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Vitória da Conquista
06/10/2010
SUMÁRIO
NOMENCLATURA..........................................................................................................3
LISTA DE TABELAS.......................................................................................................4
LISTA DE FIGURAS....................................................................................................... 5
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................6
2. DISCUSSÃO TEÓRICA...............................................................................................7
3. MEMORIAL DE CÁLCULOS................................................................................... 15
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO.................................................................................29
5. BIBLIOGRAFIA......................................................................................................... 33
2
NOMENCLATURA
3
LISTA DE TABELAS
4
LISTA DE FIGURAS
5
1. INTRODUÇÃO
6
2. DISCUSSÃO TEÓRICA
7
A luz em si é invisível, o que vemos é o objeto iluminado e é exatamente por
isso que a luz está diretamente relacionada à cor e à textura que este objeto possui.
Como cada pessoa tem uma sensibilidade diferente da outra (para cores e quantidade de
luz), a sensação psicológica transmitida será diferente para cada indivíduo.
Desde tempos imemoriais, sempre foi preocupação do homem dotar suas
moradias de meios adequados para suprir a falta da luz natural. O primeiro recurso foi,
naturalmente, o fogo, que produz calor e luz, obtido pela de madeira, carvão e outros.
As antigas lâmpadas eram fabricadas em cerâmica ou metal, possuíam uma alça para se
segurar e um pavio na outra extremidade e utilizavam algum óleo como combustível.
Com o advento do petróleo, o gás passou a ser utilizado na iluminação. No
Brasil, em 1851, Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, iniciou a iluminação de
ruas por meio do famoso lampião a gás.
As primeiras lâmpadas a utilizarem a eletricidade foram as lâmpadas a arco
voltaico. No fim do século XIX, através de Thomas Alva Edison, surgiram as primeiras
lâmpadas elétricas incandescentes, que, por se revelarem mais práticas para produzir
luz, passaram a ser utilizadas em larga escala [2].
8
Rendimento luminoso ou eficiência luminosa é um indicador
de eficiência utilizado para avaliar o rendimento da conversão de energia em luz por
uma determinada fonte luminosa. É um indicador de mérito que consiste na avaliação
do rácio entre o fluxo luminoso (em lumens) e a potência (geralmente medida
em watts). Dependendo do contexto, a potência pode ser o fluxo radiante da fonte ou a
energia eléctrica consumida pela fonte [1]-[5].
Figura 4: Esquerda: Ilustração de uma lâmpada incandescente. Direita: Estrutura de uma lâmpada incandescente.
9
Figura 5: Ilustração de lâmpadas halógenas.
Tais lâmpadas podem ser dimerizadas, o que aumenta a vida útil, reduz o
consumo, o fluxo luminoso e torna a luz mais amarela [5].
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Figura 6: Imagem de lâmpadas fluorescentes.
Possuem alta eficiência, IRC: 85%, Vida útil: de 7.500 à 10.000 horas, tensão de
rede de 110/220v, uso: residencial e comercial podendo ser dimmerizadas com reatores
específicos [5] [8].
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2.1.4 Lâmpadas de Descarga
12
Seus tipos são:
13
2.1.5 LED´s
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3. MEMORIAL DE CÁLCULOS
O projeto luminotécnico descrito neste trabalho está voltado para planta mostrada
na figura 12 pertencente a uma família de 3 indivíduos: um jovem de 18 anos, sua mãe (50
anos) e o seu pai, de 53 anos. O método de projeto utilizado será o método lúmem, que
poderá ser analisado nos 8 passos a seguir.
Inicialmente, por não haver um plano de trabalho exigido pela família, iniciar-se-á o
projeto obedecendo o que diz padrão descrito pela NBR 5413, que afirma: “A iluminância
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deve ser medida no campo de trabalho. Quando este não for definido, entende-se como tal
o nível referente a um plano horizontal a 0,75m do piso”.
Logo, para este projeto será considerado o plano de trabalho de 0,75m. O que
fornece como parâmetros iniciais os seguintes dados:
PASSO 1:
𝑐∗𝑙
𝐾=
ℎ(𝑐 + 𝑙)
Sendo:
c = comprimento do recinto
l = largura do recinto
h = pé-direito útil
hs = distância do teto ao plano de trabalho
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Lembrando que Pé direito útil é a distância real entre a luminária e o plano de
trabalho (vide figura 12).
