um livro sobre o livro

Carla Zaccagnini
 um livro sobre o livro

Editorial concreta s.c.

www.editorialconcreta.org

1ª edición / edição / edition

200 ejemplares / cópias / copies

© Editorial Concreta / 2016

© Carla Zaccagnini / 2014

Maquetación / Layout
Jaume Marco - IóLab

ISBN: 000-00-000000-0-0
“Brasil, país del futuro” es casi un
axioma, un enunciado automáti-
co, algo así como “París, la ciu-
dad de la luz” o “Nueva York, la
gran manzana”; derivaciones, tal
vez, de las distinciones con que se
apodaban los aristócratas: “Ma-
ría, la loca”, “Iván, el terrible”,
“Felipe, el hermoso”.
é quase um axioma, um enun-
ciado automático, algo assim
como “Paris, a cidade luz” ou
“Nova York, a grande maçã”;
derivações, talvez, das distinções
com que se apelidavam os aristo-
cratas: “Maria, a louca”, “Ivan, o
terrível”, “Felipe, o belo”.
5
“Brasil, país do futuro” (Brazil,
Land of the Future) is almost an
axiom, an automatic enouncing,
something like “Paris, City of
Light” or “New York, the Big
Apple”. Epithets that might de-
rive from the ones given to mon-
archs: “Peter the Great”, “Ivan
the Terrible” or “Richard the
Lionheart”.

Hay quien afirma que la idea
de Brasil como país del futuro se
debe a la cartilla nacionalista Por-
que me ufano de mi país escrita por
el Conde Affonso Celso durante
las celebraciones del IV Cente-
nario del “descubrimiento”. El
libro fue lectura obligatoria en
las escuelas de Brasil durante 50
años. Curiosamente la primera
edición tiene en la cubierta un
epígrafe en inglés: Right or wrong,
my country (para bien o para mal,
mi país).
Há quem afirme que a idéia do
Brasil como país do futuro se
deve à cartilha nacionalista Porque
me ufano do meu país escrita pelo
conde Affonso Celso durante as
celebrações pelo quarto centená-
rio do “descobrimento” do Bra-
sil. O livro foi leitura obrigatória
nas escolas por 50 anos. Curiosa-
mente a primeira edição tem na
capa uma epígrafe em inglês: Ri-
ght or wrong, my country (para bem
ou para mal, meu país).
6 7
Someone would say that the idea
of Brazil as a country of the fu-
ture is due to the nationalist pass-
book Porque me ufano do meu país
(Why I Am Proud of My Coun-
try) written by the Count Affonso
Celso in 1900 during the celebra-
tions for the fourth centenary of
the so-called “discovery” of Bra-
zil. The book was mandatory
reading in schools for 50 years.
Curiously enough, its first edition
had an English epigraph on the
cover, which reads: Right or wrong,
my country.
El libro no llega a enunciar la
frase que se volvió célebre, pero
concluye: “Somos aún una auro-
ra. Llegaremos necesariamente
al brillo y al calor del mediodía.
A finales del siglo XIX ya cons-
tituimos la segunda potencia
económica del Nuevo Mundo,
la primera de América del Sur;
la primera en extensión y la ter-
cera en población de raza latina.
Seremos la segunda o la primera
del mundo cuando la hegemonía
se traslade de Europa a América,
lo que fatalmente sucederá. (…)
No tenemos el derecho de des-
animarnos nunca. Nos asiste el
deber de confiar siempre. Des-
animarse en Brasil supone una
injusticia, una falta de gratitud;
es un crimen. La esperanza ha
de tornarse en nosotros no una
virtud, sino una estricta obliga-
ción cívica”.
O livro não chega a enunciar
a frase que se tornou célebre,
mas conclui: “Somos ainda uma
aurora. Chegaremos necessaria-
mente ao brilho e ao calor do
meio dia. Ao terminar o século
XIX, já constituímos a segun-
da. potência do Novo Mundo,
a primera. da América do Sul, a
primera. em extensão e a tercei-
ra. em população da raça latina.
Seremos a segunda. ou a prime-
ra. do orbe, quando a hegemo-
nia se deslocar da Europa para
a América, o que fatalmente su-
cederá. (...) Não temos o direito
de desanimar nunca. Assiste-nos
o dever de confiar sempre. Desa-
nimar no Brasil equivale a uma
injustiça, a uma ingratidão; é um
crime. Cumpre que a esperança
se torne entre nós, não uma virtu-
de, mas estrita obrigação cívica.”
This book doesn’t state the fa-
mous sentence, but it concludes:
“We are still a daybreak. We will
necessarily reach the brightness
and the heat of noon. By the end
of the nineteenth century, we are
already the second power in the
new world, the first in South
America, the first in extension
and the third in population of
the Latin race. We will be the
second or the first of the globe,
when hegemony displaces from
Europe to America, which will
unavoidably happen. (…) We
don’t have the right to ever feel
discouraged. It is our duty to al-
ways trust. To feel discouraged in
Brazil is an injustice, ingratitude;
it is a crime. Hope among us is to
become, not a virtue, but a strict
civic obligation.”
En 1909 se publica en Ámster-
dam el primer libro con el título
Brasil, país do futuro, escrito por N.
R. De Leeuw, en aquel momento
vicecónsul en Río de Janeiro.
En 1912 sale Brasilien, ein Land
der Zukunft, escrito por Heinrich
Schüler, que también fue cónsul
en Brasil.
En 1936, Hermann Ullmann,
periodista alemán, viaja en Zepe-
lin para escribir Land der Zukunft,
Reise in Brasilien.
Em 1909 é publicado em Ams-
terdam o primeiro livro com o
título Brasil, país do futuro, escrito
por N. R. De Leeuw, então vice-
cônsul no Rio de Janeiro.
Em 1912 sai Brasilien, ein Land
der Zukunft, escrito por Heinrich
Schüler, que também foi cônsul
no Brasil.
Em 1936, Hermann Ullmann,
jornalista alemão, aqui aterrissa
de Zepelim para escrever Land der
Zukunft, Reise in Brasilien.
8 9
The first book titled Brasil, país do
futuro is published in Amsterdam
in 1909. It was written by N. R.
De Leeuw, who was then the
vice-consul of the Netherlands
in Rio de Janeiro.
In 1912 Heinrich Schüler, who
had also been a consul in Brazil,
publishes his own Brasilien, ein
Land der Zukunft.
In 1936, Hermann Ullmann,
a German journalist, lands in a
Zeppelin to write Land der Zukun-
ft, Reise in Brasilien.
El geógrafo italiano Francesco
Bianco, que acompañó la delega-
ción de su país en las celebracio-
nes del IV Centenario, esta vez
de la Independencia, publicó Il
Paese dell’Avenire en 1922, desta-
cando la participación italiana en
la construcción de Brasil.
O geógrafo italiano Francesco
Bianco, que acompanhou a de-
legação do seu país nas celebra-
ções do quarto centenário, desta
vez da independência, publicou
Il Paese dell’Avenire em 1922, que
destaca a participação italiana na
construção do Brasil.
The Italian geographer Fran-
cesco Bianco, who accompanied
his country’s delegation during
the celebrations of the centena-
ry of Brazilian independence,
published Il Paese dell’Avenire in
1922, focusing on the role played
by Italians in the construction of
the country.
Pero es, con seguridad, el segun-
do Brasilien, ein Land der Zukunft,
publicado originalmente en
1941, el que garantiza al país la
consolidación de ese título hono-
rario. Este fue escrito por el aus-
tríaco Stefan Zweig, que había
llegado a Brasil un año antes, hu-
yendo de la guerra y dispuesto a
escribir “el libro brasileño” como
anunciara en un telegrama a su
editor local, Abraham Koogan,
de la editorial Guanabara.
Mas é seguramente Brasilien, ein
Land der Zukunft, o segundo, pu-
blicado originalmente em 1941,
que garante ao país a consolida-
ção desse título honorário. Este
foi escrito pelo austríaco Stefan
Zweig que aqui chegou um ano
antes, fugido da guerra e dispos-
to a escrever “o livro brasileiro”,
como anunciara em telegrama a
seu editor local, Abraham Koo-
gan, da editora Guanabara.
10
But it is the second Brasilien, ein
Land der Zukunft, originally pub-
lished in 1941, that guarantees
the consolidation of this honor-
ary title. This book was written
by the Austrian Stefan Zweig,
who disembarked in Rio de Ja-
neiro the previous year, running
away from the war and willing
to write “the Brazilian book” as
he had announced in a telegram
from New York to his local editor
Abraham Koogan, from Guana-
bara publishing house.
Zweig ya había estado en Brasil
cuatro años antes, exactamente
cuatro, ya que movido por un
gusto especial por las repeticio-
nes, en ambas ocasiones desem-
barcó en Río de Janeiro el 21 de
agosto. En 1936 estuvo 12 días,
camino de Buenos Aires, visitó
Río y São Paulo e impartió una
conferencia sobre la Unidad espi-
ritual del mundo.
Zweig já tinha estado no Brasil
quatroanos antes, exatos quatro
anos, aliás, já que, movido por
seu gosto especial pelas repeti-
ções, em ambas ocasiões desem-
barcou no porto do Rio de Janei-
ro a 21 de agosto. Em 1936 veio
por 12 dias a caminho de Buenos
Aires, visitou o Rio e São Paulo
e apresentou uma conferência
sobre a Unidade espiritual do mundo.
11
Zweig had already been in Bra-
zil four years before. Exactly four
years, by the way, as, with a spe-
cial taste for repetition, he made
sure to anchor in Rio’s harbour
on August 21st on both occasions.
The first time was on his way to
Buenos Aires, in 1936, when he
stayed for 12 days, visiting Rio
and São Paulo. On that occasion
he presented a lecture about The
Spiritual Unity of the World.
 En ese simposio conoció al Con-
de Affonso Celso, autor del arriba
citado Porque me ufano do meu país.
12
Nesse simpósio, travou conheci-
mento com o conde Affonso Cel-
so, autor do supracitado Porque me
ufano do meu país.
13
In a symposium that also count-
ed on the presence of Count
Affonso Celso, author of the al-
ready mentioned Porque me ufano
do meu país.

