Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Tópico 1
Tópico 1
O plexo cervical.
Formado pela junção dos ramos ventrais dos nervos espinhais cervicais de
C1 a C4, este plexo é responsável pela inervação sensitiva da parte ântero-lateral
do pescoço e parte do escalpo, além de auxiliar na movimentação dos mm. infra-
hióideos e m. diafragma e também de parte da inervação sensitiva das 3 lâminas
serosas.
Ramos cutâneos ou sensitivos com origem de C2; C2 e C3 ou C3-C4.
Todos têm origem da parte média da face posterior do m. esternocleidomastóideo
(ponto nervoso do pescoço):
1. N. occipital menor (C2): trajeto ascendente e posterior para a parte
posterior do escalpo, atrás do pavilhão auricular.
2. N. auricular magno (C2-C3): se dirige superiormente para dar ramos
terminais a frente do pavilhão auditivo (junto a face anterior da gl. parótida) e
posterior a ele, até o processo mastóideo.
3. N. cervical transverso (C2-C3): tem direção horizontal para a pele do
trígono anterior do pescoço até a linha mediana.
4. Nn. supra-claviculares (C3-C4): direção ínfero-lateral sobre a pele da
parte inferior do pescoço e clavícula (ramos laterais, intermédios e laterais).
Ramos motores e mistos (C3-C5):
1. Alça cervical: tem origem dos ramos ventrais de C1 (raiz superior) e de C2
e C3 (raiz inferior). Estas duas raízes se unem junto à face anterior da bainha
carótica e emitem ramos para os mm. infra-hióideos. O ramo ventral de C1
apresenta um trajeto inicial junto com fibras do nervo hipoglosso (XII), constituindo
a alça do hipoglosso. Depois se destacam desta alça fibras para os mm.
tireohióideo e geniohióideo.
2. N. frênico (C3-C5): nervo misto que é responsável pela inervação motora
do m. diafragma e sensitiva de parte das 3 lâminas serosas.
AULA III – ANATOMIA DO PESCOÇO: VÍSCERAS
Tópico 1
Laringe
Constituída por cartilagens, membranas, ligamentos e músculos, é um
órgão tubular situado no plano mediano e anterior do pescoço, inferiormente ao
osso hióide, que, além de via aerífera, é o órgão da fonação, ou seja, da produção
do som. Coloca-se anteriormente à faringe e é continuada diretamente pela
traquéia. Situa-se na altura das vértebras cervicais inferiores (C3 a C6) e
comunica-se superiormente com a laringofaringe (ádito à laringe) e inferiormente
com a traquéia. Funciona também como um esfíncter por ocasião da deglutição.
Cartilagens:
Pares: aritenóides (2), corniculadas (2) e cuneiformes (2).
Ímpares: epiglote, tireóide e cricóide.
Pode apresentar ainda (inconstante), a ou as cartilagens tritíceas
(localizadas no interior dos ligamentos tireo-hióideos laterais).
Ligamentos e membranas:
Membrana tíreo-hióidea: é perfurada lateralmente pelo ramos interno do n.
laríngeo superior e pelos vasos laríngeos superiores. Sua parte mediana é
espessa e constitui o ligamento tíreo-hióideo mediano. Também lateralmente é
espessa, formando os 2 ligamentos tíreo-hióideos laterais, onde podem, na sua
margem posterior, ser encontradas as cartilagens tritíceas. Esta membrana
também é considerada uma sindesmose.
Ligamento cricotireóideo: se estende do arco da cricóide até a tireóide e
com os processos vocais das aritenóides.
Ligamentos da epiglote: presa ao osso hióide (ligamento hio-epiglótico), ao
dorso da língua (prega glosso-epiglótica mediana), à face lateral (prega glosso-
epiglótica lateral) e à cartilagem tireóide (ligamento tíreo-epiglótico).
Tópico 2
Cavidade da laringe:
A cavidade laríngea pode ser dividida em 3 regiões ou segmentos: o
vestíbulo, os ventrículos e a cavidade infra-glótica. No epitélio dessas 3 regiões há
muitas glândulas mucosas.
Vestíbulo da laringe: se estende do orifício de entrada da laringe, o ádito à
laringe, até 2 dobras, direita e esquerda, de direção sagital, as pregas vestibulares
(= cordas vocais falsas), constituídas pelos ligamentos vestibulares revestidos
pela mucosa.
