para 3. Isso faria com que tivéssemos um resultado semelhante ao
calculado.

122

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Para auxiliar, disponibilizo estas tabelas da Philips, que encontrei no livro «Instalações
Elétricas» de Hélio Creder. Elas podem ser usadas como referência em alguns casos:

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Simuladores online funcionam?


No geral, os resultados são parecidos, mas não como os calculados. Você geralmente insere
dados como comprimento, largura e pé-direito do ambiente, informa o tipo de ambiente, a
quantidade de lux necessária, as cores de parede, teto e piso e indica a altura do plano de
trabalho. Mas geralmente ficamos sem saber o Fu e o Fd e os simuladores geralmente usam os
produtos da própria empresa.

CONCLUSÃO: calcular a quantidade de luminárias e de lâmpadas necessárias poderá ajudar a reduzir a


ocorrência de erros e permitirá calcular o consumo do sistema. No entanto, um bom projeto luminotécnico é
muito mais do que isso: a iluminação precisa ser funcional e também precisa envolver o usuário e fazer com que
se sinta confortável (não há cálculo que consiga mensurar este aspecto).

127

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MÓDULO III
PROJETO LUMINOTÉCNICO

9 - PROJETO LUMINOTÉCNICO: CONTATO COM O


CLIENTE E REPRESENTAÇÃO
Para que o projeto luminotécnico possa ser criado é necessário que o layout e a
decoração estejam definidos (ou sendo desenvolvidos juntamente, de
preferência), visto que precisamos iluminar locais onde serão realizadas as
tarefas e detalhes interessantes do espaço.

· 1° contato com o cliente: é necessário definir o programa de necessidades. O ideal é ir ao local, fazer
medições gerais do ambiente e conversar com o cliente para saber mais sobre o espaço a ser iluminado e
sobre a própria personalidade dos moradores.
Tenha em mãos um check list bem detalhado, que deverá abranger temas como:

- O mobiliário já está executado? Caso contrário, possui o projeto?


- Como é o teto? É possível mexer/fazer gesso?
- Como é a rede elétrica do local?
(Tire fotos e imagine o que pode ganhar destaque e o que pode ser feito).

- Quanto o cliente espera gastar com a execução do projeto luminotécnico?


- Qual o estilo do cliente? Clássico, contemporâneo, minimalista, acumulador, ... Para obter
esta resposta, elabore algumas perguntas que te ajudem a deduzir seu estilo, pois muitas vezes
o próprio cliente não possui uma visão clara sobre "o que o define".
- Qual a faixa etária dos moradores? Pessoas mais velhas costumam precisar de mais luz para
realizar suas atividades e também para se sentirem mais protegidas (para idosos, evite criar
efeitos de luz e sombra muito marcados).
- Caso seja reforma, o que permanecerá?

Neste primeiro momento o objetivo é mostrar ao cliente que você possui o conhecimento pra criar o projeto,
esclarecendo o que está envolvido neste processo e o que ele pode esperar de você. Lembre-se de que você
possui várias ideias, mas estas só serão apresentadas depois de contratado e depois de ter estudado, muito
bem, as possibilidades. Afinal, sabemos que o conhecimento técnico para esta tarefa é vasto e rico e sua
formação até este momento exigiu muito estudo e prática.

Converse com o cliente, fale da importância da iluminação como a "cereja do bolo", explique conceitos, tipos de
lâmpadas, luminárias e efeitos que podem ser criados para deixar a residência mais funcional e interessante.
Lembre-se de que você não está vendendo um projeto, mas sim uma vida melhor para a família: a rotina
funcionará melhor, as festas se tornarão mais aconchegantes, o bem-estar do dia-a-dia com a luz adequada trará
economia de energia e prazer.

Será necessário recolher as informações necessárias para um orçamento, o qual poderá variar bastante de
acordo com o que se quer criar. Exemplo: será executado gesso? O que pode ser (ou será) reformado? Isso exigirá
um estudo de paginação do gesso que normalmente será feito por você.

· 2do momento (após contratação): você enviou o orçamento e o cliente aceitou. A partir de agora
começa o trabalho árduo:

- Quais atividades serão desenvolvidas no local? Desenhe o layout com todas as medidas
necessárias, seja detalhista.
- Compreenda a proposta arquitetônica do local: o projeto arquitetônico possui uma
determinada linguagem.

