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CUIDADOS COM

A PESSOA PÓS

AVC
Você já ouviu falar em espasticidade?

Essa é uma sequela que surge após um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e
se caracteriza por enrijecer a musculatura dos membros superiores ou
INTRODUÇÃO

inferiores, impossibilitando que a pessoa possa fazer atividades comuns do


dia a dia, como caminhar ou mesmo realizar sua higienização.

A dor é uma das principais características da espasticidade que pode ser


tratada com um processo de reabilitação indicado pelo médico fisiatra.

Neste e-book, produzido em parceria com a Allergan, vamos apresentar a


você dicas de como cuidar de uma pessoa com espasticidade.

Boa leitura.
MAS O QUE CAUSA O AVC?
ACIDENTE CEREBRAL
A hipertensão (pressão alta);
Diabetes;
VASCULAR (AVC)
Aumento na taxa de gordura no sangue;
Tabagismo;
Obesidade;
Pré disposição genética
Antes de começarmos as dicas, vamos Vida sedentária
falar do Acidente Cerebral Vascular, o
AVC, conhecido popularmente como SINTOMAS
derrame (AVC hemorrágico). Diminuição ou perda súbita de força no rosto,
braço, perna ou de um lado do corpo;
Segundo dados do Ministério da Saúde, Sensação de formigamento ou alteração da
cerca de 100 mil pessoas morrem sensibilidade no rosto, braço perna ou de um
anualmente por causa do AVC e, lado do corpo;
segundo uma estimativa mundial, de Perda súbita da visão em um ou ambos os
cada cem pessoas com a doença, olhos;
apenas cinco sobrevivem. Alteração na fala;
Vertigem intensa e desiquilíbrio associado a
náuseas ou vômitos
ESPASTICIDADE

A principal sequela do AVC é a É importante o acompanhamento médico


espasticidade que causa tensão ou rigidez da pessoa que teve AVC, incluindo
em alguns músculos, gerando incapacidade reabilitação e análise das sequelas que
de controle, podendo surgir em até 1 ano surgiram ou poderão surgir ao longo do
após o AVC, principalmente se não houver tempo.
um processo de recuperação.
Medicação e terapia fazem parte da
A espasticidade dificulta o dia a dia do reabilitação, a fim de auxiliar na recuperação
paciente, impossibilitando muitas atividades de controle do músculo.
comuns, como andar, limpar a casa, cortar
as unhas ou mesmo realizar a própria
higienização.
ESPASTICIDADE

ENTRE AS INDICAÇÕES DADAS Aplicação de Toxina Botulínica A (substância


que pode ser injetada diretamente nos
POR MÉDICOS ESTÃO: músculos afetados pela espasticidade,
reduzindo a contração anormal pelo
Intensificação e melhor direcionamento relaxamento dos músculos que, por sua vez,
de exercícios específicos para a reduz a rigidez e também a dor associada);
espasticidade; Estimulação elétrica transcutânea – TENS
Uso de órteses (tipos especiais de (pequenos impulsos elétricos feitos nos
suportes externos ou talas feitas de músculos afetados pela espasticidade, por
plástico que podem ser encaixadas nos meio de um dispositivo à pilha, que bloqueia
membros afetados para compensar a e/ou reduz os sinais, podendo aliviar a dor e
fraqueza muscular e a espasticidade); os demais sintomas da rigidez muscular).
ESPASTICIDADE

A ESPASTICIDADE MUDA A ROTINA DO PACIENTE E TRAZ DIVERSAS


DIFICULDADES, COMO:
Dor: Como consequência da rigidez Incontinência: Ao afetar o sistema nervoso
muscular e da dificuldade para se central, o AVC pode originar sequelas no
movimentar, a dor pode surgir. Para sistema intestinal e urinário, em que o
ajudar o paciente, você pode acompanhar indivíduo perde o controle de suas
a frequência e os momentos em que ela necessidades fisiológicas. Caso o paciente
aparece para notificar o médico, que irá apresente sinais de incontinência, é
avaliar o caso e determinar a melhor importante reportar ao neurologista para o
alternativa para contornar o problema, seguimento do tratamento mais adequado
que compreendem de medicamentos a ao caso.
outras terapias já mencionadas, como no
caso da espasticidade.
vida do paciente. Por conta disso, lidar com
ESPASTICIDADE pessoas pode ser algo estressante e mais
difícil que o comum. O relato destas
dificuldades também é importante para que
os profissionais possam orientar pacientes e
Comunicação: Dificuldades para falar
familiares para as melhores práticas de
e/ou escrever, para expressar o que pensa
relacionamento para ambos.
e para utilizar números podem ser
algumas das sequelas do AVC. Ao observar
estas dificuldades, é importante reportar Cognição: Esta é mais uma área que pode ser
ao médico neurologista para o afetada pelo AVC, em que podem ser
direcionamento do tratamento adequado, observados dificuldade de planejamento para
que será aplicado pelo fonoaudiólogo. realização de tarefas; desorientação no tempo
e no ambiente; dificuldade para nomeação
Relacionamento com familiares: A de objetos ou realização de cálculos
interação com amigos e familiares pode matemáticos simples. Nestes casos, poderá
se tornar difícil por conta de toda a ser indicado um neuropsicólogo para aplicar
mistura de sentimentos e adaptações os testes de cognição para o correto
necessárias para recuperar a qualidade de diagnóstico e orientação de tratamento.
ESPASTICIDADE

