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CHS 2021

POLICIAMENTO OSTENSIVO
DE TRÂNSITO

Instrutor
Conteúdo da disciplina
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de Polícia e
Sistema Nacional de Trânsito;

Capítulo 02 - Identificação, Registro e Licenciamento de Veículos;

Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,


habilitação estrangeira, suspensão e cassação);

Capítulo 04 - Penalidades, Medidas Administrativas e Processo


Administrativo de Infrações;

Capítulo 05 - Crimes de Trânsito: aspectos técnicos;

Capítulo 06 - Local de Acidente de Trânsito;

Capítulo 07 - Operações de Fiscalização, Embriaguez ao Volante,


Som Alto e Transporte Escolar.
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

✔ Conceito de trânsito;
✔ Poder de Polícia administrativa de trânsito;
✔ Sistema Nacional de Trânsito - SNT;
✔ Componentes do SNT;
✔ CONTRAN;
✔ CETRAN e CONTRANDIFE;
✔ JARI;
✔ DENATRAN;
✔ DETRAN;
✔ Órgãos Executivos Rodoviários (DNIT, DER);
✔ Polícias Militares;
✔ Polícia Rodoviária Federal;
✔ Órgãos Executivos de Trânsito dos Municípios.
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

✔ Conceito de trânsito
O conceito de trânsito está bem descrito logo
no 1° artigo da lei 9503/97, CTB – Código de
Trânsito Brasileiro – que em seu parágrafo 1°
diz:

“Considera-se trânsito a utilização das vias


por pessoas, veículos e animais, isolados ou
em grupos, conduzidos ou não, para fins de
circulação, parada, estacionamento e
operação de carga ou descarga”.
O trânsito capixaba
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

✔ Poder de Polícia Administrativa de trânsito

O poder de polícia administrativa de trânsito é o ramo do


poder de polícia administrativa que restringe e orienta os
comportamentos individuais no trânsito, buscando criar
condições para um trânsito coletivo mais seguro, mais
ordeiro e mais eficiente.
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

✔ Poder de Polícia Administrativa de Trânsito

Resolução Nº 561/2015 do CONTRAN

“Para que possa exercer suas atribuições como agente da


autoridade de trânsito, o servidor ou policial militar deverá
ser credenciado, estar devidamente uniformizado, conforme
padrão da instituição, e no regular exercício de suas funções.
O veículo utilizado na fiscalização de trânsito deverá estar
caracterizado.”
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

✔ Sistema Nacional de Trânsito (SNT) – Art. 5º

O Sistema Nacional de Trânsito é o conjunto de órgãos e entidades


da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios que tem
por finalidade o exercício das atividades de planejamento,
administração, normatização, pesquisa, registro e licenciamento de
veículos, formação, habilitação e reciclagem de condutores,
educação, engenharia, operação do sistema viário, policiamento,
fiscalização, julgamento de infrações e de recursos e aplicação de
penalidades e adoção de medidas administrativas.   
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

✔ Sistema Nacional de Trânsito - SNT

Legislação de Trânsito:

1) CTB;
2) Legislação complementar (Lei 11.705/2008 – Lei Seca);
3) Resoluções do Contran (843/21 – trata sobre o exame toxicológico para
condutores de cat. C, D e E);
4) Portarias do DENATRAN.
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

Objetivos do SNT – Art. 6º do CTB

Estabelecer a Política Nacional de Estabelecer a sistemática de


Trânsito; fluxos permanentes de
Segurança Viária; informações;
Fluidez Viária; Facilitar o processo decisório;
Defesa Ambiental; Integrar o Sistema.
Educação para o Trânsito;
Fiscalizar;
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

✔ Componentes do SNT – Art. 7º


Compõem o Sistema Nacional de Trânsito os seguintes órgãos e
entidades:
I - o Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN, coordenador do Sistema
e órgão máximo normativo e consultivo;
II - os Conselhos Estaduais de Trânsito - CETRAN e o Conselho de
Trânsito do Distrito Federal - CONTRANDIFE, órgãos normativos,
consultivos e coordenadores;
III - os órgãos e entidades executivos de trânsito da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
IV - os órgãos e entidades executivos rodoviários da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios;
V - a Polícia Rodoviária Federal;
VI - as Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal; e
VII - as Juntas Administrativas de Recursos de Infrações - JARI.
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito
O SNT é composto por órgãos normativos, consultivos e coordenadores:
✔ CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito
O CONTRAN, ou Conselho Nacional de Trânsito, é o coordenador do
SNT (Sistema Nacional de Trânsito) e órgão máximo normativo e
consultivo, conforme disposto no artigo 7º da Lei 9.503/97. Tem sede em
Brasília, onde deve estabelecer normas regulamentares para as leis de
trânsito, bem como elaborar diretrizes da Política Nacional de Trânsito.
✔ CETRAN – Conselho Estadual de Trânsito
O Conselho Estadual de Trânsito é o órgão normativo, consultivo e coordenador
de nível e integrante do Sistema Nacional de Trânsito.
✔ CONTRANDIFE – Conselho de Trânsito do Distrito Federal
O Conselho de Trânsito do Distrito Federal (CONTRANDIFE) é o órgão brasileiro
máximo normativo, consultivo e coordenador do Sistema Nacional de Trânsito,
com atuação apenas no Distrito Federal. Tem as mesmas competências dos
CETRAN’s, limitadas ao Distrito Federal.
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder
de Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

Órgãos Executivos de Trânsito:

✔ DENATRAN – Departamento Nacional de Trânsito


Órgão máximo executivo do Sistema Nacional de Trânsito, com
autonomia administrativa e técnica e jurisdição sobre todo o
território brasileiro. Sua principal função é a fiscalização e a
garantia do cumprimento da legislação de trânsito.

✔ DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito


Órgão executivo de trânsito estadual, e no Distrito Federal, possui atribuições
semelhantes ao DENATRAN, porém em nível estadual, muitas sendo
delegadas por este.
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

Órgãos Executivos Rodoviários:

✔ DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

✔ DER – Departamento de Edificações e Rodovias


(Departamento de Estradas e Rodagem)
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

Outros Órgãos do SNT:


✔ Polícias Militares (CTB)
Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal:
III - Executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio
firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de trânsito ou
executivos rodoviários, concomitantemente com os demais agentes
credenciados.

✔ Polícia Rodoviária Federal


A Polícia Rodoviária Federal é responsável por executar o patrulhamento
ostensivo das rodovias federais, com o intuito de preservar a ordem, a
incolumidade dos usuários da rodovia e o patrimônio da União e das pessoas;
realizar fiscalização de trânsito, aplicar e arrecadar as multas e aplicar as
medidas administrativas cabíveis em cada caso; arrecadar os valores
decorrentes de escolta de veículos com cargas superdimensionadas ou
perigosas; credenciar e fiscalizar os serviços de escolta adotando medidas que
visem uma maior segurança desse tipo de serviço.
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito

Outros Órgãos do SNT:

✔ JARI – Juntas Administrativas de Recursos de Infrações


As Juntas Administrativas de Recursos de Infrações (JARI) são órgãos recursais
com regimento próprio e que funcionam junto aos órgãos executivos de
trânsito ou executivos 7 rodoviários. A principal atribuição das JARI é julgar os
recursos que serão interpostos por cidadãos que tiverem sido autuados em
virtude de cometimento de infração de trânsito.

