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Anota C Oes Sobre Geometria Anal Itica.: Universidade Federal Fluminense - UFF-RJ
Anota C Oes Sobre Geometria Anal Itica.: Universidade Federal Fluminense - UFF-RJ
‡
Rodrigo Carlos Silva de Lima
Universidade Federal Fluminense - UFF-RJ
rodrigo.uff.math@gmail.com
‡
1
Sumário
1 Geometria analı́tica 4
n
1.1 Espaço Euclidiano R . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 4
1.2 Retas , segmentos de retas e semi-retas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2.1 Propriedades de incidência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5
1.2.2 Propriedades de ordem . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 7
1.2.3 Divisão de segmento em n partes iguais. . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.2.4 Ponto médio de um segmento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.2.5 Distância entre dois pontos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.2.6 Condição de alinhamento de três pontos . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.2.7 Equação da reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.2.8 Equação segmentária da reta. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.2.9 Condição de paralelismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.2.10 Condição de perpendicularismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1.2.11 Ângulo entre duas retas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.2.12 Distância entre ponto e reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
1.2.13 Equação da circunferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2.14 Vetores no plano-segmentos orientados . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2.15 Segmentos equipolentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 14
1.2.16 Vetor no plano . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2.17 Coordenadas de um vetor . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2.18 Operações com vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
1.2.19 Equação paramétrica da reta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.2.20 Produto interno de dois vetores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
1.2.21 Operadores sobre pares ordenados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
2
SUMÁRIO 3
1.3 Cônicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.4 Equações paramétricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.5 Parametrização do cı́rculo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.6 Parametrização de uma elipse. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
1.7 Parametrização de uma hipérbole. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
1.8 Parametrização de uma parábola. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
1.9 Discussão da equação Ax2 + Bxy + Cy 2 + Dx + EY + F = 0 . . . . . . . . 21
1.10 Retas no espaço . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.11 Planos e Hiperplanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
1.12 Parametrização do cı́rculo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.13 Parametrização da elipse . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.14 Parametrização da Hipérbole . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.14.1 Por meio de funções hiperbólicas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 23
1.14.2 Por meio de funções trigonométricas . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.15 Quádricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
1.15.1 Elipsóide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.15.2 Hiperbolóide . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
1.16 Resumo com os tipos de quádricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
1.17 Superfı́cies regradas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
1.17.1 Superfı́cie cônica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
1.17.2 Superfı́cies regrada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
1.17.3 Superfı́cies cilı́ndricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
1.18 Superfı́cies de revolução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
1.19 Coordenadas cilı́ndricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 50
1.20 Coordenadas esféricas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
1.21 Curvas parametrizadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 52
1.22 Bibliografia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
Capı́tulo 1
Geometria analı́tica
4
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 5
m Definição 4 (Eixo das abscissas). O eixo das abscissas, denotado por Ox é o conjunto
Ox = {(x, 0) ∈ R2 | x ∈ R.}
m Definição 6 (Retas). Uma reta r em Rn é o conjunto dos pontos (xk )n1 ∈ Rn tais
que
para algum par (x0 , v0 ̸= 0) de pontos de Rn . A equação (xk )n1 = x0 + tv0 é chamada
equação da reta, v0 é chamado vetor diretor da reta.
b Propriedade 1. O lugar geométrico dos pontos que equidistam dos pontos (a, b) e
(c, d) é uma reta de equação
c2 + d2 − (a2 + b2 )
x(c − a) + y(d − b) = .
2
ê Demonstração.
b Propriedade 2 (Axioma de incidência I). Dados dois pontos distintos, existe uma
única reta que os contém .
ê Demonstração.
Existência. Dados dois pontos distintos x0 , y0 A reta r de equação (xk )n1 = x0 + t(y0 −
x0 ) contém x0 e y0 pois para t = 0 temos x0 ∈ R e para t = 1 temos y0 ∈ r.
