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Qual a Diferença entre Disjuntor, IDR e DPS?

Diferença entre Disjuntores, DR e DPS

Disjuntor Termomagnético IDR - Interruptor Diferencial Residual DPS

• Dispositivo de proteção contra


sobrecorrente (sobrecarga e curto- • Interruptor Diferencial Residual • Dispositivo de proteção contra surtos
circuito) • Proteção contra fugas de corrente elétricos
• Função de proteger as instalações élétrica • Função de proteger dispositivos
elétricas (cabos elétricos) • Proteção contra choques elétricos elétricos e as instalações elétricas
contra tensões acima da nominal
• Proteção térmica: protege contra • Atuação com baixo valor de corrente
sobrecarga de fuga com finalidade de proteger • Quando ocorre uma sobretensão o
DPS secciona todas as fases para a
• Proteção magnética: protege contra curto- pessoas contra choques elétricos terra (aterramento) com finalidade de
circuito • Não protege as instalações contra preservar dispositivos e instalações
• Chamamos de termomagnético devido a sobrecarga ou curto-circuito, exceto se elétricas
união das duas proteções for DDR (disjuntor diferencial residual)
Como Funciona um Disjuntor Termomagnético?
Como Funciona um Disjuntor Termomagnético?

1. Borne de entrada do disjuntor

2. Bobina de proteção magnética

3. Chave de acionamento ou desligamento

4. Contato bitálico que faz a proteção térmica

5. Barramento do borne de entrada

6. Contato do mecanismo por onde percorre a


corrente elétrica

7. Câmara de extinção

8. Trilho de fixação

9. Borne de saída do disjuntor


Como Funciona um Disjuntor?

Quais as funções de um disjuntor?

✓ Os disjuntores são, simultaneamente, dispositivos de proteção e de manobra, e exercem, a princípio, três


funções básicas, como:

✓ Promovem a proteção elétrica de um circuito, isto é, de seus condutores, por meio da detecção de sobre-
correntes e da abertura do circuito.

✓ Permitem comandar, por meio da abertura ou do fechamento voluntário, sob carga, circuitos ou equi-
pamentos de utilização;

✓ Promovem o seccionamento de um circuito, na medida em que, ao abrir um circuito, asseguram uma


distância de isolamento adequada.
Definições de Sobrecorrente e Sobrecarga
Funções de Proteção Contra Sobrecarga e Curto-circuito
Definições de Sobrecorrente e Sobrecarga :

Sobrecorrente: É uma corrente cujo valor excede o valor nominal, ou seja uma corrente elétrica com
valor superior a corrente de atuação de disjuntores. Essa sobrecorrente pode ser devido a uma
sobrecarga ou um curto-circuito.

A sobrecarga acontece quando um equipamento por algum motivo passa a consumir uma corrente
acima da nominal por um tempo contínuo, isso pode acontecer por falha de equipamentos, erro de
dimensionamento, má execução das instalações, falta de manutenção ou similares.

Quando isso acontece o aquecimento dos barramentos bimetálicos dentro do disjuntor sofre uma
deformação mecânica e faz com que mesmo abra para proteger o circuito.

Como sabemos quanto maior o valor de corrente, maior será a temperatura em condutores elétricos,
a proteção contra sobrecarga também pode ser chamada de proteção térmica, já que o disjuntor
secciona o circuito por ação térmica devido a corrente elevada passando pelo seu barramento
bimetálico.

Os valores de sobrecarga são considerados quando são menores que 10 x IB (corrente de projeto).
Definições de Curto -circuito
Funções de Proteção Contra Sobrecarga e Curto-circuito
Definições de Curto-circuito:

Curto-circuito: é quando temos uma sobrecorrente devido a uma falta elétrica, que acontece quando
dois condutores de potencial elétrico diferentes são colocados diretamente em contato. (fase x fase,
fase x neutro ou fase x terra).

Geralmente a sobrecorrente causada por um curto-circuito acontece com um pico maior do que uma
sobrecarga e num pequeno espaço de tempo.

Os valores de curto-circuito são considerados a partir de 10 x IB que é a corrente de projeto,


enquanto que uma sobrecarga acontece com valores abaixo de 10 x IB.

O curto-circuito pode ocorrer devido a falhas na isolação de condutores elétricos, isso inclui cabos
elétricos e dispositivos elétricos. Um exemplo é o derretimento da isolação de cabos elétricos,
problema de isolação em motores elétricos, transformadores entre outros.