✔ Órgãos executivos de trânsito dos municípios


Estes órgãos são responsáveis por instalar e operar o sistema de sinalização e
os dispositivos de controle viário; realizar a fiscalização de trânsito, autuar,
aplicar as medidas administrativas cabíveis e aplicar as penalidades de multa
e advertência por escrito para as infrações de estacionamento, circulação e
parada; autuar e aplicar as medidas administrativas e as penalidades cabíveis
às infrações por excesso de peso, dimensões e lotação dos veículos.
Capítulo 01 - Conceito de Trânsito, Poder de
Polícia e Sistema Nacional de Trânsito
SNT
Capítulo 02 - Identificação, Registro e
Licenciamento de Veículos

✔ Da identificação e possíveis adulterações nos veículos


Art. 114 - CTB
O veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi ou
no monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN.
§ 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de modo a identificar
o veículo, seu fabricante e as suas características, além do ano de fabricação, que
não poderá ser alterado.
§ 2º As regravações, quando necessárias, dependerão de prévia autorização da
autoridade executiva de trânsito e somente serão processadas por
estabelecimento por ela credenciado, mediante a comprovação de propriedade
do veículo, mantida a mesma identificação anterior, inclusive o ano de fabricação.
§ 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva
de trânsito, fazer, ou ordenar que se faça, modificações da identificação de seu
veículo.
Capítulo 02 - Identificação, Registro e
Licenciamento de Veículos

✔ Art. 311 – Código Penal

Adulterar ou remarcar número de chassi ou qualquer


sinal identificador de veículo automotor, de seu componente ou
equipamento:

Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.


§ 1º - Se o agente comete o crime no exercício da função pública ou em razão
dela, a pena é aumentada de um terço.

§ 2º - Incorre nas mesmas penas o funcionário público que contribui para o


licenciamento ou registro do veículo remarcado ou adulterado, fornecendo
indevidamente material ou informação oficial.
Capítulo 02 Identificação, Registro e Licenciamento de Veículos
✔ Entendendo o chassi – 17 caracteres
Capítulo 02 Identificação, Registro e Licenciamento de Veículos
✔ Das placas de identificação veicular (PIV) – Modelo com três letras e
quatro números
Capítulo 02 Identificação, Registro e Licenciamento de Veículos
✔ Das placas de identificação veicular (PIV) – Modelo “Padrão Mercosul”

ri o
s s á
c e
Ne cre?
la
Capítulo 02 Identificação, Registro e Licenciamento de Veículos

✔ Das placas de identificação veicular (PIV) – Modelo “Padrão Mercosul”


Capítulo 02 Identificação, Registro e Licenciamento de Veículos
✔ Do registro e licenciamento de veículos automotores
Art. 132
Os veículos novos não estão sujeitos ao licenciamento e terão sua circulação
regulada pelo CONTRAN durante o trajeto entre a fábrica e o Município de destino.
Antes do registro e licenciamento do veículo novo, o condutor, de posse da nota
fiscal, poderá transitar:
I - do pátio da fábrica, da indústria encarroçadora ou concessionária e do Posto
Alfandegário, ao órgão de trânsito do município de destino, nos quinze dias
consecutivos à data do carimbo de saída do veículo, constante da nota fiscal ou
documento alfandegário correspondente, exceto os Estados do AM, AC, AP, RO, RR,
TO e PA que terão 30 dias.

No caso de veículo novo comprado diretamente pelo comprador por meio eletrônico, o prazo
de 15 dias será contado a partir da data de efetiva entrega do veículo ao proprietário.
Capítulo 02 Identificação, Registro e Licenciamento de Veículos

✔ Do emplacamento, licenciamento e registro específicos

Os critérios de registro de tratores destinados a puxar ou arrastar maquinaria de


qualquer natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de construção, de
pavimentação ou guindastes (máquinas de elevação) foram modificados, por
força da Lei nº 13.154, de 30/07/2015; e sua regulamentação efetuou-se pela
Resolução CONTRAN nº 587, de 23/03/2016, conforme se segue:
(...) Art. 2º Os tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou
arrastar maquinaria agrícola ou a executar trabalhos agrícolas, fabricados a
partir de 1º de janeiro de 2016, desde que facultados a transitar em via pública,
são sujeitos ao registro, em cadastro específico do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento.
Capítulo 02 Identificação, Registro e Licenciamento de Veículos
✔ Da falta de documentos de porte obrigatório
Art. 133 - É obrigatório o porte do Certificado de Licenciamento Anual.
Parágrafo único. O porte será dispensado quando, no momento da fiscalização,
for possível ter acesso ao devido sistema informatizado para verificar se o
veículo está licenciado. (Incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

Art. 159 - A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em meio físico e/ou


digital, à escolha do condutor, em modelo único e de acordo com as
especificações do Contran, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste
Código, conterá fotografia, identificação e número de inscrição no Cadastro de
Pessoas Físicas (CPF) do condutor, terá fé pública e equivalerá a documento de
identidade em todo o território nacional.
(Redação do caput dada pela Lei n. 14.071/20, em vigor a partir de 12ABR21)

§ 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da Carteira Nacional de


Habilitação quando o condutor estiver à direção do veículo.
§ 1º-A O porte do documento de habilitação será dispensado quando, no
momento da fiscalização, for possível ter acesso ao sistema informatizado para
verificar se o condutor está habilitado.
(§ 1º-A incluído pela Lei n. 14.071/20, em vigor a partir de 12ABR21)
Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)
✔ Da Carteira Nacional de Habilitação
✔ Das categorias
Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)
✔ Da Carteira Nacional de Habilitação
✔ Das categorias
Categoria B
Segundo o artigo 143 do Conselho
Nacional de Trânsito (Contran), é
necessária, para conduzir
um quadriciclo, a carteira
nacional de habilitação
(CNH) categoria "B", que se
destina ao "condutor de veículo
motorizado. O quadriciclo não se
enquadra como moto nem
tampouco como um triciclo.
Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)
Da Carteira Nacional de Habilitação
Do modelo de CNH
Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)
Da Carteira Nacional de Habilitação
Do condutor com habilitação de origem estrangeira
Do modelo de PID (Permissão Internacional para Dirigir)
Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)
Da CNH do condutor estrangeiro
Para que o condutor estrangeiro possa conduzir veículos automotores no Brasil ele deverá portar:
a) Documento (passaporte) ou outro documento que comprove a permanência regular do estrangeiro no Brasil,
num período não superior a 180 dias;
b) Habilitação original do seu país ou PID, dentro do prazo de validade, desde que exista convenção internacional
entre o Brasil e o país expedidor da Habilitação, ou ainda correlação mediante o Princípio da Reciprocidade.
Além disso, deverá ser seguido o mesmo regramento sobre a compatibilidade entre categoria da habilitação e
veículo conduzido, além da atenção às menções especiais ali descritas como obrigatórias (Ex.: lentes corretivas). E
mais, mesmo que no país de origem seja permitida a condução de veículo automotor por menores de 18 anos, no
Brasil essa concessão não poderá ser aceita.