De modo que:
ℎ = 𝑃𝑑 − ℎ𝑠 − ℎ𝑡
Para o banheiro 1:
Para o banheiro 2:
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Para a suíte:
𝑐∗𝑙 3 ∗ 3,33
𝐾3 = = = 1,09
ℎ(𝑐 + 𝑙) 1,45(3 + 3,33)
𝑐∗𝑙 8,39
𝐾4 = = =1
ℎ(𝑐 + 𝑙) 1,45(3 + 2,8)
Para a varanda:
𝑐∗𝑙 9,3
𝐾5 = = = 1,03
ℎ(𝑐 + 𝑙) 1,45(4 + 2,3)
Sala de estar 2:
𝑐∗𝑙 3 ∗ 3,11
𝐾7 = = = 1,05
ℎ(𝑐 + 𝑙) 1,45(3 + 3,11)
Para a cozinha:
Circulação (Hall)
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PASSO 2:
Uma vez estipulado o indice do local (k), virá o próximo passo que é o cálculo do
fator de utilização (U) que é O Fluxo Luminoso final (útil) que incidirá sobre o plano de
trabalho, é avaliado por este fator. Ele indica, portanto, a eficiência luminosa do conjunto
lâmpada, luminária e recinto.
Tanto as paredes quanto o teto da residência, por motivos econômicos, foram
escolhidos com a cor branca e o piso terá a cor bege.
Uma vez escolhidos os parâmetros de superfície, deve-se analisar a tabela 1 que
relaciona a superfície à refletância correspondente (𝜌) de cada uma de acordo com a
claridade.
Tabela 2: relação entre a superfície e a refletância correspondente.
Superfície Refletância (𝜌)
Muito Clara 70%
Clara 50%
Média 30%
Escura 10%
Preta 0%
Logo, o teto, parede e o piso correspondem a, respectivamente: 70%, 50% e 10%.
Pode-se agora encontrar o fator de utilização de cada aposento da casa.
Deve-se analisar agora o fator de utilização, que relaciona o índice do local (K) com
as refletâncias encontradas anteriormente. Veja um exemplo de localização do fator de
utilização do banheiro 1, por exemplo. Como o banheiro 1 possui as respectivas refletâncias
70%, 50% e 10% e o K=0,62. Tem-se:
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Logo, para o banheiro 1, 𝑈 = 0,4.
Veja a seguir a tabela feita com a análise do fator de utilização de todos os cômodos
da casa:
PASSO 3:
PASSO 4:
Uma vez identificada a idade dos indivíduos, deve-se-se agora descobrir os Fatores
determinantes da iluminância (E) adequada de cada indivíduo de modo que de acordo com
a de peso (vide a tabela 2 da nbr 5410). De acordo com a tabela 2, o filho tem peso -1, a
mãe juntamente com o pai tem peso 0, resultando numa soma de -1 o que resulta na
utilização de iluminâmcia média, pois de acordo com a NBR 5410 “ deve-se usar a
iluminância inferior dos grupos, quando o valor total da soma for igual a -2 ou -3; a
iluminância superior, quando a soma for +2 ou +3; e a iluminância média, nos outros
casos (caso em questão neste trabalho)”.
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Tabela 6: Característica da tarefa e do observador quanto a idade, velocidade e precisão e refletância no fundo da tarefa.
Característica da tarefa e do Peso
observador -1 0 1
Idade Inferior a 40 anos 40 à 55 anos Superior à 55 anos
Velocidade e precisão Sem importância Importante Crítica
Refletância no fundo da tarefa Superior à 70% 30 à 70% Inferior à 30%
Para a próxima etapa, deve-se analisar a NBR 5413 no que diz respeito à
iluminâncias em lux por tipo de atividade (valores médios em serviço), que está descrita na
tabela geral, e identificar o tipo de caso no qual o projeto se encaixa. Logicamente, foi
escolhido a opção “residências” que, por ser o foco deste trabalho, foi inserida logo abaixo
de modo que, no momento oportuno, tais parâmetros serão usados nos cálculos da
iluminância recomendada (E). Foi considerado nos cálculos de E os valores médios
(valores centrais destacados com cor laranja na Tabela 7 indicando 150 lux).