Pero es entonces cuando men-
ciona por primera vez a Koogan
la intención de escribir un libro
sobre el país, y en los relatos de
viaje publicados posteriormente
en la prensa internacional, afir-
ma: “Quien mira el Brasil de hoy
pone una mirada en el futuro”.
Sabemos que é então que men-
ciona pela primeira vez a Koo-
gan a intenção de escrever um
livro sobre o país, e que, nos re-
latos da viagem publicados a se-
guir na imprensa internacional,
afirma: “Quem conhece o Brasil
de hoje lançou um olhar para o
futuro”.
14
We know that this is when he
first mentions to his local editor
that he would like to write a book
about the country. And we also
know that in the reports of this
trip later published in the inter-
national press, he states: “Who-
ever sees the Brazil of today has
launched a look to the future”.
De vuelta a Europa se divorcia
de su primera esposa y se casa
con su secretaria Lotte. Deja
Austria por Inglaterra y tras ser
anexionado su país natal por
Alemania se vuelve apátrida. No
podría usar el pasaporte de un
país que quemaba sus libros en
la plaza pública.
De volta à Europa, divorcia-
se de sua primeira esposa e se
casa com sua secretária, Lotte.
Deixa a Áustria pela Inglaterra
e, depois de seu país natal ter
sido anexado pela Alemanha,
se torna apátrida. Não poderia
usar o passaporte de um país que
queimava seus livros em praça
pública.
15
Back to Europe, he divorces from
his first wife and marries his sec-
retary, Lotte. When Austria is
annexed by Germany, he leaves
for England (where Lotte was
originally from) and becomes
stateless. He could not hold the
passport of a country that pub-
licly burned his books.
Tramita, simultáneamente, la na-
cionalidad británica y una visa de
residencia en Brasil. Se convierte
en ciudadano del Reino Unido,
pero cuando la aviación alema-
na comienza a bombardear los
alrededores de Londres, en julio
de 1940, parte con su mujer a
Nueva York, desde donde siguen
para Río.
Tramita, então, ao mesmo tempo
a nacionalidade britânica e um
visto de residência no Brasil. Tor-
na-se cidadão do Reino Unido,
mas quando a aviação alemã co-
meça a bombardear os arredores
de Londres, em julho de 1940,
parte com a mulher para Nova
York de onde seguem para o Rio.
16
He then applies for British na-
tionality and, at the same time,
for a residency permit in Brazil.
He becomes an UK citizen, but
when German aviation starts to
bomb London, in July 1940, he
leaves with his wife to New York, Aún antes de desembarcar decla- Ainda antes de desembarcar, Even before disembarking he
from where they continue to Rio. ra a los periodistas que iba para declara aos repórteres que veio tells the journalists that he was
terminar su libro sobre Brasil. terminar seu livro sobre o Brasil. there to finish his book about
Brazil.
17

Brasil, país del futuro, el libro, es
por tanto resultado de una fuga,
un enunciado optimista nacido
del miedo, un refugio. Lo que no
se sabe con seguridad es cuánto
en el libro es una consecuencia
del asilo.
Brasil, país do futuro, o livro, é
portanto resultado da fuga, um
enunciado otimista nascido do
medo, um refúgio. O que não se
sabe ao certo é quanto no livro é
implicação do asilo.
18
Brasil, país do futuro, the book, is
then the result of an escape, an
optimistic enunciation born from
fear, a shelter. What we don’t
know for sure is how much the
book is a consequence of asylum.
En un nuevo viaje a Buenos Ai-
res, donde presenta su conferen-
cia sobre la Unidad Espiritual del
Mundo, esta vez en español, Zweig
y Lotte van al consulado brasile-
ño, donde les espera un privilegio
llegado por orden telegráfica del
Ministerio de Relaciones Exte-
riores: sellan en sus respectivos
pasaportes las visas de residencia
permanente, dispensando la pre-
sentación de la documentación
requerida para ello.
Em nova viagem a Buenos Aires,
onde apresenta sua conferencia
sobre a Unidade Espiritual do Mundo,
desta vez em espanhol, Zweig e
Lotte vão ao consulado brasileiro
para receber um privilégio ofe-
recido por ordem telegráfica do
Ministério de Relações Exterio-
res: carimbam-se nos respectivos
passaportes os vistos de residên-
cia permanente, dispensando a
apresentação da documentação
requerida para tal.
19
In a new trip to Buenos Aires in
1940, where he presents his con-
ference about The Spiritual Unity
of the World, this time in Span-
ish, Zweig and Lotte visit the
Brazilian embassy. By explicit
telegraphic order of the Ministry
of Foreign Affairs their passports
are stamped with permanent res-
idency visas, dispensing with the
obligatory documentation nor-
mally required.
 Innegablemente simple y rápi-
do, comparado con mi propia
experiencia, pero especialmente
en un momento en el que lle-
gaban innumerables refugiados
europeos a estos puertos. No solo
recibieron la visa sin aportar la
documentación requerida sino
que además, Zweig y Lotte fue-
ron dispensados de la obligación
de residir en el país, pudiendo ir
y venir libremente.
20
Inegavelmente, muito simples e
rápido, posso dizer por experiên-
cia própria, mas especialmente
num momento em que chega-
vam inúmeros refugiados euro-
peus a estes portos. Alem de ter
o visto expedido no mesmo dia e
sem a apresentação da documen-
tação de praxe, Zweig e Lotte fo-
ram dispensados da obrigação de
residir no país, podendo ir e vir
livremente.
21
Doubtlessly too simple and fast, I
can say from my own experience
with Brazilian bureaucracy, and
especially at a time when count-
less European refugees were ar-
riving at those shores. Apart from
having their visa issued on the
same day and without presenting
the otherwise compulsory docu-
ments, Zweig and Lotte were also
released from the obligation of
staying in the country, being free
to come and go as they pleased.

