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Ada Stewart - AMANDO EM SILENCIO
Ada Stewart - AMANDO EM SILENCIO
Ada Stewart - AMANDO EM SILENCIO
Amando em Silêncio
Ada Stewart
Resumem : Jamie Conley queria saber quem era seus verdadeiros pais. Por isso
começou a fazer perguntas que sua mãe adotiva, Lexi, não podia responder. Perguntas que
sua irmã não lhe permitia responder. O menino se distraiu temporalmente quando Lexi
“raptou” a seu ídolo, o campeão de rodeios Jake Thorn. Ela necessitava ao Jake para
dirigir o rancho, mas só até que seu pai se recuperasse de sua operação. Jamie, é obvio,
esperava que ficasse para sempre.
O que Lexi não podia explicar-se é que Jake era o último homem que queria ter
perto ... e o único homem ao que habia amado ...
Capítulo 1
Deveria ter ido com ele em vez de haver ficado no rancho, suportando intermináveis
horas de espera e de preocupação. Mas ele não o permitiria. Havia-lhe dito que seria melhor
que ficasse em casa, melhor que estivesse aí para fazer o jantar quando chegasse Jamie do
colégio.
Mas a verdadeira razão tinha sido que seu pai não queria que ouvisse o diagnóstico do
médico. Não queria que se preocupasse nem que tampouco lhe obrigasse a fazer o que os
médicos lhe mandassem.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 2
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Lexi pensou que ao melhor essa vez era diferente. Ao melhor essa vez faziam ficar.
Inclusive nesse momento seu pai poderia estar convexo em uma cama do hospital
esperando a que lhe operassem pela manhã. Oxalá fora assim.
-Jamie, o jantar está preparado! -gritou do vestíbulo-. Não tem sentido esperar ao avô.
Poderemos começar sem ele. Jamie?
Lexi esperou ouvir o som de passos no piso de acima, mas não foi assim. Percorreu o
corredor e se deteve o chegar à porta fechada do que tinha sido uma vez um despacho, e se
tinha convertido no dormitório de seu pai doente. Frank Conley sempre tinha sido a rocha
de sua vida, sólido e eterno. E nesse momento estava muito fraco para subir as escadas a
seu antigo dormitório.
antes de que o coração começasse a lhe falhar, ela nunca se deteve a pensar que algum
dia algo lhe passaria. Mas ultimamente, Lexi não pensava em outra coisa. Em menos de um
ano, os ombros largos que uma vez tinham podido suportar o peso do mundo, encurvaram-
se. A voz forte capaz de ordenar e consolar com igual facilidade, voltava-se ofegante ao
mais mínimo esforço.
Seu pai estava debilitando-se pouco a pouco, e sua própria cabezonería era o que mais
rapidamente lhe estava matando. A dor se voltou ressentimento, logo fúria, e Lexi deu uma
patada ao marco da porta.
-Maldito Frank Conley -sussurrou com um nó na garganta . O que tem que nós? O que
faremos sem ti? pensaste nisso?
Olhou as marcas que tinha feito no marco da porta com a bota e suspirou.
-por que não posso te dizer isto quando está aqui? -disse em voz alta, partindo devagar
para os pés da escada.
Lexi fechou os olhos. Então, girando-se, ficou diante de outra porta fechada. A
habitação dos convidados, ou a habitação do Jake como quase todos a chamavam,
converteu-se com os anos em uma espécie de quarto trastero.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 3
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Jake... Inclusive com o passo dos anos, Lexi não podia entrar na habitação sem sentir
um tombo no estômago. Endireitando-se, girou o pomo e entrou. Dentro, seu filho de dez
anos estava jogado de barriga para baixo na velha cama dobro, com as botas blusões
agitando-se no ar enquanto passava as páginas velhas e muito manuseadas de um álbum de
recortes.
Jamie a olhou com seus olhos cor avelã. Seu espesso cabelo castanho estava talhado a
capas exceto por uma mecha que lhe chegava do centro da nuca até os ombros. Um cenho
pensativo enrugava sua frente enquanto girava o álbum para que ela pudesse vê-lo.
-Sim -disse ela com o orgulho antigo e familiar-. Quando Jake estava na flor da vida,
era um dos melhores.
O álbum era dela, criado com a efusividad do culto a um herói quando não tinha sido
maior que Jamie.
-Crie que voltará alguma vez, mamãe? -perguntou Jamie sentando-se-. Estou seguro de
que eu adoraria conhecê-lo. Crie que gosta dos meninos?
Sim, acredito que se. Eu devia ter uns dois anos quando o pai do Jake deveu trabalhar a
nossa granja e sua mãe trabalhava como nossa cozinheira.
Lexi assentiu e sorriu de novo, perguntando-se o que pensaria Jake se soubesse alguma
vez que se converteu em uma lenda nessa casa.
-Isso. Jake devia ter quase treze anos quando chegaram. Estava acostumado a me cuidar
algumas vezes depois do colégio... Quando eu estava em primeiro, foi Jake quem me
ensinou a montar em bicicleta sem ruedecitas laterais. Eu estava louca por ele -suspirou-.
Logo mamãe e papai se divorciaram e eu passei um ano em Miami com mamãe. Quando
Ada Stewart – Amando em Silêncio 4
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-voltei aqui para viver com papai, Jake se dedicava aos rodeios e não o víamos durante
temporadas muito largas.
-Quanto passou antes de que Jake ganhasse seu primeiro campeonato? Que anos tinha
você?
-Eu era um pouco maior que você, mas pouco depois de seu triunfo, feriu-se e voltou
para recuperar-se.