Veja também a tabela fornecida 5.3.65 pela NBR 5413 no que diz respeito à
residências. Vale salientar que foi escolhido pelo projetista (aluno) a utilização dos
parâmetros gerais das iluminâncias recomendadas (também destacado de laranja na Tabela
7).
Tabela 7: Iluminância recomendada (em lux) para diferentes recintos da casa, por tipo de atividade (valores médios em serviço).
Recintos Parâmetros Min. Med. Max.
Geral 100 150 200
Salas de estar
Leitura, escrita, bordado, etc 300 500 750
Geral 100 150 200
Cozinhas
Local (fogão, pia, mesa) 200 300 500
Geral 100 150 200
Quartos de dormir
Local (espelho pratileira, cama) 200 300 500
Geral 75 100 150
Hall, escadas, despensas, garagens
Local 200 300 500
Geral 100 150 200
Banheiros
Local (espelhos) 200 300 500
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Tabela 8: Relação dos cômodos com as respectivas iluminâncias recomendadas.
CÔMODOS E (lx)
Banheiro 1 150
banheiro 2 150
Suíte 150
Dormitórios 150
Varanda 100
Sala de jantar+ estar 150
Sala de estar 2 150
Cozinha 150
Área de serviço 100
Circulação 100
PASSO 5:
O próximo passo é o cálculo de luminárias necessárias. Este cálculo tem como base
a equação abaixo:
𝐸∗𝑐∗𝑙
𝑁=
𝑛 ∗ 𝜙 ∗ 𝑈 ∗ 𝐹𝑝𝑙
Sendo:
Para a escolha da lâmpada mais econômica, deve-se analisar qual possui a maior
eficiência luminosa (𝜂𝑊 ) dada em lm/W. Veja a tabela abaixo que foi feita pelo aluno
baseando num levantamento de diferentes lâmpadas presentes do mercado de diferentes
empresas levando em conta a potência e o fluxo luminoso fornecido por cada uma para um
fornecimento de 220V.
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Tabela 9: Pesquisa feita com diferentes tipos de lâmpadas com suas respectivas potências, fluxo luminoso e eficiências.
nº Tipo de lâmpada Potência (W) Fluxo luminoso (lm) Eficiência luminosa (lm/W)
1 lâmpada incandescente 40 415 10,37
2 lâmpada incandescente 60 715 11,92
3 lâmpada incandescente 75 890 11,9
4 lâmpada incandescente 100 1350 13,5
5 lâmpada Fluorescente Compacta 9 450 50
6 lâmpada Fluorescente Compacta 11 550 50
7 lâmpada Fluorescente Compacta 15 825 55
8 lâmpada Fluorescente Compacta 20 1100 55
9 lâmpada Fluorescente Compacta 26 1482 57
1482
𝜂𝑊 = = 57 (𝑙𝑚/𝑤)
57
Para o banheiro 1:
Para o banheiro 2:
Para a suíte:
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Ou, considerando n (quantidade de lâmpadas por luminária) igual a 2, tem-se
Para a varanda:
Sala de estar 2:
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Ou, considerando n (quantidade de lâmpadas por luminária) igual a 2, tem-se
Para a cozinha:
Circulação (Hall)
PASSO 6:
Neste passo, será feito o cálculo de distribuição das luminárias para cada cômodo. De modo
que:
𝑐 𝑙
𝑄𝑐 = 𝑄𝑙 =
√𝑐 ∗ 𝑙 √𝑐 ∗ 𝑙
𝑁 𝑁
Sendo:
Qc = Quantidade de luminárias distribuídas paralelamente ao comprimento do recinto;
Ql = Quantidade de luminárias distribuídas paralelamente à largura do recinto;
c = Comprimento do recinto;
l = Largura do recinto;
N = Quantidade de lâmpadas por luminária.
Para os cômodos que possuem apenas uma lâmpada, esta deve se localizar no centro
geográfico do recinto. Para os outros casos, utiliza-se as equações acima. São estes casos:
𝑐 2,95
𝑄𝑐 = = = 0,8978 = 1
√𝑐 ∗ 𝑙 √2,95 ∗ 7,32
𝑁 2
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𝑙 7,32
𝑄𝑙 = = = 2,23 = 2
√𝑐 ∗ 𝑙 √2,95 ∗ 7,32
𝑁 2
PASSO 7:
PASSO 8:
Este passo é distribuição dos pontos de iluminação, trata-se do passo final. Onde
𝑐 2,95
𝑎= = = 2,95
𝑄𝑐 1
𝑙 7,32
𝑏= = = 3,6
𝑄𝑙 2
Sendo:
Veja a figura a seguir para notar sua atuação num projeto. Este recorte é a parte que
cabe à sala de espera juntamente com a sala de jantar, que ficaram juntas no calculo pelo
fato de entre elas não haver uma parede.