Depressão: O paciente pós-AVC também pode sofrer com depressão. Observar o início ou
agravamento de sintomas relacionados à ansiedade, preocupação excessiva ou angústia,
inquietação, fadiga, dificuldade de concentração, irritabilidade, alterações de humor, redução
do interesse ou prazer em realizar atividades diárias, tristeza ou falta de esperança, dificuldade
para iniciar ou manter o sono, sono excessivo, fadiga ou falta de energia, redução ou aumento
do apetite, sensação de inutilidade ou menos valia, dificuldade de concentração, lentificação
ou aceleração da fala e dos movimentos, pensamentos de morte ou de autoagressão. Nestes
casos, é importante reportar ao neurologista para que ele possa direcionar o paciente para o
acompanhamento com psicólogo ou psiquiatra, que avaliará o caso e indicará as medidas a
serem tomadas.
PAPEL DO CUIDADOR

O CUIDADOR TEM UM PAPEL


FUNDAMENTAL NOS CASOS DE
PACIENTES COM ESPASTICIDADE,
POIS, ATRAVÉS DA OBSERVAÇÃO,
PODE RELATAR AO ESPECIALISTA
RESPONSÁVEL PELO TRATAMENTO
AS SEQUELAS QUE SURGIRAM,
ALÉM DE AJUDAR A PESSOA NO
DIA A DIA.
RECOMENDAÇÕES

1. Manter o paciente com a colu na er eta;


2. Evitar que ele sente em r eg ião sacr al;
3. Posicionar membr o su per ior sobr e tr avesse ir os a
fim de evitar que os b r aços fiqu em pendur ad os na
lateral da cadeir a de rodas;
4. O assento deve ser adequ ado par a o peso e altu r a
do paciente, atentando- se par a o apoio cor r e to das
coxas.
RECOMENDAÇÕES

REFEIÇÕES: Se o paciente é cadeir ante e apr esenta


bom controle do tr onco, posicione- o em u m a cad e ir a
comum, junto à mesa. Estimule o u so dos m e m br os
superiores compr ometidos (por exemplo, os br aços e
mãos) que podem ser u tilizados – em caso d e
comprometimento mais r ig or oso, o membr o p ode se r
utilizado par a estabilizar objetos (veja abai xo). É de
suma impor tância que ele se sinta inclu í do nas
atividades diár ias da f amília e que estas atividad e s
tenham a par ticipação de todos à mesa.
RECOMENDAÇÕES

VESTIR-SE: Primeiramente, sente o pac iente. P ar a


pôr a camisa, o r ecomendado é vestir pr i m e ir o o
braço compr ometido, de for ma que ele este j a livr e
para a execução do r estante do moviment o e p ossa
fazer uma leve flexão do tr onco par a fr ente . De sta
forma, fica mais fáci l r ealizar a extensão do ou tr o
braço e a queda par a tr ás, colocando o r estante da
peça. Para abotoar , sempr e começar pelo p r i m e ir o ou
último botão par a guiar o pac iente par a o r e stante .
RECOMENDAÇÕES

VESTIR-SE: Em caso de blusas e camisetas, após a


cabeça, deve-se vestir pr imeir o o m e m br o
comprometido, assim o membr o não-afe tado te m
mobilidade par a finalizar o movimento. P ar a os
membros infer ior es, or iente o pac iente a c om e çar a
atividade sentado. Cr uze a per na c ompr om e tida par a
facilitar a colocação da r oupa (ber muda, calças ou
roupa íntima) e o auxilie par a qu e coloque a ou tr a
perna. Em seguida, ajude- o a se levantar par a q u e
possa, em pé, passar a r oupa pelo qu adril com as
duas mãos – se possível.
RECOMENDAÇÕES

LEVANTAR-SE: Você deve ajudar o paciente a se vir ar


de lado, pr óximo à beir a da cama. Em se gu ida,
posicionar os membr os infer ior es (per nas e p é s) p ar a
fora da cama, ut ilizando o br aço par a se ap oiar e
impulsionar t r onco par a cima e, assim, se se ntar . P ar a
ficar em pé, ajude-o a posicionar o b r aço
comprometido em seu pescoço, solic itando a e le q u e
o segure com o br aço não afetado. Com o se u joe lho,
trave o joelho compr ometido do paciente. P osicione a
perna não compr ometida a algu ns cent í m e tr os à
frente e o estimule a l evantar .
RECOMENDAÇÕES

