Aprenda A Conectar Se Com Seu Anjo

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Aprenda a conectar-se com seu anjo

Tradições muito antigas afirmam que temos um mestre, extensão luminosa e superior de nós
mesmos, que orienta nossos atos com intuições, sinais, sonhos e sincronicidades.

Como um guardião, esse ser tão especial e próximo é a nossa parte mais
luminosa.

É dito que os anjos se unem em infinitos círculos de luz


em volta do Criador para cantar: “Kadoish, Kadoish,
Adonai ‘Tsebayout. Santo, Santo, é o Senhor Deus das
Hostes Angélicas”. Esse clamor de eterno
maravilhamento entoado numa língua sagrada, o
hebraico, se repete em suaves vozes femininas que
podem ser vistos em vídeos do YouTube. O livro sobre a
vivência ocorrida com um grupo de jovens húngaros durante a Segunda Guerra Mundial descrita em
Diálogos com o Anjo (Vozes) já foi publicado em mais de 60 países. Em séries de tevê, filmes e livros,
seres angélicos também se transformaram no tema principal e fazem cada vez mais parte da nossa vida.
Estaria a humanidade se tornando angélica? Os homens voando cada vez mais alto em sua consciência e
os anjos contando com nossas mãos para construir uma nova realidade? Ao que parece, sim. Mas quem
são realmente esses seres angelicais? Tradicionalmente, acredita-se que há uma hierarquia de anjos,
arcanjos, querubins ou serafins a serviço de um plano espiritual superior. São seres cósmicos,
geralmente representados em coro (coro de anjos). Mas é o anjo mais próximo de nós, também
chamado de mestre interior, duplo celeste, supraconsciência ou eu superior, aquele que melhor pode
nos ajudar a nos transformar interiormente. Ele tem muitas das qualidades do anjo da guarda, como
estar encarregado de nossa proteção e ter um olhar mais amplo sobre o futuro, mas, na verdade, esse
“anjo” tão especial e próximo é apenas a nossa parte mais luminosa. Ele não está fora, está dentro de
nós, e é apenas um nível superior de nós mesmos, nossa consciência mais elevada. Ao aceitar essa
possibilidade, começamos a nos tornar mais atentos a intuições, sinais, sonhos, insigths, imagens ou
palavras que chegam à nossa mente inesperadamente e, sobretudo, coincidências significativas, as
chamadas sincronicidades. Essa é a linguagem que o anjo, nosso guia interno e consciência superior, usa
para falar conosco.

Como um guardião, esse sertão especiale próximo é a nossa parte mais


luminosa.

Cabala da Luz

Pessoas ligadas a grupos que trabalham com a amorosa


energia angélica acreditam que a humanidade está
passando por uma grande transformação. “Nesse caos em
que vivemos, é pedido uma mudança de padrão de
energia, de consciência. Como é muito difícil para o ser
humano mudar de padrão, a vida vai nos pressionar até
seguirmos esse novo caminho. Mas sempre podemos
fazer essa transição com menos sofrimento e mais consciência do que está acontecendo conosco”, diz a
engenheira Kati Loeb, que dirige o grupo Cabalá da Luz no Centro de Cultura Judaica, em São Paulo.

Para alguns rabinos cabalistas, a cabala é um presente oferecido aos homens pelos anjos. “Ela pode ser
ensinada em cursos, livros e palestras. Mas a luz oferecida pela cabala nos chega mais através do
contato com um plano mais luminoso e sutil, feito por meio de orações”, conta Kati. Segundo ela, nossa
maneira racional de pensar impede a passagem da luz vinda de dimensões mais altas, pois os
pensamentos estão ligados à densa energia de nossa personalidade. “É necessário rezar e pedir para
que a luz esvazie o nosso mental e transmute nossos pensamentos. Assim é possível se conectar com o
divino.”

Na vivência realizada por ela, essa mudança de padrão de energia é feita de forma muito sutil. Num
ambiente clean e muito branco, Kati faz um pequeno relaxamento com todos do grupo. Depois, ela fala
das imagens que chegam a sua mente em forma de símbolos. “Elas nos ajudam a nos abrir para receber
a luz. Na verdade, é o que significa a palavra cabala em hebraico: receber”, explica. Hoje, participam do
grupo Cabalá da Luz, em São Paulo, pessoas de qualquer tradição religiosa. “As imagens são para todos,
e nos curam de nós mesmos, não importa a linha espiritual de cada um. Elas podem trazer alívio
emocional profundo, e até mesmo a cura física.” Para Kati, as linhas espirituais que trabalham na
vibração angelical procuram a elevação da consciência e a superação da energia do medo. A intenção é
que, aos poucos, haja uma mudança planetária de vibração, e que os seres humanos se tornem mais
pacíficos e amorosos. Pela quantidade de pessoas interessadas, poderá acontecer logo – pois somos
interligados num campo vibracional maior.