De ese modo, el libro sobre
Brasil se termina en Estados
Unidos, donde la pareja se ins-
tala desde finales de enero hasta
final de marzo de 1941, cuando
el manuscrito se envía a la Edi-
tora Guanabara. Y es desde allí,
también, desde donde coordina
la publicación casi simultánea
de las ediciones brasileñas, nor-
te-americana, alemana, sueca y
portuguesa (estas en 1941) ingle-
sa, francesa, y española (las últi-
mas en el inicio de 1942).
Assim, o livro sobre o Brasil é
finalizado nos Estados Unidos,
onde o casal se instala desde o fi-
nal de janeiro até o final de mar-
ço de 1941, quando o manuscrito
é enviado à Editora Guanabara.
É de lá, também, que coordena a
publicação quase simultânea das
edições brasileira, norte-ameri-
cana, alemã, sueca e portuguesa
(estas em 1941) inglesa, francesa,
e espanhola (as últimas no início
de 1942).
22
Thus, the book about Brazil is
finished in the United States,
where the couple settles from
January till March 1941, when
the manuscript is sent to the
Guanabara publishing house. It
is from the US that he also coor-
dinates the almost simultaneous
publication of several editions:
Brazilian, North-American, Ger-
man, Swedish and Portuguese
(all released in 1941), British,
French, and Spanish (at the be-
ginning of 1942).
Es el traductor al inglés el que
sugiere el título, James Stern (que
por razones desconocidas adopta
para este trabajo el pseudónimo
Andrew St. James), a partir de
un epígrafe elegido por el autor.
Publicado en francés en todas
las ediciones, menos en la edi-
ción francesa, de donde desapa-
reció, el epígrafe es un párrafo
de una carta, fechada en 1868,
del diplomático austríaco Con-
de Prokesch Osten, entonces de
misión en Brasil, y dirigida al fi-
lósofo francés Joseph-Arthur Go-
bineau, que dudaba si aceptar un
puesto de Embajador en el país.
É o tradutor ao inglês, James
Stern (que por razão desconhe-
cida adota para este trabalho o
pseudônimo Andrew St. James),
que sugere o título, a partir da
epígrafe escolhida pelo autor. Pu-
blicada em francês em todas as
edições, menos na francesa, em
que foi embargada, a epígrafe é
um trecho de uma carta datada
de 1868 escrita pelo diplomata
austríaco conde Prokesch Os-
ten, então em missão no Brasil,
e endereçada ao filósofo francês
Joseph-Arthur Gobineau, que
hesitava em aceitar aqui um pos-
to de embaixador.
23
The now legendary title was a
suggestion of the English trans-
lator, James Stern (who for an
unknown reason here adopts the
pseudonym Andrew St. James).
It was inspired by the epigraph
chosen by the author and pub-
lished in French in every edition,
except in the French one (in
which it was removed). The epi-
graph is a fragment from a letter
written in 1868 by the Austrian
diplomat Count Prokesch Os-
ten, then serving in Brazil, and
addressed to the French philos-
opher Joseph-Arthur Gobineau,
who was hesitating about accept-
ing the post of ambassador in the
country.
El pasaje de la carta que abre
el libro de Zweig dice: “Un país
nuevo, un puerto magnífico, un
distanciamento en relación a la
mezquina Europa. Un nuevo ho-
rizonte político, un país del futu-
ro y un pasado casi desconocido
que invita al estudioso a la inves-
tigación, una naturaleza esplén-
dida y el contacto con ideas exó-
ticas nuevas.” Cabe mencionar,
como en un paréntesis que une
terre d’avenir también podría ser
traducido como una tierra, o un
país, de futuro. Y hay que llamar
la atención sobre el hecho de que
el artículo indefinido “un”, que
se mantiene en el título alemán
Ein Lande der Zukunft, desaparece
de las ediciones brasileñas hasta
una nueva traducción que será
publicada en 2006. De “una tie-
rra de futuro” a País del Futuro.
A passagem da carta que abre
o livro de Zweig diz: “Um país
novo, um porto magnífico, um
afastamento com relação à mes-
quinha Europa. Um novo hori-
zonte político, um país do futuro
e um passado quase desconheci-
do que convida o estudioso à pes-
quisa, uma natureza esplêndida
e o contato com idéias exóticas
novas.” Há que dizer, como num
parênteses, que une terre d’avenir
também poderia ser traduzido
como uma terra, ou um país, de
futuro. E vale atentar para o fato
do artigo indefinido “um”, man-
tido no titulo alemão: Ein Lande
der Zukunf, é retirado das edições
brasileiras até uma nova tradu-
ção ser publicada em 2006. De
“uma terra de futuro” a País do
Futuro.
24
The fragment that opens Zweig’s
book says: “A new country, a
magnificent harbour, a detach-
ment in relation to our petty
Europe. A new political horizon,
a country of the future with an
almost unknown past that invites
the scholar to research, a splen-
did nature and the contact with
new exotic ideas.” One should
say, as a parenthesis, that the
original une terre d’avenir could
also be translated as a land (or a
country) of future. And it’s also
worth noticing that the indefi-
nite article une (kept in the Ger-
man title Ein Lande der Zukunft
is removed from the Brazilian
editions till 2006, when a new
translation is published. From “a
land of future” to “Country of
the Future”.
Las ediciones portuguesa, nor-
te-americana e inglesa, como
la francesa, también retiran el
artículo: País del futuro, Land
of the future, Terre d’avenir. La
edición argentina (y también la
sueca) lleva por título solamente
el nombre de Brasil, sin ningún
epíteto, tal vez por temor de
herir el patriotismo de nuestros
vecinos (mis compatriotas). El he-
cho es que el país vecino sentía
curiosidad pues la obra fue reim-
presa tres veces en Buenos Aires
en el mismo año, 1942. Y hasta
1952 se publicaron 15 ediciones
en Argentina, casi el doble de
las ediciones brasileñas impresas
hasta hoy.
As edições portuguesa, norte-a-
mericana e inglesa, bem como a
francesa, também retiram o ar-
tigo: País do futuro, Land of the
future, Terre d’avenir. A edição
argentina (e também a sueca)
tem por título somente o nome
do Brasil, sem nenhum epíteto,
talvez por temor de ferir o patrio-
tismo dos nossos vizinhos (meus
compatriotas). O fato é que o
país vizinho estava curioso, a
obra foi reimpressa três vezes
em Buenos Aires naquele mesmo
ano de 1942. E até 1952 foram
publicadas 15 edições na Argen-
tina, quase o dobro das edições
brasileiras impressas até hoje.
25
The Portuguese, French, North
American and British editions
also removed the article: País
do futuro, Land of the future,
Terre d’avenir. The Argentinean
edition (as well as the Swedish)
had only Brazil as a title, with-
out any epithet, maybe out of
respect for the patriotic feelings
of the neighbouring country or
for the historic rivalry between
both. In fact, Argentina was cu-
rious, as the book was reprinted
three times in Buenos Aires the
same year it came out, in 1942.
And 15 editions were published
there up till 1952, almost double
the number of editions printed in
Brazil till now.

