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Marriage Trap

Marriage to a Bilionaire #2
Jennifer Probst

Procura — se esposa...

Bilionário italiano procura noiva inventiva. Disposta a aceitar nada em troca ...

Para que sua irmã se case, o bilionário italiano Michael Conte tem que encontrar uma noiva
— e rápido! Quando ele descobre que a fotógrafa Maggie Ryan vai estar em Milão, Michael inventa
um plano para apresentá — la a sua família como sua "noiva". Não importa que Maggie seja
confiante, independente, e maníaca por controle. Não importa que ela é tudo o que ele não quer em
uma mulher ... e tudo o que ele quer em sua cama!

Convencida de que Michael é apaixonado pela sua melhor amiga que é casada, Maggie
concorda em manter o ardil, claro, se ele for ficar longe de sua amiga. Além disso, ela não se sente
atraída por encantadores bilionários ridiculamente quentes. Uma vez que está na Itália, no entanto,
tudo muda — e a tensão sexual entre Maggie e Michael vai provocar uma fusão nuclear!

Será que eles encontrarão o arranjo perfeito ... ou eles estão presos em um casamento faz de
conta?
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Abril/2013
Para o meu marido.

Acho que os feitiços de amor funcionam,


afinal, e os “felizes para sempre” existem.
Obrigada por estar comigo em cada louco,
caótico momento. Obrigada por me manter mais
ou menos sã, por ser um pai fantástico, e acima
de tudo, por fazer o jantar. Eu te amo.

E para os meus fabulosos, maravilhosos,


incríveis editores, Liz Pelletier e Libby Murphy.
Este livro simplesmente não teria acontecido sem
vocês.
Capítulo Um

Maggie Ryan levou o copo de margarita aos lábios e tomou um longo gole. A
acidez colidiu com o sal, explodiu em sua língua, e a queimou por dentro.
Infelizmente, não foi rápido o suficiente. Ainda lhe restava alguma sanidade para
questionar suas ações.

O livro coberto de tecido violeta lhe acenava, zombando. Ela o pegou de novo,
folheou-o rapidamente, e jogou-o de volta na moderna mesa de vidro. Ridículo.
Feitiços de amor, pelo amor de Deus! Ela se recusava a descer tão baixo. É claro que
quando sua melhor amiga, Alexa, havia feito seu próprio feitiço, ela havia apoiado e
encorajado suas ações para encontrar uma alma gêmea.

Mas isso era completamente diferente

Maggie xingou baixinho e olhou pela janela. O luar penetrava pelas frestas da
cortina de bambu. Mais uma noite perdida. Mais um encontro desastroso. Seus
demônios a ameaçavam, e não havia mais ninguém aqui para combatê-los com ela
até o amanhecer.

Por que ela nunca sentia uma conexão? Este último tinha sido encantador,
inteligente e descontraído. Ela havia esperado uma vibração sexual quando
finalmente se tocassem, ou pelo menos um arrepio promissor. Em vez disso, ela não
havia sentido nada. Zero. Entorpecida da cintura para baixo. Apenas uma sensação
dolorosa de vazio e uma vontade de... mais.

Uma onda de desespero se abateu sobre ela. Um início de pânico atingiu suas
entranhas, mas ela reagiu e voltou à superfície. Dane-se. Ela se recusava a ter um
ataque em seu próprio território. Maggie se agarrou à irritação como a um colete
salva-vidas e respirou profundamente.

Malditos ataques. Ela odiava pílulas e se recusava a tomá-las, acreditando que


os episódios iriam embora por pura força de vontade. Provavelmente uma crise
precoce de meia-idade. Afinal, sua vida era quase perfeita.

Ela tinha tudo aquilo com que a maioria das pessoas sonhava. Fotografava
lindos modelos masculinos em roupas íntimas e viajava pelo mundo todo. Adorava
seu moderno condomínio. Sua cozinha exibia aparelhos de aço inoxidável e era
revestida em cerâmica brilhante. As modernas máquinas de expresso e de margarita
confirmavam seu estilo divertido, “Sex and the City”. Espessos tapetes brancos e
móveis de couro combinando ostentavam seu estilo e testemunhavam a ausência de
crianças. Ela fazia o que queria, quando queria, e não devia explicações a ninguém.
Era atraente, tinha conforto financeiro e boa saúde, fora os ataques de pânico
ocasionais. E, no entanto, uma questão mordiscava seu cérebro com persistência
irritante, crescendo um pouco mais a cada dia.

É só isso?

Maggie levantou-se e deu um puxão no roupão de seda vermelha, depois


enfiou os pés nas pantufas com chifres de diabo. Ela estava bêbada o suficiente e
ninguém jamais saberia. E quem sabe o exercício acalmaria seus nervos.

Ela pegou a folha de papel e fez uma lista de todas as qualidades que desejava
em um homem.

Fez o fogo. Recitou o mantra.

Risadinhas zombeteiras ecoaram em seu cérebro diante daquela loucura, mas


ela as sufocou com mais um gole de tequila e observou o papel queimar.

Afinal, ela não tinha nada a perder.

•••
O sol parecia irritado.

Michael Conte estava do lado de fora da propriedade em frente ao mar e


observava o perfeito disco solar lutando para ultrapassar o topo das montanhas.
Uma ardente mistura de laranja queimado e vermelho escarlate levantavam-se,
emanando faíscas de fúria, matando a escuridão remanescente. Ele viu o rei da
manhã celebrar, orgulhoso, a vitória temporária, e por um breve momento se
perguntou se algum dia iria se sentir assim novamente.

Vivo.

Ele balançou a cabeça e zombou de seus próprios pensamentos. Ele não tinha
nada do que reclamar. Sua vida era quase perfeita. O projeto à beira-mar estava
quase pronto, e o lançamento da primeira padaria de sua família nos EUA seria um
verdadeiro acontecimento no lugar. Ele esperava.

Michael olhou para a água e enumerou mentalmente as renovações feitas.


Antes uma marina decrépita e dominada pelo crime, a propriedade no Vale do
Hudson havia passado por uma transformação de Cinderela, e ele tinha sido uma
parte disso. Ele e os outros dois investidores haviam enterrado um monte de
dinheiro naquele sonho, e Michael acreditava no sucesso da equipe. Caminhos de
pedra agora serpenteavam entre roseiras, e os barcos finalmente haviam voltado -
escunas majestosas e as famosas balsas que levavam as crianças para passeios.

Ao lado de sua padaria, um spa e um restaurante japonês atendiam a um


conjunto eclético de clientes. A inauguração seria em apenas algumas semanas, após
um longo ano de construção, suor e sangue.

E La Dolce Famiglia iria finalmente se instalar em sua casa em Nova York.

A satisfação percorreu- o, juntamente com um vazio estranho. O que estava


errado com ele ultimamente? Ele estava dormindo mal, e as mulheres que ele se
permitia desfrutar ocasionalmente apenas o faziam se sentir mais inquieto na
manhã seguinte. Na superfície, ele tinha tudo aquilo com que um homem podia
sonhar. Riqueza. Uma carreira que ele amava. Família, amigos e boa saúde. E ainda,
praticamente, qualquer mulher que desejasse. O italiano em sua alma gritava por
algo mais profundo do que simples sexo, mas ele não sabia se tal coisa realmente
existia.

Pelo menos, não para ele. Como se algo bem fundo dentro dele estivesse
quebrado. Desgostoso com suas próprias lamentações, ele se virou e caminhou pela
calçada. Seu celular tocou, e ele o retirou para fora do casaco de caxemira, olhando
para o número.

Droga.

Ele parou por um momento. Então, com um suspiro de resignação, apertou o


botão.

— Sim, Venezia? O que é desta vez?

— Michael, estou em apuros. — Uma metralhadora de palavras em italiano


atacou seus ouvidos. Michael concentrou-se em sua fala, desesperado para captar o
sentido das palavras ditas entre soluços. — Você disse que você vai se casar?

— Você não estava ouvindo, Michael? — Ela rapidamente mudou para o


Inglês. — Você precisa me ajudar!

— Vá devagar. Respire e, então, me diga toda a história.

— Mamãe não me deixa casar! — Ela explodiu. — E é tudo culpa sua. Você
sabe, Dominick e eu estamos juntos há anos, e eu tenho esperança e venho orando
para ele pedir a minha mão e ele finalmente fez. Oh, Michael, ele me trouxe para a
Piazza Vecchia e ficou de joelhos e o anel é lindo! Claro, eu disse que sim, e então
corri para a mamãe para contar a toda família, e...

— Espere um minuto. Dominick nunca me ligou para pedir a sua mão em


casamento. — A irritação tomou conta dele. — Por que eu não sabia disso?
Sua irmã deu um longo suspiro. — Você tem que estar brincando comigo!
Esse costume é antigo, e você não está aqui, e todo mundo sabe que nós íamos casar;
era apenas uma questão de tempo. De qualquer forma, nada disso importa, porque
eu vou ser uma solteirona e eu vou perder Dominick para sempre. Ele nunca vai
esperar por mim e é tudo culpa sua!

Sua cabeça latejava no tempo para lamentações Venezia. — Como isso é


culpa minha?

— Mamãe disse que não posso me casar até que você esteja casado. Lembra-
se da tradição ridícula que Papa acreditava?

Um arrepio deslizou por sua espinha e enrolou em seu estômago. Impossível.


A tradição antiga da família não tinha lugar na sociedade de hoje. Claro, o legado do
filho mais velho, casando primeiro, foi destaque em Bergamo, e como mais velho, ele
era visto como o líder, mas ele tinha certeza que nos dias atuais isso era
desnecessário. — Tenho certeza de que foi um mal-entendido... — disse ele
suavemente. — Eu vou endireitar isto.

— Ela disse que posso usar o anel, mas não haverá casamento até você casar.
Então Dominick ficou chateado e disse que não sabe quanto tempo ele pode esperar
antes de começar a sua vida comigo, e Mama ficou furiosa e o chamou de
desrespeitoso, e tivemos uma grande briga e agora minha vida está arruinada!
Como ela pode fazer isso comigo?

Soluços ofegantes irromperam sobre o receptor.

Michael fechou os olhos. O pulsar maçante em sua têmpora cresceu em


proporções monstruosas.

Ele cortou lamentos de Venezia com uma impaciência que ele não tentou
esconder. — Acalme-se. — ordenou. Ela imediatamente se acalmou, respeitando a
sua autoridade na casa. — Todo mundo sabe que você e Dominick estão destinados
a ficarem juntos. Eu não quero que você se preocupe. Eu vou falar com mamãe hoje.

Sua irmã engoliu em seco. — E se você não conseguir? E se ela me renegar se


eu casar com Dominick sem a aprovação dela? Eu vou perder tudo. Mas como eu
posso desistir do homem que eu amo?

Seu coração parou, depois acelerou. Pelo amor de Deus, aquilo era um ninho
de cobras que ele se recusava a saltar dentro. Um drama familiar intenso iria forçá-
lo a voltar para casa, e com os problemas de sua mãe, de coração, ele se preocupava
com sua saúde. Suas duas outras irmãs, Julietta e Carina, poderiam não serem
capazes de lidar com a angústia de Venezia por conta própria. Primeiro, ele
precisaria manter sua irmã sob controle. Ele apertou os dedos ao redor do telefone.
— Você não vai fazer nada até eu falar com ela. Você entende, Venezia? Eu vou
cuidar disso. Basta dizer a Dominick para aguardar até eu conseguir que isto esteja
resolvido.

— Tudo bem. — Sua voz tremeu, e Michael sabia que apesar do drama ela
amava seu noivo e queria começar a sua vida com ele. Aos vinte e seis anos, ela já
era mais velha do que a maioria de suas amigas que tinham se casado, e ela iria
finalmente se estabelecer com o homem que ele aprovava.

Ele rapidamente terminou a chamada e se dirigiu ao seu carro. Ele tinha que
voltar para o escritório e pensar nisso. E se ele realmente precisasse casar para
conseguir consertar essa bagunça? Suas palmas ficaram úmidas com o pensamento
e ele lutou contra o instinto de limpá-las em sua calça, perfeitamente passada. Com
tanta coisa para resolver, ele colocou encontrar sua alma gêmea na parte inferior da
sua lista. É claro que ele já sabia o que ele queria encontrar de qualidades em sua
futura esposa. Alguém calma, doce e divertida. Inteligente. Leal. Alguém que queria
criar os filhos, cuidar da casa, mas independente o suficiente para ter sua própria
carreira. Alguém para se encaixar perfeitamente em sua família.
Ele deslizou para o interior elegante do Alfa Romeo e apertou o botão para
ligar o motor. A questão principal brilhou em neon vivo diante de sua visão. E se ele
não tivesse tempo para encontrar sua mulher perfeita? Será que ele poderia
encontrar uma mulher para um arranjo prático para satisfazer a sua mãe e permitir
Venezia se casar com o amor de sua vida? E se assim for, onde no Inferno de Dante
ele iria encontrá-la?

Seu telefone tocou e interrompeu seus pensamentos. Um olhar confirmava


que Dominick recusou-se a esperar para se acalmar e estava prestes a lutar pela
mão de sua irmã em casamento. Sua cabeça latejava quando ele pegou o telefone.
Esse ia ser um longo dia.
Capítulo Dois
— Aqui, pegue o bebê.

Maggie automaticamente pegou o bebê quando seu irmão o empurrou se


contorcendo em seus braços e saiu apressado. Típico. Ela já tinha visto o seu jogo
esperto de repassar o bebê antes, e se recusou a ser idiota. Geralmente é porque sua
sobrinha tinha...

— Oh, merda!

O odor forte de cocô saltou em suas narinas. Sua sobrinha sorriu


orgulhosamente enquanto um rio de saliva escorria do queixo para as calças de
seda de Maggie. A fralda de Lily estava completamente bagunçada, e seus três fios de
cabelo presos para cima como alfafa também estavam horrivelmente errados.

— Desculpe, Lily, a tia Maggie não sabe colocar fraldas. Quando você ficar
mais velha eu vou te ensinar como andar de motocicleta, conseguir um cara quente
para o baile, e comprar a sua primeira identidade falsa. Até então, eu estou fora.

Lily amontoou seu punho em sua boca desdentada e roeu com prazer.

Maggie conteve uma risada. Ela olhou rapidamente em volta para ver se havia
algum parente próximo para que ela pudesse fazer uma troca rápida, mas a maioria
dos convidados da festa estava na cozinha e na sala de jantar perto do Buffet. Com
um suspiro, ela se levantou do sofá, balançou Lily em seu quadril, e quase colidiu
com o homem que mais a irritava.

Michael Conte.
Ele a agarrou com as mãos firmes antes mesmo que ela balançasse. O calor do
contato chiou como o óleo em uma frigideira quente, mas ela manteve o rosto
inexpressivo, determinada que ele nunca soubesse como ele a afetava. Ele
praticamente tentou roubar sua melhor amiga, insinuando-se na família de Alexa
com um charme fácil que a chateou. Desde que seu irmão desenhou o projeto na
orla, Michael era agora convidado para funções onde os negócios e prazer eram
combinados em eventos familiares. Ela esbarrou nele em todos os lugares, trazendo
de volta lembranças daquele encontro desastroso e uma pontada de humilhação.

— Você está bem, cara?

O tom de sua voz acariciou sua barriga como um punho de veludo. Lily
arrastou um sorriso gengival e praticamente suspirou. E quem não gostaria?
Michael era simplesmente exuberante.

Ela desmontou sua aparência com a crueldade que fez dela uma das mais
procuradas fotógrafos na indústria da moda. Alto, cabelo preto puxado para trás do
seu rosto e amarrado na sua nuca. Seu rosto era uma estranha combinação de graça
e força, com uma sobrancelha arqueada alta, maçãs do rosto cortados, e um queixo
forte. Seu nariz inclinado com uma ligeira curvatura aumentava seu charme. Sua
pele era de um verde oliva morno que retratava sua herança italiana.

Mas o que a matava eram seus olhos.

Escuros e com alma, em forma de amêndoa, com um conjunto de cílios


exuberantes. Sempre preenchidos com um perverso senso de humor e uma paixão
crua, que brilhava debaixo de sua superfície polida.

Ela ficou estranhamente agitada. Por que ele a incomodava? Em seu trabalho,
ela costumava trabalhar com homens até mais bonitos do que ele. Como estátuas de
mármore cinzeladas, ela raramente se deixava atingir por uma corrente elétrica ao
se mover entre membros nus em uma pose. Ela tinha namorado alguns modelos, e
sempre manteve um ar de distância, desfrutando de sua beleza, passando em
seguida sem olhar para trás. Mas Michael afetou sua ignição por uma necessidade
básica feminina que ela nunca encontrou antes.

Ela afastou o pensamento perturbador e bateu Lily mais alto em seu quadril.
Ela fez questão de manter o tom animado. — Olá, Conte. O que te traz?

Seu lábio inferior tremeu. — Eu nunca perderia a festa de aniversário de


Alexa.

— Não, claro que não. Você não parece perder muitos eventos que giram em
torno de Alexa, não é?

Sua sobrancelha levantou. — Você está questionando meus motivos, cara?

Maggie odiava o sotaque rouco que a enrolava como fumaça envolvendo


mechas aquecidas em torno de seus sentidos. Mas ela detestava ainda mais o seu
corpo. Músculos sólidos preenchiam sua jaqueta Armani de couro flexível. Ele usava
uma camisa azul royal de abotoar, jeans e botas Paciotti de crocodilo negros. Além
do estilo assassino, ele exalava um poder masculino que a pressionava, combinado
com um charme mortal. Ele fingiu não ter nenhuma preocupação no mundo, mas
Maggie vislumbrou a inteligência afiada, escondida por trás da fachada, brilhando
nas profundezas escuras dos olhos negros.

Afinal, ela escondia as mesmas coisas.

Maggie lançou-lhe o mesmo sorriso encantador que ela tinha aperfeiçoado


em seu próprio caminho. — Claro que não. Apenas fiz um comentário sobre a
estreita relação pessoal que você parece ter com a mulher do meu irmão.

Michael riu e fez cócegas em Lily sob o queixo. O bebê riu. Até a sobrinha
dela era uma traidora, quando chegava perto dele. — Ah, mas Alexa e eu somos
amigos, não? E sem o seu irmão, minha padaria nunca teria saído do chão. Ele fez
um incrível trabalho com o projeto arquitetônico.

Ela resmungou. — Conveniente, não é?


Como sabendo que ele a irritava, ele se inclinou para frente. Ela sentiu o
cheiro de café rico, sabão limpo, e um toque da colônia Christian Dior. Seu olhar
impotente incidiu sobre os lábios cheios, esculpidos, que prometiam sexo e pecado.
— Você tem algo para me dizer, Maggie? — Ele perguntou com sua voz arrastada
baixa. — Eu me lembro que em nosso encontro para jantar, você foi mais. . . obtusa.

Maldito. Ela lutou contra o calor que subiu para o rosto e estreitou os olhos
em aviso. — E eu me lembro que você é geralmente mais. . . honesto.

Ele recuou e deu-lhe espaço. — Sim, talvez nós dois tenhamos cometido um
erro naquela noite.

Ela se recusou a responder. Em vez disso, ela levantou Lily e colocou-a em


seus braços. Ele segurou-a com tanta ternura e facilidade que ela lamentou sua
decisão imediatamente. — Eu tenho que encontrar Alexa. Lily tem uma fralda suja.
Quer nos fazer um favor e trocá-la? — Ela sorriu docemente. — Além do mais,
você é praticamente da família. Você sabe onde é o berçário.

E com uma volta em seu salto agulha, ela se afastou.

•••

Maggie fez seu caminho através da cozinha toscana ricamente decorada, com
foco na busca de um copo de vinho. Por que outra pessoa não poderia ver que o
homem estava atrás de sua melhor amiga? Seu irmão costumava odiá-lo, mas agora
Nick o convidava para eventos familiares e deu-lhe todas as oportunidades para
estar com sua esposa. As poucas vezes que ela mencionou Alexa, ele riu, citando que
não havia nenhuma química sexual.

Mentira.

Ela sabia que Alexa nunca imaginou a possibilidade, porque ela estava muito
apaixonada por Nick e acreditava no melhor das pessoas. Maggie confiava em
Alexa.
Ela simplesmente não confiava no charmoso Italiano que tinha trilhado seu
caminho até a sua família.

Ela o pesquisou no ano passado, para descobrir uma fraqueza condenatória


no caso de ela precisar chantageá-lo para ficar longe de Alexa e seu irmão.

Ela voltou sem nada, exceto por um item estridente.

As mulheres.

Michael era um mulherengo bem conhecido. Ela apostou na Itália, que as


fêmeas tinham o cobiçado, e que não tinha mudado em Nova York. Ele era um dos
solteiros mais cobiçados do Vale do Hudson. Nunca um comentário duro a respeito
de seu comportamento poderia ser desenterrado, até mesmo nas colunas de fofocas.
No entanto, um fato permanecia.

Ele nunca teve um relacionamento sério.

Seu relacionamento mais longo, no ano passado, foi de duas semanas. Maggie
sufocou uma risada sem graça. De certa forma, ela se sentiu como se tivesse
conhecido, somente em forma masculina. Ela só poderia chegar a uma razão sólida
pelo que ele não cometeu.

Alexa.

Ele era tão apaixonado por Alexa que ele se recusou a dar-se completamente
para outra. Graças a Deus ele não tinha jogado em cima dela outro encontro. A
memória ainda a envergonhava. Ela nunca tinha sido rejeitada por um homem
antes, especialmente um que inicialmente a queria.

Maggie se serviu de um copo de cabernet, em seguida, apareceu pela sala de


jantar elegante. Ela notou a remoção de certas antiguidades e bordas afiadas, o
início da prova de bebê na mansão de seu irmão.
Alexa desceu sobre ela com um prato cheio de comida. — Por que você não
come? Eu preciso de apoio. Estou tentando perder o peso do bebê, mas esses
aperitivos são muito bons.

Maggie sorriu para sua melhor amiga. — Você parece fantástica. Deus, seus
peitos estão enormes. Estou tão cheia de uma inveja maldita. — O vestido preto
enfatizava sua figura curvilínea com o belo decote e comprimento na altura do
joelho.

Alexa mostrou a língua. — Os benefícios da amamentação. Vamos torcer


para que eu não vaze e estrague meu efeito sexy. Onde está Lily?

Maggie abriu um sorriso de satisfação. — Com Michael. Ele está mudando a


fralda.

Alexa gemeu. — Por que você fez isso com ele? Você está sempre o colocando
em situação difícil. Eu tenho que ir ajudar. — Ela colocou seu prato de comida, mas
Maggie agarrou seu braço.

— Ah, tudo bem, eu vou vê-lo. Tenho certeza que ele deu Lily para sua mãe.
Ele não é estúpido, Al, e ele é um homem. Os homens não mudam fraldas.

— Nick faz. — Maggie revirou os olhos.

— Raramente. Ele deu Lily para mim, porque ele sabia que ela tinha feito
cocô.

Alexa olhou para o marido do outro lado da sala. — Por que estou surpresa?
Na outra noite, ele me pediu para segurá-la por apenas um minuto e quando fui
procurá-lo, ele tinha ido para fora. Para fora da casa. Em seu carro. Quero dizer,
você está brincando comigo?

Maggie assentiu. — Vou marcar uma viagem de compras com você em


breve e nós vamos fazê-lo pagar. Literalmente.
— Alexa riu. — Vá salvar Michael. E seja boa para ele, pelo amor de Deus.
Eu não sei o que há com vocês dois. Faz quase um ano desde que você saiu naquele
encontro às cegas. Será que algo mais aconteceu e você não me contou?

Maggie encolheu os ombros. — Não. Eu te disse, eu acho que ele é


secretamente apaixonado por você. Mas ninguém acredita em mim.

— Isto de novo? — Alexa sacudiu a cabeça. — Maggs, nós somos apenas


amigos. Ele é como uma família. Confie em mim, até Nick entendeu, não há nada
entre Michael e eu. Nunca houve.

— Certo. — Maggie olhou para a amiga, que ela amava como sua irmã.
Alexa nunca soube o quão bonita ela realmente era, por dentro e por fora. Nick
finalmente ganhou seu coração, e Maggie nunca quis esquecer o quão importante
eles eram um para o outro. Eles travaram uma dura jornada, mas ela nunca tinha
visto um casal mais feliz. Seu irmão, finalmente, descobriu o seu “felizes para
sempre”. Ele não tinha deixado a sua vida familiar conturbada na infância afetar seu
futuro, e que ela estava orgulhosa dele por dar esse salto.

Pelo menos uma pessoa da família encontrou a paz.

Maggie a abraçou. — Aproveite a sua comida, aniversariante, e não se


preocupe. Eu vou resgatá-lo. — Ela tomou seu tempo, esperando encontrar Michael
tomando um uísque, sem crianças. Ela subiu a escada em caracol e deslizou
tranquilamente pelo corredor. Uma risada baixa, então um cantarolar soava. Ela
espiou e levou à vista antes dela.

Michael estava com Lily em seus braços enquanto ele a balançava. Ele cantou
uma canção de ninar em italiano, e Maggie percebeu que era Twinkle, Twinkle
Little Star1. Lily olhou para ele com adoração pura, borbulhante ouvindo a melodia.

1
Brilha, brilha, Estrelinha.
O quarto dava uma qualidade quase mística à cena, com grandes luas e estrelas
pintadas no teto, e a pintura amarela brilhante espirrando nas paredes como o sol.

Seu coração parou. Um desejo feroz sacudiu através de seu núcleo, e Maggie
fechou os olhos em uma batalha para afastar a tempestade emocional. Ele pegou seu
casaco, que estava pendurado ordenadamente na parte de trás de uma cadeira. Lily
usava um vestido diferente, de rosas amarelas, suas meias e sapatos combinando,
delicadas amarelas puras e limpas de baba. O cheiro de baunilha pairava no ar.

Ela engoliu em seco e cerrou os punhos.

Ele olhou para cima.

Seus olhares se encontraram e ficaram presos. Por um momento, uma


química, crua e lasciva passou entre eles. Em seguida, se foi, e Maggie se perguntou
se ela tinha apenas imaginado o olhar de desejo em seu rosto. — O que você está
fazendo? — Ela perguntou abruptamente.

Ele inclinou a cabeça com sua acusação. — Cantando.

Ela suspirou com impaciência e fez um gesto em direção à mesa mudando. —


Eu quero dizer, a fralda. Você a trocou? E por que ela está usando isso?

Ele parecia estar se divertindo. — Claro que a troquei, como você falou, cara.
Seu vestido estava sujo, então eu escolhi um novo. Por que você parece tão surpresa?

— Imaginei que você foi criado com essa atitude antiquada. Você sabe, os
homens são líderes e não cozinham, limpam ou trocam fraldas.

Michael jogou a cabeça para trás e caiu na gargalhada. Lily piscou, então
balbuciou em resposta. — Você não conheceu minha mãe. Eu cresci com três irmãs
mais novas. Quando uma fralda precisava ser trocada era minha responsabilidade, e
não havia nenhum jogo de passar o bebê. Eu tentei isso uma vez e paguei caro.
— Ah. — Ela se inclinou contra a cômoda branca. — Sua família vive na
Itália?

— Sim. O La Dolce Famiglia original começou em Bergamo, onde vivemos.


Então, expandiu-se em Milão e tem sido muito bem sucedida. Eu decidi continuar a
tradição nos Estados Unidos, e minha irmã é quem fica na base.

— E seu pai?

Emoção nua passou sobre suas feições esculpidas. — Meu pai morreu há
alguns anos atrás.

— Sinto muito. — disse ela suavemente. — Parece que você tem uma família
unida.

— Sim. Sinto falta delas todos os dias. — Ele a estudou com curiosidade. — E
quanto a você? Eu acho que você nunca teve que trocar uma fralda?

Ela sorriu e ignorou o vazio. — Eu nunca tinha feito isso. Nick era mais velho,
então eu não tinha irmãos mais jovens com quem me preocupar. Nunca tive que
levantar um dedo, pois viviamos em uma mansão com uma empregada doméstica,
cozinheira e uma babá. Eu era completamente estragada.

Um breve silêncio desceu. Ela se mexeu desconfortavelmente quando ele não


fez nenhum movimento para disfarçar seu olhar aguçado tentando encontrar seu
rosto, procurando por algo que ela não conseguia entender. Finalmente, ele falou.
— Não, cara. Eu acho que você tinha as coisas mais difícil do que a maioria de nós.

Ela se recusou a responder, odiando a maneira como ele tentou ficar sob sua
pele e descobrir as coisas. Como ele já suspeitava, ela se escondia sob a superfície.
— Pense o que quiser. — ela disse casualmente. — Mas pare de me chamar querida.

Ele respondeu com uma piscadela perversa, quando pegou na parte superior
metálica. Como se brincasse com a idéia de puxar para baixo a blusa e inclinando a
cabeça para sugar seus mamilos. Na sugestão, os seios incharam na demanda feroz,
prontos para jogar. Por que ele a afeta tão intensamente?

— Tudo bem, la mia tigrotta2. — Seu tom rico e cadenciado a envolveu.

Maggie interiormente o amaldiçoou. — Muito engraçado.

Ele levantou uma sobrancelha. — Não é para ser engraçado. Você me fez
lembrar um pequeno tigre no primeiro momento que nos conhecemos.

Ela se recusou a entrar em uma discussão sobre algo tão ridículo. Maggie
acenou fora de seu carinho e se dirigiu para a porta. — É melhor voltarmos. Alexa
estava procurando por Lily.

Ele seguiu com Lily, a colocou cuidadosamente em seus braços e correu direto
para a mãe de Alexa.

— Maggie, querida, eu estive procurando por você! — Mary McKenzie


beijou ambas as faces e olhou para ela com um calor que sempre atrapalhou o seu
coração. — Aqui está minha linda neta. Venha cá, minha querida. — Ela tomou Lily
e deu um beijo em Michael. — Eu ouvi dizer que ela precisava trocar, mas parece
que vocês formaram uma boa equipe.

Por que toda a família mantém o equívoco de que seriamos perfeitos juntos?
Maggie segurou um suspiro, enquanto Michael riu. — Ah, a Sra. McKenzie, você
sabe o quão maravilhosa é Maggie quando o assunto é cuidar de sua sobrinha. Eu só
sentei e observei.

Culpa a invadiu. Ela sorriu, mas lançou-lhe um olhar sujo. Por que ele sempre
parece ser o cara bom?

— Estou dando um pequeno jantar para todos nesta sexta-feira e insisto que
você se junte a mim. — anunciou Mary.

2
Minha pequena tigresa
Esses jantares de família pertenciam a apenas Maggie, Alexa, e Nick. Ela quase
sorriu com alívio quando se lembrou de sua agenda. — Sinto muito, Sra. McKenzie,
eu estarei voando para Milão esta semana. Tenho dois dias para uma sessão de fotos.

— Então eu vou remarcar para quando você voltar. Agora, deixe-me


aproveitar esta pequena e dar uma volta pela festa, e eu vou te ver mais tarde.

A mãe de Alexa desapareceu pelo corredor, e Maggie de repente notou


expressão estranha de Michael. — Você estará voando para Milão? Por quanto
tempo?

Ela encolheu os ombros. — Provavelmente uma semana. Vou tirar algum


tempo para fazer novos contatos, fazer algumas compras.

— Hmmm. — De alguma forma, o som não confirmado parecia ameaçador.


Ele olhou para ela como se a estudasse sob uma nova luz, pela primeira vez,
sondando seu rosto, em seguida, caindo para o seu corpo, como se estivesse
procurando sob sua roupa da moda algo mais.

— Cara, por que você está me olhando assim? — Ela trocou os pés quando
um calor, um formigamento, aqueceu entre suas coxas. De jeito nenhum ela vai lá.
Se havia um homem no mundo que ela nunca iria dormir, nem que os zumbis
tomassem a terra e eles fossem os únicos autorizados a procriarem, esse era Michael
Conte.

— Eu tenho uma proposta para você. — ele murmurou.

Ela afastou a memória de seu primeiro encontro e forçou um sorriso. —


Desculpe, querido. Esse navio já partiu e deixou o porto.

Ela se recusou a olhar para trás enquanto caminhava, à distância.

•••
Michael tomou um gole de conhaque e observou com o fôlego baixo, quando
o delicioso bolo de chocolate cannoli e café forte foram servidos, e um ambiente
descontraído percorreu as salas, quando a família e os amigos começaram a fazer as
suas despedidas.

A tensão rodou em seu estômago e lutou com o fogo encantador do álcool.


Desta vez, ele estava em apuros. Apuros. Após o telefonema com Venezia e
Dominick, ele decidiu confrontar sua mãe com um plano de batalha bem colocado.

Michael sabia que seguir a tradição da família era impossível. Ele também
percebeu que sua mãe acreditava fortemente em regras e raramente as quebrava.
Ele havia decidido um plano alternativo que parecia brilhante. Ele ia jogar-lhe uma
história sobre uma namorada firme, com um casamento no futuro, e até mesmo
prometer uma visita. Então ele calmamente insistiria em casar Venezia primeiro, por
causa de sua história com Dominick, e ele citaria a bênção celestial de papai. Talvez
ele lhe dissesse que teve um sonho, algo para acalmar suas dúvidas.

Até sua outra irmã Julietta jogar sua história aos escombros, com uma simples
declaração.

Sua mente vagava a conversa breve.

— Michael, eu não sei o que você ouviu, mas para usar uma de suas frases
americanas, a merda está prestes a bater no ventilador. — Nunca emocional ou
puxada em drama, Julietta sempre agia com um plano claro, que fazia dela a pessoa
perfeita para executar La Dolce Famiglia. — Mama prometeu ao Papa em seu leito
de morte que continuaria as tradições da família. Infelizmente, isso inclui você ter
que se casar primeiro, não importa o quão ridículo que pareça.

— Eu tenho certeza que eu posso convencê-la. — disse Michael, ignorando


as dúvidas rastejando como cobras em sua cabeça.
— Não vai acontecer. Acho que Venezia está planejando fugir. Se ela o fizer,
desastre será um eufemismo. Nós vamos entrar em guerra com a família de
Dominick, e Mama ameaçou deserdá-la. Carina está passando por um momento
difícil agora, ela está chorando sem parar, com o pensamento de que sua família
está desmoronando. Mama chamou o médico e lhe disse que ela estava tendo um
ataque cardíaco, mas ele a diagnosticou como um caso de má digestão e a mandou
para a cama. Dios, por favor, me diga que você está vendo alguém a sério e, pode
tomar conta da situação? Maldita sociedade patriarcal. Eu não posso acreditar que
Papa comprou essa porcaria.

A verdade bateu sobre ele. Ele nunca ia ganhar de uma promessa feita no leito
de morte. Seu pai o atraiu para a armadilha, e sua própria mãe fechou a porta da
gaiola atrás dele. Ele precisava de uma esposa e ele precisava dela rápido, se ele
quisesse limpar essa bagunça. Pelo menos, uma esposa temporária.

Quais as opções que ele tinha? Sua mente trabalhou com uma eficiência
brutal até que a única solução estava diante dele. Convencer sua mãe que ele era
legalmente casado, fazer Venezia apressar o casamento, e, depois de alguns meses
anunciar a triste notícia de que seu casamento não deu certo. Ele teria que lidar com
as consequências. Agora, ele precisava corrigir isso. Afinal de contas, a fixação por
dramas familiares era seu trabalho.

— Eu vou casar até o final da semana. — ele disse.

A respiração afiada de sua irmã cortou o telefone.

— Diga a Venezia para não fazer nada precipitado. Vou ligar para mamãe e
dar-lhe a notícia mais tarde.

— Você está falando sério? Você vai realmente se casar, ou é uma fraude?

Michael fechou os olhos. A fim de fazer seu plano de trabalho, todo mundo
precisava acreditar que era real. Começando com Julietta. — Eu estou vendo
alguém, e estava apenas esperando para tornar oficial. Ela não gosta de confusão e
não quer um casamento tradicional, então provavelmente vamos ter apenas o juiz
de paz e então eu vou dar a notícia a todos.

— Você está me dizendo a verdade, Michael? Ouça, isto pode ser uma
bagunça, mas não há nenhuma razão para apressar o casamento apenas para
acalmar Venezia. Você não tem que consertar tudo o tempo todo.

— Sim, eu sei. — ele disse calmamente. O peso da responsabilidade caiu


sobre ele e sufocou o fôlego. Ele aceitou o peso, sem dúvida, e seguiu em frente. —
Eu vou lhe dar os detalhes depois que eu falar com a minha noiva.

— Mamãe vai insistir em conhecê-la. Ela não vai acreditar só na sua palavra.

— As palavras de sua irmã trancou a porta da gaiola com um clique final.

— Eu sei. Vou arranjar uma visita para casa até o final do verão.

— O quê? Quem é ela? Qual é seu nome?

— Eu tenho que ir. Eu te ligo mais tarde. — Ele desligou a chamada.

A situação rodou com possibilidades limitadas e com pouco tempo. Ele decidiu
procurar um desses serviços de acompanhantes de elite que alugam companheiros
para grandes eventos. Talvez, com um pouco de sorte, ele encontrasse alguém
disposto a fingir ser sua esposa. Claro, retardando o encontro com sua mãe poderia
fazer um planejamento cuidadoso, e com o stress ele poderia ser diagnosticado com
uma úlcera até o final da semana.

A menos...

Seu olhar atravessou a multidão e cruzou com um par de olhos verdes de


gato. Um surto de desejo acendeu baixo em seu estômago em resposta automática ao
desafio. Ela arqueou uma sobrancelha perfeita e jogou a cabeça para o lado,
virando-lhe as costas. Ele sufocou uma risada. A mulher era uma massa espinhosa
de sexo e sarcasmo. Se havia uma rosa por baixo, ela se cercou com um matagal de
espinhos para avisar a qualquer príncipe a cavalo para pegar o caminho de volta.

Maggie Ryan era perfeita para o trabalho.

Ele conseguiria levar a farsa adiante? Quais eram as chances de outra mulher
que ele conhecia viajar para Milão por uma semana? Ele confiava nela. Pelo menos,
um pouquinho. Se ela concordasse, ele seria capaz de apressar o encontro, trabalhar
uma desculpa para sair mais cedo, e permitir Venezia se casar neste verão. Maggie
tinha antipatia por ele, ela não iria receber qualquer coisa romântica, não teria
idéias sonhadoras quando conhecesse sua família e fingisse ser parte dela.
Naturalmente, sua mãe iria enlouquecer, com sua escolha, provavelmente
esperando uma esposa tradicional, não ameaçadora. Ainda assim, ele tinha que
fazer isso funcionar.

Se ela concordasse.

Ele namorava muitas mulheres bonitas, mas Maggie tinha uma qualidade
misteriosa que o atingiu com um soco no estomago. Seu cabelo cor de canela
brilhava à luz, uma massa reta sedosa caiu sobre seu rosto e atingia o ombro em um
corte elegante. A franja apenas acentuava os olhos exoticamente inclinados,
lembrando-o do verde enevoado sem fim dos campos da Toscana, chupando um
homem e permitindo que ele se perdesse na neblina. Suas feições eram claras e
nítidas: uma mandíbula forte inclinada, maçãs do rosto salientes, nariz elegante. O
tecido elástico de seu top revelava ombros bem definido, seios rosados. A seda de
estanho de suas calças brilhava enquanto andava e mostrava a parte traseira das
pernas perfeitamente curvadas e longas que forçavam um homem a imaginá-las ao
redor de sua cintura. Seu perfume era uma mistura de tons terrosos de sândalo e
âmbar, esgueirando nas narinas de um homem e prometendo-lhe uma viagem para
o céu na terra.
Ela não era tímida e retraída. A atitude dela era um pé na bunda. Ela andava,
respirava e falava, puro sexo, afetando qualquer homem em sua perfumada área
próxima. Michael viu quando ela jogou a cabeça para trás e riu. Seu rosto refletia
uma felicidade aberta, ele raramente a viu assim, somente em torno de Alexa ou de
seu irmão. Mesmo em seu primeiro encontro, uma parede de armadura pesada
segurou-a de todas as emoções reais, evidentes em seu raciocínio rápido, sexy e
olhar distante. Ela era exatamente o que ela queria ser, sem desculpas. Michael
admirava e apreciava essas mulheres, por serem muito poucas. Mas algo sobre
Maggie o puxou para olhar mais de perto e abaixo da superfície. Um pouco de dor
persistente e necessidade brilhava no fundo de seus olhos verdes, a necessidade da
ousadia de um homem para matar o dragão e reclamá-la.

Seu pensamento repentino o assustou. Ele zombou da imagem ridícula, mas a


calça ainda apertava em torno de sua ereção. Deus, era tudo o que ele precisava,
alguma deturpada fantasia da donzela em perigo.

Ele nunca seria um príncipe e não queria o trabalho. Especialmente contra


uma mulher que provavelmente roubaria seu cavalo e resgataria a si mesma.

Ainda assim, por um tempo, ele precisava dela. Ele só tinha que convencê-la a
tomar parte disso.

— Hmm, eu me pergunto o que colocou essa expressão em seu rosto. Ou


melhor, quem.

Ele olhou para cima de sua cadeira e encontrou um par de olhos azuis rindo.
Seu coração aqueceu, deu a Alexa um sorriso, e ele se levantou para lhe dar um
breve abraço. — Buon giorno, signora bella. Será que você aproveitou sua festa?

Cachos saíram do seu rabo de cavalo e ficou contra sua bochecha. Felicidade
irradiava em torno de sua figura. — Adorei. Eu disse Nick que eu não queria uma
festa, mas você sabe como ele fica.
— Essa é a razão pela qual ele é bom em seu trabalho.

Ela revirou os olhos. — Sim, bom para negócio, mas uma dor na bunda em
casa. — Ela sorriu. — Às vezes.

Michael riu. — O que você americanos gostam de dizer? Muita informação?


— Ela corou suas bochechas e ele puxou um de seus cachos. — Desculpe, eu não
pude resistir. Eu tenho um presente para você.

Ela franziu o cenho. — Michael, o bolo era suficiente. Você quase me matou,
estava tão delicioso.

— É um pequeno. Você significou muito para mim no ano passado, e eu


adoro vê-la feliz. — Ele tirou uma pequena caixa do bolso da jaqueta. — Abra.

Ela suspirou e olhou meio sem graça. A curiosidade venceu e ela


desembrulhou o presente. Um berloque de um pequeno bebê com uma pedra de
esmeralda brilhando repousava no algodão macio. Ela prendeu a respiração e o
prazer encheu a sua expressão.

— É a pedra da Lily. — ele disse. — Nick me disse que comprou uma


corrente de ouro nova, então isso iria perfeitamente com ela. Você gosta?

Alexa mordeu o lábio inferior e piscou. — Eu amei. — ela disse com voz
rouca. Ela se inclinou e beijou sua bochecha, e ele apertou as mãos dentro dele. — É
perfeito. Obrigada.

— Por nada, cara.

Uma forte onda de admiração e amor tomou conta dele. O momento em que
ele a conheceu em um jantar de negócios, ele sabia que ela era uma mulher
excepcional. Felizmente, uma vez que ele descobriu sobre seu casamento, nunca
houve qualquer química sexual entre eles. Nick era a outra metade de seu coração.
Mas Michael acreditava que ele e Alexa eram as velhas almas companheiras para
serem bons amigos, mas nunca amantes. Nick inicialmente ressentia sua amizade,
mesmo ele se tornando um amigo e um parceiro de negócios. Quando Lily nasceu,
Michael teve seu status de tio honorário, que acalmou a explosão ocasional de
saudade da sua própria família.

Maggie, no entanto, reprova.

De repente, ela se materializou ao seu lado, como se capaz de farejar sempre


que Alexa se aproximava dele. Ela deu-lhe um olhar penetrante. — Presentes, Al?
— ela perguntou. — Quanta consideração.

Seu tom reprovava o pingente e ele sentiu um frio imediato. Sua proteção e
lealdade para com Alexa sempre o fascinou. Como poderia alguém que tinha o
potencial para o amor ser tão sozinha? A menos que ela tivesse um amante
constante escondido? Ela nunca trouxe um companheiro para qualquer uma das
festas. Michael estudou sua figura mas não pegou nenhuma suavidade ou satisfação,
apenas o zumbido habitual de energia que ela sempre exalava.

Seus pensamentos o levaram para seu primeiro encontro há quase um ano.


Alexa implorou para ele sair com Maggie, citando algum estranho instinto feminino
de que eles seriam perfeitos juntos. No momento que seus olhares se encontraram,
Michael sabia que a química sexual nunca seria problema. Ela parecia tão assustada
por sua conexão instantânea, mas a jogou fora com a facilidade de um especialista,
até que ele percebeu que era um pacote de emoções contraditórias, uma tigresa sem
o seu rugido. A conversa, estimulante e nervosa só aumentou seu desejo por ela, mas
ele sabia que ela nunca seria um caso de uma noite, tanto quanto ela queria fingir
que era tudo o que poderia ter.

Ele brevemente ansiava por ser o homem a desafiar seus limites e oferecer
mais. Mas a sua relação estreita com Alexa e a ameaça de um rompimento
bagunçado o impediu de estender a noite para um outro encontro. Ele procurava
uma mulher que se encaixasse com a sua família unida e não que se mantivesse
distante. Maggie era o oposto de tudo o que ele acreditava que ele precisava em uma
companheira. Chata, não. Mas uma massa de contradições, emoções e trabalho, sim.
Se eles brigassem um como o outro, Alexa e Nick se tornariam as vítimas, e uma vez
que ele os via como família, ele nunca colocaria qualquer um que ele se preocupava
em risco. Não por causa de suas próprias necessidades egoístas.

Ele havia praticado isso a maior parte da sua vida.

Ainda assim, ele tinha errado. Sua oferta quase tímida era sobre a
possibilidade de um novo encontro, e isso incitou um medo de uma mulher, que
nunca tinha experimentado.

A vulnerabilidade crua no rosto de sua rejeição assustou. Mas nunca haveria


uma segunda chance com Maggie Ryan. Ela nunca se deixaria colocar nessa posição
de novo, e ela gostava de recordar-lhe constantemente.

Alexa levantou o pingente de bebê. — Não é bonito, Maggie?

— Charmoso.

Michael sufocou um riso com o olhar de aviso de Alexa. Como uma criança
mal-humorada, Maggie recuou. — Eu tenho que ir, querida. — ela disse. — Eu
tenho que deixar tudo pronto para Milão em breve e ainda tenho toneladas de
coisas para fazer.

Alexa gemeu. — Deus, o que eu faria para ir para Milão e conseguir um


guarda-roupa novo. — Ela olhou para seu vestido elegante e franziu o rosto.

— Lily vale muito mais que isso. — Maggie disse com firmeza. — Eu vou te
trazer um par de saltos sexy que vai deixar Nick louco. — Seu olhar se desviou
diretamente para o rosto de Michael, como se para provar um ponto. — Não que
isso faça muita diferença para ele.

— O que? — Nick apareceu e passou os braços em torno dos quadris de sua


esposa.
— Não importa. — disse Alexa bruscamente.

— Sexo. — Maggie afirmou. — Estou indo para Milão e trarei para Alexa
alguns sapatos sexys.

Nick olhou intrigado. — Que tal uma daquelas camisolas de seda, também?

— Nick!

Ele ignorou assobio envergonhado de sua esposa e sorriu. — O quê? Ela vai a
capital da moda no mundo e você não quer lingerie? Inferno, eu quero. A maneira
como você parece é apenas. . . deliciosa.

Maggie riu. — Feito. Ela vai ficar quente em vermelho.

— Eu te odeio tanto.

Nick deu um beijo no pescoço de sua esposa. Michael virou a cabeça por um
momento e pegou o olhar no rosto de Maggie. Saudade. Emoção apresentada na
parte de trás de sua garganta quando ele registrou a melancolia em seu rosto,
enquanto ela olhava para seu irmão, em seguida, seus olhos bateram e o momento
desapareceu. Ele se endireitou e decidiu fazer a sua jogada. — Maggie? Antes de
sair, eu posso falar com você por um minuto?

Ela encolheu os ombros. — Claro. O que há?

— Em particular, por favor.

Nick e Alexa trocaram um olhar. Maggie revirou os olhos para eles. — Dê-
me um tempo, caras. Não é como se ele fosse me pedir para casar com ele ou algo do
tipo.

Michael fez uma careta. Nick balançou a cabeça em suas palhaçadas, mas ela
só mostrou a língua e liderou o caminho pelo corredor em direção a um dos quartos
dos fundos. Ela saltou sobre a cama de plataforma alta e chutou as pernas para fora
na frente dela. Com os braços apoiados atrás das costas, os seios estavam
pressionados contra o top prateado em um pedido para serem liberados. Deus, ela
estava usando um sutiã?

Michael tentou ser casual quando ele se inclinou contra a viga de madeira da
cama. Ele mudou de posição, numa tentativa de se sentir confortável, irritado, ela
não poderia ter escolhido um lugar formal para ter essa conversa? Era muito fácil
imaginá-la espalhada sobre a colcha champanhe, enquanto ele arrastava a parte
superior sobre seus seios com os dentes. Ele apostou que seus mamilos estavam rosa
e muito sensíveis. Parecia que o tecido só fez com que eles respondessem. Michael
lutou e tentou voltar ao foco.

— Eu tenho uma proposta para você.

Ela jogou a cabeça para trás e riu. O som esfumaçado acenou como uma
bruxa a lançar um feitiço. — Bem, então, você veio para a garota certa. — Ela
lambeu os lábios com precisão deliberada. O brilho fraco de umidade brilhava a luz.
— Vamos a proposta.

Ele sufocou uma maldição e decidiu ir para uma abordagem contundente. —


Eu preciso de uma esposa de mentira.

Ela piscou. — Hein?

— Sim. — Ele desprezou o leve rubor de sua admissão ridícula e seguiu. —


Estou tendo algumas dificuldades familiares e, estou sendo obrigado a me casar.
Preciso de alguém para ir à Itália comigo por uma semana, fingir ser minha esposa,
passar algum tempo com minha família, depois ir embora.

— Por que eu sinto como se eu de repente tivesse caído no filme “O que é a


vida” da semana?

— O que é vida?

Ela acenou descartando a questão. — Não importa, coisa de menina. Hum,


deixe-me pensar sobre isso por um momento. Você precisa de mim, para fingir ser
casada com você, ficar com sua família, ficar em sua casa, e depois voltar como se
nada tivesse acontecido?

— Sim.

— Não, obrigada. — Ela saltou graciosamente para fora da cama e saiu.


Michael pulou em sua frente e fechou a porta. Ela arqueou uma sobrancelha. —
Desculpe, não, coisa dominante.

— Maggie, por favor, me escute.

— Claro que não. Eu ouvi o suficiente. Primeiro, eu estou indo para Milão
para trabalhar, não para ser uma noiva de mentirinha. Segundo, nós realmente não
nos importamos um com o outro, e sua família iria perceber no primeiro momento.
Terceiro, não somos sequer amigos íntimos, o que me permite negar quaisquer
favores. Certamente, você tem alguma coisa linda jovem apenas implorando pela
oportunidade de brilhar nesse papel?

Michael conteve um gemido. Será que ele realmente achava que isso seria
fácil? — Na verdade, é por isso que você vai ser perfeita para o trabalho. Preciso de
alguém que não tenha idéias estranhas. Enfim, eu não estou saindo com ninguém no
momento.

— E se eu estiver?

— Você está?

Ela puxou de volta. A tentação de mentir brilhava nos olhos, em seguida,


cancelou. — Não. Mas eu ainda não vou fazer isso.

— Eu vou pagar.

Ela sorriu. — Eu não preciso do seu dinheiro, Conte. Eu tenho o suficiente


para mim, obrigado.

— Deve haver algo que pode negociar. Algo que você queira.
— Desculpe, eu sou uma menina muito feliz. Mas obrigado pela oferta. —
Ela chegou a passar por ele para a maçaneta.

Ela era sua única candidata, e ele não achava que na América tinha uma loja
para comprar noivas falsas. A opção final passou diante dele. Ele nunca iria
conseguir, é claro, e Nick não aprovaria. Mas se Maggie pensasse que era uma
possibilidade, ela poderia cair direito em suas mãos. Ele passou por sua consciência
e jogou o seu trunfo. — Tudo bem, eu acho que eu vou ter de pedir Alexa.