Os ventrículos da laringe: segmento médio localizado entre as pregas
vestibulares e pregas vocais de cada lado. Se comunicam por meio da porção
mediana da cavidade laríngea, denominada de glote (região entre as rimas
vestibular e vocal). Estas 2 cavidades permitem movimentos livres das pregas
vocais. Contém glândulas mistas que lubrificam as cordas vocais.
Cavidade infra-glótica: segmento inferior que se estende da rima da glote,
ou abaixo das pregas vocais até a margem inferior da cricóide (ou até a traquéia
com a qual se continua).
Tópico 3
Faringe
Conduto muscular ímpar e mediano e comum ao sistema respiratório e
digestório, situado posteriormente às cavidades nasal, oral e laríngea. Se estende
da base do crânio até o nível da sexta vértebra cervical, onde se continua com o
esôfago, terminando na margem inferior da cartilagem cricóide da laringe.
Divisão:
É dividida em 3 segmentos: partes nasal, oral (bucal) e laríngea.
1) Nasofaringe: É superior e comunica-se com a cavidade nasal pelas
coanas. O limite entre as partes nasal e oral considera-se um plano horizontal que
corresponde ao véu palatino (palato mole), ou seja, o seu limite inferior. Comunica-
se com a orofaringe pelo istmo faríngeo, limitado pelo palato mole, arcos
palatofaríngeos e parede posterior da faringe. Está fechado por ação muscular
durante a deglutição. As coanas são a junção entre a cavidade nasal e a
nasofaringe.
Teto e parede posterior. Tonsila faríngea ou nasofaríngea: está junto à
membrana mucosa da parede posterior. Parede lateral: cada uma delas apresenta
um óstio faríngeo da tuba auditiva, canal cartilagíneo e ósseo que comunica a
orelha média (cavidade timpânica) com a nasofaringe. A abertura da tuba auditiva
está limitada acima e posteriormente pela elevação dela, o tórus tubal, produzida
pela cartilagem da tuba. Pregas da membrana mucosa descem a partir da
elevação para o palato (prega salpingopalatina) e para o lado da parede lateral da
faringe (prega salpingofaríngea). Uma outra prega, o tórus do levantador (m.
levantador do véu palatino) desce em direção ao palato mole.
Recesso faríngeo: cavidade faríngea atrás da elevação da tuba. Apresenta
aí a tonsila tubal ou tubárica.
2) Orofaringe (bucofaringe): média, comunica-se anteriormente com a
cavidade bucal propriamente dita por uma abertura denominada istmo das fauces,
istmo da garganta ou istmo orofaríngico. Este por sua vez, é limitado
superiormente pelo palato mole, lateralmente pelos arcos palatoglossos e
inferiormente pela raiz da língua. Esta região apresenta um anel linfático
composto: a) pela tonsila faríngea (acima); b) pelas tonsilas palatinas
(lateralmente); pela tonsila lingual (inferiormente); pelas tonsilas tubáricas (acima)
e e) pelas tonsilas laríngeas (inferiormente), além de pequenos e numerosos
linfonodos da mucosa faríngea e palatina. Este anel linfático desempenha
importante função de defesa do organismo. São tecidos que funcionam como
barreira à disseminação de infecções. Se estende da margem inferior do palato
mole até a margem superior da cartilagem epiglote, correspondendo às vértebras
C2 e C3.
A parede posterior da orofaringe se relaciona com C2 e C3; as paredes
laterais com os arcos palatoglossos e palatofaríngeos, produzidos pelos
respectivos músculos. O recesso entre eles é denominado de fossa tonsilar, que
aloja de cada lado, a tonsila palatina ou amígdala. Imediatamente após a
puberdade, estas tonsilas dão início a uma involução
3) Laringofaringe: se estende da margem superior da epiglote até a
margem inferior da cricóide, continuando-se inferiormente com o esôfago. Se abre
anteriormente por meio do ádito da laringe ou à laringe, com o início da cavidade
laríngea. Posteriormente se relaciona com as vértebras C4 à C6. O recesso
piriforme situa-se lateralmente a cada lado do ádito à laringe.
Tópico 4
Trígonos do pescoço