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MÓDULO III
PROJETO LUMINOTÉCNICO

- Quais as medidas do local e como é o layout do mobiliário? Anote tudo, fotografe e até mesmo
filme (assim terá vários detalhes à sua disposição para quando estiver projetando).
- Quais os materiais existentes? O que é interessante e pode ser valorizado? O cliente possui
alguma preferência, como um quadro ou escultura que queira dar destaque?
- Quando o local é acessado, o visitante olha em qual direção? Valorize.
- O que pode interferir na qualidade da iluminação?
- No caso de reforma, analise luminárias e lâmpadas existentes.

· 3ro momento: Projeto!

- Decida o que será iluminado e quais efeitos quer criar.


- Escolha as lâmpadas necessárias para isso.
- Defina as luminárias.
- Calcule a iluminação geral (Método das Eficiências) e distribua as luminárias.
- Posicione a iluminação dirigida e calcule, se necessário, se ela atende às necessidades (neste caso,
pode ser usado o Método do Ponto a Ponto).
- Avalie o consumo energético: esta é uma etapa importante para validar sua proposta.
- Se o cliente contratou não apenas o projeto, mas sua execução (o que é essencial para que o
resultado esperado seja atingido), faça uma avaliação de custos. Esta etapa também ajudará seu
cliente a se organizar: faça um levantamento de quanto será gasto com a aquisição de todos os
itens, como lâmpadas, luminárias, reatores, fiação, etc. assim como custo de mão-de-obra, da
elaboração do projeto à instalação final (esta não é uma etapa simples. Ela é muito trabalhosa e
exige alguns conhecimentos de mercado, assim como de orçamento).

Lembre-se de que primeiro será apresentado um Estudo Preliminar com a ideia inicial. Se o cliente concordar,
passará para o Anteprojeto, o qual já define os detalhes de maneira muito mais precisa. Se o cliente der o ok,
passa-se para o projeto Executivo, o qual descreverá em detalhes tudo o que deverá ser realizado, inclusive
indicando como será feito.

Orientações para a elaboração do projeto luminotécnico:

Ÿ Planta: desenhe os ambientes e use adequadamente a representação das espessuras de linha (NBR 6492 -
representação de projetos de arquitetura). Os móveis devem ser representados com uma linha bem fina,
para que possamos ver que estão lá, sem no entanto «poluir» o desenho. Também é importante representar
o teto (o desenho do gesso, por exemplo), mas neste caso, escolha uma representação de fácil leitura (para
que as linhas não se confundam com as dos móveis) - geralmente trabalhamos sobre a planta de móveis e
depois entregamos a iluminação na planta de teto (assim o desenho fica mais limpo e claro).
Ÿ Simbologia: você pode criar sua própria simbologia para representar lâmpadas e luminárias. De preferência,
use cores e formatos diferentes para que seu projeto seja de fácil leitura. Lembre-se de indicar a legenda na
prancha.

Ÿ Cotando: cote todos os pontos e sempre busque uma medida de referência para que o profissional que irá
executar não tenha dificuldades para marcar e instalar as luminárias.
Ÿ Detalhamento: é muito importante criar detalhes executivos daquilo que pode causar dúvidas, como
instalações em móveis e em sancas.
Ÿ Informações visuais: se possível, e quando necessário, use imagens dos produtos para ilustrar o que está
propondo. Isso facilita a compra especialmente quando o cliente não contratou a execução.

Veja a seguir alguns bons exemplos:

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atelierdareforma.wordpress.com

Veja um detalhe
na próxima pág.

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Veja o detalhe do
projeto do quarto do
casal.

Legenda do projeto
luminotécnico.

Detalhe executivo do
cortineiro em gesso e da
localização da fita LED +
reator.

Neste exemplo da
chandelierlux, uma sala
de banho: sobre a área da
bancada 2 dicróicas
Energy Saver da OSRAM
35W 60° com filtro fosco.
Para a iluminação
geral/vaso sanitário
PAR20, R63 ou outra
halógena.
Na ducha uma dicróica
RGB, para cromoterapia.