Do condutor brasileiro habilitado em outro país


Deverá portar a carteira de habilitação estrangeira válida, acompanhada de documento de identificação. Após 180
dias de estada regular no Brasil, o condutor estrangeiro ou brasileiro habilitado no exterior e que pretender
conduzir veículo automotor deverá fazer os exames de aptidão física e mental e de avaliação psicológica, com
vistas à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação brasileira. Para isso, é necessário apresentar a carteira de
habilitação do país de origem, acompanhada de tradução simples. Para que o condutor brasileiro, habilitado em
outro país, possa conduzir veículos automotores no território nacional.
a) Documento (passaporte ou outro) que comprove a permanecia no Brasil num
período não superior a 180 dias;
b) Habilitação original do país em que ele se habilitou dentro do prazo de validade.
Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)
✔ Da relação de países que possuem tratado de reciprocidade (ver apostila)

Respeitadas as regras constantes no CTB, os condutores estrangeiros


habilitados nos países abaixo indicados, poderão conduzir veículos
automotores no Brasil em virtude de CONVENÇÕES ou ACORDOS
INTERNACIONAIS firmados entre os países, ou ainda, por aplicação do
princípio da reciprocidade, conforme:

1. Convenção de Viena;
2. Acordo sobre Regulamentação Básica Unificada de Trânsito;
3. Princípio da Reciprocidade;
3.1) OFÍCIO 30/2004/CGIJF/DENATRAN;
3.2) OFÍCIO-CIRCULAR10/2005/CGIJF/DENATRAN;
3.3) OFÍCIO-CIRCULAR 45/2006/CGIJF/DENATRAN.
Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)
✔ Suspensão do direito de dirigir
A penalidade de suspensão administrativa do direito de dirigir do condutor
será aplicada em duas situações apontadas pelos incisos I e II, do art. 261, do
Código de Trânsito Brasileiro, a saber:

I - sempre que, conforme a pontuação prevista no art. 259 deste Código, o


infrator atingir, no período de 12 (doze) meses, a seguinte contagem de
pontos:

a) 20 (vinte) pontos, caso constem 2 (duas) ou mais infrações gravíssimas na


pontuação;
b) 30 (trinta) pontos, caso conste 1 (uma) infração gravíssima na pontuação;
c) 40 (quarenta) pontos, caso não conste nenhuma infração gravíssima na
pontuação;

II - por transgressão às normas estabelecidas no CTB, cujas infrações


preveem, de forma específica (de forma direta), a penalidade de suspensão
do direito de dirigir do condutor infrator.
Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)
✔ Da suspensão por cômputo de pontuação

A suspensão do direito de dirigir é a retirada provisória, temporária do direito


de dirigir concedida pelo Estado ao condutor, quando este atingir 20, 30 ou 40
pontos no seu prontuário por cometimento de infração de trânsito, a depender,
para cada caso, da quantidade de infração gravíssima cometida no período de
12 meses. Conforme o art. 259, do CTB, a cada infração cometida são
computados os seguintes números de pontos:

I. gravíssima - sete pontos;


II. grave - cinco pontos;
III. média - quatro pontos;
IV. leve - três pontos.

No caso do inciso I, a duração da penalidade de suspensão do direito de dirigir


será de 6 (seis) meses a 1 (um) ano e, no caso de reincidência no período de 12
(doze) meses, pelo prazo mínimo de 8 (oito) meses e máximo de 2 (dois) anos.
No caso do inciso II, a penalidade será de 2 (dois) a 8 (oito) meses, exceto para
as infrações com prazo descrito no dispositivo infracional, e, no caso de
reincidência no período de 12 (doze) meses, será de 8 (oito) a 18 (dezoito)
meses, respeitado o disposto no inciso II do art. 263
Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)
✔ Da suspensão imediata
O Código de Trânsito Brasileiro prevê, também, a aplicação imediata da
penalidade de suspensão do direito de dirigir, quando o condutor de veículo
cometer as seguintes infrações de trânsito:

a) 165. Dirigir sob efeito de álcool ou substância psicoativa;


b) 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via
pública, ou os demais veículos;
c) 173. Disputar corrida por espírito de emulação;
d) 176. Negligenciar socorro à vítima de acidente;
e) 203. Realizar ultrapassagem perigosa na contramão;
f) 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial;
g) 218. Dirigir em velocidade acima de 50% do limite permitido;
h) 253. Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir,
ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão;
i) 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:
I – Sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com as normas e
especificações aprovadas pelo CONTRAN;
II – Transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no inciso anterior, ou fora
do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
III – Fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;
IV – Com os faróis apagados;
V – Transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas circunstâncias, condições de cuidar de
sua própria segurança.
Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)
✔ Da cassação do documento de habilitação / permissão
A cassação do documento de habilitação nada mais é do que a retirada definitiva do direito
de dirigir concedida pelo Estado ao condutor de veículo automotor. Conforme art. 263 do
CTB, a cassação se dará:

1. Quando, suspenso o direito de dirigir, o infrator conduzir qualquer veículo;

2. No caso de reincidência, no prazo de doze meses, nas infrações previstas nos artigos:
a) 162, III: Dirigir com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir de categoria diferente
da do veículo que esteja conduzindo;
b) 163: Entregar a direção do veículo a pessoa nas condições previstas nos incisos do Art.162;
c) 164: Permitir que pessoa nas condições referidas nos incisos do art. 162 tome posse do veículo
automotor e passe a conduzi-lo na via;
d) 165: Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa que determine
dependência;
e) 173: Disputar corrida;
f) 174: Promover, na via, competição, eventos organizados, exibição e
demonstração de perícia em manobra de veículo, ou deles participar, como
condutor, sem permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a via;
g) 175: Utilizar-se de veículo para, em via pública, demonstrar ou exibir manobra perigosa, mediante
arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus.

3. Quando condenado judicialmente por delito de trânsito.


Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)
✔ Da suspensão imediata
O Código de Trânsito Brasileiro prevê, também, a aplicação imediata da
penalidade de suspensão do direito de dirigir, quando o condutor de veículo
cometer as seguintes infrações de trânsito:
a) 165. Dirigir sob efeito de álcool ou substância psicoativa;
b) 170. Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via
pública, ou os demais veículos;
c) 173. Disputar corrida por espírito de emulação;
d) 176. Negligenciar socorro à vítima de acidente;
e) 203. Realizar ultrapassagem perigosa na contramão;
f) 210. Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial;
g) 218. Dirigir em velocidade acima de 50% do limite permitido;
h) 253. Usar qualquer veículo para, deliberadamente, interromper, restringir,
ou perturbar a circulação na via sem autorização do órgão;
i) 244. Conduzir motocicleta, motoneta ou ciclomotor:
I – Sem usar capacete de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de acordo com
as normas e especificações aprovadas pelo CONTRAN;
II – Transportando passageiro sem o capacete de segurança, na forma estabelecida no inciso
anterior, ou fora do assento suplementar colocado atrás do condutor ou em carro lateral;
III – Fazendo malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda;
IV – Com os faróis apagados;
V – Transportando criança menor de sete anos ou que não tenha, nas circunstâncias, condições
de cuidar de sua própria segurança.
Capítulo 03 - Carteira Nacional de Habilitação (categorias,
habilitação estrangeira, suspensão e cassação)

✔ Dos cursos a serem exigidos dos condutores de


veículos de passageiro e de carga (apostila)

✔ Das obrigações relacionadas aos condutores e aos


instrutores (apostila)
Capítulo 04 - Penalidades, Medidas Administrativas e Processo
Administrativo de Infrações
✔ Das penalidades:
I - Advertência por escrito;
II - Multa;
III - Suspensão do direito de dirigir;
IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)
V - Cassação da Carteira Nacional de Habilitação;
VI - Cassação da Permissão para Dirigir;
VII - Frequência obrigatória em curso de reciclagem.

✔ Qualificação descritiva das penalidades;

✔ Das medidas administrativas;

✔ Das medidas administrativas adotadas pelo agente de acordo com o


manual de policiamento de trânsito do BPTran / PMES – 2021.
Capítulo 04 - Penalidades, Medidas Administrativas e Processo
Administrativo de Infrações
✔ Qualificação descritiva das penalidades (ver apostila):

I - Advertência por escrito;

II - Multa;

III - Suspensão do direito de dirigir;

IV - (Revogado pela Lei nº 13.281, de 2016)

V - Cassação da Carteira Nacional de Habilitação;

VI - Cassação da Permissão para Dirigir;

VII - Frequência obrigatória em curso de reciclagem.


