Quatro Animais Estranhos
Segunda visão
1. Seção Histórica
A
té aqui já passamos por toda a seção
histórica, já caminhamos com Daniel para
babilônia no cativeiro, o sonho de
Nabucodonosor, a fornalha de fogo ardente, a
loucura do rei por sete anos, já vimos a queda de
babilônia, e na semana passada nós estudamos
sobre Daniel na cova dos leões, e como Deus o
livrou de forma miraculosa.
Agora a Ascensão ou seção profética de Daniel
começa no cap. 7 até o cap. 12, o ultimo capitulo
de Daniel. No cap. 7 está registrada a segunda visão
que Daniel teve. A primeira aconteceu no capitulo
2, quando Deus deu a ele a interpretação do sonho
de Nabucodonosor da estátua de 4 metais, e aqui
no cap. 7 vamos estudar a segunda visão.
2. Data da Visão
Daniel 7:1 “No primeiro ano de Belsazar, rei de
babilônia, teve Daniel um sonho e visões da sua cabeça
quando estava na sua cama; escreveu logo o sonho, e
relatou a suma das coisas”.
Perceba que voltamos no tempo. No último
estudo, vimos Daniel na cova dos leões, e a
experiência com o Rei Dario, que era Rei da Medo-
Pérsia. Mas agora no cap. 7 nós voltamos ao tempo
de Belsazar. Isso quer dizer que as visões do cap. 7
aconteceram depois da loucura de Nabucodonosor
no cap. 4, e antes da queda de Babilônia que foi o
cap. 5, então esse sonho de Daniel aconteceu ainda
quando Babilônia dominava, e ainda quando
Belsazar reinava. Então no tempo de Belsazar,
assim que Nabonido (seu pai) viaja para Tema, e ele
assume a co-regência, que acontece a visão do cap.
7.
3.
Então hoje, voltamos ao período de Babilônia, e
agora Daniel tem uma segunda visão:
Daniel 7:2,3 “Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando na
minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu
agitavam o mar grande. E quatro animais grandes,
diferentes uns dos outros, subiam do mar”
E ele continua a descrição:
Daniel 7:4-7 LEIA EM SUA BÍBLIA
Em seu sonho, Daniel viu quatro animais, grandes
e diferentes uns dos outros, que subiam do Grande
Mar, o qual era agitado pelos quatro ventos do céu.
Mas o que é “vento” em profecia?
4. Simbolismos
Ao estudarmos as profecias de Daniel e Apocalipse,
temos de entender que estas estão mescladas com
simbolismos.
O primeiro que aparece aqui são ventos:
Veja o que o profeta Jeremias disse:
Jeremias 49:36 “E trarei sobre Elão os quatro ventos dos
quatro cantos dos céus, e os espalharei na direção de
todos estes ventos; e não haverá nação aonde não
cheguem os fugitivos de Elão”.
,
Quando aparecem em uma visão simbólica, ventos
indicam movimentos diplomáticos, bélicos,
políticos que movem a história da humanidade.
Nesta visão foi dito que os ventos do céu agitavam
o grande mar.
E o que representa “mar” em profecia?
Vamos ver o que diz Apocalipse:
Apocalipse 17:15 “E disse-me: As águas que viste, onde
se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e
nações, e línguas”.
Perceba então que a profecia quando fala de mar,
cita um local densamente povoado, e quando a
profecia falar de terra, ela fala de um local deserto,
com escassez de pessoas.
Então a ação divina agitou as nações, e no agito dos
impérios, surgiram quatro animais.
5. Simbologia da visão
Aqueles grandes animais representam reis ou
reinos. Descobrimos que essa visão de Daniel está
em íntimo paralelo com o sonho de
Nabucodonosor. Uma visão amplia a outra. Os
mesmos impérios representados pelos metais da
estátua são agora apresentados nas figuras de
quatro animais:
• No capítulo 2 a estátua possuía uma cabeça de
ouro que era símbolo de babilônia, agora no
 capitulo 7, babilônia é representado por um
leão alado.
• No capítulo 2 a prata do peito da estátua
representava a Medo-Pérsia e no capitulo 7
aparece um urso com 3 costelas na boca.