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PROJETO LUMINOTÉCNICO

Projeto do layout (como


referência).

Imagem: Jaqueline
Ribeiro design de
interiores.

Exemplo de planta de
teto.

Imagem: Jaqueline
Ribeiro design de
interiores.

Exemplo de planta
luminotécnica «limpa» e
com informações de
fácil leitura.

Imagem: Jaqueline
Ribeiro design de
interiores.

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PROJETO LUMINOTÉCNICO

Imagens ilustram, no
projeto, o design
desejado de quem
projetou a iluminação
do ambiente. Isso
facilita a compreensão
do cliente.

Imagem: Jaqueline
Ribeiro design de
interiores.

Detalhes facilitam a
execução especialmente
de móveis. Veja este
exemplo: é previsto o
local da fonte e por
onde a fiação irá passar
para alimentar a fita LED
na prateleira.

Imagem:
superfluonecessario

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9.1 - Memorial Descritivo


Juntamente com o projeto luminotécnico, deverá ser entregue um memorial descritivo. Este memorial deverá
detalhar cada ambiente, descrevendo as necessidades, os detalhes da luminária escolhida, o total de luminárias,
a potência de cada uma e o valor total da potência.

Alguns tópicos que devem ser abordados:


Ÿ Dados gerais: como nome da obra, nome do proprietário e até mesmo o número da RRT, no caso de
arquitetos;
Ÿ Disposições gerais: descrever o objetivo do projeto;
Ÿ Normas: poderá citar que foram consultadas normas como a NBR 5413 (iluminância de interiores) e a 15215
(iluminação natural);
Ÿ Execução: dizer que a obra deve ser executada por profissionais devidamente habilitados, com o uso
adequado de EPIs. Descrever as responsabilidades de cada profissional;
Ÿ Tópicos específicos sobre os materiais a serem utilizados. Exemplo: «reatores e transformadores»,
arandelas, pendentes, etc.
Ÿ Tabelas: use tabelas para indicar o que está sendo especificado no projeto, assim será mais fácil quantificar e
detalhar suas características.

Exemplo de tabela
resumo com as
características das
lâmpadas e luminárias
de um cômodo.

Imagem: memorial
descritivo da prefeitura
de canoas.

Existe também a possibilidade da criação de um orçamento de custo operacional, que corresponde a uma
estimativa de quando as lâmpadas precisarão ser substituídas, somando-se também o valor da mão-de-obra
para isso. Normalmente este trabalho é realizado quando o acesso às instalações é mais difícil, como no caso de
um projeto de iluminação pública.
Caso existam dúvidas entre dois sistemas de iluminação, o ideal é criar um cálculo de rentabilidade, o qual
deverá considerar tanto o custo de aquisição, quanto o de manutenção (operacional). Então, no final, poderá ser
criado um gráfico comparativo para exibir visualmente os resultados, facilitando a compreensão do custo-
benefício por parte do cliente.

- Como calcular a potência total: será a potência de cada lâmpada utilizada multiplicada pela quantidade de
unidades utilizadas, somando a potência de cada reator, transformadores e/ou ignitores. O valor deverá ser
dividido por 1000 para que o resultado seja em Kw.
- Outro valor importante é a «potência por m²». Para isso, calcula-se a potência total em W e divide-se o seu valor
pela metragem (esta é chamada de Densidade de Potência).
- Para comparar dois sistemas de iluminação, é preciso considerar a iluminância de cada sistema e não apenas
sua densidade de potência. Exemplo da OSRAM: o sistema 1 tem densidade de potência 30W/m² e iluminância
de 750lux. Já o sistema 2 tem densidade de potência de 20W/m² e iluminância de 400lux. No entanto, fazendo
uma «regra de três», calculamos que para 100lux o sistema 1 consome 4W/m² e o 2 consome 5W/m².
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10- INCORPORANDO PRINCÍPIOS SUSTENTÁVEIS


NO SEU PROJETO LUMINOTÉCNICO
Sabemos que é essencial projetar usando conceitos, produtos e sistemas
sustentáveis, reduzindo gastos desnecessários para o planeta e para o bolso do
consumidor. Quem ganhar destaque nesta área, estará um passo a frente dos
demais profissionais.
Podemos levar em consideração algumas diretrizes da NBR 15575 - Norma de Desempenho - que deve ser
obedecida para edifícios residenciais de até 5 pavimentos:

· Segundo a NBR 15575, um dos aspectos a ser considerado é o conforto lumínico:


primeiramente, a luz natural deve ser explorada através do dimensionamento adequado de aberturas e
do uso de superfícies refletoras.
É exigido um mínimo de 60lux para ambientes como sala de estar, dormitório, cozinha/copa, banheiro e
área de serviço. Para escadarias, garagens, estacionamentos e corredores não é exigido.
Já o mínimo exigido para iluminação artificial é de 100lux para sala de estar, dormitório, cozinha/copa,
banheiro e área de serviço. Para escadarias, garagens, estacionamentos e corredores é exigido o
mínimo de 50lux.

Ser sustentável significa que todo o processo, da concepção ao descarte, foi pensado para ser o mais inteligente
possível.
Segundo o artigo "Iluminação e Sustentabilidade" do Fórum da Construção, 90% do consumo de energia de uma
luminária é resultado da sua operação e aplicação e 10% do uso da matéria-prima, produção, transporte e
reciclagem.
Em função disso, podemos perceber que valorizar materiais recicláveis, como aço e alumínio, assim como vidro
e polipropileno, são boas opções para o meio ambiente. "A reciclagem do alumínio requer apenas 5% da energia
utilizada para produzi-lo". Fonte: Fórum da Construção
Lembre-se também de que o transporte de materiais, por caminhão, gera uma grande emissão de CO2, a qual
pode ser reduzida se a produção for próxima do centro de distribuição e consumo.

Estas são algumas orientações importantes:

- Origem do produto: valorize aqueles que foram produzidos o mais perto possível do local da obra, pois valoriza
o trabalho local e reduz custos de transporte;

- Material do produto: dê preferência àqueles que podem ser reciclados, que foram produzidos pela
comunidade local, com materiais locais;

- Produto: preze pela qualidade e pela durabilidade, com reduzida manutenção. Escolha produtos certificados e
de baixo consumo energético (exemplo: com Selo Procel A);

- Arquitetura/Decoração: o edifício deve explorar ao máximo a luz natural; superfícies claras e espelhos ajudam
a refletir a luz;

- Projeto luminotécnico: precisa ser eficiente. Por isso, sempre que possível invista em cálculos e tenha certeza
de que a opção escolhida é válida e resulta em menos custos para o cliente. Sistemas de automação, como
dimmers e sensores, auxiliam nesta tarefa. O projeto deve ser flexível, permitindo mudanças (evitando reformas
e custos desnecessários). Um detalhe importante: para que seja eficiente, o projeto precisa ser integrado à
iluminação natural - e para que isso seja possível é necessário que o projeto arquitetônico seja planejado desde o
início já com este intuito.

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Como integrar o projeto luminotécnico à iluminação natural? A automação ajuda bastante (estude esta
possibilidade: através dela sensores adaptam a quantidade de luz artifical, evitando excessos, e permitem o uso
de recursos muito interessantes). Outro detalhe é usar diferentes sistemas de iluminação para que seja possível
ligar apenas o necessário.
É muito importante estudar o consumo de diferentes sistemas, para decidir. Por exemplo: se forem usados
balizadores em cada degrau da escada, qual será o custo e qual o consumo? E se isso for substituído por
arandelas? E se for substituído por um pendente? Crie o cenário, mas não desperdice.

Sabemos que a sustentabilidade em uma residência vai muito além da especificação de lâmpadas, luminárias e
da criação de circuitos inteligentes. Ela precisa estar integrada ao conjunto da obra e por isso algumas sugestões
são importantes para quem tem a oportunidade de acompanhar a criação do projeto desde o início:

Ÿ orientação física adequada da edificação para explorar ao máximo a iluminação natural;


Ÿ criação de aberturas e fechamentos que contribuam com a geração de conforto lumínico, assim como o
térmico e o psicológico;

Exemplo de como
diferentes aberturas
proporcionam mais luz e
conforto para os
ambientes internos.

