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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE

CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
DISCIPLINA: TRATAMENTO DE ÁGUAS RESIDUÁRIAS
DOCENTE: HÉLIO RODRIGUES DOS SANTOS
DISCENTE: RAISSA NATHÉRCIA FERNANDES COSTA

SISTEMA DE TRATAMENTO PRELIMINAR

Natal
Junho/2021
SUMÁRIO

1. PROJEÇÃO POPULACIONAL ........................................................................... 3


2. VAZÕES DE PROJETO ........................................................................................ 4
3. CALHA PARSHALL .............................................................................................. 9
3.1. Escolha da Calha Parshall................................................................................... 9
3.2. Lâminas d’água medidas na Calha Parshall ..................................................... 9
3.3. Rebaixo Z ............................................................................................................ 10
4. GRADE .................................................................................................................. 10
4.1. Configuração das barras ................................................................................... 10
4.2. Eficiência da grade (E) ...................................................................................... 10
4.3. Área útil da grade (Au)...................................................................................... 11
4.4. Área da seção de escoamento do canal (S) ....................................................... 11
4.5. Largura do canal (b) .......................................................................................... 11
4.6. Perda de Carga (𝚫𝐇) ......................................................................................... 11
4.6.1. Grade limpa ................................................................................................... 11
4.6.2. Grade Suja ..................................................................................................... 12
4.7. Comprimento da grade (X) ............................................................................... 12
4.8. Número de barras (N) ........................................................................................ 13
5. CAIXA DE AREIA ............................................................................................... 13
5.1. Área da seção transversal de escoamento (A) ................................................. 13
5.2. Largura da caixa de areia (B) ........................................................................... 13
5.3. Velocidade na caixa de areia ............................................................................. 14
5.4. Comprimento da caixa de areia (L) ................................................................. 14
5.5. Taxa de escoamento superficial (TES) ............................................................. 14
5.6. Rebaixo da caixa de areia (H) ........................................................................... 15
6. REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO PRELIMINAR ... 16

2
TRATAMENTO PRELIMINAR – DIMENSIONAMENTO

Cidade adotada: José da Penha/RN

Horizonte de Projeto: 20 anos

1. PROJEÇÃO POPULACIONAL

Para iniciar o processo de dimensionamento é necessário saber qual será a


população da cidade no horizonte de projeto, isto é, nos anos de 2030 e 2040, sendo
necessário realizar uma projeção populacional. Para isso, consultou-se os censos dos anos
2000 e 2010 para coletar os dados de população urbana na cidade de José da Penha/RN.
De acordo com a consulta, haviam 3277 habitantes na zona urbana do município no ano
2000, enquanto que em 2010 esse número subiu para 3542 habitantes. Para o ano de 2020,
como não houve o censo, foi coletada a população total estimada neste ano de acordo com
o censo de 2010 (5946 habitantes) e multiplicou-se pela taxa de urbanização da cidade
também obtida do censo de 2010 (60,36%), de forma que a população urbana estimada
para o ano de 2020 seria de 3589 habitantes.

A projeção populacional foi feita utilizando-se quatro métodos: projeção


aritmética, projeção geométrica, taxa decrescente e crescimento logístico, os quais tem
suas formulações apresentadas por Von Sperling (2005) na imagem a seguir:

3
Com auxílio de uma planilha no Microsoft Excel, os quatro métodos foram
aplicados aos dados censitários coletados anteriormente e os resultados obtidos são
mostrados abaixo:

Projeção Populacional (hab)


Censos
Anos P. P. Taxa Crescimento
(hab)
Aritmética Geométrica Decrescente Logístico
2000 3277 3277 3277 3277 3277
2010 3542 3433 3429 3544 3542
2020 3589 3589 3589 3589 3589
2030 3745 3756 3597 3597
2040 3901 3931 3598 3598

4.000

3.800
População (hab)

3.600
Aritmético
3.400 Geométrico
Tx. Decrescente
3.200 Cresc. Logístico
Censos
3.000
1990 2000 2010 2020 2030 2040 2050
Anos

Como pode-se observar, as curvas que mais se adequam ao comportamento de


crescimento apresentado entre 2000 e 2020 são as de taxa decrescente e crescimento
logístico, isso também pode ser visto na tabela dos resultados. Portanto, a projeção
utilizada neste trabalho para o município em questão será a que foi obtida através do
método de crescimento logístico.