La edición alemana fue publi-
cada en Estocolmo, la francesa
en Nueva York, por la Maison
Française, editora mantenida
por el gobierno francés en el exi-
lio para publicar los libros prohi-
bidos por el gobierno colabora-
cionista de Vichy. Solamente en
1949 el libro pudo ser publicado
en Francia. No obstante, ninguna
de las ediciones francesas incluye
el epígrafe.
A edição alemã foi publicada em
Estocolmo, a francesa em Nova
York, pela Maison Française,
editora mantida pelo governo
francês no exílio para publicar
os livros proibidos pelo governo
colaboracionista de Vichy. So-
mente em 1949 o livro pôde ser
publicado na França. Entretanto,
nenhuma das edições francesas,
nem mesmo as contemporâneas,
inclui a epígrafe.
26
The German edition was pub-
lished in Stockholm, the French
one in New York by Maison
Française, a publishing house
kept by the French government
in exile in order to print books
forbidden by the Vichy col-
laboration government. The
book could only be published
in France in 1949. But none of
the French editions, not even the
most contemporary, include the
epigraph.
La obra más conocida del des-
tinatario de la carta citada por
Zweig, Joseph-Arthur Gobineau,
es el Ensayo sobre las desigualdades
de las razas humanas, uno de los
primeros tratados racistas, pu-
blicado en 1855. El falso-Conde
de Gobineau (que adoptó para
sí el título nobiliario), terminó
aceptando el cargo diplomático
en Río de Janeiro, a donde llegó
en 1869 y donde estuvo un poco
mas de un año, estableciendo
una amistad duradera con el
Emperador Don Pedro II.
A obra mais conhecida do des-
tinatário da carta citada por
Zweig, Joseph-Arthur Gobineau,
é o Ensaio sobre a desigualdade das
raças humanas, um dos primeiros
tratados racistas, publicado em
1855. O falso-Conde de Gobi-
neau (que adotou para si o titulo
nobiliárquico), terminou aceitan-
do o cargo diplomático no Rio
de Janeiro, onde chegou em 1869
e ficou por pouco mais de um
ano, eatabelecendo uma amiza-
de duradoura com o Imperador
Dom Pedro II.
27
The most famous work by Jo-
seph-Arthur Gobineau, address-
ee of the letter quoted by Zweig,
is his Essay on the Inequality of the
Human Races, one of the first rac-
ist treatises, published in 1855.
The fake-count Gobineau (who
just adopted the noble title for
himself) ended up accepting the
diplomatic office in Rio de Janei-
ro. He arrived in 1869 and stayed
for little more than a year, estab-
lishing a lasting friendship with
the Emperor Dom Pedro II.
Gobineau veía para Brasil un
futuro negro. Estaba convenci-
do de que el mestizaje racial
llevaría el país a la ruina. La
única salida sería el incentivo a
la emigración europea para el
blanqueamiento de la población.
“Si en vez de reproducirse
entre sí la población brasileña
estuviese en condiciones de
subdividir los elementos dañinos
de su actual constitución étnica,
fortaleciéndose a través de
alianzas con europeos, el movi-
miento de destrucción observado
en sus filas finalizaría, provocan-
do una acción contraria.”
Gobineau via para o Brasil um
futuro negro. Estava convicto de
que a miscigenação racial leva-
ria o país à ruína. A única saída
seria o incentivo à imigração
Européia para o branqueamento
da população: “Se, em vez de se
reproduzir entre si, a população
brasileira estivesse em condições
de subdividir ainda mais os ele-
mentos daninhos de sua atual
constituição étnica, fortalecen-
do-se através de alianças de mais
valor com as raças européias, o
movimento de destruição obser-
vado em suas fileiras se encer-
raria, dando lugar a uma ação
contrária.”
28
Gobineau saw the future of Bra-
zil as rather black. He was con-
vinced that racial miscegenation
would lead the country to its
ruin. The only salvation he saw
was the encouragement of Euro-
pean immigration for the whit-
ening of the country’s popula-
tion: “If, instead of reproducing
among themselves, the Brazilian
population was in the condition
of subdividing even more the
harmful elements of its current
ethnic constitution, strengthen-
ing through more valuable alli-
ances with the European races,
the movement of destruction
that can be observed in its lines
would conclude, giving place to
a contrary action.”
La elección infeliz del epígrafe,
que no tiene en consideración
a quién se dirigía esa exaltación
del país, no fue el único error,
digamos, táctico, del autor. La
edición norteamericana lleva en
la sobrecubierta un telegrama
efusivo de Lourival Fontes, en-
tonces diretor de DIP, Departa-
mento de Prensa y Propaganda,
órgano de comunicación y cen-
sura de la dictadura de Vargas.
“Profundamente emocionado
por su maravilloso libro, cuyas
páginas son las más expresivas
jamás escritas sobre Brasil... le
envío mis más calurosos aplausos
y felicitaciones”.
A escolha infeliz da epígrafe, que
desconsidera a quem se dirigia
aquela exaltação do país, não foi
o único erro, digamos, tático do
autor. A edição norte-americana
traz na quarta capa, um telegra-
ma efusivo de Lourival Fontes,
então diretor do DIP, o Depar-
tamento de Imprensa e Propa-
ganda, órgão de comunicação
e censura da ditadura Vargas.
“Profundamente tocado pelo seu
maravilhoso livro, cujas páginas
são as mais expressivas jamais
escritas sobre o Brasil... Envio-
lhe os mais calorosos aplausos e
congratulações”.
29
The unfortunate choice of the
epigraph, which disregards
whom that exaltation of the
country was addressed to, was
not the author’s single tactical
mistake. The back cover of the
North-American edition quotes
an effusive telegram from Mr.
Lourival Fontes, director of the
Department of Press and Pro-
paganda, the organisation for
communication and censorship
during Getulio Vargas’ dictator-
ship. “Profoundly touched by
your wonderful book, whose pag-
es are the most expressive ever
written about Brazil... I send you
the warmer applauses and con-
gratulations.”

En la prensa brasileña, la inclu-
sión de ese pasaje en la contra-
cubierta de la edición estadouni-
dense atizó los rumores de que el
libro hubiera sido encargado por
el gobierno de Getúlio Vargas.
De hecho, durante su primera y
corta estancia en el país, Zweig se
había encontrado personalmente
con Vargas.
Quando mencionada na im-
prensa brasileira, a inclusão
dessa passagem na contra-capa
do edição estadunidense atiçou
os rumores de que o livro tivesse
sido encomendado pelo governo
de Getúlio. Alias, durante sua
primeira e curta estadia no país,
Zweig tinha se encontrado pes-
soalmente com Vargas.
30
When mentioned in the Brazil-
ian press, the inclusion of this
passage on the back cover of
the US edition instigated ru-
mours of the book having been
commissioned by Getulio’s gov-
ernment. During his first and
short visit to Brazil, Zweig had
personally met Vargas.
En una entrevista concedida
el 26 de agosto de 1936 al pe-
riódico A Noite Zweig relata ese
encuentro: “Ayer tuve el placer
de ser recibido por el presiden-
te de la República, Don Getúlio
Vargas, y quedé maravillado por
la manera en que me acogió, sin
formalidades de ningún tipo. Fue
como si estuviese visitando, en
vez de a la mas alta autoridad del
país, a un colega de la república
de las letras...”
Em entrevista concedida em
26 de agosto de 1936 ao jornal
A Noite ele relata esse encontro:
“Ontem, tive o prazer de ser re-
cebido pelo presidente da Repú-
blica, dr. Getúlio Vargas, e fiquei
maravilhado pela maneira como
me acolheu, sem formalidade
de espécie alguma. Foi como se
eu estivesse visitando, em vez da
mais alta autoridade do país, um
colega da república das letras...”
31
In an interview to A Noite news-
paper, given on August 26th,
1936, he refers to this encounter:
“Yesterday, I had the pleasure
of being received by the Pres-
ident, Dr. Getúlio Vargas, and
I was fascinated by the way he
welcomed me, without any kind
of formalities. It was as if I was
visiting, not the country’s highest
authority, but a colleague in the
Republic of letters...”
 Contribuyó a la polémica el pre-
facio de Afrânio Peixoto, “cuya
preocupación esencial parece ser
la de convencer que Zweig escri-
bió todo gratis” (según Newton
Braga en la crítica publicada el
31 de agosto de 1941). En ese
prefacio, dice Peixoto: “Nunca la
propaganda interesada, nacional
o extranjera, habló tan bien de
nuestro país y el autor no desea
para él ni un apretón de manos
ni un agradecimento.”
Contribuiu para a polêmica o
prefácio de Afrânio Peixoto,
“cuja preocupação essencial
parece ser a de convencer que
Zweig escreveu tudo de graça”
(segundo Newton Braga em crí-
tica publicada em 31 de agosto
de 1941). Nesse prefácio, diz
Peixoto: “Nunca a propaganda
interesseira, nacional ou estran-
geira, disse tanto bem do nosso
país, e o autor, por ele, não deseja
nem um aperto de mão, nem um
agradecimento.”
32
Controversy was also incited
by the preface to the first edi-
tion, written by Afrânio Peixoto,
“whose only preoccupation (ac-
cording to a review by Newton
Braga published in August 31st
1941) seems to be to convince
the readers that the author has
written it all for free”. In fact,
Peixoto says: “Not even the
implicated propaganda, either
national or foreigner, has ever
talked so well of our country, and
the author doesn’t want for this a
hand-shake, not even a thankful
acknowledgment.”
Se sabe que fue el Departamento
de Prensa y Propaganda el que
organizó y acompañó el viaje de
la pareja Zweig por el Norte y
el Nordeste del país en enero de
1941. Visitaron Salvador, Recife
y Belém, con escalas en Aracaju
y São Luis. El secretario de Lou-
rival Fontes, director del DIP,
hizo los preparativos personal-
mente, incluyendo la agenda de
encuentros con políticos locales.
Sabe-se que foi o Departamento
de Imprensa e Propaganda que
organizou e acompanhou a via-
gem do casal Zweig pelo Norte e
Nordeste do país em janeiro de
1941. Eles visitaram Salvador,
Recife e Belém, com escalas em
Aracaju e São Luis. O secretário
de Lourival Fontes, diretor do
DIP, fez os arranjos pessoalmen-
te, incluindo a agenda de encon-
tros com políticos locais.
33
It is known that the Depart-
ment of Press and Propaganda
organized and accompanied
Zweig’s trip though the North
and Northeast of the country
in January 1941. Together with
Lotte, he visited Salvador, Reci-
fe and Belém. Lourival Fontes’
secretary personally made the
arrangements, including the
calendar of meetings with local
politicians.