Capítulo 04 - Penalidades, Medidas Administrativas e Processo
Administrativo de Infrações
✔ Das medidas administrativas
Art. 269. A autoridade de trânsito ou seus agentes, na esfera das
competências estabelecidas neste Código e dentro de sua circunscrição,
deverá adotar as seguintes medidas administrativas:
I - retenção do veículo;
II - remoção do veículo;
III - recolhimento da Carteira Nacional de Habilitação;
IV - recolhimento da Permissão para Dirigir;
V - recolhimento do Certificado de Registro;
VI - recolhimento do Certificado de Licenciamento Anual;
VII - (VETADO)
VIII - transbordo do excesso de carga;
IX - realização de teste de dosagem de alcoolemia ou perícia de substância entorpecente ou que
determine dependência física ou psíquica;
X - recolhimento de animais que se encontrem soltos nas vias e na faixa de domínio das vias de
circulação, restituindo-os aos seus proprietários, após o pagamento de multas e encargos
devidos.
XI - realização de exames de aptidão física, mental, de legislação, de prática de primeiros socorros
e de direção veicular. (Incluído pela Lei nº 9.602, de 1998).
Capítulo 04 - Penalidades, Medidas Administrativas e Processo
Administrativo de Infrações

✔ Das normas gerais;

✔ Da remoção do veículo;

✔ Da não remoção imediata;

✔ Da retenção do veículo.
Capítulo 04 - Penalidades, Medidas Administrativas e Processo
Administrativo de Infrações

✔ Da retenção do veículo em face de alterações com seus condutores

✔ Da retenção em face de alterações no veículo


a) Falta de documentos de porte obrigatório
b) Parada ou estacionamento irregular

✔ Da restituição do veículo que esteja na iminência de ser removido

✔ Da indicação de quilometragem do veículo utilizado na remoção


Capítulo 04 - Penalidades, Medidas Administrativas e Processo
Administrativo de Infrações

✔ Da apreensão do veículo com base em mandado judicial

Embora o cumprimento das ordens exaradas pelas autoridades


judiciais se traveste de dever ético no prestígio da efetividade das
decisões judiciais, o cumprimento de mandados judiciais de busca e
apreensão de veículos esbarra na falta de estrutura adequada para
seu cumprimento, pois não há serviço de remoção e de pátio
contratado pelo Poder judiciário para o atendimento dessa demanda.
Assim, considerando que, conforme informado pelo DETRAN-ES, os
contratos da autarquia não contemplam a guarda de veículos com
demandas exclusivamente judiciais, por absoluta falta de condições,
não há como remover ou providenciar local adequado para guarda
dos veículos com esse tipo de restrição.
Capítulo 04 - Penalidades, Medidas Administrativas e Processo
Administrativo de Infrações
✔ Do recolhimento da CNH ou da permissão para dirigir
Assim sendo, os documentos de habilitação deverão ser recolhidos e
encaminhados para devolução nas sedes das Unidades ou Subunidades
independentes, apenas nos casos em que não houver a interrupção da
infração ou nos casos de infrações descritas nos seguintes artigos do CTB:
a. 165 (Dirigir sob influência de álcool);

b. 165-A (Recusar-se a ser submetido a teste que permita certificar influência de álcool ou outra
substância psicoativa, na forma estabelecida pelo art. 277);

c. 162 II (Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir cassada ou
com suspensão do direito de dirigir);

d. 162 V (Dirigir veículo com exame de saúde vencido a mais de trinta dias);

e. 173 (Disputar corrida);

f.175 (Utilizar-se de veículo para demonstrar ou exibir manobra perigosa).


Restando ainda a obrigação de recolhimento nos casos de suspeita de estarem falsificadas ou adulteradas (Art. 272 do CTB). O
recolhimento e a devolução das CNH/PPD/PCC deve ser claramente descrito, com indicação precisa dos dados do condutor ou
proprietário do veículo no AIT, visto que essa informação é a que será observada para posterior aplicação das penalidades de
suspensão do direito de dirigir ou de cassação da CNH.
Capítulo 04 - Penalidades, Medidas Administrativas e Processo
Administrativo de Infrações
✔ Do transbordo de carga excedente
Havendo carga excedente, o veículo permanecerá retido até o efetivo
transbordo do excesso. As circunstâncias peculiares deverão ser repassadas
ao CPU para ulterior decisão.

✔ Do recolhimento do CLA/CRLV
Havendo carga excedente, o veículo permanecerá retido até o efetivo
transbordo do excesso. As circunstâncias peculiares deverão ser repassadas
ao CPU para ulterior decisão.

✔ Do recolhimento das placas irregulares


O Art. 221 do CTB faz previsão da medida administrativa de recolhimento das
placas que estiverem em desacordo com as especificações ou modelos. Tal
medida, porém, só será adotada quando for possível substituir as placas
irregulares no local da infração. Caso não seja possível, o policial militar
deverá recolher o CLA/CRLV (Art. 269, inciso VI, CTB) e liberar o veículo com
as placas irregulares, visto que, pautando-se no princípio da razoabilidade, tal
medida satisfaz melhor a sociedade do que a circulação de veículos sem
placas.
Capítulo 04 - Penalidades, Medidas Administrativas e Processo
Administrativo de Infrações

✔ Do modo de atuação em casos omissos

✔ Do processo administrativo
De acordo com o art. 2º, da Resolução nº 619, do CONTRAN, o Auto de Infração de
Trânsito - AIT é o instrumento que dá início ao Processo Administrativo.
Veja:
“I - Auto de Infração de Trânsito: é o documento que dá início ao processo
administrativo para imposição de punição, em decorrência de alguma infração à
legislação de trânsito. (Res. CONTRAN nº 619/16).”

✔ Das informações importantes dobre o preenchimento do AIT


Capítulo 04 - Penalidades, Medidas Administrativas e Processo
Administrativo de Infrações
Registro / emplacamento?
CNH?
Capacete?
Transitar na ciclovia?

Resolução Nº 315 CONTRAN;


Resolução Nº 465 CONTRAN;
Vídeo institucional do BPTran
Resolução Nº 842 CONTRAN;
Art. 57 – CTB.
Capítulo 05 – Crimes de trânsito: Aspectos técnicos

✔ Dos crimes de trânsito na Lei Nº 9503/97


O atual Código de Trânsito Brasileiro – CTB trata dos crimes de trânsito no
Capítulo XIX, precisamente do artigo 291 ao art. 312. Contudo, os ilícitos de
trânsito em espécie estão elencados do art. 302 ao art. 312, num total de 11
(onze) tipificações criminais.
Pois bem, da leitura do artigo 291, nota-se que apenas os ilícitos praticados na
direção de veículo automotor são considerados crimes de trânsito. Dessa
forma, não são consideradas transgressões penais de trânsito as condutas
perpetradas por condutores de veículos não motorizados, como, por
exemplo, na condução de carroça ou bicicleta.