2. VAZÕES DE PROJETO

Para o cálculo das vazões, são necessários alguns dados, a começar pela quota per
capita (QPC) de esgoto, que será tomada como 80% da quota per capita de água. Segundo
Von Sperling (2005), cidades que possuem menos de 5000 habitantes na zona urbana,
devem ter uma QPC de água na faixa de 90-140 L/hab.dia, supondo para este trabalho
uma QPC de água de 125 L/hab.dia, a QPC de esgoto será:

4
QPC = 80% ∗ 125

𝐐𝐏𝐂 = 𝟏𝟎𝟎 𝐋/𝐡𝐚𝐛. 𝐝𝐢𝐚

Outros dados importantes são o coeficiente de retorno (R), o coeficiente do dia de


maior consumo (K1 ), o coeficiente da hora de maior consumo (K 2 ) e o coeficiente da hora
de menor consumo (K 3 ), os valores destes coeficientes adotados neste projeto são
mostrados a seguir:

Coeficientes
R 0,8
K1 ∗ K 2 3
K3 0,5

O valor adotado para K1 ∗ K 2 baseia-se no fato de que este projeto tem como foco
uma cidade bem pequena (3598 habitantes), e, para estes casos, valores de K1 ∗ K 2 em
torno de 3 se adequam melhor do que o tradicional valor de 1,8 (VON SPERLING, 2005).

Ainda é preciso saber qual a taxa de infiltração do solo, que, para este trabalho, na
condição de lençol subterrâneo abaixo das tubulações e baixa permeabilidade do solo,
será de 0,05 L/s.km (VON SPERLING, 2005). Para estimar a extensão da rede pode-se
utilizar a faixa de 1 a 3 m de rede por habitante, no presente trabalho será utilizado 2 m
de rede por habitante.

Por fim, as vazões são calculadas para o ano atual e os anos de horizonte do
projeto, para 2020 utilizamos a população urbana estimada como explicada anteriormente
e para 2030 e 2040 serão utilizadas as populações obtidas pela projeção populacional dada
pelo método de crescimento logístico:

Ano População (hab)


2020 3589
2030 3597
2040 3598

A seguir é mostrado o cálculo das vazões nos anos de interesse:

5
• Em 2020:

Vazão doméstica média = Q dméd


Pop ∗ QPC ∗ R
Q dméd = (L/s)
86400
3589 ∗ 100 ∗ 0,8
Q dméd =
86400
𝐐𝐝𝐦é𝐝 = 𝟑, 𝟑𝟐𝟑 𝐋/𝐬

Vazão de infiltração = Q inf


Q inf = Extensão de rede por hab ∗ Pop ∗ Taxa de inf (L/s)
2
Qinf = ∗ 3589 ∗ 0,05
1000
𝐐𝐢𝐧𝐟 = 𝟎, 𝟑𝟓𝟗 𝐋/𝐬

Vazão mínima = Q mín


Q mín = K 3 ∗ Q dmed
Q mín = 0,5 ∗ 3,323
𝐐𝐦í𝐧 = 𝟏, 𝟔𝟔𝟐 𝐋/𝐬

Vazão média = Q méd


Qméd = Q dméd + Q inf
Q méd = 3,323 + 0,359
𝐐𝐦é𝐝 = 𝟑, 𝟔𝟖𝟐 𝐋/𝐬

Vazão máxima = Q máx


Q máx = K1 ∗ K 2 ∗ Q dméd + Q inf
Qmáx = 3 ∗ 3,323 + 0,359
𝐐𝐦á𝐱 = 𝟏𝟎, 𝟑𝟐𝟖 𝐋/𝐬

• Em 2030:

Vazão doméstica média = Q dméd


Pop ∗ QPC ∗ R
Q dméd = (L/s)
86400
6
3597 ∗ 100 ∗ 0,8
Q dméd =
86400
𝐐𝐝𝐦é𝐝 = 𝟑, 𝟑𝟑𝟏 𝐋/𝐬

Vazão de infiltração = Q inf


Q inf = Extensão de rede por hab ∗ Pop ∗ Taxa de inf (L/s)
2
Qinf = ∗ 3597 ∗ 0,05
1000
𝐐𝐢𝐧𝐟 = 𝟎, 𝟑𝟔𝟎 𝐋/𝐬

Vazão mínima = Q mín


Q mín = K 3 ∗ Q dméd
Q mín = 0,5 ∗ 3,331
𝐐𝐦í𝐧 = 𝟏, 𝟔𝟔𝟓 𝐋/𝐬

Vazão média = Q méd


Qméd = Q dméd + Q inf
Q méd = 3,331 + 0,360
𝐐𝐦é𝐝 = 𝟑, 𝟔𝟗𝟎 𝐋/𝐬

Vazão máxima = Q máx


Q máx = K1 ∗ K 2 ∗ Q dméd + Q inf
Qmáx = 3 ∗ 3,331 + 0,360
𝐐𝐦á𝐱 = 𝟏𝟎, 𝟑𝟓𝟏 𝐋/𝐬

• Em 2040:

Vazão doméstica média = Q dméd


Pop ∗ QPC ∗ R
Q dméd = (L/s)
86400
3598 ∗ 100 ∗ 0,8
Q dméd =
86400
𝐐𝐝𝐦é𝐝 = 𝟑, 𝟑𝟑𝟏 𝐋/𝐬

7
Vazão de infiltração = Q inf
Q inf = Extensão de rede por hab ∗ Pop ∗ Taxa de inf (L/s)
2
𝑄𝑖𝑛𝑓 = ∗ 3598 ∗ 0,05
1000
𝑸𝒊𝒏𝒇 = 𝟎, 𝟑𝟔𝟎 𝑳/𝒔

Vazão mínima = Q mín


𝑄𝑚í𝑛 = 𝐾3 ∗ 𝑄𝑑𝑚é𝑑
𝑄𝑚í𝑛 = 0,5 ∗ 3,331
𝑸𝒎í𝒏 = 𝟏, 𝟔𝟔𝟔 𝑳/𝒔

Vazão média = Q méd


Qméd = Q dméd + Q inf
Q méd = 3,331 + 0,360
𝐐𝐦é𝐝 = 𝟑, 𝟔𝟗𝟏 𝐋/𝐬

Vazão máxima = Q máx


Q máx = K1 ∗ K 2 ∗ Q dméd + Q inf
Qmáx = 3 ∗ 3,331 + 0,360
𝐐𝐦á𝐱 = 𝟏𝟎, 𝟑𝟓𝟒 𝐋/𝐬

Na tabela abaixo encontra-se o resumo das vazões calculadas anteriormente, com


destaque para aquelas que serão de fato utilizadas no dimensionamento das etapas de
tratamento preliminar:

Ano 𝐐𝐦í𝐧 (L/s) 𝐐𝐦é𝐝 (L/s) 𝐐𝐦á𝐱 (L/s)


2020 1,662 3,682 10,328
2030 1,665 3,690 10,351
2040 1,666 3,691 10,354

8
3. CALHA PARSHALL
3.1. Escolha da Calha Parshall

Para a escolha da Calha Parshall precisa-se da vazão máxima e da vazão mínima


dentre todas as vazões calculadas para o período de projeto:

𝐐𝐦í𝐧 = 𝟏, 𝟔𝟔𝟐 𝐋/𝐬

𝐐𝐦á𝐱 = 𝟏𝟎, 𝟑𝟓𝟒 𝐋/𝐬

De posse destes valores, escolhe-se a Calha Parshall de acordo com a tabela a


seguir:

Portanto, a Calha Parshall adotada será de 3” (7,62 cm) de largura nominal, com
N = 1,547 e K = 0,176.