• No capítulo 2 o bronze do quadril da estátua
representava a Grécia e no capitulo 7 a Grécia
será representada por um leopardo com
quatro cabeças e quatro asas.
• No capítulo 2 as pernas e pés da estátua eram
de ferro e representavam Roma, e no capitulo
7 é representada por um animal terrível e
espantoso. Daniel não soube classifica-lo na
zoologia e este animal tinha 10 chifres.
6. Os quatro animais explicados
O Leão - Babilônia
Babilônia dominou o mundo de 605 a 539 a.C. A
Medo-Pérsia a derrotou em 13 de outubro de 539.
As asas que foram arrancadas desse leão e ele
posto em pé como homem, faz alusão ao rei
Nabucodonosor, que se tornou como um animal
por sete anos. A glória de babilônia foi tirada, mas
depois ele foi colocado novamente sobre os dois
pés com mente de homem. O capitulo 7 de Daniel
faz uma alusão ao incidente de Nabucodonosor,
que por sete anos pastou como animal, até o trono
ser entregue a ele novamente. Achados
arqueológicos indicam que o leão era símbolo de
babilônia, e por todas as partes, haviam leões
pintados em ladrilhos falando da grandeza deste
império. O leão alado é muito bem um símbolo de
babilônia.
O urso – Média e Pérsia
O urso representa a medo-pérsia, que venceu a
babilônia em 539, e dominou o mundo até 331 a.C.
Este animal levantou-se sobre um dos seus lados,
pois quando ocorreu a queda de Babilônia os
Medos eram superiores aos Persas no poder,
situação que posteriormente foi invertida. As três
costelas na boca do urso representam as três
principais conquistas da Medo-Pérsia no processo
de estabelecer sua hegemonia mundial. São elas:
Lídia (547a.C.), Babilônia (539a.C.) e o Egito
(525a.C.). Muitas moedas persas do século IV a.C.
foram encontradas e nelas estão estampadas as
vitórias do rei Persa sobre um leão feroz
(Babilônia).
Leopardo - Grécia
Agora aparece um leopardo, que tem 4 cabeças e
4 asas e que representa a Grécia. A Grécia dominou
o mundo do ano 331a.C. quando venceu a Medo-
Pérsia até o ano 168a.C. quando a Grécia perde o
poder para Roma. As quatro asas do leopardo, que
já é um animal veloz, falam de uma super
velocidade, com que Alexandre conquistou o
mundo. Pois em um período apenas de 13 anos,
Alexandre que havia se tornado Rei com 20 anos,
consegue conquistar o mundo inteiro e morre aos
33 anos de idade. Por isso a história o conhece
como Alexandre, “O Grande”. As quatro cabeças
representam os quatro generais que dominaram o
império grego após a morte de Alexandre:
Cassandro, Lisímaco, Ptolomeu e Seleuco.
Animal terrível e espantoso - Roma
Agora chegamos então ao quarto animal, chamado
por Daniel, de terrível e espantoso. Pois ele não foi
classificado na zoologia. Mas este animal assim
como nas pernas de ferro da estátua do capítulo 2,
representa Roma. Roma venceu os gregos no ano
168 a.C. na batalha de Pídma, a partir daí, começou
o império férreo, dos Césares, e Roma dominou o
mundo até 476 d.C. ou seja, Jesus, nasceu e morreu
sob a jurisdição do Império Romano. Este animal
era diferente, e ele possuía 10 chifres.
7. Esquadrinhando os 10 chifres
E o que representam esses 10 chifres?
Isaac Newton, em seu livro “Observações sobre as
profecias de Daniel e Apocalipse”, pág. 56, conclui
que os 10 chifres deste quarto animal,
representam 10 tribos bárbaras, que finalmente
destronariam o império romano e viriam a se
tornar a Europa:
Álamos (352) Alemanha Visigodos (408) Espanha
Francos (352) França Saxões (449) Inglaterra
Burgúndios (406) Suíça Ostrogodos (453)
Extintos
Vândalos (406) Extintos Lombardos (453) Itália
Suevos (406) Portugal Hérulos (476) Extintos
Estes são os 10, e quando nós buscamos mais
historiadores, nós vemos mais uma profunda
relação com alguma discrepância. Enquanto
Newton fala no reino de Ravena, a maioria dos
historiadores falam nos Hérulos; enquanto ele fala
nos Hunos, outros historiadores falam nos
Ostrogodos. O certo é que os 10 chifres desse
animal que representa Roma, representam as 10
tribos bárbaras, vindas da Germânia, que
finalmente destronaram Roma.