-Não, isso foi depois de que comprasse a velha casa dos Johnson aqui ao lado,
esperando que seus pais se retirassem e vivessem ali. O ano seguinte, Jake estava a ponto
de obter o quarto título quando...
de repente se calou, sem querer reviver o horrível acidente que esteve a ponto de lhe
custar a vida.
-Quando esse touro lhe investiu? -continuou Jamie com entusiasmo infantil pelo
macabro. Lexi o olhou com dureza.
-Jamie...
-Sim -disse ela agüentando-a risada--. Mas não deveria estar tão contente.
Mas isso foi o que aconteceu. E foi então quando Jake se casou com a tia Dolores?
-Quando saiu do hospital, Jake veio aqui a recuperar-se. Então Dolores viajou de
Califórnia para meus dezesseis aniversários, e três meses mais tarde ela e Jake estavam
casados. Suponho que ela devia ter crescido muito da última vez que ele a tinha visto.
-E um mês mais ou menos depois das bodas, o pai do Jake se retirou e se foi com sua
mulher a Florida
-Quando esse touro lhe investiu? -continuou Jamie com entusiasmo infantil pelo
macabro. Lexi o olhou com dureza.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 5
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-Jamie...
-Fui-dijo ela agüentando-a risada--. Mas não deveria estar tão contente.
Mas isso foi o que aconteceu. E foi então quando Jake se casou com a tia Dolores?
-Quando saiu do hospital, Jake veio aqui a recuperar-se. Então Dolores viajou de
Califórnia para meus dezesseis aniversários, e três meses mais tarde ela e Jake estavam
casados. Suponho que ela devia ter crescido muito da última vez que ele a tinha visto.
-E um mês mais ou menos depois das bodas, o pai do Jake se retirou e se foi com sua
mulher a Florida
-Bom, basicamente sim --admitiu sentindo-se culpado ao momento . Mas acredito que
ao melhor os pais do Jake só queriam lhe dar a ele e a sua mulher uma oportunidade de
estar sozinhos –corrigiu tentando ser generosa-. Todos os recém casados necessitam um
tempo para ajustar-se. Você tia Dolores se esforçou muito ao princípio. Mas nunca tinha
aprendido a cozinhar, e nunca tinha tido que ocupar-se de uma casa, e passado um tempo,
começou a sentir falta da emoção de fazer filmes em Califórnia.
-Sei, coração, e a mim também. E a sua tia Dolores quando era mais jovem, mas quando
cresceu, preferiu a grande cidade. Por isso a vemos tão pouco.
Tentando não mostrar as emoções que estavam lhe retorcendo o coração, Lexi
continuou.
-Isso não significa que não nos queira. Sei que lhe importamos muito. Mas
normalmente está muito ocupada.
O se encolheu de ombros.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 6
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-Não me importa. Não a necessitamos. E não nunca irei a grande cidade -disse Jamie
com ênfase . vou ser um vaqueiro de rodeios, igual a Jake.
Normalmente, Lexi tivesse saído em defesa de sua irmã, mas estava muito
surpreendida pela última frase do Jamie. Além de sua breve ambição de ser bombeiro, só
tinha falado de converter-se em granjeiro, como seu avô. Ela não sabia por que sua última
preferência devia incomodá-la, exceto lhe parecia de algum modo uma traição a seu avô
em um momento em que era muito vulnerável.
-Hoje Ontem?
Dando-se conta de que sua reação era exagerada, Lexi respirou profundamente e se
forçou a acalmar-se.
-Já sabe que Jake trabalhou em seu próprio rancho desde que era um adolescente. E
quando seu pai se retirou, fez-se capataz aqui e dirigia de uma vez este rancho e o seu. Ele e
seu avô trabalharam ombro com ombro durante os três anos que Jake e Dolores estiveram
casados.
-E o que?
Lexi não sabia que dizer. Não estava acostumada a esse desafio nos olhos de seu filho.
E não queria que o menino trocasse sua lealdade de seu avô ao Jake... não nesse momento.
Então, com uma profunda intuição feminina recordou sua própria dor, frustração e a
traição que havia sentido quando tinha pensado em que seu pai estava morrendo e
deixando-a só com um rancho e com um menino. E pensou nas largas horas que Jamie
tinha passado ultimamente na habitação do Jake, olhando os álbuns com uma nova
intensidade.
Oxalá pudesse te dizer que não há nada que temer. Oxalá pudesse te prometer que ele
ficará bem. Mas não posso, porque não sei.
-É seu coração. Não sei muito mais. Talvez saberemos mais quando voltar do hospital...
Oxalá não fora tão cabezota. Não quer ingressar no hospital, e não há muito que possam
fazer os médicos se não o fizer
-vai morrer?
-Espero que não. Mas não está fazendo o que lhe dizem os médicos, e terá que fazê-lo
se quer ficar bem.
-Se Jake voltasse e fora de novo o capataz, o avô poderia entrar no hospital e ficar bem.
-O avô disse o que? -exigiu Lexi, sem obter resposta . me Responda, hombrecito
-disse muito séria-. O que disse seu avô?
-Ouvi-lhe falar por telefone com alguém. Estava perguntando se podiam lhe ajudar a
encontrar ao Jake. Disse que lhe necessitava desesperadamente.
-Não sei --murmurou Jamie baixando a cabeça- . Você me chamou e tive que deixar
de escutar.
-Deveria te dar vergonha, James Franklin Conley. Hei-te dito que não se devem
escutar as conversações de outras pessoas. Agora tem a idéia equivocada de que Jake
Thorn vai dever salvar a situação, e isso não vai passar.
-OH, Jamie, carinho, não conte com isso. Este rancho é o último lugar da terra onde
Jake quereria estar. partiu daqui faz onze anos, e não tornou após. Não tenho idéia de
onde está, e tampouco seu avô, e é muito difícil encontrar a um homem que não quer ser
encontrado.