Na ocorrência de um CC (curto-circuito), o pico elevado de corrente faz com que o uma bobina
interna dentro de disjuntores, tenha o seu campo magnético aumentado ao ponto de causar um
movimento mecânico em um pino metálico (como se fosse um imã) e com isso o mecanismo do
disjuntor se abre seccionando um circuito elétrico.
Disjuntores Padrão NEMA e DIN ( Mini Disjuntores)
Disjuntores DIN x NEMA
Padrão NEMA

O disjuntor NEMA (preto) segue padrões normativos norte-americanos, ele é


fabricado conforme a norma RTQ contida na portaria do INMETRO 243, enquanto que
o tipo DIN segue padrões europeus IEC.

Embora as nossas normas sejam baseadas as europeias IEC, é permitido o uso


deste modelo conforme a portaria 243 do INMETRO.

A capacidade de interrupção de curto-circuito é inferior ao disjuntor DIN, por exemplo


um disjuntor NEMA de 25A possui capacidade de interrupção aproximada de 3kA,
enquanto que o DIN tem em média 4,5kA.

A caracterísica do disparador magnético desse modelo tem pouca sensibilidade de


atuação, a destrava do mecanismo depende da grandeza da corrente de curto-circuito
e a proteção é por apenas um elemento bimetal e seu disparador não é bobinado.
Disjuntores DIN x NEMA
Padrão DIN ou Mini Disjuntores

Este modelo possui capacidade de interrupção de curto-circuito maior quando


comparado ao NEMA, por exemplo disjuntor de 25A, possui capacidade de atuação de
curto-circuito de 4,5kA, enquanto um de 25A NEMA suporta aproximadamente 3kA.

Esse modelo, tem a vantagem de possuir dois tipos de proteções internas


independentes, no caso o contato bimetálico para proteção térmica (sobrecarga) e a
bobina para proteção magnética (curto-circuito).

Possui câmara de extinção para conter pequenos arcos elétricos que ocorrem no
ligamento e desligamento do dispositivo.

Seus contatos são revestidos com prata, desta forma acaba tendo uma menor
resistência elétrica de contato, proporcionando assim, um menor aquecimento e
consumo de energia.

Os disjuntores DIN seguem padrão de normas IEC (no Brasil NBRs 60898 e 60947-2)
Disjuntores DIN x NEMA
Valores típicos de correntes nominais:

São típicos os seguintes valores de correntes nominais de disjuntores de baixa tensão:

✓ Regulamento Técnico da Qualidade – RTQ da Portaria do Inmetro 243/2006 (em A): 5, 10, 15, 20, 25, 30,
35, 40, 50, 63. (NEMA)

✓ NBR NM 60898 – Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações domésticas e similares
(IEC 60898 : 1995, MOD) (em A): 6, 8, 10, 13, 16, 20, 25, 32, 40, 50, 63, 80, 100, 125.

✓ NBR IEC 60947-2 – Dispositivos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 2: Disjuntores (em A): 16,
20, 25, 32, 40, 50, 63, 70, 80, 90, 100, 125, 150, 175, 200, 225, 250, 275, 300, 320, 350, 400, 450, 500,
600, 700, 800, 1.000, 1.200, 1.400, 1.600, 1.700, 1.800, 2.000, 2.500, 3.000, 3.200, 4.000, 4.500, 5.000,
6.300.
Disjuntores DIN x NEMA
Normas para Disjuntores de Baixa Tensão
Normalização para Disjuntores
Principais Normas de Disjuntores

ABNT NBR NM 60898:2004 - Disjuntores para proteção de sobrecorrentes para instalações


domésticas e similares (Instalações residenciais e Prediais)

ABNT NBR IEC 60947-2:2013 - Dispositivo de manobra e comando de baixa tensão (Instalações
Industriais)

ABNT NBR 5410 – Instalações Elétricas de Baixa Tensão


Curvas de Disjuntores: B, C e D
Curvas de Disjuntores
Curvas B, C e D

A norma ABNT NBR NM 60898:2004 classifica os disjuntores quanto ao disparo instantâneo em curto-
circuito (magnético) nas curvas B, C e D

Curva B: Para proteção de circuitos que alimentam cargas com características predominantemente
resistivas, como lâmpadas incandescentes, chuveiros, torneiras e aquecedores elétricos, além os
circuitos de tomadas de uso geral. A atuação do disparo magnético do tipo B ocorre entre 3 a 5 x In