LEVANTAR-SE: Oriente-o par a distr ibuir o peso em


ambas as per nas e, com as suas mãos loc ali z ad as nas
costas, abaixo das escápulas, r ealize a tr ansfe r ê ncia
em segurança. Caso o pac iente não pr ecise d e u m a
terceira pessoa par a r ealizar a tr ansfer ência, você
pode colocar um apoio à fr ente dele pa r a dar - lhe
segurança, facilit ando e estimulando a fle xão d o
corpo. Para a t r ansfer ênc ia de peso par a os m e m br os
inferiores, or iente o pac iente a manter o pé afe tad o
centímetros atr ás do pé não c ompr ometido, d e m od o
que tenha força e contr ole do joelho e m e lhor e o
equilíbrio par a se levantar .
O PAPEL DO CUIDADOR NO BEM ESTAR DO PACIENTE

O CUI DADOR TA MBÉM É


RES PO NS ÁVEL POR DAR
CONT I NUIDADE AOS
EXERC Í CIOS REA L I ZADOS
EM AMBIENTE HOSPI T AL AR ,
MAS EM CAS A.
DICAS DE EXERCÍCIO

1. Com membro superior sadio o paciente deve elevar o


membro comprometido, movimentando a articulação do
ombro.
2. Coloque o paciente de barriga para cima. Com o auxílio de
um bastão, oriente o paciente a elevá-lo até a altura dos
olhos, movimentando a articulação do ombro. O exercício
pode ser repetido sentado.
3. Ainda com o bastão, oriente o paciente a realizar
movimentos para a lateral (direita e esquerda), passando
com o bastão pela frente do corpo. A atividade também
pode ser realizada enquanto sentado.
DICAS DE EXERCÍCIO

4. Deite o paciente de barriga para cima e peça a ele que abrace


os joelhos.
5. Ainda deitado, solicite ao paciente que abrace um joelho de
cada vez, alternando entre perna direita e esquerda.
6. Coloque o paciente de barriga para cima. Peça a ele que
dobre uma perna e estique a outra. Ajude-o a alongar a parte
posterior da perna esticada com o auxílio de uma faixa ou corda.
7. Com o paciente em pé, solicite que ele apoie as mãos na
parede (ou em uma superfície fixa). Peça a ele que alongue a
parte posterior das pernas (uma de cada vez), de modo que uma
delas estará dobrada enquanto a outra estará esticada.
DICAS DE EXERCÍCIO

8. Com o paciente de barriga para cima e com os pés e braços


apoiados no chão, estimule-o a elevar e descer o quadril
suavemente. Este exercício auxilia no fortalecimento dos glúteos.
9. Com o paciente sentado em uma cadeira (ou algo que dê a
mesma estabilidade), com a coluna bem posicionada e os pés bem
apoiados no chão, oriente-o a estender uma perna enquanto a outra
se mantém dobrada. Para fortalecer a coxa, o paciente deve esticar e
dobrar a perna, uma de cada vez.
10. Com o paciente deitado de barriga para cima em uma superfície
reta, uma perna deve se manter esticada, enquanto a outra deve
estar com o joelho flexionado. Ajude-o a subir e descer a perna
estendida suavemente, alternando as pernas.
DICAS DE EXERCÍCIO

11. Com auxílio de uma cadeira à frente para apoiar as mãos,


solicite ao paciente que eleve uma das pernas flexionando o
joelho para trás. Alterne as pernas. Quando o paciente estiver
apto, é possível dificultar o exercício posicionando os pés em
uma superfície instável (almofada ou travesseiro, por exemplo).
12. Para estimular a região plantar e a sensibilidade do paciente,
sente-o em uma cadeira e coloque uma toalha sob seus pés.
Peça a ele que flexione e estenda os dedos, como se fosse pegar
a toalha com eles.
O PAPEL DO CUIDADOR NO BEM ESTAR DO PACIENTE

É IMPORTANTE SEMPRE ESTAR EM


CONTATO COM UM PROFISSIONAL
DA SAÚDE EM RELAÇÃO AOS
CUIDADOS DE UMA PESSOA COM
ESPASTICIDADE E BUSCAR
MANEIRAS DE EVITAR
SURGIMENTO DE OUTRAS
DOENÇAS E SEQUELAS.
NA CLÍNICA CATTAI, A MÉDICA
FISIATRA RESPONSÁVEL PELO
ATENDIMENTO É A DRª LÍGIA
CATTAI, QUE TEM MAIS DE 15
ANOS DE EXPERIÊNCIA NO
TRATAMENTO DA
ESPASTICIDADE.
ENTRE EM CONTATO

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Rua Freire Alemão, 945 (42) 3323-7311 clinicacattai@gmail.com


bairro Estrela (42) 98806-1606
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