✔ Dos crimes de trânsito expressos no CTB


Capítulo 05 – Crimes de trânsito: Aspectos técnicos

Capítulo XIX - DOS CRIMES DE TRÂNSITO


Seção I - Disposições Gerais

✔ Artigo 291 - CP, CPP, Lei nº 9099;


✔ Artigo 292 – Suspensão ou proibição de dirigir imposta isolada ou
cumulativamente com outras penalidades;
✔ Artigo 293 – Suspensão / Proibição de se obter
habilitação – 2 meses a 5 anos;
✔ Artigo 294 – Juiz decretar de ofício suspensão da
CNH / Proibição de obtenção;
✔ Artigo 295 - Suspensão / Proibição comunicada pela autoridade Abrangência e
judiciária ao CONTRAN / DETRAN; especificidades
✔ Artigo 296 – Réu reincidente em crime previsto no CTB – Juiz aplicará penalidade
De suspensão sem prejuízo das demais sanções cabíveis;
(09 artigos)
✔ Artigo 297 – Multa reparatória em favor da vítima sempre que houver prejuízo
material resultante de crime;
✔ Artigo 298 – Agravantes das penalidades dos crimes de trânsito;
✔ Artigo 299 – Vetado;
✔ Artigo 300 – Vetado;
✔ Artigo 301 – Sem prisão em flagrante quando prestar socorro integral à vítima.
Capítulo 05 – Crimes de trânsito: Aspectos técnicos
Capítulo XIX - DOS CRIMES DE TRÂNSITO
Seção I - Disposições Gerais

✔ Artigo 302 – Homicídio culposo;


✔ Artigo 303 – Lesão corporal culposa;
✔ Artigo 304 – Deixar de prestar imediato socorro à vítima;
✔ Artigo 305 – Afastar-se do local de acidente para fugir à responsabilidade;
✔ Artigo 306 – Conduzir veículo com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine
dependência;
✔ Artigo 307 - Violar a suspensão ou a proibição de se obter a permissão ou a
habilitação para dirigir veículo;
✔ Artigo 308 – Corrida, competição, perícia sem autorização;
✔ Artigo 309 – Sem CNH, gerando perigo de dano;
✔ Artigo 310 – Permitir, confiar ou entregar veículo a pessoa sem CNH;
✔ Artigo 311 – Velocidade incompatível com a segurança, gerando perigo de dano;
✔ Artigo 312 – Fraude processual no trânsito
Capítulo 05 – Crimes de trânsito: Aspectos técnicos
Capítulo XIX - DOS CRIMES DE TRÂNSITO
Seção I - Disposições Gerais
✔ Artigo 312 – Fraude processual no trânsito
Art. 312-A.
Para os crimes relacionados nos arts. 302 a 312 deste Código, nas situações em que o juiz aplicar a substituição
de pena privativa de liberdade por pena restritiva de direitos, esta deverá ser de prestação de serviço à
comunidade ou a entidades públicas, em uma das seguintes atividades:
I - trabalho, aos fins de semana, em equipes de resgate dos corpos de bombeiros e em outras unidades móveis
especializadas no atendimento a vítimas de trânsito;
II - trabalho em unidades de pronto-socorro de hospitais da rede pública que recebem vítimas de acidente de
trânsito e politraumatizados;
III - trabalho em clínicas ou instituições especializadas na recuperação de acidentados de trânsito;
IV - outras atividades relacionadas ao resgate, atendimento e recuperação de vítimas de acidentes de trânsito.
(Artigo 312-A incluído pela Lei nº 13.281, de 2016)

Art. 312-B.
Aos crimes previstos no § 3º do art. 302 e no § 2º do art. 303 deste Código não se aplica o disposto no inciso I
do caput do art. 44 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal).
(Artigo 312-B incluído pela Lei n. 14.071/20, em vigor a partir de 12ABR21)
Capítulo 05 – Crimes de trânsito: Aspectos técnicos
✔ Dos crimes de trânsito expressos no CTB - art. 306
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Acidente de trânsito

1) Evento não premeditado de que resulte dano em veículo, carga e/ou


lesão em pessoas ou animais;

2) Envolvendo pelo menos um veículo, motorizado ou não;

3) E que ocorra em uma via aberta para trânsito de veículos.

(NBR 10.697/89 da ABNT)


Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Da competência dos militares estaduais para atuarem


como agentes das autoridades de trânsito
O Artigo 144 da CF/88 estabelece que: “A segurança pública, dever do
Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a
preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos:”

I. polícia federal;
II. polícia rodoviária federal;
III. polícia ferroviária federal;
IV. polícias civis;
V. polícias militares e corpos de bombeiros militares.

§ 5º Às Polícias Militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da


ordem pública; aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições
definidas em lei, incumbe a execução de atividades de defesa civil.
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Da competência dos militares estaduais para atuarem


como agentes das autoridades de trânsito
§ 10 A segurança viária, exercida para a preservação da ordem
pública e da incolumidade das pessoas e do seu patrimônio nas vias
públicas:

I - compreende a educação, engenharia e fiscalização de trânsito,


além de outras atividades previstas em lei, que assegurem ao
cidadão o direito à mobilidade urbana eficiente; e,

III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme


convênio firmado, como agente do órgão ou entidade executivos de
trânsito ou executivos rodoviários, concomitantemente com os
demais agentes credenciados;”
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Da competência dos militares estaduais para atuarem


como agentes das autoridades de trânsito

Obedecendo ao disposto no § 4º do art. 280, do CTB, a PMES


dispõe de convênios firmados que lhe atribuem competência para
que seus membros atuem como agentes das autoridades de
trânsito, em todas as vias do Estado que estejam sob
circunscrição do DETRAN-ES, do DER-ES e dos municípios
capixabas. Observe:

Art. 280, § 4º do CTB: O agente da autoridade de trânsito


competente para lavrar o auto de infração poderá ser servidor
civil, estatutário ou celetista ou, ainda, policial militar designado
pela autoridade de trânsito com jurisdição sobre a via no âmbito
de sua competência.
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Da competência dos militares estaduais para atuarem como agentes das


autoridades de trânsito

Requisitos para o militar atuar como agente da autoridade de trânsito:

“Para que possa exercer suas atribuições como agente da autoridade de trânsito, o
servidor ou policial militar deverá ser credenciado, estar devidamente
uniformizado, conforme padrão da instituição, e no regular exercício de suas
funções. (...)

“O agente de trânsito, ao constatar o cometimento da infração, lavrará o


respectivo auto e aplicará as medidas administrativas cabíveis.”

“É vedada a lavratura do AIT por solicitação de terceiros, excetuando-se o caso


em que o órgão ou entidade de trânsito realize operação (comando) de fiscalização
de normas de circulação e conduta, em que um agente de trânsito constate a
infração e informe ao agente que esteja na abordagem; neste caso, o agente que
constatou a infração deverá convalidar a autuação no próprio auto de infração ou
na planilha da operação (comando), a qual deverá ser arquivada para controle e
consulta.”
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos
✔ Do atendimento e registro de ocorrências de acidentes de trânsito
✔ Definição de acidente de trânsito
Para efeito da atuação dos policiais militares, será considerado acidente de trânsito
todo evento que resulte em dano ao veículo ou à sua carga e/ou em lesões a pessoas
e/ou animais, e que possa trazer dano material ou prejuízos ao trânsito, à via ou ao
meio ambiente, em que pelo menos uma das partes está em movimento nas vias
terrestres ou em áreas abertas ao público (NBR 10.697/20 da ABNT).

Os acidentes de trânsito podem ser definidos como atropelamento, acidente pessoal,


colisão, capotamento, tombamento, choque, queda ou engavetamento, podendo
envolver veículos, motorizados ou não, postes, árvores, construções, pessoas ou
animais, gerando algum tipo de dano físico ou material a alguém.