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 6
b Propriedade 4 (Axioma de incidência III). Existem infinitos pontos que não per-
tencem a uma mesma reta .
x0 + t1 v0 = x0 + t2 v1 ⇒ t1 v0 = t2 v1
só vale para t1 = t2 = 0, como ambas retas possuem uma quantidade infinita não
enumerável de pontos, então existe uma quantidade infinita não enumerável de pontos
que não pertencem a uma mesma reta.
x1 + t1 v0 = x0 + t2 v0 ⇒ x1 − x0 = (t1 − t2 )v0
m Definição 8. Dados dois pontos A e B distintos em uma mesma reta r, dizemos que
um ponto C está entre A e B se existe t1 ∈ (0, 1) tal que
A + t1 (B − A) = C.
AB = {A, B} ∪ {X | A ∗ X ∗ B}.
b Propriedade 5. Se A ∗ C ∗ B então B ∗ C ∗ A.
ê Demonstração. Existe t1 ∈ (0, 1) tal que A+t1 (B−A) = C , tomamos t2 = 1−t1 ,
t2 ∈ (0, 1) e vale B + t2 (A − B) = B + A − B + t1 (B − A) = C,como querı́amos demonstrar
.
y0 + s(x0 − y0 ) + t(z0 − y0 )
$ Corolário 2. Se uma reta r tem dois pontos contidos num plano então ela está contida
no plano. Sejam os pontos x0 e y0 contidos na reta r e z0 um ponto não colinear com os
primeiros e contidos, então os pontos da reta são dados pela equação x0 + s(x0 − y0 ) que
são pontos do plano de equação y0 + s(x0 − y0 ) + t(z0 − y0 )
ê Demonstração.
∑
n
Seja o hiperplano com equação ak xk = b, ele separa o espaço em dois semi-espaços
k=1
∑
n ∑
n
I, dos pontos tais que ak xk > b e II dos pontos tais que ak xk < b.
k=1 k=1
Sejam dois pontos A e B em I, o segmento que os une tem equação A + t(B − A) com
t ∈ [0, 1], vamos mostrar que todos esses pontos pertencem à I . A = (xk )n1 , B = (yk )n1 ,
logo os pontos desse segmento são da forma (xk +t(yk −xk ))n1 = (xk (1−t)+tyk )n1 aplicando
a soma tem-se
∑
n ∑
n
(1 − t) ak xk + t ak yk > (1 − t)b + tb = b
k=1 k=1
Sejam agora A em I e B em II, o segmento que une os pontos tem equação A+t(B−A),
aplicando a soma
∑
n ∑
n
f (t) = (1 − t) ak xk + t a k yk
k=1 k=1
∑
n ∑
n
f (0) = ak xk > b , f (1) = ak yk < b, logo por continuidade existe um único t entre
k=1 k=1
0 e 1 tal que f (t) = b, tal valor é único, por unicidade de solução de equação linear .
√ √
(xm − xA )2 + (ym − yA )2 = (xm − xB )2 + (ym − yB )2
⃗
e o ponto M deve estar na reta, então possui coordenadas da forma A + tAB
√ √
t2 (xB − xA )2 + t2 (yB − yA )2 = (t − 1)2 (xB − xA )2 + (t − 1)2 (yB − yA )2 ⇒
√ √
|t| (xB − xA )2 + (yB − yA )2 = |t − 1| (xB − xA )2 + (yB − yA )2
1
t = , portanto o ponto médio existe sendo também único e suas coordenadas são dadas
2
por
xB 1 xA + xB
xm = + ( )xA =
2 2 2
yB 1 yA + yB
ym = + ( )yA = .
2 2 2
Onde ∆x = x2 − x1 e ∆y = y2 − y1 .
Z Exemplo 2. A reta que passa pelos pontos (a, 0) e (0, b) é a reta de equação
bx + ay = ab,
b Propriedade 9. Dados dois pontos distintos A(x1, y1) e B(x2, y2) a equação da me-
diatriz do segmento AB é
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 13
y − ym ∆x1
+ =0
x − xm ∆y1
x1 + x2
onde xm = o mesmo para ym , ou de maneira equivalente
2
( )
y1 + y2 x2 − x1 x1 + x2
y= − x− .
