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Introdução

  A física atual está muito ligada aos computadores. Muitas das pesquisas

atuais utilizam simulações computacionais como ferramenta no

desenvolvimento de novas teorias. Essas novas teorias por sua vez são

publicadas na internet, melhorando de forma significativa a divulgação

científica. A área do ensino também se beneficia com as diversas

possibilidades das máquinas computacionais. Dada a importância dessa

tecnologia para a ciência, é importante sabermos como ela surgiu, como ela se

desenvolveu e de que

maneira ela influencia nossa sociedade.

Saúde informática é a junção das revoluções digital e genética com a saúde,

com o objetivo de reduzir as ineficiências na prestação de cuidados de saúde,

melhorar o acesso, reduzir custos, aumentar a qualidade, e tornar a medicina

mais personalizada e precisa. Saúde digital foi descrita pelo cardiologista Eric

Topol como o conjunto de tecnologias digitais, redes sociais, conectividade

móvel e banda larga, o aumento do poder de computação e do universo de

dados convergentes com sensores sem fio, genómica e sistemas de

informação de saúde para destruir desconstruir criativamente a medicina como

a conhecemos.

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Gerações dos Computadores

A necessidade de um dispositivo capaz de solucionar problemas surgiu há

aproximadamente 7000 anos. Com a expansão do comércio, tornou-se

necessário um aparelho que realizasse cálculos rapidamente e de maneira

confiável. O Ábaco (figura 1) foi o equipamento desenvolvido para suprir tal

necessidade.

Figura 1
         O Ábaco mostrou-se uma ferramenta muito interessante para realizar

somas e subtrações, porém a necessidade de realizar outras operações tais

como multiplicação e divisão fez com que novos dispositivos fossem

desenvolvidos.

            No século XVII, as pesquisas do matemático John Napier sobre

logaritmos resultaram em um dispositivo conhecido por “ossos de Napier”

(Figura 2). Esse dispositivo era capaz de realizar multiplicações de números

grandes.

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Figura 2
            Em 1642, o matemático Blaise Pascal, com 20 anos, projetou uma

máquina que é considerada a primeira calculadora mecânica: a Máquina de

Pascal (Figura 3).

         A máquina de Pascal era capaz de realizar somas e subtrações utilizando

um sistema de engrenagens. Usuários mais avançados conseguiam realizar

multiplicações e divisões realizando cálculos sucessivos, porém, era um

método bastante trabalhoso.

Figura 3
          Alguns anos mais tarde, Gottfried Leibnitz conseguiu projetar um

dispositivo capaz de realizar multiplicação e divisão, além da usual adição e

subtração, de maneira mais simples.

       Até então, os “computadores” apenas realizavam operações pré-

determinadas, não sendo possível modificar a máquina para realizar novas

funções. Então, a indústria de tecelagem surge para inserir o conceito de

programação de computadores nessa história.

          Em uma fábrica de tecidos, o costureiro Joseph Jacquard visando uma

maneira de facilitar o processo de criação de diferentes padrões de tecelagem,

desenvolve uma máquina na qual o usuário poderia programar a máquina para

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costurar diferentes desenhos para os tecidos. Bastava que um cartão

perfurado, que continha a informação do padrão desejado, fosse inserido no

dispositivo. Uma ideia revolucionária, que foi nomeada de Tear programável

(Figura 4).

Figura 4
          Embora o Tear programável de Jacquard tenha sido revolucionário, ele

não foi tão inovador quanto a máquina das diferenças de Charles Babbage,

que trazia tantas novidades que com a tecnologia da época (1822)

simplesmente não era possível de ser construída.

           A máquina das diferenças de Babbage era capaz de realizar diversas

operações. Alguns anos mais tarde, Charles Babbage aperfeiçoou o projeto e

projetou o chamado engenho analítico (Figura 5) que podia ser programado de

várias maneiras através dos cartões perfurados, além de imprimir os dados de

saída em papel. Aqui destaca-se o papel de Ada Byron.

Figura 5
          Ada Byron se interessou profundamente nos projetos de Charles

Babbage, e junto com ele, produziu diversos textos nos quais citava aplicações

da máquina analítica. As vários textos produzidos por Ada Byron a


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consagraram como primeira programadora do mundo. Juntos, Charles

Babbage e Ada Byron criaram as bases para a computação atual.

         Com o desenvolvimento da teoria booleana e o aperfeiçoamento da

eletrônica, os computadores foram evoluindo cada vez mais. Outro grande fator

que impulsionou o desenvolvimento da computação foi a guerra. Devido à

necessidade de decodificação de mensagens, diversos dispositivos foram

desenvolvidos.

          Nesse período destaca-se o Mark 1. O Mark 1 (Figura 6) foi desenvolvido

em Harvard e foi utilizado pela marinha americana durante a guerra para

realizar cálculos e para auxiliar na navegação. Essa máquina possuía 17

metros de comprimento e pesava 5 toneladas. Era capaz de realizar as 4

operações, além de funções logarítmicas e trigonométricas. Porém demorava

alguns segundos para realizar uma operação.

Figura 6
          Os chamados computadores da primeira geração surgiram a partir do

momento em que as máquinas passaram a utilizar válvulas eletrônicas. O

maior deles foi o ENIAC (Figura 7). Este computador era utilizado para cálculos

balísticos pelo exército dos EUA durante a segunda guerra mundial. Pesava 30

toneladas e ocupava uma área de 180 m2. Realizava 5000 operações por

segundo.