-Suponho que sua tia Dolores foi parte disso -admitiu Lexi-. Mas o mundo do Jake
se fez pedacinhos. Há muitos lembranças aqui.
-Não conte com isso, de acordo? -disse Lexi ficando de pé-. O jantar se está esfriando.
por que não guarda essas coisas e vem à cozinha?
-Sim, mamãe.
Levantando-se, Jamie começou a recolher os álbuns. Com a cabeça inclinada, era a pura
imagem da decepção.
Ao Lexi lhe partiu o coração, sabendo que ela tinha causado sua dor. abrandou-se e
falou com um pouco de ânimo.
-É obvio, Jake ainda é o dono da granja vizinha. Talvez vem algum dia, embora só seja
de visita.
A ansiedade apareceu nos olhos do menino. -Crie-o a sério? -Poderia ser. Nunca se sabe.
Por muito que odiasse pensar nisso, Lexi teve que estar de acordo.
E quanto a ela, não sabia como se sentiria se Jake retornasse. Era algo no que não se
permitiu pensar durante muito tempo. De menina, tinha-o adorado. De mulher, tinha-o
amado. E o dia depois de que ele tivesse feito realidade seus sonhos, Jake se tinha partido
sem uma palavra.
Lexi tinha passado anos tratando de superá-lo, anos aceitando que nunca voltaria a vê-
lo, e quando seu coração finalmente tinha cicatrizado, tinha guardado suas lembranças e
tinha fechado a porta. Estivesse onde estivesse Jake, lhe desejava o melhor, mas ele estava
fora de sua vida, e assim seguiriam as coisas.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 9
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Lexi recolheu a mesa da cozinha e enviou ao Jamie a fazer seus deveres. Estava
esfregando os pratos quando ouviu abri-la porta. Saiu correndo da cozinha a tempo de ver
entrar em seu pai e ao trabalhador do rancho que lhe tinha levado.
-Pode me preparar uma bebida se quer-disse o avô com a voz ofegante que assinalava
seu cansaço.
Lexi o ignorou. O doutor lhe tinha proibido estritamente o uísque e quão puros eram o
ritual noturno de seu avô. E Frank só o pedia nesse momento para incomodá-la.
-Parece-te bem que enquanto Manuel esteja aqui lhe levemos a cama? -sugeriu Lexi.
-Não -Frank se sentou, apoiou a cabeça no respaldo e suspirou, olhando com dureza a
sua filha-. Temos que falar -dirigiu-se ao Manuel-. Obrigado, Manuel. Já pode ir.
Apesar de suas maneiras resmungões, os homens que trabalhavam para lhe eram
tremendamente leais, e Lexi se sentia agradecida de saber que sua lealdade também se
estendia a ela.
-Será melhor que se sente -disse Frank, quando ficou a sós com sua filha.
Ela sentiu que lhe tremiam as pernas enquanto se sentava na cadeira frente a ele. Sentiu
vontades de chorar. Queria que seu pai estivesse são e fora capitalista como tinha sido
antes, e sabia que os médicos não lhe haviam dito nada bom. Tinha-o sabido assim que
tinha visto seu pai com os ombros afundados e a mandíbula apertada.
-Solta-o -disse ela com o tom valente que sabia que ele estava esperando.
Lexi soltou a respiração que tinha estado agüentando e fechou os olhos um momento
para dar as obrigado em silêncio. Seu pai ia viver.
-Bom, tenho duas opções. Posso ficar aqui sentado como um inválido e seguir vivendo
até que finalmente me desabe e me mora de aborrecimento.
-Não. De fato possivelmente me ponha pior, até que um dia, meu coração se renda.
-Minha outra opção é me operar. Com a cirurgia possivelmente fique como novo. A
maioria das pessoas sobrevivem. E as oportunidades de que eu também o faça são muito
grandes. Embora é obvio, ao melhor não. Não me podem garantir isso. O doutor diz que a
decisão é minha.
Lexi tragou saliva. Não sabia por que seu pai estava vacilando. O Frank Conley que ela
sempre tinha conhecido não tivesse vivido um minuto mais como inválido se houvesse
outra alternativa, inclusive embora significasse arriscar-se. O fato de que seu pai não
estivesse nesse momento no hospital esperando a ser operado significava que havia algo
mais que ela não sabia.
-Bom, papai, isso não é problema. Tem um capataz que leva aqui três anos. E sabe que
eu posso me ocupar da contabilidade e as papeladas disse Lexi.
me assegurar de que este rancho vai estar bem. Por seu futuro e pelo do Jamie. Tenho que
estar seguro, Lexi. Entende-o?
Lexi começou a assentir com a cabeça e então se deu conta de que na verdade não tinha
idéia de que estava dizendo seu pai. Parecia que queria operar-se e logo estava dizendo
todas as razões pelas que não podia.
-Sinto muito, papai. Mas não o entendo. Não entendo qual é o problema. Eu posso me
ocupar do rancho.
-Então qual é o problema? Porque para te dizer a verdade, estou confundida. Pode te
operar e eu me ocuparei do rancho. Quando estiver melhor, voltará a te encarregar você.
Não me parece tão complicado.
O que seu pai dizia não tinha sentido. Jake não voltaria. Em onze anos não tinha
enviado nenhuma postal.
Sou um velho doente. me dê esse capricho. -OH, papai... falaste com o Jake? Está ele de
acordo?
-Não. Mas sei onde está. Ao menos sei onde estará amanhã de noite.
O olhou diretamente a seus olhos marrons como se queria chegar a sua alma.
Voltando-se, Lexi começou a partir. Mas deu só dois passos antes de ver o Jamie junto
à porta, escutando.