3.2. Lâminas d’água medidas na Calha Parshall


1
Q N
Q = K ∗ HN → H = ( )
K

• Lâmina mínima:
1 1
Q mín N 1,662/1000 1,547
Hmín =( ) =( )
K 0,176
𝐇𝐦í𝐧 = 𝟎, 𝟎𝟒𝟗 𝐦

9
• Lâmina média:
1 1
Q méd N 3,691/1000 1,547
Hméd =( ) =( )
K 0,176
𝐇𝐦é𝐝 = 𝟎, 𝟎𝟖𝟐 𝐦
• Lâmina máxima:
1 1
Q máx N 10,354/1000 1,547
Hmáx =( ) =( )
K 0,176
𝐇𝐦á𝐱 = 𝟎, 𝟏𝟔𝟎 𝐦

3.3. Rebaixo Z

(Q máx ∗ Hmín ) − (Q mín ∗ Hmáx) (10,354 ∗ 0,049) − (1,662 ∗ 0,160)


Z= =
Q máx − Q mín (10,354 − 1,662)

𝐙 = 𝟎, 𝟎𝟑 𝐦

4. GRADE

Como a vazão máxima prevista, Q máx = 10,354 L/s, é menor que 100 L/s, será
adotada uma grade de limpeza manual (ABNT NBR 12209, 2011).

4.1. Configuração das barras

A configuração adotada para as barras do gradeamento foi a seguinte:

𝐄𝐬𝐩𝐞𝐬𝐬𝐮𝐫𝐚 𝐝𝐚𝐬 𝐛𝐚𝐫𝐫𝐚𝐬 (𝐭) = 𝟓 𝐦𝐦

𝐄𝐬𝐩𝐚ç𝐚𝐦𝐞𝐧𝐭𝐨 𝐞𝐧𝐭𝐫𝐞 𝐛𝐚𝐫𝐫𝐚𝐬 (𝐚) = 𝟏𝟓 𝐦𝐦

4.2. Eficiência da grade (E)

a 15
E= =
a + t 15 + 5

𝐄 = 𝟎, 𝟕𝟓

10
4.3. Área útil da grade (Au)

Q máx
Q máx = Vg ∗ Au → Au =
Vg

A velocidade máxima de passagem pela grade é de 1,2 m/s (ABNT NBR 12209,
2011), mas são usuais valores entre 0,6 a 0,9 m/s para grades de limpeza manual, neste
trabalho será adotado Vg = 0,7 m/s, logo:

Qmáx (10,534/1000)
Au = =
Vg 0,7

𝐀𝐮 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟓 𝐦²

4.4. Área da seção de escoamento do canal (S)

Au Au 0,015
E= →S= =
S E 0,75

𝐒 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟎 𝐦²

4.5. Largura do canal (b)

S 0,020
S = b ∗ (Hmáx − Z) → b = =
Hmáx − Z 0,160 − 0,03

𝐛 = 𝟎, 𝟏𝟓 𝐦

4.6. Perda de Carga (𝚫𝐇)


4.6.1. Grade limpa
• Velocidade de aproximação (V0 ):

Au
Q = Vg ∗ Au = V0 ∗ S → V0 = Vg ∗ ( ) → V0 = Vg ∗ E = 0,7 ∗ 0,75
S

𝐕𝟎 = 𝟎, 𝟓𝟐𝟓 𝐦/𝐬

A velocidade de aproximação ( V0 ) deve ser no mínimo de 0,4 m/s (ABNT NBR


12209, 2011), logo, o valor calculado acima está adequado.

