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1. A festa
Festejar é uma necessidade para o ser humano, por várias razões. Para festejar precisamos de
nos encontrar uns com os outros, de conviver. Porque a vida consiste em "viver com", no
intercâmbio de palavras, de gestos, de dons, em ambiente de descontração, de paz. Essa
vertente social é absolutamente constitutiva da festa, embora esta compreenda refeições
melhoradas e diversas manifestações artísticas, meios que muito contribuem para a comunhão
entre os que festejam. A festa é necessária pelo que nela se festeja: acontecimentos e datas
determinantes para a vida do indivíduo e/ou grupo humano em que está integrado. A história
de cada pessoa, família, terra ou nação está cheia desses acontecimentos, que, pela sua
densidade, vão muito para além dos momentos em que se realizaram. Revivê-Ios, se se trata
de acontecimentos passados, ou simplesmente vivê-los com intensidade na altura em que
sucedem, é reconhecer-lhes a sua importância, guardá-los para sempre na memória e nos
hábitos da vida.
Numa festa comunitária entram, como elementos constitutivos, a palavra e o rito. A junção do
relato com os gestos contribui para que o acontecimento celebrado seja revivido, de tal modo
que ele se torne presente e seja participado pelos que o celebram.
2. O Pai-Nosso em festa
Em todas as festas cristãs tem de estar presente o Deus da vida, a quem por isso invocamos
como "Pai". E chamamos-lhe "nosso", porque a vida que nos dá é, por natureza, vida
partilhada e, portanto, comum a todos aqueles que, pela fé, a Ele se entregam. Se o
acontecimento celebrado já une aqueles que o celebram, o Deus que está na sua origem, que
o provocou, que nele se revelou, é quem faz do grupo daqueles que nele creem um povo, uma
Igreja constituída por uma comunhão indestrutível entre os seus membros. E por isso é Ele
quem faz festa connosco. Intervém nela através dos santos que festejamos, recordando
acontecimentos e palavras das suas vidas em que mais se manifestou a ação salvífica de Deus
e que fizeram deles modelos de santidade para todos os crentes. Intervém, de um modo
especial, através do Seu Filho Jesus Cristo, o Mediador único da salvação nos sucessivos
acontecimentos da vida humana que assumiu entre nós e que marcam o ritmo do ano
litúrgico. Intervém, acima de tudo, no memorial da sua morte e ressurreição, celebrado em
cada Eucaristia que, em qualquer festa cristã, deve ocupar o lugar central.
Intervém também através daqueles que Ele consagrou, de modo particular pelo sacramento da
Ordem, para serem mediadores privilegiados dos seus dons salvíficos. Intervém através de
toda a comunidade crente, o corpo de Cristo na terra. Intervém pela sua Palavra que, em dias
de festa, é proclamada com redobrada solenidade; e pela oração e os cânticos expressivos da
fé que vai no coração de cada crente e os une na sintonia das mesmas palavras e da mesma
melodia. Intervém pelos gestos e ritos, animados pelas palavras e aspetos constitutivos da vida
humana, para lhes dar aquela dimensão ilimitada que só Ele pode dar. Assim, Ele faz festa
connosco e, pela vida que nessas festas nos dá, fá-lo como pai, o "nosso Pai", a quem rezamos
ou cantamos o "Pai-Nosso".
Se a Igreja é constituída pela comunhão dos filhos de Deus, não pode viver sem aquela oração
que o seu Fundador, Jesus Cristo, lhe deixou para ser a sua oração, a que melhor exprime a
identidade cristã de cada um dos seus membros e, por esse meio, mais contribui para a sua
união vital numa única família. De facto, é também pela Oração Dominical que nos tornamos
cristãos, filhos de Deus e membros da Igreja. Vejamos o lugar que ela ocupa nos Sacramentos
da Iniciação Cristã.
No Batismo dos adultos, o Pai-Nosso é-lhes solenemente entregue umas semanas ou dias
antes de serem batizados, para o rezarem em comunhão com toda a Igreja, na celebração em
que, batizados e crismados, se tornam filhos do mesmo Deus, pelo Espírito Santo que dele
recebem. No Batismo das crianças ele é recitado pelos seus pais, padrinhos e outros familiares,
juntamente com toda a assembleia cristã que as acolhe. E "na liturgia eucarística, a oração do
Senhor aparece como a oração de toda a Igreja" (CIC 2770).