2 y2 − y1 2
ê Demonstração.[1] A mediatriz é o lugar geométricos dos pontos P (x, y) tais que
d(P, A) = d(P, B), isto é,
√ √
(x − x1 )2 + (y − y1 )2 = (x − x2 )2 + (y − y2 )2
(x − x0 )2 + (y − y0 )2 = r2
|AB| = |CD|.
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 15
AB ∥ CD
b Propriedade 11.
Dado um vetor − →
a e um ponto A, existe apenas um ponto B tal que o segmento AB
representa o vetor −
→
a . Qualquer ponto do plano é origem de um único segmento orientado
representante do vetor →
−
v.
−
→
a = (∆x1 , ∆y1 )
<−
→
u ,−
→
v >= ||−
→
u ||.||−
→
v ||.cosθ
em coordenadas
<−
→
u ,→
−
v >= x1 x2 + y1 y2
ê Demonstração.
Figura 1.1:
Lembrando que um vetor T⃗P é dado por P − T , tem-se que os vetores M⃗M ′ e G⃗′ G
são dados por
c−a d−b
M⃗M ′ = ( , )
2 2
c−a d−b
G⃗′ G = ( , )
2 2
que são paralelos e possuem mesma medida.
Agora os outros vetores formados pelos pontos médios são M⃗G′ e M⃗′ G, que são dados
por
⃗ ′
c′ − a′ d′ − b′
MG = ( , )
2 2
c′ − a′ d′ − b′
M⃗′ G = ( , )
2 2
que também são paralelos e possuem mesma medida.
E1k (x, y) = (x + k, y)
k
E(1,2) (x, y) = E k (x, y) = (x + k, y + k) = E1k E2k (x, y)
1.3 Cônicas
m Definição 17. Uma seção cônica é o lugar geométrico dos pontos de um plano cuja
razão das distâncias a um ponto fixo e a uma reta fixa do mesmo plano é constante.
O ponto fixo denomina-se foco, a reta fixa diretriz e a constante excentricidade e
cos(α)
representa-se por e = onde 0 < α, β < 90 logo cosα, cosβ > 0.
cos(β)
b Propriedade 13. O conjunto dos pontos do plano A = (x, y) tais que d(A, F1 ) +
d(A, F2 ) = 2a > 2c com F1 = (−c, 0) e F2 = (c, 0), c > 0 satisfaz sempre equação da
forma
x2 y 2
+ 2 = 1,
a2 b
onde a2 = b2 + c2 .
a4 − 2cxa2 + c2 x2 = a2 x2 − 2cxa2 + c2 a2 + a2 y 2 ,
a4 + c2 x2 = a2 x2 + c2 a2 + a2 y 2 ,
a4 − c2 a2 = a2 x2 − c2 x2 + a2 y 2 ,
a2 (a2 − c2 ) = x2 (a2 − c2 ) + a2 y 2 ,
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 20
x = x0 + acost
C: ; t∈R
y = y + bsent
0
pois
{
x = x0 ± acosht
C: ; t∈R
y = y0 + bsenht
x − x0 2 y − y0 2 y − y0 2
é uma parametrização da hipérbole ( ) −( ) = 1 e para a hipérbole ( )−
a b a
x − x0 2
( ) = 1 temos a parametrização
b
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 21
{
x = x0 + bsenht π π π 3π
C: ; t ∈ (− , ) ∪ ( , )
y = y0 ± acosht 2 2 2 2
(x − a)2 = k(y − b)
t2
t2 = k(y − b) ⇐⇒ y = +b
k
e temos a parametrização
x=t+a
P : 2 ; t∈R
y = t +b
k
F =0
Uma equação de grau 2 da forma Ax2 + Bxy + Cy 2 + Dx + EY + F = 0, pode
representar elipses , hipérboles e parábolas.