Imagem: Jaqueline
Schalinski - Pinterest

Ÿ escolha de materiais e mão-de-obra sustentáveis;


Ÿ escolha de decoração adequada (exemplo: cores claras e espelhos ajudam a refletir a luz; lâmpadas que não
emitem calor evitam a geração de calor excessivo dentro dos ambientes);
Ÿ instalação de painéis fotovoltaicos e painéis de aquecimento solar, para geração de energia elétrica;
Ÿ etc.

São muitas as opções para quem pretende criar um projeto e uma obra mais sustentável. A dica mais importante
que podemos dar é: pesquise! O aprendizado contínuo faz com que novas ideias surjam e aquilo que seria
«tradicional» pode ser questionado e feito de maneira mais eficiente.
Por isso, no decorrer deste curso valorizamos vários detalhes sobre produtos e soluções para que você tenha o
conhecimento necessário para usá-los e principalmente para criar algo novo a partir deles.

Outra dica valiosa é acessar o site de empresas certificadoras, como a LEED (http://www.gbcbrasil.org.br) e
estudar os critérios de sustentabilidade avaliados por eles. Veja também os exemplos de obras que receberam a
certificação e incorpore estes princípios no seu projeto.

Lembre-se de valorizar estes detalhes para o seu cliente: ele precisa conhecer para dar o devido valor.

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11- CONCLUSÃO
Neste curso explicamos conceitos importantes de luminotécnica e ensinamos
a calcular a iluminação necessária através dos dois métodos mais usados, que é
o método dos lúmens e o do ponto a ponto. No entanto, sabemos que para
projetos mais complexos, isso pode se tornar exaustivo, em função da
quantidade de cálculos necessários.

Por isso, quem trabalha com projetos de iluminação costuma utilizar softwares específicos, os quais ajudam,
inclusive, a validar detalhes pensados como: ofuscamento, integração da luz natural com a artificial, eficiência
energética, etc. Estes softwares ajudam a visualizar os efeitos através da renderização e isso só ocorre depois de
realizado todo o processo descrito neste curso, ou seja, o software funciona como apoio e não como ferramenta
de criação, visto que um projeto luminotécnico envolve um mundo de possibilidades, muitas delas relacionadas
a condições psicológicas.

Outro detalhe importante é que o software deve trazer informações físicas sobre a luz e não ser exatamente um
software de apresentação artística.

São exemplos de softwares gratuitos - indicados pela Lume Arquitetura:

Ÿ Calculux: desenvolvido pela Philips Eletronics, é gratuito.


Ÿ Dialux: um ótimo software, gratuito e com um bom render.
Ÿ Relux Pro
Ÿ Radiance - Synthetic Imaging System SIS: é um software gratuito, preciso e rápido, mas de difícil uso.Seu
render é muito bom, especialmente quanto envolve luz natural.
Ÿ Rayfront: pode ser usado como uma extensão do AutoCad ou do Intellicad, junto com o modelador
3DSOLAR, ou de forma independente. É preciso e rápido.
Ÿ Domus: é gratuito e lançado pela PROCEL para auxiliar na eficiência energética das edificações.

Foi anexado a este curso alguns arquivos que complementam o que estudamos aqui e facilitam o aprendizado.

Parabéns por completar o curso.


Desejo a você muito sucesso!
abraços
Arquiteta Nadine Voitille.

Referências Bibliográficas

Ÿ CEFET MG. Manual para especificação técnica de lâmpadas e reatores. Link:


http://www.compras.mg.gov.br/images/Legislacao/Energia_El%C3%A9trica/Especifica%C3%A7%C3%
A3o_T%C3%A9cnica_de_Lmpadas_e_Reatores.pdf Acesso em: setembro, 2017.
Ÿ IBDA Fórum da Construção. Iluminação e Sustentabilidade.
www.forumdaconstrucao.com.br/conteudo.php?a=3&Cod=1134
Ÿ Instalações Elétricas. Hélio Creder. 14ed. Editora LTC.
Ÿ Lume Arquitetura. Softwares para projetos d iluminação. Luis Lancelle.
www.lumearquitetura.com.br/lume/default.aspx?mn=947&c=2034&s=0&friendly=softwares-para-
projetos-de-iluminacao Acesso em: setembro, 2016
Ÿ Youtube Universidade da elétrica. Acesso em: setembro, 2017.

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