Daí o lugar que esta oração deve ter no crescimento da fé e a necessidade de que esta entrega
seja feita na comunidade reunida. Assim a receção do "Pai-Nosso" será uma autêntica festa,
celebrada com um Deus que é Pai e que faz festa com todos os seus filhos.
OBJETIVOS
MATERIAIS
MÚSICAS
- Recebestes um Espírito;
- Pai-Nosso que estais nos Céus (Carlos Silva) ou Jesus Cristo é Senhor;
- Jesus, eu amo-Te;
NOTA - Pode solenizar-se o cortejo de apresentação dos dons, com a participação de algumas
crianças e pais. Escolher também um pai e uma mãe para fazerem a admonição que precede a
primeira leitura e a própria leitura.
I. RITOS INICIAIS
1. Cântico de entrada
2. Saudação e acolhimento
Hoje estamos aqui reunidos e somos muito mais do que dois ou três. Saúdo com muita alegria
os pais e outros familiares presentes, assim como toda a comunidade reunida para acolher
estas crianças e suas famílias.
Presidente (ou um catequista): Todos juntos somos a família de Deus. Como se chama esta
família? (...) A Igreja de Cristo. Todos rezamos a Deus como nosso Pai, e, por isso, somos todos
irmãos e irmãs. Estes familiares e amigos estão aqui especialmente por causa das meninas e
meninos que este ano completaram o 2° ano de catequese. Hoje queremos todos fazer festa
convosco. Como se chama esta festa? (...)A Festa do Pai-Nosso, porque durante este ano
aprendestes a entender a oração mais bonita que temos. E todos nós queremos rezá-Ia
convosco. Então preparemo-nos melhor para fazermos festa, com Jesus que nos chamou e a
quem cada um respondeu: "Estou aqui".
Presidente: Para sermos mais amigos de Jesus e mais amigos uns dos outros, peçamos perdão
pelas nossas maldades, pelos nossos pecados.
3. Glória
Admonição:
Pai/Mãe:
Já conhecemos as palavras de uma carta de S. Paulo que nos falam do nosso Batismo.
Irmãos:
Palavra do Senhor.
2. Salmo responsorial
Recebestes um Espírito
Palavra de Salvação.
Todos: Glória a Vós, Senhor.
4. Homilia
Sugestões, sobretudo para o caso de terem sido feitas as leituras bíblícas propostas atrás:
Recordar que começaram a aprender a rezar o Pai-Nosso com um pedido feito a Jesus:
"Senhor, ensina-nos a rezar". Podem repetir: "Senhor, ensina-nos a rezar".
Aprenderam também, uma por uma as frases do Pai-Nosso que foram explicadas para ficarem
a entendê-las melhor. Cada um pode pensar qual é a frase de que gosta mais e pode-se
estimular as crianças para que algumas digam a frase em que pensaram e por que razão a
preferem.
5. Profissão de Fé Credo
Às preces propostas para o dia litúrgico, juntam-se mais duas, adaptando a sua formulação à
das preces feitas antes:
- Pelas crianças que vão receber o Pai-Nosso, para que o rezem todos os dias e, confiando-se
assim a Deus nosso Pai, cresçam na fé e no amor.
- Pelos pais e familiares destes meninos, para que sejam para eles modelos de fé e de oração e
os levem a reconhecer como Deus nos ama.
1. Cântico do ofertório
2. Oração Eucarística
1. Pai-Nosso
2. Cântico da Comunhão
Jesus, eu amo-te
4. Entrega do Pai-Nosso
O Presidente diz: "Recebei o Pai-Nosso, a oração que Jesus nos ensinou. Rezai-a todos os dias
para serdes bons filhos de Deus."
O catequista que acompanhou as crianças durante o ano chama cada criança pelo seu nome.
As crianças aproximam-se acompanhadas pelos pais.
5. Cântico final