Maggie parou. Seu cabelo voou, então deslizou no lugar, quando ela
chicoteou a cabeça para olhar para ele como um lutador. — O que você disse?

Ele suspirou com pesar. — Eu não queria pedir-lhe para deixar Lily tão cedo,
mas tenho certeza de que ela vai me ajudar.

O temperamento puro escorreu de seus poros. Ela apertou sua mandíbula e


falou entre dentes cerrados. — Nem pense nisso, Conte. Basta deixar ela e Nick
sozinhos. Resolva seus próprios problemas de maldição.

— É o que eu estou tentando fazer.

Ela levantou-se na ponta dos pés e colocou seu rosto de frente ao dele. Sua
respiração correu dos lábios, uma combinação explosiva de café, conhaque e
excitação. — Eu juro por Deus que, se você apresentar uma idéia tão louca para
eles eu vou...

— O que? Uma vez que eu explicar a situação, Nick vai entender. Alexa
sempre quis viajar para a Itália, e isso só vai ser por alguns dias. Esta é uma
emergência familiar.

— Você não é da família! — As palavras passaram pelos seus ouvidos como


um assobio e ele pegou a ponta de ressentimento em seu tom. — Pare de interferir
na sua vida e pegue uma de seu próprio país.
Ele estalou a língua. — Está tão irritada, la mia tigrotta. Você está com
ciúmes?

Suas mãos se estenderam e apertou em torno de seus braços. A ponta de suas


unhas cravaram em seus músculos e só aumentou a tensão sensual entre eles.

— Não, eu estou chateada, você ainda está pendurado em torno de Alexa


como um cachorrinho perdido, e agora meu irmão nem sequer vê. Eu gostaria que
houvesse uma maneira de me livrar de você. Eu gostaria de poder...

Sua boca se fechou. Muito lentamente, tirou-lhe as unhas de seus braços e


deu um passo para trás. Seu corpo lamentou a perda de seu calor feminino. Michael
olhava com receio do brilho nos seus olhos. De alguma forma, ele não achava que
suas próximas palavras seriam boas. De alguma forma, ela parecia um pouco
perigosa.

— Se eu concordar com esse seu plano maluco, você vai me dar o que eu
quiser? — Sua mudança repentina de direção fez seu estômago revirar. — Sim.

Seus lábios se curvaram em um sorriso vermelho, manchado e perfeitamente


formado. Ele olhou desamparado para aquela boca sensual, feito para prazeres
carnais além de suas fantasias. Dios, seu corpo pulsava com uma pressão dolorosa e
o distraiu da conversa racional. Ele pensou nas freiras da igreja católica que
ensinavam a ele e um pouco do sangue pulsando acalmou.

— Tudo bem. Eu vou fazer isso.

Ele não comemorou. Apenas olhou para ela com suspeita. — O que você
quer?

O triunfo em seu rosto foi substituído pelas palavras. — Eu quero que você
fique longe de Alexa.

Michael encolheu. De alguma forma, sua munição inteligente falhou. Ele


mentalmente amaldiçoou por deixar-se aberto para seu ataque furtivo. A insistência
dela de que ele era secretamente apaixonado por Alexa geralmente o divertia, mas
agora ele enfrentava algo mais vital. Ele decidiu fingir que não entendeu. — Claro.
— ele concordou. — Eu vou manter a minha distância, se você quiser.

O Olhar dela estreitou. — Não acho que você entendeu o acordo, Conde.
Quando ela o convidar para jantares de domingo, você vai estar ocupado. Não vai
mais visitar Lily. Não vai mais participar de eventos familiares. Você pode lidar com
Nick sobre negócios, mas a partir de agora, você não vai mais se considerar um
amigo próximo de Alexa. Capisce?

Oh sim. Ele entendeu. Sua irritação cresceu, sua incapacidade de afirmar seu
primeiro nome. O título elegante zombava dele quando proferido de seus lábios, e
uma necessidade dominante para forçá-la a usar seu nome de batismo balançou
através dele. De preferência, enquanto ela estava de costas, coxas separadas,
enlouquecida com luxúria por ele. Ele recuou atrás de uma fachada calma e rezou
para que ela não notasse a protuberância em suas calças. — Por que você está tão
ameaçadora, cara? O que você tem medo que vai acontecer entre Alexa e eu?

Seu queixo levantou. — Eu vi como é fácil é arruinar algo bom. — ela disse
com um tom de amargura. — Alexa e Nick são felizes. Ela não precisa de um
homem farejando à margem. Eles podem confiar em suas intenções, mas eu não. —
Maggie fez uma pausa. Suas últimas palavras saíram num sussurro áspero. — Eu
vejo a maneira como você olha para ela.

Michael lutou por ar, quando suas palavras contundentes o atacaram como
picadas de vespa. Ela realmente pensava tão pouco dele. Imaginar que ele ia tentar
acabar com um casamento e trair a confiança dos seus amigos, o cortou
profundamente. Ainda assim, dentro de sua própria raiva e dor em suas crenças,
admirava seu movimento corajoso. Uma vez que ela se dedicava a uma pessoa, ela
seria leal para a vida. Talvez por isso ela evitasse complicações a longo prazo.
Seu corpo vibrava com tensão e emoção crua. — Estou cansada de todos
dizendo que eu sou louca. Só desta vez, admita que a ama. Diga-me a verdade, dê-
me a sua promessa de ficar longe, e eu vou fingir ser sua noiva.

Ele estudou-a em silêncio meditando. Argumentos eram infrutíferos. Alexa


lembrava suas irmãs, que ele tinha deixado para trás, na Itália, e ela acalmou uma
necessidade de conforto em um mundo por vezes solitário. Ela tinha à impulsividade
de Venezia, a responsabilidade de Julietta, e a doçura de Carina. Obviamente, o calor
que irradiava em seu rosto quando ele olhava para ela tinha sido mal interpretado
por sua melhor amiga.

Talvez isso fosse melhor.

A mente afiada de Maggie e seu corpo delicioso o atraíram. Ele não precisava
de nenhum cenário onde eles acabassem na cama juntos e as coisas ficariam. . .
estranhas. Não enquanto estivessem em torno de sua família fingindo ser casado. Se
ela mantivesse a crença de que ele estava apaixonado por sua melhor amiga, não
faria uma barreira adicional de defesa entre eles. Claro, seu sacrifício seria maior do
que ele tinha imaginado. Ele perderia um amigo próximo que significava o mundo
para ele, e ele poderia até machucar Alexa no processo.

Sua escolha estava diante dele. Ele pensou em não ser capaz de manter Lily
longe ou de não tê-la chamando de tio. E então ele pensou em Venezia e sua histeria
e sofrimento, seu desejo de começar a sua própria vida. Sua responsabilidade de
cuidar de sua família a qualquer custo. Ele tinha aprendido a lição jovem, e ele
nunca pretendeu esquecê-la. Não, de certa forma, realmente, não havia outra
escolha.

Michael forçou-se a pronunciar a mentira Maggie precisava ouvir. — Eu


amo Alexa como um amigo. Mas vou concordar com seus termos, se você vai fazer
isso por mim.
Ela se encolheu, mas seu olhar permanecia firme quando ela acenou em
aceitação. Um flash estranho de angústia acendeu em seus olhos, então desapareceu.
Seus instintos lhe disseram que sua confiança tinha sido traída de forma
irreversível, nenhum homem jamais foi capaz de corrigir. Um velho amante? Hum,
ex-noivo, talvez, ele ansiava por cavar mais fundo, mas ela estava de volta a sua
posição auto controlada. — Tudo bem. Dê-me sua palavra de que você vai ficar
longe dela quando voltar. Sem exceções.

— Como você sugere que eu desapareça sem ferir seus sentimentos?

Ela encolheu os ombros. — Nós vamos ficar na Itália por uma semana, e então
você vai estar ocupado. Finja que está namorando alguém novo e preso com ela.
Depois de um tempo, Alexa vai parar fazer perguntas.

Ele discordava, mas Maggie descobriria um jeito de ajudar a cuidar dessa


parte. Um pedaço trespassou por ele antes que ele disse as palavras em voz alta. —
Eu aceito as suas condições. — Então ele deu um passo adiante. — Agora, vou
dizer-lhe as minhas.

Ele adorava o ligeiro alargamento dos seus olhos enquanto ele pairava sobre
ela. Consciência saltou entre eles. Ela se recusou a se acovardar, porém, se manteve
firme. — Espere. Como eu sei que você não vai quebrar sua promessa?

Ele estendeu a mão e agarrou seu queixo. Sua pergunta atacou a essência de
quem ele era, e um arrepio gelado passou através de seu tom. — Porque eu não
quebro minhas pomessas. Capisce?

Ela assentiu com a cabeça. — Sim.

Ele liberou seu queixo, mas não antes de um toque casual, passando seu dedo
por sua bochecha. Pele macia, sedosa tentando a continuar a carícia. Ele limpou a
garganta e voltou para o tópico. — As regras são simples. Eu vou chamar a minha
mãe hoje à noite para dar a notícia, mas vai parecer suspeito, a menos que eu esteja
preparado. Eu vou ter de concordar em me casar na Itália.

— O quê? Claro que não. Eu não vou realmente me casar com você!

Acenou para seu protesto chocado. — É claro, nós não estamos realmente nos
casando. Mas precisamos fingir. Mama é bastante esperta e continuará a suspeitar
se não parecermos dispostos a recitar os nossos votos de casamento na frente dela e
de um padre. Eu vou dizer a ela que somos legalmente casados nos Estados Unidos,
mas vamos solicitar uma licença na Itália para que ela possa tomar parte em um
segundo casamento.

— O que acontece quando o sacerdote se mostrar pronto para nos casar?

Lábios de Michael curvaram em um súbito pânico. — É preciso muito tempo


para que um sacerdote concorde em casar um casal quando ele não conhece a
noiva, especialmente se ela não é Católica. Isso nunca vai acontecer dentro da nossa
visita curta. Eu vou dizer a Mama que vamos ficar por duas semanas, mas vamos
deixar a Italia depois de uma e citamos uma emergência.

Ela relaxou, de volta a sua forma autoconfiante e sarcástica. — Você não me


disse por que de repente precisa de uma esposa. Não encontrou sua verdadeira
Julieta, Romeu?

Michael deu a ela um breve resumo sobre a história de sua família e quanto
ao desejo de sua irmã de se casar. Ele se preparou para a ridicularização de uma
cultura tão antiga e antiquada, mas ela balançou a cabeça como se ela tivesse
compreendido completamente, e conseguiu mantê-lo fora de equilíbrio.

— Eu admiro a sua mãe. — ela finalmente disse. — É difícil manter as suas


crenças quando os outros zombam de você. Pelo menos a sua família acredita em
alguma coisa. Tradição. Promessa mantida. Responsabilidade. — Fascinado por suas
palavras, Michael assistiu a emoção piscar em seu rosto antes que ela sacudisse as
memórias. — Eu só espero que o seu plano funcione da maneira que você quer.

— O que você quer dizer?

Seus ombros elegantes levantando. — Sua família pode não gostar de mim. Eu
fotografo modelos de roupa íntima para viver. E eu não pretendendo adiar o que
estou indo fazer, então, não tenha muitas esperanças.

Ele sorriu. — Eu não disse a você que esposas devem obedecer em todos os
sentidos? Parte da negociação gira em torno de você me tratar como realeza. Você
vai cozinhar o meu jantar, servir as minhas necessidades, e atentar para meus
desejos. Não se preocupe, é apenas por uma semana.

Seu horror arruinou sua artimanha. Ele riu, e seu punho caiu para o lado
dela. Ele tinha a sensação de que perdeu um olho preto. Ela trazia toda aquela
emoção de fogo para o quarto?

Seus lábios se curvaram. — Engraçado. É bom ver que você tem um senso de
humor Conde. Vai tornar a semana mais rápida.

— Fico feliz que você aprova. Eu vou fazer os arranjos e nós vamos sair
amanhã noite. Eu vou te dar um resumo sobre minha família durante a viagem, e
você pode me dizer as coisas importantes sobre a sua.

Ela assentiu com a cabeça e aliviou seu caminho para o porta. Seu desconforto
evidente em sua proximidade a acalmava. Pelo menos ele não era o único a
experimentar a química sexual. Ela parecia dedicada a não ficar atraída por ele, o
que tornava mais fácil ignorar a conexão física e passar a semana.

Maggie Ryan pode ser uma mulher explosiva, mas ele poderia segurar sete
dias.

Problema nenhum.
Capítulo Três

Maggie olhou para o marido falso, se esforçando para não entrar em pânico.
O encurtamento familiar da respiração e o coração martelando alertou-a quanto à
problemas. Ela engoliu, escondeu o rosto atrás da Vogue italiana, e rezou. Ela odiava
a idéia de alguém saber sobre tal fraqueza, especialmente Michael. Todo o plano
louco bateu com força total, assim que seu avião particular disparou para o ar. Seu
dedo coçava com a aliança confortável de ouro, platina e os dois quilates de
diamantes que brilhavam quando os pingentes pegavam o brilho do sol. O ardil
parecia factível no caso de Alexa. Dias depois, porém, com um anel, falso marido,
família e tudo, ela percebeu, ela era uma completa idiota.

Com que diabos ela havia concordado?

E o que tinha a família Ryan sobre casamentos falsos? Ela tinha zombado de
Nick quando ele disse a ela que precisava se casar para no fim herdar a empresa do
tio. Graças a Deus, ele se estabeleceu com Alexa e provou ser a melhor decisão,
especialmente quando eles se apaixonaram e tornou tudo real.

É claro que a única razão para Alexa ter concordado com um casamento de
conveniência com seu irmão foi para salvar sua família. Maggie não tinha um
motivo nobre para salvar um negócio ou uma casa de infância. Mas você tem a
oportunidade de proteger a família, uma voz interior sussurrou. Alexa e Nick
tinham algo real. Michael parecia uma ameaça constante: seu sorriso sensual, a voz
cadenciada, e ainda envolveu sua melhor amiga em uma falsa situação de proteção.
Finalmente, suas suspeitas confirmaram ser verdade.

Ele admitiu que amava sua melhor amiga.

Quando as palavras caíram de seus lábios, uma estranha tristeza perfurou seu
coração. Ridículo, claro, e ela rapidamente sepultou a emoção embaraçosa. Claro,
ele envolveu-se na amizade a longo prazo, mas era apenas sua maneira de jogá-la
fora de base. Um homem poderoso como Conte não iria se contentar em esperar à
margem, se não acreditasse que ele teria uma chance com a mulher que amava.
Maggie não poderia viver consigo mesma se não usasse a única arma disponível
para manter Michael longe de sua família.

Mas a que preço? Encontrar suas irmãs e mãe. Dormir em seu quarto. Fingir
ser alguém que ela não era?

Seus dedos apertaram em torno das brilhantes páginas, e ela respirava através
de seu nariz, e expirava através de sua boca. O psiquiatra que ela tinha ido a
obrigou a fazer yoga e prescreveu exercícios para reduzir o stress. Ela se recusava a
ser medicada para controlar sua ansiedade. Contando até cem, em ordem
decrescente, ela se forçou longe da necessidade de engolir o ar e reinou visualizando
a desaceleração de seus batimentos cardíacos. Ela respirava.

Noventa e oito.

Noventa e sete.

Noventa e seis.

Noventa e cinco.

— Contando para o seu futuro?

Ela esperou alguns momentos até que estava sob controle, em seguida, olhou
para cima. Recostou-se no assento, um tornozelo cruzado sobre o joelho, com um
sorriso descontraído no rosto. Engraçado, ela sempre tinha uma coisa com cabelos
longos em um homem, apreciando a moderna imagem de pirata. Seu corpo
poderoso estava envolto em uma jaqueta esporte preta, calça jeans, e botas pretas
baixas. Seus olhos se encheram de humor enquanto ele fez sinal para sua revista de
moda.
Uma chicotada rápida de irritação fez com que ela virasse a cabeça e adotasse
um sotaque do sul. — Desculpe, querido, as imagens são tudo o que posso lidar.
Muitas palavras em uma página me deixa toda excitada.

Ela sempre odiou a fácil suposição de que ela não poderia lidar com a
literatura mais desafiadora do que uma revista de moda. Claro, ela não fez nada
para convencer ninguém de outra coisa. Ela não ostentava nenhuma faculdade e fez
seu próprio caminho no mundo da fotografia. Ela gostava do controle que seu
emprego dava a ela em um relacionamento para manter algumas coisas escondidas.
Especialmente o vício pelas palavras cruzadas e da paixão pela literatura sobre a
Guerra Civil. Se ao menos seus namorados soubessem que ela gostava mais de ver o
History Channel do que o Project Runway.

Ele estendeu a mão para o mini-bar e serviu-se de um uísque com gelo. —


Nada de errado com a Vogue. Foi a bíblia da minha irmã.

— Eu leio, também. Os artigos da Playgirl são divertidos.

Ele riu, o revestimento do som de sua pele como a lâmina lenta do creme de
caramelo. — Por que você não me conta um pouco sobre seu trabalho? Como é que
você acabou sendo uma fotógrafa?

A verdadeira resposta deslizou através de sua mente, mas ela se recusou a


dizer em voz alta. Porque o mundo era mais bem visto através de uma lente? Porque
a fotografia lhe dava um controle para observar os outros, quase como voyeurismo
legal? Ela tomou um gole de seu copo de Chianti. — Um Natal eu ganhei uma Nikon
com toda a pompa e me deram um curso em tempo integral, por uma semana. A
babá tinha um período de férias chegando e eles não tinham ninguém para ficar
comigo, então lá fui eu. O instrutor cobrou uma taxa alta e me ensinou muito. Eu
fiquei viciada.

Seu olhar de sondagem queimou barreiras e exigiu a verdade. Felizmente, a


confusão de emoções dentro dela tinha sido mergulhada em um profundo
congelamento por muitos anos e não havia mais nada para mostrar. — Parece que
você recebeu muito dinheiro, mas não apoio emocional. A indústria da moda é
bastante competitiva, especialmente em Milão. Você deve ser extremamente
talentosa e dedicada para ser muito procurada.

Ela encolheu os ombros. — Eu sempre tive um olho para a moda. — Ela deu
um olhar malicioso falso. — Especialmente aqueles homens musculosos, meios nus.

Maggie esperava uma risada, mas ele manteve o silencio e a estudou. — Você
já tentou expandir seu foco?

Ela esticou as pernas e se estabeleceu para trás no assento confortável. —


Claro. Eu fiz fotos para a Gap e Victoria Secret durante um período de seca.

— Você não gosta de falar muito sobre si mesmo, não é, cara?

O estrondo íntimo arrepiou suas terminações nervosas e a fez querer coisas.


Coisas ruins. Como a sua língua profundamente dentro de sua boca e as mãos sobre
seu corpo nu. Oh, este homem era bom. Todo o charme, humor e sensualidade
embrulhados em um pacote de poder mortal para as mulheres. Seus olhos
pecaminosos praticamente forçavam confissões dos lábios de uma mulher. — Pelo
contrário. Pergunte-me o que quiser. Boxers ou cuecas? Mets ou Yankees? Disco ou
hiphop? Acerte-me com seu melhor tiro.

— Conte-me sobre seus pais.

Ela se recusou a hesitar. — Meu pai está em sua quarta esposa. Ele ama o
dinheiro, odeia trabalhar, e só me vê para acumular pontos com sua nova esposa.
Parece que ela gosta de intimidade familiar, e ele está tentando fazê-la feliz. Por
agora. Ele é bonito, charmoso, e completamente vazio. Minha mãe é uma
celebridade e despreza o fato de que ela está envelhecendo e tem dois filhos
crescidos. Ela atualmente mora com um ator.
— E seus relacionamentos? — Sua aura queimava com uma curiosidade que
a deixou desconfortável. — O que me diz sobre eles, la mia tigrotta? Você desistiu
de compromisso por causa de seus pais?

Sua respiração ficou presa em sua franqueza, mas ela forjou diante. — Eu
tenho saudáveis relações em meus próprios termos. — Ela proferiu a mentira sem
um pingo de culpa. — Eu acredito que encontrar um amor real nesta vida é quase
impossível? Diabos, sim. Está provado uma e outra vez. Por que me preocupar? Por
que mergulhar no sofrimento óbvio e dor de cabeça, a menos que você encontre
alguém por quem você deve morrer? E, pessoalmente, eu não acho que ele está lá
fora. Mas eu tenho momentos muito bons encontrando o homem certo para agora.

O zumbido baixo do motor do avião foi o único som entre eles. — Eu sinto
muito.

Suas suaves palavras faladas fizeram seus lábios apertar. — Por quê? — Ela
desafiou. — Eu não fui espancada, com fome, ou abusada. Eu cresci em uma mansão
com babás, cozinheiras e qualquer brinquedo que eu pedisse. Eu faço o que eu
quero, quando eu quero, e não dependo de ninguém. Por que na terra você teria
pena de mim? Eu tenho mais que a maioria.

Ele acenou com a cabeça, mas ela sentiu que ele não acreditou nela. — Eu me
sinto mais triste por você.

Michael empurrou de volta. — Por mim?

— Claro. Depois de tudo, eu já sei o seu segredo.

O insulto acertou o centro do alvo. Ele enrijeceu e deliberadamente tomou um


gole de seu Scotch. — Ah, mas eu me sinto da mesma maneira. Eu sou o que os
americanos chamam um livro aberto. — A aliança de casamento brilhou quando ele
acenou com a mão no ar.
Ela praticamente ronronou com o prazer de tirar o foco dela. — Você teve
muito apoio de sua família. Dinheiro e sucesso em seus próprios termos. E você não
poderia encontrar uma mulher para fingir que o ama por uma semana ruim. Não
admira que sua mãe é insistente em manter a tradição. Houve mesmo um
relacionamento sério no seu passado?

A raiva brilhou em seus olhos negros como carvão.

— Eu namoro. — ele respondeu friamente. — Só porque eu não encontrei a


pessoa certa, ainda, não significa que eu estou fechado.

— A recuperação de Nice. Então, o que você está procurando, Conte? Com


que tipo de mulher você fica todo quente e incomodado para se estabelecer?

Ele murmurou algo sob sua respiração, e ela se voltou para desfrutar da
revista. — Eu adoraria me estabelecer e dar a minha mãe o que ela quer. — ele
finalmente falou. — Mas não às minhas custa. Você vê, Cara, eu acredito no amor
que você diz ser impossível. Eu só acredito que é difícil de encontrar, e eu me recuso
a fazer concessões.

— Então todas essas mulheres que você leva para a sua cama, você seduz
pelo desafio, prazer, ou porque você espera que ela seja única?

Seus olhos brilharam quando ela jogou o desafio. Mais uma vez, ele a
impressionou com sua dupla capacidade de mudar de suave encantador para um
homem que se recusa a jogar jogos. — Eu espero. Eu as levo para a cama, me
concentro em seu prazer, e espero que pela manhã eu queira mais.

Sua respiração estrangulada na garganta. Seu ambiente inclinou quando suas


palavras ecoaram em sua própria busca vazia de alguém para matar os demônios à
noite e ser suficiente sob a luz dura da manhã. Seu coração galopou, mas desta vez
não era pânico que fez o sangue correr.

Era Michael Conte.


Seus dedos se fecharam em torno da haste delicada de seu copo. A
sensualidade irradiando em torno de sua figura puxou-a e manteve presa quando
ele olhou para ela em súbita realização. — Você também já experimentou, não é?

Sua pergunta dura a fez recuar.

— Você já os levou para a cama para fugir da solidão, na esperança de que


iria acabar sendo mais? Você acordou de manhã com uma sensação de mal estar no
estômago, sabendo que você mentiu para si mesma novamente? Você quer saber se
você está destinada a ficar sozinha? Saber se algo lá no fundo, é prentendido à você?

Deus, sim.

Lágrimas repentinas ameaçaram cair. O horror de tal emoção confusa a fez


lutar de volta para ter seu controle. Ela nunca admitiria tal fraqueza para este
homem. Ele usaria contra ela, para entrar sob sua pele e sondar seus segredos. Ela
sabia o que levou ela, sabia que o buraco vazio dentro dela começou aos 16, quando
um rapaz, em quem ela confiava, levou toda esperança, boa e brilhante e esmagou-a
sob o seu calcanhar. Mas ela conseguiu se vingar e escolheu seu próprio caminho.
Ela nunca deixou ninguém tomar a escolha de sua sexualidade ou até mesmo seu
controle.

Se Michael a despisse, ela não teria mais nada.

Então ela sorriu e levantou a taça em uma saudação. — Desculpa, Conte. Eu


os levo para a cama porque eles ficam bem lá. Mas obrigado por partilhar.

O insulto fez o que ela esperava. A abertura se fechou como se uma nuvem
de tempestade passasse sobre o sol sufocando a luz. Seu estômago virou com o
brilho da decepção em seus olhos com um pingo de remorso. Por um momento, ela
se sentiu mais conectada com um homem do que nunca. Mesmo na cama.

— Eu entendo. Vamos nos focar nas regras, então, sim?


Ela não respondeu. Com deliberado movimento ela pegou sua revista e a
abriu. Michael deu seu recado eles passaram as próximas horas em silêncio.

Finalmente, o interfone tocou, e a voz do piloto veio pelo alto-falante.

— Senhor, nós devemos pousar em Orio al Serio dentro de quinze minutos.


Por favor, apertem os cintos.

Michael apertou o botão. — Obrigado, Richard.

Eles apertaram seus cintos. Maggie bebeu seu vinho e ignorou a dor do vazio
em seu estômago.

•••

Michael olhou para a mulher pronta a seu lado quando ele pegou o caminho
através das colinas sinuosas em direção a sua casa. O top foi para baixo, e seu cabelo
vermelho-ouro explodiu ao vento em um emaranhado, mas ela não parecia
preocupada. Ela franziu os lábios o que o fez imaginar que ela estava, muito
provavelmente, entrando no personagem para conhecer sua família. Durante as
últimas vinte e quatro horas, ele aprendeu muito sobre Maggie Ryan.

Infelizmente, o vislumbre minúsculo só o fez desejar mais.

O verde vivo das árvores e o marrom da terra brilhou e acolheu-o de uma


maneira que acalmou sua alma. Sua família possuia essas terras há gerações, e tudo
tinha sido passado para ele. Mas ele sempre soube desde sua primeira visita a Nova
York que ele desejava deixar a sua marca por lá. Papa levou-o para visitar o seu tio,
e a agitação de Manhattan fascinou seu sentimento de desafio. Infelizmente, as
multidões e o caos o afastaram da sua necessidade pela privacidade e por sua terra.
Quando ele decidiu expandir La Dolce Famiglia nos Estados Unidos, ele procurou a
excitação de Manhattan, em um local que oferecia a mais descontraída atmosfera.
Quando ele viajou do interior, uma jóia escondida revelou-se nas majestosas
montanhas do Vale do Hudson, e ele sabia que tinha encontrado o lugar que ele
poderia finalmente chamar de lar.

Embora ele estivesse feliz em Nova York, sua cidade natal sempre lhe deu
certa força. A lembrança do homem que ele era e de onde ele veio. Na sua própria
terra, não havia nenhuma besteira ou fingimento. No mundo da tecnologia, de giro
de dinheiro e negócios competitivos, ele precisava se lembrar das coisas que eram
importantes.

A cidade murada de Bergamo o lembrava um tesouro cercado por uma


fortaleza. Confortavelmente situada no pé dos Alpes e separada em cidades
superiores e inferiores, a combinação de Velho e Novo Mundo fundiram-se em
perfeição absoluta. Ele gostou da sensação elegante do carro esportivo enquanto ele
se movia do Città Bassa ao Città Alta, da agitada cidade caindo para o silêncio do
campo tranquilo. Uma sensação de paz e satisfação o percorreu enquanto ele se
aproximava de casa.

Ele sentiu o cheiro almiscarado de sândalo no ar e se moveu em seu assento.


Tudo sobre Maggie era uma contraste sexual. O caçador nele ansiava por
mergulhar debaixo de sua superfície e encontrar o que a fazia marcante.

Seu olhar atordoado quando ele confessou o seu segredo perfurou em seu
peito. Ele nunca falou de sua procura vazia por uma mulher para completá-lo.
Afinal, a maioria dos homens iriam rir, e as mulheres poderiam assumir o desafio de
atacar as barreiras do seu coração. Ela o conseguiu deixar tão irritado, que as
palavras explodiram em sua boca. Mas seu reconhecimento óbvio revelou seu
desejo mais profundo.

Ele alcançou o topo do morro, parando noo alastrando de terracota da villa, e


desligou o motor. — Vamos ter apenas um minuto antes deles virem correndo para
fora.

— É lindo, mas não é a mansão bilionária que eu esperava.


Ele olhou as linhas simples da casa familiar através de seus olhos e suspirou.
— Mama se recusa a sair. Eu planejava construir um castelo digno dela, mas ela riu
de mim. Se recusou a deixar sua terra e família, a casa onde viveu Papa.

— Eu já gosto dela.

— Ela ainda recusa ajuda. Sem empregadas domésticas ou cozinheira para


Mama. Eu tenho uma mulher que vem para fazer uma limpeza profunda quando
ela está na igreja. — Ele balançou a cabeça. — Ah, bem. Você está pronta?

Seu rosto estava impassível e frio. Aqueles olhos de jade verde espelhavam
uma labareda pequena de incerteza. Ele pegou sua mão na dele com seus dedos
entrelaçados. Seu pequeno suspiro cantou em seus ouvidos e esticou as calças em
mais do que um entalhe. Deus, ela era tão responsiva ao seu toque. O zumbido baixo
entre eles acenou, prometendo uma profunda satisfação física, que ele ansiava
experimentar, mas nunca o faria. Suas unhas rosa quentes se cravaram na palma da
mão, e seu polegar pressionou o ponto sensível no pulso para confirmar sua
resposta. Sim. Ele a virou. Ela se recusou a ceder, embora, sacudiu a cabeça com um
diabo de atitude que inspirava cuidado.

— Vamos começar o show. — ela disse. Ela saiu do carro no mesmo


momento em que a porta se abriu e suas irmãs vieram correndo pelo caminho de
pedra.

Em uníssono perfeito, elas lançaram-se em seus braços. A alegria explodiu


por ele quando ele as abraçou de volta, a sua conversa animada, um barulho
familiar em seus ouvidos. Ele apertou beijos nos topos de suas cabeças e estudou
suas aparências.

— Estão mais bonitas do que eu lembrava. — Uma visão das duas vestidas de
preto e cabelo grosso, características fortes, e olhos escuros ficou diante dele. As
curvas generosas de Venezia o levaram a interrogar muitos de seus namorados e
suas intenções, e a independente Julietta deu-lhe noites sem dormir. Estas duas
irmãs eram teimosas e atrevidas, mas ele sempre se curvou aos seus desejos como
ditava as regras da família. Carina com vinte e três anos teve um início tardio. Ele
reconheceu de imediato, sua postura tímida, desajeitada, quando ela tentava
esconder sua altura e curvas sob suas roupas largas. Arrependimento correu por ele,
por não ser capaz de manter um olho nela nesta tenra idade.

Ela riu em sua declaração, mas as duas mais velhas só reviraram os olhos.

— É assim que cortejou sua noiva? — Venezia perguntou? — Cumprimentos


lisongeiros e doces sorrisos, em um esforço para nos acalmar? Embora você não
tenha vindo para uma visita por meses, salta com uma nova mulher sobre a Mama
sem qualquer calma.

Carina olhou para trás e para frente entre suas irmãs e Maggie, mordendo o
lábio com mal-estar súbito.

— Cuidado com o temperamento, Venezia. — ele ordenou. — Talvez minha


esposa entenda melhor do que você, que eu faço o que é melhor para a família.

Maggie se afastou do carro, os quadris dela balançando em um ritmo agitado.


Seu cabelo liso virou sobre seus ombros, e ela parou ao lado dele como se em total
apoio. — Eu sou Maggie, a propósito, a esposa do seu irmão. E não, ele não me
cortejou com elogios. Ele o fez da maneira antiga. — Ela fez uma pausa para efeito
dramático e torceu os lábios cheios em um sorriso zombeteiro. — Com muito sexo.

O chilrear dos pássaros foi o único som que quebrou o silêncio ensurdecedor.
Michael fechou os olhos em puro horror. Ele ia matá-la. Suas irmãs mais velhas
olharam para ela com as bocas abertas. Carina engasgou.

Por que ele achava que seria capaz de controlá-la?

Venezia engasgou com uma risada. Julietta olhou para ela com um toque de
admiração, Carina e agora parecia que havia encontrado sua nova heroína.
Bem versado sobre o controle de danos, sua mente girou com uma resposta
apropriada para fazer tudo ir embora.

— Nada de errado em escravizar um homem com sexo. — Uma voz familiar


ecoou da porta, e uma figura leve fez seu caminho. — É o que você faz com ele
depois que conta. Pelo menos você se casou e o fez honesto.

— Mama?

Todo mundo se virou para assistir a progressão da mulher pequena com a


bengala de madeira entalhada. A cada passo, a madeira batia com um ar de
autoridade que causava arrepios na espinha. Seu cabelo longo, cinza foi contido
num coque, como de costume, e sua pele cor de oliva estava fortemente enrugada do
sol e linhas antiquadas. Ela deu à luz quatro crianças e todas cresceram junto a ela e
impulsionaram os genes de seu pai, mas o chicote de sua voz aterrorizava qualquer
um que entrasse em seu caminho ou decepcionasse. Ela usava calças confortáveis,
sandálias e uma blusa branca simples com um casaco de lã nos ombros.

Ela parou na frente deles. Seus lábios arquearam, mas seu rosto não mostrou o
humor quando ela estudou Maggie com olhos afiados. Longos momentos passaram
enquanto eles esperaram por uma resposta.

Finalmente, Maggie rompeu o silêncio. — Senhora Conte, tenho a honra de,


finalmente, conhecê-la. — Seu tom demonstrou o mais elevado respeito quando ela
encontrou seu olhar sob sua cabeça. — Seu filho é um idiota por não ter contado
sobre o nosso compromisso mais cedo. Peço desculpas por ele.

Sua mãe concordou. — Eu aceito o seu pedido de desculpas. Bem-vinda à


minha família. — Sua mãe beijou Maggie em cada bochecha, em seguida, franziu a
testa. — Você é muito magra. Sempre muito magra essas meninas. Vamos corrigir
isso imediatamente. — Sua cabeça deu a volta acentuadamente. — Meninas? Será
que vocês não cumprimentaram sua nova irmã?
A tensão foi dissolvida quando suas irmãs abraçaram e beijaram Maggie. A
respiração que ele segurou voltava ao pulmão e ele abraçou sua mãe. A delicadeza
de sua estrutura contradisse seu olhar de aço. — Olá, mamãe.

— Michael. Eu estou brava com você, mas você vai pagar mais tarde.

Ele riu e passou um dedo por seu rosto enrugado. — Me desculpe. Eu prometo
fazer isso para você.

— Sim. Entre e se instale.

Seus sentidos nadaram com a vista familiar e o perfume de sua casa. Ele viu a
terracota inclinada no telhado, ferro forjado nas varandas, e os pilares de pedra
elaborados ladeando a porta da frente. Amarelo brilhante e superfícies vermelhas
competiam com massas de flores silvestres em cores vivas. Situada no topo do pico
de uma colina, a casa de três andares esparramava como uma rainha sobre seus
súditos, ostentando mais de cinco hectares de campos gramado. As vias de pedra
entalhada levavam a um terraço privativo e piscina rodeada por jardins e calçadas.
Os Alpes brilhavam na distância, as pontas brancas enormes dos picos eram visiveis
da varanda.

Enquanto suas irmãs falavam sobre o anel de Maggie, ele caminhou através
das portas e foi agredido com o cheiro de alho, limão e manjericão. Os azulejos de
cerâmica limpos e brilhantes, os gabinetes de pinho e a mesa pesada. Balcões
maciços rodeavam o espaço que era coberto com ervas frescas, tomate e um
conjunto de panelas e frigideiras. Este era o domínio de sua mãe e do céu na terra.
Ela passou seu talento para cada um de seus filhos, mas nenhum tinha a habilidade
de especialistas, e se baseavam na maior parte, nos chefs famosos escolhidos para
trabalharem em seu império de padarias. Engraçado, todos eles pareciam
favorecidos com os genes de seu pai para o negócio, mas a mama nunca os obrigou
a ser quem não eram.
A memória de seus próprios sonhos esmiuçados à margem da sua memória,
mas ele recusou a ficar preso em arrependimentos. Não então. Não agora.

Nem nunca.

Ele olhou para Maggie. Ela conversava com suas irmãs e parecia
presunçosamente à vontade depois de sua entrada chocante. Obviamente, ela
assumiu que ele tinha humildemente aceitado suas ações ultrajantes como gratidão
por ela estar de acordo com esta farsa.

— Maggie, eu preciso falar com você por um momento.

Como se tivesse sentido sua irritação, ela atirou-lhe um olhar e caminhou até
ele arqeuando sua sobrancelha. Ele sufocou uma risada.

— Traga sua bagagem até o seu quarto. — sua mãe mandou. — Eu o arrumei
para você. Depois de se instalarem, nós nos encontraremos no jardim para um café
e lanches.

— Sim.

Ele pegou a bagagem no carro, caminhou de volta para casa, e fez um sinal
para Maggie o seguir. Ela deixou suas irmãs e subiu as escadas em direção ao
quarto. Ele deixou a bagagem cair, chutou a porta fechada com o calcanhar e a
encarou.

— A abertura foi muito divertida para nossa semana, la mia tigrotta. Mas eu
acho que é hora de você saber quem faz as regras aqui. — Ele deu um passo mais
perto e se elevou sobre ela. — Agora.
Capítulo Quatro

Um gigante homem irritado apareceu diante dela. Embora ele não a tenha
tocado, seu corpo se acalmou, como se contido. Seu charme habitual descontraido
desapareceu e uma aura perigosa crepitava no ar. Ela o tinha irritado seriamente.
Infelizmente, em vez de medo, a excitação vibrou junto de suas terminações
nervosas. Porra, como ele deve ser na cama? Nu, musculoso e. . . exigente.

Normalmente, ela ficava longe de homens que tinham qualquer tendência a


domínio ou controle, mas Michael não a assustava. Pelo menos, não de uma maneira
ruim. Seus lábios se separaram em um convite inconsciente para ele dar um passo
adiante. Olhos de ônix estavam afiados em sua boca e escura. Doía-lhe saber como
ele era. Desejava experimentar sua língua reivindicando sua boca, seus quadris
batendo contra o dela, sem forçá-la para fazer a escolha. Uma batida passou. Outra.

As palavras escaparam de sua boca antes que ela pescou. — Qual é o


problema, Conde? O gato comeu sua língua?

Ele se virou e um fluxo de maldições coloridas atirou no ar. Seu corpo


relaxou na sua retirada, mas sua ameaça causou um arrepio que trabalhou por sua
espinha. Ela ignorou a chama de decepção a partir de uma oportunidade perdida.

— Tenha cuidado, cara. Brincar comigo pode ser divertido, mas,


eventualmente, eu cansarei e vou forçar a mão.

Maggie bufou. — Você soa como aqueles romances eróticos que eu amo. Mas
eu não sou nenhuma sub, baby, e você não é meu dom. Minha aposta valeu a pena.
Pensei em desafiar a sua família desde o início, então eu não tenho que
desempenhar um papel que eu não estou confortável em fazer. Eventualmente, eles
podem perceber que eu não sou boa em agradar ou uma esposa italiana tradicional.

Ela sorriu. — Sua mãe é rabugenta.

— Ela está doente, por isso tenha cuidado.

— Oh, não, Michael. O que há de errado com ela?

Ele deu um suspiro profundo e esfregou as mãos sobre o rosto. — Além de


uma artrite no joelho, seu coração é delicado. Ela precisa cuidar de seu estresse e
atividade, de modo que pretendo manter seu humor com esta visita. — Suas
sobrancelhas baixaram.

— E eu espero que você, também.

— Eu posso jogar bem por uma semana.

— Eu vou acreditar quando ver. — ele murmurou. — Tenha certeza que


você não tente me parar quando eu te beijar. — Ele olhou pensativo, e Maggie quase
engoliu com inquietação. — Na verdade, talvez eu devesse beijar você aqui. Agora.
Para a prática é claro.

Ela sibilou como uma cobra assinalada. — Eu posso me controlar e não pular
quando um homem me toca.

— Eu não estou convencido. — Ele andou mais e invadiu seu espaço pessoal.
O calor de sua pele puxou dentro. — Um descuido, e esta farsa termina. Eu não
posso permitir isso. Especialmente quando um simples beijo de antemão pode fazer
a diferença.

— Eu sou muito boa em fingir. — Ela jogou-lhe um sorriso zombeteiro. Os


aromas deliciosos de almíscar e o homem acenaram para ela para roubar uma
amostra. Seu coração disparou com o pensamento dele chamando-a de blefe, o que
só fez mais detestável. — Ninguém nunca vai saber, eu não estou interessado em
beijar você. Não há necessidade colocar-nos em uma corrida de prática.

Ele a estudou em silêncio e ela começou a relaxar. — Vamos testar a teoria,


não é?

Ele agarrou seus ombros e a puxou para frente. Ela colidiu com uma rocha
muscular esculpida, e seus braços levantaram em protesto automático para
empurrar contra seu peito. Quando ela bateu em resistência, os dedos agarraram o
material macio de sua camisa. Os pés dela vacilaram e deixaram-na fora de
equilíbrio. Seus lábios pararam a centímetros dos dela.

— Tire as mãos de cima de mim. — Suor escorria de sua testa. Oh, Deus, por
que ela se derretia e parecia uma idiota? E se ela gemesse quando os lábios dele
deslizarem sobre os dela? Ela não podia responder. Ela podia não responder. Ela não
podia.

— Porque você está tão nervosa? — Humor dançou em seus olhos. — Você já
fez isso um milhão de vezes, lembra?

— Eu não gosto de ser maltratada. — ela atirou de volta.

Seus lábios curvaram. Ele baixou a voz para um ronronar rouco que lhe
prometeu puro prazer corporal. — Talvez você ainda não teve o homem certo
tocando você.

— Dê-me um tempo. Será que as mulheres realmente caiem nessa conversa?


Porque se elas fazem isso, elas devem vir da terra dos estúpidos. Tire suas mãos...

Seus lábios cobriram os dela.

Sua boca quente e suave parou a raiva, o fluxo de palavras e a distraiu de


qualquer outro pensamento que ela já teve, exceto de como este homem a beijou.
Seus sentidos ficaram em curto-circuito. Ela gostou dos beijos que tinha
experimentado, mas com Michael tudo parecia diferente. O calor do seu corpo
lembrou o de um lobisomem nos filmes do Crepúsculo que ela secretamente amava.
Sua língua sondou a costura de seus lábios, em seguida, mergulhou sem pedido de
desculpas. Ela poderia ter lutado com ele, se ele ficasse ganancioso, em vez disso, a
sua língua a estava seduzindo e pedindo-lhe para vir e jogar. Sua barba esfregou a
sensível curva de seu queixo. Seus quadris inclinados contra o dela quando seus
braços desceram e seguraram a parte de trás de suas costas, trazendo-a para
encontrar a grande protuberância entre suas coxas.

Ela gemeu. Ele a pegou e apertou um pouco mais, e Maggie abriu a boca e se
jogou dentro.

Ele saqueou e ordenou em estocadas completas, lembrando-a de como ele


reclamaria o corpo dela se ela lhe desse uma chance. Ela tentou se impor e ganhar o
controle do beijo, mas sua mente desmoronou e seu corpo cantava. Ele murmurou o
nome dela, e suas pernas ficaram abaladas enquanto ela se agarrava a ele para
salvar a vida e beijava-o de volta.

Quanto tempo se passou? Minutos? Uma hora? Ele finalmente se afastou,


devagar, como se lamentasse quebrar o contato. Odiava-se naquele momento. Em
vez de esbofeteá-lo, ou chegar com um comentário, ela só olhou impotente. Sua
língua correu sobre o lábio inferior inchado.

Ele gemeu. Respirações irregulares ergueram em seu peito. — Você está certa.
— ele disse suavemente. — Você finge muito bem.

Ela se afastou e rezou para suas bochechas não estarem corada. Ela forçou as
palavras. — Eu te disse.

Ele se virou para as bagagens empilhadas no canto do quarto e abriu a porta


do armário. — Não há muito espaço para nós dois. Este será o nosso espaço para a
semana.
A realidade caiu sobre ela. Ricos detalhes faziam o quarto confortável e
masculino, o tapete real azul, móveis cerejeira, e falta de babados. Uma colcha
vermelha profunda em cima da polida cama que ocupava o centro do quarto.
Maggie olhou para a cama, um pouco menor do que ela esperava, e percebeu que
não havia sofá ou um tapete confortável. O conhecimento de que eles estariam
dormindo juntos sacudiu seus nervos. Querido Deus, ela simplesmente derreteu em
um beijo. E se ela rolasse sobre ele durante seu sono? E se os dedos dela,
acidentalmente, atingirem um daqueles elegantes músculos e ela se fizesse de
idiota?

A irritação caiu sobre ela com a ridícula situação, mas ela fez o que ela
aprendeu a fazer melhor. Ir para o ataque primeiro. — Bela cama.

Ele limpou a garganta. — É aceitável? Se não, eu sempre posso colocar um


cobertor no chão.

Ela revirou os olhos. — Eu sou uma menina crescida, Conte, fique do seu lado.
Vou ficar do lado esquerdo.

— Como você quiser.

— Você não ronca, não é?

Um brilho de diversão brilhou em seus olhos. — Eu nunca tive ninguém


reclamando antes.

— Bem, eu vou deixar você saber para futuras referências se elas estão
mentindo.

Ele fez um gesto em direção ao banheiro e portas de vidro que levam a uma
varanda. — Por que você não toma algum tempo para refrescar-se e desce quando
estiver pronta? Eu vou mostrar-lhe a propriedade e o resto da casa, então. Quando é
o seu trabalho em Milão?

— Amanhã. Eu vou estar lá na maior parte do dia.


— Muito bem. Te encontro lá, a tarde, para que possamos apresentar nossos
documentos de casamento (Atto Notorio Nulla Osta) no escritório do consulado. Eu
já arranjei as testemunhas. Não se esqueça de levar todos os seus documentos, eu
tive que mexer os pauzinhos para que a mama não suspeitasse.

Maggie engoliu em seco. — Eu pensei que você disse que era impossível
arranjar um padre para nos casar?

— É muito difícil conseguir um padre para realizar uma cerimônia de última


hora, e Mama só vai aceitar este tipo de casamento. Não há nenhuma maneira deles
aprovarem em uma semana.

— Ok.

Eles olharam um para o outro por poucos momentos em silêncio. Ele trocou
seu peso, e o tecido da calça jeans roçou contra a sua protuberância. Sua camiseta
preta não fez nada para esconder a amplitude de seus ombros e peito. Ou o
comprimento dos braços cobertos com cabelo escuro. Seu corpo traidor respondeu a
sua confiança na forma de calor queimando entre as coxas e os mamilos apertados
nos pontos doloridos. Quando foi a última vez que ela tinha sido tão ativada por um
homem? Talvez fosse a perseguição. As mulheres sempre almejam homens que estão
fora dos limites. Especialmente se eles, obviamente, estavam interessados em outra
mulher. Certo?

— Maggie? Você está bem?

Ela sacudiu a reação e culpou o fuso horário. — Claro. Eu estou indo para
chuveiro. Eu te encontro lá embaixo.

Ele balançou a cabeça e fechou a porta atrás dele.

Maggie gemeu e rapidamente vasculhou sua mala para pegar uma roupa.
Tudo o que tinha a fazer era passar sete dias sem fazer um rabo dela mesma, e ela
estaria livre de Michael Conte para o seu bem. Ela não teria se preocupar em
esbarrar com ele na casa de Alexa, e ela teria toda sua família si mesma.

A amargura da imagem zombou dela e a satisfação gritou que ela era uma
mentirosa. Ela se acostumou a ele, passado um ano. Demais. E, cada vez que ela
olhava para aqueles olhos escuros, os pensamentos de sua humilhação brilhavam
em sua mente e a fazia se contorcer.

O banheiro era pequeno, mas ostentava uma banheira de mármore e um


chuveiro. Ela decidiu ser rápida e tomar um longo banho mais tarde. Ela deu um
passo sob os jatos de água quente e deixou o calor relaxar seus músculos.
Acostumada a ir a encontros as cegas, Maggie não tinha pensado duas vezes quando
Alexa jurou que ela havia encontrado o homem perfeito para ela. Ela se lembrou de
entrar no caro restaurante italiano, íntimo, e esperar por certo tipo de homem. Um
pouco arrogante. Um pouco suave. Um pouco atraente.

Ela tinha estado errada.

Exceto pela parte atraente.

Maggie tinha sua pele limpa e tentou jogar a memória para longe. Mas as
imagens piscaram diante de seus olhos. O instante em que suas mãos se tocaram,
parecia como relâmpago engarrafado esperando a tampa se abrir para queimar. Ela
quase empurrou de volta. Quase. As paredes que ela construiu se mantiveram firme,
mas sua conversa a puxou e a envolveu como num abraço caloroso. Sim, ele era
suave, charmoso e engraçado, mas havia uma sensação de realismo em seu núcleo
que mexia com ela.

Quando a sobremesa veio, pela primeira vez, enquanto ela se lembrava, ela
não quis que a noite terminasse. E, ela sentiu que ele não queria, também.

Ela aprendeu seu lema a partir de uma experiência. Controle o encontro,


controle o resultado. Por alguma estranha razão, ela se abriu e lhe deu uma olhada
em sua alma interior. A atração sensual torcida entre eles, a leveza se espalhando
por seu corpo. Talvez ela estivesse, finalmente, pronta para algo mais. Talvez Alexa
estivesse certa o tempo todo. Talvez ela descobrisse um arco-íris ou uma cachoeira
neste caminho oculto, ou algo que pudesse finalmente surpreendê-la e preencher
seu interior vazio.

— Gostei disso. — ela disse suavemente. — Talvez possamos fazer isso de


novo. — Quando o convite impulsivo saiu sem ela perceber, ela quase mordeu a
língua em horror, mas era tarde demais. Ele a estudou em silêncio. — Eu não acho
que seja uma boa idéia, Maggie.

O nome dela soou nos seus ouvidos como uma carícia, mas suas palavras a
morderam como um cão de estimação enraivecido. A rejeição nunca havia sido
considerada.

— Sinto muito, cara. Você é uma bela mulher, e eu estou extremamente


atraído por você. Mas eu acho que isso pode acabar uma bagunça.

A leveza murchou e ficou fraca. Sim, ela entendeu que era uma perigosa
situação, mas pela primeira vez ela estava disposta a dar uma chance. Ela devia ter
julgado mal a situação. Ou sua ligação. Ela quase riu, mas um estranho medo
brilhava em seus olhos e fez uma pausa. Ele sorriu, mas ela notou seu desconforto
pela forma como ele se moveu em seu assento e pegou o copo de vinho. Como se
algo o detivesse de levá-la para casa. Como se. . .

A realização balançou através dela. As peças do enigma deslizaram e se


trancaram em lugar. A dor cortava profundamente em seu núcleo, e ela mal
conseguiu pronunciar as palavras. — É Alexa, não é? — Ela sussurrou. — Você tem
sentimentos por ela.

— Não! Alexa é minha amiga, nada mais.


Sua negação gritou “mentira” quando ele desviou o olhar. Sua pele corada, e a
humilhação à fez querer se amordaçar e fugir pela porta. Não é de admirar que ele
não quisesse sair com ela. Sua mente vagou sobre as conversas e encontrou todas as
observações que ele fez ao longo do jantar sobre Alexa. Como ela era maravilhosa.
Como era cuidadosa. Como era inteligente. Ele até perguntou como elas se
conheceram, intrigado quando ela disse que seu primeiro encontro foi no ônibus
escolar quando elas haviam brigado, em seguida, tornaram-se melhores amigas. Ele
nunca tinha se interessado por ela. Este encontro girava em torno de recolher
informações sobre outra mulher.

