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BANCO DE QUESTÕES

CRÔNICA

A crônica é uma narrativa curta que, na maioria das vezes, trata de assuntos do dia a
dia, contando historias que podem acontecer com qualquer pessoa. Apresenta poucos
personagens, que retratam pessoas comuns, e pode ser humorística, critica ou mesmo
irônica. Outra característica é a linguagem simples e direta. Inicialmente, as crônicas
eram publicadas em jornais impressos e depois passaram a ser publicadas em revistas e
livros. Hoje, muitas crônicas são publicadas também em paginas da internet.

Leia o texto a seguir e faça o que se pede.


Onde já se viu?
Uma tarde de inverno, estava eu lá, na Rua Barão de Itapetininga, mexendo nas
estantes de uma livraria. (Não consigo passar por uma sem entrar para fuçar no meio
dos livros. Desde que eu tinha quatro anos de idade - o que já faz muito tempo - livro
para mim é a coisa mais gostosa do mundo. A gente nunca sabe que surpresa vai
encontrar entre duas capas. Pode ser coisa de boniteza, ou de tristeza, ou de poesia, ou
de risada, ou de susto, sei lá. Um livro é sempre uma aventura, vale a pena tentar!) 
Pois bem, estava eu ali, muito entretida, examinando os livros, quando de
repente senti que alguém me puxava pela manga. Olhei para baixo e vi um menino - um
garotinho de uns nove ou dez anos, magrelo, sujinho, de roupa esfarrapada e pé no chão.
Uma dessas crianças que andam largadas pelas ruas da cidade, pedindo esmola. Ou, no
melhor dos casos, vendendo colchetes ou dropes, essas coisas. Eu já ia abrindo a bolsa
para livrar-me logo dele, quando o garoto disse: 
- Escuta, dona ... (naquele tempo, ninguém chamava a gente de tia: tia era só a
irmã do pai ou da mãe). 
- O quê? - perguntei. - O que você quer? 
- Eu ... dona, me compra um livro? - disse ele baixinho, meio com medo. 
Dizer que fiquei surpresa é pouco. O jeito do menino era de quem precisava de
comida, de roupa, isso sim. Duvidei do que ouvira: 
- Você não prefere algum dinheiro? - perguntei. 
- Não, dona - disse o garoto, mais animado, olhando-me agora bem nos olhos. -
Eu queria um livro.  Me compra um livro? 
Meu coração começou a bater mais forte. 
- Escolha o livro que você quiser - falei. 
As pessoas na livraria começaram a observar a cena, incrédulas e curiosas. O
menino já estava junto 
à prateleira, procurando, examinando ora um livro, ora outro, todo excitado. Um
vendedor se aproximou, meio desconfiado, com cara de querer intervir. 
- Deixe o menino escolher um livro - falei. - Eu pago. 
As pessoas em volta me olhavam admiradas. Onde já se viu alguém comprar um
livro para um molequinho maltrapilho daqueles? 
Pois vou lhes contar: foi exatamente o que se viu naquela tarde, naquela livraria.
O menino acabou se decidindo por um livro de aventuras, nem me lembro qual. Mas me
lembro bem da minha emoção quando lhe entreguei o volume e vi seus olhinhos
brilhando ao me dizer um apressado obrigado, dona! antes de sair em disparada,
abraçando o livro apertado ao peito. 
Quanto aos meus próprios olhos, estes se embaçaram estranham ente, quando
pensei comigo: 
"Tanta criança rica não sabe o que perde, não lendo, e este menino pobre - que
certamente não era um pobre menino - sabe o valor que tem essa maravilha que se
chama livro!" 
Isso aconteceu há vários anos. Bem que eu gostaria de saber o que foi feito
daquele menino ... 
BELINKY, Tatiana. Onde já se viu? Em: olhos de ver. 3. Ed. 22. Impr. São Paulo:
Moderna2015. p. 19-21. (Coleção Veredas).