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Figura 13: Imagem ilustrativa da disposição das luminárias fluorescentes compactas dispostass na sala de jantar e na sala
de estar 1.
Figura 14: Exemplificação de uma luminária fluorescente compacta dupla utilizada na sala e nos dormitórios.
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Quantos aos demais recintos da casa, as lâmpadas ficarão dispostas no centro dos quartos.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
𝐸∗𝑐∗𝑙
𝑁=
𝑛 ∗ 𝜙 ∗ 𝑈 ∗ 𝐹𝑝𝑙
Sendo
Tem-se que verificar se o valor da iluminância recomendada (E) está de acordo com
o número de lâmpadas escolhida pelo projetista uma vez que este está trabalhando com o
máximo de retenção de gastos. Isolando “E” tem-se
𝑁 ∗ 𝑛 ∗ 𝜙 ∗ 𝑈 ∗ 𝐹𝑝𝑙
𝐸=
𝑐∗𝑙
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𝑁 ∗ 𝑛 ∗ 𝜙 ∗ 𝑈 ∗ 𝐹𝑝𝑙 1 ∗ 2 ∗ 1482 ∗ 0,4 ∗ 0,8
𝐸= = = 143 𝑙𝑢𝑥 (𝑂𝐾, 𝑒𝑠𝑡á 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑎𝑐𝑒𝑖𝑡á𝑣𝑒𝑙)
𝑐∗𝑙 3 ∗ 3,33
Já neste caso, por se tratar também de uma área muito pequena sua exigência de
iluminância é menor, uma lâmpada com luminância que tivesse metade da luminância
presente nesta equação acima resolveria o problema. A lâmpada escolhida foi a lâmpada
incandecente número 2 da tabela 8 que possui de 60W e 650 lm.
Substituindo a lâmpada correta:
Chegou-se a conclusão de que o projeto está de acordo com a norma vigente NBR
5413 e os conceitos aprendidos durante o curso foram válidos para a deste trabalho com
foco na luminotécnica, encerrando-se assim este projeto com propósitos didáticos.
Tabela 10: Relação de tipos de lâmpadas com parâmetros de investimento, potência e consumo.
Incandescente Fluorescente LED
Investimento inicial com lâmpadas R$ 36 R$ 700 R$ 1.500
Potência média de consuma das Lâmpadas 60W 18W 8W
Consumo de energia 6480 KWh 1944 KWh 1080 KWh
Lâmpadas trocadas 110 14 Zero
Gasto com energia R$ 2.628 R$ 778 R$ 345
Total R$ 2.859 R$ 1.618 R$ 1.845
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feito no ano de 2010 e é bem possível (quase certo) que a lâmpada à LED domine o
mercado quando sua tecnologia for completamente dominada.
Outro ponto muito importante que foi decidido no início do projeto e que foi
discutido em sala de aula foi o fato da disposição das luminárias.
Tabela 11: Valores médios de rendimentos fornecidos por diversos fabicantes de luminárias
Luminárias Rendimento
Abertas com lâmpadas nuas 0,9
Com refletor ou embutidas abertas 0,7
Com refletor e lamelas de alta eficiência 0,7
Com refletor, embutida com lamelas 0,6
Tipo "plafond" com acrílico anti-ofuscante 0,6
De embutir com acrílico anti-ofuscante 0,5
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5. BIBLIOGRAFIA
[1] http://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ld/Livros/ManualOsram.pdf
[4] http://www.unnaluz.com.br/luminotecnica-o-que-e/
[5] http://pt.wikipedia.org/wiki/Luminot%C3%A9cnica
[6] http://habitimoveisbebedouro.blogspot.com.br/2013/01/lâmpada-led-uma-solucao-de-
baixo.html
[7] http://veja.abril.com.br/301209/1-reinvencao-luz-p-218.shtml
[8] http://www.empalux.com.br/?a1=l
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