Ele estava apaixonado por Alexa.

Ela sufocou sua vergonha e jurou sair com o seu orgulho. — Eu entendo. —
ela disse. Suas palavras saíram com uma distância, geladas. Seus dedos não
tremeram quando ela empurrou seu prato na mesa e deslizou para fora da cadeira.

— Maggie, vamos falar sobre isso. Por favor, não vá com a impressão errada.

Sua risada saiu um pouco frágil. — Não seja ridículo, Conde. Eu sou uma
mulher crescida. Eu posso lidar com uma pequena rejeição. Contanto que você saiba
que eu vou manter um olho em você. Especialmente em torno de Alexa.

Ele engasgou, mas Maggie viu direito por meio dele. — Eu te disse...

— Mentira. — Ela agarrou sua bolsa e a pendurou sobre o ombro. E estreitou


seus olhos. — Até mais, Conte.

Ele chamou o nome dela, mas ela o ignorou e saiu do restaurante.

Maggie desligou a água e pegou uma toalha. Mesmo agora, sua rejeição a
feria tão ridícula, quanto parecia. Ele a arrastou para o pesadelo recorrente de sua
juventude.

Nunca era boa o suficiente.


Irritada com seus pensamentos e memórias ruins, ela colocou para uma calça
jeans, camiseta verde, e sandálias de couro. Não adianta voltar no passado. Ela
controlou seus relacionamentos, sua sexualidade e suas próprias escolhas. E ela, com
certeza, nunca seria descuidada.

Especialmente com Michael Conte.

Passou uma escova pelo cabelo úmido e passou uma camada de gloss. Em
seguida, empurrando seus pensamentos perturbadores para o fundo de sua mente,
ela se recompôs e desceu para encontrar a sua nova família.

Maggie saiu pela porta, todos estavam de costas reunidos em torno da mesa
de ferro forjado. A alcova era cercada por um jardim de flores vivas, uma mistura
de amarelos, roxos e vermelhos, todos gritando por atenção. O doce aroma correu
na brisa quente e fez cócegas em suas narinas. Havia uma fonte elaboradamente
esculpida onde a água escorria por um anjo e caía em uma lagoa coberta de musgo
flutuante. O sol lavou o áspero paralelepípedo de terracota. Imediatamente, Maggie
relaxou no espaço calmo. Seus dedos coçavam por sua câmera em um esforço para
capturar a qualidade quase mística local, mesmo quando invadido pelo alto
barulhoda família italiana batendo na mesa.

— Margherita, junte-se a nós. — Ela quase estremeceu ao som do nome


completo, mas a mãe de Michael fez soar como mágica, de modo que ela deixou-se
ir. Regra número um: Nunca critique a matriarca da família, você acabou de se
casar.

— Obrigada.

Michael serviu-lhe um copo de vinho, entrelaçou os dedos com os dela e


sorriu. Seu coração engatou, mas ela sorriu de volta com o calor. Suas irmãs
olhavam ansiosas para ouvir todos os detalhes. Maggie tomou uma decisão
executiva. Quanto mais rápido ela contasse a história, mais rápido eles passariam
para o casamento de Venezia.
Ela tomou um gole de vinho. — Gostariam de saber como nos conhecemos?

A testa de Michael disparou com surpresa. Um clamor de vozes femininas


aumentou em acordo. Maggie escondeu um sorriso. Esta será fácil.

— Minha grande amiga Alexa nos colocou em um encontro as cega. Você vê,
minha melhor amiga é casada com o meu irmão. Quando ela conheceu Michael em
um jantar de negócios, ela pensou que iríamos ser um casal perfeito. — Maggie
jogou um sorriso enjoativo para ele e pegou um brilho de advertência em seus
olhos. — No momento que nos encontramos, ele me disse que eu era a única.
Normalmente, eu nunca acredito em homens no primeiro encontro, mas ele me
cortejou e ganhou-me mais e mais.

Carina suspirou e descansou a mão no queixo. — Isso é tão romântico. Quase


como destino.

— Sim, como destino. — Maggie apertou os dedos de Michael. — Nós


estávamos decidindo marcar a data do casamento, mas quando ouvimos que
Venezia também estava envolvida, decidimos correr. Eu espero que você não esteja
muito chateada que nós pulamos os planos de um casamento de pleno direito, mas
eu não gosto de ser o centro das atenções, por isso, pensei que seria melhor.

Michael levou a palma da mão dela até a sua boca e deu um beijo no centro.
Sua pele formigava. — Sim, Maggie é uma pessoa muito reservada.

O olhar agudo da mãe de Michael contradisse seu frágil corpo. Mal-estar fez
cócegas em sua barriga. Qualquer pessoa que deu a luz e criou quatro crianças e
manteve uma família tinha instintos brilhantes, e Maggie fez uma nota para ter
cuidado quando elas estivessem sozinhas. Sabendo que não havia muita coisa para
contar, ela fez questão de manter sua voz firme e nunca quebrar. Portanto, as
apostas eram altas para ela, também.
— O que você faz, Maggie? — Julietta perguntou. Seus dedos longos
segurando o copo de vinho com uma iguaria que também desmentiu seu olhar
sério. Maggie lembrou que era a chefe empresarial de La Dolce Famiglia, Polida e
refinada Julietta era definitivamente a racional, a irmã terra.

— Eu sou uma fotógrafa. Eu tenho uma sessão de fotos amanhã, em Milão,


então eu vou embora bem cedo.

— Como é maravilhoso. O que você fotografa? — Julietta perguntou.

— Os homens. Em suas roupas íntimas. — Um silêncio caiu sobre a mesa e


Maggie encolheu os ombros. — É desfile de roupas íntimas, é claro. Eu fui
contratada por Roberto Cavalli.

Venezia começou a rir. — Eu amo isso! — Você pode me dar um desconto?


Dominick adoraria um novo par de Cavallis.

Carina riu. Mama Conte deu um suspiro longo. — Venezia, nós não
precisamos saber o que Dominick usa sob suas roupas. — Ela olhou com raiva. — E
você não deve saber, também, até que você esteja casada. Capisce?

— Maggie é uma fotógrafa muito talentosa. — disse Michael. — Estou certo


de que ela irá ampliar sua experiência, especialmente com tanta coisa para ver, na
Itália.

Maggie franziu o cenho. Sua quase declaração de desculpas à sua família, mas
ela engoliu sua explosão com um gole de Chianti. Só porque ela não fazia fotografia
de filhotes bonitos e bebês não queria dizer que suas escolhas eram menos valiosas.
Era como se ele soubesse que em seu estômago, ela sofria por mais. Aborrecida por
seus pensamentos, ela reorientou a conversa.

Venezia conversava enquanto suas mãos confirmavam cada declaração com


dramáticos gestos. Maggie atrelada com a rainha do drama emocional da família.
Ainda assim, seus olhos de chocolate queimado brilhavam como fogo e entusiasmo,
e seu corpo ágil vestido de jeans caro, Top floral, e Jimmy Choos, disse que ela
adorava moda. Michael parecia desaprovar a escolha de Venezia de não trabalhar
na padaria da família, mas sua carreira como assistente de um famoso estilista
parecia satisfazê-la, ela tinha talento criativo. Maggie não podia imaginá-la rodeada
de cupcakes, comprando publicidade, ou fazendo a escrituração.

— Gostaríamos de realizar o casamento aqui nos fundamentos. — continuou


Venezia. Seu rosto suavizou. — É claro que nós vamos servir o bolo de nossa
padaria. Setembro é um mês tão bonito.

Julietta engasgou. — Isso será em três meses!

Sua irmã jogou um olhar. — Eu não quero esperar mais um minuto para
começar a minha vida com Dominick. Agora que Michael se casou, podemos
avançar com nossos planos. Nós decidimos sobre dia quinze. Está tudo bem com sua
agenda, certo, Maggie? E, é claro que você vai ser uma das minhas damas de honra.

Maggie engoliu em seco quando a culpa de sua mentira, de repente, a atingiu.


Ela engoliu, com mais um gole de vinho. — Claro, eu vou limpar minha agenda.

Venezia gritou com prazer e juntou as mãos. — Maravilhoso. Ah, e por que
não vamos comprar os nossos vestidos esta semana?

Julietta revirou os olhos. — Eu detesto compras de vestido.

— Bem, supere isso. Você é minha dama de honra e se você estragar tudo eu
vou chorar e nunca mais falarei com você de novo.

— Eu só poderia desejar.

Maggie torceu o anel de diamante em torno de seu dedo, como se de repente


estivesse queimando. Ela lutou contra o ligeiro pânico da realidade da sua situação.
— Hum, eu vou estar ocupada com o trabalho, e sei que Michael queria me mostrar
alguns dos pontos turísticos enquanto estamos aqui. — Ela sorriu, mas sentiu que
saiu mais como um careta. — Talvez você e suas irmãs possam ir esta semana. Se
você encontrar algo, eu vou dar-lhe o meu tamanho e você pode encomendá-lo. Eu
tenho certeza que vou ver os vestidos quando Michael e eu voltarmos para visitar.

— Absolutamente não. — Os olhos de Venezia brilhavam com determinação


rígida. — Você também é minha irmã agora, e você deve vir. Além disso, eu me
recuso a colocá-la em algo que não parece bom. Isso iria arruinar minha reputação
como um estilista.

Julietta riu.

— Maggie e eu estamos em lua de mel, e nós precisamos de um tempo


sozinhos. Passear para fazer compras de vestido não é minha idéia de romance. —
Ele sorriu gentilmente para ela, e Maggie lutou contra a sensação derretendo em sua
barriga.

Carina lançou um olhar suplicante em Maggie. — Oh, por favor, se junte a


nós. — disse ela. — Nós somos uma família agora, e ficamos fora de toda a emoção
de seu casamento. É apenas uma tarde.

As paredes pulsaram fechando. Como ela poderia colocar um vestido de dama


de honra e fingir que ela estaria no casamento? Michael abriu a boca e Maggie
pegou um vislumbre do rosto de sua mãe.

Suspeita.

Uma carranca minúscula marcada na testa. Seu desconforto era evidente, a


mulher idosa percebeu que algo estava acontecendo. O que era. Mas, Maggie fez
uma promessa, de modo que ela precisava fingir.

Ela colocou os dedos sobre os lábios de Michael para calar ele. As curvas
suaves a fizeram lembrar-se da dor de querer sentir sua boca mais uma vez na dela,
mergulhando profundamente e exigindo tudo. — Não, Michael, suas irmãs estão
certas. — Ela tentou parecer feliz. — Eu ficaria muito feliz de passar uma tarde no
shopping para comprar vestidos. Vai ser divertido.
Sua mãe se inclinou para trás, acenou com a cabeça, e cruzou os braços na
frente do peito em satisfação. Mais conversas zumbiam nos ouvidos de Maggie. Ela
fez um cálculo mental das horas restantes, antes que ela pudesse entrar em colapso
no sono. Um jantar em silêncio, um esgotamento da noite, e um dia a menos.
Amanhã ela trabalhariamos o dia todo na filmagem, iremos apresentar nossos
documentos no consulado, e, o que Julietta quer dizer?

— Festa? — Maggie perguntou. A palavra brilhou em neon como um sinal


de alerta em seu cérebro. Michael também pareceu surpreso. Mama Conte cresceu e
estabeleceu a bengala nas pedras ásperas. — Si. Festa hoje à noite, Michael. Você
não acreditou que eu iria deixar de fazer uma celebração para meu filho em honra
de sua nova esposa? Temos que começar a jantar.

— E, Max vem? — Carina perguntou em um tom ofegante.

— Sim, é claro que ele está chegando. E seus primos.

Michael fez uma careta, então deu a Maggie um reconfortante aceno de


cabeça. Caramba, ela estava se fogando, e seu marido falso a jogou um salva-vidas.
Vestidos de dama de honra e, agora, uma festa de casamento. — Mamãe, não
estamos realmente para uma festa hoje à noite. Tivemos um longo vôo, e Maggie
tem que trabalhar de manhã.

Ela cortou seus protestos com uma onda de sua mão. — Bobagem. São apenas
algumas pessoas para dar seus parabéns. Não é nada. Por que você não busca um
pouco de vinho da nossa adega e visita a casa da padaria? Traga tiramisu e
patisserie, preto e branco. Julietta irá com você para o passeio.

Maggie engoliu em seco. — Hum, talvez eu devesse...

Mama Conte envolveu sua mão ao redor do braço de Maggie. Sua fragilidade
parecia inexistente. Pura força pulsada e os delicados músculos espremidos como
uma armadilha da morte. — Niente. Você fica comigo, Margherita, e me ajuda com
o jantar.

Michael balançou a cabeça. — Mamãe, Maggie não cozinha. Nos Estados


Unidos, a maioria das mulheres trabalham e muitas não sabem como preparar a
comida.

Isso chamou a atenção de Maggie. Sua cabeça virou e ela olhou.

— Vá se ferrar, Conte, posso cozinhar. — Ela deu um sorriso falso. — Eu só


finjo não saber, assim você me leva para jantar mais vezes.

Mama Conte deu uma gargalhada orgulhosa e a levou para dentro, deixando
Conte atônito em seu rastro.

A cada passo em direção a gigante e brilhante cozinha, um rastro de suor


novo aparece. Maggie fervia quando um pensamento dançou em seu cérebro.

Se ela saísse com vida, ela o mataria.

•••

Maggie queria ceder à vontade de correr da casa gritando. Ela odiava


cozinhas. Quando era mais jovem, a maioria dos cozinheiros vinha reclamar
quando ela tinha que entrar em seu espaço sagrado, até a simples visão do
equipamento brilhante deu um arrepio na barriga. Ainda assim, ela manteve a
cabeça erguida e sua atitude positiva. Ela era uma mulher capaz e poderia seguir
uma receita. Talvez o jantar fosse algo fácil e que podia mostrar a Michael seu
inacreditável talento culinário e, finalmente, ele se calar.

A mãe de Michael já tinha uma grande taça e copos de medição empilhados


em um contador longo e largo. Vários recipientes de coisas em pó estavam
perfeitamente alinhados. Definitivamente não é como o show do Chef Iron com todo
o caos e correndo para preparar uma refeição. Maggie sempre acreditou que
cozinhar era para a sobrevivência não por prazer. Desde que ela ganhou muito
dinheiro, ela passou a maior parte dele nos pedidos para viagem. Ela franziu a testa
e tentou fingir entusiasmo para a tarefa à frente. Deus, ela queria mais vinho. Se ela
ficasse bêbada o suficiente, ela estaria mais relaxada para a próxima tortura.

— O que estamos fazendo? — Ela perguntou com elogio falso.

— Pasta. Vamos comer um jantar rápido antes que o resto da família chegue,
depois colocar para fora doces e café. Você sabe como cozinhar massas,
Margherita?

Os tensos músculos de Maggie relaxaram. Agradeceu Deus. Mama Conte


pegou a uma refeição ela sabia fazer. Ela muitas vezes cozinhou massas tarde da
noite e sabia como conseguir a perfeita consistência de al dente. Maggie assentiu.
— É claro.

Satisfação cintilou sobre o rosto da mulher antiga. — Ótimo. Precisamos de


um pouco. Eu já consegui os ingredientes.

Na bancada maciça tinha farinha, ovos gigantes, óleo, rolos, e uma variedade
de outros equipamentos. Ela olhou ao redor para a caixa de ziti e uma panela para
ferver água quando Mama Conte entregou-lhe um avental. Maggie franziu o nariz
para a escolha estranha de roupas só para colocar algo na água, mas que inferno.
Quando, na Itália. . .

— Eu tenho certeza que você cozinha macarrão diferente na América, de


modo que você pode me ver em primeiro lugar, em seguida, preparar a sua parte.

Confusão embaçou seu cérebro no momento, e Maggie se recusou a ceder ao


pânico. Onde estava a caixa azul? Do que ela está falando? Em crescente horror, ela
viu como as mãos enrugadas se moviam como relâmpagos, quebrando os ovos e
separando as gemas sem esforço, e misturando tudo em uma tigela. A farinha foi
despejada no meio de uma grande borda, e lentamente, Mama Conte derramou o
material molhado no meio e começou a algum tipo de ritual que misturou tudo isso
junto. Como mágica, a massa apareceu de repente, e ela amassou, espreguiçou-se e
dançou sobre a mancha por alguns minutos intermináveis. Completamente
fascinada pelo ritual hipnótico, Maggie não podia acreditar que este material iria
acabar como qualquer coisa que você poderia realmente comer. Nunca quebrou o
ritmo, Mama Conte olhou em sua direção. — Você pode começar quando você
estiver pronta.

Oh. Merda.

A realidade a atingiu quando ela olhou para as coisas empilhadas em frente a


ela. Massa caseira! Ela tinha que fazer a massa real? Não havia caixa celeste para
abrir, ou um frasco de molho para aquecer. As apostas eram muito maiores do que
ela pensava, e Maggie sentiu o início de uma mordidela no ataque sua sanidade. Ela
respirou fundo. Ela podia fazer isso. De jeito nenhum ela iria ser quebrada por um
pedaço de massa de pão e uma mãe italiana apenas esperando para atacar. Ela
mostrará a todos eles.

Maggie puxou a próxima tigela. A parte da farinha foi fácil, mas os ovos, com
medo e o inferno fora dela. Hm, uma boa batida no meio, separe a casca, e o interior
deve sair facilmente. Com falsa confiança, ela bateu o ovo contra a borda da tijela.

O material viscoso caiu em suas mãos e a clara dispersou. Uma rápida olhada
em Mama Conte confirmou que ela não estava olhando por cima, que ela confiava
em Maggie para azer sua parte. Humm, alguma canção italiana sob sua respiração,
ela se manteve amassando.

Maggie esvaziou o máximo possível e deixou o resto dentro, um pouco mais e


ela tinha algum tipo de ingrediente molhado que parecia aceitável. Mais ou menos.
Dane-se, ela precisava agir rápido antes de sua mãe olhar. Ela derramou uma massa
de farinha, no centro, em seguida, despejou o material na bacia no meio.

Líquido caiu pelas bordas do balcão em confusão. Tentando não ficar nervosa,
ela enxugou a testa com o cotovelo e mexeu no avental. O garfo maldito não ia
ajudar a mexer em tudo, de modo que Maggie respirou fundo e enfiou as mãos na
massa.

Oh, merda.

A farinha estava presa sob as unhas. Ela apertou mais e mais e orou por
algum tipo de milagre que se assemelhasse a massa. Pó voou ao redor dela em uma
nuvem. Quanto mais ela entrava em pânico, mais rápido ela se enrolou. Talvez mais
farinha ou ovo? O resto foi um borrão, até que um par de mãos firmes acalmou seus
movimentos. Maggie fechou os olhos na derrota pura. Depois lentamente os abriu.

Mama Conte olhou para a bagunça que era para ser massa. Cascas brancas
espalhadas dentro do lixo pegajoso que deslizou sobre o balcão e pingou em o chão.
Nuvens de farinha levantaram-se em torno delas. O avental estava cheio de grumos
pegajosos, e a massa, assim chamada cobriu seus braços nus até os cotovelos.

Maggie sabia que estava acabado. Michael nunca se casaria com uma mulher
que não podia cozinhar macarrão caseiro. Mama Conte nunca aprovaria essa união,
ou ainda acreditava na possibilidade. Com o último resquício de orgulho que ela
tinha, Maggie levantou o queixo e encontrou o olhar da mulher.

— Eu menti. — Mama Conte levantou uma sobrancelha em pergunta, e


Maggie correu. — Eu tenho nenhuma idéia de como cozinhar. Eu uso a massa seca
e o despejo na água. Eu aqueço o molho no micro-ondas. Eu como delivery quase
todas as noite.

Lá. Isso foi feito. Ela preparou se para o ridículo e a acusação.

Em vez disso, a mãe de Michael sorriu.

— Eu sei.

Maggie recuou. — O que?


— Eu queria ver até onde você iria. Estou impressionada, Margherita. Você
nunca mostra o seu medo. Uma vez que você começou, você vai passar por isso,
mesmo que você ache que vai falhar. Isso é exatamente o que meu filho precisa.

Com ações rápidas, Mama Conte despejou a bagunça escorrendo no lixo


reduziu a farinha, e se virou para ela. — Começamos de novo. Olhe para mim.

Maggie viu como ela foi mostrando cada passo com precisão cuidadosa. À
medida que o medo da descoberta deslizou para longe, ela relaxou na lição, com as
mãos mergulhadas na massa ela trabalhou o monte com uma força que
rapidamente se cansou. Os pesos de mão no ginásio não tinha nada a ver na
cozinha, e os músculos nos braços de Mama Conte e pulsos nunca pareceram
flácidos quando ela procurou a mistura perfeita. Maggie viu o jeito que a mãe de
Michael cantarolou a melodia, e uma sensação de paz caiu sobre ela. Ela nunca
havia cozinhado com uma mulher antes, nunca foi permitido a ela ficar num espaço
doméstico. Quando o rolo trabalhou a massa e foi esticada delicadamente, Mama
Conte entregou-lhe uma porção.

–As caracteristicas da massa de macarrão são o verdadeiro elemento de uma


refeição boa e simples. Nós devemos esticá-las para ficar fina e delicada sem
quebrar. Trabalhar no limite.

Maggie mordeu o lábio. — Mama Conte, talvez você devesse fazer isso?

— Não. Você vai servir ao seu marido o jantar hoje à noite, Margherita, por
sua própria mão. E isso não é porque você é abaixo dele, ou ele acredita que você é
menos. É porque você é mais. Muito mais. Capisce?

A beleza de sua declaração brilhava ao seu redor com a verdade súbita. Ela
chegou, limpou a testa, e ficou com a testa manchada de massa. E sorriu. — Ok.

Elas trabalharam sem falar, cantarolando canções italianas, ouvindo os


movimentos suaves do rolo e os chilrear dos pássaros à distância. Maggie esticou o
macarrão sobre o balcão, e cavou, até que um fio grande e perfeito caiu sobre sua
mão. Desigual, mas transparente e fino sem quebrar.

Mama Conte estendeu a mão e envolveu colocando no que no suporte de


secagem, inspecionando com cuidado. Sua gargalhada ecoou pela cozinha. –
Perfeito.

Maggie sorriu e perguntou por que ela se sentia como se surgisse de uma
escalada do monte Everest no meio do inverno.

•••

Horas mais tarde, ela se sentou à mesa grande com as tigelas de macarrão
fumegante e molhe de tomate fresco. Os aromas de manjericão doce e alho salgado
pairavam no ar. Três frascos de vinho ficaram no canto, e pratos espremidos entre
as travessas de comida, como personagens secundários em um livro. Ela olhou
nervosamente para Michael. Será que ele iria rir? Será que ele iria provocá-la sobre
sua incapacidade para cozinhar e seus esforços patéticos na cozinha de uma
especialista?

Risos, gritos e discussão alta se espalhavam em torno dela em confusão. Ela


estava tão acostumada a jantar sozinha em seu pequeno balcão de cozinha,
enquanto ela assistia televisão ou em algum estruturado restaurante, onde as
pessoas falavam baixo. Ao crescer, ela comia sozinha, ou com seu irmão, em
silêncio. Mas Michael era diferente.

Ele brincou com suas irmãs e estava relaxado sob o calor de sua família, e
Maggie percebeu que sua vontade foi colocada em cada situação, porque ele sabia
exatamente quem ele era. Ela respeitava isso em um homem e achava raro. Ele
gostava da vida e gostava de um senso de humor, e ela se perguntou como seria
jantar com ele todas as noites. Saborear o vinho, falar sobre o seu dia, cozinhar
juntos, e comer juntos. Uma vida real de casal.
Michael pegou o garfo, girou o macarrão, e o colocou em sua boca.

Ela prendeu a respiração.

Ele fez um gemido. — Ah, mamãe, está delicioso.

Mama Conte sorriu e deslizou sobre o assento. — Você pode agradecer a sua
esposa, Michael. Cada macarrão no seu prato foi feito por sua mão.

Ele recuou, surpreso. Uma carranca pequena desfigurando em seu rosto


quando ele olhou para a refeição, em seguida, virou seu olhar para encontrar os
dela. Uma estranha combinação de emoção girava em esses olhos. Um lampejo de
calor. Um surto de orgulho. E um lampejo de gratidão.

Ele abaixou a cabeça e um sorriso floresceu em seu rosto. Cheio de leveza e


ela sorriu de volta, a ocupação da mesa desapareceu sob sua atenção. — Grazie,
cara. Estou honrado de comer algo que você fez para mim. Está delicioso.

Ela assentiu com a cabeça, aceitando seus agradecimentos. Venezia falou


sobre vestidos de dama de honra e casamentos. Carina falou sobre a arte. Julietta
falou sobre a nova campanha publicitária que eles estavam lançando na padaria.
Michael continuou comendo orgulho, óbvio, em seu alimento feito por sua falsa
esposa.

E por pouco tempo, ela estava mais feliz do que nunca.


Capítulo Cinco
Eles estavam em apuros.

Michael estava ladeando a porta e cumprimentando uma longa fila de


parentes que não tinha visto em meses. Ele suspeitava que o íntimo jantar que não
era grande coisa iria acabar em um desastre. Bem, não tanto para ele como para a
pobre Maggie. Sua família se reuniu ao redor dela com um carinho barulhento. Os
primos trouxeram namoradas, namorados, e todos os filhos. Vizinhos próximos e
algumas mulheres que o tinham caçado durante anos apareceram para verificar a
sua vitória rivalizada. Para ele, foi uma noite típica na casa de sua mamãe.

Para Maggie, deveria ser um inferno.

Ele balançou a cabeça e tentou não rir. Ela ficou presa em um canto com
algumas de suas primas, seu cabelo cor de canela parecia um farol luminoso em
uma sala cheia principalmente por morenas com pele cor de oliva. Seu vestido era
curto e glamuroso, a saia flutuando acima do joelho e mostrando um par de pernas
intermináveis que imploravam para serem enroladas em torno da cintura de um
homem. Vermelho e amarelo brilhante sobre o material delicado e foi fácil de
identificar na massa que aglomerava. Sua altura sempre tinha sido impressionante,
mas ela correspondia a maioria de suas primas com suas sandálias vermelhas alta.
Algo sobre seus sapatos o excitava como sapatos de nenhuma outra mulher. Quase
como se o seu desejo por sexo a estivesse chamando, ela se virou e seus saltos
confirmaram sua gata infernal interior.

Ele tornou a encher o copo de vinho e conversava com velhos amigos


enquanto ficava de olho nela. Ele esperava uma polidez gelada que afastaria sua
família carinhosa, mas cada vez que seu olhar foi roubado, ela estava rindo ou
ouvindo atentamente a muitas histórias que divertiam seus ouvidos. Fascinado,
Michael avançou em sua direção.

Claro, ele sabia que ela era socialmente profissional e relaxava em ambientes
de trabalho. Ele só não esperava que fosse tão aberta em seu feito. Sua infância sob
medida, uma familiaridade fria, e ela irradiava uma distância que era parte de seu
núcleo. Inferno, ela usava isso como uma capa, que viu no momento em que ela
entrou no restaurante para encontrá-lo no seu encontro as cega. Mas algo parecia
diferente esta noite.

Ele a estudou quando seu tio Tony falou de compras com ele, problemas com
fornecedores, o aumento da renda e da possibilidade de comprar propriedades. Ele
acenou com a cabeça, escutou com metade de uma orelha, e escutava sua falsa
esposa.

— Como você fez isso? — Sua prima Brianna sussurrou para Maggie. Ela
lembrou de quando as pessoas baixavam suas vozes automaticamente para dizer
palavras como câncer. A questão ainda soou tão dura como um tiro. — Michael
tem evitado o casamento desde sempre. Ele tem uma reputação, você sabe.

O lábio de Maggie se contraiu. — Sério? Que tipo de reputação?

Brianna olhou em volta e se inclinou para Michael que se escondeu atrás da


amplitude do tio Tony. — Ele ama a perseguição. Parece ele gosta de seduzir uma
mulher, seu maior e mais hábil desafio, até ele ganhar o seu afeto. Então, logo que
ela desiste, wham.

Maggie recuou. — Wham? O que é wham?

Outro sussurro. — Ele a deixa. Desolada, seduzida, e abandonada.

Raiva atravessou por sua prima. Dios, ele já teve uma pausa? Ele nunca levou
uma mulher, mas sua reputação o precedeu todo o caminho para América. Nick
havia comentado há muito tempo sobre os murmúrios de sua proeza entre as
mulheres, e como ele tinha sido uma vez com Alexa que cairia vulnerável em seus
encantos. Michael deu outro ocasional intervir e ouviu a resposta.

Maggie estalou a língua. — Que horrível! Talvez seja por isso que ele se casou
comigo, então. Como é estranho.

Brianna arregalou os olhos. — O que é estranho? Diga-me. Nós somos uma


família agora seus segredos estão seguros comigo.

Maggie respirou fundo e olhou ao redor como se estivesse preocupada com


alguém ouvir. Seu sussurro era tão suave como o de seu primo. — Eu me recusei a
dormir com ele até que ele se casou comigo, é claro.

Michael se engasgou com um pedaço de bruschetta. Quando se recuperou, ele


olhou até encontrar o sorriso travesso de Maggie, seguido de uma piscadela. Ela
tocou o braço de Brianna, então se virou naqueles calcanhares sexy, e sua saia virou,
mostrando um perfeito e curvo traseiro. Ele apertou sua mandíbula como garras
para ele. Ele imaginou afundando seus dentes em sua carne e dando uma mordida
suculenta. O eco de seu grito quando ele a segurasse para baixo e o prazer dela
molhada brilhava em sua visão. Quando ele voltou, tio Tony ainda falava, Maggie se
mudou para o outro lado da sala.

O que diabos ele vai fazer a respeito dela?

Mais importante o que ele vai fazer sobre a sua súbita necessidade de
reivindicar a mulher que fingia ser sua esposa?

•••

Algo estava errado com ela.

Maggie mordiscou o presunto salgado do antipasto, bebeu o vinho. Em apenas


24 horas, ela tinha experimentado cada evento que ela sempre evitou e desprezou.
Longas conversas chatas focada em casamentos e discussões femininas. Checado.
Cozinhar, cortar e arruinar sua manicure perfeita. Checado. Lidar com a sogra,
irmãs, primos, primas e todos curiosos sobre sua vida pessoal e fazendo julgamentos.
Checado.

Então, por que ela não estava correndo da sala de terror, como um desses
idiotas gritando como se tivesse visto uma máscara branca obscena?

Talvez porque ela sabia que era tudo falso?

Tinha que ser. Não havia outra explicação racional. Diferente do que com seu
irmão e Alexa, ela não fez funções da família. Ela cozinhava em seus termos, quando
ela pensava que ia ser uma distração divertida. E ela nunca teve de lidar com um
bando de fêmeas que riam e faziam um bilhão de perguntas. Ela era reservada, vivia
no silêncio, tinha vivido parte de sua vida e tinha pouca experiência com carinho
aberto.

No entanto, todos eles a acolheram de coração aberto. Todas as suas irmãs


eram tão diferentes, mas, na verdade, Maggie gostava delas. Elas eram reais. Sua
mãe nunca riu ou criticou quando ela ensinou fazer seu primeiro pote de molho
caseiro. Uma pequena parte de seu corpo inflamou para vida, uma parte que ela
tinha vergonha de admitir que possuía. Qual seria a sensação de ter tantas pessoas
que amam você, não importa quantos erros que você cometesse?

Seu olhar pegou Venezia envolvida nos braços de seu noivo, rindo de algo que
ele disse. Sua conexão queimando do outro lado da sala, e adorando a expressão no
rosto de Dominick, isso tudo bateu em linha reta através do estômago com uma
emoção puro.

Saudade.

Maggie engoliu o passado com um nó em sua garganta. Tão horrível como foi
sua artimanha, de alguma forma, parecia tão certo, uma vez que ela viu o casal.
Nada deveria ficar no seu caminho, especialmente um costume antigo. O que se
sente assim? Para ter um homem para olhar para ela com tal posse e a amar? Para
pertencer a uma pessoa que realmente se importava?

Ela empurrou a questão de sua mente e fez seu caminho de volta para
Michael. Tempo para obter a cabeça de volta no jogo. Ele estava ao lado de um
homem muito atraente, com olhos azuis e cabelo desalinhado. Grosso, com ondas
derramando sobre sua testa. Merda, o homem era o deus do sexo em pessoa, e ela
rapidamente se perguntou se ele era um modelo. Carina estava com eles, com a
cabeça inclinada para cima enquanto ela olhava para o estranho, como se ele fosse o
sol e o único elemento que estava entre ela e uma morte congelada.

Curioso, Maggie fez seu caminho para o círculo interno ficando ao lado de
Michael.

— Maggie, aí está você. — disse Michael. — Conheça meu amigo Max Gray.
Ele tem sido como uma parte de nossa família há anos, então eu o considero meu
irmão. Ele trabalha para La Dolce Famiglia como meu braço direito.

Max, o deus do sexo virou seus olhos com piercing nela e sorriu. Linhas de
riso esculpido nas bordas de sua boca. Ela piscou a aura sensual vindo em seu jato
como propulsões. Estranhamente, ela não sentiu o queimar de conexão que ela
experimentou com Michael, foi mais de um prazer estético de uma criatura tão
visualmente deslumbrante. Ela ofereceu-lhe a mão e ele apertou-a com firmeza.

Nada. Não houve faíscas em tudo. Graças a Deus.

Maggie tinha pena da mulher que se apaixonasse por este homem, condenada
a andar na sua sombra para sempre. Então ela percebeu o interesse da irmã de
Michael.

Ruim.

Carina ainda não tinha atingido a idade, onde ela escondia suas emoções.
Ainda presa a meio caminho de uma mulher adulta, o rosto refletia um desejo que
quebrou o coração de Maggie e a encheu de medo. Seu passado disparou em sua
direção com a fraca lembrança da menina que ela tinha sido uma vez. Antes de sua
inocência e crença na felicidade que a despedaçou.

Pobre Carina. Se ela tinha uma coisa com Max, ela estava condenada a
experimentar um coração partido.

— Onde você estava escondendo ela, Michael? — Ele olhou entre eles com
uma pitada de curiosidade e algo mais. Suspeita? — Eu aqui pensando em você
como o meu melhor amigo, mas eu não tinha a menor idéia que você dois estavam
envolvidos. Quando o Page Six não deu a notícia de que o único bilionário quente,
em Nova York, havia sido fisgado, algo está acontecendo.

Oh yeah. Max definitivamente acreditava que ela era uma caçadora de


fortunas.

Michael bufou. — Parece que as revistas estão mais interessadas em você do


que em mim, meu amigo. E eu pensei que a última vez que comparamos nossas
notas, você me bateu por quase um milhão.

— Dois.

— Ah, mas você não é um número.

— Esse sangue suíço me levou correndo para fora, eu acho. Mas eu ainda
possuo mais terras.

Maggie revirou os olhos. — Por que não tiram para fora e eu vou te dizer o
de quem é maior?

Michael a lançou um olhar. Carina apertou a mão sobre sua boca.

— Se minhas fontes estiverem corretas, você tem que manter seus próprios
segredos. — disse Michael. — O que é isso nas colunas de fofocas sobre você estar
namorando a realeza? Ascendência italiana não é bom o suficiente? Você precisa de
um sangue azul para satisfazê-lo?

Max sacudiu a cabeça. — Serena acompanhou seu pai em uma viagem de


negócios e está me fazendo companhia. Ela é herdeira de uma fortuna, e não
realmente a realeza. Seu pai iria me rasgar longe, não sou digno o suficiente para
me casar com aquela família.

Os olhos de Carina brilhavam com fúria. — Isso é ridículo! Qualquer pessoa


que se casa por dinheiro, em vez de amor merece infelicidade! Você vale mais do
que isso.

Max colocou as mãos no peito.

— Ah, cara, você quer casar comigo? Você é uma mulher segundo o meu
coração. — Carina ficou vermelha como uma beterraba. Seus lábios tremiam
enquanto ela procurava as palavras. Uma bagunça. Apaixonada pelo melhor amigo
de seu irmão que era anos mais velho, e preso no corpo de uma menina-mulher
enquanto ela cobiçava alguém que ela não poderia ter. Pelo menos, não ainda.

Maggie abriu a boca para desviar atenção, mas Michael mergulhou fundo. Ele
olhou sua irmã sob o queixo, seu sorriso indulgente como o de um adulto para uma
criança. — Carina tem muitos anos antes de poder estar falando sério com um
homem. Ela irá ser reforço em sua posição correta na padaria e irá terminar o seu
estudo. Além disso, ela é uma boa menina, e você, meu amigo, é mau.

Os homens riram, nem percebendo o custo da piada.

A cor desapareceu do rosto de Carina, e ela abaixou a cabeça. Quando ela


ergueu o queixo para cima, ela piscou para conter as lágrimas de raiva. — Eu não
sou uma criança, Michael. — ela assobiou. — Porque você não pode ver?

Ela se virou e saiu correndo da sala.


— O que eu disse? — Michael perguntou. –Eu estava apenas brincando com
ela.

Max parecia tão perdido.

Maggie soltou um suspiro irritado e engoliu o resto de seu vinho. — Vocês


dois são dois cabeça de ossos, realmente, fizeram isso neste momento.

— Fez o quê? Seu comportamento é irracional e rude com os nossos


visitantes. Eu quis ofender.

Max mudou de um pé no outro inquieto. — Devo ir falar com ela?—

— Não, é minha responsabilidade. Eu vou falar para ela.

Maggie empurrou o copo vazio nas mãos de Michael. — Ah, inferno, fica de
fora. Você já fez o bastante. Eu vou falar com ela.

O rosto de Michael refletiu o ceticismo. — Querida, você não tem muita


experiência com mulheres jovens. Às vezes, ela precisa de uma mão firme para
enxergar a razão. Talvez será melhor se eu chamar Julietta.

Maggie de alguma forma duvidava que sua irmã de espírito empresarial


entenderia Carina, no momento. Mais uma vez, o seu tom era puto, basicamente
dizendo que ela era incapaz de lidar com outra situação. Nas últimas vinte e quatro
horas, o homem havia insultado sua carreira, sua culinária, e agora seus métodos
sociais. Ela forçou um doce sorriso que quase lhe deu um buraco no peito. — Não
se preocupe, querido. — Ela zombou de forma particularmente carinhosa que ele
compreendeu imediatamente. — Eu estou indo para dar-lhe uma boa notícia, e fará
ela se sentir melhor.

— Que notícia?

Ela olhou para os homens lindos atrás dela e deu um sorriso perverso. — Eu
vou mandá-la para um encontro as cega. Com alguém quente.
O rosto de Michael escureceu. — Absolutamente não. Minha irmãzinha não
é experiente com namoro.

— É exatamente por isso que será perfeito para ela. Até mais. — Ela
acrescentou o insulto, levantando-se na ponta dos pés e colocando um beijo em seus
lábios. O pequeno choque entre eles a distraiu por um instante, mas ela ignorou. —
Não vamos discutir em nossa lua de mel, amor, quando podemos nos concentrar em
outras atividades divertidas. — Ela deu a Max uma piscada, então se afastou,
certificando-se de balançar seus quadris quando ela sentia seu olhar sobre seu
traseiro.

Maggie conteve uma risada. Porra, isso foi divertido. Desafiando sua
inteligência e suas maneiras obstinadas lhe deram algum benefício. Ela fez seu
caminho para cima e procurou o quarto de Carina. Deixou Michael com uma ideia
um pouco perturbadora. Ela tinha que confessar mais tarde, ela não conhecia
nenhum menino adequado para estabelecer-se com Carina. Infelizmente, sua boca a
deixou em apuros novamente e ela ainda precisava tentar falar com Carina. Ela
certamente não tinha experiência com conselhos femininos. O que ela poderia dizer
para ela se sentir melhor?

Maggie suspirou quando parou atrás de uma porta fechada e ouviu soluços
abafados. Sua mãos estavam suadas, ela esfregou-as em sua saia. Ridículo. E se
Carina não queria falar com ela, ela tinha que ficar aqui em cima um pouco para
que Michael acreditasse que elas compartilharam uma conversa. Ela levantou a mão
e bateu na porta.

— Carina? É Maggie. Você quer falar um pouco, ou você quer que eu vá


embora? — Sim, ela era covarde. Um bom conselheiro iria exigir que ela abrisse a
porta para uma conversa. Algumas batidas de silêncio. O alívio desabou através de
seu peito, então ela se virou para ir. — Ok, eu entendo, eu só vou...

A porta se abriu.
Ah, merda.

— Por que ninguém entende que eu cresci? — a menina explodiu.

Maggie parou na porta, tentada a correr, mas Carina recuou e abriu espaço
para ela entrar.

— Porque o seu irmão mais velho nunca irá aceitá-lo. — Maggie disse
facilmente. Ela olhou as paredes cor de rosa, animais de pelúcia, e muitas rendas.
Eca. Algo lhe dizia que o quarto de Carina era para agradar os outros e não a si
mesma. A cama com dossel parecia suave e convidativa, mas tinha uma colcha de
borboletas diferentes que a fazia parecer infantil.

Definitivamente uma jovem de 23, Maggie duvidava que ela já tivesse um


encontro, especialmente com Michael no comando. Ela ficou parada na parte
posterior do quarto onde uma escada levava até um espaço separado que parecia ter
sido um quarto de brinquedos. Esta área tinha uma impressão diferente, com telas
em branco, pinturas, e um conjunto de ferramentas de artistas. Várias aquarelas em
cores vivas atraíram sua atenção, argila e modelos de barro, amantes abraçados,
alinhados nas prateleiras. Hum, interessante. Isto parecia mais um ajuste para
Carina do que a área principal.

— Eu odeio a minha vida. — Miséria gravada em todas as características do


seu rosto. Ela caiu na cama como mais lágrimas escorrendo de seus olhos. – Não me
compreendem nem me deixam tomar minhas próprias decisões. Eu não sou mais
um bebê, mas minha vida já está traçada. — Maggie se repreendeu mentalmente
por se meter nessa confusão com uma garota ela mal conhecia e uma situação que
não podia corrigir. — Hum, como assim? — Carina engoliu em seco. — Eu só
estou autorizada namorar meninos que minha família aprova. Não que os rapazes já
me convidaram para sair. Eu sou feia e gorda.
Maggie soltou um suspiro exasperado. — Isso é estúpido. Seu corpo é
naturalmente curvilínio. Você tem seios. Você já viu suas irmãs? Elas podem ser
magérrimas, mas seus peitos são planos como panquecas.

Os olhos da garota se arregalaram em choque, e em seguida, uma risada real


escapou de seus lábios. — Talvez. Mas os meninos gostam das magras. E o meu
cabelo parece que enfiei um dedo na tomada. Meus lábios são grossos e vermelhos.
— Mais lágrimas e outro soluço. — E, Michael diz que tenho que ajudar a Julietta
em La Dolce Famiglia, mas ele nunca me perguntou o que eu quero! Agora eu tenho
que começar meu MBA e depois fazer um estágio temporário. Por que não posso ir
para a América e trabalhar com ele? Não é justo!

Maggie sacudiu a cabeça. Nossa, o drama nesta família está fora dos gráficos.
Ela se sentou na cama com cuidado e deixou Carina chorar. Ela procurou
desesperadamente por todas as coisas certas que sua mãe, Alexa ou Michael diriam.
Ah, o inferno com ele. Neste ponto, Maggie a considerou não poderia fazer muito
piorque ele.

— Tuso bem, querida, sente-se.

A menina passou a mão em seu rosto e obedeceu. Aqueles lábios franzidos que
odiava, e Maggie apostou que um dia Max estaria vendo uma personalidade
totalmente nova na irmã de Michael. Mas não agora. Ainda não. Carina precisava
de um tempo para se encontrar e estar confortável com seu próprio corpo.

— Eu tenho certeza que você já ouviu isso antes, mas a vida é uma merda.

Outro leve sorriso. Pelo menos ela é uma menima bem humorada.

— Olha, eu sei que nós não nos conhecemos muito bem, mas deixe-me dizer
o que eu vejo. Max é um cara quente e você está louca por ele.

A boca de Carina caiu aberta. Sua pele ficou vermelha. — N... n... não, eu
não...
Maggie acenou com a mão no ar. — Eu não culpo você. O problema é que
você passou recentemente a idade legal para beber. Você é praticamente uma
criança para um homem de trinta anos de idade.

— O que é isso?

— Hm, não importa. Quero dizer, você é muito jovem para ele ver você como
uma mulher, ainda. Isso pode mudar, mas em vez de passar seus próximos anos não
vivendo e esperando que ele perceba você, você precisa sair e viver um pouco.
Descubra quem você é. Então, todo mundo vai enxergar você como você é. — Ela
parecia tão triste e sem esperança, o coração de Maggie rasgou. Deus, ela me lembra
de como me sentia, como a vida era confusa. Mas Carina tinha gente para orientar
ela, as pessoas que a amavam, e Maggie esperava fazer a diferença. — Como eu
faço para fazer isso? Olhe para mim. Eu sou uma bagunça.

— Você gosta de estudar negócios na faculdade?

— Eu não me importo. Eu sou muito boa com números, uma das poucas
coisas que eu posso fazer bem. — Seu queixo inclinou para cima teimosamente. —
Mas seria bom se alguém perguntasse a minha opinião.

Maggie riu. A menina tinha espírito. Ela precisava. — Empresas e


contabilidade não são matérias ruins para estudar. Você pode fazer muitas coisas
com eles e conhecer novas pessoas interessantes. — Ela apontou para a arte na parte
de trás do quarto. — Essa pintura é sua?

Carina assentiu. — Sim, eu gosto de pintar, mas eu não acho que eu sou boa.
— Maggie olhou as imagens cruas de seu rosto em uma confusão emocional
diferente. Com um olhar crítico, notou as linhas deslumbrantes sobre o pincel, as
expressões vivas puxando o espectador, e o começo de talento real. — Não, você é
boa. — ela disse lentamente. — Nunca desista da arte. Tome algumas aulas para
nutrir seu talento, e não deixe ninguém lhe dizer que você não pode. Consegue?
Carina assentiu, aparentemente fascinada por sua nova cunhada.

— Michael tem os melhores interesses no coração, mas como um irmão mais


velho, ele sempre vai criticar isso. Você vai precisar de mais de uma espinha dorsal
para que ele saiba o que não é aceitável.

Seus olhos se arregalaram. — Mas o que quer que Michael diz é lei. — ela
sussurrou. — Ele é o chefe da família.

— Eu não estou dizendo para você desrespeitá-lo. Basta ter uma


comunicação clara com ele. Tente.

— Ok.

— Quanto a Max, talvez um dia as coisas mudem. Até lá, você precisa se
concentrar em outros meninos.

— Eu disse a você, os meninos não gostam de mim.

Maggie sacudiu a cabeça. — Você não se apresenta em seu pleno potencial.


— O convite pairou no limite de seus lábios, mas antes que ela pudesse engolir as
palavras Maggie selou o seu destino. — Por que você não vem comigo para o meu
trabalho esta semana?

A menina estudou com suspeita. — Por quê?

Maggie riu. — Eu vou dar-lhe uma grande remodelação. Mostrar a você o


mundo da fotografia e apresentá-la a alguns modelos. Não vai resolver seus
problemas, mas talvez você possa ver como as outras pessoas enxergarão você. Você
é linda, Carina. Dentro e fora. Você só precisa acreditar.

Quando ela disse essas palavras, Maggie de repente lutou contra as lágrimas.
O que ela teria dado para alguém dizer essas palavras para ela. Teria feito alguma
diferença? Pelo menos ela teve a oportunidade de dizer a outra menina, se é verdade
ou não, teve uma boa impressão.
Desgostosa com suas emoções crescentes nas últimas vinte e quatro horas, ela
bateu para baixo sua tolice e endureceu a espinha.

— Você faria isso?

— Claro. Vai ser divertido.

Carina jogou os braços ao redor dela em um enorme abraço. Uma batida


passou antes de Maggie abraçar de volta, então se afastou sem jeito.

— Obrigado, Maggie. Você é a melhor cunhada do mundo!

— Eu sou sua única cunhada, querida.

Culpa picou sua consciência. Era uma coisa fingir ser esposa de Michael, mas
outra era realmente formar um laço com sua família. Ela lamentou o convite
imediatamente, mas era tarde demais para mudar sua mente. Maggie se levantou da
cama e caminhou em direção à porta.

— Obrigada!

— Não é nada.

Ela fechou a porta atrás dela. Oh, rapaz. Michael vai ficar puto.
Capítulo Seis

Dios, ele irá matá-la.

Michael viu sua falsa esposa recolher seus pertences com calma, e mover-se
pelo quarto, quando ela estava sozinha. Infelizmente, ela não era. Ele foi ficando
cada vez mais irritado com ela ignorando a química que queimava pelo quarto.

Estava ficando complicado. Ela deveria ficar fora de seu alcance, permanecer
distante, e partir com nem mesmo um toque. Em vez disso, ela causou um tsunami
em seu primeiro dia aqui. Todos pareciam gostar de sua atitude bombástica. Agora
sua irmã caçula estava indo para uma sessão de fotos para ver homens seminus, e
Maggie achava que isso era uma boa coisa.

— Você nem sequer me pediu permissão antes de você convidá-la. — falou


friamente. — Não me desrespeite com assuntos de minha própria família, Maggie.

Ela não se preocupou em olhar para ele enquanto arrumava sua bolsa. Ela
estava vestindo um pijama preto de cetim leve, enfatizando cada curva doce do seu
corpo. Seu cabelo penteado para trás e sedoso diante dos ombros que o colocou em
um transe meditativo. — Hum, eu não acho que a palavra 'obedecer' estava em
nossos votos, Michael. Enfim, eu disse que estava brincando sobre a coisa do
encontro as cega. Pelo menos você não tem que se preocupar com isso.

— Isso não é engraçado.

Ela bufou. — Escute, eu não tinha escolha. Ela estava histérica, e eu precisava
acalmá-la. Se você não a tratasse como se tivesse cinco anos de idade, talvez eu não
teria tido que fazê-lo.
— Carina é inocente e pretendo mantê-la dessa forma.

Ela bufou de novo e desceu de seu temperamento criado. — Acorde e sinta o


cheiro do café, Conde. Ela está à beira de explorar sua sexualidade. Ela vai fazer de
qualquer jeito, e você poderia muito bem ser seu guia.

— Não em minha casa. Eu tenho o dever de protegê-la e eu vou. Ela precisa


terminar a faculdade e iniciar sua carreira. Os meninos estão fora de questão.

— Ela gosta de Max.

— O que? — Seu rugido cresceu fora das paredes. — Ele fez alguma coisa
para levá-la? Eu vou matá-lo.

— Nossa, acalme-se. Ele não fez nada. Ele a vê como uma criança, também.
Estou apenas tentando te dizer para dar alguma folga a ela. Não é fácil esse
esmagamento sobre seu melhor amigo.

Ele pulou de sua posição relaxada na cama e caminhou pelo quarto. Em


minutos, ela provocou excitação, raiva e frustração. A neste ritmo, ele estaria morto
até o fim da semana. — Max é da família e Carina nunca iria vê-lo assim. — Um
pensamento horrível lhe ocorreu. — Por quê? Você está atraída por ele? Você
colocou essas idéias em sua cabeça?

Quuando fez seu giro ao redor. Ele quase se afastou da explosão de gelo
vibrando em seu corpo. Olhos verdes estreitaram perigosamente. — Ao contrário
da sua opinião sobre mim, Conte, eu não me entrego para cada homem que eu vejo.
Carina é capaz de ter sua própria opinião. Você apenas tem que tirar a cabeça da
sua bunda e na verdade ouvi-la.

Ela voltou sua atenção para embalagem.

Ele fechou a distância, agarrou braço, e a girou para enfrentá-lo. — Você


está em terreno perigoso, la mia tigrotta — ele rosnou. — Eu não quero qualquer
interferência sua esta semana com a minha família. Você não estará levando Carina
a este lugar, e eu vou lidar com este problema do meu jeito. Capisce?

