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RESUMO
Interior design is the art of planning and executing certain renovations or constructions with
the objective of transforming the space according to the needs of those who will use it. From
this perspective, the feasibility of an interior design project in schools is essential for the
adaptation of people with Down syndrome into the environment, improving several factors
that will be addressed in this article.
This work aims to expose the design guidelines within the technical course of Interior Design
aimed at the setting of school spaces, classic a better adaptation of the same for people with
Down Syndrome. The audience of this article has been increasingly studied due to the lack of
accessibility in today's society, which unfortunately makes it difficult to adapt and treat within
the context in which they live. With that, strategic measures were brought in order to include
them in the school space and improve their learning. Such service analysis as a criterion for
the construction of an accessible space that will be planned from the color of the walls to the
level of lighting in the classroom. The expected result of this project is to provide the
necessary knowledge for the preparation of these spaces and prove that with few resources it
is possible to plan a space that is fully adapted for people with Down syndrome.
RESUMEN
INTRODUÇÃO
Acessibilidade. É o termo que vem perdendo sua essência quando estudado em paralelo
ao desenvolvimento social. Segundo a Constituição de 1988, todo cidadão possui os mesmos
direitos. Entretanto, no atual cenário brasileiro observa-se justamente o contrário, quanto à
questão da inclusão dos portadores da Síndrome de Down, nos mais variados aspectos da
vida. Contudo, campanhas e projetos estão surgindo ao longo do tempo com o objetivo de
propagar que a Síndrome de Down não é uma doença, e sim uma característica biológica
causada por uma variação genética (VARELLA,2019).
Geneticamente, a Síndrome de Down é caracterizada pela presença de três
cromossomos no par 21 em vez de dois, e por isso pode ser chamada de Trissomia do
cromossomo 21. Os portadores dessa mutação cromossômica numérica possuem algumas
limitações físicas e por isso precisam de uma maior adaptação ergonômica do ambiente, na
finalidade de promover uma maior acomodação e conforto. como também, alternativas que
equilibrem a sensibilidade à luz, dificuldade de locomoção e equilíbrio, identificação de
formas geométricas e de cheiros (ALAO et al., 2010).
Dentro da perspectiva escolar, a falta de adaptação e acessibilidade nas salas de aula
dificultam o aprendizado dos portadores da Trissomia, e consequentemente impedem que
ocorra uma maior absorção do conteúdo e até a sua inclusão no mercado de trabalho, posto
que muitos sentem-se impossibilitados de exercer alguma função trabalhista, aumentando
cada vez mais a exclusão social, o preconceito, a discriminação e a falta de portadores nas
diversas áreas sociais.
Em virtude dos expostos, este projeto de interiores visa fornecer dados e informações
relevantes, sobre a importância de reformular as salas de aula em favor dos estudantes com
síndrome de down, aumentando seu conforto e aprendizado. Foram analisadas as limitações
dos portadores e como um designer pode interferir nos projetos de interiores para que essas
limitações sejam amenizadas para eles e o aprendizado ocorrer de forma efetiva.
As cores, índice de iluminação, posicionamento das bancas, texturas 3D são exemplos
de elementos arquitetônicos que influenciam de forma direta sobre tais estudantes, e precisam
ser modificados de forma harmônica para que o ambiente não se torne desagradável para eles.
Sendo assim, foi analisada para esse artigo, uma sala de aula da Escola Técnica
Estadual Miguel Batista, onde foram encontradas diversas falhas de acessibilidade que
precisam ser resolvidas para um bom resultado desse estudo. Para tal, foram pesquisados
revestimentos, tipos de lâmpadas, cores de alto contraste para pintura das paredes e calculada
a quantidade de bancas corretas que devem existir no espaço de acordo com as normas
ergonômicas exigidas, para que assim a igualdade nos direitos expressa pela Constituição seja
cumprida.
A visão é um dos principais fatores biológicos que são afetados pela mutação do
cromossomo 21, uma maior sensibilidade à luz e dificuldade para reconhecer cores exige que
dentro das salas de aula, profissionais capacitados estejam presentes para orientá-los em
determinadas atividades. Quando nascem, passam por uma série de exames oftalmológicos
que frequentemente alegam dois principais problemas: o estrabismo (os olhos não conseguem
focar em um só ponto) e a hipermetropia (dificuldade para enxergar de perto), vale salientar
que a intensidade de manifestação desses problemas varia de criança para criança
(MOVIMENTO DOWN, 2017). No ambiente escolar, a falta de planejamento ergonômico no
interior das salas aumenta de forma considerável as consequências trazidas pelas
comorbidades anteriormente citadas. A grande incidência de luz solar e a iluminação elétrica
incorreta são condições essenciais para o ajuste do ambiente. Abaixo, definem-se:
● Luz solar: se manifesta no ambiente de forma direta e indireta, ou seja, quando
planejada se distribui de forma igualitária e controlada no interior da sala de aula, caso
contrário, incide em lugares inapropriados como quadros e bancas dificultando a
leitura do estudante.
● Iluminação elétrica: a escolha certa de uma lâmpada traz ao projeto a sensação de
conforto e diminui a liberação de calor. Quando inserida de forma não planejada,
prejudica a temperatura do espaço e transmite fadiga aos olhos.
1.2 EQUILÍBRIO
1.3 FALA
Em terceiro aspecto, a fala e a audição são fatores biológicos que devem ser
acompanhados nos portadores da síndrome de down. A hipotonia previamente citada também
atinge a musculatura da face, e traz dificuldade para a fala e para a amamentação nos
primeiros anos de vida. Com o tempo, o acompanhamento fonoaudiólogo se torna
indispensável para a melhora na fala da criança e no seu desenvolvimento social (CEONG,
2019)
Dentro da perspectiva escolar, entende-se que a fala é um importante mecanismo para
a fixação do conhecimento e interação social, sem ela o estudante passa por dificuldades
acadêmicas que deixam sua visão de futuro ainda mais complicada, visto que um dos
requisitos para entrar no mercado de trabalho é a comunicação.