Buscando mais na história secular, descobrimos
que justamente foi isso que aconteceu. Edward
Gibbon, que é um dos historiadores mais bem
quistos e afamados da atualidade, já do século
XVIII, escreveu em sua obra “O declínio e a queda
do império romano”, que Roma não perdeu seu
poder para nenhum outro reino, mas Roma foi
minada em suas bases, por tribos bárbaras,
representada pelos 10 chifres do animal terrível e
espantoso e outrora representado pelos 10 dedos
da estátua.
E quando Rômulo Augusto o último Imperador
Romano cai, e cai Roma ocidental, quem assume o
controle do mundo são estas 10 tribos bárbaras,
que agora começam a dominar.
8. O chifre pequeno
Mas a visão de Daniel não parou por aí:
Daniel 7:8 “Estando eu a considerar os chifres, eis que,
entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual
três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que
neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma
boca que falava grandes coisas”.
Daniel 7:11 “Então estive olhando, por causa da voz das
grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando
até que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito, e
entregue para ser queimado pelo fogo”.
Daniel viu em visão o quarto animal sair de cena,
viu que quando os 10 chifres que ele possuía (as 10
tribos bárbaras), estivessem governando, um
chifre pequeno surgiria entre os 10, e arrancaria 3
chifres.
9. Esquadrinhando o chifre pequeno
Quem é esse chifre pequeno da profecia?
Em nosso próximo estudo, iremos dedicar nossa
hora de estudo somente para estudar o chifre
pequeno. Este, que surge do império romano, tem
uma ação de insolência, contra Deus, e surge no
cenário mundial atacando a Deus, à Lei de Deus e
aos filhos de Deus. E vamos descobrir de que esse
chifre pequeno, que se levantou após os 10 reinos,
ainda vive em nossos dias, ainda existe em pleno
século XXI. E segundo a profecia de Ap. 13, ele vai
levar o mundo a uma ação de adoração a um falso
deus, e nós haveremos de enfrentar o maior
conflito da história humana, onde haverá um
tempo de angústia, tal qual nunca houve desde que
há nação sobre a terra, como profetizado pelo
próprio profeta Daniel. Esse tempo de angustia
ainda não chegou, e segundo as profecias ele
chegará quando esse poder se assentar.
10. Daniel não entendeu
Deus está conduzindo a história e Daniel já havia
recebido uma revelação que falava dos 4 impérios
mundiais que se assentariam. E veja que Daniel não
entendeu o que estava acontecendo:
Daniel 7:15,16 “Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi
abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça
me perturbaram. Cheguei-me a um dos que estavam
perto, e pedi-lhe a verdade acerca de tudo isto. E ele me
disse, e fez-me saber a interpretação das coisas”.
E então, um anjo começou a interpretar a ele tudo
o que ele precisava saber.
Daniel 7:24-28 LEIA EM SUA BÍBLIA
O profeta não entendeu tudo o que viu em visão,
ele não chegou a essa compreensão que hoje nós
temos, pois, o anjo o mandou selar o livro até o
tempo do fim. Nós hoje estamos vivendo o tempo
do fim. Os anos de 1798 e 1844 indicam o início do
tempo do fim, e por isso nós entendemos essas
profecias.
No próximo estudo veremos com detalhes a
continuação, e por hora, assim como Deus controla
as histórias das nações, Ele deseja controlar a nossa
vida. O mesmo cuidado que Deus teve com Daniel,
de revelar a ele tudo o que ele precisava saber, Ele
nos revela hoje igualmente o que ainda está por vir.
PRÓXIMO ESTUDO:
CAPÍTULO 7 (CONTINUAÇÃO)
O CHIFRE PEQUENO E O ATAQUE A LEI DE DEUS
NÃO PERCA!