El periodista D’Almeida Victor,
funcionario del gobierno, los
acompañó durante el viaje, en el
que visitaron tanto las atraccio-
nes turísticas como las obras pú-
blicas de las que se enorgullecían
las autoridades. De “Estado Nue-
vo” (como se conocía el gobierno
Vargas) a “País del Futuro”.
O repórter D’Almeida Victor,
funcionário do governo, os
acompanhou durante a viagem
em que visitam tanto as atrações
turísticas quanto as obras pú-
blicas de que se orgulhavam as
autoridades. De “Estado Novo”
a “País do Futuro”.
34
A reporter working for the gov-
ernment named D’Almeida
Victor accompanied the couple
during the trip in which they
visited tourist attractions as well
as the public buildings and mod-
ernised infrastructure in which
local authorities took pride. From
“New State” (as Vargas’ govern-
ment was known) to “Land of
the Future”.
Cuando desembarca por tercera
vez en el puerto de Río de Janei-
ro, también en agosto, esta vez
el día 25, Brasil, País do Futuro ya
estaba en las librerías. Y la crítica
había sido muy dura. El director
del Correio da Manhã, Pedro da
Costa Rego, firma personalmen-
te cinco artículos seguidos, devas-
tadores, que desatan una serie de
críticas no menos feroces. No se
osa acusar abiertamente al autor
de su participación con la dicta-
dura, pues eso supondría tam-
bién acusar al gobierno por su
parte en el supuesto pacto, pero
llega a cuestionarse el distancia-
miento político del escritor.
Quando desembarca pela ter-
ceira vez no porto do Rio de Ja-
neiro, também em agosto, desta
feita dia 25, Brasil, País do Futuro
já estava nas livrarias. E a crítica
tinha sido dura. O diretor do
Correio da Manhã, Pedro da Cos-
ta Rego, assina pessoalmente 5
artigos seguidos, devastadores,
que desatam uma serie de críti-
cas não menos ferrenhas. Não se
ousa acusar abertamente o autor
do seu envolvimento com a di-
tadura, pois isso seria também
acusar o governo por sua parte
no suposto pacto, mas chega-se
a questionar o distanciamento
político do escritor.
35
The third time Zweig disembarks
in Rio, always in August but this
time on the 25th, Brasil, País do
Futuro was already in the shops.
And its reception had been
harsh. The director of Correio
da Manhã, Pedro da Costa Rego,
personally signed five consecutive
articles, all rather devastating,
giving way to a series of equally
harsh reviews. No one dares to
openly accuse the author of his
involvement with the dictator-
ship, as this would mean also ac-
cusing the government for their
part in a supposed deal, but the
writer’s political detachment is
questioned.
 Otras reseñas, como la de Eloy
Pontes, crítico literario de O Glo-
bo, recriminan el contenido del
libro, en particular su análisis del
pueblo brasileño. El periodista
comienza diciendo que “los li-
bros sobre nosotros, escritos por
extranjeros que nos visitan, ra-
ramente satisfacen” y termina
criticando las “advertencias [de
Zweig] sobre la falta de inten-
sidad en la manera de vivir, in-
fluencias decisivas del clima, con
su consecuente blandura, y una
especie de pereza que entorpece
y embota hasta el mismo racioci-
nio en Brasil. Todo ello consta en
los libros antiguos de Debret, Ru-
gendas, Gobineau...” No parece
casual aquí el nombre del desti-
natario de la carta utilizada en
el epígrafe. Y resulta interesante
como los “elogios” de Zweig ya
pueden ser entendidos en la mis-
ma clave de los escritos racistas
de Gobineau.
36
Outras resenhas, como a de Eloy
Pontes, critico literário de O Glo-
bo, recriminam o conteúdo do
livro, em particular sua análise
do povo brasileiro. Esta começa
dizendo que “Os livros a nosso
respeito, dos estrangeiros que nos
visitam, raramente satisfazem” E
termina criticando as “advertên-
cias [de Zweig] sobre a falta de
intensidade na maneira de viver,
influxos decisivos do clima, mo-
leza conseqüente e a espécie de
preguiça, entorpecendo tudo e
embotando até mesmo o racio-
cínio, no Brasil. Isto tudo cons-
ta de livros anciãos de Debret,
Rugendas, Gobineau...” Não
parece casual aqui o nome do
destinatário da carta usada na
epígrafe. E resulta interessante
como os “elogios” de Zweig
já podem ser lidos na mesma
chave dos escritos racistas de
Gobineau.
37
Some reviews, such as that of
Eloy Pontes for O Globo, recrimi-
nate the book’s content and espe-
cially its analysis of the Brazilian
people. Pontes starts saying that
“The books about us, by the
foreigners who visit, are rarely
satisfactory.” And ends stating
that “[Zweig’s] warnings about
the lack of intensity in our way
of living, the decisive influx of
weather, consequential softness
and a sort of laziness, numbing
everything and even dulling the
mind. This is all already report-
ed in ancient books by Debret,
Rugendas, Gobineau...” The
mention of the addressee of
the letter used for the epigraph
doesn’t seem to be fortuitous.
But what is interesting to notice
is that Zweig’s “praise” of the
country and its population can
already be read as belonging to
the same sphere as Gobineau’s
racist writings.