Curva C: Para proteção de circuitos que alimentam especificamente cargas de natureza indutiva que
apresentam picos de corrente no momento de ligação, como microondas, ar condicionado, motores para
bombas e máquinas de lavar, além de circuitos com cargas de características semelhantes a essas. A
atuação do disparo magnético do tipo C ocorre entre 5 a 10 x In

Curva D: Para proteção de circuitos que alimentam cargas altamente indutivas que apresentam elevados
picos de corrente no momento de ligação, como grandes motores, transformadores, além de circuitos
com cargas de características semelhantes a essas. A atuação do disparo magnético do tipo D ocorre
entre 10 a 20 x In
Curvas de Disjuntores
Curvas B, C e D
Exemplo de disjuntor 10A

Curva B: Curva C: Curva D:


3 x 10 = 30A 5 x 10 = 50A 10 x 10 = 100A
5 x 10 = 50A 10 x 10 = 100A 20 x 10 = 200A
Curvas características de disparo

20A 30A 20A 30A 50A


Tipos de Disjuntores
Tipos de Disjuntores
Disjuntores Unipolar, Bipolar e Tripolar

Modelo Unipolar Modelo Bipolar Modelo Tripolar Modelo Tetrapolar DDR –


Disjuntor Diferencial Residual

Recomendação: estudar o item 5.3 – Proteção Contra Sobrecorrente da norma ABNT NBR 5410
OBS: Em circuitos bifásicos ou trífásicos, na ocorrência de uma sobrecarga ou curto-circuito
todas as fases devem ser seccionadas simultaneamente.
Disjuntores de Caixa Moldada e Aberto
Disjuntores Caixa Moldada e Aberto
Modelos Caixa Moldada

Possuem tipo de envólucro mais robusto e resistente quando comparado aos mini disjuntores

Devido a limitação do nível de corrente de curto-circuito de mini disjuntores, é recomendado a utilização


de disjuntores caixa moldada que suportam valores mais elevados de corrente de curto-circuito

Disparadores fixos e ajustáveis (ajustes de atuação da corrente nominal e proteção magnética)

Suporta maiores valores de corrente nominal


Disjuntores Caixa Moldada e Aberto
Disjuntores Caixa Moldada e Aberto
Como identificar as
informações de Disjuntores
Informações de Disjuntores

Curva de disparo B, C ou D e a Nº de pólos


númeração significa a corrente
nominal de disparo em A

Simbologia dos
Máxima tensão nominal (V)
contatos

Frequência em Hertz (Hz)


Icu e Icn: Corrente máxima
que o disjuntor suporta em
curto-circuito
Norma considerada
em até 2x em intervalo
mínimo de 3 minutos
Ics: % de Icu usado para um
Nível de corrente de curto-circuito
possível terceiro ciclo de
em kA ou A
curto-circuito em testes de
Obs: Icu ou Icn e Ics laboratórios
Informações de Disjuntores

Tensões nominais de trabalho


em (V)

Nível de corrente de curto-circuito


em kA ou A
Obs: Icu e Ics

Norma considerada

Corrente nominal de
disparo em A

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Critérios de Dimensionamento de Disjuntores
Dimensionamento
5.3.4.1 Coordenação entre condutores e dispositivos de proteção
Para que a proteção dos condutores contra sobrecargas fique assegurada, as caracteristicas de atuação
do dispositivo destinado a provê-la devem ser tais que:

Obs: I2 = 1,45 x IN (disjuntor)


Onde:
IB e a corrente de projeto do circuito;
Iz e a capacidade de condução de corrente dos condutores, nas condições previstas para sua
instalacão (ver 6.2.5);
In e a corrente nominal do dispositivo de proteção (ou corrente de ajuste, para dispositivos
ajustáveis), nas condições previstas para sua instalação;
I2 e a corrente convencional de atuação, para disjuntores, ou corrente convencional de fusão,
para fusíveis.
NOTA: A condição da alinea b) e aplicável quando for possivel assumir que a temperatura limite de sobrecarga dos condutores
(ver tabela 35) não venha a ser mantida por um tempo superior a 100 h durante 12 meses consecutivos, ou por 500 h ao longo
da vida util do condutor. Quando isso não ocorrer, a condição da alinea b) deve ser substituida por:
Estudo de Caso Prático 1
Estudo de Caso 1
Estudo de caso: Dimensionar o disjuntor para um chuveiro elétrico de 7800W, tensão de alimentação
220V bifásico + condutor de proteção.
Após o dimensionamento dos cabos elétricos já considerando a capacidade de condução de corrente e
queda de tensão o cabo dimensionado foi de 6mm²/41A.
Dados:
Carga: Chuveiro elétrico
Potência: 7800W
Tensão: 220V
Método de instalação: B1 (eletroduto embutido em alvenária)
Nº de circuitos no eletroduto: 1 circuito
Nº de condutores carregados: 2
Seção do cabo: 6mm²/41A