-por que não, mamãe? - perguntou o menino com ansiedade em seu olhar enquanto
corria para ela-. Viria. Se pudesse ajudar ao avô, sabe que Jake viria.
Sentindo-se apanhada, Lexi se voltou para olhá-lo. Tinha as mãos fechadas em punhos.
Olhou suplicante a seu pai. Jamie só era um menino. Não sabia o que estava pedindo.
Mas Frank Conley sim.
-Viria. Jake quis vir a muito tempo tempo. Mas não sabe.
-Papai -rogou-lhe Lexi-. Sabia o que estava fazendo quando partiu. Se tivesse querido
voltar, teria encontrado uma desculpa muito antes.
Não me operarei menos que Jake esteja aqui para ocupar do rancho, Alexandra. Ficarei
sentado nesta cadeira e morrerei esperando se tiver que fazê-lo. Assim pode ir pedir lhe que
se ocupe do rancho agora ou pode lhe convidar a meu funeral mais adiante. Você escolhe.
Nunca te menti.
-Não -disse Lexi abraçando a seu filho-. Não, Jamie. Isto é algo que tenho que fazer
sozinha.
Capítulo 2
-te relaxe -murmurou-. O que é quão pior pode passar? Tudo o que pode fazer quer
dizer que não.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 13
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esfregou-se as Palmas suarentas contra sua saia vaqueira. O coração lhe pulsava com
força, e deixou de pretender que o que temia era uma negativa. Ver o Jake de novo era o
que lhe dava medo.
Viu um grupo de jeans e se dirigiu para eles. Estava ali para encontrar ao Jake Thorn, e
tinha que começar por algum sítio.
-Perdoe.
Todos os homens se voltaram para ela, refletindo em seus rostos prazenteira surpresa
pela inesperada interrupção, e Lexi começou a relaxar-se. Inclusive conseguiu sorrir.
O vaqueiro cujo ombro tinha golpeado, um jovem com uma cicatriz na bochecha, tirou-
se o chapéu e lhe devolveu o sorriso com entusiasmo.
-Sim, ao menos isso espero. Estou procurando o Jake Thorn. Hão-me dito que estaria
aqui esta noite.
-Poderia olhar ao outro lado do arena -disse-lhe um dos homens mais maiores.
era ali, e a última coisa que quereria fazer era procurar o Jake Thorn, mas o encontraria,
com ou sem ajuda. Então, forçou-se a endireitar os ombros e levantar o queixo, e começou
a caminhar na direção que os homens lhe haviam dito. Embora acreditasse que Jake não
estaria ali, não passaria nada por olhar.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 14
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- Né, senhorita, se virmos o Jake quer que lhe digamos quem lhe está procurando?
-gritou-lhe um dos homens.
Sabendo que se Jake sabia que ela estava ali, nunca conseguiria aproximar-se dele, Lexi
se voltou e forçou um sorriso.
- Não será necessário. Mas obrigado de todos os modos. Darei uma volta até que lhe
encontre.
girou-se e continuou seu caminho. E enquanto procurava entre todos os jeans que
passavam, ao outro lado do arena viu uma bonita moça loira que parecia muito jovem para
recordar os dias de glória do Jake Thorn. Mas talvez tinha ouvido falar dele.
-Obrigado. Sim, é-o -disse a jovem acariciando o nariz do animal com orgulho- .
Tenho-o desde ano passado.
O genuíno interesse do Lexi pelos cavalos lhe fez esquecer sua busca, embora fora por
um momento.
Que tal é?
O cavalo relinchou e levantou a cabeça, como se soubesse que estavam falando dele.
Lexi não pôde evitar rir.
-Bom, desejo-te boa sorte. Como te chama? Esta noite tentarei verte.
Não ---disse Lexi recordando de repente o que devia fazer-. Estou aqui procurando um
velho amigo. Ao melhor o conhece. chama-se Jake Thorn.
-Sim, está por aqui. Poderia tentar lhe buscar nas caravanas -disse a garota calando-se
de repente e avermelhando-. Conhece... muito ao Jake?
Ao Lexi faltou muito pouco para dizer um palavrão. O rubor da jovem e seu repentino
silêncio, disse-lhe claramente o que o grupo de homens também lhe tinha indicado.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 15
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Estivesse onde estivesse Jake, estava com uma mulher. OH, não! Isso já era bastante
terrível sem ter que tirar o Jake da cama de alguma mulher só para falar com ele.
-Não se preocupe --disse cansada, sentindo um ciúmes repentinos que não tinha
nenhum dere
cho a sentir-. Não sou uma antiga noiva dela, nenhuma nova noiva nem nada parecido.
Sou uma amiga, ponto.
-OH, bem -a jovem suspirou aliviada-. Bom, nesse caso, talvez está na caravana do
Louanne Byers. Ultimamente se têm feito muito... amigos... já sabe ao que me refiro. Não
pode te confundir. Leva o nome pintado no flanco com grandes letras moradas.
-Muito obrigado. foste que muita ajuda -disse Lexi retrocedendo e com mais
informação da que teria desejado.
Com o estômago revolto se dirigiu para as caravanas, passando junto aos jeans e seus
cavalos que se treinavam.
Lexi se cambaleou como uma boneca de trapo, e ele a agarrou dos ombros para sujeitá-
la.
Ela assentiu, e com os olhos entrecerrados viu um rosto que lhe era vagamente familiar.
Lexi assentiu de novo e se soltou de suas mãos. Aaron. Esse era seu nome, e ele tinha
ido ao rancho um fim de semana com o Jake.
-Sou Lexi. a filha do Frank Conley. Você veio a nosso rancho para jantar um domingo
com o Jake Thorn.