1. Uma parábola.
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 22
4. Vazio.
Se A e C tem o mesmo sinal A.C > 0 a equação é dita do tipo elı́ptico e pode
representar
1. Uma elipse.
2. Um único ponto.
3. Vazio.
1. Uma Hipérbole.
Os casos que não geram hipérboles, parabolas ou elipses, são chamados de cônicas dege-
neradas.
c = γ(D).
portanto o vetor (a, 1, c) é o vetor diretor da reta normal ao plano desejado, disso segue
que a equação que define o plano é
a(x − x0 ) + (y − y0 ) + c(z − z0 ) = 0.
A identidade cosh2 (t) − senh2 (t) = 1 pode ser demonstrada usando as definições
et + e−t et − e−t
cosh(t) = e senh(t) = , pois
2 2
e2t + 2 + e−2t − (e2t − 2 + e−2t ) 4
cosh2 (t) − senh2 (t) = = = 1.
4 4
1.15 Quádricas
O conjunto vazio.
Uma reta.
Um ponto.
Um plano.
ê Demonstração.
Uma reta.
Um ponto.
Um plano.
Z Exemplo 5. y = x3
2
y2
+ é um parabolóide elı́ptico .
9
x = x1 + t
r2 : y = y1 − t
z = z − (2y + 2x )t
1 1 1
(x, y, z) ∈ A ≡ (−x, y, z) ∈ A.
Resumindo, para que o conjunto seja simétrico em relação ao plano determinado por
dois eixos, basta fixar os pontos do plano e tomar o simétrico do terceiro. O conjunto é
simétrico em relação a origem quando
1.15.1 Elipsóide
m Definição 24 (Elipsóide). Um elipsóide é uma uma superfı́cie dada por uma equação
do segundo grau do tipo
x2 y 2 z 2
+ 2 + 2 =1
a2 b c
onde a, b, c ∈ R+ .
1.15.2 Hiperbolóide
x2 y2 z2
(−1) + + 2 =1
a2 b2 c
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 28
x2 y 2 z2
+ 2 (−1) + 2 = 1
a2 b c
x2 y 2 z 2
+ 2 + 2 (−1) = 1
a2 b c
para uma folha.
x2 y2 z2
(−1) + (−1) + =1
a2 b2 c2
x2 y 2 z2
+ (−1) + (−1) = 1
a2 b2 c2
x2 y 2 z2
+ (−1) + (−1) = 1.
a2 b2 c2
y2 z2
x2 − + =1
9 4
x2 y 2 z 2
sendo da forma 2 − 2 + 2 = 1, representa um hiperbolóide de uma folha com centro
a b c
−−→
no eixo OY .
20
10
z
0
-20
-10 -10
x 0
-20
10 20
10
0
20 -10
y
-20
-20 x
-10
0
10
20
20
10
0
z
-10
-20
0
-5
-10
-15 y
-20
1 1 (z)2 (x)2
y − = 2(z + )2 − (x + 1)2 sendo do tipo y = 2 − 2 representa um parabolóide
2 2 a b
hiperbólico( sela).
20
10
0 y
20 -10
-20
10
z 0
-10
-20
-20
-10
0
10
20
x
que é do tipo
(x)2 (y)2
+ 2 =z
a2 b
sendo portanto um parabolóide elı́ptico .
y
20
10
0
-10
-20
20
10
0 z
-10
-20
-10
0 -20
10
20
x
(x − 3)2 (z − 3)2
+ = (y + 2)2
4 25
x2 z 2 y 2
sendo do tipo + 2 − 2 = 0 é um cone elı́ptico .
a2 b c
Z Exemplo 16 (k). A equação x 2
+ z 2 − 2x + y − 4z + 2 = 0 simplificada é
x2 z 2
que é do tipo − − = y sendo portanto um parabolóide elı́ptico.
a2 2
Z Exemplo 17 (l). 9x 2
− 4y 2 − 18x + 16y + 36z − 7 = 0 simplificado fica
(y − 2)2 (x − 1)2
z= −
9 4
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 34
20
10
z
0
-10
-20 -20
-10 20
0 10
x
0
10
-10 y
20
-20
(y)2 (x)2
que é do tipo z = − 2 sendo portanto um parabolóide hiperbólico (sela).
a2 b
Z Exemplo 19 (n).