Outras mulheres se acovardam. Ela ficou na ponta dos pés e olhou direto de
volta em seu rosto. O aroma sensual de âmbar e sândalo invadiu e destruiu-lhe sua
concentração. — Eu não tenho interesse em interferir na sua família. Vá em frente
e jogue de ditador se isso te faz feliz. Eu estou tentando dizer que sua irmã precisa
de alguém para ouví-la, não de um esporro.

— E você é a escuta conveniente?

Ela deu um sorriso insolente. — Acho que sim. Sorte sua que eu estou aqui,
hein?

A demissão de sua autoridade queimou e inclinou seu temperamento em


direção a algo mais. Algo mais perigoso.

O tecido escorregadio do pijama deslizou através de seus dedos e ele


imaginou uma expansão infinita de pele dourada suave embaixo. Ele desejava
manter a cabeça e saquear os lábios e ver como eles docemente poderiam
transformar a raiva em redenção. Ele ficou duro com o pensamento, desafiou-se em
cada nível para reivindicar, possuir e conquistar. Quando uma mulher causou tal
estrago a ele? Vagamente, ele se perguntou: Se ele se permitisse levá-la para a cama,
seria necessário desaparecer pela manhã? Ele sempre fez. Talvez ele precisasse para
satisfazer seu desejo e livrar-se da coceira para empurrar entre aquelas coxas e
fazê-la esquecer de tudo e todos, menos dele.

— Você coloca más idéias na cabeça de uma garota jovem. Eu cuido da


minha própria família. — alertou. — Um dia ruim e você já fez uma confusão de
coisas. Você não sabe o que minha irmã precisa. Você não sabe as necessidades de
qualquer um. Inferno, você nem sabe o que você precisa.
Ele lamentou as palavras no momento em que deixaram seus lábios. Ela ficou
rígida em seus braços, e dor brilhou dentro de seus olhos. A memória de algo em seu
passado elevou sua cabeça, e ele viu como ela batalhou o monstro e bateu de volta
para o armário.

Uma dolorosa necessidade de abraçá-la e tornar tudo melhor pssou por ele. O
que era essa combinação louca de desejo e ternura? O que estava acontecendo com
ele?

Seu sorriso era distante e forçado. — Você está certo, é claro. — ela zombou.
— Eu vou ficar de fora das coisas a partir de agora. Mas eu não vou dizer que ela
não pode ir.

Ela tentou se afastar, mas ele deslizou seus braços ao redor dela e a puxou
para trás em direção ao seu peito. — Sinto muito, cara. — ele disse suavemente. —
Eu não quis dizer essa coisa desagradável. Você traz a besta em mim às vezes.

Surpresa cintilou em seu rosto, mas ela permaneceu inflexível contra ele. —
Aceitas. Agora me deixe ir.

O instinto o fez puxá-la mais para perto. Ela arqueou para cima, como se
fosse fugir, em seguida, bateu contra sua dura ereção. Ela ofegou, logo em seguida
parou. — Parece que seu lado animal está muito feliz em me ver. É insultar-me que
você gosta?

Ele riu. Sua sagacidade afiada nunca o aborrecia, mas ultimamente ele
aprendeu a empurrar o passado e viu um vislumbre de vulnerabilidade escondida
que o intrigou. Depois de todo esse tempo, ele finalmente ía conhecer a Maggie
real? Lembrou-se da expressão americana “cão que ladra não morde” e se
perguntou se ele ia começar a testar a sua nova teoria. — Não, cara, você parece
virar-me. Como você bem sabe. O que eu preciso de você agora, é só te abraçar.
Seu corpo congelou e sua voz o açoitava na necessidade de tirar sangue. —
Confie em mim, Conte, eu já ouvi coisa muito pior e nunca me incomodei. Eu não
preciso de você para me segurar.

— Não, eu preciso de você para me segurar. — ele sussurrou. — Você


merece mais do que isso e eu preciso disso para me sentir melhor.

Ela lutou com medo de sentir um pouco de conforto.

— Shhh, apenas por um momento, eu prometo que não vai doer muito.

Michael levantou-se, colocou seus braços apertados, e enfiou a cabeça contra


seu peito. Sua respiração saiu agitada e desigual, como se ela estivesse quase à beira
de pânico, mas ele manteve sua paciência e lentamente, ela relaxou contra ele. Seu
corpo moldou perfeitamente ao seu. O impulso tenso de seus mamilos mostrou sua
própria excitação, e ele apostou que se deslizasse seus dedos para sentir o pulso na
base de seu pescoço, seu batimentos cardíacos seriam um trovão como numa
corrida puro-sangue. Ainda assim, ele não fez nenhum movimento para aprofundar
o abraço. Ele respirou o perfume exótico do coco de seu cabelo e saboreou o
momento. Por um tempo, ele doía para segurá-la e remover a dor que ele causou
por sua observação impensada.

Ele não sabia quando o momento deslizou do calor do fogo. Ele jurou
empurrá-la embora antes que qualquer coisa sexual ocorresse. Seu estômago lhe
disse que Maggie raramente experimentou a ternura de um abraço sem vínculos ou
que culminou em sexo. Tristeza esmagou dele, com o pensamento, e ele amaldiçoou
seus pais por fazerem dela uma geladeira com o objetivo de evitar as emoções. Ele
queria provar que ele era confiável. Mas uma vez, novamente, ela quebrou seu
autocontrole, e em uma corrida louca de calor, ela praticamente brilhou com a
eletricidade sexual.
Ele prendeu a respiração. Lentamente, a deslizou de volta para baixo de seu
corpo, para que seus pés alcançassem o chão. O cerne duro de seus mamilos se
arrastaram em seu peito, e sua mão segurava firme na curva perfeita do seu corpo.

Ah, merda.

Seu pênis ignorou suas orações e endureceu a um comprimento quase


doloroso. Michael rangeu os dentes e segurou.

Então, ela olhou para cima.

Os tempestuosos olhos esmeralda estavam cheios de fogo. Paixão. E o desejo


gritante. Ela balançou em seus braços enquanto lutava com sua reação, mas Michael
era atencioso condenando a sí mesmo ao inferno. Pelo menos a estrada era
pavimentada em ouro.

Ele abaixou a cabeça e capturou sua boca.

Um pequeno gemido cativante exortou-o. Ele engoliu o som e mergulhou sua


língua através da costura de seus lábios. Ela abriu imediatamente, recebendo-o
impulso a impulso, ela pendurada em seus ombros e cravando as unhas com força.
A mordida minúscula de dor o fez beliscar seu lábio inferior, a carne, madura
lembrando-o de um pêssego, doce e suculento, e então ele estava perdido.

De alguma forma, ele apoiou-a contra a parede e a levantou. Envolveu suas


pernas altas ao redor de sua cintura. Montou sua latejante ereção entre as coxas. Em
seguida, mergulhou para trás.

Ele deslizou uma mão sob a camisa do seu pijama. Seus dedos se fecharam em
torno de seu peito, a pele sedosa em um delicioso contraste com o mamilo duro. Ela
gemeu novamente e arqueou para cima para mais. Louco pelo gosto dela, ele
arrancou seus botões e abaixou a cabeça.

Ele chupou e mordeu até que uma das pontas ficou vermelho rubi e brilhante.
Ela ofegou, mas conseguiu mover as mãos para segurar seu cabelo, puxando sua
cabeça. Através do brilho nebuloso de seus olhos, ele olhou para ela, esperando que
ela pedisse a ele para parar.

— Mais. — ela exigiu. — Dê-me mais.

Ele abaixou a cabeça novamente e deu o mesmo tratamento para o outro seio,
provocando nela uma linha tênue entre o prazer e a dor. Ela torceu e gemeu em
seus braços, sua resposta aberta como uma droga injetada em suas veias. Seu aroma
almiscarado subiu para suas narinas e zombou dele, e com um movimento rápido,
colocou sua mão por baixo o cós de sua calça. A umidade dos cachos fez cócegas
nas pontas de seus dedos. Ela respirou fundo e moveu a mão para baixo, pronta para
mergulhar no profundo e..

— Michael!

As batidas na porta bateram em seu cérebro. Sua mão fez uma pausa em sua
viagem, tentando lutar contra o nevoeiro. Um riso. — Vocês não estão fazendo nada
impertinente aí? — Venezia chamou. — Se for assim, guarde para mais tarde. Eu
preciso de você aqui embaixo por um minuto. — Outra pausa. — Michael, Maggie?
Vocês estão aí?

Ele lutou para respirar. Lutaram por normalidade. E perguntou se ele já tinha
voltado ao normal novamente.

— Eu estou aqui. Vou descer em um minuto.

— Obrigada.

Passos ecoava. O calor ficou morno entre eles e foi caindo. No momento em
que ele tirou a mão e Maggie teve seu pijama abotoado, ele sentiu como se estivesse
na Antártica em vez de Itália.

Michael percebeu que ele javia perdido um pouco da confiança entre eles. Se
ele tivesse se afastado sem ser íntimo, ela poderia respeitá-lo.
— Da próxima vez que você quiser tirar uma sensação, apenas seja honesto.
Eu não sou uma dessas mulheres que precisa envolver o sexo em um ambiente
aconchegante, um casulo fofo de emoções.

— Maggie.

— Não! — Ela abaixou a cabeça, mas não antes dele pegar a vulnerabilidade
pura em seu rosto. Sua mão tremia um pouco quando ela puxou as cobertas. — Por
favor. Não esta noite. Vá falar com sua irmã.

Ele ficou ao lado da cama, dividido entre sua necessidade em dizer a verdade
e sua necessidade em salvar sua família. Meu Deus, o que tinha acontecido? Ele
tinha que convencê-la de que não era apaixonado por Alexa, ela estava ficando
muito pegajosa. Mas será que já era tarde demais e ela não acreditava nele? E se o
fizesse, ela iria se afastar, chateado que ele a tinha enganado?

Não, o seu sangue deve ter apressado a sua outra cabeça. Ele precisava mantê-
los juntos, passar por mais seis dias, e voltar para New York. Ele manteria seu
negócio e ficaria fora da vida de Alexa e nunca mais veria Maggie novamente. Tudo
voltaria ao normal. Em seis dias. Ele permaneceu em silêncio e saiu pela porta,
deixando-a na cama, sozinha, nas trevas.

•••

— Então, quem iremos encontrar, mesmo?

Michael a levou para a Piazza Vecchia quando o sol se pôs e banhava a praça
com sua luz dourada. Ela prendeu o salto agulha na calçada quebrada e ele a
agarrou pela cintura. Firmemente ignorando a explosão de energia elétrica entre
eles, ele demorou, mas o calor de sua pele de seda subiu antes de liberá-la. Ele achou
que ela ia se colocar numa confusão com a longa caminhada e o jantar de negócios,
mas seu entusiasmo para acompanhá-lo o pegou desprevenido.
Claro, ela tinha acabado de voltar da compra do vestido de dama de honra
com as suas irmãs, talvez por isso ela estivesse desesperada.

— Senhor Ballini. Ele é dono de muitos restaurantes e pode estar aberto a


parcerias com La Dolce Famiglia. — Ele fez uma pausa e tentou rolar a língua sobre
a palavra sem um tropeço. — Ele já ouviu falar sobre meu casamento e insiste em
conhecer a minha esposa.

Ela riu e parou num carrinho para comprar taleggio, que era um queijo
macio e perfumado, e uma matriz de carnes frias salgadas. Sua conversa rápida com
o fornecedor em italiano surpreendeu, mas, novamente, Maggie Ryan recentemente
parecia cheia de surpresas. Toda vez que ele parecia entendê-la, ela vinha com uma
nova nuance.

— Precisa de mim para ajudar a fechar o negócio, Conte? — Ela piscou os


cílios em falsa admiração. — Quer que eu jogue elogios ou banque a esposa
apaixonada?

Ele segurou sua paciência. Ele tinha ficado tentado a dar uma desculpa para o
homem mais velho, mas a oportunidade era muito grande. Ainda assim, ele orou
para que Maggie fizesse sua parte. — Eu vou passar. Signore Ballini é um pouco
conservador, e eu estou procurando ter uma impressão. Talvez você possa
desempenhar o papel da mulher, apaixonada em silêncio?

— Sonhe.

A bainha de seu vestido flertou com ele enquanto passeavam tranquilamente


pela praça, aparentemente desfrutando o caráter da antiga cidade que ele chamava
de lar. A fonte de água elaborada levantou-se do centro da praça e tocou as
majestosas colunas arejadas, espaços aberto, acentuando o clássico da arquitetura.

Como se ouvisse seus pensamentos, Maggie falou. — Nick ficaria louco aqui.
O equilíbrio da natureza com objetos feitos pelo homem sempre chama sua atenção.
Bergamo tem esse caráter profundo. Eu posso ver o quão feliz vocês foram
crescendo aqui.

Ele sorriu. — Sim. Adoro viver na América, mas devo admitir que eu nunca
desisti da minha infância. Alexa amaria isso aqui, também. Nós sediamos um evento
de poesia muito famoso a cada ano, chamado Bergamo Poesia. Talvez possamos
organizar uma viagem para eles um dia?

Maggie endureceu e ele amaldiçoou a sua menção de Alexa. Será que ela
realmente acha ele cobiçou sua amiga casada? — Hm, conveniente. Levá-la em sua
própria casa com a atração de poesia. Basta lembrar o nosso acordo, Conte

Ele não teve tempo de responder. Eles atingiram a Taverna del Colleoni &
Dell'Angelo e depois de uma breve conversa com o garçom foram levados para
dentro. A decoração medieval com o teto abobadado provocou um murmúrio de
aprovação de Maggie, e então eles estavam sentados em um canto acolhedor,
enquanto Michael fazia as apresentações.

Senhor Ballini tinha um comportamento antiquado de um italiano cavalheiro.


Ele gostava de viagens, cultura, boa comida e vinho, e mulheres bonitas. Ele tinha
envelhecido bem, um elegante homem, e ele não pôde resistir a flertar um pouco
com Maggie, que parecia não só aceitar seus elogios, mas genuinamente apreciá-los.

A respiração de Michael afrouxou um pouco quando ele ajeitou o nó da


gravata azul royal. Talvez a noite fosse passar sem problemas depois de tudo. Eles
conversaram sobre itens absurdos quando o garçom discretamente serviu os pratos
de comida com uma série explosiva de texturas e sabores. Grelhado de Radicchio
com Gorgonzola, macarrão firme com sabor de porcini, amoras e camarão com
Polenta e açafrão. O Valcalepio Rosso era um rico vinho local, rico e contundente
sobre a língua, e duas garrafas foram rapidamente consumidas durante conversa.

— Senhora, já que você é da América, tenho certeza de que você tem uma
carreira. Diga-me o que você faz além de fazer Michael um homem feliz?
O corpete de corte quadrado do vestido rosa deslizou uma polegada e
mostrou apenas uma sugestão do colo, seios altos. Seu cabelo vermelho brilhava sob
o jogo de luz como fios de seda escovando seus ombros. — Eu sou fotógrafa. — ela
respondeu. — Eu amo estar por trás da câmera desde que eu era jovem.

O homem mais velho acenou com a cabeça em aprovação. — Você fotografa


paisagens? Bebês? Casamentos?

— Roupas íntimas da Calvin Klein, Cavalli, e muitos outros estilistas bem


conhecidos. Eu venho à Milão frequentemente a negócios, por isso foi uma
excelente oportunidade combinar negócios e prazer nesta viagem.

Michael prendeu a respiração, mas Senhor Ballini riu de prazer. — É


refrescante. É bom fazer ao seu marido um pouco de inveja, não?

Ela riu com ele e redirecionou a conversa de volta aos negócios quando ela
vagarosamente gemeu sobre a comida. Pegando o menu para pedir a sobremesa, ela
mencionou La Dolce Famiglia e seu sucesso em fúria, e quando ela falou forma,
Michael foi capaz de ir bem em seu campo.

Antes do café expresso, ele garantiu outra reunião, em Milão. Ele estava preste
a terminar a noite com uma nota forte quando os blocos de construção
cuidadosamente balançaram em sua fundação.

— Eu estou tentando organizar uma viagem de esqui para Aspen e tendo um


tempo terrível, com uma villa. — Senhor Ballini comentou. — A atriz americana
terrível que é dona de uma casa não irá retornar meus telefonemas. Eu li que ela vai
alugar sua casa para apenas o melhor. Eu acho que um italiano não é bom o
suficiente para ela.

Maggie entrou na conversa. — Você está falando de Rikers Shelly? — ela


perguntou.
Surpresa cruzou o rosto do homem mais velho. — Sim. Eu me recuso a assistir
mais de seus filmes. Ela é muito rude.

— Na verdade, eu conheço Shelly e ela é muito agradável.

Michael apertou a taça de vinho quando um silêncio constrangedor desceu.


Senhor Ballini endureceu sua espinha e um arrepio novo penetrou em sua voz. —
Eu não penso assim, senhora, já que obviamente ela só se digna a falar com os
americanos.

Michael abriu a boca para encerrar o longo jantar, levar Maggie fora da
porta, e esperar a Deus que o homem não cancele o encontro. — Talvez
devêssemos...

— Não seja bobo, senhor. Deixe-me corrigir isso para você. — Ela tirou seu
chamativo celular leopardo, digitou os números e falou brevemente com alguém na
outra linha. Com uma eficiência impressionante, Michael observou enquanto ela
falava com mais três pessoas, disparando ordens e conversando sem parar. Ela fez
uma pausa e colocou o telefone longe de seu ouvido. — Senhor, a primeira semana
de Setembro é aceitável?

O homem mais velho sorriu. — Perfeito.

— Sim, isso é ótimo. Dê a Shelly meu amor e diga que vou chamá-la quando
eu chegar casa. Obrigado.

Ela colocou o telefone de volta na bolsa e sorriu. — Está tudo pronto. Eu vou
me certificar de passar a informação a Michael para que você possa acertar as
coisas. Acho que foi tudo um mal entendido. Ela está ansiosa para vê-lo.

— Obrigado. Não é só bonita, mas eficiente.

Meio em estado de choque, Michael os seguiu para fora do restaurante e disse


adeus. Com uma graça casual, sua falsa esposa enganchou seu braço no dele, em um
esforço para não tropeçar nas pedras e tomou uma respiração profunda no ar suave
da noite. Eles caminharam em silêncio por um momento, ele tentou para acalmar
seu cérebro em torno da realidade da situação.

— Eu pensei que você ia estragar isso para mim. — admitiu.

Sua risada tilintante acariciou seus ouvidos e outros lugares. Lugares que
endureceram instantaneamente e doía para ser enterrado dentro dela. — Eu sei. Eu
pensei em fazer você suar em primeiro lugar. Foi divertido ver seu rosto enquanto
você tentou manter a conversa neutra. Você realmente acha que eu não poderia
lidar com situações de negócios, Conte?

A verdade nua e crua bateu nele com força total. Sim. Porque a realidade
alternativa assustou o inferno fora dele. Se ela não era o que parecia, ela era muito
mais. Uma mulher com alma, garra e paixão. Uma mulher de charme e inteligência.
Uma mulher que vale mais do que uma noite.

Uma mulher que vale tudo.

Seu coração batia e seu perfume se juntou ao redor dele. Ela o levou para a
barraca da gelato e pediu dois chocolates, pagando rapidamente e dando a ele o
copo antes que ele pudesse protestar. O centro da praça vibrava com a atividade dos
casais de mãos dadas, e ele deixou seus pensamentos preocupados ao escorregar
quando ele afundou para o momento.

— Vê aquela fonte ali? — Ele perguntou.

— Sim.

— Meu amigo Max e eu fomos para uma noite de festa e apostamos um com
o outro para ir nadar nus.

Ela arqueou uma sobrancelha. — De jeito nenhum. Será que você fez isso?
— Max fez. Eu o subornei primeiro. Ele tirou a roupa e entrou na fonte e um
dos nossos vizinhos estava com seu cão e nos pegou. Ele nos perseguiu fora da fonte,
mas Max teve que deixar suas roupas para trás.

— Qual foi o ponto de toda esta escapada masculina?

— Para ver quem tinha as bolas maiores, é claro.

Ela riu alto, o som derramando a noite, e ele olhou para baixo para ela. Um
ponto de chocolate descansou no canto da boca. O rosto dela estava aberto e suave
de uma forma que nunca tinha visto antes. E sem pensar, ele baixou a cabeça e a
beijou.

Michael não se demorou. Apenas capturou seus lábios com o seu por um
breve momento. Provando o rico chocolate, vinho tinto, e fêmea quente. Ela o beijou
de volta descontraída, dando-se a ele em tempo emprestado. Quando se separaram,
algo tinha mudado entre eles, mas nenhum dos dois estava pronto para explorar. Ela
jogou o copo de gelato no lixo e voltavam para casa, o resto do caminho em silêncio.

Mas Michael perguntou se era tarde demais para negar o que havia entre
eles. Tarde demais para acreditar que isso ainda era um falso casamento, sem
amarras, sem emoção.
Capítulo sete

— Ok, Decklan. Solte.

Suas calças bateram no chão. A luz dura acentuou os músculos esculpidos sob
sua pele bronzeada. Sua cueca abraçou as partes críticas e deixou o resto de sua
carne orgulhosa e nua. Já a mente de Maggie clicava implacavelmente sobre a
melhor maneira de obter a foto que ela precisava, escolhendo e descartando quando
ela aqueceu. Esta era uma nova equipe de modelos masculinos com quem
trabalhava a convite do designer italiano, e eles eram um pouco verdes para o
trabalho.

Confortável em seu papel, ela deixou a atração da câmera assumir. Por um


tempo, todos os pensamentos se desligaram e ela foi cativando cada momento. Ela
sempre foi mais feliz atrás das lentes do que na frente delas, como se o interior
voyeur de sua explosão livre obtivesse permissão para invadir a privacidade de
outra pessoa enquanto permaneciam seguramente distante. Ela gostava de empurrar
as barreiras e zonas de conforto, a fim de obter o perfeito click, e ela nunca desistia
até que saísse perfeito.

Suando sob as luzes quentes, ela deu uma pausa e bebeu uma garrafa de água.
Seu maquiador havia levado Carina longe para transformá-la. Maggie ainda riu da
expressão no jovem rosto da menina, quando ela teve um vislumbre dos homens
seminus no palco, como uma roupa encontrada numa liquidação de um grande
designer. Felizmente, ela ganhou um pouco de confiança, se divertiu, e Maggie
poderia seguramente devolvê-la a Michael com um humor melhor.

A imagem de Michael empurrando-a contra a parede, rasgando sua blusa, e


chupando seus seios a estremeceu. Calor correu e se estabeleceu entre suas pernas.
O que estava acontecendo com ela? Ela tinha nunca teve uma reação tão forte a um
homem. Atração, sim. Desejo cru, nu e louco saltando de seus ossos? Não.

Ela tinha sido estúpida, no entanto. Não tinha visto que o movimento vinha. O
homem a distraiu com seu abraço reconfortante. Homens acreditavam que ela
odiava carinho, que ela normalmente fazia, mas quando um homem de verdade
tentou segurá-la sem sexo, ficou na sua mente?

O beijo da última noite foi pior. Doce, sensível e cheio de promessas.

Talvez se ela dormisse com ele, ele fosse querer ir embora. Ele sempre agia
dessa forma. Talvez uma noite quente, suada iria lavar ele fora de seu sistema, e ela
poderia continuar o resto da semana sem seus hormônios adolescentes.

Ela terminou sua água e estudou a linha dos três modelos. Todos
corporalmente perfeitos. Prontos para ir. O que estava faltando?

A cueca gritava o nome do designer. Mas se ela não fizer o seu trabalho, ele
ficaria apenas como Calvin Klein e o resto deles não se destacaria. Dane-se se ela
teria o seu trabalho avaliado como segunda classe. Frustrada, ela mordiscou o lábio
inferior.

A expressão no rosto de todos os três homens de repente mudou. Maggie fez


uma pausa, em seguida, espiou atrás de seu ombro.

Wow.

Carina ficou diante dela. A maquiagem ficou perfeita e Maggie teve a visão de
uma garota que se transformou em uma jovem mulher. Sua pele brilhava como se
tivesse sido acesa a partir de abaixo, com um pouco de luz e uma pitada de pêssego
em suas bochechas, e ela tinha o olho levemente esfumaçado. Seus lábios carnudos
tinham um brilho lustroso, tanto virginal como tentador. Seu cabelo, uma vez
crespo, agora estava deitado sob o ombro, cachos brilhantes cercavam seu rosto,
dando-lhe um ar que as pessoas eram forçadas a prestar atenção. Ela ainda usava
calça jeans, mas tinha trocado sua simples camiseta por uma camisa vermelha que
enfatizavam seus seios, mas ainda manteve a modéstia.

Puro prazer correu por ela quando Carina se aproximou com confiança. E
através da reação dos três homens no ensaio, bem, ela bateu a marca perfeitamente.

— Você está linda. — disse Maggie. Ela tocou a menina nos cachos negros.
— Você gostou?

Carina acenou furiosamente. — Eu não posso acreditar que tenho um olhar


como este.

Maggie sorriu. — Eu acredito. E, eu acho que os homens concordam.

Carina corou e mudou seus pés, em seguida, sorrateiramente deu um olhar


para os modelos. Os homens olharam de repente encantados com a menina que
tinha sido praticamente ignorada antes de sua transformação. Maggie suspeitava
que o olhar vigoroso de inocência fosse uma combinação rara, e sua confiança
sendo reajustada era como um canto de sereia para homens. Nada mais atraente do
que uma mulher que gostava de si mesma. Mas algo, outra coisa em sua expressão
atual a puxou, uma emoção que ela raramente pegou no rosto de um cara.

Maggie ignorou seu coração galopante quando uma descarga de adrenalina


tomou conta. O perfeito click. Bem ali, na sua frente. — Venha comigo. — Ela
agarrou a mão de Carina e a arrastou para o conjunto. Com rápidos movimentos,
ela reorganizou o conjunto, mudou sua câmera, e ajustou a iluminação. — Decklan,
Roberto, Paolo, esta é Carina. Ela está agora no ensaio com vocês.

— O que? — Carina chiou.

Ela posicionou Carina à beira do palco e a lançou na sombra. — Cruze seus


braços assim. — Maggie ajustou Carina para encostar na parede em uma postura
casual. — Agora, olhe para fora da janela como se você estivesse sonhando com
algo. Algo que te faz feliz. Não se preocupe, seus traços ficarão turvos e sua imagem
ficará na sombra. Ok?

— Mas eu não posso...

— Por favor?

Carina balançou um pouco, em seguida, lentamente assentiu. Suas feições


estavam tensas, mas ela tentou dar a Maggie o que ela queria. Maggie girou de volta
para os modelos, colocando-os em uma linha irregular. As ligeiras protuberâncias
em suas roupas íntimas não a envergonharam, na verdade, era exatamente o que
estava faltando na foto. — Ouçam. Seu alvo é ela. — Ela apontou para Carina, que
parecia dura e desconfortável. — Imagine como seria se aproximar dela, para lhe
dar seu primeiro beijo, para fazê-la se sentir como uma mulher. Isso é o que eu
quero. Agora.

Ela pegou sua câmera e apertou o obturador. Dando instruções, ela se movia
como uma louca para capturar o elemento elusivo. . . de inocência. . . querendo. . .
tentação. Era mais do que um click, era ensaio de roupas íntimas. E sempre foi sobre
uma compra com emoção.

Com o passar do tempo, seu entorno desapareceu. Finalmente, algo cintilou


no rosto de Carina. Um pequeno sorriso descansou em seu rosto. Os homens
mudaram, estudou, e, em seguida, clique.

Entendi.

Satisfação subiu e seu corpo afrouxou com alívio. — Terminamos. Isso foi
perfeito!

Um grito combinado de aprovação surgiu dos modelos e funcionários. Maggie


sorriu com prazer, se virou, e ficou cara-a-cara com o marido.

Uh oh.
Ele parou diante dela em um terno preto Armani, uma camisa azul royal e
brilhante gravata vermelha. Sua postura perfeitamente controlada contradisse as
emoções ferventes naqueles olhos escuros. Seu olhar deliberadamente passou sobre
ela, em seguida, levado de volta para o palco. A risada de Carina flutuou no ar e
Maggie não tinha que se virar para saber que ela provavelmente estava
conversando e flertando com Decklan. O supermodelo em cuecas minúsculas.

Ela estava tão ferrada.

O medo correu por ela e lhe causou uma rebelião pura de emoção e, voltou
para tentar concertar. — Eu posso explicar.

Sua voz saiu num sussurro suave e sacudiu suas terminações nervosas. —
Tenho certeza que você pode.

Por que ele parece áspero e no limite? Como uma mulher poderia mergulhar
e descobrir todo a masculinidade primitiva que ele tem por baixo? Ela cresceu com
dinheiro, uma boa família, e relativamente poucos problemas. Ela não se ressentiu,
mas a maioria dos homens com quem se encontrou sóbria a deixaram fria e um
pouco plana. Michael não. Levaria anos para descobrir todas as suas camadas, e ela
tinha certeza de que ele ainda continuaria surpreendendo-a. Felizmente, ela não
tinha a intenção de conhecer nada sobre seu temperamento italiano.

Sua boca trabalhava para cuspir as palavras para fora. — Bem, eu decidi fazer
uma transformação em Carina enquanto eu trabalhava, para que ela não ficassa
olhando para os modelos em suas roupas íntimas, porque eu sabia que você não
estaria muito feliz com isso.

Ele estalou a sua voz como um chicote. — E, é por isso que eu a vi no palco
com os mesmos modelos nus. Por causa de sua proteção?

Ela fez uma careta. Isso não estava saindo da maneira como ela tinha
planejado. — Você não me deixou terminar. E, eles não estão nus. Então, eu estava
tendo um tempo horrível para tirar o necessário. Então Carina saiu, e estava tão feliz
com sua aparência, e muito mais confiante. . . os homens ficaram com esse olhar em
seus rostos, foi incrível, realmente. Eu nunca vi algo tão puro neste negócio, e eu
sabia que tinha que capturar a expressão e assim conseguir algo novo.

— Puro? — Sua testa subiu e a fúria despertou de seus olhos. — Você


colocou minha irmãzinha mais nova em suas fotos para ser alvo de homens
estranhos e nus, de modo a captar a pureza? Esta é sua defesa, Maggie? Você
sacrificaria qualquer coisa para vender alguns anúncios?

Whoa. Seu medo se dissipou. Como ele se atreve? Ela zombou e jogou a
cabeça volta. — Eles. Não. Estão. Nu. Você torceu as minhas palavras, Conte. Quanto
a sacrificar, parece que eu estou disposta a fazer muito mais, em nome do
verdadeiro amor. Até mesmo ter um casamento falso com você.

Ele virou o seu rosto para o dela e falou baixinho. — Você não fez isso pelo
verdadeiro amor, cara. Não esqueça que você terá sua parte nesse acordo.

— Oh, sim, então desculpe, eu não vou deixar você iludir minha cunhada e
quanto a ganhar dinheiro com isso, olhe para ela do outro lado da sala.

Sua boca se abriu. — Você está louca. Eu disse várias vezes que não estou
apaixonado por Alexa. É seus delírios que precisam controlar tudo ao seu redor. E o
que isso tem a ver com Carina? Um pouco de exibicionismo?

— Lancei-a na sombra, ninguém realmente vai ver seu rosto. Eu nunca iria
expor ela nada inapropriado.

Seu corpo tremia de quente frustração. — Você já fez isso!

— Michael? — Carina voou entre eles e deu a seu irmão um grande abraço.
O carinho e preocupação em seu olhar claramente mostrou a Maggie que ele não
sabia como lidar com sua irmã mais nova crescendo. — Você me viu lá em cima,
Michael? — Ela gritou. — Eu era uma modelo de verdade.
— Você estava maravilhosa, cara. — Sua mão gentilmente tocou seus cachos.
— Quem fez isso?

— Eu tive uma transformação. Você devia ter visto o trabalho de Maggie, eu


nunca estive em um ensaio antes e foi muito legal. Agora eu posso estar num
anúncio de verdade, e os modelos são super bonitos. Decklan me convidou para
jantar com alguns dos outros modelos e...

— Absolutamente não. — Suas sobrancelhas desceram juntas em uma


carranca feroz. — Estou feliz por você se divertir, mas o ensaio acabou. Você não vai
sair com homens estranhos que não conheço. Além disso, você está de babá para o
tio Brian esta noite.

Maggie abriu a boca para dizer alguma coisa, então rapidamente fechou.
Claro que não, ela não se envolveria. Ela era sua cunhada de mentira. Ela não era da
família de Michael. Ela não era realmente sua esposa.

Carina olhou. — Eu, sou babá para o tio Brian quase todo sábado a noite,
enquanto as pessoas têm seus encontros.

Michael passou a mão sobre o rosto. — Eu não vou discutir com você aqui.
Agora seja uma boa menina, vá lavar o rosto, volte ao normal, e vamos. Temos uma
entrevista no consulado em breve.

Silêncio.

Maggie estremeceu com o silêncio. Oh, isso era ruim. Muito ruim. Como um
acidente de trem que se aproximava, ela observou a queda do rosto de Carina com
seu comentário. Carina pressionou a mão trêmula na boca, a fim de parar de chorar,
mas sua voz saiu quebrada e fina. — Porque você não pode ver que eu não sou um
bebê e me respeita? Eu queria que você nunca mais voltasse à Itália!

Ela saiu do estúdio e uma porta bateu à distância.

Maggie fechou os olhos. Ah, merda.


Michael balançou a cabeça e soltou uma ladainha de frases criativas em
italiano. Ele passeou e murmurou, e Maggie deu-lhe amplo espaço, porque ela não
sabia se era o momento para abraçá-lo uma vez que ele parecia tão malditamente
perdido, ou esbofeteá-lo na esperança de que ganhasse algum sentido.

Ela decidiu se comprometer.

Ela pulou na frente de seus rápidos movimentos que ele quase aterrisou nela.

— Michael

— Sim? O que eu faço agora? Hein? Será que é tão errado negar a ela sair
com um bêbado ou com um monte de modelos masculinos nus para se perder para
sempre? Somos um das mais ricas famílias da Itália. Ela é muito jovem! Ela poderia
ser seqüestrada e resgatada. E, por que ela parece tão diferente? Ela sempre foi babá
para Brian e disse que amava fazê-lo. De repente, ela quer mudar sua rotina e
rondar a cidade para alguém seqüestrá-la? Absolutamente não.

Maggie prendeu os lábios. O absurdo de seus comentários bateu com força, e


ela socou para baixo em seu instinto e desatou a rir. O poderoso Conte realmente
estava de mau humor, parecendo um urso, não querendo lidar com a realidade de
sua irmã voando para vida. Aos 21 ela estava correndo para sua própria vida, e
ninguém se importava com quem ela saía, com quem ela chegava a casa à noite. Ela
tossiu em sua mão e se concentrou em tentar olhar grave. — Bem, eu concordo, eu
não iria deixá-la ir a uma festa de bêbados também.

Ele estreitou os olhos, como se a desafiando zombar dele.

Ela levantou as mãos em defesa. — Ei, isso soa como babá de quatro sobrinhos
indisciplinados, seria uma explosão, mas a menina foi convidada para jantar com
um homem agradável, bonito e quer ir. Você não pode culpá-la por perguntar. —

Ele praticamente engasgou. — Você a deixaria ir?


— Eu iria deixá-la ir com condições. — ela corrigiu. — Eu não conheço o
grupo bem o suficiente para deixá0la ir sozinha. Mas eu tenho uma amiga que
poderia se juntar a eles. Ela tem uma filha da idade de Carina, com quem eu acho
que Carina poderia se dar bem. Eu costumo visitar Sierra quando estou em Milão, e
ela é alguém em quem confio. Eu não sei se ela está livre hoje, mas eu posso fazer
uma ligação. Ela pode ser acompanhante, e levá-la para casa depois do jantar. Se
não, então eu concordo com você completamente, ela não deve ir sozinha. Mas pelo
menos, parece que você está tentando um compromisso.

Ele praticamente gemeu. — Como é que Mama vai lidar com o seu
temperamento? Carina é geralmente tão calma e reservada. O que está acontecendo
com ela? Porque ela não ouve?

Maggie suavizou sua voz. — Por que você está tentando tão duro não deixá-
la crescer?

Ele levantou a cabeça. Por um momento, ela teve um vislumbre de tristeza e


medo no fundo dos seus olhos azuis. Ela tocou sua face dura, precisando do contato
da pele na pele.

— Eu fiz uma promessa de não falhar.

Suas palavras chegaram a seus ouvidos em um sussurrar. Seu coração se


apertou, mas ela apertou ainda mais, a necessidade de aprofundar mais. — A quem
você fez uma promessa, Michael?

— Meu pai. Antes de morrer. — A confiança normal que ele tinha vacilou.
— Eu sou responsável por todos eles.

A consolidação do peso que carregava sobre os largos ombros bateu com


força total. Ela nunca imaginou que alguém poderia tomar as palavras tão
literalmente, mas parecia que Michael acreditava que todo o sucesso e fracasso de
sua família repousavam sobre ele. A tensão e a pressão de tomar decisões por todos
eles sopraram em sua mente.

Deus, ela só tinha a si mesma para invocar por tanto tempo que não saberia
como fazer escolhas difíceis para os outros. Qualquer homem que ela conhecia teria
ido embora e limpado as mãos da bagunça. Mas não ele. Não, uma vez que a pessoa
pertencia ao mundo de Michael, ele olharia por eles para sempre.

A necessidade de mulher quente que ele cuidou tão apaixonadamente abalou


sua mente, seu corpo, e balançou a alma. Qual seria a sensação de ser reivindicada
tão completamente por ele?

A garganta de Maggie apertou com emoção. Seu delicioso aroma picante


rodeava, e o calor de seu corpo queimou através de suas roupas e estendeu a mão
para prendê-la. Ela almejava desabotoar sua camisa e passar suavemente as palmas
das mãos sobre seu peito nu, abrir as pernas e permitir que ele mergulhasse dentro
dela, fazendo parar a dor sem fim que a tomava. Em vez disso, ela deixou cair a mão
e deu um passo para trás. Ela estava cansada de correr, mas, às vezes, parecia a
única coisa que ela sabia fazer bem.

— Se não deixá-la cometer alguns erros, como é que ela vai aprender? — ela
perguntou baixinho. — Carina é louca por você. Ela só precisa de espaço para
respirar um pouco. — Ela fez uma pausa. — Sua família tem sorte de ter você
olhando por eles. Agora, deixe-me fazer uma chamada e ver se podemos consertar
isso.

Ela agarrou seu smartphone e discou.

•••

Michael viu a porta fechar e esperou por sua irmã para sair. Dios, ele estava
aprisionado no inferno feminino e não via saída. Sim, Venezia tinha sido difícil, mas
uma vez que ela se apaixonou por Dominick ela se acalmou, e ele foi capaz de
relaxar. Claro, sua decisão de assumir uma carreira fora do negócio familiar causou
uma enorme confusão, e ele ainda estava decepcionado, mas isso era suave em
comparação a iminente decomposição da doce inocência de Carina.

Julietta tinha sido uma brisa, não se interessou em meninos e conduziu tudo
para ter sucesso na sua carreira e provar seu valor. Ela lembrava tanto Mama, como
ela tinha capacidade de foco e um sentido no negócio afiado, que construiu La Dolce
Famiglia. Seu pai pode ter transformado o lugar em uma cadeia de sucesso, mas sem
a visão de sua mãe, não teria havido nada.

Carina era diferente. Ela sempre foi a garotinha do papai e tinha uma leveza
de espírito, mais ninguém a reivindicou na família. Ela experimentou as emoções
mais profundamente, viu coisas que ninguém mais fez, e sua capacidade se dar sem
cautela tinha preocupado Papa.

A cena no leito de morte de seu pai brilhou em sua mente. A promessa de


manter sua família segura e protegida. Para sempre cuidar das meninas. E liderar a
padaria em uma cadeia de sucesso. Falhar nunca foi uma opção.

Suor brilhou na testa enquanto olhava para os três homens pendurados em


volta, à espera de Carina. Eles eram definitivamente mais velhos. Ele considerou
mesmo deixá-la ir?

Ele marchou em direção à pequena geladeira e pegou uma garrafa de água,


dando a tampa uma torção viciosa. Sua falsa esposa tinha feito isso de novo. Sua
irmã inocente tinha estado em uma sessão de fotos para roupas íntimas do sexo
masculino, sofreu uma transformação, e queria sair com modelos. Por que ele
trouxe Maggie aqui?

Ah, sim. Porque ela era sua esposa.

Ele meditou enquanto bebia sua água e observava. Ele odiou o salto minúsculo
que seu coração deu quando ela se virou e encontrou seu olhar. Estava se tornando
comum a conexão de fogo que existia entre eles, a pequena chama de consciência
que iluminou seus lindos olhos verdes e tentou induzi-lo a empurrar seus limites. A
tentação física que ele poderia segurar.

Eram as outras coisas que estavam começando a incomodá-lo.

Sua capacidade de surpreendê-lo era a pior. Ele esperava certa intimidade no


set com Maggie e os modelos. Ele nunca tinha estado em uma sessão ao vivo, e seu
olho afiado e seu jeito fácil o fascinou. Na primeira, distraiu Carina no palco, mas
logo Maggie puxou seu olhar até que tudo caiu. Ela tomou controle da cena de uma
maneira que nunca se sentiu ameaçada, mas na verdade encorajava o trabalho em
equipe.

Oh, ela flertou. Era parte do núcleo da mulher. Mas, quando ele continuou a
estudá-la, ele viu muito mais abaixo da superfície ondulante, superfície fria, como a
descoberta de um coral vivo escondido embaixo das silvas barrentas das plantas
marinhas maçante.

Ela sempre manteve distância.

Não fisicamente. Ela tocou, muitas vezes, até mesmo ele se contorceu quando
ela teve que ajustar a saliência entre as pernas dos modelos. Ela riu, brincou e deu
piscadelas impertinentes em uma boa diversão. Mas havia um frio distanciamento
em sua aura, em torno dela como um emaranhado de arbustos com espinhos, de
aparência desagradável. Olhe, mas não toque. Toque, mas não sinta. Suas emoções
estavam presas e controladas a um ponto de estrangulamento. No entanto, quando
ela olhou para ele, ela parecia tentar dar-lhe mais. E ele queria mais.

Mas será que ela diria não? Seu orgulho golpeou seu primeiro encontro, com
a falsa crença de que ele estava apaixonado por sua melhor amiga e todos os fatores
conspiraram para formar uma grande confusão de alguma maneira.

A menos ele pegou o que ele queria.


Sua estrutura ágil, vestida com elegante calça preta, uma túnica preta sem
mangas combinando, e sua ridiculamente alta sandália preta enfatizou cada
movimento gracioso e curva sedutora. Seu lindo cabelo canela jogou um jogo de
esconde-esconde, mostrando a nuca de seu pescoço, bochechas macias, e seu longo,
refinado nariz que sempre olhou para ele. Seria o príncipe à quebrar suas defesas
mortais, puxando para seu núcleo italiano? Quando outra mulher jamais o desafiou
como esta?

Ele queria que fosse ela.

O som de seu nome estalou através de seus pensamentos. Maggie apontou


para o telefone, em seguida, fez um sinal positivo para ele. — Ok, Sierra está livre.
Ela pode estar aqui um pouco tempo e levá-la para casa esta noite. Você pode
confiar nela. Mas cabe a você.

Seu batimento cardíaco acelerou com a idéia de enviar sua irmã fora com
homens e uma mulher estranha que não conhecia. Mas algo nas palavras de Maggie
soou verdadeiro. E se ele não deixasse Carina ter um pouco dessas experiências ela
explodiria? Ele não podia estragar tudo. Carina e sua promessa à Papa eram muito
importantes.

— Maggie, eu posso confiar a minha irmã à esta mulher?

Algo explodiu para a vida nos olhos de sua falsa esposa. A memória da dor,
então arrependimento. — Sim. Eu nunca iria colocar Carina em uma posição
vulnerável onde ela poderia se machucar. Eu conheço bem Sierra, e ela não vai
deixar nada acontecer com a sua irmã.

Ele acenou com a cabeça. — Certo. Eu vou falar com Carina.

— Falar-me sobre o que?

Ele se virou e ela ficou ao lado dele. Queixo para cima em desafio. Os olhos
brilhando. Ela havia tirado a maquiagem, mas mesmo Michael admitiu que era
muito melhor isso do que ela tinha colocado antes. Agora, ela parecia fresca. A
própria, só que melhor. — Maggie fez arranjos para você ter uma acompanhante
hoje. — ele disse.

Carina engasgou.

— Dios! Você está brincando comigo? De verdade, eu posso ir?

Michael levantou a mão. — Há regras. Você me manda mensagens de texto e


me deixa saber onde está em todos os momentos. Sierra será responsável e irá levá-
la para casa. E antes de ir, eu terei uma conversa com eles. — Ele apontou os dedo
para os modelos, agora vestindo camisa, jeans e cabelos penteados em seus cortes de
grife. — Capisce?

Carina assentiu freneticamente. — Sim, obrigada, Michael.

Seu coração floresceu para ela feliz, numa expressão aberta.

— As fotos estão prontas. — Maggie disse.

Eles se juntaram a ela no pequeno computador, que mostrou um monte de


fotos em um rápido fluxo. Ele ouviu quando Maggie foi atrás deles, apontando
problemas e deficiências, o que ela gostava e não o fez. Suas opiniões eram ousadas,
mandona, e o transformou em grande divertimento. Nada como uma mulher forte
nos negócios, ele sempre quis isso em sua companheira. Infelizmente, muitas das
mulheres que ele amou, tinha a idéia de encontros para cuidar delas, e embora ele
possa vir de uma família tradicional, ele ansiava por algo mais em sua esposa.
Alguém com um pouco de bronze.

A tela mostou uma imagem e todos pararam. Michael prendeu uma


respiração.

— É isso. — Maggie sussurrou. — Eu consegui.


Michael olhou para a foto. Carina se inclinou contra uma parede falsa,
olhando para espaço. Moldada em meia sombra, sua figura era turva, luminosa. As
características do seu rosto foram escondidas por uma onda de cabelo grosso e ela
estava olhando com saudades de alguma coisa... lá fora.

Os três homens foram cuidadosamente posicionado atrás dela para mostrar o


produto, mas ela não parecia colocada. Como se tivessem visto um anjo, que parecia
enraizado no chão, encantados com ela, expressões de cintilação em toda
necessidade de seus traços fortes. O aspecto físico da imagem foi pequeno em
relação às emoções não expressas em cada corpo espectador, obrigando a parar e
olhar mais profundo.

Um som alto saltou de um cara da produção cara e ele olhor para Maggie. Ela
inclinou a cabeça e olhou para ele. — Posso usá-la, Michael?

Carina balançou a cabeça, ainda olhando como se em transe. — Como é que


você faz isso, Maggie? — Ela inspirou admiração. — É tão bonito.

Maggie riu. — Parte do meu trabalho.Você é a estrela, no entanto. Você é a


única que está bonita.

Michael olhou sua irmã e o rubor se transformou em prazer. Seu corpo


tremia um pouco, como se preparasse para um bloqueio. Como foi ela capaz de ver
exatamente o que sua irmã necessitava? Sim, ela era uma mulher, mas ela sempre
elogiava a si mesma como desconectada, diferente do material de uma mulher
normal. Cozinhar, conversar, fofocar, crianças, cenas domésticas. No entanto, ela
ofereceu a sua irmã um elogio que simplesmente veio de sua alma, sem pensar para
adoçar ou ser falso.

Michael se inclinou e apertou um beijo na cabeça de Carina. Então, ele olhou


para os olhos de uma menina que não era mais uma menina. — Ela está boa, você
sabe. Você é bonita. E sim, Maggie, você pode usar isso.
A súbita emoção sufocou em sua garganta até que ele se virou abruptamente e
desapareceu pelo corredor. Condenado, ele precisava de um momento para voltar
ao normal.
Capítulo Oito

Ela estava aprovada para se casar em uma cerimônia civil no momento. Hoje.
Neste momento.

Maggie se sentou na luxuosa banheira e soltou um suspiro. Um spray de


espuma emergiu e polvilhou o ar com pequenas goticulas que brilharam ao
capturarem os últimos raios de luz. Ela balançou os pés encharcados, apoiando suas
pernas nas laterais.

Sua visita ao escritório do Tribunal de Milão a aterrorizava. Falar de um falso


casamento era uma coisa, na verdade a apresentação de papéis era outra. Após a
obtenção do Atto Notorio com duas testemunhas, eles alcançaram o Nulla Osta, a
declaração final da sua intenção de casar, depois de pilhas de papel, foi aprovado,
com firma reconhecida, e arquivado.

Maggie gemeu. Por causa dos contatos de alto nível de Michael e ser bem
conhecido, sua mãe tinha aliviado a quantidade de papelada e eles foram capazes de
cuidar de tudo em uma tarde movimentada. Maggie levantou sua mão e olhou
novamente para o alegre brilho do anel de diamante cercando seu dedo. O plano de
Michael parecia infalível. Ele amarrou sua mãe, até que nos próximos meses
Venezia estaria em segurança e casada, então ele comunicaria que houve uma
preciptação terrível e com isso sua dissolução.

Bagunçado, mas necessário. Maggie deu um suspiro profundo quando o


delicioso aroma de sândalo acalmou seus sentidos. Era verdadeiramente
surpreendente o comprometimento de Michael, passando por uma situação como
essa apenas para ajudar sua irmã, e suas ações de respeito sob medida para com sua
mãe. Em vez de colocar suas exigências malucas, obrigando-o a se casar para
permitir que sua irmã pudesse fazê-lo, ele arquitetou um plano para fazer todos
felizes.

Exceto a si mesmo.

Sua pele formigava e ela descansou a mão no bojo de seu peito, acariciando
gentilmente. Que tipo de mulher faria Michael feliz? Alguém doce e pouco
exigente? Ou será que ele estaria terrivelmente aborrecido dentro de meses? E por
que ela se importava tanto? Porque ela o queria.

A verdade bateu nela como um choque, fazendo-a se agitar. Sim, ela sempre
soube que eles tinham química sexual. Mas dormir na mesma cama, vendo-o em
seu elemento, ele iria fazer coisas terríveis para ela. Ela ansiava finalmente saciar
seu apetite e ser feito com ele. Afinal, se sua trajetória tivesse qualquer indicação, ela
estaria feliz e satisfeita pela manhã, e poderia seguir em frente. Nada era pior do
que o sentimento cruel de vazio em seu estômago quando ela se virou e percebeu
que o homem a seu lado não era o único. Nunca seria a única. Certamente, um boa
luta de sexo saudável e satisfatório iria finalmente acalmar seus hormônios.

Mas o que dizer de Alexa?

Ela mordeu o lábio inferior no pensar. Ele pode querer negar, mas ele amou
sua melhor amiga. É claro que, depois desta viagem, ele finalmente ficou longe de
Alexa e sua família, e Maggie não precisaria se preocupar com ele estragando as
coisas.

Era apenas sexo. Eles concordaram em se casar de qualquer maneira, para


que ele pudesse dar um soco em sua armadilha. Ninguém jamais precisaria saber.
Eles eram adultos e poderiam lidar com uma relação estritamente física.

Ela queria ter relações sexuais com Michael Conte. Excitação deslizou por sua
coluna. Seus mamilos endureceram com o pensamento sob a àgua. Ela não iria se
contentar com o segundo melhor porque, mais uma vez, a barganha estava em seus
termos. Suas regras.

Ah, sim.

Sua fantasia explodiu na frente dela quando a porta se abriu.

Um grito de menina escapou de seus lábios. Ela deslizou mais para baixo por
baixo das bolhas e rapidamente puxou a perna da borda. Michael entrou, um copo
de vinho branco de um lado, uma bandeja com crème luscious na outra, e um
completo sorriso perverso curvando seus lábios.

— Bom dia, cara. Você está gostando seu banho?

Ela engasgou e tentou não corar como uma colegial. — Você está brincando
comigo? O que você está fazendo aqui? Como a maioria mulheres casadas
afirmaria, eu estou com dor de cabeça.