Nesse cenário, é de extrema importância ressaltar a necessidade de um projeto de
acústica dentro das salas de aula para que os estudantes portadores da síndrome de down
possam se comunicar com maior facilidade e estimular suas habilidades cognitivas, já que
uma melhor distribuição do som possibilita o aumento da interpretação da fala dos mesmos, e
por vezes melhoria do processo de comunicação aluno/professor que é indispensável para
uma aprendizagem significativa.
2.2 COMPORTAMENTO
3.1 CIRCULAÇÃO
Existem algumas recomendações que devem ser seguidas antes da elaboração do projeto
de interiores, a primeira delas é a noção de espaço. Um projeto eficiente deve, antes de tudo,
mesclar circulação e funcionalidade para que os frequentadores do espaço possam exercer
suas atividades da melhor maneira possível.
A NBR 9050 recomenda que o espaço mínimo entre os mobiliários deve ser de 0.60m
para garantir a circulação de uma pessoa, e de 1.20m para duas pessoas (figura 01). Seguindo
esse viés, identifica-se a necessidade de manter essa distância entre as bancas da sala de aula
para que a mobilidade dos portadores da síndrome de down possa ser facilitada.
Figura 01: Medidas de circulação.
Fonte: https://casa.abril.com.br/ambientes/metragensminimas
3.2 INCIDÊNCIA LUMINOSA
Fonte:https://www.blog.tromilux.com/post/luminancia
3.3 TEMPERATURA
3.4 MOBILIÁRIO
Fonte: https://blog.inusual.com.br/banquetas-alturas-ideais/
3.5 PISOS E REVESTIMENTOS
Piso e/ou revestimentos é todo material responsável pelo acabamento dos planos de um
ambiente. Nesse olhar, a escolha de pisos e revestimentos adequados a cada espaço é um dos
parâmetros para a construção de dois segmentos, a segurança e a confortabilidade. Diante
disso, percebe-se a importância de um projeto de paginação paras as salas de aula que
possuam estudantes com a síndrome de down, visto que os mesmos possuem a capacidade de
locomoção reduzidas e necessitam de pisos que facilitem essa mobilidade, são eles:
● Pisos antiderrapantes: sua superfície é áspera ou rugosa, trazendo assim, maior
resistência ao escorregamento. Eles precisam ter coeficiente de atrito entre 0,4 e 0,5.
(CASA E CONSTRUÇÃO, 2019)
● Rejuntes com base cimentícia: Próprias para preencher juntas de assentamento de
revestimentos, atendendo às espessuras de juntas utilizadas (QUARTZOLIT, 2019)
Dito isso, alguns pisos apresentam de forma completa os requisitos citados acima e
podem ser usados no projeto de paginação das salas de aula:
● Piso de concreto liso: além de barato e de fácil aplicação, quando escolhido na forma
lisa, proporciona melhor estética ao ambiente, além de ser antiderrapante (CASA E
CONSTRUÇÃO, 2019)
● Piso uretano argamassado: além do ótimo coeficiente de atrito, feito de argamassa,
também é uma ótima opção de escolha, pois se trata de um piso barato e biológico.
(QUARTZOLIT,2019)
Dessa maneira, conclui-se que os pisos apresentados possuem aspectos em comum:
evitam acidentes, possuem o coeficiente de atrito adequado para o uso dentro das salas de
aulas e trazem consigo o benefício da locomoção para os estudantes com a síndrome do down.
Hoje, além do revestimento de pisos, os revestimentos das paredes contam com uma
importância indispensável para a manutenção acústica dentro dos ambientes, visto que o
determinados materiais possibilitam uma maior conservação do som nos espaços.
Nesse cenário, é de extrema importância ressaltar a necessidade de um projeto de
acústica dentro das salas de aula para que os estudantes portadores da síndrome de down
possam se comunicar com maior facilidade e estimular suas habilidades cognitivas, já que
uma melhor distribuição do som possibilita o aumento da interpretação da fala dos mesmos, e
por vezes melhoria do processo de comunicação aluno/professor que é indispensável para
uma aprendizagem significativa.
4. PROJETO TEÓRICO
4.1 PROBLEMÁTICA
Após a realização de uma análise técnica nas salas da ETEMB, identificou-se alguns pontos
que um designer de interiores pode interferir para que a eficiência do ambiente seja
aumentada a fim de proporcionar maior aprendizagem ao público alvo. São eles:
● Número excessivo de janelas: entrada desregular da luz solar, prejudicando a visão e
controle de temperatura.
● Quantidade desnecessária de bancas: o número excedente faz com que a mobilidade
seja dificultada.
● Acústica: o uso incorreto de revestimento nas paredes impossibilita uma boa
interpretação do som.
● Temperatura: o calor excessivo no interior das salas desconcentra e desacomoda os
estudantes, visto que as máquinas refrigeradoras possuem defeito e são insuficientes
para regulação da temperatura ideal.
● Cores: considerada nostálgica, a paleta de cores utilizada não estimula os sentidos de
aprendizagem e impossibilita a distribuição igualitária da luz.
● Iluminação elétrica: o posicionamento incorreto das lâmpadas gera sombras
indesejadas, e o tipo inadequado possui um índice de reprodução de cor baixo.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
DOWN, Movimento. Inclusão social dos portadores da síndrome de down. Disponível em:
http://www.movimentodown.org.br/>. Acesso em: 18 nov. 2021