Essa porção pura pode nos segredar intuições, sinais e respostas.

Nosso duplo celeste

Os anjos como guias e mestres interiores já são


mostrados, por exemplo, em gravuras de
antiquíssimos textos alquímicos do século 12, como as
Tábuas de Lambspring, um mapa que usa o processo
alquímico como analogia ao desenvolvimento
espiritual interior. No final do caminho proposto por
esse texto de alquimia, o anjo deve se unir a nós, isto
é, deve “morrer” simbolicamente como entidade separada. Quando essa união com o nosso duplo
celeste acontece, dedicamos nossas ações a uma outra realidade. Do anjo, herdamos as asas, isto é, a
consciência mais elevada nos nossos atos.

Em outras palavras, uma hierarquia espiritual muito próxima à humana nos pede amorosamente para
que deixemos as formas antigas de pensar e atuar para decidir e agir em contato com mais luz, amor,
beleza, verdade, compaixão e harmonia, todas qualidades angélicas. “Quando você age de verdade,
sente apenas que está inundada de alegria”, diz o anjo e mestre interior de Lili, a jovem húngara judia
que recebia comunicações celestes por meio de sua amiga Hanna, descritas no livro Diálogos com o
Anjo.

Aliás, a alegria e a leveza é a marca desses seres de luz, cujo trabalho é preparar uma morada para Deus
em nosso coração com júbilo. “Só Ele (Deus) pode agir através de você”, diz o anjo a Lili. Por isso, não se
deve adorar os anjos, apenas seus servidores. Unindo-se a nós, eles apenas facilitam nossa comunhão
com Deus, a única realidade absoluta.
Ao evitar o egoísmo e cooperar com o próximo, podemos ser anjos uns dos
outros.

Como se faz o contato

Quando os anjos aparecem em sonhos, sejam com


asas ou sob a forma de jovens ou crianças de cabelos
encarolados, ou mesmo através da imaginação ativa,
se faz uma ligação com outro plano de realidade. O
psicanalista suíço Carl Gustav Jung diria que, dessa
forma, entramos em contato com o arquétipo do anjo,
a imagem ancestral que o representa em nossa
psique.

É um momento sublime. Como se essa realidade psíquica interna passasse a ter vida apenas a partir
desse momento de conexão. Na obra O Livro Tibetano do Viver e Morrer (Palas Athena), o mestre
Sogyal Rinpoche fala em vários trechos sobre o contato com esse guru interno. “Nossa natureza búdica
também tem um aspecto ativo, que se manifesta como o nosso ‘mestre interior’. Em cada momento em
que ficamos obscurecidos, esse mestre interior trabalhou incansavelmente por nós, incansavelmente
tentando nos colocar de novo dentro da radiância e amplidão de nosso ser verdadeiro”, escreveu ele.

E esse mestre interior não desiste de nós nem por um momento. O vínculo se forma quando desejamos
profundamente esse contato com ele e acreditamos na sua existência. No momento que há essa ligação,
nossa luz dança de felicidade e anuncia com alegria esse encontro – instante poeticamente descrito no
livro Diálogos com o Anjo. Aliás, todas as falas angelicais dessa obra foram cuidadosamente transcritas
pela húngara Gitta Mallasz durante a invasão nazista na Hungria na última guerra mundial. Mais tarde,
as primeiras edições do livro foram publicadas pelo Instituto Jung de Zurique, na Suíça. Depois foram
divulgadas em todo o mundo, a começar pela França.

Essa obra nos ajuda a traçar um caminho espiritual interno, sem intermediários, e anuncia uma nova
humanidade e um novo tempo cheio de luz. “O Diálogos é o contato com a consciência – o anjo. É um
caminho para que a ligação com essa consciência, muitas vezes uma plantinha frágil, se torne forte
como uma árvore centenária. Ele é luz, carinho e alimento, especialmente para plantinhas que foram
massacradas por dogmas, autoridades, ou então que, por qualquer motivo, estejam em momentos mais
vulneráveis”, diz o professor de economia e empresário André Lunardelli, neto de Nicolau Lunardelli,
que traduziu pela primeira vez o livro no Brasil, há 28 anos. As palavras do Diálogos podem ser tanto
lidas individualmente como ser comentadas em pequenos grupos autônomos, como já acontece em São
Paulo e Rio de Janeiro.

São Gregório de Patmos, um dos primeiros santos do cristianismo primitivo, dizia que “nesse mundo
visível, todos os planos da Providência Divina são executados por meio de criaturas invisíveis”, seres que
nos podem segredar intuições, premonições e imagens vívidas capazes de nos auxiliar. Na verdade, o
que São Gegório diz é que um tapete de fios luminosos antecede a manifestação dentro do que
chamamos de realidade concreta. E os anjos, e o que eles nos sussurram interiormente, fazem parte
dessa tessitura.