Ele teve a audácia de rir. — Ah, eu já ouvi essa expressão antes. Nós apenas
vamos beber uma das nossas melhores garrafas de vinho pinot grigio, e eu pensei
que você queria desfrutar de um gole enquanto você se banhava.

Ela franziu o cenho. — Bem, bem. Obrigada. — Maggie pegou o copo meio
cheio e respirou o perfume de limão e citrus carvalho picante. — Você pode colocar
a bandeja ali.

Ele colocou sobre a pequena saliência no final da banheira e olhou para ela.
Recusando-se a contorcer sob seu olhar, aberto e quente, ela olhou de volta,
soprando para tirar alguns fios de cabelo solto molhados fora de seus olhos. — Você
pode ir agora.

Ele se sentou no pequeno banco alguns centímetros de distância. Ele tinha


trocado de roupa, e parecia casual com jeans desgastados e uma camisa branca de
botão. Seus pés estavam nus e seu cabelo caiu solto em seus ombros, que de alguma
forma o fizeram ainda mais sexy. Sua presença jogou para fora todo o ar do
banheiro, deixando-a sufocada. Já que estava familiarizado tentou ganhá-la com
uma espécie de super herói do sexo. O que era isso?

Ela esperou, mas desde que ela estava nua, ele não parecia sentir a
necessidade de conversar. — O que você ainda está fazendo aqui?

— Eu pensei que iríamos conversar.

— Tudo bem. Tire suas roupas e vamos falar.

Ele não se moveu, mas suas feições mudaram e, de repente, ele estava todo
macho quente e predador. — Está certa sobre esse pedido?

Porra, seus habituais comentários sarcásticos estavam tendo o efeito errado.


Por que ele não estava indo embora? Uma luz de desafio brilhava dentro de seus
olhos, e com horror, seu corpo aceso à vida. A água balançou entre suas coxas
abertas. Seus mamilos endurecidos por baixo das bolhas. Ela pegou sua respiração
enquanto seu olhar deliberadamente caiu e a acariciou escondida, nua. O que
diabos estava acontecendo?

Ela mudou de tática. — O que você quer falar?

— Negócio, acordo.

Maggie deu de ombros. — Pensei que estava no curso. Os papéis são


arquivados para que a sua mãe saiba que estamos legal. Você viu quando ela
perguntou várias vezes para ter certeza que tudo estava em ordem? Ela é astuta.

— Sempre foi. —

— Meu trabalho é longo. A compra do vestido está atrás de mim.

— Bom.

— Outro jantar em família na noite de sexta-feira, ah, e Julietta quer que eu


visite a padaria com você amanhã. Tudo bem?
Ela franziu o cenho. — Por que você ainda está aqui?

— Porque eu quero uma coisa.

— O que?

— Você, cara.

Sua barriga despencou. Ela trabalhou sua mandíbula para cima e para baixo,
mas não saiu nada, apenas ruídos estranhos, porque ela não tinha ar em seus
pulmões. Michael nunca se moveu, apenas permaneceu posicionado sobre a borda
da banheira. Sua postura fácil contradisse o calor e demanda em seus olhos quando
ele olhou para ela como um gato faminto pronto para dar o bote em sua refeição da
noite. Ah, só o pensamento dele a mordendo em algum lugar fez seus membros
derreterem. O que ele disse?

— O que você disse?

Seus lábios se curvaram. — Você me ouviu. Aqui, tente uma mordida.

— Eu não quero.

Ele estendeu a mão e empurrou o crème lentamente entre os lábios. Ela abriu
por reflexo, em seguida, mordeu. O esquisito gosto manteigado da massa explodiu
em sua boca. O creme rico revestiu a língua de puro prazer. Ele a viu mastigar, e seu
polegar correu o lábio inferior para pegar a última gota de creme persistente. Com
deliberado movimentos, ele colocou o dedo na boca e sugou.

Suas coxas ficara, tensas. A umidade infiltrou entre suas pernas e ela sabia
que não tinha nada a ver com a água. Seus olhos arregalaram quando ele trouxe o
copo aos lábios. Uma gota preciosa caiu em sua língua, e a picada de líquido gelado
deslizou por sua garganta e transformou num gemido. Ele colocou o vinho na borda
e se inclinou. — Bom. — ele murmurou.

Maggie piscou.
Seu olhar encantado a prendeu. Pelos ralos cobriam sua mandíbula e
combinou com a imagem de um homem civilizado. O perfume inebriante de
sândalo e sabão encheu suas narinas.

— Hum. Sim.

Suas mãos deslizavam por seus ombros, provocando uma linha através das
bolhas e deixando um rastro de arrepio apimentado. — Que cheiro é este?

— Hein? — Oh, meu Deus, ela tornou a se silenciar. Ela lutou para emergir
da tortura física de seu toque logo acima seus seios. — Sândalo.

— Está me deixando louco. Quando eu finalmente, provar você, você vai me


lembrar do perfume da terra, doce contra a minha língua?

Ela percebeu então que ele era o mestre. Ele fingiu que estava no comando o
tempo todo. Não é de admirar que o divertiu! Seus membros se desligaram
molemente, seu centro doía, e sua pele queimava até debaixo d'água. O homem
tinha que esperar a sua hora e ela chegou, quando ela estava mais vulnerável. Por
que ele de repente queria mudar as regras do jogo? Maggie forçou seu cérebro para
trabalhar através da névoa sensual.

— Por que está fazendo isso agora? — Ela perguntou ferozmente com uma
pitada de irritação, sabendo que tinha perdido, ela iria se atirar para ele e pedir para
ele levá-la. — Você está jogando algum jogo doentio comigo?

Seu rosto apertou com determinação. — Você é a única jogando jogos, la mia
tigrotta. — ele rosnou. — Eu queria você desde o primeiro dia, e nunca neguei isso.
Eu estou cansado de brigar com você quando podemos estar fazendo outras coisas.
Coisas mais agradáveis. . . para nós dois.

O fato de ele chegar à exata conclusão tinha irritado ela. Ela deveria fazer
uma proposta a ele. Michael estava louco se ele achava que ela iria humildemente
sentar e deixar ele seduzi-la e permanecer no cargo. Foi idéia dela finalmente ter
relações sexuais e tirá-lo de seu sistema. Dane-se se ela permitir que ele vença esta
rodada.

— Eu preciso de tempo para pensar.

Ele se levantou da banheira e acenou com a cabeça educadamente.

— Por favor, dê-me uma toalha.

Ele olhou para ela. A luta em seu rosto, se quer ou não empurrar, finalmente
resolveu. Maggie percebeu que uma camada de confiança tinha começado a
construir, e sabendo que, como ele iria ficar irritado, ele sempre permanecer no
controle suavizou um medo profundo que tinha sido enterrado por muito tempo.
Ele pegou a toalha de banho rosa do gancho e entregou a ela, em seguida,
discretamente se virou.

Maggie sorriu em triunfo. Lentamente, ela se levantou da banheira, espremeu


as gotas das pontas de seu cabelo e secou a maioria das bolhas. Então ela deixou a
toalha cair no chão.

— Ok, eu estou pronta agora.

•••

Michael virou.

Ela estava nua.

Gloriosamente forte, vibrantemente.

Ele mal se lembrou da primeira vez que ele tinha visto um par de seios nus.
Como um jovem à beira da sexualidade, nada passava por seu pensamento, nada
poderia bater naquele momento para ele.

Isso fez.
Ela ficou em pé, cabeça para trás, com a toalha agrupada ao redor de seus pés.
Uma expansão infinita de pele lisa de ouro estava diante dele, úmida do banho,
brilhando com os restos das bolhas. Seus seios eram altos, completo, e coroado com
mamilos vermelhos. Sentiu a boca encher de àgua na visão de provar e chupar a
fruta madura. Suas pernas eram para sempre, magra e musculosa. E um triângulo
perfeito com cabelos cor de canela escondendo seus mais íntimos segredos. Mal. O
perfume da excitação dela e seu corpo acenaram para ele.

No entanto, ele ficou imóvel no meio do piso em cerâmica, completamente


incapaz de se mover.

Ela o torturou durante toda a tarde. O cabelo dela em seus ombros, seu humor
sarcástico, a vibração que brilhava até mesmo quando ela parou. Lembrou-se
daqueles poucos centímetros preciosos na outra noite. Se sua mão tivesse
mergulhado um pouquinho menos, ele teria sido capaz de tocar fogo líquido.

A mulher estava sob sua pele e só havia uma maneira de removê-la. Dormir
com ela. Tirá-la de seu sistema, e na parte da manhã, talvez eles voltassem ao
normal. Inferno, eles não estavam fazendo bem um para o outro. Eles queriam
coisas diferentes, ansiavam por diferentes estilos de vida. Ele queria uma família
grande e uma casa resolvida com o menor drama. Ele queria alguém doce, bastante
flexível, mas com coragem suficiente para evitar que ele ficasse entediado.

Sexo pode consertar tudo. Ele estava certo do mesmo.

A rejeição de Maggie doeu nele, mas ele se recusou a forçá-la. A profunda


decepção em sua incapacidade de ser honesta com ele só provou o seu ponto, eles
não eram equilibrados. Ele elogiou sua honestidade como um dos fatores mais
importantes em um relacionamento, e qualquer que seja o segredo que ela escondia,
ele apostou que ela nunca compartilharia. Com ele. Com ninguém.

Mas, novamente, ela o surpreendeu. Em seus próprios termos malditos.


Ela teve a ousadia de dar de ombros e olhar para baixo o nariz para ele como
se ela estivesse vestida com um vestido de verdade. — Eu concordo com sua
proposição de dormirmos juntos. Mas desde que você fique quieta, não pode falar
nada, eu vou pegar um vestido e vamos revisitar o tema mais tarde. Quando você
estiver mais. — Seu olhar vagou para baixo, para a seu monte e rapidamente subiu
e ela sorriu — Funcional.

Ela se dirigiu para a porta.

Dois passos e ele fechou a distância. Bloqueando o botão. E lentamente a virou


ao redor. Seus olhos se arregalaram. Com deliberados movimentos, ele a apoiou
contra a porta. Inclinou o queixo. E empurrou seu joelho entre as coxas para fazê-la
abrir. Ela prendeu a respiração quando ele abaixou a boca para a dela.

— Eu estou pronto, cara. — ele sussurrou. — E você?

Sua boca tomou a dela.

Ele gostava de seduzir as mulheres. Amou a lenta queda da língua, a captura


de ar, a escalada fácil do desejo quando cada passo levou à conclusão. Ele se
considerava um mestre na arte da estimulação, mas um impulso entre os lábios
destruiu qualquer tipo de controle que ela já teve.

Seu corpo caiu contra o dele, tão molhado com o calor entre suas coxas e com
bolhas, fervendo. Isso não seria fácil, gentil, conseguido com um beijo. Isso seria
como ganhar uma guerra sem sobreviventes. E Michael amava cada centímetro de
sua total rendenção.

Ele mergulhou fundo em seu gosto. Ela gemeu e empurrou seus quadris para
cima, seus dedos cavando em seu cabelo enquanto ela segurava contra ela e exigia
mais. Suas mãos deslizavam sobre seu corpo e se deleitava com cada centímetro
glorioso, apalpando os seios e aprimorando os mamilos com seus polegares quando
engoliu os gemidos. Ele colocou suas pernas mais distantes, enquanto ela ofegava,
então enganchou uma de suas coxas ao redor de sua cintura para se fixar a ela. Ele
tirou os lábios dos dela e olhou seus olhos verdes aturdidos com luxúria.

Sua mão se moveu de um de seus seios e viajou para baixo, parando no topo
de sua barriga. — Eu estava morrendo de vontade de afundar meus dedos em você.
— ele murmurou. — Você está pronta para mim?

Sua respiração era um sussurro sexy. — Você fala demais, Conte.

Ele sorriu e deslizou seus dedos nas dobras inchadas.

Ela gritou e jogou a cabeça para trás contra a porta. Seu corpo pulsando, seu
canal sedoso se fechou em torno dele e apertou. Ele murmurou uma maldição em
resposta, sua necessidade por ele era evidente na onda do líquido que encharcava os
dedos. Dios, ela era a mulher mais bonita que ele já tinha visto, assim aberta a todas
as sensações. Ele acariciou profundamente, enrolando os dedos, e bateu no ponto
doce quando ela arremessou seus quadris e chegou mais perto da borda.

Sua ereção cresceu dolorosa, mas seu rosto era uma criação da beleza erótica
que ele não queria perder. Seus dentes afundaram na carne inchada de seu lábio
inferior, e seus olhos semicerrados quando ela lutou contra a crescente necessidade
de libertação. Seu corpo floresceu debaixo dele, mas suas mãos cerraram os punhos
e empurraram contra seu peito. Sua necessidade infinita para controlar o resultado
de cada encontro zombava dele para fazê-la se render completamente. Para ele.
Para isso.

Ele apertou firme o botão, pulsando uma vez. Duas vezes. Em seguida, baixou
a boca e chupou seu mamilo.

— Michael.

— Você fala demais mesmo, cara.

Seus dentes rasparam sobre a ponta inchada enquanto seus dedos


provocavam impiedosamente. Seus músculos da coxa tremeram, e seu batimento
cardíaco retumbou em seu ouvido. Seu glorioso perfume almiscarado subiu para
suas narinas e ele sabia que ela estava prestes a explodir. Pela primeira vez, ela
estava no presente, entregando seu corpo, e aberta a tudo o que ele lhe dava. Sua
ereção pulsava, e o rugir de sangue em suas veias.

— Michael! Não, eu vou...

— Eu quero que você venha. Agora. Vem, Maggie.

Ele mordeu o mamilo quando os dedos mergulharam uma última vez.

Ela gritou e o apertou impiedosamente. Seu grito rasgou o ar quando ela


estremeceu e arqueou contra ele, e ele a abraçou quando ele prolongou seu
orgasmo, mantendo seu corpo contra o seu.

Ela cresceu vacilante. Ele murmurou palavras calmantes e deu um beijo em


sua têmpora, lentamente removendo os dedos. Ele estava certo sobre a química entre
eles, mas nada o preparou para o aumento de emoção e conexão que de repente
apertou seu estômago. Ele queria colocar ela na cama e reclamá-la completamente.
Passar horas emaranhadas até que ela não pudesse pensar em outra observação
inteligente e só em murmurar seu nome. De onde vinha tanta ternura?

Ela ainda estava em seus braços, sua respiração voltando ao normal. Ele
acariciou sua bochecha e decidiu levá-la para o quarto, para que eles pudessem
conversar e fazer amor e..

— Bem, graças a Deus. Eu precisava disso. — A calma, no seu tom


contradisse sua leve agitação, mas antes que ele pudesse acalmá-la, ela o empurrou
e pegou a toalha do chão, enrolando em torno de si mesma. Ela sacudiu a cabeça e
soltou um suspiro longo e aliviado. — Obrigada. Você quer que eu cuide de você?

Sua irreverência o cortou profundamente. Ele deu um passo de volta,


perguntando se ele tinha sido um idiota. Por que ela estava tão determinada a agir
despreocupada, quando um minuto atrás ela estava gritando seu nome e agarrada a
ele com uma ferocidade que ele nunca tinha experimentado em uma mulher? Seu
olhar pegou e desfiou, mas ela permaneceu perfeitamente tranquila. E distante.

— Você quer cuidar de mim? — Ele perguntou friamente.

Ela encolheu os ombros. — Se você quiser. Olho por olho. Não há tempo para
uma longa maratona, prometi à sua mãe ajudá-la com o jantar, então eu tenho que
me vestir. Bem? — Ela levantou uma sobrancelha e esperou. Uma sensação de
naufrágio disse que ele estava em apuros. Por alguns momentos, ela pertenceu a ele
completamente. No entanto, ela era incapaz de manter qualquer tipo de
proximidade. Por que ele estava tão chateado com ela por sua incapacidade de se
conectar? Por que ele se importava?

— Por que está fazendo isso, cara? — Ele perguntou gentilmente.

Maggie recuou quando ele falou. Ela praticamente rosnou. — Desculpe se eu


não quero falar sobre coisas melosas após um orgasmo, Conte. Eu pensei que
estávamos além disso.

O silêncio desceu com indizível emoção. Finalmente, ele acenou com a


cabeça, em seguida, desligou a flor de ternura como se quebrasse a haste da delicada
flor. — Você está certa, Maggie. Eu pensei que nós estávamos, além disto, também.

Ele pegou a maçaneta e abriu a porta. — Depois do jantar, nós vamos cuidar
disso. Já que você foi a única a convencer Carina à quebrar sua promessa com
Brian, é você quem vai assumir a responsabilidade.

Sua boca caiu aberta. — Brian tem quatro meninos! Estou exausta. De jeito
nenhum, eu não vou ser babá esta noite.

Ele se inclinou para frente com um ar ameaçador e atirou sua voz de


comando. — Você será babá esta noite. Vamos jantar. Se vista e encontre-se comigo
lá embaixo.
Ele fechou a porta em seu protesto barulhento e saiu com uma excitação e um
temperamento fervente.

•••

Ela errou.

Maggie olhou para o falso marido debaixo dos cílios, enquanto lutava com
seu sobrinho gritando que se recusava a ir para o berço. Michael tinha enrolado as
mangas de sua camisa branca, e seus antebraços flexionados fortes quando o bebê
chutou e cuspiu com fúria crescente. Se ela não estivesse tão miserável, ela
conseguiria rir da cena. Sua aparência normalmente legal agora mostrava um
homem, desgrenhado cansado que parecia querer apenas o sofá e o controle
remoto.

Era só 08:30, o quarto parecia como se tivesse vomitado. A pintura alegre de


amarelo e azul com animais marinhos vivos esboçados nas paredes agora parecia
uma missão de mergulho indo horrivelmente errado. Crayon marcava as paredes,
livros foram lançados em toda parte, e o recheio do ursinho azul caiu para fora, já
que tinha sido rasgado em algum tipo de experimento estranho.

— Ele ainda está com fome? — Ela perguntou, dando um passo à frente e
esmagando algum tipo de cereal.

— Não. Lizzie disse uma mamadeira é tudo o que ele precisa para conseguir
dormir. — O bebê se contorceu em seu berço, a baba molhada caiu de sua boca e
arruinou o terceiro babador da noite. Os patos lúdicos do macacão de bebê
zombaram da sua incapacidade de fazê-lo rir quando ele renovou seu grito. —
Você acha que ele precisa arrotar? — ele perguntou com uma carranca.

Ela piscou. — Eu não sei. Quando Lily chora por muito tempo, eu apenas a
entrego de volta para Alexa.

Michael deu um suspiro. — Onde estão Lucas e Robert?


Ela trocou os pés. De alguma forma, ela tinha um mau pressentimento sobre
sua reação seguinte. — Brincando.

— Eu pensei que você tivesse colocado eles na cama.

— Eu fiz. Mas eles não querem dormir, então eu disse que eles poderiam
jogar.

Ele murmurou algo sob sua respiração e limpou mais baba do bebê. — É
claro que eles não querem ir para a cama, Maggie. Mas nós somos adultos. Apenas
diga não.

— Eu fiz. Três vezes. Mas Robert começou chorar porque ele queria sua mãe,
e em seguida, Lucas começou, então eu disse a eles mais cinco minutos. — De jeito
nenhum ela iria admitir que essas lágrimas de crocodilo quebraram seu coração e
ela daria a eles qualquer coisa que pedissem.

Ele xingou numa respiração. — Eles jogaram seu tempo. Tudo bem, de a eles
livros. Nada confuso.

Maggie se perguntou por que ela estava de repente com medo de contar a ele
sobre o Play Doh. Isso não era coisa de criança boazinha? Isso é o que os comerciais
sempre anunciam. Robert disse a ela que sua mãe sempre os deixa brincar com as
coisas quando não conseguia dormir.

De repente, ela percebeu que Michael estava certo. Ela havia sido enganada.
Grande coisa. Não admira que eles estivessem tão animados quando ela tirou para
fora da prateleira de cima do armário! Ela mordeu o lábio inferior e decidiu voltar
para o quarto e guardá-lo antes de Michael descobrir. Ela foi mais rápida, que
abelhas furiosas. — Quando chegou a Ryan? Ele está dormindo?

Ela piscou. — Ele continuou a falar que ele estava com sede. Eu dei a ele um
pouco de àgua no copo de canudinho.
Ele colocou a chupeta na boca do bebê boca e levantou os olhos para Deus.
— Não me diga isso, Maggie. Ele faz xixi na cama e ele não deveria tomar líquidos
depois das sete.

Ela o cortou com um olhar. — Você não me disse isso. Ele agarrou seu
estômago e disse que doía, porque ele estava com tanta sede. Você não estava aqui
na última hora, enquanto você me deixou com os filhos de Satanás. Vamos trocar.
Eu vou colocar o bebê na cama, e você lida com essa gangue de forasteiros.

— Forasteiros o quê?

— Oh, não importa. Aqui. — Ela pegou Thomas do berço, inclinou ele para
uma postura de futebol, onde ele pendia frouxamente em seu braço, e colocou o
dedo na boca. Os gritos pararam e ele chupava seu dedo como se estivesse de
ressaca. Seus olhos semicerrados em êxtase. — Veja, é a dentição.

Michael olhou incrédulo para o bebê feliz. Um silêncio abençoado acalmou


suas orelhas, até que ouviram um estranho grito no corredor. — Fique aqui. Preciso
cuidar de Ryan e levá-lo ao banheiro de novo.

Maggie viu o bebê sugar furiosamente. Ela sempre soube que ela ia ser uma
mãe terrível, e agora o fato foi comprovado. Como lidaria com tantos pedidos de
uma só vez? Esta noite toda estava se tornando um desastre ainda maior desde que
ela tinha tido um orgasmo. Como caíram os valorosos.

Ela caminhou e meditou. O que estava errado com ela? Talvez ela precisasse
de terapia. Um homem deu a ela um prazer intenso, ternura e calor emocional. O
que que ela fez? Explodiu com ele longe dela mais rápido do que uma arma a laser e
fingiu que não se importou?

Porque não era só o orgasmo.

Era como se sentia envolvida em seus braços.


Pela primeira vez em sua vida, ela se sentiu fora de controle. Caminhou fora
de sua zona de conforto. E ela realmente não sabia como lidar com isso. Toda a sua
vida girava em torno de controlar seus relacionamentos enquanto esperava
encontrar o homem capaz de alimentar seu coração e sua alma. Ela achou que seria
capaz para quebrar a parede, uma vez que encontrasse seu companheiro, mas em
vez disso, Maggie começou a perceber ela foi muito além do ponto de virar e voltar.

Ela não sabia o que era ter uma relação normal e verdadeira. Para dar uma
parte de si mesma, oferecendo a outro. Talvez fosse tarde demais para ela. Porque
apenas uma amostra do que Michael poderia ofertar balançou seu mundo e
balançou o muro que ela reconstruiu desde o chão. Assim em vez disso, ela atuou
como uma cadela total e deliberadamente machucou-o. Seu estômago deu uma
arrancada quando se lembrou do olhar em seu rosto. A decepção total, como ele a
encarou mortalmente e desafiou sua alma.

Ela tinha que sair daqui. Abreviar a viagem. Fazer todo o possível para parar o
acidente de trem que se aproximava, ela o viu se arremessando em sua direção. Mas
e se ela acordasse e descobrisse que ele era o único? O único homem que poderia
amar. O único homem que amou sua melhor amiga e só podia oferecer a ela o
segundo melhor.

— Maggie!

Seu nome atravessou a sala e ela estremeceu. O Play-Doh? Ou algo pior? Sua
cabeça doía com todas as instruções e medo que ela tenha feito algo errado. — O
que?

— Você deu a Lucas um dos sucos de caixinha?

Caramba, qual era Lucas de novo? Todos deles tinham lindos cabelos
castanhos encaracolados, olhos escuros, e sorrisos travessos. Tal como os Três
Patetas. — Sim. — ela gritou de volta. — Ele viu Ryan tomar uma bebida e chorou,
então eu dei um daqueles.
— Você pode vir aqui? — O grito na parte de trás estava ficando ridículo. Ela
engatou Thomas mais alto em seu quadril enquanto ele chupava loucamente seu
dedo e seguiu em torno dos brinquedos no corredor. — Fale, como um ser humano,
por favor — disse ela, perguntando por que ela de repente soou como seu pai. Ela
deslizou e parou, olhou para a cozinha uma vez limpa. Cinco caixas de suco
estavam derramadas no chão. O suco respingou nos armários, geladeira, e paredes
em um padrão louco. Lucas mudou seus pés e olhou culpado. — Oh, meu Deus, o
que aconteceu?

Michael cruzou os braços e olhou para seu sobrinho. — Lucas. Por que você
não diz à tia Maggie que aconteceu aqui?

Lucas levantou a cabeça de uma maneira que pensou ser bonito. Maggie se
recusou a admitir ele estava certo. — Joguei Blaster foguete. — ele declarou. —
Vê?

— Não! — O grito saiu em uníssono.

Tarde demais. Luke pisou para baixo sobre a caixa de suco. O líquido
explodiu num spray e encharcou tudo à vista. Incluindo eles.

Michael agarrou e arrastou-o em seus braços. — Você está em apuros. —


Michael alertou. — Espere até sua mãe chegar em casa e eu contar a ela o que você
fez.

Maggie sufocou uma risadinha louca com toda a situação. Seu falso marido
olhou para ela com espanto.

— Você acha que isso é engraçado?

Ela mordeu o lábio. — Bem, mais ou menos. Quero dizer, é tão ruim que sinto
que estou num programa de pegadinhas.

— Você pode limpar isto enquanto eu dou a Lucas um banho?


Ela olhou para a bagunça. — Mas eu estou com o bebê. Ele está quieto, e eu
não vou tirar meu dedo até que ele durma.

Ele parecia travado entre os dois cenários, sem saber o que era pior. — Dios,
tudo bem. Venha ajudar com o banho então.

Ela se arrastou atrás dele, e ele espiou os outros dois. — Vocês fiquem aqui e
joguem até que Lucas esteja de banho tomado. Depois vou colocar todos para
dormir. Capisce?

— Sim, tio Michael. — afirmou Robert solenemente.

Maggie olhou para ele com desconfiança. De alguma forma, aqueles olhos cor
de chocolate pareciam engraçados, como se ele tivesse algum outro plano em mente.
Ela ignorou seu louco instinto e se sentou no assento do vaso sanitário enquanto
Michael jogou Lucas no banho. — Então, você está me dizendo que seus primos
saem para diversão a cada noite?

Ele derramou o sabão e sacudiu cabeça. — Algo me diz que eles são mais
organizados do que nós. Mas sim, eu estou certo de que isso é o que acontece na
maioria de suas noites.

Ela balançou Thomas e tentou não soar curiosa. — E você? É isto que você
quer, também?

Ele pareceu pensar sobre a questão. Em seguida, acenou com a cabeça. — Sim.

— Sério? Com todo esse glamour? — Ela ergueu uma sobrancelha. — Você
percebe que não haverá quaisquer jantares sofisticados, ou trabalho até tarde para
fechar um negócio ou viajar para alguma ilha tropical em qualquer momento? Você
tem vontade de desistir de sua liberdade?

Por um breve momento, uma fusão de ternura passou sobre seu rosto quando
ele olhou para o garoto nu na banheira. Ele bagunçou o cabelo de seu sobrinho e
olhou diretamente em seus olhos.
— Sim.

Sua resposta a abalou e a fez querer. Imagine um homem que queria voltar
para casa, para esse tipo de caos? Que voluntariamente optou por ser parte dessa
bagunça e aproveitar cada parte louca?

— Oi, tio Michael!

Os dois se viraram em direção ao som. O menino de quatro anos de idade,


parecia um fantasma e estava na porta sorrindo. Maggie piscou e olhou brava. As
únicas partes de seu rosto ainda visível eram os olhos, um toque de cabelo marron
dourado, e um flash de lábios vermelhos. A criança parecia uma criança Coringa. E
por que ele estava nu?

Ela se preparou para uma explosão, mas Michael permaneceu calmo. — O


que você fez, Robert?

— Eu encontrei esta garrafa na bolsa da tia Maggie! — ele declarou com


orgulho. — Loção! — Maggie fechou os olhos.

Michael a prendeu com seu próprio olhar avaliador. — Hm. Eu pensei ter
dito à você para colocar sua bolsa em cima da geladeira de modo que não seria uma
tentação.

Ela xingou fora uma respiração. — Eu escondi atrás do sofá, porque eu não
tive tempo! Quando eu passei pela porta Lizzie e Brian dispararam para fora como
se suas bundas estivessem em chamas. Agora eu sei por quê. Por que alguém iria
querer outro depois de Robert?

O Coringa louco gargalhou. — Bunda! Tia Maggie disse 'bunda'! Bunda,


bunda, bunda, bunda. — A música continuou e Maggie estremeceu. —Se usar essa
palavra de novo e eu vou lavar sua boca com sabão. — disse Michael. — Agora,
entre no banho.

— Humm, Michael?
— O que?

— Você vai ter alguns problemas. A loção é a prova d’ água. Não vai sair por
horas.

Michael arrancou seu sobrinho fora de seus pés e o colocou na banheira. Ele
pousou as mãos em seus quadris como se antecipando um negócio enorme. Porra,
por que ele parece tão adorável despenteado, molhado, e com cheiro de suco de
maçã? — Nós podemos fazer isso. — Ele esfregou as mãos, se ajoelhou ao lado da
banheira, e pegou a toalha. — Você pode ver como Ryan está, por favor?

Maggie passou o bebê para seu outro lado do quadril. Seu dedo estava
molhado. Thomas olhou para trás com os olhos arregalados e um sorriso doce, e seu
coração mudou. A inocência confiante em seu olhar a fez querer ser digna. O que
estava acontecendo ela?

Ela entrou no quarto do menino. — Ryan, onde você está?

— Aqui! — Ele se arrastou para fora do armário quando sua camiseta


Thomas the Tank Engine subiu acima da sua barriga e jogou suas mãos no ar com
orgulho enorme. — Eu fiz massa!

Sim. Ele fez massa tudo bem. Maggie olhou no barro vermelho e verde, que
estava em seu corpo e rosto. Thomas gritou de prazer e colocou as duas mãos no
cabelo. A risada borbulhou dentro e ameaçando, mas ela não tinha certeza se era o
riso de uma pessoa que beirava a insanidade como o Coringa, ou uma maneira de
lidar com a loucura. — Você fez amigo, ótimo. Siga-me, é hora do banho.

— Banho?

Ele disparou para fora do quarto e entrou no banheiro, ela o seguiu. Com um
clique decisivo, ela fechou a porta atrás de ela e todos ficaram presos no pequeno
banheiro. Vapor subiu e embaçou o espelhos.
— Você deu a eles o Play-Doh, hein? — Maggie assentiu. — Sim, em minha
defesa, eu pensei que era amiga das crianças. Vivendo e aprendendo. Pensei que
como todos nós estamos aqui juntos, nada mais poderia acontecer. — Ela lançou a
ele um olhar preocupado. — Certo?

— Vamos orar. — Com movimentos eficientes, ele tirou a roupa de Ryan e o


colocou na banheira com seus irmãos. — Eu acho que preciso de ajuda aqui. Eu
estou ensaboando o segundo e só consegui tirar metade da loção. Você pode esfregar
Ryan?

— E o bebê? — Thomas gargalhou, estendeu a mão e empurrou seu cabelo o


tirando da boca. Ele soltou um som de sucção em êxtase. — Ah, bruto. — ela gemeu,
tentando se soltar. — Posso colocá-lo no chão?

— Sim. Certifique-se de que não há nada que ele possa pegar em primeiro
lugar.

Ela deu uma olhada certificando-se de não havia nada além de um chão sujo
coberto com bolhas de sabão. Ela pegou duas toalhas do rack e colocou-as no chão,
em seguida, colocou Thomas no meio. Seus punhos cerrados em seu cabelo
novamente e ele gritou, recusando-se deixá-la ir.

— Ai, ai. Michael, me ajude. — Mãos firmes cuidadosamente


desembaraçaram seus cabelos dos punhos do bebê, deixando seu couro cabeludo
dolorido. O lábio inferior estremeceu. Um uivo ecoou pelo espaço pequeno e seus
nervos gritaram em agonia. Não admira que dissesse que o choro do bebê poderia
deixar uma pessoa louca. Ela faria de tudo para detê-lo. — Oh, Deus, ele vai chorar
de novo. Dê-me o patinho de borracha.

Rapidamente, Michael entregou-lhe o brinquedo e ela enfiou nas mãos do


bebê. Ele levou-o à boca e mordeu o brinquedo loucamente. — Movimento
inteligente. — Michael comentou.
Ela sorriu com orgulho, arrastou-se para a banheira, e pegou uma esponja.
Eles trabalharam em silêncio eficiente até que Maggie viu a linda pele oliva por
baixo da argila e a água ficou branca. Os meninos conversavam sem parar,
alternando entre Italiano e Inglês em uma melodia musical calmante para os
ouvidos.

— Tio Michael, que é um super herói? Eu acho que é o Superman.

Michael franziu a testa enquanto fingia estar bravo. — Superman é muito


legal, porque ele pode voar e dobrar aço. Mas eu gosto de Batman.

Lucas suspirou. — Eu também! Batman bate em bandidos.

— Mas ele não pode voar. — Robert apontou.

— Sim, ele pode. — disse Michael. — Ele usa seu equipamento para voar
como um morcego. E ele tem bons dispositivos e o melhor carro do mundo.

Robert considerou enquanto seu irmão praticamente destilava adoração. —


Eu acho que sim. Tia Maggie, qual é seu super herói?

Ela deu à Michael um olhar travesso. — Thor.

— Por quê?

— Eu gosto de seu cabelo longo, loiro e o martelo. — Michael riu e balançou


a cabeça. — Você não tem jeito. Uma garota.

— Sim, como uma menina. — disse Robert imitando.

— Eu não me sinto como uma menina agora. — ela murmurou. Sua blusa
camponesa consideravelmente branca presa na sua pele com suor e vapor. Ela usou
o cotovelo para empurrar para trás os pegajosos fios de cabelo, e ela já sabia que sua
maquiagem tinha a muito tempo deslizado fora de seu rosto. Não admira que as
mães nunca quisessem sexo. Quem iria desejar um orgasmo quando uma boa noite
sono era ainda melhor? — Eu estou uma bagunça.
Ela estava prestes a rir dela mesma com seu cometário feminino quando teve
seu olhar roubado.

Olhos negros carvão mergulharam nos dela e despojou todas as barreiras.


Energia cantarolava entre eles, no ridículo ambiente doméstico, mas queimava
verdadeiramente real e brilhante. Suas terminações nervosas vibraram com
consciência enquanto ela olhava para trás, incapaz de quebrar a ligação.

— Eu acho que você está linda. — ele disse suavemente.

Tudo dentro dela balançou duro e quebrou.

Maggie se rendeu. Levantou a mão para alcançar sua, para pedir perdão por
seu comportamento idiota, para lhe contar todos os segredos e emoção trancado
dentro de dela.

De repente, Robert estendeu a mão entre suas pernas e agarrou seu pênis.
Lucas pegou e deu uma risadinha, apontando para seu próprio enquanto seu irmão
começou a bater para frente e para trás, como num jogo de pingue-pongue. —
Pee-pee! Os meninos têm pee-pee e fazem xixi, e as meninas têm Vaselines!

Robert parou e deu um longo suspiro. — Vaginas, Lucas. Vaginas.

A magia do momento entre Michael e Maggie turvou e desapareceu. Ambos


olharam para os dois meninos, e Maggie lutou contra um veremelhidão. Talvez
tenha sido o destino ou a Mãe Terra. Quem quer que fosse, ela agarrou à distração.

— Sim, bem, não vamos tocar nossas partes íntimas. Aqui, venham para as
toalhas para secar.

Ela se recusou a se sentir envergonhada por aquelas crianças. Pelo amor de


Deus, ela lidava com adultos e seus equipamentos o tempo todo sem nenhuma
vergonha.
Eles ignoraram. — Por que as meninas não têm pee-pee e fazem xixi, tia
Maggie? — perguntou Lucas. Ela olhou para Michael pedindo ajuda, mas um
sorriso maldoso curvou por seus lábios. Ela se recusou a recuar a partiu para o
desafio óbvio. Ela poderia falar honestamente com as crianças. Sem problema. —
Deus as fez diferentes. E você está certo, Robert, as meninas têm o que nós
chamamos de vaginas. — Ela disparou um sorriso satisfeito para Michael. Tome
isso.

— Mas, sem um pee-pee, as meninas têm nada para tocar! O que você faz?

O silêncio desceu. Michael colocou a mão contra a boca num esforço para
não rir.

Ah, inferno. Ela desistiu e acenou a maldita bandeira branca. — Pergunte ao


seu tio.

Com sua última gota de dignidade, ela pegou o bebê e saiu.

Empurrando.

•••

Horas mais tarde, ela caiu no chão ao lado cama beliche dos meninos e deitou
sua cabeça para o lado. Os sons suaves do ronco dos meninos percorriam o ar
tranquilo. Eles se recusaram a dormir a menos que alguém estivesse ao lado deles,
Michael rapidamente pegou o seu e ela estava mais do que feliz em atrasar qualquer
momento só entre eles. Seus dedos ainda detidos na mãozinha relaxada de Robert,
aquecendo a dela. Maggie se sentou no tapete e olhou à distância, lembrando.

Ela tinha pesadelos quando ela era pequena. O monstro com sangue em seus
dentes e olhos selvagens que saíam de seu armário e queria comê-la. Uma vez, ela
correu de seu quarto para encontrar seus pais, mas eles não estavam na cama. Nick
não era grande o suficiente para protegê-la e matá-lo, então ela correu para as
escadas e parou no meio.
Seu pai estava com outra mulher no sofá. A mulher ria e gemia baixo, e
Maggie viu as roupas no chão. Ela tentou ficar quieta, mas estava com tanto medo
que chamou pelo pai.

Lembrou-se do olhar que ele lhe deu. Distante. Irritado. Completamente


despreocupado. — Volte para a cama, Maggie.

Ela engoliu com medo. — Mas papai, há um monstro no meu armário e ele
vai me pegar.

A estranha mulher riu, e seu pai parecia ainda com mais nojo. — Eu estou
ocupado e você está agindo como um bebê. Volte para cima agora ou eu vou bater
em você.

— Mas

— Agora!

Ela correu de volta para cima, para seu enorme quanrto cheio de brinquedos
e bichinhos de pelúcia e vazio. Ela rastejou para debaixo da cama com seu cachorro
de pelúcia e esperou o monstro pegá-la. A noite toda, sob os soluços abafado no
tapete, ela perguntou por que ninguém a amava. Perguntou se alguém poderia
amá-la.

Maggie apertou a pequena mão. A profunda exaustão e tristeza tomou conta


dela. Ela inclinou a cabeça contra o colchão e respirou o doce perfume de Robert,
fechando os olhos por um momento. Um momento.

•••

Onde ela estava?

Michael esperou, mas o silêncio encheu a casa. Ele imaginou que ela estaria
de volta em poucos minutos, mas foi muito longe disso, e não havia vozes. Ele
sufocou um gemido e se levantou do sofá. Porca Vacca3, e se os meninos tivessem
feito algo horrível, colocando-a em uma armadilha e ela estava presa lá, incapaz de
gritar? Ele se lembrou da história de Peter Pan com os meninos perdidos e segurou
uma risada do ridículo da noite.

Maggie confirmou sua crença de que ela não seria a típica mãe. Ele imaginou
que ficaria aliviado. Afinal de contas, ela lidou com a maioria das cenas com
desconforto e leve terror, embora seus sobrinhos fossen conhecidos por levar a
maioria das babás fora da cidade depois de uma hora.

Seu temperamento criado a partir de seus gracejos, mas ela conseguiu


dominar os quatro rapazes que geralmente preferiam que estranhos permanecem
fora do seu círculo. Estranho, eles se reuniram com ela quase como se eles
reconhecessem uma gentileza em sua alma, completamente escondida por seu
comportamento. Mesmo o bebê sugou loucamente o dedo dela e chorou quando
Michael tentou puxá-lo para longe

Mas Maggie Ryan era completamente inadequada para seu estilo de vida e
seu coração. Ela rejeitou qualquer tipo de intimidade entre eles. Ele precisava passar
por este emaranhado de confusão e emoções e deixá-la ir.

Ele parou na porta e olhou.

Ela estava dormindo. Sua cabeça descansava perto de Robert, sua respiração
profunda e até mesmo, suas mãos juntas na parte superior do cobertor. Um silêncio
caiu sobre o pacífico quarto, e pela primeira vez, Michael foi devorado com prazer
por sua falsa esposa, seu rosto vulnerável à ligeira sombra da luz da noite sobre ela.

O que ela estava fazendo como sua família?

O que ela estava fazendo com ele?

3
Expressão que, traduzida ao pé da letra, significa porca suja. É uma expressão italiana de descontentamento, similar
ao “merda” em português.
Sensações estranhas borbulhavam e agarravam seu estômago. Ele não
precisava disso. Apenas 48 horas com sua família e tudo parecia diferente. Ele
nunca almejou ter que ir fundo para aprender sobre uma mulher antes, geralmente
era muito feliz só de cair de joelhos, entusiasmado com o seu dinheiro e olhar a
natureza fácil. Não que ele fosse arrogante, mas ele sempre soube que as coisas
viriam facilmente para ele. Especialmente uma fêmea.

Até Maggie.

Um sorriso tocou seus lábios quando ela roncou suavemente. A pobre mulher
estava exausta. Tinha dormido pouco e estava correndo demais por aí. Ele olhou
para o relógio e percebeu que seus primos chegariam em casa dentro de uma hora.
Não muito mais tempo, mas ele não queria deixá-la no chão com as pernas
enroladas como um pretzel.

Ele tirou sua mão de seu sobrinho e a pegou com facilidade. Ela murmurou
em protesto, em seguida, se aconchegou em seu abraço. Michael sufocou uma
maldição, então jurou manter suas mãos para si. Ele a colocou no sofá de costas para
baixo e esticou suas pernas na mesa de café, apoiando-a.

Maggie grunhiu, então pressionou seu rosto na curva de seu pescoço.

Ele endureceu.

Ela tomou uma respiração profunda e relaxada, como se ela gostasse de seu
cheiro, em seguida, abriu a boca e passou a língua sobre sua mandíbula como se
estivesse morrendo por um rápido gosto.

Ele amaldiçoou e se abateu com a necessidade em reivindicar seus lábios e


mergulhar profundamente. Sua mão correu até os ombros, afundou em seu cabelo, e
seguiu para frente em direção aos seus lábios.

Claro que não.

— Maggie.
Ela abriu os olhos com ar sonhador. Seu olhar lembrava o de um gato.
Piercing. Misteriosa. E cheia de atitude.

— Acorde cara. Você adormeceu.

— Estou tão cansada.

— Eu sei querida. Por que você não fecha seus olhos e dorme um pouco antes
de meus primos chegarem em casa?

Ele esperou que ela escorregasse de volta para sono, mas ela nem piscou,
apenas olhou para ele com uma tristeza comovente de cortar seu coração.
Infelizmente, outra compreensão o atingiu como o peso do martelo de Thor.

Ela tinha muito para dar, mas ninguém para receber. Ela enterrou toda
aquela confusão, contorcendo-se com suas emoções profundas sobre um segredo
escondido em algum lugar e fingiu que estava tudo bem.

Como se sentisse seu desejo por mais, as palavras hesitaram em sua língua.
— Eu estou assim, cansada de estar sozinha. Cansada de não ser procurada por
ninguém.

Suas palavras o abalaram como uma explosão. Ela estava meio acordada e não
tinha idéia do que pronunciava? E se assim for, será que se desprezaria na fria luz
do dia por revelar seus segredos?

Inferno, ele não se importava mais. Ele precisava de mais e suas


oportunidades foram poucas. Ele acariciou o cabelo suavemente e ela acalmou sob a
carícia.

— Por que você diz isso, cara?

Fez-se silêncio. Seu rosto mudou e ele sabia que ela estava completamente
acordada. Ele preparou para seu retiro gelado e desculpas.
— Porque é verdade. Meus pais não me querem. Eu tentei muito, mas não o
fiz me amarem. Então um dia eu pensei que estava sendo amada. Ele disse que eu
era especial. — Dor forte devastou seu rosto, então suavizados. — Mas ele mentiu.
Então, eu prometi a mim mesma que nunca mais me machucaria novamente. Eu
prometi que nunca mais seria rejeitada novamente. — Ela fez uma pausa não
quebrando o silêncio, em seguida, baixou a voz para um sussurro. — E, eu não fui.
Eu sou apenas sozinha.

Michael apertou-a em espera. Seu corpo esparramado em seu peito. Seus


lábios tremiam, em seguida, firmou com a verdade que veio de seus lábios. E, neste
momento, uma parede desmoronou entre eles, uma visão interna do que a fez
escolher tal caminho de repente cristalizou na sua mente.

A necessidade de afastar a dor tomou precedência quando ele pegou o rosto


dela entre as mãos e baixou sua boca na dela. — Você não está sozinha agora. —
ele murmurou. — Você está comigo.

Ele a beijou. Tão diferente da paixão crua e carnal de seu último encontro, o
beijo quebrou de sua alma para seu núcleo. Seu sabor era pura doçura enquanto
seus lábios abertos sob o seu, e sua língua encontrou a sua com uma doação
humilde que sacudiu seu corpo como uma tempestade. Ele gemeu e aprofundou o
beijo, se afogando na seda de pétalas de rosa escondido sob os espinhos. Ela arqueou
para cima e o deixou entrar, ele devorou, afirmando cada essência, recesso
escondido de sua boca, em seguida, mudou-se para o pescoço dando pequenas
mordidas, estremeceu quando ela se agarrou a ele.

Michael reajustou sua posição e a empurrou debaixo dele, em profundidade


na almofada. Quadril pressionando, uma perna na outra, sua ereção pressionada
entre as coxas, e ela puxou sua camiseta de seu jeans e enfiou as mãos por baixo do
tecido. Ele proferiu uma oração, meio maldição ao sentir as mãos quentes rastejando
pelos músculos de seu peito, a pequena mordida de suas unhas nas suas costas, o
jeito que ela levantou a pernas para envolvê-lo mais intimamente contra ela. O
desejo de tirar a roupa fora e tomá-la no sofá de seu primo era insuportável, ele
respirou profundamente, em um esforço para acalmar seus nervos. — Temos que
desacelerar, cara, ou eu vou levá-la aqui.

Ele se preparou para a rejeição uma vez que ela voltou aos seus sentidos, mas
tudo o que ela fez foi voltar a segurar sua cabeça e forçar seus lábios de volta para o
dele. Entre profundos e famintos beijos, seu sussurro caiu em seus ouvidos. — Eu
quero você, Michael.

O som de seu nome apertou como um torno quente e ele cresceu com mais
força. Ele deslizou as mãos por baixo da curva de suas nádegas e a levantou. Ela
engasgou quando ele balançou contra ela com movimentos provocantes, mas
enquanto ele estava ocupado, o alto estalar de seus jeans ricocheteou no ar. —
Baby, eu acho que nós precisamos parar, Dios!

Dedos quentes mergulharam sob sua cintura, agrarrando sua ereção. Fogos de
artifício explodiram em sua visão, e ele nunca tinha estado tão agradecido e feliz em
toda a sua vida por não gostar de usar cueca. Ela apertou suavemente, em seguida,
começou a puxar para baixo seu jeans para obter mais da exposição e, a porta se
abriu.

O som da risada cortou a cena como uma comédia ruim. Ambos se movendo
como adolescentes desobedientes, mãos e dedos sendo removidos e roupas se
ajustando quando seus primos entraram pela porta. Um olhar para as bochechas
rosadas de Lizzy e Michael garantia que eles tinham conseguido se reencontrar no
carro. Afinal, se quatro rapazes era qualquer indicação de seu estilo de vida, ele
pensou que eles ignoravam as preliminares e iam direto para a brincadeira.

Michael se sentou e puxou Maggie com ele.

O sorriso de Brian se alargou. — Bem, bem, o que temos aqui? — Ele cruzou
seu braços e estalou a língua. — Meus quatro filhos inocentes estão dormindo
próximo do corredor e você está se realizando como um filme pornográfico.
Michael falou uma palavra suja, que só fez Brian rir mais. Um olhar para o
rosto de Maggie fez seu primo franzir a testa. — Eu estou apenas brincando,
Maggie.

Seu lábio preso entre os dentes, sua tigrotta tinha perdido o rosnado. Ela se
levantou deslocando seu pé de um para outro, olhando envergonhada, inquieta, e
vulnerável.

Michael agarrou a mão dela e puxou contra ele, colocando o braço em volta
de seus ombros. — Desculpe, Bri, estamos ambos exausto. Os meninos estão bem.
Eles destruiram a casa e não vamos limpá-la.

— Babaca.

— Idem. — Eles disseram adeus, Lizzie e Brian dando abraços e beijos em


Maggie, e Michael entrou no carro. Ela descansou a cabeça contra o assento e olhou
para a noite, sem falar. Pela primeira vez em sua vida, ele se sentiu completamente
desconfortável em torno de uma mulher, sem saber o que ela estava pensando, e só
queria conforto. Não, ele era um mentiroso. Ele queria fazer amor com ela, e depois
consolá-la.

— Sinto muito.

Michael balançou a cabeça e se perguntou se ele ouviu mal a sua voz mansa.
— Sobre o quê?

Ela deu um suspiro. — Antes. No banheiro, na casa da sua mãe. Eu fui uma
puta. — Grande. Uma mulher que admitia estar errada. O que ele vai fazer a
respeito? Porque não podia ficar no personagem para surpreendê-lo?

— Aceito. — Ele fez uma pausa. — Diz-me por quê?

Ela endureceu, mas não evitou a pergunta. — Sou idiota.


Ele riu. — Quem não é? Mudei muito rapidamente. Estes últimos dias têm
sido esmagadores, e estou surpresa.

Ela soltou um suspiro. — Oh, por favor. Eu tinha planejado seduzir você,
para que você não me oprimisse. Não pense que eu sou alguma violeta frágil, que
você pode manipular com seu charme.

Ele sorriu. Esta era a Maggie que ele conhecia e gostava de lutar. — Se é
assim, eu espero que você mude sua mente rapidamente. Eu não acho que posso ter
outra noite com um pau duro.

Essa observação valeu-lhe um sorriso de escárnio. — Talvez se você parasse


de dirigir como um velho, nós chegaríamos em casa antes de perdê-lo. — Ele não
respondeu. Apenas pisou no acelerador.

•••

Eles entraram sorrateiramente na casa e trancaram a porta. Maggie tirou os


sapatos e seguiu para o banheiro. — Você vai primeiro. Preciso pegar algumas
coisas na minha mala.

Michael decidiu tirar a camisa, mas deixou seus jeans. Descalço, ele
caminhou para fora do banheiro, seu coração batendo descompassado como se sua
primeira mulher estivesse esperando por ele, e ele não sabia se seria capaz de durar.

Quando ele finalmente a viu, ele percebeu que estava condenado. Ela era o
céu e o inferno, tudo em um, e ele cumprimentaria o diabo com um sorriso no rosto.

Ela ficou sob a luz das antigas lâmpadas, fazendo uma meia sombra. A luz
fraca enfatizou suas urvas, o alto dos seios envolto em uma renda preta delicada. A
queda de seu cabelo sedoso quando tocava seus ombros. A curva cheia de seu
quadril e a nua extensão de perna, onde o tecido parava acima do joelho.

Quando ele foi para frente, percebeu que era mais do que seu corpo que o
hipnotizava. Hoje à noite, pela segunda vez, um flash de vulnerabilidade brilhou de
seus olhos verdes. Seus pés mudaram apenas um pouco como se ela ainda estivesse
insegura, mas ele já havia decidido, ele esperou muito tempo para reclamá-la.

Ele agarrou seus ombros enquanto fechava o espaço entre eles. As pontas de
seus mamilos raspavam em seu peito nu, e ela soltou um suspiro baixo. Satisfeito, ele
a olhou em silêncio, apreciando cada centímetro de seu corpo, que estava prestes a
lhe pertencer. Sua tigrotta mudou em seus pés.

— Humm, Michael, talvez devêssemos...

