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2.

Conceitos Teóricos

2.1. Corrente Elétrica

“Corrente elétrica i é a quantidade de carga resultante por unidade de tempo


que passa através de um elemento de área em qualquer posição do condutor”.
(Halliday, Resnick, Krane. Física 3: 5.ed. Rio de Janeiro: Editora LTC, 2017). Tal
fluxo se dá devido a uma necessidade de estabelecer um equilíbrio desfeito pela
ação do campo elétrico ou até mesmo elementos externos.
A Figura 2.0 ilustra como ocorre a movimentação dos elétrons em um
condutor qualquer.

Figura 2.0: Movimentação dos elétrons.

Fonte: Imagens do Google.

A corrente é também conhecida popularmente de forma errônea como


“amperagem”, em decorrência de sua unidade no SI (sistema internacional), que é o
Ampere (A). Seu valor é definido razão entre o módulo da quantidade de carga (Q)
que atravessa certa seção transversal do condutor em um espaço de tempo (t),
como distinguimos na fórmula abaixo.
Observamos em nosso cotidiano informados em todos os utensílios
domésticos que utilizam da eletricidade para funcionar qual a intensidade da
corrente elétrica que passa por seu sistema, juntamente com sua potência e outras
informações que sejam relevantes para o uso ou até mesmo a instalação correta do
mesmo.

2.2. Tensão Elétrica

A tensão elétrica é a diferença de potencial (ddp) entre dois pontos, sua


unidade no SI é dada em volts (V). Encontramos comumente em tomadas os
valores de 110V e 220V (Figura 2.1) em locais com consumo de baixa tensão, já em
postes de luz observamos números mais elevado, chegando a 13.000V.

Figura 2.1: Modelo de tomada com indicação de ddp.

Fonte: Imagens do Google.


2.3. Resistência Elétrica

Resistência elétrica é uma propriedade da matéria que é a de um


determinado material se opor a passagem de corrente pela transformação de
energia elétrica em energia térmica. Sua unidade no SI é o Ω (Ohm). Vemos serem
aplicadas resistências elétricas em diversos equipamentos domésticos.
Um exemplo que pode ser citado é o chuveiro elétrico, que utiliza da
transformação ocorrida no resistor (ou resistência elétrica) (Figura 2.2 e Figura 2.3)
para aquecer a água. A Figura 2.4 ilustra o funcionamento de um chuveiro elétrico
que utiliza deste artifício.

Figura 2.2: Resistência Advanced Lorenzetti.

Fonte: Imagens do Google.

Figura 2.3: Resistência duo shower Lorenzetti.

Fonte: Imagens do Google.


Figura 2.4: Funcionamento de um chuveiro elétrico.

Fonte: Imagens do Google.


2.4. Lei de Ohm

Em 1827 foi postulada pelo alemão Georg Simon Ohm a lei que
determina a resistência elétrica dos condutores chamados de “Primeira
Lei de Ohm”.
Para estabelecer este conceito Georg Utilizou de incontáveis fios
de espessuras e materiais diferentes, até chegar à equação matemática
que é capaz de mensurar a resistência (R) de um condutor através da
diferença de potencial (V) e a intensidade da corrente (A), como
observamos na Figura 2.5.

Figura 2.5: Relação das grandezas

Fonte: Imagens do Google.


2.5. Potência Elétrica

É a medida do trabalho realizado por um intervalo de tempo. Em homenagem


ao matemático e engenheiro James Watts sua unidade no SI é o Watt (W). O Watt é
um fator de grande importância quando se existe a necessidade de escolher
determinado aparelho, para que possamos definir as instalações necessárias o
atendem e se a demanda de trabalho que ele produzirá será necessária para
atender a necessidade do adquirente.
Dentro do conceito de potência elétrica temos alguns tópicos que devem ser
mais bem analisados, trataremos destes nos tópicos posteriores.

2.5.1. Potência Aparente

É a potência total emitida pela fonte, sendo considerada as potencias ativa e


reativa. Sua unidade é dada em Volt-Ampere (VA) e é definida pelo produto da
tensão pela corrente.