“O que é importante notar é que todos esses insights representam modos de receber informações que
transcendem os níveis rotineiros – análise, raciocínio, lógica – em que aprendemos a confiar. Esses
meios de receber informações não estão acessíveis para nós o tempo todo, e alguns têm maior acesso a
essas vias do que outros”, diz Sophy Burham, uma competente jornalista americana que escreveu O
Livro dos Anjos (Bertrand Brasil) na década de 1990. “Creio que é como um rio, um fluxo no qual
lançamos de vez em quando um anzol para receber uma informação transcendental. Não sabemos de
onde vem, mas sabemos como vem – cercada de luz, desabando sobre nós com uma convicção total – e
que é bem diferente dos nossos pensamentos egoístas, gerados pelo mero desejo ou pela atração pelo
medo”, diz Sophy. E aconselha: “Essa informação deve ser sempre testada contra a realidade, mas, se
passar nos testes, você deve segui-la, mesmo que os outros digam que não pode ser verdade”. No livro
A Profecia Celestina (Objetiva) existem algumas orientações sobre como essas informações vindas de
planos superiores podem se manifestar. O reconhecimento de que as sincronicidades podem sinalizar
nossos próximos passos, a ideia de que as pessoas que cruzam o nosso caminho inesperadamente têm
sempre algo importante a nos dizer ou mesmo a sensação de que a vida sempre nos dá indicações sobre
o melhor caminho a seguir (seja por meio de uma frase lida por acaso num livro, placa ou artigo de
revista, ou mesmo num insight surgido ao contemplar a natureza) podem nos sussurrar que o mundo
externo está cheio de significados, e que podemos aprender a decifrá-los. Entrar em contato com os
anjos é como começar a falar uma nova língua, com erros e acertos. Depois de algum tempo e prática, é
provável que não seja tão difícil assim entendê-la ou expressar-se nela.

Comungando com eles


A advogada Jayah Ma há seis anos tem um grupo na capital paulista que nasceu sob a influência dos
anjos e do livro O Evangelho Essênio da Paz (Pensamento). Os essênios pertenciam a um grupo
dissidente do misticismo judaico que era muito influente na época de Cristo (muitos autores afirmam
que Jesus teria vindo de uma comunidade essênia). Seus integrantes tinham uma relação profunda e
diária com os anjos: comungavam por meio de orações com as energias angelicais predominantes do
dia. “Eles estavam atentos para a força cósmica que chegava à Terra por meio dos planetas,
considerados anjos por eles. E entravam em sintonia com essa vibração que vinha do universo”, explica
Jayah. Também consideravam Deus um Pai Celeste e tamÉ dito que os anjos se unem em infinitos
círculos de luz em volta do Criador para cantar: “Kadoish, Kadoish, Adonai ‘Tsebayout. Santo, Santo, é o
Senhor Deus das Hostes Angélicas”. Esse clamor de eterno maravilhamento entoado numa língua
sagrada, o hebraico, se repete em suaves vozes femininas que podem ser vistos em vídeos do YouTube.
O livro sobre a vivência ocorrida com um grupo de jovens húngaros durante a Segunda Guerra Mundial
descrita em Diálogos com o Anjo (Vozes) já foi publicado em mais de 60 países. Em séries de tevê, filmes
e livros, seres angélicos também se transformaram no tema principal e fazem cada vez mais parte da
nossa vida. Estaria a humanidade se tornando angélica? Os homens voando cada vez mais alto em sua
consciência e os anjos contando com nossas mãos para construir uma nova realidade? Ao que parece,
sim. Mas quem são realmente esses seres angelicais? Tradicionalmente, acredita-se que há uma
hierarquia de anjos, arcanjos, querubins ou serafins a serviço de um plano espiritual superior. São seres
cósmicos, geralmente representados em coro (coro de anjos). Mas é o anjo mais próximo de nós,
também chamado de mestre interior, duplo celeste, supraconsciência ou eu superior, aquele que
melhor pode nos ajudar a nos transformar interiormente. Ele tem muitas das qualidades do anjo da
guarda, como estar encarregado de nossa proteção e ter um olhar mais amplo sobre o futuro, mas, na
verdade, esse “anjo” tão especial e próximo é apenas a nossa parte mais luminosa. Ele não está fora,
está dentro de nós, e é apenas um nível superior de nós mesmos, nossa consciência mais elevada. Ao
aceitar essa possibilidade, começamos a nos tornar mais atentos a intuições, sinais, sonhos, insigths,
imagens ou palavras que chegam à nossa mente inesperadamente e, sobretudo, coincidências
significativas, as chamadas sincronicidades. Essa é a linguagem que o anjo, nosso guia interno e
consciência superior, usa para falar conosco.

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