Sin entrar en un análisis deteni-
do del contenido del libro, puedo
decir que una tesis central sobre
el carácter de los brasileños lo
recorre: “Bajo el efecto insen-
siblemente relajante del clima,
los hombres desarrollan menos
empuje, menos vehemencia,
menos dinamismo…” Y es en
esa falta de pujanza producida
por el calor donde parece residir
la promesa de una “futura civili-
zación” en la que la humanidad
viva en paz. No como resultado
de una solución de las injusticias,
sino por una disolución natural
de las fuerzas, una especie de de-
rretimiento del vigor.
Sem entrar numa análise mais
detida do conteúdo do livro,
posso dizer que perpassa suas
páginas uma tese central sobre
o caráter dos brasileiros: “sob a
influência imperceptivelmente
relaxante do clima, as pessoas
afrouxam, desenvolvem menos
força impulsionadora, menos
veemência, menos dinamis-
mo...”. É nessa falta de pujança
produzida pelo calor, parece,
que reside a promessa de uma
“futura civilização” em que a hu-
manidade conviva em paz. Não
por uma solução trabalhada ou
pelejada das injustiças, portanto,
mas por uma dissolução natural
das forças, uma espécie de derre-
timento do vigor.
38
Without entering in a more de-
tailed analysis of the book’s con-
tent, I can say that a central the-
sis about the Brazilian’s character
takes shape in its pages: “under
the imperceptibly relaxing in-
fluence of the climate, people
develop less impetus, less vehe-
mence, less strong a vitality...”. It
is this lack of potency produced
by heat, it seems, that carries the
promise of a “future civiliza-
tion” in which humanity will live
in peace. Not as the result of a
worked-out or fought-for solution
of injustices, but due to a natural
dissolution of strength, a sort of
melting of vigour.
El libro comienza con una in-
troducción en la que el autor
dice querer retomar el antiguo
hábito del prólogo con el fin de
decir “con toda rectitud, lo que
me impulsó a dedicarme a un
tema aparentemente muy ajeno
a mi habitual esfera de trabajo”.
Después de afirmar y reafirmar
los límites de su conocimiento del
país y su sorpresa y fascinación
ante todo lo que pudo ver dice:
“Por eso entresacaré de la abun-
dancia de aspectos un problema
solo para convertirlo en espina
dorsal de este trabajo, aquel pro-
blema que conceptúo el de más
actualidad y el que tanto en la es-
fera espiritual como en la moral
confiere al Brasil, actualmente,
un rango particular entre todas
las naciones de la Tierra”.
O livro tem início com uma
introdução em que o autor diz
querer retomar o antigo hábito
do prólogo a fim de dizer “com
a maior franqueza possível o
que me levou a me ocupar de
um tema aparentemente tão dis-
tante do meu trabalho normal”.
Depois de afirmar e reafirmar os
limites do seu conhecimento do
país e a sua surpresa e fascinação
com o que chegou a ver, diz: “de
toda a plêiade de problemas des-
tacarei apenas o que me parece
mais atual e que confere ao Brasil
um lugar especial entre todas as
nações do mundo no que se refe-
re ao espírito e à moral”.
39
The book starts with an intro-
duction in which the author has
the intention of making clear
“as honestly as possible, what
persuaded me to choose a theme
which may seem far removed
from the subjects about which I
am accustomed to write”. After
stating once and again the lim-
itations of his knowledge about
the country, as well as his sur-
prise and fascination with what
he could see, he writes: “I would
like, therefore, to choose from all
these problems one that seems
to me the most topical, and
which today invests Brazil with
a special intellectual and moral
status among all the nations of
the world”.
“Este problema central (...) consti-
tuye la réplica a la pregunta más
simple y, sin embargo, más nece-
saria: ¿Cómo puede conseguirse
en nuestro mundo una conviven-
cia pacífica de los hombres a pe-
sar de las más decididas diferen-
cias de raza, clase, color, religión
y convicciones? A ningún país
se planteó, por una constelación
particularmente complicada, de
un modo más peligroso que al
Brasil, y ninguno lo ha resuelto
tan feliz y ejemplarmente como
el Brasil. Atestiguarlo, agradeci-
do, es el objeto de este libro”.
“Este problema central (...) é a
necessidade de responder à per-
gunta tão simples e, ao mesmo
tempo, tão imperiosa: como
conseguir em nosso mundo uma
convivência pacífica entre as
pessoas apesar da diversidade de
raças, classes, cores, religiões e
convicções? (...) A nenhum outro
país senão ao Brasil esse proble-
ma se impôs em uma constelação
tão complicada, e nenhum outro
país – e é como grato testemunho
disso que escrevo este livro – con-
seguiu resolvê-lo de maneira tão
feliz e exemplar como o Brasil”.
40
“This central problem (...) is the
answer to the simplest and still
most important question, name-
ly: What can we do to make it
possible for human beings to
live peacefully together, despite
all the differences of race, class,
colour, religion, and creed? (...)
Because of especially complicat-
ed circumstances, this problem
confronts no country more dan-
gerously than Brazil; and none –
and it is to prove this that I am
writing this book – has solved
it in such a happy and enviable
way; in a way that in my opinion
demands not only the attention
but the admiration of the whole
world.”
El secreto, según la visión del
autor, es una “disposición ar-
moniosa de la naturaleza [que]
aquí pasó a ser el modo de vida
de una nación entera”, una na-
ción que desde hace siglos se
basa “exclusivamente sobre el
principio de la mezcla libre y sin
trabas, de la igualdad absoluta
de negros y blancos, morenos y
amarillos”.
O segredo, na visão do autor, é
uma “disposição harmônica da
natureza [que] aqui passou a ser
o modo de vida de uma nação
inteira”, uma nação que há sé-
culos se baseia “unicamente no
princípio da mistura simples e
sem entraves, a total equiparação
entre negros e brancos, morenos
e amarelos.”
41
The secret, according to the
author, is a “harmonious dispo-
sition of nature [which] has be-
come part of the attitude of the
whole nation”, a nation that for
centuries has been built “upon
the principle of a free and un-
suppressed miscegenation, the
complete equalization of black
and white, brown and yellow.”
Y continúa: “Lo que en otros
países [quedó] sólo establecido
teóricamente en papel y perga-
mino, la absoluta igualdad civil,
tanto en la vida privada como en
la vida pública, surte aquí efectos
visibles en el espacio real (…) Es
cosa encantadora ver a los niños
que conjugan todos los matices
del color de la piel humana –
chocolate, leche y café́ – salir de
las escuelas tomados del brazo,
y esa trabazón tanto física como
espiritual, alcanza hasta las capas
supremas, las academias y los
puestos gubernamentales. No
existen límites de color, divisio-
nes...”. Zweig llega a afirmar que
“en ningún país los esclavos han
sido tratados de un modo relati-
vamente más humano”.
E continua: “Aquilo que, em
outros países, apenas ficou es-
tabelecido na teoria em papel e
pergaminho – a igualdade civil
absoluta na vida pública e na
vida privada –, aqui existe vi-
sivelmente no espaço real”. “É
comovente ver as crianças de
todos os matizes da epiderme
humana – chocolate, leite e café
– voltando da escola abraçadas, e
tal união física e espiritual atinge
os níveis mais elevados, as aca-
demias e os cargos estatais. Não
há fronteiras entre cores, nem
exclusões...”. Zweig chega a
afirmar que “em nenhum outro
país os escravos foram tratados
de forma relativamente mais hu-
manitária”.
42
And it goes on: “What in other
countries is only theoretically
stated on paper and parchment
– an absolute civil equality in
public as well as in private life –,
shows itself here in reality”. “It is
moving to see children of all co-
lours – chocolate, milk, and cof-
fee – come out of their schools
arm-in-arm. And this physical
as well as spiritual union pene-
trates as far as the higher levels
of society, into the academies
and government offices. There is
no colour-bar, no segregation...”
Zweig even states that “There is
no other country where slaves
have been treated with such com-
parative humaneness”.
Más adelante vienen los elo-
gios al pueblo resultante de ese
mestizaje de siglos: “Rara vez
se encontrarán, en parte alguna
del mundo, mujeres más bonitas
y niños más hermosos que entre
los mestizos, delicados de talla,
suaves de comportamiento; re-
gocijado, obsérvase en los rostros
semioscuros de los estudiantes
la inteligencia hermanada con
una serena modestia y cortesía.
Cierta dulzura, una moderada
melancolía va estableciendo un
contraste nuevo y muy personal
con el tipo más rudo y activo del
norteamericano.”
E vem então os elogios ao povo
resultante dessa mistura dos sé-
culos: “Raramente se vêem em
qualquer outra parte do mundo
mulheres mais belas e crianças
mais bonitas do que entre os
mestiços de estatura delicada,
postura meiga; é com alegria que
se observa nos rostos morenos
dos estudantes a inteligência as-
sociada à modéstia tranqüila e à
polidez. Uma certa ternura, uma
suave melancolia forjou aqui um
contraste novo em oposição ao
tipo mais rigoroso e ativo do
norte-americano.”
43
And there comes the praise for
the people resulting from this
mixture: “One seldom sees any-
where in the world more beau-
tiful women and children – del-
icate in built, gentle in manner
– than among these hybrids. It
is a joy to look at the half-dark
face of a student and to find
there intelligence coupled with
a quiet modesty and politeness.
A certain softness, a mild melan-
choly create here a new and very
personal contrast to the dyna-
mism and activity of the North
American.”
“Por eso, la existencia del Bra-
sil, cuya voluntad va dirigida
únicamente a la construcción
pacífica, constituye uno de los
fundamentos de nuestras mejores
esperanzas de una civilización y
pacificación futuras de nuestro
mundo desgarrado por el odio y
la locura. Mas, donde obran fuer-
zas morales, tenemos el deber
de alentar su voluntad. Donde
quiera que en nuestro tiempo
trastornado veamos todavía una
esperanza para un porvenir nue-
vo en nuevas zonas, estamos en
el deber de señalar tal país y tales
posibilidades. Es por eso por lo
que escribí el este libro”.
“É sobre a existência do Brasil,
cujo único desejo é a construção
pacífica, que repousam nossas
maiores esperanças de uma ci-
vilização futura e de pacificação
do nosso mundo devastado pelo
ódio e pela loucura. Onde quer
que forças éticas estejam traba-
lhando, é nosso dever fortalecer
essa vontade. Ao vislumbrar
esperanças de um novo futuro
em novas regiões em um mun-
do transtornado, é nosso dever
apontar para este país e para tais
possibilidades. E por isso escrevi
este livro.”
44
He concludes: “So one of our
greatest hopes for future civili-
zation and peace in our world,
which has been destroyed by
hatred and madness, rests in the
existence of Brazil, whose desires
are aimed exclusively at pacific
development. Wherever ethical
forces are at work, our task is
to strengthen those intentions.
Wherever in our troubled times
we find hope for a new future in
new zones, it is our duty to point
out this country and these pos-
sibilities. And that is why I am
writing this book.”
Difícil llamar pacífica a la Po-
licía Secreta de Filinto Müller,
que poco se distinguía, en sus
ideales y métodos, de sus pares
contemporáneos, que se ocupa-
ban de mantener el orden en
regímenes totalitarios europeos;
difícil llamar fuerzas morales al
control ideológico ejercido por el
Departamento de Prensa y Pro-
paganda, creador del programa
de radio Hora do Brasil. Hora, por
cierto, que no llega nunca.
Difícil chamar pacífica à Poli-
cia Secreta de Filinto Müller,
que pouco se distinguia, em
seus ideais e métodos, de seus
pares contemporâneos que se
ocupavam de manter a ordem
nos regimes totalitários europeus;
difícil chamar forças éticas ao
controle ideológico exercido
pelo Departamento de Imprensa
e Propag anda, criador do
programa a Hora do Brasil. Hora,
aliás, que não chega nunca.
45
It is hard to define as ‘pacific’
Filinto Müller’s Secret Police,
active during those years of
dictatorship, which hardly
differed in its ideals and methods
from its contemporaries in Euro-
pean totalitarian regimes. Hard
to call ‘ethical forces’ the ideo-
logical control carried out by
the Departamento de Imprensa
e Propaganda, which created a
still existing radio program called
Hora do Brasil (the hour or time of
Brazil). A time, by the way, that
never comes.

