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Alguns dos argumentos levantados pela bancada ruralista são: que o atual
código põe a maior parte (92,6% do universo de 5,2 milhões) dos agricultores na
ilegalidade, tornando-se um entrave para agricultura e conseqüentemente para o
desenvolvimento do país; que este foi inadequadamente alterado por decretos,
portarias, resoluções, instruções normativas
e medidas provisórias que descaracterizam
“63,5% da área total do país esta
o código original; que os pequenos e
nas mãos de apenas 7,5 % dos
médios proprietários praticantes de uma
proprietários rurais”
agricultura quase de subsistência seriam
os principais prejudicados, tendo
em vista a baixa lucratividade da atividade econômica que desempenham,
causando um grande problema social já que estes detêm quatro milhões das 5,
2milhões de propriedades rurais existentes no país e que para os grandes
produtores a legislação funcionaria como uma carga tributária extra diminuindo sua
competitividade no mercado, causando um grande prejuízo econômico ao país.
Entretanto o código foi modificado ao longo dos anos a fim de adequá-lo aos
avanços científicos feitos na área de ecologia para compreensão da dinâmica da
paisagem e das comunidades, logo não foram mudanças displicentes ou
desnecessárias.
Contudo essa posição tomada pela bancada ruralista vai frontalmente contra
o ousado compromisso internacional de redução nas emissões de carbono (de 2,7
Gt de CO2, para 1 Gt) assumido em 2009 pelo Brasil durante a conferência de
Copenhague. Principalmente se consideramos que a maior parte das emissões
brasileiras são provenientes da destruição da cobertura de vegetação (ABRAMOVAY,
2010) e que as alterações propostas para o atual código legitimariam o
desmatamento de grandes áreas aumentando consideravelmente a quantidade de
carbono emitida.