𝑃 (𝑤) IB ≤ IN ≤ IZ I2 ≤ 1,45 x IZ Conclusão:


Ib = 35,45A ≤ IN? ≤ 41A I2 = 1,45 x IN Disjuntor de 40A
𝑉𝑐𝑜𝑠𝜑
35,45A ≤ 40A ≤ 41A I2 = 1,45 x 40 = 58A Curva B
7800
I2 ≤ 1,45 x IZ
Ib =
220.1 I2 ≤ 1,45 x 41A = 59,45A
58A ≤ 59,45A
Ib = 35,45𝐴
Estudo de Caso 1.2 – Quando aplicamosfator de agrupamentopara dois circuitos
Estudo de caso: Dimensionar o disjuntor para um chuveiro elétrico de 7800W, tensão de alimentação
220V bifásico + condutor de proteção.
Após o dimensionamento dos cabos elétricos já considerando a capacidade de condução de corrente e
queda de tensão o cabo dimensionado foi de 6mm²/41A.
Dados:
Carga: Chuveiro elétrico
Potência: 7800W
Tensão: 220V
Método de instalação: B1 (eletroduto embutido em alvenária)
Nº de circuitos no eletroduto: 2 circuitos
Nº de condutores carregados: 2
Seção do cabo: 6mm²/41A
Correção do cabo 10mm² I2 ≤ 1,45 x IZ Conclusão:
𝑃 (𝑤) Correção do cabo 6mm²
Ib = IZ’ = IZ x FCA IZ’ = IZ x FCA I2 = 1,45 x IN Disjuntor de 40A
𝑉𝑐𝑜𝑠𝜑 IZ’ = 41 x 0,8 IZ’ = 57 x 0,8 I2 = 1,45 x 40 = 58A Curva B
7800 IZ’ = 32,8A IZ’ = 45,6A
Ib = I2 ≤ 1,45 x IZ
220.1 IB ≤ IN ≤ IZ IB ≤ IN ≤ IZ I2 ≤ 1,45 x 45,6 A =66,12A
Ib = 35,45𝐴 35,45A ≤ 40A ≤ 32,8A 35,45A ≤ 40A ≤ 45,6A 58A ≤ 66,12A
Estudo de Caso Prático 2
Estudo de Caso 2
Estudo de caso: Dimensionar o disjuntor para um circuito de TUGs em 127V, potência total do circuito = 1000W,
fator de potência de 0,95.
Após o dimensionamento dos cabos elétricos já considerando a capacidade de condução de corrente e queda
de tensão o cabo dimensionado foi de 2,5mm²/24A.
Dados:
Carga: Conjunto de tomadas de uso geral
Potência: 1000W
Tensão: 127V
Método de instalação: B1 (eletroduto embutido em alvenária)
Nº de circuitos no eletroduto: 1 circuito
Nº de condutores carregados: 2
Seção do cabo: 2,5mm²/24A

𝑃 (𝑤) IB ≤ IN ≤ IZ I2 ≤ 1,45 x IZ Conclusão:


Ib = 8,28A ≤ IN? ≤ 24A I2 = 1,45 x IN Disjuntor de 20A
𝑉𝑐𝑜𝑠𝜑
8,28A ≤ 20A ≤ 24A I2 = 1,45 x 20 = 29A Curva B
1000 I2 ≤ 1,45 x IZ
Ib =
127.0,95 I2 ≤ 1,45 x 24A = 34,8A
29A ≤ 34,8A
Ib = 8,28𝐴
Estudo de Caso 2.2 – Quando aplicamosfator de agrupamentopara dois circuitos
Estudo de caso: Dimensionar o disjuntor para um circuito de TUGs em 127V, potência total do circuito = 1000W,
fator de potência de 0,95.
Após o dimensionamento dos cabos elétricos já considerando a capacidade de condução de corrente e queda
de tensão o cabo dimensionado foi de 2,5mm²/24A.
Dados:
Carga: Conjunto de tomadas de uso geral
Potência: 1000W
Tensão: 127V
Método de instalação: B1 (eletroduto embutido em alvenária)
Nº de circuitos no eletroduto: 2 circuitos
Nº de condutores carregados: 2
Seção do cabo: 2,5mm²/24A