Exemplificando: Constitui acidente de trânsito o ciclista que atropela um pedestre; o


cavalonão conduzido que atinge um pedestre; o cavalo que colide em um ciclista; um
galho de árvore que cai sobre uma bicicleta estacionada e etc.
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Das disposições iniciais


Os procedimentos operacionais adotados pelo agente no local de acidente são
de suma importância e de cumprimento obrigatório (página 52 da apostila)
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Da obrigação do proprietário do veículo de registrar o BOAT

Na forma do disposto no artigo 2º da Resolução nº 810/2020, do Contran, os


condutores que se envolverem em acidentes de trânsito, que resultem avarias
nos veículos, deverão registrar os correspondentes BOAT, para que os danos
sejam classificados e as providências administrativas, relacionadas à monta
das avarias, sejam adotadas pelo DETRAN.

Caso os AMAT sejam demandados para o atendimento de uma ocorrência de


acidente de trânsito ou flagrem um sinistro, deverão efetuar o registro do
correspondente BOAT, mesmo que as partes cheguem a um “acordo” e
informem não ter interesse no Boletim.
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Das vias em que os policiais militares farão os registros dos


BOAT’s

Percebe-se no disposto no art. 1º do CTB que, inicialmente, não há


que se confundir acidente de trânsito com aplicação das medidas
administrativas. O conceito de trânsito, apesar de também fazer parte
da Lei 9.503/97, é mais abrangente do que o referido diploma legal.
Sendo assim, o agente de trânsito poderá se deparar com situações
que constituem acidente de trânsito, mas não se aplica a parte
administrativa do Código de Trânsito.

O fato de ter ocorrido uma colisão entre veículos numa via terrestre
restrita à circulação, não retira da situação o caráter de acidente de
trânsito, muito embora não seja possível aplicar algumas normas do
CTB nessa situação, dada a impossibilidade de definição do órgão de
trânsito com circunscrição sobre a via.
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Das vias em que os policiais militares farão os registros


dos BOAT’s
Havendo qualquer fato que esteja contido no aberto conceito de trânsito
estará o AMAT apto a lavrar o BOAT, desde que seja demandado para tal
atribuição, porém, nem sempre poderá adotar medidas previstas no CTB.

Ressalta-se que, apesar da impossibilidade de se aplicar as medidas


administrativas nos casos de infrações constatadas em áreas cuja
circulação de veículos seja restrita, os procedimentos relacionados aos
crimes de trânsito são obrigatórios, exceto os dos artigos 308 e 309 do
CTB, pois, para que se configurem, tais crimes devem ser praticados em
via pública.
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Dos acidentes sem vítimas


Considera-se acidente de trânsito sem vítimas aquele provocado na
direção de veículo automotor, não importando se ocorreu em via pública
ou privada, que não deriva lesões físicas.

✔ Do prazo para registro de BOAT pelo


condutor/proprietário
Na forma do Decreto Estadual Nº 6.710-E, de 26/04/96, nos casos de
danos exclusivamente materiais, o BOAT será registrado de forma
on-line em até 03 (três) dias, não contabilizando o dia do fato. Para
contagem deste prazo, exclui-se o dia do acidente.
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Dos procedimentos para registro do BOAT


No local do acidente (sem vítima)

Apesar de o registro de acidente sem vítimas ser, atualmente,


consignado de forma on-line pelos condutores, caso exista a
informação de algum indício de crime a viatura deverá se deslocar ao
local do acidente para registro e, caso confirmado algum crime
cometido, adotar os procedimentos previstos na pág. 55 da apostila.
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Do acidente de trânsito com vítima parcial

Considera-se acidente de trânsito com vítima parcial aquele que deriva lesões físicas,
porém, sem óbito até o encerramento da confecção do BOAT.

Para efeito de registro de BOAT, o policial deverá considerar:

Como LEVES: lesões que provocarem ferimentos superficiais como escoriações


cutâneas e pequenos edemas nas extremidades dos membros; e

Como GRAVES: lesões que resultarem em inconsciência da vítima durante o


atendimento médico, perda de membro ou parte dele, aceleração de parto ou aborto,
fratura aparente ou exposta, perda de massa encefálica ou qualquer outra julgada de
risco para vida da vítima.
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Dos procedimentos operacionais em acidentes com


vítima parcial
As estatísticas do BPTran mostram
que a maioria dos acidentes de
trânsito atendidos na Grande Vitória
são aqueles que envolve vítima parcial.
Os procedimentos a serem adotados
nesse tipo de acidente são ensinados
na pág. 56 da apostila.
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Do acidente de trânsito com vítima fatal

O número de acidentes que resultam


em vítima fatal, se comparados ao de
vítima parcial, são menores, porém,
suas consequências sociais são
infinitamente mais danosas.

Observe na pág. 57 da apostila os


procedimentos iniciais a serem
adotados pelo agente.
Capítulo 06 – Local de acidente de trânsito : Procedimentos

✔ Do prazo para registro do BOAT (vítima fatal)


O acidente de trânsito envolvendo vítimas só será registrado pelo AMAT no
momento do fato ou logo após. Ou seja, esse tipo de registro só poderá ser
concretizado com a presença da guarnição no local do sinistro.

✔ Dos procedimentos operacionais (vítima fatal)


Os procedimentos operacionais em local de acidente com vítima fatal estão
previstos nas pág. 57, 58 e 59 da apostila.

✔ Da remoção/recolhimento dos veículos envolvidos em acidentes


de trânsito
A Resolução do CONTRAN e o artigo do CTB que regulam a adoção da medida
administrativa de remoção de veículo envolvido em acidente de trânsito estão
dispostos na pág. 59 da apostila.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Das operações de fiscalização de trânsito

As operações policiais com foco na fiscalização de trânsito são ações


revestidas de extrema dificuldade, pois as abordagens são aleatórias e os
procedimentos de segurança própria, adotados pelos agentes, devem ser
específicos para a abordagem a pessoas de bem, mas concebendo a
possibilidade de estarem abordando agressores da sociedade.

Os agentes devem ter ações polidas e comedidas, podendo migrar para


ações incisivas e com uso extremo da força a qualquer momento. Cientes
das peculiaridades das operações de fiscalização de trânsito, os agentes
deverão atender os procedimentos operacionais padrões previstos no item
7.1 da apostila – pág. 60, 61 e 62.
Configura transporte
clandestino?
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar
✔ Fiscalização de trânsito e as novas tecnologias do BPTran

Ao longo dos anos houve uma grande evolução no quantitativo de


veículos no Brasil, fato que implicou num maior fluxo de veículos,
tornando o trânsito ainda mais complexo e conflituoso.

Diante dessa realidade, o BPTran, visando uma reestruturação


operacional, adquiriu equipamentos/ferramentas de trabalho modernos,
com vista a realizar sua missão de bem proteger os usuários das vias
públicas (a sociedade capixaba) de forma satisfatória e eficiente.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Fiscalização de trânsito e as novas tecnologias do BPTran


A) Painel de mensagem variável (PMV), móvel

Equipamento publicitário eletrônico


que tem por finalidade dar fluidez
a comunicação com os usuários das
vias abertas à circulação, além de
transmitir inúmeras
mensagens institucionais.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Fiscalização de trânsito e as novas tecnologias do BPTran


B) Etilômetro de aferição passiva (análise qualitativa)

Instrumento prático, capaz de


detectar a presença de álcool
etílico na boca do condutor ou
no ar ambiente coletado ao seu
redor, alterando a cor do
bastão (verde ou vermelho) e
apresentando o teor alcoólico
aferido, tornando as abordagens
Policiais céleres e eficientes.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Fiscalização de trânsito e as novas tecnologias do


BPTran
C) Leitor portátil automático de placas (OCR – Optical Character Recongnition)

Seu objetivo principal é realizar a leitura


de placas dos veículos que passam por
fiscalizações de trânsito do BPTran.
Oportuniza consultar o banco de dados
do sistema e indicar veículo com restrição de
furto/roubo; clonado; com pagamentos
de impostos e vistorias atrasadas; não
licenciado; e com mandado de busca e
apreensão.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Fiscalização de trânsito e as novas tecnologias do BPTran


D) Radar portátil

“Radar inteligente”, que é


interligado às bases de dados,
possibilitando uma leitura
rápida da placa do veículo.
O policial aponta para um
veículo e detecta a sua velocidade
e, caso o veículo esteja trafegando
com velocidade irregular, ele foca
no veículo até que a placa fique
visível para registrar uma imagem.