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Figura 7
           Na segunda geração de computadores, as válvulas tornaram-se

obsoletas. As novas máquinas utilizavam transístores, o que reduziu

consideravelmente o tamanho do hardware. O destaque dessa geração é o

IBM 7030 (Figura 8), que realizava 1 milhão de operações por segundo.

Figura 8
           A terceira geração de computadores possui como característica principal

o uso de circuitos integrados, o desenvolvimento das primeiras linguagens de

programação e o barateamento da tecnologia.

          A quarta geração (geração atual) de computadores é a geração dos

computadores pessoais. Com o aperfeiçoamento dos circuitos integrados,

surgiram os primeiros microprocessadores, capazes de realizar bilhões de

operações por segundo. O desenvolvimento do Apple 1 (Figura 9) e do Mac por

Steve Wozniak e Steve Jobs deram origem ao termo computador pessoal. Bill

Gates ajudou a difundir o conceito criando o Windows, após se “inspirar” nas

ideias de Jobs. A internet foi outra criação revolucionária nesse meio.

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Figura 9
         A partir daí, diversos dispositivos derivados dos computadores, tais como

smartphones e tablets, e mais recentemente, smartwatchs foram surgindo e

tomando conta de nosso cotidiano.

           É evidente que a sociedade atual não seria a mesma sem essa

tecnologia. A sociedade moldou os computadores e agora, de certa forma, ele

molda a sociedade. Qual o futuro dessa história?

A saúde e o computador

O fundo de capital de investimento em saúde Rock Health explica ainda que a


saúde digital engloba tanto a Saúde 2.0 (B2C) como as Tecnologias de
[1]
Informação nos cuidados de saúde (B2B).

Um exemplo de uma empresa de saúde digital é a Azoi, que em Março de 2014


anunciou o seu primeiro produto Wello - uma capa de iPhone com circuitos e
sensores encrustados que é capaz de controlar uma variedade de sinais vitais,
como a pressão arterial, frequência cardíaca, nível de oxigénio no sangue,
temperatura do corpo, electrocardiograma[2] and lung function.[3]

O investimento em startups de saúde digital atingiu 1,97 bilhões dólares em


2013, um crescimento de 39 por cento a partir de 2012. [4] A Comissão Europeia
estima que até 2017 o sector de saúde digital represente 99 mil milhões de
euros de poupança ao sistemas de saúde dos países membros da União
Europeia.

Elementos

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Enquanto a Revolução Digital é caracterizada pela "produção em massa e uso
generalizado de circuitos lógicos digitais e suas tecnologias derivadas,
incluindo o computador, telemóvel e máquina de fax", os elementos-chave da
saúde digital são largamente enumeradas pelo Dr. Dr. Eric Topol no seu livro
"The Creative Destruction of Medicine: How the Digital Revolution Will Create
Better Health Care".[5] De acordo com Topol, há vários elementos de super-
convergência que compõem a saúde digital. O infográfico à direita mostra os
crescentes benefícios da saúde digital e baseia-se nos conceitos do Dr. Topol.

Os elementos essenciais da revolução da saúde digital incluem dispositivos


sem fios, sensores de hardware e tecnologias de software sensorial,
microprocessadores e circuitos integrados, a Internet, redes sociais, redes
móveis /telefones móveis e redes de área corporal, Saúde de TI (tecnologias
de informação de saúde), genómica e informação genética pessoal.

Genómica e Genética

De acordo com J. Craig Venter, os seres humanos são basicamente


dispositivos de software orientado a ADN e não existe qualquer diferença entre
o código digital e código genético.[7] O código digital é um código binário:.. 0, 1
O código genético é um código que assenta em quatro bases: A, C, G, T [8]
"podemos converter os dois, assim como digitalizar o homem, como Topol
descreve em termos latos."[8]

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Conclusões

Enquanto a Revolução Digital é caracterizada pela "produção em massa e uso


generalizado de circuitos lógicos digitais e suas tecnologias derivadas,
incluindo o computador, telemóvel e máquina de fax", os elementos-chave da
saúde digital são largamente enumeradas pelo Dr. Dr. Eric Topol no seu livro
"The Creative Destruction of Medicine: How the Digital Revolution Will Create
Better Health Care".[5] De acordo com Topol, há vários elementos de super-
convergência que compõem a saúde digital. O infográfico à direita mostra os
crescentes benefícios da saúde digital e baseia-se nos conceitos do Dr. Topol.

2-A Saúde informática é a junção das revoluções digital e genética com a


saúde, com o objetivo de reduzir as ineficiências na prestação de cuidados de
saúde, melhorar o acesso, reduzir custos, aumentar a qualidade, e tornar a
medicina mais personalizada e precisa.

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Referências Bibliográficas:

[1] BROOKSHEAR, J. Glenn. Ciência da computação: Uma visão abrangente. 7. ed.


Porto Alegre: Bookman Companhia Editora, 2005.

[2] TECMUNDO. A história dos computadores e da computação. Disponível em:


<http://www.tecmundo.com.br/tecnologia-da-informacao/1697-a-historia-dos-
computadores-e-da-computacao.htm>. Acesso em: 29 fev. 2016.

[3] INFOESCOLA. Evolução dos computadores. Disponível em:


<http://www.infoescola.com/informatica/evolucao-dos-computadores/>. Acesso em: 29
fev. 2016.

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