— Não, cara. — Ele sorriu e inclinou o queixo. — Está na hora.

•••

Maggie se perguntou se todos aqueles romances BDSM enfraqueceram sua


mente. Em vez de assumir o comando em sua capacidade sexual normal, ela assistiu,
com os joelhos tremendo, quando o homem diante dela disse exatamente o que ia
acontecer.

Deus, ela amou cada momento.

O calor de seu corpo puxando e atormentando quando ele abaixou a cabeça.


Um suspiro pouco cativante escapou de sua garganta, mas ela foi atenciosa. Ela
precisava de sua boca, mãos e seu corpo para manter a distância os demônios da
dúvida e a vulnerabilidade que a rasgava por dentro. Os mesmos fantasmas que a
esperavam em seu armário tarde na noite para insultá-la pareciam dissolvidos em
fumaça quando Michael Conte finalmente a beijou.

No vale tudo.

O tempo de sedução e beijos lentos foi muito longe. Maggie foi


completamente ultrapassada pelo ataque que empurrou e empurrou o canto de sua
boca até que ela abriu ainda mais e ele mergulhou dentro, o gosto de café e hortelã e
a fome crua inundando seus sentidos, e ela deslizou seus braços envolta de seus
ombros e pendurou. Ele a inclinou para trás e a devorou, prometendo-lhe o céu e o
inferno, enquanto a emoção batia seu corpo como ondas. Controlou-se por muito
tempo, o beijo era pura sobrevivência, e ela se deleitava em cada curso de sua
língua, até que sentiu os impulsos de sua ereção quando ele balançou entre suas
coxas.

Ele retirou os lábios dos dela e respirou com dificuldade. A selvagem luxúria
brilhava em seus olhos negros, enquanto seu olhar percorria todo o corpo seminu.
Uma emoção disparou através dela com a necessidade sacudindo as mãos quando
ele traçou uma linha para o vale de seus seios e ao redor dos copos. Seus mamilos
cresceram duros. Seu polegar passou por um depois o outro, e os joelhos ficaram
fracos quando um arrepio quente seguiu direto para seu clitóris.

Ele deu meio passo para trás e estudou cada centímetro dela. Então, com um
sorriso de lobo, ele a empurrou na cama.

Maggie não teve tempo de reunir seus pensamentos enquanto ele tirava seu
jeans em tempo recorde. O poder absoluto e o comprimento de sua ereção roubou
seu fôlego. Ela estendeu a mão para tocá-lo, mas ele se moveu muito rápido. Seus
dedos agarraram a alça frágil de seu vestido e trabalhou o tecido para baixo sobre
seus seios, suas coxas, seus pés. Ele jogou longe, depois, lentamente, abriu suas
pernas.

Maggie gemeu quando estava aberta à sua espera. O desamparo de seu olhar
faminto causou uma onda de pânico que vibrou baixo em sua barriga. Ela levantou
as mãos para afastá-lo, mas como se ele de repente sentisse sua inquietação, ele
levantou a cabeça e olhou para ela.
— Você é tão linda. — ele murmurou. Seus dedos delicadamente separaram
suas dobras inchadas e mergulhou em seu canal molhado, empurrando lentamente.
— Dios, se eu não te provar eu vou morrer.

— Michael.

— Sim, Maggie, mostre-me seu prazer. Diga-me o quanto eu te agrado. —


Sua boca mergulhou. Sua língua quente circulou em torno de seu clitóris inchado
quando um dedo juntou-se ao outro e mergulhou profundo. Ela arqueou para cima
e gritou. A sensação esmagadora de seus impulsos, combinado com os beijos
provocando seu broto, empurrou-a lentamente em direção a borda. Seus dedos
puxaram o cobertor com esforço para se manter, mas ele nunca a deixou, sempre
girando e sugando gentilmente, a pressão constante aqueceu seu sangue e a levou
mais e mais rápido em direção ao orgasmo.

— Eu vou... oh, Deus, eu não posso..

— Venha para mim, Maggie. — Com impulso final, ele mordiscou seu
clitóris, sempre muito gentil e ela voou num orgasmo alucinante. Ela gritou e
convulsionou, seus quadris se arqueando para mais. Empurrando mais e mais, ele a
levou profunda e prolongada até o seu clímax, cada músculo estremecendo em
agonia e êxtase.

Michael pressionou beijos no interior de suas coxas, então deslizou para fora
e voltou com um preservativo. Ele jogou o pacote de lado e cobriu o corpo dela com
o seu. Maggie gemeu com a sensação de sua pele quente sobre ela, cada músculo
pressionando em suas curvas, seu comprimento duro, latejante.

Ela provou a essência almiscarada de sua boca quando ele a beijou longa e
profundamente. Desamparada com a intensidade de seu orgasmo, ela o deixou fazer
o que ele queria, trazendo-a de volta à sua tensão, enquanto ele brincava com seus
mamilos. Quando passou os dedos entre eles, o forte prazer a mandou para o alto,
até que ela se rendeu completamente e deu o que ele queria.
— Leve-me, Michael. — ela implorou. Seus quadris empurravam contra ele,
e ela enganchou um tornozelo em torno de sua perna e tentou pressioná-lo para
baixo. — Por favor.

Ele riu baixo, os dentes rasparam em seu mamilo causando arrepios que
destruiam seu corpo. — Você pediu tão bem, cara. Eu não posso esperar para me
enterrar dentro de você.

Ele pegou a camisinha e embainhou-se, em seguida, fez uma pausa em sua


entrada. A umidade desceu e o acolheu ainda mais. Ele brincava com ela,
empurrando devagar uma polegada, depois outra, até que sua cabeça golpeava para
frente e para trás na cama, e suas unhas cravaram em seu ombro.

— Mais. — ela exigiu. — Maldito seja, dê-me tudo.

Ele segurou a cabeça dela, seus olhos escuros perfurando os dela como numa
promessa de levar tudo o que ela tinha. Então ele mergulhou fundo.

Maggie engasgou quando ele a encheu, seu enorme comprimento


ultrapassava não só seu corpo, mas sua mente e sua alma. O pânico a atingiu em seu
pleno vigor, a invasão por um homem que seria capaz de derrubar todas as suas
barreiras e descobrir a verdade. — Não! — Ela ofegou, o espancamento selvagem
de seu coração estrangulou sua respiração. — Eu não posso, eu não posso.

— Shhh, meu amor. Relaxe. Deixe-me entrar.

Seu corpo acalmou, e a sensação de plenitude causou uma onda de calor


acentuado. Ele gemeu, obviamente lutando pelo controle, e Maggie ofegou, seu
corpo a prendendo para baixo no colchão sem escapatória. Desamparo inundou por
ela.

Lágrimas saltaram de seus olhos. — Eu não posso.

Ele deu um beijo em sua testa, cada músculo bloqueado. — Baby, eu sei o que
você precisa. — Com um movimento rápido, ele rolou até que ela montou nele. A
liberdade e controle súbito voltaram através dela. Ela relaxou e arqueou,
arrancando um gemido de seus lábios.

— Melhor?

O sorriso alegre curvou seus lábios e quebrou o rosto dela. — Sim.

Ele amaldiçoou suas mãos em seu peito. — Eu não vou durar. Monte-me,
cara. Monte-me forte.

Ela jogou a cabeça para trás e abaixou-se em seu pênis, deleitando-se com seu
corpo nu, respondendo com sua capacidade de fazer esse homem fraco de desejo
por ela. Ela o abraçou com sua profundidade e o aumento do ritmo a trouxe de volta
para a borda. Seu cabelo caía por seus ombros, e seus dedos trabalhavam seus
mamilos qaundo ela chegou à borda, sentindo-se livre e bela em cima dele.

— Agora, meu amor. Agora.

Com um mergulho final, Maggie se despedaçou. Ela gritou seu nome, e ouviu
o seu grito rouco bem atrás dela. O mundo quebrou em torno dela em vários
pedaços, e ela montou o prazer até o fim. Quando ela caiu em cima dele, seus braços
vieram em torno dela, uma palavra ecoou mais e mais em sua mente, seu coração,
sua alma.

Casa.

Em seguida, ela fechou os olhos e dormiu.


Capítulo Nove

Maggie tomou um gole da bebida forte e fumegante enquanto olhava para a


magnífica vista. A luz do sol caiu sobre as colinas verdes, destacando a vasta e
poderosa extensão, com ponta de neve nas montanhas. Os telhados de Terracota
inclinados apareciam no horizonte. O aroma de oliva e limão flutuava na brisa
aquecida, e ela respirou fundo, tentando desesperadamente acalmar a corrida de
seu coração.

Ontem à noite, Michael fez amor com ela.

Pedaços de memórias passavam diante dela. O calor delicioso e a explosão de


seu orgasmo. A curva suave de seus lábios quando ele sorria. Os traços de suas mãos
contra sua carne como se fosse frágil e preciosa, não apenas um caso de uma noite.

Mas ela era. Ou, pelo menos, de duas noites. Porque no fim de semana, esta
farsa iria acabar, e ele saíria.

Como todos eles fizeram. Como tinha acontecido? Ela confessou seus segredos
livremente na casa de seu tio e não tinha ninguém para culpar, além de si mesma.
Sua mansidão a incentivou a se abrir mais fácil do que qualquer demanda quente
que ela já teve. Num momento, ela jurou que estaria no próximo avião para fora. No
próximo, ela o desafiou a um ataque de fazer amor, com a estúpida idéia de que ela
seria capaz de arrancá-lo de seu sistema.

Ela mordeu o lábio e deu mais um gole escaldante. Quando ela acordou, ele
tinha deixado uma nota para ela dizendo que ia correr para a cidade por poucas
horas e estaria de volta para levá-la a sede da La Dolce Famiglia. A decepção de uma
cama vazia sacudiu seu corpo. Ela sempre lutou com a necessidade de escapar o
mais rápido possível, uma vez que amanhecesse. Pela primeira vez, ela desejava se
aconchegar pela manhã com o homem com quem ela fez amor. Ele sempre a
surpreendeu, a desafiou, e fez muito mais. Ele era perigoso. Não só para o corpo
dela. Mas, para o seu coração.

Ela tinha que sair daqui.

Seu coração batia e o sangue rugia em suas veias. O pânico que se


aproximava do ataque ganhou velocidade e Maggie agarrou sua câmera,
desesperada para controlar suas reações físicas. Respire fundo e limpe sua mente.
Ela começou a tirar fotos da paisagem, afiando seu foco para o quadro na frente
dela, olhando para encontrar algo único e incrível. Sua mente se agarrou ao barulho
do obturador e o flash da luz da lente enquanto ela se movia em torno do terraço.

— Miauuu!

O miado do gato a levou a tropeçar e quase cair de volta em sua bunda. Ela
viu um turbilhão de pele negra quando a coisa se lançou através do ar, e ela se
mexeu, desesperada para evitar a dor aguda de suas garras.

— Merda! — Ela gritou, dirigindo-se para a segurança do terraço e para


longe dos arbustos. — Fique longe de mim.

O gato, ou qualquer que fosse a coisa, espreitou dela. Olhos verdes em chamas
dominando o rosto negro como patas maciças, fechou a distância entre eles. Maggie
saltou atrás de uma cadeira de ferro e o encarou. Ela não gostava de gatos. Nunca o
fez. Cães eram suportáveis porque eram geralmente carinhosos e viviam apenas
para você acariciá-los. Os gatos eram diferentes, eles eram como divas, tensos que
assumiam que seu único trabalho na vida era atendê-los. Ele assustou o inferno fora
dela, mais do que as crianças, e não havia jeito dela estar andando por aí por mais
um momento. Mas essa criatura era três vezes o tamanho normal, quase como um
cão de pequeno porte. Ele faria uma bruxa malvada orgulhosa porque ele a olhou
como se estivesse prestes a lançar um feitiço, e ele a assustou.
— Ah, eu vejo que você conheceu Dante.

Maggie virou. Michael sorriu para ela, bem barbeado, com seu longo cabelo
amarrado para trás. Ele parecia descansado e revigorado, enquanto ela ainda se
sentia completamente fora de sua sorte e lutando por compostura. — Com o que
você o alimenta? Crianças pequenas?

Ele riu e se ajoelhou, tentando trazer o gato mais perto. Dante balançou sua
cauda e assobiou. Maggie saltou outro passo para trás. — Você não devia ter medo
de gatos, cara?

Ela estremeceu. — Eu só não gosto deles. Eles são exigentes e rancorosos.

Seu lábio tremeu. — Parece que vocês seriam perfeitos juntos.

— Engraçado. Ele é seu?

Michael balançou a cabeça. — Não, ele é um vadio. Aparece para se


alimentar regularmente, mas não vai deixar ninguém ficar perto dele. Mesmo
Carina, a quem chamamos de encantadora de animais, não chega perto. Dante tem
problemas.

Ela olhou para o gato. Muito limpo, definitivamente não passava fome, mas
ele parecia não gostar de pessoas. O humor repentino a atingiu. — Então, Dante é
alimentado e servido pelas mesmas pessoas que ele abertamente despreza.
Interessante.

— Sim, eu acho que é. — ele murmurou. De repente, ela estava em seus


braços. Seu hálito de hortelã correu em seus lábios e fez um arrepio para baixo na
barriga.

— Você dormiu bem na noite passada?

— Sim.
— Mentirosa. — Seus olhos escuros brilhavam com promessa e uma pitada
de perigo. Calafrio percorreu sua espinha. — Mas se três vezes ainda não deu
bastante sono, vou ter que fazer melhor esta noite.

Oh. Meu.

Ela limpou a garganta e se lembrou de que outra noite com ele poderia ser
perigosa. Ela piscou e puxou de volta, necessitando da distância. Seus braços
fechados ao seu redor. — Michael.

— Eu adoro ouvir meu nome em seus lábios. — Sua boca baixou e tomou a
dela, beijando longa, profunda e lentamente. Ela abriu e empurrou contra cada
curso de sua língua, pressionando perto. Ele a pegou, gemeu baixo, então deslizou
sobre seu lábio inferior para beliscar. A afiada dor de prazer disparou uma rajada
de calor entre suas coxas doloridas. Ele provou ser tão bom que ela queria devorar
cada centímetro e descobrir todos os músculos rígidos esforçando sob sua roupa.
Afogando em sensação, ela se deixou cair de cabeça em um poço de calor fervente e
fogo e...

— Owww! — Ele a empurrou para longe e pulou em uma perna.

Ela olhou para baixo com horror para ver os dentes de Dante presos nas
calças de Michael. Os minúsculos furos através do fino tecido a levou a congelar,
com medo de que ela seria sua próxima refeição. O rosto do gato virou para cima
em um sorriso de escárnio e ele soltou Michael. Ele assobiou baixo, então se virou
para ela com intenção.

— Dante! — Michael soltou algumas palavras em Italiano e o mandou


embora com um gesto ameaçador. O gato ignorou e foi até ela. Ela fechou os olhos,
incapaz de se mover e, Dante esfregou seu corpo contra sua perna. Um zumbido
baixo chegou aos seus ouvidos. Ela abriu os olhos e percebeu que o ruído era um
ronronado. Ele empurrou o seu rosto duro em sua perna, seus longos bigodes
traendo espasmos de prazer quando ele circulou uma vez, duas vezes, então se
estabeleceu ao seu lado.

Michael apenas olhou para o gato, depois de volta para ela.

— Eu não acredito nisso. Ele nunca fez isso antes. — ele murmurou. — E, ele
nunca mordeu.

— O quê? Não é minha culpa, eu disse que não gosto de gatos. Eu não lhe
disse para morder você!

— Não. É mais profundo do que isso. Talvez ele veja algo que todos nós não
vimos.

Maggie observava com os olhos arregalados. — E você alimenta essa coisa e


ele volta? — ela perguntou, espantada. — O que há de errado com você? Ele veio
para você como se cheirasse um jantar de atum.

A eletricidade entre eles saltava e queimava como um pavio selvagem. Seu


pulso disparou. Seus olhos escureceram com propósito, e ele estendeu a mão para
ela.

— Margherita? Michael?

Eles pularam de volta. Sua mãe estava parada na porta, um avental cobrindo
seu vestido, seu cabelo torcido ordenadamente em um coque. As linhas
aristocráticas de seu rosto brilhavam com um clássico poder de quem tinha lançado
um sucesso nos negócios e criado quatro filhos. — O que está acontecendo aqui?

— Eu estava apenas apresentando Maggie a Dante.

Mama Conte engasgou. — Porque é que Dante está perto de Margherita?

— Sim, essa parece ser a questão do dia. — Maggie deslocou inquieta e


tomou um passo atrás do gato canibal. Dante apenas olhou com desgosto o seu
covarde recuar. — Mamãe, nós vamos para o escritório com Julietta, um pouco.
Você precisa de alguma coisa?

— Eu vou lhe dar uma lista de ingredientes, estou com pouco. Margherita, eu
preciso de ajuda na cozinha. Será que você se juntaria a mim?

Ela hesitou. Tanto quanto ela gostava da mãe de Michael, um medo profundo
apertou em seu estômago. A mulher era muito afiada e fazia muitas perguntas. E se
ela escorregasse e acabasse com toda a história? Michael fez sinal para ela ir, mas
ela balançou a cabeça. — Hum, eu realmente não gosto de cozinhar. Talvez Michael
possa ajudá-la.

Sua mãe levantou um dedo torto. — Michael já sabe cozinhar, você não.
Venha comigo. — Ela desapareceu de volta dentro da casa.

Maggie amaldiçoou sob sua respiração, indignada, com ombros tremendo


quando Michael sufocou sua risada. — Eu odeio cozinhar. — ela sussurrou. — Sua
mãe me assusta. E se ela suspeitar?

— Ela não vai. Basta ser boa, cara. E, não explodir a cozinha.

Ela pegou sua câmera, lançou a ele um olhar bravo, e pisou fora. Um miau
baixo soou atrás dela, mas ela se recusou a reconhecer o som. A ironia de sua
situação atual soprou sua mente. Ela parecia ser confrontada a cada passo por todos
os itens que ela se recusava a lidar. Ela já se sentia responsável por Carina e suas
atividades atuais, ela teve que se certificar de que não matou os quatro filhos
pequenos, ela teve que lidar com o gato psicótico, e agora ela precisava agradar sua
mãe e não envenenar a comida. Murmurando baixinho, ela colocou a câmara em
cima da mesa.

A mãe de Michael já tinha uma variedade de tijelas e copos de medição


empilhados ao longo do largo balcão. Maçãs vermelhas brilhantes que faria a
rainha má da Branca de Neve ter seu orgulho brilhando. Um caro liquidificador,
uma coisa com rodas assumiam o centro. Vários recipientes de pó que ela deduziu
ser farinha, açúcar e fermento estavam perfeitamente alinhados.

Maggie tentou fingir entusiasmo para a tarefa à frente. Deus, ela queria um
pouco de vinho. Mas era só 9hs, talvez ela precisasse de seu café italiano com um
pouco de licor.

Ela sorriu com o falso elogio. — Então, o que vamos fazer hoje?

Mama Conte deslizou um pedaço de papel para ela e apontou. — Essa é a


nossa receita.

— Oh, eu pensei que você sabia o suficiente e não precisaria de uma receita.

Sua mãe bufou. — Eu sei, Margherita. Mas você precisa aprender a seguir
instruções. Esta é uma das nossas melhores sobremesas em nossa padaria.
Começaremos simples. É chamada de torta di mele, um bolo de maçã de café da
manhã. Ele vai muito bem com nosso café da tarde.

Maggie examinou a lista comprida e se perdeu em três etapas. Ela tinha feito
bolo de chocolate de mistura uma vez, porque ela queria tentar. Ficou horrível
porque ela não percebeu que tinha que misturar a massa por muito tempo, para que
o pó aglomerado se misturasse. Seu então namorado tinha rido dela e ela terminou
com ele naquela noite.

— Vou supervisionar. Aqui está o copo de medição. Comece!

Quando foi a última vez que uma mulher mais velha mandou nela? Nunca. A
menos que ela contasse a mãe de Alexa, e que só porque ela passou um tempo na
casa dela quando era jovem. Lentamente, ela mediu cada ingrediente seco e colocou
dentro da enorme tigela. Ah, bem, se ela foi vai ser torturada, ela poderia muito bem
ser intrometida. — Assim, Michael diz que o ensinou a cozinhar em uma idade
precoce. Ele sempre queria fazer na La Dolce Famiglia?
— Michael não queria ter nada a ver com o negócio por muito tempo. —
disse a mulher mais velha. — Ele tinha no seu coração ser um piloto de carro de
corrida.

A boca de Maggie caiu aberta. — O que?

— Sim. Ele era muito bom, embora meu coração parasse cada vez que ele
saía para correr. Não importava quantas vezes seu pai e eu tentássemos dissuadi-lo,
ele encontrava o caminho de volta para a pista. Até então, a padaria estava
decolando, e nós tinhamos aberto outra em Milão. Seu pai teve muitas conversas
com ele sobre sua responsabilidade com a família e com os negócios.

— Ele nunca me disse que corria de carro. — Maggie murmurou. As


palavras escaparam antes que ela pescou. Santo Deus. Por que ela não conhecia o
passado de seu marido? — Hum, eu quero dizer, ele não diz muito sobre sua vida
anterior.

— Eu não estou surpresa. Ele raramente fala sobre essa parte de sua vida.
Não, Margherita, você quebra o ovo assim. — Limpando e quebrando o ovo aberto
e, uma só mão, ela habilmente deixou cair na tigela.

Maggie tentou copiar ela e o ovo explodiu. Ela estremeceu, mas a mãe de
Michael levou um monte de ovos e a mandou começar a quebrar. Maggie tentou se
concentrar nos ovos, mas a imagem de um jovem Michael Conte desafiando seus
pais e corridas de carros estavam presas em sua cabeça.

— O que aconteceu?

Sua mãe suspirou. — As coisas estavam difíceis. Um amigo dele ficou ferido,
o que nos deixou ainda mais chateados. Neste ponto, nós sabíamos que Venezia não
queria ter nada a ver com a padaria, e nosso sonho de um negócio para família
começava a morrer. Naturalmente, tínhamos outras opções que poderíamos fazer.
Meu marido queria expandir, eu gostava de cozinhar e queria ficar com as duas
padarias. Quem sabe o que teria feito? Deus interveio e Michael fez a sua escolha.

Maggie atingiu o lado da tijela com um ovo. O ovo deslizou perfeitamente


dentro sem casca, e uma satisfação ímpar percorreu por ela. Sete deve ser seu
número da sorte. — Michael decidiu parar de correr?

Mama Conte balançou a cabeça, uma expressão de pesar piscou em sua face.
–Não. Michael saiu e decidiu dirigir carros de corrida para ganhar a vida.

Maggie prendeu a respiração. — Eu não entendo.

— Ele saiu e fez o circuito por um ano. Ele era jovem, mas talentoso, e seu
sonho era correr no Grand Prix. Então meu marido teve um ataque cardíaco.

A imagem bateu com força total. Ela olhou para a mãe, como se à beira de
uma terrível verdade. Todos os músculos tensos com a vontade de correr e cobrir
seus ouvidos. Sua voz quebrou as duas palavras que caíram de seus lábios. — Diga-
me.

Mama Conte balançou a cabeça, em seguida, limpou a mãos no avental. — Si,


você deve saber. Quando o papa de Michael teve o ataque cardíaco, Michael voltou
para. Hospedou-se no hospital dia e noite e se recusou a sair do seu lado. Acho que
todos acreditavam que ele ficaria bem, mas o segundo infarto o atingiu duro e nós o
perdemos. Quando Michael saiu da sala, ele me informou que ele tinha parado de
correr e iria tomar conta do negócio.

Maggie permaneceu em silêncio enquanto a mulher mais velha ponderou o


evento com a cintilação de demônios em seus olhos.

— Eu perdi alguma coisa no meu filho naquele dia, o mesmo dia que perdi
meu marido. Um pedaço de selvageria, da liberdade de restrições que sempre
queimaram brilhantes nele. Ele se tornou o filho perfeito, o irmão perfeito, o perfeito
empresário. Tudo que fosse necessário dele. Mas ele deixou algo de si mesmo para
trás.

Sua garganta ficou obstruída com emoção. Maggie agarrou a colher com
tanta força que ela ficou espantada de não quebrar. Não é de admirar que ele
parecesse tão impecável. Ele deu seus próprios sonhos e se tornou tudo o que sua
família precisava. Sem pensar em si mesmo e não se lamentou. Não teve uma vez
que ele mesmo sugeriu que este não era o lugar onde queria estar.

Sua mãe balançou a cabeça e reorientou-se. — Então, essa é a história. Você


pode fazer com ele o que deseja, mas, como sua esposa, eu queria que você soubesse.

Maggie tentou falar, mas só conseguiu um aceno de cabeça. À medida que


descascava as maçãs a imagem do homem que ela imaginava que conhecia explodiu
em pedaços minúsculos. Sua fácil existência despreocupada escondia um homem
forte suficiente para tomar decisões para os outros. Para as pessoas que ele amava.

— Conte-me sobre seus pais, Margherita. — O corte súbito comandou


através de seu momento, aha. — Por que sua mãe não te ensinou a cozinhar?

Ela se concentrou na tijela. — Minha mãe não é do tipo doméstica. Ela


trabalhou em filmes e acreditava que as crianças seriam mais bem cuidadas por
babás e cozinheiros. Dito isto, eu nunca quis qualquer coisa, apenas desfrutei de
uma ampla variedade de alimentos nas refeições.

Satisfeita com sua reação, fria e calma, a mãe de Michael olhou para cima.

Ela cuidadosamente estabeleceu a maçã e olhou como se estudasse cada


nuance escondida de minha expressão. — Você é próxima de seus pais agora?

Maggie levantou o queixo para cima e a deixou olhar. — Não. Meu pai se
casou novamente e minha mãe prefere um almoço ocasionalmente.

— Avós? Tias ou tios? Primos?


— Ninguém. Só eu e meu irmão. Ele realmente não foi um grande irmão,
tínhamos todas as nossas necessidades cuidadas, e a vida foi bastante fácil para nós.

— Mentira.

A boca de Maggie caiu aberta. — O que?

— Você me ouviu, Margherita. Você não teve uma vida fácil. Você não tinha
ninguém para orientar você, te ensinar, cuidar de você. A casa não é apenas sobre
coisas ou necessidades satisfeitas. Mas isso não é culpa sua. Eles são tolos, seus pais,
por perder uma mulher bonita, especial. — Ela zombou em desgosto. — Não
importa. Você aprende a ter força e estar em seus próprios pés. É por isso que você é
boa para o meu filho.

Maggie riu. — Dificilmente. Somos completamente diferentes. — Ela sufocou


no despontar da admissão. Porra, ela ferrou novamente. — Hum, eu quero dizer,
bem, nós pensamos que não iria funcionar, mas depois nos apaixonamos.

— Hm, eu vejo. — Maggie se atrapalhou e a massa voou para o teto. —


Quando você se casou, Margherita?

Ela cavou fundo e lembrou de todas as vezes que ela precisava mentir e ser
boa no que faz. Por favor, Diabo, não me falhe agora. — Duas semanas atrás.

— A data?

Ela tropeçou, mas foi adiante. — Hum, Terça-feira. 20 de Maio.

A mulher mais velha permaneceu em silêncio e imóvel. — Um dia bom para


um casamento, sim?

— Sim.

— Você ama o meu filho?

Ela deixou cair a colher e olhou. — O que?


— Você ama o meu filho?

— Bem, é claro, é claro, eu o amo. Eu não me casaria com alguém que eu não
amasse. — Ela forçou uma risada e rezou para que não soasse falso. Maldito
Michael Conte. Maldito, maldito, maldito. . . .

De repente, mãos fortes fecharam as dela e apertou. Maggie estremeceu


quando seu olhar de mãe rasgou além da superfície e procurou a verdade. Ela
prendeu a respiração. Ela, portanto, não queria explodir sua artimanha quando
tinha apenas mais alguns dias para terminar. Uma dúzia de respostas passava por
sua mente, para tentar convencer sua mãe de que eram verdadeiramente casados,
mas como se uma tempestade súbita tinha passado, rosto de sua mãe limpou e
suavizou, sem Maggie entender o ocorrido.

— Sim, vocês são perfeitos juntos. Você trouxe de volta sua liberdade. Antes
desta visita longa, você vai acreditar, também.

Antes que Maggie pudesse responder, o grande misturador foi arrastado.


Mamãe Conte apontou. — Agora, vou mostrar-lhe como usar isso. Preste atenção
ou você pode perder um dedo.

Maggie engoliu em seco. O demônio insistente que vivia dentro dela sempre
sussurrou que ela nunca seria boa o suficiente. — Por que você está fazendo isso?
Eu ainda não gosto de cozinhar. Não será uma sobremesa deliciosa e Michael não
terá seus caprichos atendidos, quando voltarmos para os Estados Unidos. — Ela
quase desejou que sua mãe dissesse algo forte e frio. — Eu trabalho até tarde e
sempre pedimos para viagem e digo-lhe para pegar a sua própria cerveja. Eu nunca
vou ser a esposa perfeita.

Um fantasma de um sorriso percorreu os lábios de Mama Conte. — Ele tentou


muitas vezes amar uma mulher que seria uma boa esposa. Ou, pelo menos, o que ele
achava que seria uma esposa adequada.
Um profundo desejo criou raízes e cresceu. Maggie engoliu seco o impulso e
tentou desesperadamente ignorar a emoção. Depois de tudo, ela lutou de volta,
muitas vezes. Assim como Rocky, ela continuou indo rodada após rodada, sabendo
que ela quase caiu, e que ela estaria machucada além da medida.

Como se sua mãe sobesse de seus pensamentos, ela tocou seu rosto com uma
carícia suave que lembrou Michael. — E, quanto a cozinhar, eu estou fazendo isso
por uma razão. Toda mulher deveria saber fazer uma sobremesa com sua
assinatura. Não é para qualquer um, mas para ela mesma. Agora, misture.

Quando dezenas de maçãs foram descascadas e o bolo foi com segurança para
o forno, Maggie pegou sua câmera, ela estava aliviada que ainda possuía todos os
dez dedos, e virou para agradecer Mama Conte pela lição. Seus dedos estavam
flexionados em torno de sua câmera como se a imagem a frente dela tivesse
engolido seu todo. Tremendo, Maggie trouxe a lente para cima e apertou o botão do
obturador. Novamente.

E novamente.

Mama Conte olhou para fora da cozinha pela janela, vendo algo que
realmente não estava lá. Suas mãos seguravam a tijela de mistura no peito, envolta
em quase um abraço. Cabeça ligeiramente inclinada, um pequeno sorriso em seus
lábios, seu olhar tinha uma expressão sonhadora, extasiada de um passado preso.
Fios de cabelos soltos estavam contra suas bochechas leitosas, as linhas em seu rosto
enfatizando sua força e beleza, quando a luz do sol escorreu através da janela e a
aqueceu. Era uma foto de profundidade emocional, o coração de Maggie se
expandiu em seu peito. Foi um momento diagnosticado a tempo, que desafiou o
passado, o presente, e o futuro. Era puramente humano.

E por pouco tempo, com Mama Conte na cozinha, Maggie sentia como se
finalmente pertencesse alí. Um vislumbre do que uma casa de verdade poderia fazê-
la sentir, zombou dela, mas ela firmemente o empurrou de volta na caixa e
empurrou a tampa fechada.

Maggie ficou em silêncio e deixou a cozinha. Deixou a mulher com suas


memórias. E se perguntou por que ela de repente queria chorar.

•••

— Absolutamente não!

Michael sufocou um gemido e olhou para suas duas irmãs do outro lado da
sala de conferências. A irritação arrepiou suas terminações nervosas, mas ele
estendeu a mão para o controle de costume e autoridade que ele usava quando
lidava com o drama familiar. Os dois executivos de publicidade olharam para trás e
entre eles, como se tentando decidir do lado de quem.

Com um sorriso suave, ele concentrou sua atenção na equipe de anúncio. —


Quão rápido possível vocês terão uma nova campanha?

Os homens trocaram um olhar. Seus olhos brilharam com o desejo louco por
dinheiro. — Dê-nos uma semana. Ele irá surpreendê-lo.

— Muito bom. Vou discutir isso melhor com minhas irmãs e chamá-los de
volta.

— Sim. Obrigado, Senhor Conte.

A porta se fechou e Michael enfrentou o pelotão de fuzilamento gêmeo. —


Lembre-se em sempre manter os conflitos dentro da família, Julietta.

Amargura tingida na voz de Julietta. — Você nem sequer me ouviu.


Novamente. Michael, eu passei meses ajudando nesta campanha, e eu acho que você
está indo na direção errada.

Ele acenou com a mão para as fotos na mesa de cerejeira da sala de


conferência. — Eu já vi os relatórios, e os consumidores querem borda. O
aconchegante, simples anúncio de padaria com estilo não vai fazer sucesso em Nova
York, e precisamos refrescar as coisas em casa. Quero lançar um novo olhar.
Contratar um modelo sexy, talvez comendo um doce, e chegar a uma linha atraente
que joga fora toda comparação do sexo e comida.

Julietta engasgou. — Desculpe-me? Você o que? Este é o negócio da mamãe e


eu me recuso a ver ser explorado por dinheiro! — Ela jogou a pasta grossa em cima
da mesa com um estrondo. — Eu estou no comando aqui, e eu decido os nossos
novos anúncios. O lucro é estável, e não há nenhuma razão para jogar fora o que
venho trabalhando.

— Eu discordo. — Michael olhou para sua irmã, sua voz de pedra fria. —
Você pode ser a CEO, Julietta, mas eu ainda possuo a maior parte desta empresa.
Acredito que precisamos assumir um risco com a nova abertura em Nova York. Vou
precisar de novos anúncios impressos, de televisão, e outdoors, e vamos nesta nova
direção.

O peso da responsabilidade amorteceu seus ombros, mas ele se endireitou e


tomou como se sempre estivesse ali. Dios, ele desejou nem sempre ter que tomar as
decisões difíceis. — Eu sei que você está irritada com a minha escolha, mas eu sinto
que é melhor para a família. Para La Dolce Famiglia.

Havia um total de 20 padarias espalhadas por toda a área de Milão e


Bérgamo, toda a operação ostentando um trabalho bemfeito, pastelaria fresca e
criativa, tanto para o pedestre casual e quanto aos de quatro estrelas. A sede estava
orgulhosamente no meio de Milão e assumia o piso superior todo, e eles finalmente
acrescentaram sua própria fábrica para que pudessem consistentemente enviar
ingredientes frescos e ter o controle de qualidade total. Para administrar um império
maciço era necessário tomar difíceis decisões, mesmo que ele precisasse ultrapassar
os limites de Julietta. Apesar de sua irmã impressionar com suas decisões nos
negócios, se a nova campanha que falhasse seria sua culpa. Ele abriu a boca para
explicar, mas sua irmã o interrompeu.
— Eu não posso acreditar que você me faria um desrespeito assim. — Julietta
cerrou os punhos, seus recursos normalmente reservados definidos com fúria. Sua
voz tremeu. Vestida em um impecável terno azul marinho, os cabelos em um coque
elegante, ela surgiu como a perfeita empresária. Infelizmente, as lágrimas brilhavam
em seus olhos. — Eu estou fora. Contrate alguém de sua confiança, porque
obviamente, você não confia em mim.

Michael empurrou para trás surpreso, com a súbita emoção. Ele suavizou sua
voz e deu um passo mais perto. — Ah, cara, eu não quis dizer...

— Não! — Ela saltou da mesa. — Estou cansada da maneira que você me


trata. Eu sou boa o suficiente para manter em funcionamento a La Dolce Famiglia
quando você não está aqui, mas assim, quando você volta para o meu território,
você desrespeita tudo o que eu tenho trabalhado tão duro para construir:
admiração, respeito mútuo, ética de trabalho.

— Você está sendo ridícula. Eu estou apenas fazendo o que é melhor para a
empresa.

Julietta assentiu. — Eu vejo. Bem, então eu não acho que você precisa mais de
mim. Estou renunciando ao cargo de CEO. Imediatamente. Vá encontrar alguém
para mandar.

Ah, merda.

Venezia pulou na frente de Michael e sacudiu o dedo loucamente pelo ar. —


Por que você sempre tem que manter todos em volta. — ela exigiu. — Você é o
nosso irmão, não, papai.

Sua mandíbula apertou e se abriu. — Não, talvez se eu fosse papai, eu não


teria deixado você espernear fora para vestir um monte de bonecas Barbie e chamá-
la de uma carreira. Talvez se eu fosse papai, eu teria feito você tomar o seu lugar de
direito na empresa e não colocar todo o peso sobre Julietta. — Venezia praticamente
rosnou como Dante e balançou em seus saltos vermelhos. — Eu sabia! Eu sempre
soube que você nunca respeitou minha carreira. A moda é uma enorme indústria,
Michael, e eu fiz um nome para mim em um negócio competitivo. Mas não, só
porque eu escolhi fazer o que eu amo, isso não é bom o suficiente para você. Você
não respeita qualquer um de nós.

— Zitto! Chega de birras infantis. Eu faço o que é melhor para esta família,
sempre.

Venezia zombou e agarrou a mão de sua irmã. — Quem você pensa que é?
Você nos trata como crianças, se recusa a respeitar nossas decisões e escolhas que
fazemos, e finge que você realmente se importa. Estamos a fazer uma vida para nós
mesmas aqui e temos feito muito bem sem você.

Dor atravessou seu peito e ele lutou para respirar. — Como você pode dizer
isso para mim? Depois de tudo que eu fiz?

Venezia jogou o cabelo e levou Julietta para a porta. — Nós não precisamos
mais de você, Michael. Talvez seja hora de você voltar para a América, onde você
pertence agora.

Elas fecharam a porta atrás deles.

Michael ficou no silêncio quebrado, com as peças de sua vida explodindo em


torno dele.

Sua cabeça latejava enquanto andava pela sala de conferências vazia, em


busca de respostas. O controle cuidadoso que ele tinha construído para proteger sua
família caiu sob ele em peso, de emoções cruas. Julietta sempre foi a racional, mas a
ferida em seus olhos quando ele anulou o projeto todo. Se ele estivesse enganado?
Ele deveria ter saído do caminho, mesmo quando ele sabia que a campanha não era
a melhor, e deixá-la falhar?

A porta se abriu.
Maggie espreitou a cabeça para dentro. — Ok, estou aborrecida e quero ir
para casa. Eu visitei a cafetaria, duas vezes, sai com a secretária de Julietta, e fiquei
impressionada com a sua organização. Eu fiz o meu papel de esposa, então estou
indo embora.

Ele forçou um aceno de cabeça, mas ela piscou e abriu mais a porta. — Qual é
o problema?

— Nada. — Ele acenou. — Eu vou encontrá-la em casa.

A maldita mulher ignorou e entrou na sala. — Você brigou com a sua irmã?

Ele deveria expulsá-la e manter os negócios na família. No entanto, as


palavras correram para fora de sua boca. — Não sei o que fazer com minhas irmãs.
Eu discordei de Julietta quanto a campanha de publicidade e ela, como dizem os
americanos? Explodiu.

— Ah, entendo. — Ela parecia desconfortável quando lançou um olhar para


a saída. Ele esperou por ela para ir, mas ela trocou de pé para pé, suas mãos
embalavam sua câmera, que Michael agora pensava ser mais como um apêndice. —
É uma campanha publicitária? — ela perguntou. Ela caminhou até a mesa, e suas
pernas brilhavam em sua saia curta e salto alto. Memórias daqueles membros
envolvidos confortávelmente em torno de seus quadris e abertas a cada impulso
estremeceu através dele.

— Sim. Está desatualizada. Eu disse a eles que precisava de comida e


equacionamento sexy. Os americanos gostam de choque. Ele vende.

— Hum. — Ela observou a foto do anúncio, em seguida, fechou a pasta.

— Ok, eu vou encontrar você em casa.

Porra. Ele quase engasgou com as palavras quando ele percebeu o quanto ele
respeitava sua opinião. — O que você acha?
— Sobre a campanha?

— Sim. Estou certo?

Ela se virou e olhou para ele. Sua franja deslizou sobre um dos olhos. A
olhadinha sexy só o fez lutar mais para se concentrar no negócio e não nos gemidos
que ela fez na noite passada. — Eu concordo.

A respiração saiu correndo de seus lábios. Ele se endireitou, feliz que ele
tomou decisão correta. — Eu pensava assim.

— Mas eu odeio a sua idéia, também.

Ele franziu a testa. — Desculpe?

Ela jogou uma mão no ar, como se o rejeitando e torceu o nariz. — Alguns
choques vendem, mas não para uma padaria de família. Sua mãe iria odiá-lo.

Frieza correu através dele. — Eu entendo. Bem, obrigado por sua opinião, mas
você realmente não têm nada a ver com isso. Eu vou encontrá-la em casa.

Aborrecimento passou pelo seu rosto. Ela jogou a bolsa sobre a mesa e tirou
sua câmera. De maneira típica, sua tigrotta marchou para ele, ficou na ponta dos
pés, e ficou cara a cara com ele. — É isso o que você faz com suas irmãs quando não
concordam com sua opinião? Não admira que elas saíram daquele jeito. Confie em
mim, eu nunca poderei esquecer meu lugar. Eu não quero estar envolvida nesta
merda, mas você continua atrapalhando. Pelo amor de Deus, Conte, acorde. Você
trata suas irmãs com um ar condescendente, não pode ser assim. Julietta é
perfeitamente capaz de cuidar do negócio sem você, ainda, em vez de respeitar o seu
lugar, você questiona todas as suas decisões.

— Basta. — Suas sobrancelhas se juntaram em um franzir na testa. — Você


não tem idéia de como minhas irmãs se sentem.
Ela riu sem humor. — Você está brincando? É cristalino. Elas adoram você e
acreditam que você praticamente anda sobre a água. Elas só querem alguns elogios
de seu irmão mais velho. Um pouco de respeito por aquilo que elas conseguiram.
Sabe, Venezia acredita que você acha que ela é uma piada? Ela pode vestir
celebridades e ganhar respeito em seu campo, mas isso não significa nada, porque
você não reconhece o seu sucesso. E Carina? Ela gosta de pintar, mas você a
denominou, tirou um passatempo pequeno e bonito, acariciou sua cabeça, e a
forçou frequentar a escola de negócios. Ela tem muitos talentos e ela quer persegui-
los, mas quer a sua aprovação. Você não vê a mulher que ela esta se tornando.
Julietta mantém a luta contra a idéia de que ela é uma impostora e que esse negócio
nunca realmente pertenceu a ela. Você a faz duvidar de seus instintos.

Um músculo tremeu em seu rosto.— Eu as respeito e as amo mais do que você


pode imaginar. Dios, elas são a minha vida! Eu sacrifiquei tudo para que elas
possam ser feliz.

De repente, seu rosto suavizou. — Eu sei. — ela sussurrou. — Você fez tudo o
que um pai teria feito. Você apoiou com disciplina, dinheiro e bons conselhos. Você
as manteve seguras. Você tem certeza de que fez a coisa certa e queria para nada.
Mas você esqueceu a parte mais importante. Elas não querem um pai substituto. Elas
querem um irmão mais velho que pode brincar com elas, apoiá-las e deixá-las
brilhar. Por conta própria. Elas não precisam de você para cuidar mais delas,
Michael. — Ela tocou seu rosto e ternura deslizou através das rachaduras e direto
em seu coração. — Elas só querem que você diga que as ama. Exatamente do jeito
que elas são.

Suas palavras o abalaram e rasgaram seu estômago desconfortávelmente. Ela


ergueu a câmera. — Isso é o que eu vejo na imagem de La Dolce Famiglia — ela
disse. A tela mostrou a foto de sua mãe, apertando a tijela em seu abraço, uma
expressão sonhadora no rosto em sua cozinha caseira. — Não é sobre sexo e
alimentos. É sobre isso. Seus sonhos para a família, a sua determinação em ser a
melhor, e a qualidade que se esforça para ter todos os dias. Isso é realmente o seu
lema e como a campanha de publicidade deve ser.

Ele olhou em silêncio para a tela. Quando voltou a olhar para cima, uma série
de emoções cintilou através de seu rosto.

— Você tem muita sorte de tê-las. Cometeu um erro e elas vão te perdoar.
Isso é o que uma família unida faria. — Ela parou, como se pensasse em outro
evento. — Eu não pertenço a este mundo, Michael. Com você. Com elas. Eu não
posso mais fazer isso.

Ela se virou e fugiu, o deixando sozinho com seus pensamentos. Tudo o que
ele acreditava e trabalhou duro para manter subiu para zombar dele. Seu passado
corria diante de seus olhos, e ele empurrou para baixo uma dor excruciante de
falha. O rosto de sua mãe na câmera. Ela merecia mais do que isto. Ela merecia mais
dele.

Ele puxou a cadeira de couro e se sentou. Lentamente, ele observou, passando


por todas as fotos que Maggie tinha tirado desde que ela chegou. Elas eram muito
mais do que paisagens bonitas. Em cada foto, ela tinha alcançado algo indescritível,
seja ela uma cor ou a forma que atingia o espectador. Ele viu quando seus quatro
sobrinhos entraram em foco, um vislumbre sincero nos sorrisos, desarrumados,
meninos travessos com pasta de argila entre seus dedos. Lentamente, ele baixou a
câmera e enfrentou a verdade.

Ele estava se apaixonando por ela.

Ao mesmo tempo, ela o assustou. Maggie não era a mulher que ele imaginou
para passar a vida com ele. Ela torceu tudo dentro dele até que ele vibrava em um
tom alto, e ele fez uma longa fila de outras mulheres que ele havia levado para cama
desaparecerem no nada. Ela era espinhosa, teimosa, honesta demais, e escondia um
jeito meigo que derretia seu coração.
O pior de tudo era sua percepção de que ela estava certa.

Ele não tinha feito o seu trabalho. Imagens de seu pai morrendo diante de seus
olhos torturados. A culpa de deixá-lo para seguir seus próprios sonhos egoístas,
enquanto seu pai trabalhava longas horas tentando construir uma empresa que seus
filhos nunca acreditaram, vazio rasgou em seu estômago.

Mas Maggie falou a verdade. Ao longo de sua subida para levar a empresa ao
topo, ele se recusou a ver as suas irmãs como iguais. Em sua mente, elas refletiam a
imagem de jovens angustiadas, com necessidades e desesperadas por protecção e
estabilidade. Mesmo com a força de sua mãe, Michael sabia que era para ele se
oferecer e assumir um papel de liderança. Assim ele fez. Ele disciplinou, aconselhou
e levou. Mas ele nunca as disse “bom trabalho”. Ele nunca disse a elas que as amava.
Ele nunca escutava.

Ele tinha feito a cada uma delas uma terrível injustiça. Ele se recusou a
permitir que Julietta tivesse recompensas reais por ser uma CEO. Ela concluia todas
as tarefas domésticas do dia-a-dia, mesmo assim nunca teve qualquer recompensa.
Ele manteve todas as coisas boas para si mesmo como uma criança egoísta e nunca
deu o seu pleno apoio.

Com Carina, ele estava tão acostumado a ela ser o bebê da família, ele nunca
pensou em perguntar a ela o que ela queria. Ele ordenava, exigia, e espera. Claro, ele
sabia que ela gostava de arte, mas não até que Maggie apontou o seu talento, ele
percebeu que ela podia ter um sonho próprio, ou mesmo precisava de incentivo
para buscar algo que não fosse de característica empresarial.

Mas o pior, de longe, era Venezia. Vergonha o encheu quando a admissão


subiu e sufocou o ar de seus pulmões. Venezia seguiu seu sonho de ser uma estilista,
mas ele constantemente a repreendia por não assumir a responsabilidade nos
negócios da família, e ele menosprezou sua escolha. Agora, ele percebeu porquê. Ele
estava com ciúmes, ela foi capaz de ir atrás de seu sonho, ainda que ele tivesse
perdido o próprio. De alguma forma, ele precisava deixar a raiva passar. Ele sempre
se orgulhava de tomar suas próprias decisões, e desistir das corridas foi sua escolha.
Venezia não deveria ter que pagar o preço por seguir seu sonho, ou pela a perda do
seu.

E Maggie? Ela estava prestes a fugir. Ele não tinha idéia de como iria
convencê-la, ou derrubar sua mania de controlar o suficiente para ficar sob sua
pele, mas dane-se, ele estava indo para dar o seu melhor tiro. Ele não iria deixar que
ela entrasse naquele avião até que ele a convencesse a se render. Então, e só então,
ele poderia saber se ela iria batalhar por eles dois.

Os pedaços quebrados de sua vida estavam em torno dele. Era tempo para
tomar uma decisão. Primeiro, fazer o certo com suas irmãs. Segundo, dar um salto
de fé. Maggie tinha o coração e a alma de um gurerreiro ferido, e era hora dele lutar
por ela.

Ele precisava encontrar sua falsa esposa e de alguma forma, convencê-la a


ficar.
Capítulo Dez

Maggie estava deitada na cama e olhando para o teto. Sua decisão era final.

Ela estava recebendo o inferno fora dela.

Desde que ela pisou na casa de Conte, ela perdeu o equilíbrio. Ela tinha sido
pouxada para os dramas familiares e de uma maneira estranha, ela começou a se
preocupar. Isso foi um não, não. Ela precisava ser capaz se distanciar de Michael e
manter o conhecimento de que ele não estaria com ela por muito mais tempo. Ele
não estaria rondando Alexa. Ela não se importava como tentaria sair desse negócio,
ela tinha certeza de que ele manteria sua palavra. Enfim, a última coisa que ela
precisava era pensar sobre um cara que queria coisas diferentes dela.

Ele não queria?

Seus pensamentos giraram e rolaram para seu lado e gemeu. Por que ela
estava começando a duvidar de si mesma? Sua decisão inicial de dormir com ele e
tirá-lo de seu sistema, saiu pela culatra. Uma noite e ela já se importou demais. E se
ela se apegar? E se ela tivesse algumas idéias ridículas sobre o amor e permanência?
Claro, ele lhe daria múltiplos orgasmos e fisicamente ela estaria satisfeita. Mas o que
dizer de seu coração? Poderia seu coração lidar com um golpe?

Não. Ela poderia ser chamada de covarde, mas quando Michael voltasse, ela
estaria indo de volta para casa no próximo avião. Ela diria que sua mãe ficou
doente. Ou chegaria uma morte de um tio na família, há muito perdido. Qualquer
coisa para estar longe, muito longe. Bateram na porta.

Ela se sentou com temor imediato. — Quem é?

— Carina. Posso entrar?


— Claro.

A menina mais nova entrou e se sentou ao lado dela na cama. Maggie sorriu
para o olhar feliz em seu rosto. Por um tempo, ela contrariou seu mau humor e
pareceu alegre. Sua maquiagem estava mais sutil, e suas roupas mostravam um
pouco de sua figura, ao contrário dos jeans e camisetas de menina que ela
geralmente usava. Pelo menos Maggie conseguiu ajudar Carina de alguma forma.
Um item ela não conseguiu estragar.

— Como foi a sua noite fora? — Maggie perguntou. — E antes de responder,


é melhor que tenha sido boa. Eu lidei com seus primos na última noite e eu ainda
estou em recuperação. — Carina riu e cruzou as pernas. Seus olhos brilharam de
excitação.

— Maggie, foi tão incrível. Eu adorei Sierra, ela foi super legal. E linda. E eles
foram realmente maravilhosos e educados. Era um grande grupo, eu nem me senti
desconfortável e adivinhe? Eles disseram que eu ia ser uma grande modelo!

Maggie sorriu. — Você seria, mas eu não sei se isso é algo que você gostaria
de seguir, Carina. Pessoalmente, acho que você faria melhor com uma educação
universitária e sua arte. Você é talentosa.

Um rubor tomou seu rosto. — Obrigada. — Sim, Michael e Mama


provavelmente iriam achar um capricho, mas foi legal eles realmente pensarem que
eu seria boa o suficiente para ser uma modelo. Eles me convidaram para sua
próxima sessão de fotos, e agora eu tenho o número de celular deles e estamos
conversando por mensagens de texto.

— Estou feliz que você fez novos amigos.

— Eu também. Posso pedir um favor?