-E fiquei até na terça-feira -disse Aaron rendo-se ao recordar-. Lembro-me. Mas você
foi uma menina.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 16
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Aos quatorze anos, tinha estado locamente apaixonada pelo Jake. Esse mesmo ano,
tinha cometido o engano de confessar-lhe O vergonhoso intento do Jake de defraudá-la
facilmente era uma lembrança que ainda lhe doía.
-Bom, já é toda uma mulher -disse Aaron - . vieste com seu pai?
-Não, não veio, mas me pediu que procurasse o Jake por ele.
-Ia buscá-lo quando choquei contigo --disse ela decidida a continuar e terminar de uma
vez- . Hão-me dito que poderia lhe encontrar na caravana do Louanne Byers. Não saberá
por acaso onde está estacionada, verdade?
-O velho Jake vai estar muito surpreso ao verte. Vêem comigo, rapariga -disse
agarrando-a do braço e girando--. Eu te levarei.
-Onze anos.
-Ah, do divórcio.
Isso.
-Dolores Davies repetiu Aaron pensativo-. Sim, acredito que ouvi falar dela. É loira,
verdade? Fez um papel em uma série de televisão faz uns anos? Saía quase sempre em
biquíni.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 17
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-Então ela é a ex do Jake, né? O mundo é pequeno, verdade? A quem lhe está
amargurando a vida agora Dolores?
Levantando o punho, Aaron golpeou a porta da caravana branca com as letras moradas.
Depois de um momento, abriu-se a porta e apareceu uma mulher com um complicado
penteado em seus cachos castanhos e camisa e malhas brancas muito ajustadas.
Lexi fechou os olhos e contou até dez enquanto os joelhos começaram a lhe tremer e o
coração lhe acelerou incontrolado.
-Bom, não sou eu o que te busca --respondeu Aaron pondo um braço nos ombros do
Lexi e fazendo-a aparecer- . É esta damita.
-Quem dia... ? -sua voz se desvaneceu e seu rosto registrou incredulidade-. Lexi!
Jake?
Seus olhos se encontraram, e o coração lhe disse que era Jake, embora o homem ao que
estava olhando poderia ser qualquer.
Estava vestido com a roupa larga e andrajosa de um palhaço de rodeio, seu rosto
escondido depois da pintura branca, e só seus olhos e sua voz lhe disseram que estava
realmente em presença do James Jackson Thorn.
-Não será melhor que vá já para o arena, Louanne? -sugeriu Aaron com total falta de
tato.
-Tudo vai bem, Louanne -Jake fez um gesto de despedida com a mão sem deixar de
olhar ao Lexi-. Pode ir.
Meu nome é Alexandra Conlcy -disse Lexi subindo os três degraus até o interior e
estendendo tranqüilamente a mão-. Meu pai, Frank Conley é o dono do rancho vizinho ao
do Jake.
-Acredito que isso é algo entre o Lexi e eu -disse Jake, levantando do tamborete onde
tinha estado sentado com potes de maquiagem na barra diante dele.
Mas, Jake...
-Vete -disse Jake em tom amável que não admitia discussões-. vais chegar tarde, e isto
não tem nada que ver contigo. Fecharei a porta quando me partir.
-Espero que não te importe que lhe tenha ensinado o caminho ao Lexi -disse Aaron
desde fora-. Alguém já lhe havia dito onde estava. -Logo falaremos, amigo.
Sonriendo, Aaron piscou os olhos o olho ao Lexi. --Espero que esta visita seja
importante. Sei o
-Adeus, Aaron -disse Jake sem tão bom humor olhando à porta até que se fechou, e
então, voltou-se para o Lexi-. Importa-te se terminar de me preparar? Tenho que trabalhar
dentro de um momento.
-Não, nada.
-Estava por acaso nesta zona? -perguntou Jake, tornando-se pintura negra em cada
sobrancelha. -Não.
- Não.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 19
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Bom, realmente eu gostaria de ter tempo para falar contigo -disse abrindo outro pote-.
Mas por desgraça não o tenho. Pilhaste-me em uma noite de muito trabalho.
-O há dito a ela?
Jake estendeu os braços para indicar seu aspecto. Silenciando as milhares de perguntas
que tinha, Lexi lhe olhou maravilhada.
-Não sei. Algumas costure não trocam --Lexi se fixou em seus olhos, os mesmos tons
verdes e faiscantes.
Ao Lexi deu um tombo o coração pelo inesperado calor e a tom sensual. preparou-se
para enfrentar-se à ira que saberia provocaria sua visita. Mas não se preparou para a
possibilidade de que surgissem outras emoções.
-Esperarei-te fora.
Nenhum homem tinha direito a estar tão sexy... especialmente com esse disfarce.
Dentro, Jake se atou os cordões das sapatilhas de esporte que usava para trabalhar.
passou-se uma mão pelo cabelo enquanto se com a outra se dava uma massagem no nó que
lhe estava formando no estômago. Não podia acreditar que ela estivesse aí.
Lexi Conley... Tinha tido dezenove anos tenros e trementes a última vez que ele a tinha
visto, tão doce e tentadoramente maravilhosa que quase lhe rompia o coração olhá-la. Com
seu corpo de menina e sardenta inocência, tinha devotado salvação a sua alma faminta, e
ele tinha fugido dela.
Seu cabelo negro, liso e comprido, brilhava radiante. Seus olhos, um marrom exótico e
quente. olhavam à distância, como se estivesse perdida em seus pensamentos. E seu lábio
inferior... Não, não podia pensar em seus lábios. Tinham sido sua perdição a última vez.
-Bom, espero que desfrute de do rodeio -disse passando ao lado do Lexi-. Crie que pode
voltar sozinha aos degraus?