Z Exemplo 20 (o). A equação 36x −4y +9z −14x+40y+8 = 0 pode ser simplificada
2 2 2
em
(y − 5)2 z 2
(x − 2)2 − + =1
9 4
x2 y 2 z 2
que é do tipo − 2 + 2 = 1 sendo portanto um hiperbolóide de uma folha.
a2 b c
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 35
10
0 y
-10
-5
x 0
-5
10
-10
10 5 0 -5 -10
z
−−→
(z − 2)2 = 0, sendo portanto uma quádrica degenerada, o eixo OX.
x2 y 2 z 2
4(x − 1)2 + y 2 + 4z 2 = −4 sendo da forma 2 + 2 + 2 = −1 é uma quádrica degenerada,
a b c
representando o conjunto vazio.
x2 + (y − 3)2 + z 2 = 0.
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 36
20
10
0 y
-20
-10
-10
x 0
10 -20
-20
-10
0
20 10
20 z
(y − 3)2 y2 z2
em + (z − 2)2 = 1 que é do tipo 2 + 2 = 1, representando um cilindro elı́ptico.
4 a b
Z Exemplo 28 (w). A equação do tipo
9x2 + 9y 2 + 4z 2 − 54x − 90y − 56z + 460 = 0
-20 x
-10
0
10
20
20
10
0 y
-10
-20
0 -10 -20
20 10
z
é um elipsóide.
Se k = 2
6(x − 3)2 + 3(y + 4)2 + 2z 2 = 0
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 38
10 z
5
0
-5
-10
10
0 y
-5
-10
-5
0
5
x -10
10
Se k ∈ (0, 2) vale k > 0 e 12k 2 −48 < 0 logo temos novamente quádricas degeneradas,
representando o conjunto vazio.
20
10
z
0
-10
-20
-20
-10
20
0
x 10
10 0
y
-10
20
-20
20
10
20
z 0
10
0 y
-10
-10
-20
-20 10 20
-10 0
-20
x
por
(x − 1)2 + (y − 2)2 + (z − 3)2 = r2
substituindo z = 5 tem-se
(x − 1)2 + (y − 2)2 + = r2 − 4 = s2 = 16
logo r2 = 20.
−−→ −−→
plano XZ são parábolas, pois as equações dos planos paralelos à XZ são da forma y = k,
substituindo tem-se z = k 2 − x2 que dá equação da parábola, com vértice em xv dado
por z ′ = 0, −2x = 0, x = 0 e zv dado por z(0) = k 2 , então cada parábola possui vértice
(0, k, k 2 ) o sinal − em −x2 diz que as parábolas estão voltadas para baixo. As parábolas
possuem abertura constante, não variando com k.
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 41
x2 y2
− + (k − 2)z 2 = 1
+ 2} | k{z+ 2} | {z }
|k {z +
+ −
x2 y 2
− =1
4 4
x2 y2
− + (k − 2)z 2 = 1
k + 2 k + 2 | {z }
| {z } | {z } −
+ −
x2 y2
− + (k − 2)z 2 = 1
k + 2 k + 2 | {z }
| {z } | {z } −
− +
Z Exemplo 36. Mostre que existem exatamente duas retas contidas no parabolóide
z = y 2 − x2 que passam pelo ponto (0, 2, 4). Testamos retas do tipo
x = u1 t
r y = 2 + u2 t
z = 4 + u3 t
Z Exemplo 37. Mostre que existem exatamente duas retas contidas no parabolóide
z = y 2 − x2 que passam pelo ponto (0, 2, 4). Testamos retas do tipo
x = u1 t
r y = 2 + u2 t
z = 4 + u3 t
x=t
r2 y =2−t
z = 4 − 4t
−→
S = {V + t.V P | p ∈ γ, t ∈ R}.