𝑃 (𝑤) Correção do cabo 2,5mm² I2 ≤ 1,45 x IZ Conclusão:


Ib = IZ’ = IZ x FCA I2 = 1,45 x IN Disjuntor de 16A
𝑉𝑐𝑜𝑠𝜑 IZ’ = 24 x 0,8 I2 = 1,45 x 16 = 23,2A Curva B
1000 IZ’ = 19,2A
Ib = I2 ≤ 1,45 x IZ
127.0,95 IB ≤ IN ≤ IZ I2 ≤ 1,45 x 19,2A = 27,84A
Ib = 8,28𝐴 8,28 ≤ 16A ≤ 19,2A 23,2A ≤ 27,84A
Cálculo de Demanda e
Dimensionamento do Disjuntor Geral
7. DETERMINAÇÃO DA DEMANDA (NT.001.EQTL)
7.1 Cálculo da corrente do circuito de distribuição
7.1.1 Cálculo da corrente do circuito de distribuição

Transformadores, equipamentos, condutores e proteção da instalação serão dimensionados de


acordo com a Demanda provável calculada conforme a seguinte expressão empírica:
Sendo:

• D = Demanda total da instalação em kVA;

• a = Demanda das potências, em kW, para iluminação e tomadas de uso geral considerando:

- Potências e fator de demanda conforme a TABELA 5 – CARGA MÍNIMA E DEMANDA PARA


ILUMINAÇÃO E TOMADAS;

• FP = Fator de potência da instalação de iluminação e tomadas de uso geral. Seu valor será
determinado em função do tipo de iluminação e reatores utilizados;

- Iluminação incandescente FP = 1;

- Iluminação fluorescente com reatores de baixo fator de potência FP = 0,5;

- Iluminação fluorescente com reatores de alto fator de potência FP = 0,9.


Sendo:

• b = Demanda de todos os aparelhos de aquecimento em kVA (chuveiro, aquecedores, fornos,


assadeiras, fogões, etc.), considerando:

- Potências conforme a TABELA 3 – POTÊNCIA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS;

- Fator de potência igual 1 (um);

- Fator de demanda conforme a TABELA 4 – FATORES DE DEMANDA DE APARELHOS DE


AQUECIMENTO E ELETRODOMÉSTICOS EM GERAL.
Sendo:

• c = Demanda em kW de todos os aparelhos eletrodomésticos em geral (geladeiras, televisão,


barbeador, som, etc.), considerando:

- Potências conforme a TABELA 3 – POTÊNCIA DE APARELHOS ELETRODOMÉSTICOS;

- Fator de potência igual 1 (um);

- Fator de demanda conforme a TABELA 4 – FATORES DE DEMANDA DE APARELHOS DE


AQUECIMENTO E ELETRODOMÉSTICOS EM GERAL.
Sendo:

• d = Demanda de todos os aparelhos de ar condicionado em kW, considerando:

- Potência (em VA) conforme a TABELA 10 – APARELHOS CONDICIONADORES DE AR SPLIT,


TABELA 11 – APARELHOS CONDICIONADORES DE AR TIPO JANELA e TABELA 12 –
APARELHOS CONDIONADORES DE AR TIPO CHILLER;

- Fator de demanda conforme a TABELA 13 – FATORES DE DEMANDA CONDICIONADORES


DE AR.

Nota 18: Quando se tratar de central(is) de condicionamento de ar, deve-se tomar o(s)
fator(es) de demanda igual a 100%, por unidade ou soma deles;

Nota 19: 1 BTU = 0,25 kCal/h.


Sendo:

• e = Potência nominal dos motores das bombas d’água em kW, considerando:

- k = 1 para uma bomba;

- k = 0,5 para mais de uma bomba.

• f = Outros motores e máquinas de solda moto geradoras, considerando:

- Demanda em kVA conforme TABELA 09 – DETERMINAÇÃO DA DEMANADA EM FUNCÃO DA


QUANTIDADE DE MOTORES MONOFÁSICOS;

- Demanda em kVA conforme TABELA 9 – DETERMINAÇÃO DA DEMANADA EM FUNCÃO DA


QUANTIDADE DE MOTORES TRIFÁSICOS;
Sendo:

• g = Demanda kVA, das máquinas de solda a transformador:

- 100% da potência em kVA, da maior máquina de solda, mais;

- 70% da potência em kVA, da segunda maior máquina de solda, mais;

- 40% da potência em kVA, da terceira maior máquina de solda, mais;

- 30% da potência em kVA, das demais máquinas de solda.