Brasil continua siendo el país del
futuro, su nombre seguido por
esa frase. Algo entre una pro-
mesa y una condena. Porque el
futuro es un tiempo que no se al-
canza, que está siempre más allá
de la curva. El futuro es para el
tiempo lo que la línea del hori-
zonte para el espacio. La tierra
gira y el horizonte sigue siendo
el horizonte.
O Brasil continua sendo o país
do futuro, seguido seu nome por
essa sentença. Algo entre uma
promessa e uma condena. Por-
que o futuro é um tempo que
não se alcança, que está sempre
alem da curva. O futuro é para o
tempo o que a linha do horizonte
é para o espaço. A terra gira e
o horizonte segue no horizonte.
46
Brazil continues to be the coun-
try of the future, its name still
followed by this sentence. Some-
thing between a promise and a
damnation. As the future is a
time that can never be reached,
a time always behind the curve.
Future is to time what the hori-
zon line is to space. The world
turns around and the horizon is
still in the horizon.
Zweig inicia su texto explicando
porque escribió Brasil, país do futu-
ro (o un país de futuro). Yo quiero
terminar este texto diciendo por-
qué leo ahora ese libro. Y es que
he percibido, a lo largo de los úl-
timos años una euforia de quien
piensa que el futuro al fin se
aproxima, que es ahora cuando
por fin esa promesa se cumple.
Me temo que esta no es la prime-
ra vez en la historia reciente de
Brasil que se cree poder coger el
tan esperado futuro y acercarlo.
Zweig inicia seu texto explican-
do porque escreveu Brasil, país do
futuro (ou um país de futuro). Eu
quero terminar este texto dizen-
do porque leio agora esse livro. E
é que tenho percebido ao redor
dos últimos anos uma euforia de
quem pensa que o futuro em fim
se aproxima, que é chegada a
hora em que essa promessa final-
mente se cumpre. Temo que não
seja a primeira vez na história re-
cente do país que se pensa poder
agarrar o tão esperado futuro e
puxá-lo para perto.
47
Zweig starts his book explaining
why he wrote Brazil, Land of the
Future (or a land of future). I want
to end this text explaining why
I decided to read this book now.
And it is because I have sensed
during the last few years the eu-
phoria of those who think that
the future is finally approaching,
that the time has come when this
promise is finally fulfilled. I am
afraid this is not the first time
in the country’s recent history
when it is thought to be possible
to grab the so-long-hoped-for fu-
ture and pull it closer.
Estoy intentando entender cuales Estou tentando entender quais as I am trying to understand what
son las condiciones que rodean condições que cercam essa cren- the conditions are that surround
esa creencia, esperando que las ça, esperando que as mais graves this belief, hoping the most criti-
más críticas no se repitan. não se repitam. cal won’t be repeated.