A frase foi como um murro para o Jake. Frank Conley era um homem muito duro. Não
o tipo de pessoa que reconhecesse facilmente uma enfermidade. Mas Jake não queria
mostrar o muito que lhe tinha impactado a notícia.
-Bom, sinto ouvir isso, Lexi. lhe diga ao Frank que lhe terei presente em minhas
orações.
Quando Jake seguiu caminhando, Lexi lhe agarrou do braço e atirou dele com
surpreendente determinação.
-Sinto muito, Lexi -repetiu Jake brandamente-.Sinto-o de verdade, mas não posso lhe
oferecer nada mais.
-Não me rendo tão facilmente -advertiu-lhe. -Está perdendo o tempo. Sabe. Sabia
inclusive antes de vir.
Maldito seja, Jake Thorn -disse Lexi fechando o punho sobre sua camisa e lhe
bloqueando o caminho-. Meu pai não vai morrer por sua culpa.
A fúria feroz de sua voz era surpreendente, mas foi a lágrima que escapou pela
extremidade do olho o que quase foi a perdição do Jake.
- Ah, Lexi -murmurou suspirando e lhe tirando a lágrima com um dedo-. Não me faça
isto. Já sabe o que quero a esse homem.
-Então, lhe ajude -suplicou-lhe-. Tudo o que te pede é que te ocupe de seu rancho
durante uns meses enquanto lhe operam.
-claro que sim, mas já conhece meu pai -insistiu Lexi com desespero-. Não quer a
ninguém mais. Quer a ti, Jake.
-Quer dizer que deixará a papai morrer antes de voltar por um estúpido juramento do
que não se preocupa ninguém mas que você? -perguntou furiosa.
-É mais que isso, e você sabe. Frank se operará e ficará bem -sentiu-se debilitar, e se
separou dela, arrancando um botão da camisa no processo--. E eu não estarei ali -disse por
cima do ombro enquanto partia antes de que trocasse de opinião.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 22
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-Bem -gritou-. Mas por agora sobe aos degraus. por aqui vai passar agora todo o gado, e
ficará apanhada se não te aparta.
Uma hora depois, Lexi seguia furiosa, consigo mesma e com ele. Não tinha esperado
que Jake fora mais receptivo do que o tinha sido. mas não tinha que ser tão cabezota. Se
tivesse sido algo mais sensato, ela nunca teria perdido a calma e se pôs a gritar.
Mortificada pela lembrança, cobriu-se a cara com as mãos e desejou poder retroceder
no tempo. Nunca deveu ter ido a essa caravana. Aí foi quando tudo foi mau. Deveria ter
esperado até que Jake tivesse estado sozinho e ter apelado A...
Ter apelado a que? A sua bondade? Deveria estar agradecida de que não queria voltar
com ela ao rancho. Exceto por um velho teimoso, ninguém queria ao Jake no rancho.
Lexi ficou de pé ao ver dois palhaços detrás das barreiras junto às rampas. Esperando
que um fora Jake. começou a descer dos degraus para fazer uma súplica mais.
Ao descender, estudou ao grupo de homem detrás das barreiras, dois deles vestidos de
palhaços e o resto com jeans e botas. Como os atletas antes de qualquer competição,
começaram a estirar-se, a esquentar e Lexi pensou no estranho de que Jake, um cavaleiro
que tinha colhido muito troféus, converteu-se em palhaço de rodeio.
lhe haver emprestado mais atenção ao lhe haver visto antes, já que os dois homens
tinham a mesma maquiagem e roupa, e ela não podia saber qual era Jake.
Detendo-se na base das escadas, Lexi olhou aos homens mais atentamente. As pernas
largas do Jake, seus movimentos fluídos e seus largos ombros, eram inconfundíveis.
Com os anos, seu corpo alto e magro se tornou musculoso, mas o tempo não lhe tinha
feito perder seus movimentos felinos, igual ao tempo tampouco parecia ter apaziguado o
nervosismo que ela sentia ao vê-lo. Mas não. Era impossível que seguisse querendo-o.
A uns metros, levantou a vista e viu o Jake olhando-a. Não parecia feliz com a idéia de
uma segunda discussão, mas tampouco parecia que fora a escapar. Lexi não estava segura
de que fora a lhe sair a voz quando chegasse, mas ia dizer o que tinha ido dizer, embora
tivesse que usar a linguagem das mãos. Com decisão chegou ao bordo da barricada e Jake
deixou os outros para aproximar-se dela.
-Tem uns minutos? -perguntou ela em voz tão baixa que apenas se ouviu-. Eu gostaria
de falar contigo.
-Lexi...
-Sinto muito -interrompeu-lhe-. Estava furiosa e hei dito algumas costure que não devi,
e não disse nada do que queria dizer.
-Não, Lexi...
-Por favor... por favor --repetiu Lexi, recordando que seu pai era a única razão de que
ela estivesse ali.
Ela tinha que seguir adiante enquanto ainda tivesse coragem. Jake não o ia fazer mais
fácil depois.
-Só vêem comigo a alguma parte onde não esteja olhando ninguém -rogou-lhe.
-Vamos.
Jake a agarrou do braço com mais suavidade da que ela tinha esperado e a levou até o
estacionamento. Então a soltou e a olhou.
Jake suspirou e olhou aos focos brancos piscando contra o céu negro.
-Isso não nos faria isto mais fácil para nenhum, Lexi.
-Não sei por que isto é tão duro -disse ela frustrada . Uma vez fomos amigos.
A repentina suavidade de sua voz levantou um montão de emoções no Lexi. Tudo o que
tinha querido evitar se estava dando procuração dela.
-Só uma vez --disse ela brandamente-. Não estava segura de que você o recordasse.
