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PERFORMANCE ART EM PORTUGAL

As primeiras manifestações públicas da Performance Arte em Portugal


surgiram no enquadramento da exposição «Perspectiva 74» em 1974, no
Porto. Com efeito, essas intervenções artísticas foram a origem durante
anos de acesas polémicas e suscitando questionamentos constituíram um
estímulo poderoso à aproximação das teses anarquistas. Sendo amada por
uns e odiada por muitos outros, a performance arte foi considerada pelo
crítico de arte Egídio Álvaro, a par do Modernismo, do Surrealismo e do
Neo-realismo, como uma das mais importantes propostas da arte
portuguesa do século XX. Ela configura desde então um movimento
alternativo de contestação política e social da contracultura aos processos
normativos da cultura dominante. É por esta razão que as imagens inéditas
disponibilizadas agora a todos os interessados emergem de fundos
documentais pessoais, resistindo ao apagamento e à indiferença da grande
cultura, pois de certa forma procuraram registar essa dinâmica de mudança,
no nosso caso, ao reportarem as performances «Desencanto do Dia Claro»,
«Interior Maldito» e «Corvos Sobrevoando o Meu Corpo» apresentadas em
1985, em Lisboa.

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