2.5.2. Potência Ativa

Conhecida também como potência real é a potência que verdadeiramente


realiza o trabalho. Dada em Watts (W) ela é calculada pelo produto da corrente,
tensão e o fator de potência (cos φ).

2.5.3. Potência Reativa

É a porção da potência parenta que não se torna a energia ativa, ela é


fornecida ao circuito para produzir o campo magnético ou elétrico em cada caso. A
unidade de medida da potência reativa é o volt-ampère reativo (VAr), sendo
obtida pelo produto da potência aparente e a constante de defasagem.
2.5.4. Fator de Potência

Basicamente o valor que indica se determinado circuito é ou não eficiente


através da razão da potência ativa pela potência aparente. Podemos observar na
Figura 2.6 que esta variável está diretamente relacionada às potências já citadas
acima, gerando o chamado triângulo das potências.

Figura 2.6: Triângulo retângulo que


representa a relação entre as potências
aparente ativa e reativa.

Fonte: Wikipédia

2.5.5. Rendimento

Fator crucial na economia de energia, pois através do rendimento podemos


definir se determinado utensílio desperdiça muita ou pouca quantia de energia,
sempre indicado no selo PROCEL. Sempre dado em porcentagem, quanto mais
próximo o valor chegar à casa dos 100% melhor é sua eficiência, o oposto ocorre
quando próximo de 0%.
2.6. Energia elétrica

No Século IV antes de Cristo, Aristóteles definiu em sua obra “Metafísica”, a


energia como uma realidade em movimento. Segundo James Clark Maxwell (1872),
“energia é aquilo que permite uma mudança na configuração de um sistema, em
oposição a uma força que resiste a esta mudança”. Trazemos para a energia
elétrica um conceito mais singular, energia elétrica é a energia capaz de gerar uma
diferença de potencial entre dois pontos distintos estabelecendo entre si uma
corrente elétrica.
O desenvolvimento humano se amparou na utilização da energia elétrica, ela
está diretamente ligada na simples ação de se acender uma lâmpada, como até
mesmo na criação de artifícios que promovam a sobrevivência da espécie devido às
inúmeras condições desfavoráveis que os ambientes em que residimos nos
proporcionam como o frio extremo, a carência de água, entre outras.
Hodiernamente, a dependência da energia tem se tornado cada vez maior
fazendo com que a produção elétrica através das usinas hidroelétricas, gás natural,
petróleo, carvão, usinas nucelares, biomassa, eólica, solar, geotérmica, marítima e
biogás sejam explorados.
Podemos calcular a energia (E) pelas variáveis, tempo (T) e potência (kWh),
através da fórmula:

2.7. Selo Procel

O Selo Procel de Economia de Energia (Figura 2.7) foi criado pelo Programa
Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel) em 1993, feito com o intuito
de possibilitar ao consumidor conhecer de forma rápida e sem grande conhecimento
prévio determinado equipamento, sabendo através dele o consumo energético do
mesmo.
Seu funcionamento parte de um índice de desempenho e consumo. Através
de testes feitos em laboratórios a Eletrobrás (Centrais Elétricas Brasileiras S.A)
define se determinado equipamento está ou não apto a receber o selo. Apenas
produtos que ficam numa faixa de consumo considerada adequada são
contemplados pelo selo PROCEL.

Figura 2.7: Exemplar do selo PROCEL

Fonte: Eletrobrás
2.8. Tarifa da Conta de Energia

A tarifa da conta de luz é elaborada para prover todos os processos para o


provimento da energia aos consumidores, segundo a ANEEL (Agência Nacional de
Energia Elétrica) a cobrança leva em consideração três despesas distintas, como
podemos ponderar na Figura 2.8.

Figura 2.8: Composição da tarifa

Fonte: ANEEL

O cálculo do valor final da cobrança é dividido em três custos principais, no


qual são divididos nas chamadas “Parcela A” (Compra de Energia, transmissão e
Encargos Setoriais; e), “Parcela B” (Distribuição de Energia) e “Tributos” (ICMS,
PIS/COFINS). No Gráfico 2.0 vemos que para manter os processos operacionais de
todo o sistema de distribuição representa apenas 17% dos custos das tarifas.

Gráfico 2.0; Valor final da tarifa.

Fonte: ANEEL.

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