Então para termos uma superfı́cie cônica é necessário uma curva γ contida em um
plano π e um ponto V que não pertence ao planos π, a superfı́cie cônica é formada por
todos os pontos das retas que passam por V e um ponto de γ, tais retas são chamadas de
geratrizes da superfı́cie cônica S. (π, γ, V ).
Se A(0, 5, −4) for um ponto da diretriz dada podemos afirmar que P (3, −10, 8) é
um ponto dessa superfı́cie?
Tomamos um ponto da curva diretriz (0, y0 , z0 ) e o vértice dado, então a curva tem
equação paramétrica (x, y, z) = (0, y0 , z0 )+t(−1, y0 , z0 ) = (−t, (y0 )(t+1), (z0 )(t+1)).
Para que (3, −10, 8) pertença a curva é necessário que t = −3, daı́ concluı́mos que
o ponto pertence a curva pois vale (3, (−2)5, (−2)(−4)) = (3, −10, 8).
direção do vetor v = (1, 1, 0). As concavidades das parábolas são voltadas para cima e
uma geratriz é (z = 3 + y 2 , x = 0)
Z Exemplo 42. Considere a superfı́cie cilı́ndrica que tem como diretriz a elipse (x −
(z − 3)2
2
4) + = 1 e cujas geratrizes são paralelas à reta 3x+2y −6 = 0, z = 0, determinar
4
a equação da superfı́cie.
Parametrizamos a diretriz (x, y, z) = (4 + cos(θ), 0, 3 + 4sen(θ)) tomamos dois pontos
da reta que dá direção do vetor (−2, 3, 0) logo a superfı́cie tem equação paramétrica
3x + 2y z−3 2
( − 4)2 + ( ) = 1.
3 4
Z Exemplo 45. Mostre que 6xz − 2yz + 1 = 0 representa uma superfı́cie cilı́ndrica.
Tomamos a intersecção da curva com o plano z = k ≠ 0 e daı́ temos 6xk − 2yk + 1 = 0
1
logo 6xk + 1 = 2yk, dividindo por 2k segue 3x + = y, tomando x = t tem-se y =
2k
1
3t + , z = k e daı́ os pontos são da forma
2k
1 1
(t, 3t + , k) = (0, , k) + t(1, 3, 0)
2k 2k
Z Exemplo 47. Sabendo que S é uma superfı́cie de revolução gerada por uma curva
−−→
dada por f (x, z) = 0 e y = 0 em torno do eixo OX, que A(3, 0, 1) é ponto dessa diretriz,
1 2
podemos concluir se P (3, , ) ∈ S?
2 3
O ponto A(3, 0, 1) nos dá o raio da circunferência r = 1 o ponto P deve satisfazer
d(A, I) = d(P, I) onde I(3, 0, 0). Logo
1 4
1= +
4 9
que é falso, logo o ponto não pertence a superfı́cie de revolução .
Z Exemplo 49. Considere a superfı́cie cilı́ndrica que tem como diretriz a elipse (x −
(z − 3)2
4)2 + = 1 e cujas geratrizes são paralelas à reta 3x + 2y = 6, z = 0. Determinar
4
a equação dessa superfı́cie.
3x
Da reta temos 2y = 6 − 3x, y = 3 − . Tomamos então x = −2t e temos com isso
2
y = 3 + 3t
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 47
x = −2t
r: y = 3 + 3t
z=0
y
z − 2 = (x − − 3)2
3
após substituição na equação da diretriz.
Z Exemplo 54. Sabendo que S é uma superfı́cie de revolução gerada por uma curva
dada por f (x, z) = 0, y = 0 em torno do eixo X e que A(3, 0, 1) é ponto dessa diretriz,
1 2
podemos concluir se P (3, , ) ∈ S? Os pontos A e P pertencem ao mesmo plano x = 3.