-OH, sim que o recordo. Às vezes penso em fragmentos dessa noite - ao falar seu dedo
se enrolou em uma mecha de seu cabelo--. de vez em quando -o reverso de sua mão roçou
seus peitos e continuou descendo por seu cabelo que terminava justo sobre sua cintura- .
Nos momentos e nos lugares mais inoportunos... Como agora -levantou-lhe o queixo-. É
estranho os truques que joga a mente.
Enfeitiçada e com os joelhos como pudins, Lexi evitou cair entre seus braços com
grande esforço.
-Jake...
-Não.
-De papai.
Sentindo como se estivesse golpeando-a cabeça com um muro, Lexi continuou. -Precisa
operar do coração.
-Necessita-te, Jake! -exclamou, incapaz de acreditar a frieza que ouvia em sua voz.
-O que... o que quer dizer? --balbuciou Lexi. -Sinto muito. Pensei que estava muito
claro. O que quero dizer é se for Frank quem me necessita tão desesperadamente, por que te
enviou? E realmente te enviou ele?
O tom insolente do Jake não fez nada poi acalmar a fúria que crescia dentro do Lexi.
Olhe, se estiver sugiriendo que vim por mim.. -Estou sugiriendo que é possível disse
trocando seu tom de aborrecimento a sedução-. Igual a é possível que eu não seja o único
que pense nessa noite de vez em quando. Ao melhor você também pensa nela. Ao melhor...
-Olhe, Jake. Pedi-te que viesse para poder me desculpar por ter perdido o controle
antes. Mas se me toca... -apartou-se e levantou um dedo ameaçador-, não vou desculpar me
pelo que faça depois.
O tom rouco da risada do Jake lhe sentou muito mal, como uma bofetada.
Lexi estava confundida, entre furiosa e decepcionada, e não sabia o que dizer.
-Suponho que seu pai estaria muito doente para vir até aqui -sugeriu Jake gentil no que
foi um intento de desculpar-se.
-Logo que pode valer-lhe sozinho - -disse Lexi com tristeza-. Esta manhã tentou ir
caminhando até o celeiro, e um par de ajudantes lhe encontraram sentado a um lado da
estrada, a ponto de deprimir-se. Levaram-lhe de novo à casa.
-Estou muito assustada de que possa morrer, Jake. Não sei o que faria.
Ela não pretendeu soar débil. Não tinha ido ali a pedir esmola, mas isso era o que
parecia estar fazendo... uma e outra vez.
Então, os braços fortes do Jake a rodearam e ela descansou a cabeça contra seu peito.
Seus dedos passaram entre seu cabelo, acariciando, acalmando. A mão em suas costas
sujeitou com mais força da que devesse. E repentinamente, soltou-a.
-Sinto muito, Lexi. Faria algo pelo Frank se pudesse, mas não posso fazer o que me está
pedindo. Não posso voltar.
Sem deixá-la tempo para responder, Jake girou e partiu para o arena com grandes
pernadas, mais e mais longe dela.
Lexi lhe viu partir, com a tristeza apoderando-se dela, recordando que ela e Jake tinham
sido uma vez os melhores amigos e que ela tinha sido a que tinha trocado isso. Mas ele se
equivocava em uma coisa. Lexi não pensava naquela noite. Tinha mantido a lembrança a
raia durante muitos anos, e ele havia o tornado a recordar com todo detalhe.
Capítulo 3
Ele sorriu.
-O que?
-E aparentemente uma boca maior ainda. -E um grande coração também. Jake tem
muitos amigos aqui.
-Não lhe estou pedindo que faça nada que possa lhe fazer danifico --defendeu-se Lexi.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 27
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-OH, estou de acordo. E se lhe importar algo minha opinião, eu lhe animarei a que vá
contigo.
-De verdade?
-Claro. Dolores já não vive ali. Não sei qual é o problema então.
-Bom, suponho que teria que faltar ao trabalho. Ao melhor não quer fazê-lo.
-Sério?
-Sim. Tem o ombro mau e não melhora. Não deixam de lhe dizer que terá que operar-se
se não descansar e se cura.
-Oxalá soubesse -encolheu-se de ombros-. O único que me ocorre é o dinheiro. Jake não
quer nem ouvir falar do tema. Se eu o mencionar, enfurece-se e parte.
Minutos antes, Lexi se tinha resignado a entrar em seu carro e partir, mas nesse
momento sabia que não podia fazê-lo. Ainda não. Jake necessitava o trato que lhe estava
oferecendo seu avô tanto como seu avô necessitava que Jake o aceitasse.
-Posso te levar perto, mas agora está em meio da areia dando a volta com um touro.
-Não se preocupe -assegurou-lhe Aaron ao vê-la-. Jake é um veterano. Sabe o que faz.
Tinha estado em muitos rodeios para saber que só um dos palhaços era o gracioso, que
ficava fora enquanto o touro estava no arena. Os outros dois, eram os que ficavam entre o
touro e o cavaleiro quando o vaqueiro caía.
Para os jeans dos rodeios, esses dois palhaços eram Santos, e não lhes chamava
toureiros por nada. Supunham a diferença às vezes entre a vida e a morte.
-Vamos? - perguntou Lexi, ansiosa por ver o Jake a salvo com seus próprios olhos.
-Claro.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 28
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Agarrando-a do braço, Aaron a guiou rapidamente entre a multidão até que chegaram
às barricadas a um lado do arena.
O vaqueiro estava a ponto de sair, agarrando-se ao touro só com uma mão enluvada
sujeita fortemente a uma corda atada do lombo do animal, dando um par de voltas na mão
com a corda restante, e apertando os joelhos também para sujeitar-se. Com o coração
acelerado, Lexi olhou ao outro lado do arena e viu o Jake. Tinha os pés separados, as
pernas flexionadas, a postura de um guerreiro a ponto de saltar.