— Desde que não implique em ser babá.


— Pode me emprestar um de seus lenços? Você tem alguma coisa azul gelo?
Eu quero tentar uma roupa nova e preciso de um bom acessório. — Ela torceu o
nariz. — Venezia tem um ataque quando eu peço emprestado à ela, e Julietta só
possui roupas de negócios.

— Claro. Eu trouxe alguns extras na minha mala. Estão no armário, pegue o


que você quiser.

Carina falava sobre os detalhes da sua noite, e Maggie se inclinou para trás
na cabeceira, relaxou sob o ritual de empréstimos de roupas e o papo de mulheres.
Carina delirou com a quantidade de lenços, pegou dois, depois fez uma pausa. —
O que é isto?

Maggie olhou para cima. Seu coração parou. Carina olhava para o livro de
capa roxa brilhante, coberto com pequeno tecido. A menina olhou para ele
curiosamente, em seguida, o abriu.

— Não! — Maggie pulou para o lado em um esforço para agarrá-lo.

— Qual é o problema? Este é um feitiço de amor? Oh, meu Deus, é. Que


legal.

Oh. Meu. Deus.

A memória de sua noite de bebedeira bateu em seu cérebro e lhe deu uma dor
de cabeça instantânea. Sim, ela tinha suportado Alexa quando sua amiga tinha feito
o feitiço para um homem. Sim, Alexa acabou se casando com seu irmão, e eles eram
felizes. Mas não havia nenhuma maneira que tinha a ver com a magia. Na verdade,
Nick era o completo oposto de tudo que Alexa originalmente pediu, mas quando ela
apontou, Alexa apenas riu e disse Mãe Terra tinha razão o tempo todo.

Alexa a forçou pegar o livro de magia e usá-lo. Maggie havia se recusado em


primeiro lugar, mas acabou jogando na bolsa e esqueceu.
Até aquela noite. Quando ela percebeu que podia nunca encontrar o homem
certo para casar, nunca ter filhos, e ficar só para o resto de sua vida. Em seguida, ela
bebeu margaritas, assistiu a um filme sentimental, e pegou o livro violeta. Em
seguida, correu para fazer um fogo em sua sala e criou a temida lista.

As qualidades que exigiu a fez estremecer os olhos fechados, fechar a


memória. Estúpida e juvenil. Naturalmente, feitiços de amor não davam certo, mas
ao colocar o papel debaixo da cama parecia o menos que ela poderia fazer depois de
ter um maldito fogo queimando a lista. Ela nunca disse a Alexa, uma das primeiras
coisas que ela já tinha escondido de sua melhor amiga. Melhor manter o segredo no
caso de a notícia se espalhar.

De qualquer forma, não havia um homem no mundo, que continha as


qualidades ela procurava. Ela podia muito bem olhar um herói nos livros e desejar
um Superman para aparecer fora de sua janela do condomínio.

Ela esqueceu totalmente que ela tinha jogado o livro em sua mala de viagem
num esforço para esquecer o que ela tinha feito. Agora, a verdade de sua loucura
zombou dela em violeta neon. — Carina, não é nada, realmente, eu o esqueci lá. —
Ela riu, mas mesmo com ela percebeu como soou falso. — Meu namorado me deu,
como uma brincadeira.

Carina rolou as páginas. — Você fez? O feitiço de amor? Foi assim que você e
Michael se conheceram?

Humilhação a arrastou para baixo como se estivesse sendo sugada pela maré
de uma ressaca. — Não, naturalmente, não. É apenas uma brincadeira e eu me
esqueci de me livrar dele.

Os olhos de Carina se arregalaram. — Posso ficar com ele?


Maggie cerrou as mãos e olhou para o livro com horror. — O quê? Não, não,
é uma coisa boba. Essa coisa não funciona e seu irmão vai me matar se ele te ver
com um livro de bruxaria.

— Bruxaria não. Aqui diz que você tem que listar todas as qualidades que
você quer e precisa em um companheiro. Siga o feitiço e ele vem para você. — Ela
folheou as páginas, enquanto Maggie lutou puro pânico. — Uau, aqui diz que você
tem que fazer uma fogueira para homenagear a Mãe Terra. Oh, Maggie, por favor?
Eu juro que eu não vou contar a ninguém, é apenas muito legal.

A boca de Maggie estava aberta em choque. Por que não tinha jogado fora
quando teve a chance? Era como um mau centavo que continuou aparecendo. Ela
estava indo para matar Alexa por forçá-la a ficar com ele. Absolutamente matá-la.

— Maggie? Por favor?

Com expectativa de crescimento, ela olhou para o livro, como se estivesse


esperando ver se ele iria desaparecer em uma nuvem de fumaça. Não há tal sorte.
Um dia podre, começando com um gato louco. Ela fechou os olhos e esperou que
isso não fosse o maior erro de sua vida. — Tudo bem, tudo bem. Mas não diga
ninguém. Você sabe que é apenas uma brincadeira, certo? Diga-me que você não
está pensando em levar isso a sério, Carina, ou eu vou jogá-lo fora agora.

Carina balançou a cabeça e levantou a mão. — Prometo. Eu só acho que é


divertido. Quando ficar cansada de olhar para ele, vou me livrar dele. Obrigada,
Maggie! — Ela saiu do quarto e fechou a porta atrás dela.

Maggie rolou e cobriu seu rosto com travesseiro.

Basta. Ela desprezava lamúrias, especialmente a sua própria. Ela teria que
fazer as malas, separar o bilhete do avião, e iria sair do quarto.

Bateram na porta.

Ela gemeu no travesseiro. — Vá embora!


— Maggie, eu estou entrando.

Michael.

Ela disparou. Talvez isso fosse o melhor. Confrontá-lo mais uma vez. Ele iria
gritar com ela e estragaria sua vida familiar, ela diria a ele que ela estava indo
embora, e eles terminariam o acordo e ambos conseguiriam o que queriam. Ela
alisou o cabelo para baixo e respirou fundo. — Entre.

Ele entrou e fechou a porta atrás dele. Sua boca secou e seu estômago vibrou.
Sua presença encheu o quarto com uma masculinidade que era parte natural de
quem ele era. Maggie teve uma visão louca, tirando a roupa e se entregando para
ele aqui. Agora.

Antes de sair.

Ela lutou contra o impulso e permaneceu calma. Seus olhos escuros


queimavam nos dela como se esperando por ela para falar. — Eu suponho que você
está aqui para gritar.

Seus lábios curvaram. — Não desta vez.

O silêncio pulsava como uma corrente de perigo. A escaldante tensão sexual


acesa entre eles, provocando ela há um metro de distância ele. Apenas um metro. —
Ah. Bem, porque eu não estou de bom humor. Eu tive um dia de merda.

— Eu também. E estou prestes a mudar isso.

Ela ouviu um baque e percebeu que ele tinha tirado os sapatos. O tecido de
sua elegante camisa mal continha em seu peito largo e braços musculosos. Maggie
apertou os dedos para conter a vontade de explorar cada ângulo duro de seu corpo.
Ela olhou para frente. — Michael, nós temos que conversar. Eu quero ir para casa.
Uma sobrancelha levantou, mas ele permaneceu em silêncio. Ele lentamente
desfez o nó da gravata azul marinho, deslizando-a ao redor de seu pescoço, e a
deixou cair. — Por quê?

Sua boca se abriu. — Hum, me deixe pensar sobre isso. Porque toda esta
viagem tem sido um desastre. Porque eu sou miserável, e você é miserável, e nós
estamos fazendo uma bagunça com sua família. Porque eu odeio mentir, e eu não
posso ficar mais um dia fingindo ser sua esposa e amante obediente. Eu vou
encontrar uma desculpa. Vamos dizer que alguém morreu. Um primo há muito
perdido ou um tio para que eu não me sinta culpada. Eu acho que nós fizemos
nossas intenções conhecidas ao nos casar com um padre, e eu tenho certeza que
podemos manter a farsa até o casamento de Venezia.

Michael inclinou a cabeça como se estivesse ouvindo, depois, lentamente,


tirou o laço de seu cabelo. Os fios brilharam ao redor de seu rosto e caiu sobre seus
ombros. O gesto fez suas coxas apertarem em agonia enquanto o calor molhado
corria para seu centro e latejava. Ela olhava para fotografia masculina, poderosa,
perigo contido em um terno civilizado. Deus, ele era lindo.

Ela conversava com um esforço louco para controlar o fogo quente que
espetou nela. — Na verdade, se você realmente quiser, eu virei para o casamento de
Venezia. Eu te dei minha palavra e eu pretendo manter meu lado no acordo.

Ela olhou impotente para ele, certa de que algum tipo de jogo estava sendo
jogado, mas ela não era boa com regras. Um lento sorriso curvou seus lábios. —
Correndo com medo, la mia tigrotta? — ele soltou. — Estou desapontado. Uma noite
juntos e você já não pode lidar com isso?

Ela engasgou. — Você é o único que não pode lidar com a verdade, Conte.
Estou cansada de manter o controle em torno de você com o resto de sua família. É
hora de você acordar e enfrentar a maneira como você vê suas irmãs e admitir que
você ama tanto o controle que você vai fazer qualquer coisa para mantê-lo.
— Você está correta. — Seus dedos sacudiram ao abrir os primeiros botões de
sua camisa.

Ela piscou. Um redemoinho de cabelo preto. Pele cor de oliva profundo.


Mamilos planos sobre uma massa de muscular. — Hein? O que você disse?

— Eu disse que você está certa. Falei com minhas irmãs e implorei por seus
perdões. Eu concordo com tudo o que você disse hoje na sala de conferências.

Atordoada, ela apenas olhou a abertura que os botões mantiveram. O


estômago era uma tábua de lavar. Uma linha escura intrigante que desaparecia sob
a fivela da calça. Sua boca aberta e seu cérebro embaçado. Ele tirou a camisa fora da
calça para que ficasse completamente aberta.

— O que diabos você está fazendo? — ela chiou.

— Levando você para a cama. — A camisa atingiu o chão. Suas mãos


trabalharam na fivela do cinto, em seguida, deslizou através dos laços. Depois ele
abriu o zíper.

Seu olhar percorreu avidamente sobre o macho em perfeição diante dela. Ela
colocou as mãos em seus quadris. — Venha aqui, Maggie.

Seu coração batia tão forte que seu sangue estrangulava, então bombeando
loucamente em um esforço para se manter com seus hormônios. — Hein?

— Hmm, eu deveria ter feito isso um tempo atrás. Quem teria pensado que
você fosse ficar sem palavras? — Ele agarrou a mão dela e a puxou para fora da
cama. Muda com a eletricidade sexual do toque de sua pele na dela, ela se permitiu
ser conduzida de modo que ficou na frente dele.

— Deixe-me ser claro, la mia tigrotta. Eu vou levá-la para a cama. Estou indo
tirar suas roupas, e enterrar-me profundamente dentro de você, e fazer você gozar
tantas vezes que a única palavra que sairá de seus lábios será o meu nome, me
implorando para fazer tudo de novo. — Ele afundou os dedos em seus cabelos e
puxou. Então ele estava sobre ela, seus olhos ardentemente prometendo todos os
decadentes e lascivos prazeres que ela poderia ter. — Capisce?

— Eu, eu não acho, eu...

Sua boca caiu sobre a dela.

Sua mente precisava de um momento para se recuperar, mas seu corpo se


abriu e floresceu sob seu comando. Ela tomou cada curso de seda de sua língua e
exigiu mais quando ela cravou as unhas em seus ombros e pendurou em seu
pescoço. Em poucos minutos, suas roupas foram retiradas.

O gosto sensual e o cheiro dele inundaram suas narinas. Já, seu corpo ficou
molhado e ardentemente quente, dolorido para ele enchê-la. Ele rosnou baixo em
sua garganta e cobriu-se rapidamente com um preservativo. Desta vez ele a virou
de costas e pediu a ela para colocar as mãos sobre os joelhos, arrastou em suas
coxas, e mergulhou.

Ela gritou com a sensação deliciosa de aperto e puxou para cima, para mais. A
penetração profunda não deixou nada a esconder. Maggie ofegou quando ela tentou
manter algo de volta para si mesma, mas quando ele sentiu sua retirada, ele apertou
e rolou as pontas de seus mamilos entre seus dedos, diminuindo o ritmo. Cada
impulso, deliberadamente calmo, a empurrou mais perto, até a borda, mas não o
suficiente para ela cair. Ela gemeu e tentou acelerar.

Seu hálito quente correu por seu ouvido. — Quer alguma coisa?

Ela estremeceu. — Eu te odeio.

Ele riu baixo. — Eu te amo nesta posição. Você tem a mais bela bunda.

Ele circulou seus quadris e fez algo que deveria ser ilegal. — Michael, por
favor.

— Fique.
Ela tentou processar suas palavras, mas o corpo dela doía e cada centímetro
latejava.

— O que?

Ele mordeu sua orelha enquanto acariciava seus seios. — Fique comigo até o
fim da semana, meu amor. Prometa-me.

Cada vez mais perto. O orgasmo estava apenas fora de alcance, e ela ansiava
por ele o quanto antes, queria que ele batesse dentro dela e a reclamasse. — Sim. Eu
vou ficar.

Ele murmurou com satisfação, agarrou seus quadris, e deu a ela tudo. O
clímax veio forte e rápido, e ela balançou com fascínio. Ele gritou seu nome em
seguida, e afundou no travesseiro. Michael a abraçou como se fosse nunca deixá-la
ir.

•••

Michael acariciou suas costas nuas quando ela se esticou na carícia. Uma
profunda satisfação percorria cada célula seu corpo e o lembrou mais uma vez que
Maggie Ryan finalmente lhe pertencia.

Sua resposta, aberta, carnal, afastou qualquer outro encontro que ele já teve.
O aviso profundo brilhava dentro da caixa bloqueada, mas ele se recusou a estragar
o momento por se preocupar. De alguma forma, eles resolveriam as coisas. Após a
atração da caça por uma bela mulher que terminou na cama, Michael sempre
experimentou a satisfação. O que tocou sua mente no momento foi o feroz sentido
de conclusão que fluiu em suas veias. Como se ele tivesse finalmente encontrado sua
outra metade.

Dios, ele deve estar louco.

Ele iria pegar uma mulher que faria de sua vida uma bagunça. A voz interior
sussurrou a verdade zombando dele. Ela também trouxe uma sensação de alegria e
entusiasmo, e o desafio que ele desejava, não importa o quanto ele lutou para se
contentar com uma mulher mais fácil. Era como se a sua paixão pelo circuito de
corrida traduziu-se na mulher que ele desejava. Selvagem e indomável,
contraditória, e teimosa. Lembrou-se da adrenalina ao lidar com tal poder, agarrar-
se em torno de suas curvas e a manter sob controle. Maggie o lembrava da mesma
emoção. Ela atraía toda a gama de emoções que normalmente mantinha fechado e
reservado de maneira civilizada. Seu passado finalmente se encontrou com ele.

E ele estava feliz.

De repente, Maggie disparou para fora da cama. Cabelo caindo sobre um dos
olhos, seios nus, ela olhou com horror para a porta fechada. — Oh, meu Deus, a
sua mãe! Carina! Eu estava tão fora de mim, eu esqueci que elas estavam na casa.

Ele riu e a puxou de volta para seus braços. — Antes de vir para o quarto,
mamãe disse que precisava ir para a cidade para algum tipo de surpresa. Ela levou
Carina com ela, então eu sabia que teríamos algumas horas sozinhos.

Ela soltou um suspiro de alívio. — Então você planejou isso o tempo todo. —
Ela o deu um falso olhar. — Achei que você tinha vindo para gritar comigo por me
envolver em seus negócios.

— Eu planejei gritar depois.

Sua mão serpenteou fora e deu um aperto em seu pênis. Ele riu e a colocou no
colchão com sua coxa. Na sugestão, ele cresceu muito e cutucou insistentemente
contra seu centro úmido. Com um brilho travesso, sua mão explorou, acariciou a
ponta e deslizou para cima e para baixo em seu eixo. A mulher tinha mãos
perigosas e fortes, eventualmente, poderia matá-lo. Ainda assim, ele ia morrer um
homem feliz. — O que você estava dizendo? — Ela ronronou, alternando entre
movimentos provocantes e rígidos bombeamentos.

Michael rangeu os dentes.


— Não jogue jogos que você não pode vencer, la mia tigrotta. — ele rosnou.
Em seguida, levou os lábios dela em um beijo duro e profundo. Sua esência
almiscarada subiu para suas narinas quando o gosto doce dela inundou seus
sentidos.

— Eu vou ganhar essa rodada, Conte. — ela sussurrou de volta. Sua língua
correu sobre seu lábio inferior e ela mordeu em um acentuado beliscar. A pequena
dor deu um tiro direto para seu pênis e sua pele esticou para se acomodar.

— Eu te mostraria quem é que manda agora, mas eu não tenho mais nenhum
preservativo à mão.

Ela guiou um aperto tentador.

Ele fez uma pausa em sua entrada. Sua cabeça girou como um homem com a
sua primeira mulher.

— Estou tomando pílulas, e eu estou segura. — Seus olhos brilhavam com


uma necessidade louca chamando por ele.

Com um empurrão, ele afundou dentro dela.

Eles estavam lado a lado, enfrentando-se de perto, e ele revelou a intimidade


de assistir cada expressão enquanto ele se movia dentro dela. Seus seios encheram
sua mão, e tentou levar seus mamilos em sua boca sugando forte. O aroma de
sândalo o alcançou, e ela entregou cada impulso com um abandono que disparou
seu sangue. Ele manteve o ritmo lento e calmo, não querendo apressar o extremo
prazer de seu corpo ao lado dele. Seu canal apertou e ela ofegou enquanto se
aproximava da borda. Ele agarrou o controle e girou seus quadris para bater no
ponto doce, em seguida, ambos se entregaram ao orgasmo.

Ele engoliu seu nome de seus lábios e se juntou a ela. Então ele percebeu as
palavras de carinho que ele nunca proferiu antes. Um termo que ele guardou para a
mulher que se tornaria sua esposa. Um que nunca tinha usado antes, mesmo nos
orgasmos mais loucos.

Mia amore.

Meu amor.

Michael sentiu um súbito aperto em sua garganta e a abraçou.

•••

— Temos que nos vestir.

— Hum. — Michael passou a mão sobre suas curvas maravilhosas,


desfrutando a sensação de elegantes músculos e pele sedosa. — Em um minuto.

— Sua mãe deve estar em casa com Carina. Venezia quer ir comprar mais
acessórios de dama de honra esta noite. E eu tenho que ajudar a preparar o jantar de
novo, caramba.

Seu corpo tremia com uma risada contida, e ela lhe deu um soco fraco. —
Desculpe, cara, esta semana não foi o que qualquer um de nós esperávamos.

Sua voz era suave sussurro. — Não. Foi não. — Uma pausa. — Michael, o
que aconteceu com suas irmãs?

Ele virou o rosto para ela, em seguida, alisou os fios de seu cabelo para trás de
seu rosto. — Você estava certa. Sobre tudo. — Pesar surgiu, mas ele empurrou para
fora, sabendo que ele só poderia fazer isso direito para futuro. — Eu me perdi no
meu papel e cometi um monte de erros. Depois que você saiu, falei com minhas
irmãs e pedi desculpas. Eu também mostrei a elas a foto que você tirou da Mama e
elas adoraram. Estamos fazendo uma nova campanha baseada na sua fotografia.

Sua testa disparou. — Você está brincando? Isso é maravilhoso.


Michael sorriu, traçando o contorno exuberante de sua boca. Ele amaldiçoou
seus pais, que não viram o tesouro que ela era e causou a ela duvidas sobre sua
capacidade de amar. Ele percebeu que ele chegou a um ponto e era necessário para
forçá-los para encarar a verdade. Sua artimanha de casamento tinha desencadeado
em algo mais, e ele acreditava que era precioso demais para jogar fora.

Michael segurou seu queixo e suavemente a forçou a encará-lo. — Me ouça,


Maggie. Isto é importante. Em poucos dias, você viu coisas que eu nunca tinha visto.
Como eu tratava as minhas irmãs e o que elas realmente precisavam de mim. Você
fez os quatro meninos se sentirem amados e cuidados, apesar de ter sido a primeira
vez que eles viram você. Você respeitou minha mãe e cozinhou com ela em sua
cozinha, isso foi a coisa mais importante que você poderia dar a ela. Você deu a
minha irmã uma razão para acreditar em si mesma outra vez, e acredito que ela é
linda. Você é uma mulher incrível, Maggie Ryan. — Ele olhou profundamente em
seu olhos e disse a verdade. — Fique comigo.

Seu coração batia forte enquanto esperava. Ela fechou os olhos, como se
estivesse procurando por suas próprias respostas, em seguida, abriu a boca para
responder. — Michael! Você está aí? Venha rápido, Mama está doente!

As palavras que ela estava prestes a proferir morreram numa morte rápida, e
Michael se perguntava se ele sempre se arrependeria daquele momento de
interrupção. Eles pularam da cama, vestiram-se, e fizeram seu caminho para o
andar de baixo. Carina estava fora da porta do quarto de sua mãe. — Onde ela está?
— Ele perguntou com calma, tentando mascarar sua preocupação.

Ela levou a mão aos lábios e sufocou as palavras. — Dr. Restevo está com ela.
Nós fomos para a cidade e tudo estava bem, e então ela disse que se sentia fraca e
tonta. Eu disse a ela para descansar porque o sol estava quente hoje, mas ela...
insistiu em chamar o médico. — Lágrimas saltaram aos olhos. — Talvez eu devesse
tê-la levado ao hospital? Eu não sabia o que fazer, Michael.
— Shhh, você fez tudo certo. — Ele a levou em seus braços para um abraço
rápido. — Vamos esperar por alguns minutos e ver o que o médico diz. Talvez não
seja nada. Ok?

Carina assentiu. Quando ele a soltou, ele percebeu que Maggie segurava a
mão dela como se fosse o gesto mais natural do mundo. Murmúrios baixos saíam
através da porta fechada, e ele forçou a própria vontade de andar. Finalmente, o Dr.
Restevo surgiou na porta.

— Bom dia, doutor. Como está Mamãe? — Michael perguntou.

Uma expressão estranha cruzou o rosto do homem mais velho. Vestido


casualmente em calças cáqui, uma camiseta branca e tênis, Michael adivinhou que
ele tinha sido pego de surpresa pela chamada de Carina. Sua bolsa preta era o
padrão clichê que sua família ainda acreditava ser o atendimento domiciliar e visita
porta a porta. Ele olhou por cima dos óculos, seus olhos castanhos.

— Bem, um hospital não é necessário no momento.

Michael esperou por mais, mas o médico permaneceu em silêncio, movendo


de pé em pé. Ele desviou o olhar. Michael restringiu sua impaciência, mas Carina
explodiu na frente deles. — O que há de errado com ela? Ela teve um ataque
cardíaco? Por que você não está nos dizendo, é algo muito ruim?

O médico passou a mão na cabeça e tossiu. — Não é um ataque cardíaco. Ela


precisa descansar, é isso.

— Foi o calor? Sua medicação? Qualquer coisa que precisamos fazer? —


Michael perguntou.

Dr. Restevo balançou a cabeça e passou por ele. — Mantenha-a na cama hoje.
De a ela bastante líquido. Isso acontece às vezes, não precisa se preocupar. — O
homem mais velho fez uma pausa e de repente agarrou o ombro de Michael em um
aperto de morte. — Lembre-se de uma coisa, Michael. Sem estresse. Qualquer coisa
que sua mãe pedir, apenas de a ela. Capisce?

— Mas...

O médico baixou a mão, deu a Carina um beijo rápido na bochecha, e


estudou Maggie. Estreitando os olhos, ele bebeu sua figura, como se a estudasse para
um teste, em seguida, acariciou sua bochecha. — Parabéns pelo casamento, bella
signora. Bem vinda à família. — Então, com um pequeno sorriso, ele correu para a
porta e os deixou.

— Oh, graças a Deus. Foi, provavelmente, apenas a caminhada longa e o


calor. — Carina disse. — Eu vou pegar um pouco de água e suco. — Sua irmã saiu e
os seus joelhos enfraqueceram com uma onda de alívio. Sem uma palavra, Maggie
entrou em seus braços e o manteve perto.

Um profundo sentimento de paz envolveu sua alma naquele momento. Ele


respirou o cheiro doce do seu shampoo de morango e se permitiu ao luxo de se
apoiar em outra pessoa. Ele estava tão cansado para arcar com esse fardo sozinho,
pelo puro prazer de ter o conforto de alguém que abalou seu mundo. Seria assim se
Maggie estivesse em sua vida permanentemente? Ela era forte o suficiente para
segurar o seu próprio fim, e ele nunca teria que se preocupar em manter as coisas
longe dela. Ela seria uma verdadeira parceira em todos os sentidos da palavra.
Michael a segurou até que sua respiração voltou ao normal, em seguida,
delicadamente liberou ela.

Sua voz soava irregular. — Obrigado.

Ela arqueou uma sobrancelha. — Por que, Conte? Por não ser uma dor na
bunda por um minuto ou dois?

Seu atrevimento a fez rir. Ele estendeu a mão e esfregou o polegar sobre seu
lábio inferior, sedutor. — Por estar aqui. — Ela recuou para trás em seu muro de
defesa, mas agora ele conhecia bem esse movimento e desenvolveu o bloco
apropriado. Desta vez, ele decidiu dar a espaço a ela. — Eu vou ver como ela está. Já
volto.

Ele entrou no quarto e se sentou ao lado da cama. O cheiro familiar e a vista


do quarto de sua mãe em torno dele, o fez lembrar de sua juventude. A cama king
size com a cabeceira esculpida em cerejeira. O amarelo alegre nas paredes e o
derramamento das plantas verdes e vermelhas, brilhantes gerânios em sua caixa de
janela. O quarto levava a uma varanda privativa, e ele lembrou das muitas noites de
afago no colo da mãe enquanto ela se balançava em sua cadeira e contava as
estrelas. Agora, a potência de uma mulher deitada contra os macios travesseiros com
os olhos semi-cerrados.

Ele pegou sua mão e a trouxe para seus lábios. — Mama. Como você se sente?

Ela deu um pequeno sorriso. — Uma tola de coração fraco. Muito chata. Seu
pai e eu costumávamos caminhar em nosso tempo livre e subir as montanhas. Não
fique velho.

Ele sorriu para sua frase usual. — Carina está trazendo líquidos para você e
quero que fique na cama. Sem cozinhar. Sem estresse. Ordens do médico.

Ela soltou um sussuro bravo. — Cozinhar me relaxa. Mas vou ficar na cama,
Michael. — Seus olhos brilhavam com um pouco de humor. — Pelo menos hoje.

— Mamãe?

Uma batida rápida na porta o fez virar. Carina estava atrás de um homem alto
vestido com uma batina e uma cruz ao pescoço. Seu rosto era muito enrugado, mas
os seus vívidos olhos azuis tinham um brilho que iluminou o quarto. A Bíblia de
couro estava apertada em sua mão, quando ele se mudou para frente e segurou seu
braços para fora.

— Padre Richard! — Michael se levantou e abraçou o homem.


O sacerdote havia dado a sua família aulas de educação religiosa por muitos
anos e ficou enlutado quando Michael decidiu não ser padre. Ele sabia que Padre
Richard sonhou em deixar seu legado, mas com a primeira descoberta de um corpo
feminino nu, Michael era um caso perdido.

— O que você está fazendo aqui? — Michael enrijeceu em alarme súbito. —


Espera, Dios, você não está aqui pensando que ela precisa dos últimos ritos, não é?

A risada estrondosa de Padre Richard soou através do quarto. Ele apertou um


beijo na testa de sua mãe. — Claro que não, Michael. Sua mãe vai sobreviver a todos
nós se meus instintos estiverem certos. Será que ela não contou a você? — Michael
olhou para trás e para frente entre sua mãe e o sacerdote. — Não, desculpe Padre. É
sobre o casamento de Venezia? Ela não está aqui no momento, mas deveria estar em
casa esta tarde.

— Espere! Deixe-me chamar Maggie, ela precisa ouvir isso. — Carina


arrastou Maggie para o quarto e fez as apresentações.

Maggie franziu a testa em confusão quando ela murmurou uma saudação ao


sacerdote.

Carina saltou para cima e para baixo transbordando emoção. — Mamãe, eu


posso dizer a eles? Por favor?

Sua mãe concordou.

— Mamãe e eu fomos para a cidade ver o Padre Richard. Nós temos uma
grande surpresa para você.

A sensação de desgraça bateu através de Michael, como se estivesse assistindo


a um filme de terror e a música ensurdecedora estava forte crescendo para um
assassinato final. — Que surpresa?

Carina fez uma pausa para efeito dramático. — Padre Richard pode casar
você na Itália! Agora mesmo! Venezia e Julietta estarão aqui a qualquer momento.
Michael, temos aprovação para você se casar com Maggie. Estamos para ter um
casamento!

As palavras bateram em seu cérebro como um gancho de esquerda. Maggie


estava em perfeita quietude, aqueles olhos verdes de gato abertos com uma mistura
de horror e choque.

Porca Vacca. Ele estava ferrado.


Capítulo Onze

Maggie olhou para o sacerdote como se ele tivesse acabado de realizar um


exorcismo. O quarto ficou em silêncio, e Carina parecia ansiosa sobre a sua
emocionante noticia. Na verdade, em outro tempo e lugar em sua vida, isto poderia
ser hilariante. Quase como um das comédias em quadrinhos que ela amava, a
estúpida situação ocorreu no conforto de sua sala de estar.

De jeito nenhum. Ela não ia se casar Michael Conte.

Uma risada enlouquecida borbulhava de seus lábios. Já era o suficiente. Ela


esperou Michael para explicar a verdade. Ele nunca se casou com ela. Inferno, ela
estava vendo seu próprio pesadelo vir a tona, apesar de eles terem feito sexo e ele ter
dito algumas coisas doces. Na luz fria da manhã, ele perderia o interesse e voltaria a
procurar uma esposa adequada. Aquela que era mais adequada para ele e sua
família. Alguém como Alexa.

Carina finalmente falou. — Hum, caras? Não estão contentes? Nós vamos ter
um casamento.

Desde que seu falso marido parecia estupefato, ela decidiu ser a única
racional. Maggie respirou fundo. — Ouçam todos. Temos algo importante dizer.
Michael e eu...

— Espere! — O rugido de Michael sufocou suas palavras. Seus olhos


praticamente saltaram de seu crânio quando ele calmamente se aproximou, tomou
sua mão, e enfrentou sua família. — O que Maggie quer dizer é que nunca
deveríamos realizar uma cerimônia tão cedo. Maggie tinha em seu coração
convidar nossos primos e tios para a celebração. — Sua risada saiu oca e falsa. —
Como é que a aprovação saiu tão rápido? Quer dizer, Padre Richard, eu imaginei
que você gostaria que Maggie e eu fizessemos algumas aulas antes de abençoar a
nossa primeira união.

O Padre Richard, em sua divina presença, sem mentiras não sentiu nenhum
mal e sorriu calorosamente. — Bem, claro, que é o padrão, Michael. Você sabe que a
igreja leva um tempo para aprovar um casamento, mas você tem estado sob minha
guarda desde que você era jovem. Logo que sua mãe soube que estava voando de
volta casa, ela entrou em contato comigo e providenciamos a papelada. Você é um
Conte, e os direitos que tem alguns ativos.

Mama Conte lutou para se sentar. Ela bebeu a água e entregou o copo de volta
ao Padre Richard. Quando ela falou, sua voz estava muito fraca. Estranho, porque
mesmo quando ela estava cansada, sua mãe estalava suas palavras com uma força
em completa contradição com a visão frágil diante dele. Deus, talvez ela estivesse
muito, muito doente. — Eu entendo meu filho. E eu não quero tirar o seu desejo,
mas eu tenho medo que eu não viva para uma grande festa. Eu me sinto tão fraca. O
médico estará de volta amanhã, e ele disse que se eu ainda estiver dessa forma, ele
optará por me enviar para o hospital para exames.

Seus olhos castanhos tinham um brilho de determinação. — Peço a vocês dois


que façam isso para mim. Recitem seus votos na parte de trás terraço para que eu
possa ter a certeza de que sua união está completa.

Carina parecia aliviada com a sua preocupação e voltou a tagarelar. — Veja,


não há nada para se preocupar. Eu sei que nós preferíamos fazer uma grande festa,
mas já que vocês estarão voando de volta, na próxima semana, Mama decidiu que é
mais importante realizar a cerimônia religiosa imediatamente. —Ela bateu palmas.
— Maggie, eu tenho um vestido para você! Espero que goste, eu peguei em seu
armário e tem o seu tamanho, está no meu quarto. Vamos pegar o vestido! As
meninas devem estar aqui a qualquer momento. Michael, você deve usar o smoking
lindo que você deixou aqui da última vez. La Dolce Famiglia entregou um bolo de
chocolate creme de cannoli, e eu tenho algumas garrafas de champanhe na
geladeira. Isso vai ser muito divertido!

A cena ficou borrada na frente de Maggie. Seu coração acelerou, suor picou
sua pele. A respiração travou em sua garganta e se recusou a sair. Ela tentou pensar
em alguma coisa, mas uma parte dela compreendeu que era tarde demais. Ela estava
caindo rapidamente, e isto poderia ser um dos seus momentos mais embaraçosos de
todos os tempos.

De repente, o olhar de Michael focou em seu rosto. Como se sentisse seu


iminente colapso, ele deu uma rápida desculpa, então a arrastou para fora do
quarto. Maggie estremeceu quando as ondas de adrenalina surgiram através dela e
roubou sua sanidade. Eles chegaram ao quarto, e Michael a guiou para cama,
empurrando a cabeça para baixo entre os joelhos. O instinto de lutar contra o medo
de perder o controle fez sua reação pior. Ela cerrou os punhos e engasgou com o ar.
Ela estava prestes a gritar em desamparo quando as mãos fortes de Michael a
apertou e sua voz ordenou por detrás da neblina que prestasse atenção.

— Ouça-me, Maggie. Respire. Devagar e constante. Você vai ficar bem, eu


tenho você e não vou deixar nada acontecer com você. Prenda o seu controle e
deixe-se ir. — Suas mãos esfregavam as costas dela com suaves movimentos, e seus
dedos entrelaçados com os dela em uma demonstração de força. Ela se concentrou
em sua voz e se agarrou ao peso sólido de suas palavras. Ela cedeu aos sentimentos
dentro dela e, finalmente, seus pulmões tomaram o ar. Minutos passaram, e seu
coração desacelerou, permitindo a respiração voltar a seu corpo. Todo o tempo,
Michael continuou falando, tão baixo que a acalmou e a trouxe do abismo.
Finalmente, ela levantou a cabeça.

Ele pressionou sua testa contra a dela e segurou seu rosto. — Está melhor,
cara? — Seus olhos preto insondáveis, encarando-a com preocupação e uma
profunda emoção que ela não reconheceu.
Maggie assentiu. Emoção surgiu, uma estranha mistura de ternura que ela
nunca experimentou. Muito medo de falar, ela se divertia com sua mão alisando sua
bochecha e a corrida de ar quente sobre os lábios.

— Deixe-me pegar um pouco de água. Fique aí e apenas relaxe. Nós vamos


resolver isso.

Ele saiu do quarto e voltou e deu a ela pequenos goles de água fria, que
escorria por sua garganta. Uma calma caiu sobre ela. Ela estava segura. De alguma
forma, alguma forma, ela confiava nele. Primeiro com seu corpo.

Agora o seu coração.

— Eu acho que a idéia de se casar comigo não é de muito bom gosto. — disse
ele secamente.

Ela cuspiu uma risada. — Não quis esmagar o seu ego, Conte. Apenas sobre
casar legalmente casar com meu falso marido na frente de sua família me derrubou
por um segundo.

Ele suspirou e arrastou as mãos por seu rosto. — Isso é muito ruim.

— Você acha? Eu me sinto como se sua mãe fosse o assassino do filme Um


homem casando. Lembra quando o mafioso os fez se casarem, porque eles fizeram
sexo? — Ela gemeu. — Nós nunca deveríamos ter ido para a cama juntos. De
alguma forma, estamos sendo punido. Temos que dizer a verdade à sua mãe.

Ela esperou por seu aceno de cabeça, mas em vez disso ele lançou-lhe um
olhar estranho. — Eu não vi este filme, e minha família não é da máfia.

Ela revirou os olhos. — Bem, duh! Por que eu me sinto como se não estivesse
na mesma página que eu?

— Que página?
Senhor, às vezes ela esquecia quantas expressões americanas ele não entendia.
— Não importa. Por que não está horrorizado?

— Eu estou! Eu só estou pensando em todos os ângulos. Olha, cara, minha


mãe está doente. O médico disse para evitar todo o estresse e dar ela tudo o que ela
pedisse. Se eu lhe contar a verdade agora, ela pode acabar tendo um ataque
cardíaco.

O coração de Maggie balançou com o pensamento de ser responsável por


Mama Conte. Ela mordiscou o lábio inferior. — Michael, o que você está me
perguntando?

Seu olhar perfurou o dela. Cada palavra o golpeou como pregos em seu
caixão proverbial. — Eu quero que você se case comigo. — Ele fez uma pausa. —
De verdade.

Ela pulou da cama. — O quê? Nós não podemos fazer isso. Você está louco?
Nós vamos ser legalmente casados. Quando voltarmos para a América, nós vamos
ter que passar por uma anulação, divórcio ou algo assim. Oh, meu Deus, isso é
loucura. Como é que isso aconteceu? Eu estou presa em um maldito romance!

— Acalme-se. — Ele atravessou a sala e agarrou suas mãos. — Me ouça,


Maggie. Eu vou cuidar de tudo. Ninguém tem que saber. Nós vamos dizer nossos
votos, ter uma festa, e ir para casa. Vou cuidar de toda papelada e despesas. Ele será
discreto. Estou lhe pedindo para fazer isso por minha mãe, por minha família. Eu sei
que é pedir muito, mas eu estou pedindo de qualquer maneira.

O mundo inclinava. Michael esperou sua resposta, o rosto calmo como se ele
tivesse a convidando para um jantar em vez de um voto matrimonial. Empurrando
para trás todos os pensamentos, gritando indefinidos em sua mente, ela chegou
profunda para uma resposta.
Sua mãe estava doente. Sim, ela fez um bom negócio para um casamento falso,
mas dizer a verdade neste momento poderia ser um completo desastre. Suas irmãs
se sentiriam traídas e de coração partido. Venezia não seria capaz de se casar, e
quem sabe que tipo do drama poderia acontecer? Seria tão ruim dizer alguns votos
e torná-lo legal? Era apenas um pedaço de papel. Nada iria mudar, e não era como
se alguém fosse qaber. Ela não tinha ninguém em casa, nenhum amante ou família
que se preocupava com ela que não fosse Nick e Alexa. Talvez a coisa toda pudesse
funcionar. Se ela se casasse com ele agora, ela poderia subir em um avião amanhã,
voltar para Nova York, e fingir que tudo isso nunca aconteceu.

Sim. Ela estava na terra da negação.

Ele devia a ela um grande divertimento, e ela teria certeza de que ele ficaria
longe de Alexa daqui em diante. Um pequeno sacrifício para fazer frente a um
grande esquema de coisas. Eram palavras bobas de um livro. Um livro sagrado, com
certeza, mas ainda assim, feito pelo homem. Certo? Não significava nada.

Meu amor.

O termo sacudiu em seu núcleo e ela tremeu. Com o que ela estava
brincando? Ele pediu para ela ficar. Agiu como se ele se importasse com ela além de
sexo físico. Se ela concordasse, de alguma maneira louca ela se permitisse se
apaixonar completamente por ele e acabariam esmagados. Ele já estava ficando tão
perto da verdade sobre seu passado, e ela jurou que ninguém jamais iria sentir pena
dela. Prometeu todos esses anos que ninguém jamais saberia.

Havia um caminho, porém, para ter certeza de que ela nunca se machucaria.
— Eu vou fazer isso.

Ele se moveu em direção a ela, mas ela balançou sua cabeça. — Com uma
condição, Conte. Pare de me empurrar. Nós terminamos esta farsa pelo resto da
semana e seguimos nossos caminhos separados. Não dormiremos mais juntos. Não
fingiríamos que isto é mais do que é.
Seus olhos mergulharam nela e rodou com uma gama de emoções. — Isto é o
que você quer de mim?

Lágrimas tolas ameaçaram, mas ela impiedosamente as empurrou para trás e


levantou o queixo. Depois mentiu. — Sim. Isto é o que eu quero.

— Lamento que se sinta assim, cara. — ele sussurrou. Pesar e algo mais, algo
perigoso, brilhou em seu rosto. — Ok.

Maggie puxou as mãos das suas, atravessou o quarto e abriu a porta. —


Carina, chegue até aqui e me ajude conseguir um vestido de casamento. E tire a
rolha do champanhe.

Um grito alto e batendo palmas subia as escadas. Michael acenou com a


cabeça, em seguida, passou por ela sem dizer uma palavra.

Sua garganta apertava enquanto se preparava para o maior show de sua vida
e tentava fingir que ela não se sentia tão vazia.

•••

O sol explodiu em laranja queimado radiando pelo horizonte. Maggie ficou


diante do sacerdote no terraço. Em algumas horas as irmãs de Michael tinham
transformado o quintal simples e elegante que a deixou sem fôlego. Rosas coloridas
saíam de cestos, lanternas de papel em meio a fundição com um brilho íntimo ao
longo da passarela. Sua mãe estava sentada na cadeira apoiada em almofadas, uma
colcha elegante cobria seu colo. Suas irmãs ostentavam uma variedade de vestidos
coloridos com buquês de pequenos lírios brancos, enquanto caminhavam à sua
frente, mas não foi surpresa até que ela olhou e contemplou com prazer aquele que
seria marido de verdade, e Maggie percebeu que sua vida estava prestes a mudar.

Ele estava vestido com um smoking preto que enfatizava toda a amplitude de
seus ombros e peito, com o cabelo amarrado para trás, e as rugas esculpidas em seu
rosto suavizou quando ele olhou para ela com admiração. O vestido branco, puro,
deslizou sobre sua figura, mergulhando baixo na frente e abraçando toda extensão
de seus braços. Uma pequena cauda se espalhava atrás dela. Michael pegou sua mão
e deu um beijo na palma de sua mão. Formigamento correu por seu braço, e um
pequeno sorriso curvou seus lábios enquanto ele sentiu a conexão. Ele manteve sua
mão enfiada no braço como se tivesse medo de que ela fugisse. O padre os encarou e
começou a cerimônia. As palavras se misturavam e desfocaram em uma corrida, até
que ela começou a recitar seus votos.

Para melhor ou pior. . .

Na doença e na saúde. . .

Para honrar e respeitar. . .

Até que a morte nos separe. . .

Pássaros cantavam nas árvores. Dante jogou um olhar de desgosto para ela
enquanto ele estava empoleirado ao lado dela, lambendo a pata e esperando pela a
cena embaraçosa. O vento soprava quente e macio, zombando das palavras dela e
levando-as até as colinas. Um profundo silêncio caiu sobre o pátio quando Conte
esperou.

— Eu aceito.

O beijo foi leve como uma pena, mas quando ele levantou a cabeça, ela
prendeu a respiração ao ver a satisfação brilhando dentro de seus olhos pretos com
profundidade. Ela não teve tempo para pensar, porque ela foi empurrada para os
abraços e champanhe enquanto a verdade vibrou através de cada terminação
nervosa de seu corpo.

Ela o amava.

Ela estava apaixonada por Michael Conte.

Era real.
Venezia gritou com entusiasmo e segurou a mão de Dominick. — Eu estou tão
feliz! Agora, temos mais uma surpresa para você. Estamos enviando vocês para a
nossa casa do Lago, para uma noite de lua de mel. Você precisa de alguma
privacidade, sem se preocupar em dormir junto com a família. — Seus olhos
brilhavam, e ela entregou as chaves para Michael. — Vá agora e nós não vamos
esperar você de volta até amanhã noite. — Michael franziu a testa e olhou para sua
mãe. — Eu pensei que tínhamos alugado para a temporada? E eu não me sinto
confortável a deixando antes de confirmar que ela está bem.

De alguma forma, o afiado senso de ouvir a mulher chutou dentro, ela atirou
em seu filho um olhar que o secou no local. — Oh, você vai, Michael e Margherita.
A casa está vazia pelo próximo mês, então você pode muito bem aproveitá-la. As
meninas vão cuidar de mim e chamar imediatamente se alguma coisa mudar. Você
não vai me roubar a satisfação de dar a vocês uma noite de lua de mel.

Inacreditavelmente, o calor correu pelas bochechas de Maggie. Ela nadava


nua, manuseava homens nus em seu trabalho, e assistiu Alexa dar à luz a sua
sobrinha sem um soluço de timidez. Agora, a idéia de dormir com seu marido com a
aprovação incondicional de sua mãe a fazia corar. Mas que diabos?

Venezia sussurrou algo para Dominick e depois puxou Maggie para o lado.
Seus olhos, assim como o de seu irmão, brilhavam com uma luz interior que teve a
respiração de Maggie à distância. A mulher entrelaçou os dedos e beijou
suavemente sua mão. — Obrigada, Maggie.

— Por quê?

Seu rosto se tornou sério. — Pelo que você fez. Eu sei que você provavelmente
sonhou com o seu próprio casamento com Michael no futuro, e eu também suspeito
que Michael correu com este casamento por mim. Você o mudou. Quando ele
chegou a pedir desculpas para mim, ele admitiu que nunca percebeu como agia até
que você disse a ele. Eu só posso esperar que você saiba o quanto significa para esta
família. Você me deu um presente, a oportunidade de me casar com Dominick neste
verão e eu nunca vou me esquecer disso. Estou tão feliz que você pertence a nós
agora.

Quando Venezia a abraçou, uma parte da alma de Maggie rompeu. A dor


escorregou pelo engano e a saudade engoliu seu todo, mas ela conseguiu lutar de
volta com os longos anos de prática em ser sozinha.

•••

Na mesma hora, ela encontrou-se confortavelmente aninhada no Alpha


Romeo de Michael, correndo pelas estreitas e sinuosas estradas em direção ao lago.
Ele havia trocado de roupa, para um jeans desbotado e uma camiseta preta casual.
Seu cabelo soprava solto por sua face, ocasionalmente escondendo sua expressão da
vista dela, adicionando a sensualidade pirata que chamou a atenção de seu lado vil.
Sua barriga tremeu e sua calcinha umedeceu. Ela se ajeitou no assento e procurou
deixar o baixo astral de lado.

— O que vamos fazer? — Ela perguntou sem rodeios. — Você já pensou


sobre tudo isso passar? Será que vamos dizer a Alexa e meu irmão? E se a sua
família visitar a América? E o Casamento de Venezia?

Ele deu um suspiro profundo, como se ela se preocupou sobre os itens sem
sentido, em vez de um casamento. — Não vamos nos preocupar com isso agora,
cara. Acho que precisamos de uma noite a sós para trabalhar algumas coisas entre
nós. — Seu olhar aguçado visualizou um toque ardente de luxúria. Ela lutou contra
um arrepio. Maldito seja, por controlá-la com o sexo. Ela sempre tinha sido a única
responsável, e essa era a forma ela gostava. Talvez fosse hora de virar a página.

— Desculpe, mulher boba que sou. Por que se preocupar com coisas como
votos a Deus e divórcio? Vamos nos divertir. Ah, eu tenho um grande assunto para
conversar. Sua mãe me disse que você pilotou carros de corrida.
Suas mãos apertaram o volante. Em cheio. Culpa espetou sua consciência
quando ele parecia lutar com suas palavras. — Ela disse a você, hein? Nós nunca
mais falamos sobre isso. — ele murmurou. — Eu corria quando era jovem. Meu pai
ficou doente, e era a cabeça da família nos negócio, então eu desisti. Fim da história.

Ele parecia calmo, mas a súbita distância em seu comportamento lhe disse que
emoções ferviam sob a superfície. Ela suavizou sua voz. — Você era bom? Você
poderia ter tido sucesso.

— Provavelmente. Nós nunca saberemos.

O vento soprava seu cabelo e o cenário passou num segundo. — Você se


ressente ter que desistir? — ela perguntou curiosamente. — Você nunca quis cuidar
da La Dolce Famiglia, não é, Michael?

Seu perfil parecia um granito esculpido. Um músculo trabalhou em sua


mandíbula. — Será que isso importa? — Ele perguntou. — Eu fiz o que tinha que
fazer. Para a minha família. Eu não tenho arrependimentos.

Seu coração apertou e quebrou. Sem pensar, ela deslizou sua mão sobre o
assento e agarrou sua perna. Ele a lançou um olhar espantado. — Sim, isso é
importante. Você sequer reconheceu e lamentou a perda de algo que você amava?
Não o seu pai. O seu sonho. Você estava ficando perto de algo que você sempre quis
e de repente foi arrancado de você. Eu estaria severamente chateada.

Ela conseguiu uma risada dele, mas ele manteve seu olhar na estrada. — Meu
pai e eu tinhamos uma relação difícil. — admitiu. — Ele via minha corrida como
um perigoso passatempo egoísta. Eventualmente, ele me empurrou para escolher
entre minha carreira ou a padaria da família. Eu escolhi o circuito, então ele me
disse para sair. Eu arrumei minhas coisas, caí na estrada, e teneiu fazer meu nome.
Mas quando recebi a ligação de que ele teve um ataque cardíaco, e o vi tão frágil e
doente no hospital, eu percebi que meus desejos não eram tão importantes como eu
pensava. — Ele deu de ombros. — Eu às vezes acreditava que os outros tinham de
vir em primeiro lugar. Como Papa me disse uma vez, um homem de verdade toma
decisões por todos, não apenas para sí. Eu devia isso a todos, tinha que fazer o
negócio funcionar, trabalhei e eu fiz. De certa forma, eu não tenho
arrependimentos.

Ela olhou para ele um longo tempo. — Você sente falta?

Ele inclinou a cabeça, como se considerasse a pergunta. Em seguida, a atirou


um sorriso. — O inferno, sim. Eu sinto falta das corridas todos os dias.

Meu Deus, esse homem estava indo para quebrar além dela. Não só era
honesto, ele nunca viu seu auto sacrifício em qualquer forma negativa. Quantos
homens ela tinha namorado, que lamentou sobre qualquer coisa que não os
agradou ou se encaixou perfeitamente em seus próprios desejos ou necessidades?
Não, Michael conseguiu um nível de crença que ela nunca experimentou com outro
amante. — Sua família tem sorte de ter você. — ela sussurrou.

Ele não respondeu. Apenas apertou sua mão, como se ele nunca quisesse
deixá-la ir.

Eles chegaram à casa de férias algumas horas mais tarde. Maggie riu
interiormente da versão de um aluguel dos Contes. A mansão sofisticada tinha seu
próprio heliporto, lagoa, jardins e banheiras de hidromassagem. Hera escalava as
paredes de tijolos maciços e a torre do relógio em contrapartida era cercada por
verdes da selva e jardins elaborados. O caminho de pedras levava a uma enorme
escada onde um terraço aberto tinha confortáveis cadeiras de balanço e era
conectado a um bar completo. Mármore polido, coloridos mosaicos, e o rico marrom
chocolate e ouro fazia o esquema de cores. Uma brisa quente voou através das salas
de janelas abertas, e os aromas de lilás e citros inundavam seus sentidos.

Seus saltos clicavam no piso reluzente quando Michael pegou uma garrafa de
vinho e duas taças do bar, em seguida, levou para o andar de cima. Uma porta se
abriu para um enorme quarto com uma cama king size. As portas da sacada foram
abertas como se eles fossem esperados e o quarto foi já estava preparado. Um buquê
de rosas vermelho sangue descansava na mesa alta, servindo como o centro do
quarto. Ela caminhou pelo rico tapete oriental, admirando as antiguidades
cuidadosamente colocadas e o fino branco das rendas nas cortinas. Então ela
percebeu que seu marido estava ao lado, quadril apoiado contra a mesa, a
estudando, enquanto passeava pelo quarto.