Resolução do CONTRAN Nº 798, de 02 de setembro de 2020.


Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Fiscalização de trânsito e as novas tecnologias do BPTran


E) Aeronaves Remotamente Pilotadas – Remotely Piloted Aircraft (Drones)

O drone é empregado pelo


BPTran com a finalidade
exclusiva de realizar imagens
aéreas no acompanhamento de
Blitz e Operações de Trânsito, tais
como as Fiscalizações “Geral”, “Lei
Seca”, “Praia Viva”, “Transporte
Clandestino de Passageiro”, e
“Cavalo de Aço”.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Fiscalização de trânsito e as novas tecnologias do BPTran


F) Talonário eletrônico
O Talonário Eletrônico de AIT’s (multas)
É uma plataforma para registro de
infrações de trânsito, com ele, o
agente substitui o bloco de papel e
a caneta esferográfica por um
aparelho portátil que agiliza o
processo de preenchimento com
eficácia e segurança. As informações
são cadastradas de modo rápido e
seguro, impedindo adulterações.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar
✔ Embriaguez na direção de veículo automotor e da capacidade psicomotora
✔ Da obrigatoriedade dos AMAT’s ofertarem os testes de etilômetro

Os AMAT’s oferecerão o teste do etilômetro aos condutores dos veículos nas


seguintes circunstâncias:

• Em TODOS os acidentes de trânsito, sejam com vítimas ou sem vítimas, cujo


atendimento seja efetuado no local do acidente;
• A quem conduzir o veículo até o posto de trânsito e apresentar sinais de alteração
da capacidade psicomotora;
• Nos casos de abordagens em operações policiais, com foco específico na “Lei
Seca”, bem como àqueles que se apresentarem para conduzir possível veículo
retido; e
• Nas fiscalizações de trânsito, quando condutores apresentarem indícios de
consumo de álcool ou outras drogas, ou diante de sinais de alteração da
capacidade psicomotora.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Dos limites de alcoolemia constatados com o uso do etilômetro

Sempre que o condutor aceitar a submissão ao teste do etilômetro o


AMAT deverá informá-lo das consequências desse ato e indagar-lhe se
ingeriu ou utilizou álcool nos últimos 15 (quinze) minutos ou se fumou
no mesmo período de tempo. Em caso de resposta negativa o AMAT
iniciará o teste, caso contrário, deverá aguardar os quinze minutos para
a realização do teste.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Medição entre 0,00 mg/L e 0,04 mg/L (medição realizada)

A margem de erro que pode ser apresentada pelo etilômetro é de 0,04 Mg/L (após
arredondamento). Dessa forma, mesmo havendo o indicativo de que o condutor
ingeriu bebida alcoólica, o AMAT não poderá adotar qualquer medida administrativa
neste caso, pois o valor apurado estará dentro da margem de erro do equipamento.

Atentar para a possibilidade de o condutor estar sob efeito de droga lícita ou ilícita,
pois, caso ele se submeta ao teste do etilômetro e apresente resultado entre 0,00
Mg/L e 0,04 Mg/L, mas demonstre alteração da capacidade psicomotora (fala
alterada e/ou dificuldade de equilíbrio junto a pelo menos outros dois sinais), o
AMAT deverá confeccionar o LCACP, lavrar o AIT, tomar as medidas administrativas
(recolhimento da CNH e retenção do veículo) e penais cabíveis.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar
Medição realizada no etilômetro convencional (quantitativo):
✔ De 0,00 mg/L a 0,04 mg/L --------🡪 Boa viagem;
✔ De 0,05 mg/L e 0,33 mg/L --------🡪 AIT (art. 165 CTB) + Recolhimento CNH + Condutor para levar veículo;
✔ De 0,34 mg/L ao ∞ --------------🡪 AIT (art. 165 CTB) + Recolhimento CNH + Condutor para levar veículo + DPJ (art. 306 CTB).
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Medição entre 0,05 mg/L e 0,33 mg/L (medição realizada)

Estará caracterizada a infração de trânsito capitulada no art. 165 do CTB, quando a


MEDIÇÃO REALIZADA (a que aparece no visor do etilômetro) apresentar como
resultado valores entre 0,05 e 0,33 Mg/L. De forma que, atingido um resultado entre
estes valores, o AMAT deverá preencher o respectivo AIT, imprimir o comprovante do
teste e tomar as medidas administrativas cabíveis.

• A indicação do novo condutor deve ser voluntária pelo examinado impedido de


continuar dirigindo;
• Ressalta-se que o CTB não prevê a remoção do veículo como sanção para essa
conduta;
• O AMAT deverá solicitar a assinatura do condutor em todos os documentos em que
exista campo específico para o ato;
• A recusa do condutor em assinar qualquer documento deverá ser informada no
respectivo documento.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Obs.: Se o regular teste do etilômetro apresentar valor apurado superior a


0,04 Mg/L e, por um motivo qualquer, não for possível imprimir a fita com
os dados do teste, o AIT deverá ser regularmente preenchido com as
informações do equipamento utilizado, do teste realizado e dos resultados
obtidos.

✔ Medição igual ou superior a 0,34 mg/L (medição realizada - MR)


Estarão caracterizados o crime capitulado no art. 306 e a infração de trânsito
capitulada no art. 165, ambos do CTB, quando a MEDIÇÃO REALIZADA (MR)
for igual ou superior a 0,34 Mg/L. Dessa forma, o AMAT deverá, além de
lavrar o respectivo AIT, imprimir o comprovante do teste e tomar as medidas
administrativas cabíveis, confeccionar um BOP e apresentar o motorista
autuado ao delegado de polícia do DPJ ou DPC.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

• O AMAT só realizará (01) um teste por pessoa, não sendo necessária, dentro
da normalidade, a realização de contraprova, visto que essa possível
demanda deverá ser suprida pelo laudo do médico perito do IML;
• Se por algum problema técnico o etilômetro deixar de imprimir o resultado
de algum teste realizado, o AMAT deverá tentar de todas as maneiras
imprimir tal resultado;
• Caso não seja possível, deverá arrolar duas testemunhas (podendo ser
AMAT) que tenham presenciado a realização do teste e o resultado
constatado, preenchendo o LCACP;
• O AMAT deverá solicitar a assinatura do condutor em todos os documentos
em que exista campo específico para a assinatura do mesmo;
• A recusa do condutor em assinar qualquer documento deverá ser informada
no respectivo documento.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Tabela de valores referenciais para etilômetro


Pág. 69 da apostila e slides anteriores

✔ Laudo de constatação de alteração da capacidade psicomotora (LCACP)


Pág. 70 da apostila slide sequinte

✔ Da recusa do condutor em se submeter ao teste de etilômetro


Assim que o teste do etilômetro for ofertado ao condutor e esse se recuse a
executá-lo, o AMAT deverá informá-lo das consequências legais da sua
negativa e novamente disponibilizar lhe a execução do teste do etilômetro.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Mantida a recusa do condutor em se submeter ao teste do etilômetro estará


configurada a infração tipificada no artigo 165-A c/c art. 277, ambos do CTB. Resta
ao AMAT à obrigação de:

• Lavrar AIT por recusa em se submeter a qualquer dos procedimentos previstos no


art. 277 do CTB, capitulada no art. 165-A do CTB, e adotar todas as medidas
administrativas previstas, podendo ser usada a codificação 7579-0 (quando NÃO
APRESENTAR fala alterada e/ou dificuldade de equilíbrio junto a outro sinal), ou
ainda os códigos 5169-X, quando APRESENTAR fala alterada e/ou dificuldade de
equilíbrio junto a outro sinal;
• Lavrar o AIT com a codificação 7579-0, se não houver alteração da capacidade
psicomotora, constando a recusa ao etilômetro no campo “observação”, além dos
sintomas observados no condutor;
• Lavrar o AIT com a codificação 5169-X, se o condutor apresentar alteração da
capacidade psicomotora (quando APRESENTAR fala alterada e/ou dificuldade de
equilíbrio junto a outro sinal: sonolência, agressividade, dispersão, olhos
vermelhos, etc.), tomar as medidas administrativas elencadas no art. 165 do CTB,
confeccionar o LCACP, confeccionar o BOP e encaminhar o condutor ao DPJ.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Caso o ME oferte o teste do etilômetro ao condutor, e ele informe que


não se submeterá ao mesmo, o encaminhamento ao IML para a
aferição da quantidade de álcool no sangue só poderá ser feito pelo
Delegado de Polícia de plantão, não restando à guarnição da PM a
obrigação da escolta ou do encaminhamento;

✔ A requisição do exame de sangue NÃO ISENTA o condutor das sanções


administrativas ou penais cabíveis, visto que a infração estará
configurada no momento da negativa em se submeter ao teste do
etilômetro e o crime estará configurado, caso o condutor apresente
visível alteração da capacidade psicomotora;

✔ Portanto, a ação do AMAT frente a situações desse tipo é


incondicionada. Ou seja, os AMAT’s não dependerão de qualquer laudo
do IML para a confecção do AIT e a tomada das medidas
administrativas elencadas no art. 165 ou 165-A do CTB.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar
✔ Caso o condutor, que tenha se recusado em se submeter ao teste do
etilômetro, por qualquer razão, resolva fazê-lo posteriormente, não
poderá o AMAT realizar o referido teste, se já houver terminado a
confecção do respectivo AIT, uma vez que a infração descrita no artigo
165-A já estará configurada e registrada, restando apenas ao AMAT a
tomada das referidas medidas administrativas e/ou penais cabíveis;

✔ Se durante a lavratura do AIT o condutor mudar de idéia e resolver


submeter-se ao teste do etilômetro, o AMAT deverá suspender o
preenchimento do Auto e realizar o teste, devendo tomar as
providências de acordo com os valores constatados;

✔ Se após o teste, restar constatado valor igual ou inferior a 0,04 Mg/L, o


preenchimento do AIT deverá ser encerrado. Resta ao AMAT a obrigação
de informar no campo “observações”, os dados referentes ao teste
realizado pelo condutor (equipamento utilizado, número do teste e valor
registrado).
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Da fiscalização do som alto dos veículos


Quando a fiscalização de possíveis alterações nos veículos estiver relacionada a
som/ruído, os AMAT’s deverão ter em mente que a infração de conduzir o veículo com
característica alterada, se prende às seguintes regras:

a) Poderá haver aumento ou diminuição da lotação do veículo, DESDE QUE passe por
inspeção e seja emitido um Certificado de Segurança Veicular (CSV), que ateste a
legalidade da alteração;
b) Poderá haver diminuição do número de bancos do veículo, DESDE QUE passe por
inspeção e seja emitido um CSV, que ateste a legalidade da alteração;
c) Poderá haver rebaixamento do veículo, DESDE QUE a altura mínima do solo seja
de 10 cm, quando submetido ao teste do esterçamento total não haja contato do
pneu com qualquer parte do veículo, passe por inspeção de segurança veicular e
seja emitido um CSV, que ateste a legalidade da alteração;
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Da fiscalização do som alto dos veículos


d) Poderá haver alteração no sistema de sinalização/iluminação do veículo,
DESDE QUE passe por inspeção e seja emitido um Certificado de Segurança
Veicular, que ateste a legalidade da alteração;
e) Somente reboques, semirreboques e caminhões poderão ser convertidos em
trios elétricos, devendo tal alteração estar descrita no campo “carroceria” do
CRLV.

O CONTRAN regulava a matéria através da Resolução 204/2006, que foi


revogada pela 624/2016. Dessa maneira, não existe mais a necessidade de o
Agente utilizar o sonômetro para a lavratura do AIT com base no artigo 228 do
CTB (usar no veículo equipamento com som em volume/frequência não
autorizados pelo Contran).
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Da fiscalização do som alto dos veículos


A partir do dia 21/10/16, ficou proibida a utilização, em veículos de qualquer
espécie, de equipamento que produza som audível pelo lado externo,
independentemente do volume ou frequência, SE ISSO PERTURBAR O
SOSSEGO PÚBLICO, nas vias terrestres abertas à circulação, independente do
veículo estar imobilizado ou em movimento, será suficiente para lavratura do
AIT, contudo, o agente deverá registrar no campo “Observação” a forma de
constatação do fato gerador da infração.

Excepcionalmente, quando o local que tenha som alto for área de atuação dos
AMAT’s de serviço, as vítimas poderão ser os próprios policiais, pois na forma do
art. 42 da LCP, a perturbação poderá ser a atividade laboral de alguém, não
havendo necessidade de encaminhar outro representante.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Da fiscalização de condutores e veículos envolvidos no transporte escolar


Considera-se Transporte Escolar:

Aquele executado conforme condições estabelecidas pelas partes, mediante


contrato formal, sem cobrança individual de tarifa;
Destinado, quando em atividade, ao transporte de estudantes da rede de
ensino público e privado, matriculados na educação infantil, fundamental,
médio e superior;
Em estabelecimentos de ensino regular e técnico, de suas residências às
escolas vice-versa;
Com horário e itinerário previamente determinado, observado a legislação
contida no Código de Trânsito Brasileiro, nas Instruções de Serviço expedidas
pelo DETRAN/ES e pela respectiva municipalidade.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Da fiscalização de condutores e veículos envolvidos


no transporte escolar

Os veículos utilizados no transporte de


escolares devem possuir e portar o Termo
de Autorização emitido pelo DETRAN,
credencial de condutor e credencial de
Acompanhante . O termo de
autorização deve estar na parte interna
do veículo.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Da fiscalização de condutores e veículos envolvidos


no transporte escolar

A validade da credencial de condutor


está condicionada a validade do
Curso de Condução de Escolares e a
validade da credencial de
acompanhante à validade da certidão
negativa cível e criminal da justiça
estadual.
Capítulo 07 – Operações de fiscalização, embriaguez ao
volante, som alto e transporte escolar

✔ Da fiscalização de condutores e veículos envolvidos


no transporte escolar

Os policiais que atuarem nesse tipo de fiscalização jamais poderão deixar


crianças ou adolescentes desamparados nas vias públicas. Diante disso, é
importante frisar que os horários mais adequados para esse tipo de
fiscalização são os de ingresso dos alunos nas escolas, pois caso haja
necessidade de aguardar outro condutor, ou de remover o veículo
inspecionado, as crianças estarão em um ambiente seguro.

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