2 3
O centro da circunferência nesse plano é C(3, 0, 0) teria que valer d(A, C) = d(P, C), que
não vale, então P ∈
/ S. Não vale pois d(P, C) ̸= 1.
1 √ 1 √ 1
(k − 4) 3 = x2 + y 2 − 3, (k − 4) 3 + 3 = x2 + y 2 , ((k − 4) 3 + 3)2 = x2 + y 2
logo temos uma superfı́cie de revolução em torno do eixo OZ. Para encontramos uma
geratriz fazemos a intersecção com o plano x = 0
z = 4 + (y − 3)3
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 49
o que implica
√
y 2 + z 2 = 6 + 2sen(u)
logo
√
y 2 + z 2 − 6 = 2sen(u)
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 50
√
( y 2 + z 2 − 6)2 + (x − 4)2 = 4sen(u) + 4cos(u) = 4
√
logo a equação cartesiana é ( y 2 + z 2 − 6)2 + (x − 4)2 = 4.
√
Z Exemplo 60. Identifique a superfı́cie √dada por z = e x2 +y 2
. Tomamos a intersecção
2 2
√
com o plano z = k > 1, daı́ temos k = e x +y , ln(k) = x2 + y 2 , ln2 (k) = x2 + y 2 ,
então temos circunferências com centro em (0, 0, k) e raio ln(k), sendo portanto superfı́cie
de revolução em torno do eixo OZ. Para tomarmos uma geratriz, interceptamos com o
plano x = 0, z = ey .
y−2
x = 3 + tg(u), y = 2 + 2sec(u), x − 3 = tg(u), = sec(u) usando a identidade
2
tg 2 (u) + 1 = sec2 (u) segue
(y − 2)2
(x − 3)2 + 1 =
22
logo
(y − 2)2
− (x − 3)2 = 1
22
e z livre, temos então um cilindro hiperbólico .
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 51
Vale
r2 = x2 + y 2 + z 2 .
x2 + y 2 = r2 cos2 (φ).
Percebemos que se r = 0 então temos apenas o ponto (0, 0, 0) se não 1 + cos2 (φ) = 0 e
daı́ cos2 (φ) = −1 que é absurdo. Então segue que r = 0 e a equação cartesiana pode ser
representada por
x2 + y 2 + z 2 = 0.
π
x = y = z = t logo igualando x = y chegamos em cos(θ) = sen(θ), logo θ = .
√ 4
2
Igualando y = z tem-se tg(φ) = . r é livre.
2
CAPÍTULO 1. GEOMETRIA ANALÍTICA 52
2rcos(θ)cos(φ) = rsen(θ)cos(φ)
daı́
2 = tg(θ)
r e φ são livres.
Z Exemplo 70. Identificar a curva dada por r = 5 e θ = arctg( 34 ). Foi dado um ângulo
na horizontal θ e um raio r = 5, φ pode variar livremente, temos então um meridiano da
esfera de centro (0, 0, 0) e raio 5.
Vale (y − 5)2 = z.
tem-se
bx 1 bx 2 b2 x2
(f ◦ g)(x, y) = f ( )= (2 a , b( − a2 ))
b−y b 2 x2
(b−y)2
+ a2 b−y (b − y)2
Vamos simplificar a primeira coordenada inicialmente
1 bx 2
2 a =
b2 x2
(b−y)2
+ a2 b−y
x2 y2
usamos que + = 1 ⇒ multiplicando por a2 b2 que b2 x2 + a2 y 2 = a2 b2 ⇒ b2 x2 =
a2 b2
a2 (b2 − y 2 ) substituindo e simplificando temos
(b − y)2 bx 2 (b − y)2 bx 2
= 2 a = 2 a =
b x + (b − y) a b − y
2 2 2 2 a (b − y ) + (b − y) a b − y
2 2 2 2 2
1.22 Bibliografia
Textos relacionados de mesma autoria: ( Espaços métricos, análise no Rn , produto
interno, espaços vetoriais).