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AVALIAÇÃO DE PORTUGUÊS 6º ANO (4º BIMESTRE)

ESCOLA_______________________________________________________________________________
ALUNO(A) _____________________________________________________________________________
PROFESSORA__________________________________________________________________________

Leia o texto.
Dois e Dois são Quatro
Ferreira Gullar

Como dois e dois são quatro


Sei que a vida vale a pena
Embora o pão seja caro
E a liberdade pequena

Como teus olhos são claros


E a tua pele, morena
como é azul o oceano
E a lagoa, serena

Como um tempo de alegria


Por trás do terror me acena
E a noite carrega o dia
No seu colo de açucena

— sei que dois e dois são quatro


sei que a vida vale a pena
mesmo que o pão seja caro
e a liberdade pequena.
Fonte: http://www.pensador.info/autor/Ferreira_Gullar/

1ª) A repetição da expressão “como dois e dois são


quatro” no primeiro verso das estrofes 1 e 4 e no título do poema reforça a ideia de
A) certeza absoluta de que vale a pena viver.
B) esperança frente às dificuldades da vida.
C) facilidade para conseguir o pão de cada dia.
D) certeza da necessidade de lutar pela liberdade.

2ª) Após a leitura do texto observa-se que o eu lírico conclui que


A) não vale a pena viver.
B) Dois e dois são quatro.
C) Que a vida vale a pena.
D) O pão é caro.

3ª) Os itens abaixo mostram duplas de rimas, exceto


A) Pena/pequena.
B) Morena/serena.
C) Acena/açucena.
D) Quatro/claro.

Leia, com muita atenção, este poema:

O herói

Judas Isgorogota
“_ Papai, o que é um herói?
Eu pergunto porque tenho grande vontade de ser herói também ...

Será que posso ser herói sem entrar numa guerra?


Será que posso ser herói sem odiar os homens
E sem matar alguém?”

O homem que já sofrera as mais fundas angústias


E as mais feias misérias
Trabalhando a aridez de uma terra infecunda
Para que não faltasse o pão no pequenino lar;

O homem que as mais humildes ilusões perdera


No seu cotidiano e ingrato labutar;
Aquele homem, ao ouvir a pergunta do filho:
_ “Papai, o que é um herói?”
Nada soube dizer, nada pôde explicar...

Tomou de uma peneira


E cantando saiu, outra vez a semear!

Disponível em: <http://www.jornaldepoesia.jor.br/ji07.html>.


Acesso em: 05 de março de 2016.
4ª) De acordo com o texto
A) O garoto queria ser herói para poder lutar nas guerras.
B) O homem explicou ao filho seu questionamento sobre o que seja herói
C) O garoto quer ser um herói sem entrar em guerra, nem odiar os homens, nem matar ninguém.
D) O pai do menino era um rico fazendeiro.

5ª)O poema é uma composição em versos e estrofes que tem como finalidade expressar algum
sentimento, emoção ou pensamento. Marque o item correto sobre a estrutura do poema acima.
A) O poema contém 15 versos e 5 estrofes.
B) O poema contém 16 versos e 5 estrofes.
C) O poema contém 15 versos e 3 estrofes.
D) O poema contém 16 versos e 4 estrofes.

6ª) Os substantivos são palavras que nomeiam seres vivos e não vivos. A partir dessa afirmativa
analise os itens abaixo e marque o único item que contém apenas substantivos.
A) Herói, papai, peneira.
B) Homem, tomou, cantando.
C) Filho, nada, uma.
D) Guerra, saiu, vez.

Leia o texto abaixo.

RELATO PESSOAL: COMO COMECEI A ESCREVER


Carlos Drummond de Andrade

Aí por volta de 1910 não havia rádio nem televisão, e o cinema chegava ao interior do Brasil
uma vez por semana aos domingos. As notícias do mundo vinham pelo jornal, três dias depois de
publicadas no Rio de Janeiro. Se chovia a potes, a mala do correio aparecia ensopada, uns sete dias
mais tarde. Não dava para ler o papel transformado em mingau.
Papai era assinante da Gazeta de Notícias, e antes de aprender a ler eu me sentia fascinado
pelas gravuras coloridas do suplemento de Domingo. Tentava decifrar o mistério das letras em redor
das figuras, e mamãe me ajudava nisso. Quando fui para a escola pública, já tinha a noção vaga de
um universo de palavras que era preciso conquistar.
Durante o curso, minhas professoras costumavam passar exercícios de redação. Cada um de
nós tinha de escrever uma carta, narrar um passeio, coisas assim. Criei gosto por esse dever, que me
permitia aplicar para determinado fim o conhecimento que ia adquirindo do poder de expressão
contido nos sinais reunidos em palavras.
Daí por diante as experiências foram se acumulando, sem que eu percebesse que estava
descobrindo a leitura. Alguns elogios da professora me animavam a continuar. Ninguém falava em
conto ou poesia, mas a semente dessas coisas estava germinando. Meu irmão, estudante na Capital,
mandava-me revistas e livros, e me habituei a viver entre eles. Depois, já rapaz, tive sorte de
conhecer outros rapazes que também gostavam de ler e escrever.
Então começou uma fase muito boa de troca de experiências e impressões. Na mesa do café-
sentado (pois tomava-se café sentado nos bares, e podia-se conversar horas e horas sem incomodar
nem ser incomodado) eu tirava do bolso o que escrevera durante o dia, e meus colegas criticavam.
Eles também sacavam seus escritos, e eu tomava parte nos comentários. Tudo com naturalidade e
franqueza. Aprendi muito com os amigos, e tenho pena dos jovens de hoje que não desfrutam desse
tipo de amizade crítica.

7ª) Esse texto é exemplo de


A) Conto.
B) Poema.
C) Letra de canção.
D) Relato de experiência.

8ª) Qual assunto desse texto?


A) Como o escritor Carlos Drummond começou a escrever.
B) As dificuldades de informações nos anos 1910.
C) O fascínio do escritor Carlos Drummond pela leitura.
D) As atividades que as professoras de Drummond costumavam passar para ele na escola.

9ª) As palavras paroxítonas são aquelas que têm a penúltima sílaba tônica. De acordo com essa
informação todas os itens abaixo contêm palavras paroxítonas, exceto
A) Criticavam.
B) Experiências.
C) Notícias.
D) Café.

10ª) As palavras oxítonas são aquelas que têm a última sílaba tônica. De acordo com essa informação
todas os itens abaixo contêm palavras oxítonas, exceto
A) Também.
B) Amigos.
C) Café.
D) Redação.

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