Maggie engoliu em seco. De repente, uma corrida de puro terror tomou conta
dela. Este conjunto de coisas era demais, a cama, o casamento, e sua consumação de
seus verdadeiros sentimentos por ela. O chão quebrou debaixo dela e ela subiu para
um pé. Suas unhas enrolaram em seus punhos em um desejo de agarrá-la. Dane-se
se ela deixasse sua voz tremer como uma noiva virginal. Ela se repreendeu por este
tipo de comportamento e endireitou sua espinha.

— Você quer jantar? — Ela perguntou.

— Não.

O sangue engrossou em suas veias. Seus lábios se curvaram para cima em um


meio sorriso, quando ele sentiu sua repentina falta de jeito.

Ela endireitou o queixo e se recusou a quebrar seu olhar. — Você quer andar
nos jardins?

— Não.

— Dar um mergulho?

— Não.

Ela cruzou os braços na frente do peito para esconder o óbvio impulso de seus
mamilos.

— Bem, o que você quer fazer? Apenas ficar ai com os olhos arregalados em
mim?
— Não. Quero fazer amor com minha esposa.

Dor rasgou através dela. Sua esposa. Deus, como ela queria que fosse real.

— Não diga isso. — ela sussurrou. Maggie agarrou em gratidão à raiva que
queimava em seu sangue. — Eu não sou realmente a sua esposa e nós dois sabemos
disso. Você prometeu me deixar em paz. Nada de sexo.

Ele fechou a distância e a tomou em seus braços. A preocupação e ternura em


seu rosto a quebrou em dois. — La mia tigrotta, o que está errado? Eu nunca faria
qualquer coisa que você não quisesse. — Ele acariciou seu cabelo para trás de seu
rosto e inclinou seu queixo para cima.

— Isso é uma mentira. — Ela piscou cegando pelas lágrimas, irritada com
sua fraqueza diante dele. — Nós somos uma mentira. — Sua respiração correu os
lábios e ele a beijou suavemente, deslizando sua língua dentro para acasalar com
ternura. Ela desejava lutar contra ele, mas seu corpo enfraquecido em cada curso
quente e seu cheiro almiscarado. Ela abriu para ele e se arqueou para trás, cavando
seus dedos em seus ombros quando cada músculo entalhado pressionou contra suas
curvas.

Lentamente, ele levantou a cabeça. Seus olhos escuros ferviam com um calor
escaldante que cortava através dela e batia todas as gramas de sua resistência. —
Não, Maggie. — ele disse ferozmente. — Isto não é uma mentira. Nós não somos
uma mentira. Quero fazer amor com você, minha esposa. Agora. Você vai se
entregar para mim?

Sua honra veio primeiro, e Maggie sabia que só uma vibração de sua cabeça a
obrigaria ir para seu próprio canto separado. Querido Deus, o que havia de errado
com ela? Por que ela queria muito este homem, após apenas algumas hora de estar
em seus braços? Ele a destruiria. Ele esperou por sua decisão.
Seu corpo e mente guerreearam, mas no fundo, a pequena voz triunfou. Tome
apenas o que você pode agarrar agora e você vai ter as memórias. Ela sobreviveu a
coisas muito piores. Mas ela não achava que poderia sobreviver o empurrando esta
noite.

Ele arrastou sua boca para a dela. Ele a beijou completamente, sua língua
enredando com a dela enquanto a levava para a cama. Cada movimento derretia o
próximo quando ele tirou as roupas dela e explorou cada parte de seu corpo com as
mãos, boca e língua. Ela gemeu quando ele a trouxe para a beira, parou, então tirou
suas próprias roupas e começou novamente. Ela se contorceu e pediu até que
finalmente, ele separou suas coxas e parou na sua entrada.

Como se sentisse seu medo inato, ele imediatamente rolou para o lado, sem
perguntas, agarrou seus quadris e a puxou para baixo em seu eixo.

Ele encheu sua fenda, ela gritou e começou a se mover, frenética por liberar.
Suas mãos esfregavam seus seios, apertando as pontas, e com um final de raspar
contra seu clitóris, ela explodiu em mil pedaços. Ele gritou seu nome enquanto
cavalgava o orgasmo, até que ela caiu em cima de seu peito. Seus braços em volta
dela, ele veio e sussurrou em seu ouvido. — Isso é real.

Maggie não respondeu. Seu coração chorou, e seus lábios tremiam como se as
palavras fossem estourar dentro dela, gritando para ser livre. Eu te amo. Mas o
segredo a insultou, lembrando-se da única verdade que ela já conhecia. Não para
sempre. Ninguém podia amar você para sempre.

Então, ela não disse nada. Apenas fechou a olhos e dormiu.

•••

Michael estava sentado ao lado da cama com duas taças cheias de


champanhe, observando-na dormir. Estranho que só ontem, ele a afirmou pela
primeira vez. Normalmente, uma vez que ele dormia com uma mulher a qual se
importava, e tinha necessidade de mais encontros, um pouco mais a cada dia, até
que nada mais restasse e só ficava uma amizade morna que ambos não podiam
controlar. Mas, agora, olhando para sua esposa, um sentido de emoção e retidão
percorreu seu sangue. O mesmo sentimento que ele tinha abraçado na pista, o da
chamada desconhecida com um profundo conhecimento que ele destinava quando
dirigia um carro de corrida.

Maggie era para ser sua.

Ele sabia disso agora. Aceitou. Percebeu que precisava fazer os movimentos
com cuidado, se ele estava indo para convencê-la que eles poderiam ter um
casamento real.

Agora ele sabia. Tudo se encaixava, ele estava esperando por Maggie Ryan.

Ele sentiu a conexão na noite de seu encontro às cega. Sua sagacidade


retrocedeu e sua sexualidade o atacou com um soco. Ela o fascinou em todos os
níveis, mas a atração de algo mais profundo e mais permanente cantou em seu
sangue, então ele congelou de medo. Ele sabia que uma vez que fizesse amor com
ela, ele nunca iria querer deixá-la ir. E ela era tudo o que ele acreditava não querer
em uma esposa. Ele sentiu que ela ia quebrar seu coração em pedaços minúsculos, e
ele nunca se recuperaria.

Ele pensava nela muitas vezes ao longo do ano, mas sempre empurrou a
imagem para o fundo de sua mente, se convencendo de que eles seriam impossíveis
como um casal. Agora, parecia que cada passo o levou direto para Roma.

Ela era sua alma gêmea.

Ele só precisava convencê-la.

Mas, para fazer isso, ele precisava quebrar algumas paredes. Michael deu um
sussuro intenso com tarefa que tinha pela frente. Ele estava pensando no curso
correto de ação a ser tomado, mas era uma jogada arriscada. Ele queria alcançá-la
em um nível mais profundo, e sua inquietação constante com ele assumindo o
controle na cama disse que ela possuía segredos que precisavam ser contados. Ela
poderia confiar o suficiente para compartilhar? Será que ela nunca se renderia
completamente?

Ele estava prestes a descobrir.

Ela abriu os olhos.

Ele sorriu para aquele olhar sonolento, satisfeito quando ela se esticou contra
os travesseiros. O lençol caiu e ofereceu-lhe a tentadora visão de seus seios perfeitos.
Ela sorriu.

— Venda algo que você queira?

Ela o colocou em uma sepultura precoce, mas ele iria para o céu com um
sorriso no rosto. Ele balançou a cabeça e a entregou a taça de champanhe. — A
letra C representa todos os itens necessários na vida. — disse ela. — O café,
chocolate e champanhe. — Ela suspirou com contentamento e tomou outro gole.

Michael se recostou na antiga cadeira floral e sorriu. — Você não está se


lembrando da melhor carta de todas?

— O que é isso?

— S. Para o sexo.

Seu sorriso cresceu mais amplo e mais satisfeito. Sua ereção subiu
completamente duro e ele mudou-se na cadeira. — Oh, Conte, quando é que você
vai aprender todas as palavras americanas? — ela perguntou. — C é também para o
clímax.

Ele explodiu em risos e sacudiu a cabeça. — Cara, você é incrível. Dentro e


fora da cama.
— Eu tento. — Ela tomou um gole de champanhe, mas Michael sentiu a
guarda já solidificando. Ele precisava se mover a um ritmo constante para mantê-la
fora de equilíbrio.

— Maggie, você gosta de estar no controle?

— Isso é uma coisa ruim?

Ele manteve seu olhar firme, mas ela se recusou a levantar a cabeça. — Nem
um pouco. Você é uma mulher forte e você não teria chegado tão longe na vida sem
tal qualidade. Eu só queria saber como você se sente sobre ser dominada na cama.

Ela engasgou e sua cabeça disparou. — Por quê? Você gosta de dominação?
— Ela estremeceu. — Eu não sou um material sub, Conte. Eu li os romances BDSM,
mas chicotes não fazem isso por mim.

Dios, ele era louco por ela. — Não, cara, eu não gosto de dor, também. Parece
que você prefere controlar a relação sexual, o que é bom, mas eu me pergunto se
você já verdadeiramente se rendeu.

Ela estreitou os olhos. — Eu me rendo cada vez que eu tenho um clímax. O


que você está pensando hein?

Ele foi ao banheiro, tirou duas faixas dos roupões luxuosos e voltou para a
cama.

— O que você está fazendo? — Ela perguntou.

— Conseguindo algo bizarro?

Ele se sentou ao lado dela. — Você confia em mim, Maggie?

Cautela patinou sobre seu rosto.

— Por quê?

— Você? — Ela hesitou.


— Sim. Eu confio em você.

Alívio o percorreu na honestidade contida em sua voz. — Obrigado. Eu estou


pedindo a você para me deixar fazer alguma coisa para você.

— O que?

— Amarrá-la.

Um riso estrangulado escapou de seus lábios, mas faltou humor. — Me diga


que você está brincando. Não podemos apenas ter sexo regularmente?

— Sim. Mas eu quero mais com você. Eu quero para dar a você tanto prazer
que explodirá. Eu quero que você seja capaz de se deixar ir, em seus próprios
termos. Estou pedindo para confiar em mim o suficiente para entregar o seu
controle esta noite. Se você ficar desconfortável, me diga para parar e eu vou. Você
pode fazer isso por mim?

Ela se sentou e olhou para os laços, mordendo com força o lábio. — Eu não sei
se eu posso dar a você o controle. — admitiu.

— Eu acho que você pode. — Um sorriso tocou seus lábios enquanto


balançava os laços em uma provocação, o gesto foi suficiente para acalmar os
nervos. — Nós podemos ter algum divertimento. Eu sempre sonhei amarrar a minha
esposa. Você pode fazer da minha fantasia, uma realidade.

Ele esperou pacientemente enquanto pensava no cenário de fora. Emoções


guerreando lutou pelo domínio. Por fim, ela concordou. — Eu vou tentar. — Ela
soltou um suspiro irritado. — Mas só porque você tem algum fetiche com a
escravidão. Eu acho que você precisa disso para sair do seu sistema.

Ele riu. Com movimentos deliberados, amarrou seus pulsos juntos sobre sua
cabeça com uma faixa e com a outra, ele as envolveu em torno da cabeceira. Ela
puxou, e ele fez certo, havia muita folga para que ela não se sentisse presa. Apenas o
suficiente para permitir a ela a liberdade para se deixar ir. Sua excitação surgiu em
seu corpo nu.

— E agora? — Ela soprou o cabelo do seu rosto e franziu a testa.

Michael sorriu para sua irritadiça expressão, a montou, e olhou para baixo.

Todo o humor a deixou rapidamente. Ela estava linda, todas as curvas


elegantes e músculos. Lentamente, ele se inclinou e a beijou profundamente,
mergulhando em sua boca, empurrando sua língua dentro e fora como um
precursor do que ele planejava fazer com ela. Quando ele soltou seus lábios, ela
respirava com dificuldade, e seus olhos embaçados de excitação.

Ele tomou seu tempo. Ele mordiscou, chupou seus mamilos e deixou suas
mãos movimentar-se por sua barriga, quadris, deslizando atrás dela para agarrar
sua bunda e espalhar suas pernas mais abertas. Seus dedos pararam em seu cerne,
implorando por seu toque, em seguida, mergulhou em seu canal.

Ela gritou e puxou seus laços. Ele a empurrou mais alto, usando dois dedos
para afundar em seu calor úmido, enquanto o polegar roçava seu clitóris. Todos os
músculos em baixo dele tremiam com antecipação, e ela se contorcia na cama.

— Maldito seja, desata-me! Eu quero tocar você.

— Ainda não, cara. Estou tendo muita diversão com a minha fantasia.

Ela o amaldiçoou e ele riu, mergulhando sua cabeça, e a provou.

Ela veio duro. Seu grito rasgado em sua garganta, e ele permitiu a ela andar
para fora da onda. Quando ela voltou, a pele avermelhada tremeu impotente
debaixo dele. Ele empurrou suas coxas mais afastadas e dirigiu seu pênis com um
impulso sólido.

Ele rangeu os dentes e orou por se controlar. Seu canal o apertou fortemente
em torno, e espasmos sacudiram seu corpo como uma pequena tempestade. Ele a
encheu completamente e puro prazer explodiu dentro dele. Lentamente, ele a
apertou sobre o colchão.

— Michael. — Seus olhos vidrados de repente brilharam em pânico, e ela


resistiu por baixo dele, puxando as restrições com um movimento frenético. –Não.

A crueza de seu medo o fez adivinhar. — Olhe para mim, meu amor. Olhe em
meus olhos e veja quem eu sou.

Seu foco afiado qundo ela olhou profundamente em seus olhos. Suas pupilas
dilatadas em reconhecimento e polegada por polegada seus músculos foram
relaxando, o permitindo o acesso ainda mais. Lágrimas nadaram em seus olhos. Ele a
beijou ternamente, seu polegar enxugando a lágrima que escorria pelo rosto.

— Eu amo você, Maggie. Nunca foi Alexa, e nunca será. Estou apaixonado
por você.

Ele se moveu. Cada movimento a reivindicou para ele, falou de suas emoções
e necessidades, que ela pertencia a ele. A última luta aliviou seu corpo e ela
correspondeu impulso a impulso, seus saltos cavando em suas costas enquanto
subiam cada vez mais alto. Ela explodiu e ele deixou-se ir. O insuportável prazer
destruído, o alcançou e o jogou sobre a borda. Quando a tempestade finalmente
passou, Michael percebeu que sua vida nunca seria a mesma.

E ele não quer que seja.

•••

Ele a amava.

As palavras ecoaram mais e mais em sua cabeça. Às vezes, tão bonita como
uma ópera. Às vezes com uma gargalhada de alegria e zombando. De qualquer
maneira, ela precisava lidar com isso, mas Deus sabe que ela estava muito assustada
no momento.
Ela flexionou suas mãos agora libertas. Ele a segurou com mais ternura do
que um homem já havia mostrado a ela. Sua vida amorosa parecia menos com
torção e mais sobre dar-lhe tudo, e pedindo a si mesmo.

Ela engoliu as palavras borbulhando em seus lábios e permaneceu em


silêncio. Apenas três palavras simples, mas essas foram as palavras mais difíceis que
ela pode pensar em proferir. Seu suor umedeceu a pele pressionada contra a dela,
sólido e real. Ele tinha dado a ela um presente que não tinha preço. Confiar. De
algum modo, com ela sendo amarrada e forçada a se render, ela aprendeu a confiar
em outro ser humano.

Ele deu um beijo suave para seu cabelo emaranhado. — Obrigado por me dar
sua confiança. Eu quero saber tudo sobre você, cara, mas eu posso esperar.

Sua paciência sacudiu suas bases. Por que ele busca mais do que o seu corpo?
Sua confissão, ele nunca amou Alexa, jogou limpo e verdadeiro. Talvez ela sempre
soubesse da verdade, mas não queria perder o entrave final. Agora não havia lugar
para correr, mas não podia dizer aquelas três palavras que ele precisava.

Maggie fechou os olhos e deu a ele, o dom, a única coisa que lhe restava. Sua
verdade.

— Eu tinha dezesseis anos. Eu estava esmagando no clichê de todos os clichês


do quarterback do time de futebol. E Claro, ele mal reparou em mim, mas eu fiz
todas as coisas habituais femininas para ganhar sua atenção. Um dia, ele veio e
conversou comigo. Dias depois, ele me convidou para sair. Eu estava tonta e
acreditava que seríamos finalmente namorados.

Sua mão parou acariciando seus cabelos. Lentamente, ele se virou para ela na
cama. Ela sentiu seu olhar acariciá-la, mas ela olhou para o teto enquanto os
acontecimentos se desenrolavam em sua visão.
— Eu abusei na maquiagem. Saia curta, mostrando o pouco que eu tinha. Eu
não tinha ninguém para me acompanhar na época, então eu ia e vinha com prazer
sem regras.

— Ele me levou para ver um filme, depois de volta para a escola no campo de
futebol. Nos sentamos na grama e olhou para a lua. Eu estava tão feliz. Até que ele
me empurrou para baixo no chão e enfiou a mão dentro da minha camisa. Você vê,
eu era só conversa e nenhuma ação. Eu nunca havia namorado um cara antes,
nunca tive uma louca relação para distinguir. Eu o deixei fazer algumas coisas,
porque pensei que era a coisa certa a fazer. Até que ele puxou minha saia.

Ela engoliu uma respiração, e sua mão apertou a dela. Ele esperou em silêncio
enquanto ela lutou, mas seu calor lentamente infiltrou em sua pele. — Ele me
estuprou. Depois, ele rolou para longe, se levantou e disse que estava desapontado.
Disse-me que eu estava procurando por isso com minhas roupas e minha atitude.
Que se eu contasse a alguém, eu seria a chacota da escola. Eu coloquei minha roupa
e ele me levou para casa. Quando ele parou em frente a minha casa, ele me
agradeceu pelo bom divertimento. Vamos fazê-lo novamente.

— Eu saí do carro e minha mãe estava assistindo televisão na sala de estar. Eu


fui direto até ela e contei a história toda.

Os acontecimentos daquela noite horrível rolaram sobre ela, mas desta vez,
alguém estava ao lado dela. Desta vez, alguém se importou suficiente para ouvir.

— Minha mãe riu e me disse que eu havia pedido por aquilo. Disse para eu
fazer o controle de natalidade, ficar mais esperta, e lidar com ele. Depois ela se
afastou de mim. — Maggie tirou seu olhar longe do branco teto e se virou para ele.
— Eu não sabia o que fazer. Senti que podia ficar insana. Fiquei os próximos dias
fora, então voltei para a escola. E quando passei por ele no corredor, eu apenas
acenei com a cabeça um Olá. O teste de gravidez deu negativo. Eu tinha feito
controle de natalidade. E, de repente, eu percebi que tinha dois caminhos diante de
mim e eu precisava escolher.

— Eu poderia esconder minha sexualidade por trás das roupas largas e


nunca me sentir confortável fisicamente com um menino de novo. Ou eu poderia
empurrar o passado, e ser dona do meu próprio corpo. De alguma forma, eu percebi
que poderia ter prazer com sexo, mas seria nos meus termos. Eu trazia algo como
certo. Nunca iria acontecer novamente. — Seu coração batia à beira de um ataque.
— Eu decidi que não iria deixar que bastardo nenhum tirasse de mim quem eu era.
Vestia-me do jeito que eu queria, e eu controlava quem tivesse relações sexuais
comigo a partir daquele momento. Quando eu queria, onde eu queria e como eu
queria. Mas às vezes, quando um homem estava em cima de mim, algo piscava de
volta no tempo e eu sentia o pânico. Eu odeio isso, mas eu não conseguia controlar
essa parte da minha memória. Até agora.

Michael estendeu a mão e colocou a cabeça contra seu peito. Força, calor e
segurança, fizeram o seu caminho através dela com uma graça sem costura que
levou o fôlego distância. — Sinto muito, cara. Eu não sabia. Se eu soubesse, não a
teria empurrado em tal caminho.

Ela balançou a cabeça com força. — Não, eu estou feliz que você fez. Agora,
eu não estou com medo.

Ele respirou fundo, e ela percebeu que ele tremeu sob seus pés. Lentamente,
ela levantou a cabeça para olhar em seu rosto.

Orgulho feroz e fúria crua brilhavam em seus olhos. Suas mãos estavam tão
gentis como uma borboleta quando ele acariciou seu cabelo e seu rosto. — Para
alguém te machucar com isto, me faz questionar o que é justo e direito neste
mundo. Mas você, meu amor, teve um evento como esse e ganhou força. Você fez a
sua vida em seus próprios termos sem ninguém para ajudar. Você é humilde.
Ela mordeu o lábio e baixou a cabeça de volta em seu peito. Suas palavras
ecoaram no silêncio do quarto e explodiu o último tijolo da parede guardando seu
coração. Ele não comentou sobre a lágrima que caiu sobre seu peito.

Isso fez com que Maggie o amasse ainda mais.


Capítulo Doze

Dois dias mais tarde, Maggie descansava no terraço de volta, bebendo um


copo de vinho e acariciando Dante. Ele estava sobre a mesa, se aquecendo ao calor
do sol, grunhindo suavemente. Ele virou e expôs sua barriga enorme, o seu lugar
favorito para ser acarinhado. Toda vez que sua mão se cansava ela parava, mas
então ele assobiava para ela uma ameaça pura, que ela agora sabia que era
completamente falsa.

— Você é o rei do drama. — ela o admoestou.

Aqueles olhos verdes enormes encararam com um jeito implacável e


irritabilidade. Ela soltou um suspiro impaciente e colocou seu copo para baixo. Ela
passou as unhas levemente sobre sua barriga e ele voltou a ronronar tão alto que
soava como uma serra elétrica. — Tudo bem, bem, aqui, feliz agora?

Deus, ela odiava gatos.

Claro que, como Dante, ela era uma grande mentirosa. Este felino tinha
trabalhado seu caminho sob sua pele. A emoção barata patinou através dela, ele não
deixaria ninguém tocar nele, exceto ela. De uma maneira estranha, ela sentia como
se pertencessem um ao outro. Dois errantes, solitários, que não sabiam como lidar
com as pessoas.

O que ela iria fazer?

Michael a amava. Desde sua admissão que a fez tremer e sua confissão, eles
silenciosamente concordaram em não discutir o tema com maior profundidade.
Maggie queria acreditar nele, ansiava pela capacidade de dizer as palavras de volta,
mas algo a segurava como uma prisioneira. Seu passado.
A luz do sol atingiu os dois quilates de diamantes em seu dedo anelar e
brilhava como se zombando dela.

Ela precisava tomar uma decisão em breve. Ela concordou em ficar mais
alguns dias enquanto eles se asseguravam de que Mama Conte estava bem, e eles
poderiam ajudar Venezia a solidificar seus planos de casamento.

Ela nunca havia contado a ninguém, exceto a sua mãe sobre o estupro. Sua
mãe a traiu e matou uma profunda confiança dentro dela, Michael a trouxe de volta
à vida. Arrepios correram por seus braços com a memória de suas mãos, boca e da
língua em cada parte de seu corpo, sem a capacidade de fazer qualquer coisa, além
da rendição. Porra, agora ela sabia por que o material sobre escravidão era
amplamente lido.

Dante olhou de soslaio como se conhecesse seus pensamentos, chutou sua


mão, e se esticou numa posição diferente. — Sim, eu aposto que você é um garanhão
masculino, pegando todas as fêmeas indefesas em torno da cidade. — ela apontou
para ele. — Tenha um pouco de responsabilidade por suas ações, amigo. Eu acho
que preciso levá-lo ao veterinário e mantê-lo seguro.

— Você está falando com o gato?

Maggie virou a cabeça e lutou para não corar. Carina estava com os braços
cruzados, rindo dela. — Claro que não. — ela negou com veemência. — Você está
ouvindo coisas.

Ela riu. — Sim, com certeza. Oi, Dante. — Ela deu alguns passos mais perto,
sua mão estendida, um tom baixo e suave enrolou o gato. Ele a olhou com
abordagem lenta, Maggie e Carina prenderam a respiração.

Com um silvo de nojo, ele pulou, balançou o rabo e desapareceu nos arbustos.
A boca de Carina caiu aberta. Maggie escondeu sua expressão de satisfação e bebeu
um gole de vinho. — Por que ele não gosta de mim? — ela lamentou. — Eu amo os
animais. Eu alimento ele. Você o insulta e ele te adora.

Maggie deu de ombros. — Os homens são inconstantes. O que está


acontecendo?

— Nós estamos indo para a cidade para olhar flores. Quer vir?

Maggie franziu o nariz. — Chato. Eu vou passar.

Carina riu. — Eu sei, eu não sou um tipo flor de menina mesmo, mas desde
você ainda é nova para a família, você pode ficar fora dessas coisas. — Ela soltou
um suspiro. — Tudo bem, seja um moleque. Eu vou te ver um pouco mais tarde.
Mamãe está descansando, mas está bem. — A expressão confusa esvoaçava sobre
seu rosto. — É realmente estranho, também. Assim que vocês saíram, ela tinha toda
essa energia, estava de volta em seu antigo eu, e parecia bem. O médico veio
novamente e disse que a coisa toda devia ter sido um alarme falso.

— Huh. Estranho, mas pelo menos ela está melhor.

— Sim, você está certa. Até mais tarde.

Carina saiu e Maggie se sentou por mais um tempo, se aquecendo no calor e


no silêncio. Ela precisava encontrar Michael. Com a casa vazia, era hora deles
conversaram. Ela tomou o último gole de seu vinho para ter coragem e foi para
dentro da casa.

Ela espiou através de um dos quartos, então pegou sua voz profunda no
escritório. Ela parou do lado de fora e fez uma pausa antes de bater. Talvez ela
esperasse do lado de fora até...

— Não, Max, ela não se casou comigo pelo meu dinheiro. Ela tem o suficiente
por conta própria. Você é como uma mãe superprotetora, meu amigo.
Ele fez uma pausa, e então falou com uma frieza que lhe deu um arrepio. —
Você fez o que? A contratação de um detetive particular para verificar seus
antecedentes é inaceitável. Sim, eu sei sobre seu passado. Ela é diferente de seus pais.
Merda, não me desafie no presente, ela é minha esposa agora.

Mais silêncio.

— Não, eu não acho que as crianças virão com o tempo, ela precisa de algum
tempo. Ela não é a mulher típica que eu queria casar, mas as coisas mudaram. Eu
posso esperar. — Maggie ouviu seus passos e foi para trás. — Esta é minha decisão
e eu não quero mais falar sobre isso. Vou fazer este trabalho.

A conversa levou um pouco mais de tempo enquanto ela se escondeu no


corredor. A humilhação queimou até que sua pele realmente arrepiou. Max não
acreditava que ela era boa o suficiente para seu melhor amigo. O que tinha o
detetive dito a ele? Que seus pais eram uma piada e ela não tinha nenhuma
experiência com um saudável relacionamento? Minutos após a reunião, Max
percebeu a verdade que ela estava tentando desesperadamente esconder.

Ela era apenas a casca de uma mulher. Michael merecia mais. Ele precisava
alguém com um coração aberto e sem complicações. Uma mulher, que sua família
não tivesse que treinar, que amava gatos, crianças e cozinhar.

Não uma mulher como ela. Uma com um passado ruim, um coração ferido, e
uma incapacidade de amar.

Ela se voltou lentamente com o ataque de pânico ameaçando. Virou. Então ela
o ouviu.

— Ah, la mia tigrotta, gostaria de sair para um passeio comigo? Está uma
bela noite.

Sua voz, musical, rica, acariciava sua pele tentado ela a esquecer.

A verdade bateu nela.


Ela não podia mais fingir. Não com ele. Não conseguia.

Maggie olhou para o marido e tomou a única decisão que pôde.

— Michael, eu vou para casa.

Ele piscou e estendeu a mão, mas ela empurrou de volta. Ele franziu a testa. —
Qual é o problema, Maggie? Aconteceu alguma coisa?

— Eu quero ir para casa sozinha.

— É sobre nós? — Ele agarrou seu braço e se inclinou para ela. — Você está
correndo com medo porque eu confessei meus sentimentos? Eu sei que nós não
falamos sobre isso imediatamente, mas eu pensei que você iria querer algum tempo.

Ela puxou o braço e zombou. — Não me faça nenhum favor, Conte. Vamos
apenas dizer que eu estou cansada das mentiras, e eu quero a minha vida volta. A
vida, não está farsa. Este falso casamento. — Ela jogou as mãos para cima e correu
para o quarto. — Isso é tudo besteira! Nós estamos fazendo uma parte, fingindo ser
casados, então forçados em um casamento real, quando não há nenhuma maneira
de dar certo. Nós somos muito diferentes. Eu não quero isso! — ela gritou. — Eu não
quero irmãs arrogantes, gatos vadios, e lições forçadas de cozinha! Eu não quero me
sentir sufocada todo o tempo, sob o peso de responsabilidade. Eu gosto de ser livre e
fazer minhas próprias escolhas. Então, é hora de acordar e parar de jogar em um
maldito filme da semana.

Um músculo tremeu em sua mandíbula. A raiva rodou com dor e ela só o


enfureceu. — Será que as minhas palavras não significam nada para você? — ele
perguntou, furioso. — Eu disse que a amo. Será que isso não significa nada?

Ela esticou o queixo. Encontrou seu olhar morto. — Suas palavras não
significam nada.

Ela se virou para sair. Ele fez um movimento para impedi-la, mas ela cospiu
como Dante e mostrou os dentes. — Deixe-me sozinha, você não pode ver que eu
não quero isso mais? Eu não quero você ou este terrível estilo de vida que uma
verdadeira esposa herdaria! Tenha um pouco de orgulho, pelo amor de Deus.

Desta vez, ele a deixou ir.

Ela correu pelo corredor, procurando abrigo para lamber suas feridas antes
de sua partida rápida. Ela ia a pé para a cidade, deixaria seus pertences, e pegaria
em outro dia. Além de sua câmera, todo o resto era substituível. Melhor sair agora,
antes que ela enfrentasse suas irmãs. Michael poderia vir com alguma desculpa.

Com pés de chumbo, ela agarrou a câmera, bolsa e celular, fez algumas
chamadas rápidas e deixou a única casa a que já a fez sentir como se ela ali
pertencesse. O único lar que alguma vez a fez se sentir amada.

Maggie não olhou para trás.

•••

— O que está acontecendo?

Maggie se sentou na sala de estar e olhou para sua melhor amiga. Alexa
embalava o bebê em um quadril, o pano de babar jogado por cima do ombro,
enquanto Lily balbuciava e gritava enquanto ela olhava para o cachorro jogado aos
pés de sua mãe. A pequena bola de ouro subiu em seus chinelos de dedos e saía em
disparada cada vez Alexa se afastava.

Yeller, o velho e feio cão de caça que Alexa convenceu Nick a manter há mais
de um ano atrás, estava na pequena mancha de sol que passava através da janela e
observou o filhote de cachorro com um ar de desaprovação. A familiar azul e
laranja da bandana dos Mets enrolado no pescoço dava uma aparência distinta para
um sarnento de rua.

Maggie tentou evitar o assunto. — Eu não posso acreditar que você tem um
cachorro. Nick odeia bagunça.
Alexa soltou um suspiro impaciente e dançou fora do alcance da bola de pêlo.
— Ah, eu não tive culpa. Nick estava chegando em casa da orla e encontrou Simba
na floresta, chorando. Com hematomas por todo o corpo, o pobrezinho deve ter sido
jogado fora de um carro em movimento.

Maggie estremeceu. — Eu não posso acreditar que ele não o levou para o
abrigo. O que você tem feito com meu irmão?

Alexa riu e saltou a tempo do fluxo da música de hip hop sair dos alto
falantes. Simba rosnou no prazer e tentou se manter nos movimentos. Lily riu. —
Primeiro ele levou o cão ao veterinário, então o trouxe para casa enquanto exigindo
que eu não me apegasse. Ele disse colocou um anúncio no jornal para encontrar
uma casa para o cão. — Ela encolheu os ombros. — Então, eu deixei. Depois de uma
semana, o anúncio desapareceu e nós nunca falamos sobre isso novamente. Ele diz
olá para o cachorro antes de mim, quando ele chega em casa do trabalho.

Saudade cortou através de Maggie. Ela perdeu aquele gato estúpido e o jeito
que ele rolava e exigia que sua barriga fosse acarinhada. Ela perdeu a ânsia
saltitante de Carina, e a atitude nos negócios que eram nítidas em Julietta e as
explosões dramáticas de Venezia. Ela perdeu a mãe de Michael em sua tranquila
insistência na cozinha, o cheiro de assado, e beber café na esplanada.

Ela perdeu o marido.

Maggie concentrou na respiração e lutou com a dor que a corroía. Um dia de


cada vez. Ela ficaria bem, ela era uma sobrevivente. Mas quem sabia que era
sobrevivente e muito menos do que viver?

— Bem, você pode me agradecer corretamente porque eu tenho um presente


para você. — Maggie jogou em sua amiga, a camisola vermelha de seda. — Sem
mais detalhes, por favor. Ainda é muito estranho você transar com o meu irmão.
Alexa riu e examinou a linda peça de rendas e seda em uma mão. —
Obrigada, querida, é só o que nós precisamos esta noite. Além de uma babá.

— Vou levá-la para uma noite esta semana para você pode ter um encontro.
Eu não vou viajar por um tempo.

Maggie flexionou suas mãos. O dedo do anel nu brilhou em zombaria, e ela


apressadamente juntou as mãos em seu colo.

Alexa estudou por um longo tempo. Sua voz era suave e reconfortante quando
ela finalmente falou. — Maggie, você tem que me dizer a verdade. O que está
acontecendo?

Ela encolheu os ombros. — Fui para a Itália. Sierra. Michael. Voltei agora.
Nada mais a dizer.

— Michael veio me ver.

Sua cabeça disparou e ela engasgou. — O quê? O que ele disse?

Alexa marchou para o cercadinho, e colocou Lily, chutou Simba gentilmente


fora de sua perna, e se juntou a ela no sofá. Seus olhos azuis tinham uma mistura de
simpatia e apoio. — Michael me disse tudo, Maggie. Sobre ir para a Itália e fingir ser
sua esposa. Sobre o padre o tornando real. E como ele confessou seus sentimentos
para você, mas você fugiu e os jogou de volta em seu rosto.

Vermelho brilhou diante de seus olhos, a pura mentira que ele proferiu. Ela
tremia e tentou falar racionalmente. — Ele não contou toda a história, Alexa.

— Então, por que não? — Dor brilhava em seu rosto. — Você é minha
melhor amiga.

Maggie agarrou as mãos e segurou apertada. As lágrimas ameaçaram, então


caíram. — Eu sinto muito. Eu tinha um plano, mas a coisa toda falhou e agora está
uma bagunça. Fiz um acordo com Michael, fingiria ser sua esposa, se ele prometesse
ficar longe você. Eu sei que ele tem sentimentos profundos, e eu estava preocupada
com você e Nick. Ele concordou, mas quando chegamos à Itália, as coisas ficaram
complicadas.

— Eu não posso acreditar que você ainda está presa nesta idéia. Nunca houve
nada entre nós, só amizade.

— Eu sei agora.

— O que aconteceu? Você começou a gostar dele?

Maggie assentiu. — No começo eu pensei que era apenas sexo. Mas, então,
sua família me absorveu, o gato estúpido, e depois tivemos mais sexo e eu comecei a
ter idéias malucas sobre um relacionamento entre nós. Ele disse que me amava.

Alexa apertou os dedos de Maggie. — E o que foi que você disse?

— Nada. Eu não podia dizer nada, porque eu realmente não acredito nele. Eu
ia conversar com ele sobre isso, mas depois o ouvi no telefone com seu amigo Max.
— Ela respirou. — Ele não acreditou que eu era boa o suficiente para Michael.
Pensei que fosse um jogo terrível, e ele está certo.

Alexa engasgou. — Quando você já ouviu a opinião de alguém?

Maggie sacudiu a cabeça teimosamente. — Eu ouvi a conversa. Eu não estou


certo se sou ou não o tipo de mulher que ele precisa. Ele quer uma família grande,
com animais de estimação e constantes viagens para a Itália. Ele quer uma boa
esposa, com uma carreira sólida e respeitável e uma forma doce. Nós brigamos. E eu
odeio todas essas coisas.

— Oh, Maggie. — Alexa agarrou as mãos de Maggie quando as lágrimas


encheram seus olhos. — Minha querida amiga, você não sabe o que são todas
aquelas coisas? Quando você finalmente vai acreditar? Apenas sua lealdade com
Nick e eu, sua vontade de nos proteger me diz que você deveria ter uma família
própria. Michael é um homem complicado, um homem que muitas mulheres não
veem ou mesmo sabe que está lá. Mas não você. Você o desafiou e o empurrou, e o
fez sentir as coisas mais intensas. Quando ele veio me contar tudo, seu coração
estava quebrado. Ele acredita que você não o ama, nunca poderá amá-lo, e ele está
destruído.

Maggie lutou com as lágrimas. Deus, a idéia da dor de Michael a rasgou em


pedaços. Ela o amava tão ferozmente, mas sabia que Alexa não podia ver a verdade.

Ela precisava de muito mais. Engraçado como ela nunca acreditou que ela
valia a pena antes. Mas Michael a tinha mudado. Ao se permitir cair no amor com
ele, ela sabia que sempre precisaria ser com um homem que se sentia da mesma
maneira. Qualquer outra coisa poderia quebrá-la.

— Sinto muito, Al, quero seguir em frente com minha vida e eu nunca mais
quero falar sobre Michael Conte novamente. Se você é verdadeiramente minha
amiga, você vai fazer isso por mim. — Sua voz quebrou. — Por favor.

Alexa soltou um suspiro irritado. — Mas...

— Por favor.

Ela apertou os lábios. Depois assentiu. — Tudo bem. Eu só quero que você seja
feliz, Maggie.

A desolação de seu futuro descendo sobre ela como uma nuvem, e ela forçou
um sorriso aos lábios. — Eu vou ficar bem. Agora, vamos falar em outra coisa.

O restante das horas passou e por um tempo, Maggie fingiu que tudo estava
de volta ao normal.

•••

Michael estava sentado atrás de sua mesa e olhou suas notas sobre a
cerimônia de abertura. Em dois dias, o sonho dele para sua família e La Dolce
Famiglia finalmente se tornaria realidade. A primeira cadeia de padarias se revelaria
na sexta-feira, uma noite de apresentação luxuosa e festa para rivalizar com todos
os outros.

O tempo deve estar bom, prometendo um belo dia de primavera com muito
sol. A padaria estava preparada para escancarar suas portas com uma variedade de
sobremesas, cafés especiais e pães frescos. O centro da cidade beira-mar era um
sonho para poucos investidores, que tiveram uma visão como nenhum outro.

Esta deveria ser a semana mais feliz de sua vida.

Em vez disso, a dor de seu corpo destroçado e seu coração torturado. Ele
decidiu contar Alexa a verdade, em um esforço para ver se havia uma maneira de
atingir Maggie. Como as palavras dela tinham rasgado ele, e sua rápida partida só
confirmou sua dura confissão. Ela não o queria. Não o amava. E não queria a vida
que ele poderia oferecer a ela.

A noite tinha sido uma bagunça. Ele inventou uma história louca de um tio
doente e teve que jogar bem para convencer sua mãe e suas irmãs de que tudo
estava bem. Ele chegou no dia seguinte e mandou seu motorista entregar a bagagem
que ela deixou para trás. Michael pressionou seus dedos contra sua têmpora
dolorida. Dios, que bagunça. Ele finalmente caiu no amor, e a mulher não o queria.
Como ele gostava cada vez mais dela?

Sua imagem zombava dele sem parar. A maneira como ela se rendeu em seus
braços quando o clímax a quebrou. A maneira de sua intimidade com ele, e riu com
ele, e o desafiou a cada passo. A ternura, que ela mostrou à sua família, e o jeito que
ela acolhia Dante, embora jurasse que não gostava dele. Contraditória e amorosa a
uma falha, era para ela ser sua. Ele nunca confessou o seu passado para outras
mulheres. Nenhuma mulher jamais havia cavado o suficiente para sequer se
preocupar em perguntar sobre seus sonhos. Mas Maggie entendeu, reconheceu e
apoiou.
Uma batida profunda de tristeza em seu coração, e a necessidade de se afogar,
ele rapidamente pegou a garrafa de conhaque e derramou num copo. O líquido
deslizou queimando sua garganta com facilidade e explodiu em seu estômago.
Talvez se ele estivesse estrondosamente bêbado, ele poderia finalmente dormir sem
as imagens dela nua e aberta embaixo ele.

Seu celular tocou. Ele murmurou uma maldição e olhou para o ID. Fez uma
pausa. Depois apertou o botão. — Alexa? Está tudo bem?

Ele escutou por um longo tempo quando ela falou. De repente, as peças soltas
deslizaram juntas e em forma. Seu coração acelerou, e ele levantou de sua cadeira
quando sua amiga detalhou a conversa. Um plano se formou, e ele sabia o que
precisava fazer.

Seria sua última cartada, mas por ela valeria a pena lutar.

Ele só esperava que fosse suficiente.

•••

Maggie estava no meio da multidão perto de Alexa e assistia o transcorrer da


cerimônia. Sua bagagem tinha chegado à sua porta ontem. Uma nota simples estava
anexada na alça com sua elegante caligrafia.

Eu vou seguir nosso acordo e providenciar os documentos necessários para


dissolver o casamento.

Ela ignorou a decepção e se concentrou na satisfação de que ela e sua família


seriam deixados sozinhos. O vazio em seu estômago a levou a pegar o telefone e ver
alguns postos de trabalho no exterior. Ela precisava sair de Nova York e se manter
ocupada. Ele chegaria em Londres até o final da semana. Talvez ela precisasse de
uma distancia para se curar.

Ilustres veleiros e balsas cortavam seu caminho graciosamente através da


água, empréstimos para o cenário perfeito e os edifícios. Os desenhos pareciam no
fluxo com as majestosas montanhas e água, as linhas de fluido elegante e baixa,
aumentando em vez de bloquear natureza. Calcário emprestava um ar fresco e frio
para o spa e os exuberantes jardins sorrateiramente em torno de cada um dos
edifícios estabelecidos com bancos, esculturas e fontes gotejantes. O restaurante de
sushi ostentava um antigo salão de chá japonês, e as paredes de bambu com as
belíssimas sedas vermelhas misturando em um visual de festa dos sentidos. Murais
brilhantes foram pintadas nas paredes de tijolos antigos que uma vez abrigava uma
estação de trem falida. Totalmente restaurada, a orla agora lembrava a criatividade,
que um pouco de dinheiro poderiam realizar.

La Dolce Famiglia era a loja final, a ser revelada. Um plano de expansão com
logotipo impresso na entrada do edifício, as cordas prontas para cair ao sinal de
Michael. A multidão se agitou com emoção, e a banda começou a tocar com gestos
dramáticos.

Alexa aplaudiu e gritou quando Nick cortou a fita vermelha, e Maggie gritou
quando o orgulho correu através dela. Nick teve que trabalhar duro e acreditava em
sua visão de transformar o mar em algo bonito. Ele acredita em seus sonhos. Talvez
fosse hora de ela fazer o mesmo. Ela não pode ter o homem que amava, mas ela
tinha a capacidade de mudar sua carreira para a mais profunda satisfação. Depois
de folhear as fotos que ela tinha tirado em Bergamo, um chamado interior para
filmar algo mais significativo subiu dentro dela. Normalmente ela ignorava tais
instintos. Desta vez, ela decidiu explorar sua necessidade de captar algumas das
belezas no mundo com aquela visão própria e única. Ela planejava passeios
regulares, e fez arranjos para se encontrar com alguma revista editorial na
Inglaterra para discutir algumas novas opções para seu trabalho.

Michael se aproximou do palco levantado. Seu coração disparou. Cada célula


do seu corpo gritava com o direito de alisar o cabelo para trás, tocar seu rosto duro,
e se deleitar neste momento com ele. Vestido com um terno carvão elegante com
uma gravata roxa, ele tomou todo o palco com sua presença e imediatamente
acalmou a multidão. Seus olhos escuros, boa aparência e olhar sensual faziam as
mulheres ao redor sorrirem e conversarem. Maggie lutou contra o instinto primitivo
de falar a todas para se afastarem. Em vez disso, ela permaneceu em silêncio.

— Senhoras e senhores. — disse ele no microfone. — Tenho o prazer de estar


com vocês para finalmente revelar o sonho de uma família. Minha família construiu
sua primeira padaria em Bergamo, Itália, com tortas feitas na cozinha da minha
mãe. Com muito trabalho duro, os Contes abriram lojas por toda Milão, e sempre
sonharam em vir para América e compartilhar nossas receitas. Esse sonho está
finalmente aqui, e agradeço a todos vocês por compartilhá-lo conosco.

As pessoas aplaudiram e gritaram. Ele foi agradecer a Nick e a Dreamscape,


seus parceiros de negócios, e uma variedade de outros membros que ajudaram ao
longo do caminho. Então, ele fez uma pausa. Olhou para a multidão. E a esfaqueou
com seu olhar.

Maggie prendeu a respiração.

Seus olhos fervilhavam de emoção. Ele falou como se estivessem sozinhos,


cada palavra perfurava sua mente e seu coração com uma intimidade deliberada
que fez arrepios correrem por sua espinha. — A família é muito importante para
mim. Isso é algo em que acredito estar dentro do nome de La Dolce Famiglia, é um
sinal de minhas crenças e orgulho do que sou. Não há nada que eu ame mais. — As
palmas das mãos ficaram úmidas enquanto ela ficava enraizada no chão, paralisada
por sua voz, os olhos e sua presença.

— Eu agora descobri um novo tipo de família. Eu caí no amor com uma


mulher incrível, que me fez acreditar em felizes para sempre. Aquele meu mundo
rachado se fez um todo. Mas, infelizmente, ela não acredita em mim. Palavras não
foram suficientes para convencê-la que eu preciso dela em minha vida. Que ela me
faz completo. Portanto, eu tenho orgulho de revelar a minha nova padaria, e uma
nova cadeia para abrir nos Estados Unidos, onde eu conheci a mulher que eu quero
que seja minha esposa.

Com um aceno de cabeça, puxaram-se as cordas, em seguida, liberado.

O sinal de rolagem elaborado com letras em negrito orgulhosamente exibiam


o nome. La Dolce Maggie.

O sangue bombeou por suas veias, e o mundo nebuloso, inclinado, e mantido.


Ela piscou e virou a cabeça para Alexa, que ferozmente estendeu os braços e deu a
ela um aperto.

— Você não entende, Maggie? — Ela perguntou com lágrimas brilhando em


seus brilhantes olhos azuis. — Ele ama você. Era sempre você, mas você tem que ser
corajosa o suficiente para alcançar isso. Você tem que acreditar que você vale a
pena. Isso foi o que você me disse no dia que Nick confessou o seu amor por mim,
lembra? Se você ama alguém, você luta por ele, novamente e novamente. Minha
melhor amiga não é uma covarde. Você merece isso. Você merece amar.

Como um vampiro voltando à vida depois de um sono profundo, de repente,


ela viu todas as cores em forma acentuada. Seus sentidos explodiram, e ela começou
caminhar em meio à multidão, fazendo seu caminho para o palco, onde Michael
esperava por ela.

Ele a seguiu até a metade. Ela estudou seu belo rosto, a curva completa de seus
lábios, a sombra sobre seu queixo, o nariz torto, o calor fervente em seus olhos
preto. Ele pegou o rosto dela entre as grandes mãos e pressionou sua testa contra a
dela. Sua respiração quente passava apressada por sua boca.

— Minha Maggie, meu amor, eu te amo. Eu quero viver com você,


envelhecer e ter filhos com você. Você me destruiu. Completamente. Eu nunca
poderia me contentar com outra mulher, porque eu ficaria entediado fora da minha
mente. Você não entende? Eu não quero uma mulher típica, que você acha que me
fará feliz, porque você foi feita para mim, todos vocês. O seu sarcasmo e humor,
sensualidade e honestidade. Você pertence a mim, e eu não vou desistir até que eu
finalmente a convença. Capisce?

Ela sufocou um soluço e estendeu a mão para ele.

Seus lábios desceram sobre os dela e ele a beijou profundamente, quando o


rugido de aprovação da multidão ecoou em seus ouvidos. Seu coração se expandiu
em seu peito e acalmou. A sensação de paz e regresso inundou através dela, e ela
finalmente acreditou.

— Eu amo você, Michael Conte. — ela sussurrou ferozmente quando seus


lábios liberaram os dela. — eu quero tudo. Com você, sua família, suas padarias,
tudo. Eu sempre amei você, mas eu estava com muito medo de admitir.

Ele a beijou novamente. Michael a agarrou e a ergueu alto, rindo de alegria.


Ela ficou embrulhada no círculo de seus braços, finalmente concluído.

Com sua própria casa e final feliz.


Epílogo

— Maggie, se apresse! Os carregadores estão aqui!

Ela resmungou sob sua respiração e olhou mais uma vez sobre a sala vazia de
seu apartamento, certificando-se de que ela não tinha deixado nada. Mudar-se para
uma mansão não foi fácil. Inferno, eles já haviam brigado sobre a colocação de
coisas e arranjos. Ela lambeu os lábios quando pensou em todas as pazes
encantadoras que tinham feito, também. Muitos dos quartos tinham sido batizados.

Felizmente, não havia muito mais aonde ir.

— Estou indo. — ela gritou.

Um último olhar para o colchão nu ainda em sua cama, ela fez uma pausa
quando uma memória a atingiu. Maggie caminhou para a cama e enfiou a mão
debaixo do colchão.

A lista.

O feitiço de amor.

Ela olhou para o papel branco e a desdobrou, olhou em sua lista. Agradeceu a
Deus que Michael não tinha visto isso, ou ela teria morrido de humilhação.
Sacudindo a cabeça em sua ridícula ação, ela olhou para a lista de itens que ela
solicitou à Mãe Terra, para arranjar a ela em seu marido. As qualidades eqivocadas
em conjunto quando seu olhar deslizou sobre o papel.

Um homem com um senso de lealdade.

Um homem com um sentido de família.


Um homem que é um bom amante.

Um homem que pode ser meu amigo.

Um homem que pode me desafiar.

Um homem para quem posso confessar os meus segredos.

Um homem em quem se pode confiar.

Um homem com confiança.

Um homem com um coração aberto.

Um homem que vai lutar por mim.

Um homem que pode me amar exatamente como eu sou.

Maggie prendeu a respiração. Releu a lista, uma estranha sensação de mau


agouro lavou sobre ela. Bêbada, defesas para baixo, e solitária, as qualidades desta
lista nunca teriam sido compostas com sua mente limpa. Não, cada item clamou por
alguém que pudesse completá-la.

Michael. Mãe Terra o tinha enviado. Michael Conte.

O anel de diamante tinha vislumbres gelados de luz quando ela


cuidadosamente dobrou o papel e rasgou em sua mão. Ridículo. Ela estava ficando
assustada. Lá estava a tal coisa com a Mãe Terra. Os feitiços para o homem perfeito e
o amor não existem.

Certo?

Cautelosamente, ela decidiu jogar fora o livro de feitiços. Onde tinha que
colocado o livro roxo?

Carina.
Quando eles voltaram para casa depois da noite de sua reconciliação a beira
mar, Maggie ficou chocada ao encontrar Carina na porta da casa de Michael. A
melhor parte foi a grande bola de pêlo preto ela segurava contra o peito.

Assim que Dante viu Maggie, ele saltou dos braços de Carina para os dela
como se ele pertencesse ali. Carina confessou que uma vez que ela disse a Dante que
queria levá-lo para ver Maggie, ele caminhou para a gaiola de gato como se ele
tivesse entendido. E talvez ele tivesse. Sua família estava completa. Maggie percebeu
o que significava pertencer a outros e jurou que nunca ia esquecer. Ainda assim, ela
não gostava da idéia de sua nova irmã segurar o livro de feitiço que podia realmente
funcionar.

Ela mordeu o lábio inferior e se perguntou se deveria dizer alguma coisa.

Não, quais eram as chances? Era uma bobagem, coisa pequena, e Carina iria
provavelmente ler, rir, e jogá-lo fora.

Maggie sacudiu a cabeça e deixou o quarto e sua antiga vida para trás.

Fim

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