11
• Perda de carga (ΔHlimpa):

Vg2 − V02 0,72 − 0,525²


ΔHlimpa = 1,43 ∗ ( ) = 1,43 ∗ ( )
2∗g 2 ∗ 9,81

𝚫𝐇𝐥𝐢𝐦𝐩𝐚 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟔 𝐦

4.6.2. Grade Suja

Neste caso, considera-se a grade 50% obstruída, isto é, com a velocidade de


passagem pela grade duplicada:

2Vg2 − V02 2 ∗ 0,72 − 0,525²


ΔHsuja = 1,43 ∗ ( ) = 1,43 ∗ ( )
2∗g 2 ∗ 9,81

𝚫𝐇𝐬𝐮𝐣𝐚 = 𝟎, 𝟏𝟐𝟑 𝐦

Segundo a NBR 12209 da ABNT (2011), deve-se considerar, para grades de


limpeza manual, uma perda de carga mínima de 0,15 m, logo:

𝚫𝐇𝐬𝐮𝐣𝐚 = 𝟎, 𝟏𝟓 𝐦

4.7. Comprimento da grade (X)

hv = NQmáx + ΔHsuja + 0,10 = (Hmáx − Z) + ΔHsuja + 0,10


= (0,160 − 0,03) + 0,15 + 0,10

𝐡𝐯 = 𝟎, 𝟑𝟖 𝐦

Considerando uma inclinação da grade de θ = 45° com a horizontal:

hv hv 0,38
sen θ = →X= =
X sen θ sen 45°

𝐗 = 𝟎, 𝟒𝟓 𝐦

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4.8. Número de barras (N)

b 0,15
N= =
a + t (15 + 5)/1000

𝑵 = 𝟕, 𝟓𝟎

Espaçamento considerando 7 barras:

e7 = b − [(N ∗ t) + (N − 1) ∗ a] = 0,15 − [(7 ∗ 5/1000) + (7 − 1) ∗ 15/1000]

𝐞𝟕 = 𝟎, 𝟎𝟐𝟓 𝐦 𝐨𝐮 𝟎, 𝟎𝟏𝟐𝟓 𝐦 𝐞𝐦 𝐜𝐚𝐝𝐚 𝐥𝐚𝐝𝐨 < 𝐚 = 𝟎, 𝟎𝟏𝟓 𝐦 (𝐎𝐊!)

Logo, serão adotadas 7 barras.

5. CAIXA DE AREIA

Como a vazão máxima prevista, Q máx = 10,354 L/s, é menor que 100 L/s, será
adotada uma caixa de areia “tipo canal” com limpeza manual (ABNT NBR 12209, 2011).

5.1. Área da seção transversal de escoamento (A)

Q 𝑚á𝑥
Q 𝑚á𝑥 = V ∗ A → A =
V

A velocidade desenvolvida na caixa de areia deve estar entre 0,25 a 0,40 m/s
(ABNT NBR 12209, 2011), neste trabalho será adotado V = 0,30 m/s, logo:

(10,354/1000)
A=
0,3

𝐀 = 𝟎, 𝟎𝟑𝟓 𝐦²

5.2. Largura da caixa de areia (B)

A 0,035
A = B ∗ (Hmáx − Z) → B = =
Hmáx − Z 0,160 − 0,03

𝐁 = 𝟎, 𝟐𝟔 𝐦

13
5.3. Velocidade na caixa de areia

𝑄 𝑄
𝑄 =𝑉∗𝐴→𝑉 = →𝑉=
𝐴 B ∗ (H − Z)

• Velocidade mínima:

Qmín (1,662/1000)
Vmín = =
B ∗ (Hmín − Z) 0,26 ∗ (0,049 − 0,03)

𝐕𝐦í𝐧 = 𝟎, 𝟑𝟎 𝐦/𝐬

• Velocidade média:

Qméd (3,691/1000)
Vméd = =
B ∗ (Hméd − Z) 0,26 ∗ (0,082 − 0,03)

𝐕𝐦í𝐧 = 𝟎, 𝟐𝟔 𝐦/𝐬

• Velocidade máxima:

Qmáx (10,354/1000)
Vmáx = =
B ∗ (Hmáx − Z) 0,26 ∗ (0,160 − 0,03)

𝐕𝐦í𝐧 = 𝟎, 𝟑𝟎 𝐦/𝐬

De acordo com a NBR 12209 da ABNT (2011), a velocidade de escoamento na


caixa de areia deve estar entre 0,25 a 0,40 m/s, pode-se observar que todas as vazões
calculadas acima estão adequadas.

5.4. Comprimento da caixa de areia (L)

L = 25 ∗ (Hmáx − Z) = 25 ∗ (0,160 − 0,03)

𝐋 = 𝟑, 𝟑𝟏 𝐦

5.5. Taxa de escoamento superficial (TES)

Q máx Q máx (10,354/1000) ∗ 86400


TES = → TES = =
As B∗L 0,26 ∗ 3,31

14
𝐓𝐄𝐒 = 𝟏𝟎𝟑𝟕 𝐦³/𝐦²/𝐝𝐢𝐚

A taxa de escoamento superficial na caixa de areia na ausência de decantador


primário deve ser de no máximo 1000 m³/m²/dia (ABNT NBR 12209, 2011), logo, optou-
se por aumentar o comprimento da caixa de areia para L = 3,50 m, de forma a adequar o
valor de TES:

Q máx Q máx (10,354/1000) ∗ 86400


TES = → TES = =
As B∗L 0,26 ∗ 3,50

𝐓𝐄𝐒 = 𝟗𝟖𝟎 𝐦³/𝐦²/𝐝𝐢𝐚

5.6. Rebaixo da caixa de areia (H)

Vareia−dia = Q méd ∗ TAA

A taxa de acumulação de areia (TAA) na caixa de areia se encontra entre 30 a 40


L de areia/1000 m³, neste trabalho será adotado TAA = 35 L/1000 m³, logo:

3,691 35
Vareia−dia = ( ) ∗ 86400 ∗
1000 1000

𝐕𝐚𝐫𝐞𝐢𝐚−𝐝𝐢𝐚 = 𝟏𝟏, 𝟏𝟔 𝐋/𝐝𝐢𝐚

Supondo que a remoção da areia, ou seja, a limpeza da caixa de areia, seja feita
uma vez por semana:

Vareia−acum = 7 ∗ Vareia−dia = 7 ∗ 11,16

𝐕𝐚𝐫𝐞𝐢𝐚−𝐚𝐜𝐮𝐦 = 𝟕𝟖, 𝟏𝟒 𝐋 = 𝟎, 𝟎𝟕𝟖 𝒎³

Vareia−acum 0,078
Vareia−acum = L ∗ B ∗ H → H = =
L∗B 3,5 ∗ 0,26

𝐇 = 𝟎, 𝟎𝟗 𝐦

A NBR 12209 da ABNT (2011) prescreve que a profundidade mínima do espaço


para acumulação da areia deve ser de 0,20 cm, portanto:

𝐇 = 𝟎, 𝟐𝟎 𝐦

15
6. REPRESENTAÇÃO DO SISTEMA DE TRATAMENTO PRELIMINAR

12.5 mm 15 mm

5 mm

45 cm

15 cm
GRADE PAREDE DO CANAL

0.45 m Hmáx =0.160 m


? Hmáx=0.15 m NQmáx
NQmáx
45° Ymáx

Ymín 0.03 m Hmín=0.049 m


0.20 m
3.50 m

CAIXA DE AREIA

CALHA
GRADE PARSHALL
0.26 m
0.15 m
0.26 m 76.20 mm

CAIXA DE AREIA

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