1) Onde se passa a história que você acabou de ler? D1/


A história se passa dentro de uma livraria na rua Barão de Itapenitininga.
2) No inicio do texto, o que a autora considera “a coisa mais gostosa do
mundo”? D1
Um livro
3) A narradora da história estava concentrada vendo e escolhendo livros quando
algo aconteceu. Assinale a alternativa que apresenta o fato que mudou o dia
dela. D10
a) A narradora encontrou um livro maravilhoso.
b) A narradora comprou um livro de aventura.
c) A narradora encontrou uma velha amiga.
d) A narradora foi abordada por um menino.
4) Leia este trecho do texto. D4
Dizer que fiquei surpresa é pouco. O jeito do menino era de quem precisava
de comida. De roupa, isso sim.
 A que se deve a surpresa da narradora nesse trecho?
A surpresa se deve ao fato de o menino lhe pedir um livro, quando ela
esperava que ele pedisse comida, dinheiro ou roupa.
5) Releia este trecho. D3
Pois bem, estava eu ali, muito entretida, examinando os livros, quando de
repente senti que alguém me puxava pela manga.
 Nesse trecho, a palavra destacada significa que a narradora estava
a) Triste. C) ocupada.
b) Alegre. D) chateada

6) Por que a narradora diz que seu coração “começou a bater mais forte”?
Seu coração bateu mais forte porque ela ficou emocionada com o fato de o
menino lhe pedir um livro.

7) Sobre o texto lido, assinale a alternativa que apresenta uma característica


correta da crônica.
a) A linguagem desse texto é complexa.
b) A linguagem desse texto é simples.
c) A crônica tem muitos personagens.
d) A crônica não tem personagens.
8) O tema da crônica que você leu é D6
a) humorístico c) irônico
b) crítico d) amoroso

9) Transcreva a seguir um trecho do texto que comprove a alternativa que você


assinalou na atividade anterior.
“Tanta criança rica não sabe o que perde, não lendo, e este menino pobre
– que certamente não era um pobre menino – sabe o valor que tem essa
maravilha que se chama livro!”

10) Releia este trecho. D18

Quanto aos meus próprios olhos, estes se embaçaram estranhamente [...].


 A expressão destacada pode ser interpretada como
a) os olhos da narradora ficaram cansados de tanto ler.
b) os olhos da narradora se encheram de lágrimas.
c) a narradora sentiria saudade do menino.
d) a narradora ficou com sono.

11) No penúltimo paragrafo do texto, as aspas foram usadas para D17


a) valorizar o livro.
b) apresentar crianças.
c) retratar um menino.
d) expor um pensamento.

A crônica tem como principal característica o uso da linguagem direta do dia a dia. Por
isso, muitas vezes apresenta diálogos com a reprodução da fala dos personagens. Para
introduzir a fala dos personagens, normalmente o autor utiliza o travessão (_). Além
disso, pode empregar ainda as reticências (...) para expressar a interrupção ou
suspensão do pensamento.

12) Releia o trecho a seguir. D17


__ Eu...dona, me compra um livro? __ disse ele baixinho, meio com medo.
 Nesse trecho, o que o primeiro travessão indica?

13) No trecho da atividade anterior, o emprego das reticências indica que o


menino estava D17
a) gritando.
b) chorando.
c) com medo.
d) com frio.
LETRA DE CANÇÃO
A letra de canção é a parte verbal da canção. É um gênero em que letra e melodia se
combinam de tal forma que uma não existe sem a outra. Isso quer dizer que ela se compõe de
linguagem verbal (letra) e de linguagem musical (melodia).

Muito próximo do poema, o texto da letra de canção utiliza recursos próprios da


linguagem literária para provocar os sentimentos e as emoções do ouvinte. As canções podem
ser ouvidas no rádio, na televisão, em discos, em shows gravados ou ao vivo, na internet, entre
outros meios de circulação.

Nesse gênero, não se deve confundir o intérprete, ou seja, aquele que dá voz à canção,
com o autor, aquele que de fato criou a letra da canção.

Leia o texto a seguir e faça o que se pede.

Homem não chora

Homem não chora nem por dor, nem por amor


E antes que eu me esqueça
Nunca me passou pela cabeça lhe pedir perdão
E só porque eu estou aqui, ajoelhado no chão
Com o coração na mão
Não quer dizer que tudo mudou
Que o tempo parou, que você ganhou

Meu rosto vermelho e molhado


É só dos olhos pra fora
Todo mundo sabe que homem não chora
Esse meu rosto vermelho e molhado
É só dos olhos pra fora
Todo mundo sabe que homem não chora

Homem não chora nem por ter, nem por perder


Lágrimas são água
Caem do meu queixo e secam sem tocar o chão
E só porque você me viu cair em contradição
Dormindo em sua mão
Não vai fazer a chuva passar
O mundo ficar no mesmo lugar

Meu rosto vermelho e molhado


É só dos olhos pra fora
Todo mundo sabe que homem não chora
Esse meu rosto vermelho e molhado
É só dos olhos pra fora
Todo mundo sabe que homem não chora.