48
Índice de imágenes / Índice de imagems / Images index
p. 5
Zweig, Stefan. Brazil, Land
of the Future. New York:
The Viking Press, 1941
p. 6
Celso, Affonso. Porque me ufano
do meu país. Rio de Janeiro /
São Paulo: Laemmert & C.,
1905
p. 7
Celso, Affonso. Porque me ufano
do meu país. Rio de Janeiro:
Garnier, 1914
p. 8
De Leeuw, N. R. Brasilië Een
Land der Toekomst. Amsterdam:
J. H. de Bussy, 1909
Schüler, Heinrich. Brasilien,
ein Land der Zukunft. Stuttgart
/ Leipzig: Deutche Verlag-
Anstalt, 1912
Ullmann, Hermann. Land der
Zukunft, Reise in Brasilien. Jena:
Eugen Diederichs Verlag, 1937
p. 9
Bianco, Francesco. Il Paese
dell’Avenire. Milano / Roma:
A. Mondadori, 1922
Ejemplar dedicado por el autor
a Afrânio de Mello Franco,
Ministro de las Relaciones
Exteriores (1930-34)
Exemplar dedicado pelo
autor a Afrânio de Mello
Franco, Ministro das Relações
Exteriores (1930-34)
Volume dedicated to Afrânio
de Mello Franco by the author,
Minister of Foreign Affairs
(1930-34)
p. 10
Zweig, Stefan. Brasilien, ein
Land der Zukunft. Stockholm:
Bermann-Fischer, 1941
p. 11
Aún a bordo, con el
representante del Ministro
de Relaciones Exteriores,
Río de Janeiro, 1936
Ainda a bordo, com o
representante do Ministro
das Relações Exteriores,
Rio de Janeiro, 1936
Still on board, with
representative of the Minister
of Foreign Affairs, Rio de
Janeiro, 1936
Arquivo Nacional,
Rio de Janeiro
P. 12
Página del prontuario
de Stefan Zweig
Página do prontuário
de Stefan Zweig
Page of Stefan Zweig’s records
Serviço de Registro de
Estrangeiros. Arquivo
Nacional, Rio de Janeiro
p. 13
Max Fleiuss, Stefan Zweig,
Affonso Celso, Manuel Cícero
Peregrino, Luís Felipe Vieira
Souto. Instituto Histórico e
Geográfico Brasileiro, Rio de
Janeiro, 1936
Casa Stefan Zweig, Petrópolis
p. 14
Con el editor Abrahão
Koogan y el diplomáticoJimmy
Chermont, designado por
el Ministerio de Relaciones
Exteriores como su cicerone
en tiempo integral.
Rio de Janeiro, 1936
Com o editor Abrahão
Koogan e o diplomata Jimmy
Chermont, designado pelo
Ministério de Relações
Exteriores como seu cicerone
em tempo integral.
Rio de Janeiro, 1936
With editor Abrahão Koogan
and diplomat Jimmy Chermont,
designated by the Ministry of
Foreign Affairs to be his
full-time chaperone.
Rio de Janeiro, 1936
Casa Stefan Zweig, Petrópolis
p. 15
Stefan Zweig Amok (1922)
Ejemplar parcialmente
quemado
Exemplar parcialmente
queimado
Partially burned volume
https://commons.
wikimedia.org/wiki/
File:120510_LgdV_Buch_nah-
200dpi_%287170998648%29.
jpg
p. 16
Fotos de pasaporte, Londres,
1940
Fotos de passaporte, Londres,
1940
Passport pictures, London,
1940
p. 17
A noite. Rio de Janeiro,
22/08/1940
p. 18
A noite. Rio de Janeiro,
16/09/1940
p. 19
Stefan Zweig. Arquivo
Nacional, Rio de Janeiro
p. 20
Página del prontuario
de Stefan Zweig
Página do prontuário de
Stefan Zweig
Page of Stefan Zweig’s records
Serviço de Registro
de Estrangeiros. Arquivo
Nacional, Rio de Janeiro
p. 21
Visa permanente en el
pasaporte de Stefan Zweig
Visto permanente no
passaporte de Stefan Zweig
Permanent visa in Stefan
Zweig’s passport
Casa Stefan Zweig, Petrópolis
p. 22
Stefan Zweig, Brazilian
Information Center, New York,
c. 1940
Three Lions/Hulton Archive/
Getty images
p. 23
Zweig, Stefan. Brazil, Land
of the Future. New York:
The Viking Press, 1943
p. 24
Zweig, Stefan. Brasil, país
do futuro. Rio de Janeiro:
Guanabara Waissman
Koogan, 1941
p. 25
Zweig, Stefan. Brasil, país
do futuro. Pôrto: Livraria
Civilização, 1941
Zweig, Stefan. Brazil, Land
of the Future. New York:
The Viking Press, 1941
Zweig, Stefan. Le Brésil,
Terre d’avenir. New York:
Maison Française, 1942
p. 26
Zweig, Stefan. Brasil. Buenos
Aires / Mexico: Espasa-Calpe,
1942
Zweig, Stefan. Brasilien.
Stockholm: Skoglunds
Bokförlag, 1941
Zweig, Stefan. Brasilien, ein
Land der Zukunft. Stockholm:
Bermann-Fischer, 1941
p. 27
Comtesse de la Tour
Joseph Arthur de Gobineau, 1876
Lucien Walery Dom Pedro II
Imperador do Brasil em Paris, 1887
p. 28
Gobineau, Joseph-Arthur.
Essai sur l’inégalité des races
humaines. Paris: Librairie
de Firmin Didot Frères, 1855
p. 29
Stefan Zweig Brazil, Land
of the Future. New York:
The Viking Press, 1941
Detalle de la sobrecubierta
Detalhe da quarta capa
Back cover detail
p. 30
Después de la audiencia con
el presidente Getúlio Vargas,
Río de Janeiro, 1936
Após a audiência com o
presidente Getúlio Vargas,
Rio de Janeiro, 1936
After meeting with
president Getúlio Vargas,
Rio de Janeiro, 1936
Casa Stefan Zweig, Petrópolis
p. 31
Zweig, Stefan. Momentos
Decisivos da Humanidade.
Rio de Janeiro: Guanabara
Waissman Koogan, 1936
Ejemplar dedicado por el autor
al presidente Getúlio Vargas
Exemplar dedicado pelo autor
ao presidente Getúlio Vargas
Volume dedicated to president
Getulio Vargas by the author
Museu da República, Ibram,
MinC
p. 32
Zweig, Stefan. Brasil,
país do futuro. Rio de Janeiro:
Guanabara Waissman
Koogan, 1941
Prefacio
Prefácio
Foreword
Índice de imágenes / Índice de imagems / Images index
p. 33
Stefan Zweig, Lotte Zweig,
D’Almeida Victor. Salvador
15/01/1941
Casa Stefan Zweig, Petrópolis
p. 34
Vamos ler! Rio de Janeiro
23/10/1941
p. 35
Stefen Zweig. S.S. Uruguay,
1941
Culture Club/Hulton Archive/
Getty Images
p. 36
Correio da Manhã. Rio de
Janeiro 05/08/1941
p. 37
O Globo Rio de Janeiro
11/08/1941
p. 38
Zweig, Stefan. Brasil, país
do futuro. Rio de Janeiro:
Guanabara Waissman
Koogan, 1941
Zweig, Stefan. Brasil, país
do futuro. Rio de Janeiro:
Civilização Brasileira, 1960
Zweig, Stefan. Brasil,
país do futuro. Rio de Janeiro:
Nova Fronteira, 1981
p. 39
Zweig, Stefan. Brasil,
país do futuro. Rio de Janeiro:
Guanabara Waissman
Koogan, 1941
p. 40
Stefan Zweig en su oficina
en Petrópolis
Stefan Zweig em seu escritório
em Petrópolis
Stefan Zweig in his office
in Petrópolis
Casa Stefan Zweig, Petrópolis
p. 41
Wolf Raich Stefan Zweig, 1940
p. 42
Stephan Zweig con el Ministro
de las Relaciones Exteriores
José Carlos de Macedo
Soares. Salão de Despachos
do Itamaraty, Rio de Janeiro,
21/08/1936
Stephan Zweig com o Ministro
das Relações Exteriores
José Carlos de Macedo
Soares. Salão de Despachos
do Itamaraty, Rio de Janeiro,
21/08/1936
Stephan Zweig with Minister of
Foreign Relations José Carlos
de Macedo Soares. Salão de
Despachos do Itamaraty,
Rio de Janeiro, 21/08/1936
Arquivo Nacional,
Rio de Janeiro
p. 43
Alzira Vargas, Samuel
Malamud, Stefan Zweig, Jorge
Manuel da Costa Leite, Jandira
Vargas. Jockey Club,
Rio de Janeiro
Casa Stefan Zweig, Petrópolis
Créditos / Credits
p. 44
Zweig, Stefan. Brasil, país
do futuro. Rio de Janeiro:
Guanabara Waissman
Koogan, 1941
p. 45
Getúlio Vargas o amigo das
crianças. Rio de Janeiro:
Departamento de Imprensa
e Propaganda, 1940
Cubierta y detalle
Capa e detalhe
Cover and detail
p. 46
Carla Zaccagnini
Evidências de uma farsa:
Time and the Economist, 2011
Texto originalmente escrito Texto originalmente escrito Text originally written for a
Time 13/02/1956; para una presentación en el para uma apresentação no presentation in the context of
The Economist 14/11/2009 contexto de la XIII OuUnPo contexto da XIII OuUnPo Re- the XIII OuUnPo Research
Research Session, Pinacoteca search Session, Pinacoteca do Session, Pinacoteca do Estado
p. 47
do Estado de São Paulo, oc- Estado de São Paulo, outubro de São Paulo, October 2014.
Carla Zaccagnini
tubre  de 2014. de 2014. The initial research was mainly
Evidências de uma farsa: La investigación inicial se A pesquisa inicial baseou-se based on the book “Stefan
Welcome to Brasil and Rio, 2011 basó principalmente en el principalmente no livro “Stefan Zweig: no país do futuro - A bi-
Welcome to Brazil, Disney libro “Stefan Zweig: no país Zweig: no país do futuro - A ografia de um livro”, by Alberto
Studios, 1942; Rio, Twentieth do futuro - A biografia de um biografia de um livro”, de Dines, and its development
Century Fox / Blue Sky livro”, de Alberto Dines, y su Alberto Dines, e seu desenvolvi- counted with the the assistance
Studios, 2011 desarrollo contó con la asisten- mento contou com a assistência of Marilia Loureiro and Lúcia
p. 48 cia de Marilia Loureiro y Lúcia de Marilia Loureiro e Lúcia Prancha.
Prancha. Prancha. Thanks to Kristina Michahelles
Anuncio impreso, 1970’s:
Gracias a Kristina Michahelles Agradecimentos a Kristina Mi- (Casa Stefan Zweig, Petrópo-
Hasta 1964 Brasil era apenas
(Casa Stefan Zweig, Petrópo- chahelles (Casa Stefan Zweig, lis), Jorge Ricardo da Câmara
el país del futuro. Y entoces
lis), Jorge Ricardo da Câmara Petrópolis), Jorge Ricardo da (Fundação Biblioteca Nacional,
el futuro llegó.
(Fundação Biblioteca Nacional, Câmara (Fundação Biblioteca Rio de Janeiro), Valeria Gauz
Anúncio impresso, década Rio de Janeiro), Valeria Gauz Nacional, Rio de Janeiro), Vale- (Museu da República, Rio de
de 1970 (Museu da República, Rio de ria Gauz (Museu da República, Janeiro), Kátia Borges (Arquivo
Printed advertisement, 1970’s: Janeiro), Kátia Borges (Arquivo Rio de Janeiro), Kátia Borges Nacional, Rio de Janeiro) e Julio
Until 1964 Brazil was only the Nacional, Rio de Janeiro) e Julio (Arquivo Nacional, Rio de Heilbron (EMC Brasil, Rio de
country of the future. And then the Heilbron (EMC Brasil, Rio de Janeiro) e Julio Heilbron (EMC Janeiro).
future began. Janeiro). Brasil, Rio de Janeiro).
ISBN: 978-84-940701-5-0