Nota 20: Solda a arco: FP = 0,5;

Nota 21: Solda a resistência: FP = 0,5.


Sendo:

• h = Demanda kVA, dos aparelhos de Raios-X:

- 100% da potência em kVA, da maior aparelho de Raios-X, mais;

- 70% da potência em kVA, dos aparelhos de Raios-X, que trabalham ao mesmo tempo, mais;

- 20% da potência em kVA, dos demais aparelhos de Raios-X.

• I = Outras cargas não relacionada

• das em kVA. Neste caso o projetista deverá estipular o fator de demanda característico das
mesmas.
Nota 22: Se os maiores motores forem de iguais potências, deve considerar-se apenas um
como o de maior potência e os outros como segundo em potência. Idêntico raciocínio aplica-
se para as máquinas de solda a transformadoras e os Raios-X. Havendo motores que
obrigatoriamente partem ao mesmo tempo (mesmo os maiores) deve-se somar suas
potências e considerá-los como único motor;

Nota 23: Não deve ser computada, no cálculo de demanda, a potência prevista para os
circuitos reservas.
Cálculo de Demanda
Métodos de cálculo

Dt = D1 + D2 + D3 + Dn
Dt = Demanda total em kW ou em kVA, para obter kVA, basta dividir kW pelo fator de potência de 0,92
D1 = Demanda de tomadas e iluminação em W ou kW
D2 = Demanda de chuveiros em W ou kW
D3 = Demanda de aparelhos de ar condicionado em W ou kW

D1 = Potência de tomadas e iluminação (W) x FD em W ou kW

D2 = Potência de chuveiros (W) x FD2 em W ou kW

D3 = Potência de aparelhos de ar condicionado (W) x FD3 em W ou kW

Para saber qual fator de demanda utilizar, podemos consultar tabelas de concessionárias de energia ou
nós mesmo definirmos como projetista.
Cálculo de Demanda
Valores sugeridos de acordo com o manual LIG/AES Eletropaulo (versão antiga)

Fator de demanda para tomadas e iluminação residencial Fator de demanda para aparelhos de ar condicionado

Carga Instalada (kW) FD1 Número de aparelho Fator de Demanda (%)


0<P≤1 0,86 1 a 10 100
1<P≤2 0,75 11 a 20 90
2<P≤3 0,66 21 a 30 82
3<P≤4 0,59 31 a 40 80
4<P≤5 0,52 41 a 50 77
5<P≤6 0,45 Acima de 50 75
6<P≤7 0,40
7<P≤8 0,35
8<P≤9 0,31
9 < P ≤ 10 0,27
P maior que 10 0,24
Cálculo de Demanda
Fator de Demanda para Equipamentos(%)

Máquina de
Número de Máquina de Fogão
Chuveiro e secar roupas,
aparelhos lavar louças e elétrico, forno Hidromas-
torneira sauna, xeror,
aquecedor de micro- sagem
elétrica ferro elétrico
elétrico ondas
industrial

01 100 100 100 100 100


02 68 72 60 100 56
03 56 62 48 100 47
04 48 57 40 100 39
05 43 54 37 80 35
06 39 52 35 70 25
07 36 50 33 62 25
08 33 49 32 60 25
09 31 48 31 54 25
10 a 11 30 46 30 50 25
12 a 15 29 44 28 46 20
16 a 20 28 42 26 40 20
Cálculo de Demanda
Fator de Demanda para Equipamentos(%)

Máquina de
Número de Máquina de Fogão
Chuveiro e secar roupas,
aparelhos lavar louças e elétrico, forno Hidromas-
torneira sauna, xeror,
aquecedor de micro- sagem
elétrica ferro elétrico
elétrico ondas
industrial

21 a 25 27 40 26 36 18
26 a 35 26 38 25 32 18
36 a 40 26 36 25 26 15
41 a 45 25 35 24 25 15
46 a 55 25 34 24 25 15
56 a 65 24 33 24 25 15
66 a 75 24 32 24 25 15
76 a 80 24 31 23 25 15
81 a 90 23 31 23 25 15
91 a 100 23 30 23 25 15
101 a 120 22 30 23 25 15
Determinação do Disjuntor Aplicado ao Quadro do Medidor
Disjuntor do Quadro de
Medição
Disjuntor do Quadro de
Medição

20
0
Disjuntor do Quadro de
Medição
Disjuntor do Quadro de
Medição

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