FREJAT. Homem não chora. Em: __. Amor pra recomeçar


São Paulo: Warner Music Brasil, 2001. Faixa 6.
1) Você concorda com a afirmação de que homem não chora? Justifique sua
resposta com base na letra da canção. Resposta pessoal
2) Apesar de o eu lírico afirmar varias vezes que homem não chora, ele está
falando a verdade? D4

Não. Embora afirme várias vezes que homem não chora, o eu lírico dá a
entender que está chorando no momento em que canta.

3) No inicio da segunda estrofe, o eu lírico diz estar com o” rosto vermelho e


molhado”. O que essa descrição revela? D4

Ao que tudo indica, revela que está chorando.

4) Ao longo da canção, o eu lírico se contradiz, ou seja, faz exatamente aquilo que,


segundo ele, um homem não deve fazer. Retire do texto uma passagem que
exemplifique uma contradição e justifique sua escolha. D1

Nunca me passou pela cabeça lhe pedir perdão/ E só porque eu estou aqui,
ajoelhado no chão/ Com o coração na mão / Não quer dizer que tudo mudou/
Que o tempo parou, que você ganhou.

Nessa passagem, ele diz que nunca pensou em pedir perdão à pessoa amada,
mas está ajoelhado no chão, na posição de alguém que está pedindo perdão.

As letras de canção apresentam forma muito parecida com a dos poemas.


Por isso, é comum serem escritas em versos com rimas e fazerem uso de
figuras de linguagem, como metáfora, metonímia, antítese e etc.

5) Releia estes versos. D19


Nunca me passou pela cabeça lhe pedir perdão
E só porque eu estou aqui, ajoelhado no chão
Com o coração na mão
Não quer dizer que tudo mudou
Que o tempo parou, que você ganhou

 Nesse trecho, os versos são rimados. Qual é a finalidade das rimas nas
letras de canção?

Não há uma resposta única para essa questão. Sugestões: As rimas servem
para dar ritmo ao texto. As rimas ajudam o ouvinte a memorizar a letra. As
rimas deixam o texto mais belo, mais diferente, mais interessante. Com as
rimas, o texto fica mais poético.

6) Porque o eu lírico sente necessidade de reafirmar a todo instante que homem não
chora? Que efeito a repetição dessa afirmativa provoca? D18
Porque talvez ele não queira admitir que de fato está chorando. A repetição
torna mais evidente a contradição entre o eu lírico diz (“homem não chora”) e
o que ele faz (chora).

7) No texto, o eu lírico se dirige a alguém. Esse alguém é: D4


A pessoa amada / o ser amado.
8) O verso: “Todo mundo sabe que homem não chora” soa bastante irônico. A que
se deve essa ironia? D16
A ironia se deve à contradição entre a repetição do que o eu lírico insiste em
afirmar, “homem não chora”, e o choro que ele não consegue disfarçar.

9) É correto afirmar que nessa canção o eu lírico faz D6


a) uma queixa.
b) uma advertência.
c) um desabafo.
d) um lamento.

Leia o texto a seguir para responder às questões abaixo.

NÉ BRINQUEDO, NÃO

1) Essa charge tem por objetivo conscientizar o leitor sobre D4


a) o perigo de brincar com pneus em estradas.
b) o risco de proliferação do mosquito da dengue em agua acumulada
em pneus.
c) a necessidade de matar o mosquito da dengue.
d) a função desempenhada pelos pneus no combate à dengue.

2) A palavra escrita dentro do balão é D19


a) uma onomatopeia que reproduz o som aproximado de quem se
diverte.
b) um adjetivo que qualifica o que o mosquito está sentindo.
c) um substantivo, porque nomeia o sentimento do mosquito.
d) Uma conjunção, pois interliga ideias de diferentes naturezas.

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