Apenas se deu conta quando o vaqueiro saiu disparado para diante e aterrissou sobre a
areia. O touro continuou bufando e correndo. O vaqueiro conseguiu ficar de pé e pôr-se a
correr para refugiar-se, com o touro detrás, preparado para investir.
Então, quando o touro baixou a cabeça e apontou com um corno para as costas do
cavaleiro, um chapéu chegou voando pelo ar e lhe caiu ao animal na cara, lhe fazendo girar
bem a tempo para que cl vaqueiro saísse do arena e ficasse a salvo.
Sem chapéu, Jake ficou a correr diante do touro, lhe levando para o centro do arena.
antes de que o animal pudesse lhe alcançar, o outro palhaço lhe atirou um boneco de trapo.
O animal o agarrou entre os chifres e o jogou várias vezes no ar, entrando assim
docilmente pela porta, que se fechou atrás dele. O público assentiu entusiasmado e os
palhaços fizeram uma reverência.
O touro, cinza e negro e maior que o anterior, saltou para frente, sem parar de saltar.
Antecipando o final, os dois palhaços se aproximaram. Então o animal começou a girar e a
girar.
Não se preocupe, Lexi, estará bem. Faz isto cada noite, Y... OH, não!
Vendo que Jake estava a salvo, olhou ao touro. E então viu o que acontecia.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 29
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-por que não pode soltar-se? -perguntou Lexi. -Lhe enredou a corda. - Isso já sei.
Mas por que? Aaron se encolheu de ombros impaciente.
O touro seguia dando voltas, mais e mais rápidas, e todo o peso do homem pendurava
de seu braço. Enquanto suas botas se arrastavam pela areia, suas pernas se meteram sob o
estômago do animal, diretamente diante de seus pezuñas.
O homem, vapuleado como um boneco de trapo, parecia mais e mais fraco a cada
momento, e os palhaços seguiam sem poder lhe liberar.
Quase com medo de olhar, Lexi se forçou a fixar-se no desesperado vaqueiro e nos
homens lutando por lhe liberar. Jake deu um passo atrás e separou as pernas, preparado
para saltar. Saltou no ar justo quando a cabeça do touro girou diante dele.
Lexi gritou quando seu corpo aterrissou plano no estreito espaço entre os largos chifres
do touro. Com um movimento perfeito, seus largos braços se agarraram a suas curvas
mortais. Enquanto empurrava para baixo com todo seu peso, suas sapatilhas se cravavam na
areia freando para deter o furioso animal.
Jake saltou mais alto a segunda vez, agarrando-se com mais força dos chifres enquanto
de novo usava seu corpo como freio para deter o touro.
Com uma resistência incrível, o vaqueiro ficou de pé justo o tempo necessário para
trabalhar com seu braço livre na corda junto com o segundo palhaço.
Lexi rezou para que essa vez o conseguissem. Então o vaqueiro escorregou de novo e
suas pernas se meteram sob a tripa do touro.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 30
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E nesse momento, de novo os dois palhaços saíram voando pelo ar, e Jake caiu ao chão
com um grande golpe e ficou aí jogado uma milésima de segundo antes de ficar de pé antes
de que a cabeça do touro passasse de novo junto a ele.
Lexi quase pôde ouvir o rangido das costelas do Jake quando seu corpo se golpeou de
novo na estreita abertura entre os chifres. Cravando os talões, ficou assim com o que ficava
de força.
Essa vez o vaqueiro conseguiu ficar de pé durante duas largas pernadas. E sem o peso
do homem atirando da corda, o outro palhaço pôde dar um puxão forte. A corda caiu à
areia, e o vaqueiro a seu lado.
Então, com o instinto de sobrevivência que tinha feito viver a mais de um vaqueiro,
reuniu forças para rodar três vezes e aproximar-se da cerca. Todo mundo aplaudiu
frenético e meia dúzia de jeans saltaram para lhe tirar do arena e ficar a salvo.
Lexi apenas os viu. Estava muito ocupada olhando ao Jake. Soltando os chifres do
touro, aterrissou de pé e se tornou para trás. Até que o vaqueiro estivesse a salvo e o touro
de volta ao toril, o trabalho dos toureiros não tinha terminado, e esse touro ainda queria
briga.
O animal se deteve, baixou os chifres e chutou o chão. Sua pesada cabeça girou de um
lado a outro, sem saber a qual investir primeiro. O segundo palhaço olhou ao Jake que não
parecia muito firme e tirou um lenço vermelho do bolso, agitando-o em sua direção e lhe
gritando.
O animal deu um passo atrás, ainda inseguro. Sentindo que a primeira fúria do touro
estava esfriando-se e que a gente necessitava uma distração depois do susto, Jake tirou
outro lenço vermelho e se uniu a seu companheiro.
Soltando um bufido final de desgosto, o touro de repente dócil, girou e trotou pela porta
aberta detrás dele enquanto o público ficava de pé e aplaudia emocionado. Jake e seu
companheiro se guardaram os lenços e fizeram uma reverência. Embora Jake estava muito
rígido e apenas se dobrou.
-ficará bem -assegurou-lhe Aaron enquanto levava ao Lexi até a caravana do médico-.
Possivelmente será seu ombro.
-Está seguro de que me deixarão entrar em vê-lo? -perguntou Lexi sem fôlego pelo
esforço de lhe seguir.
-0h, Aaron -gemeu Lexi revivendo o horror que acabava de presenciar-. Poderia ter
morrido.
-E se não tivesse sido pelo Jake e Pete, isso teria acontecido certamente. Mas para isso
estão os palhaços, para salvar aos jeans... -disse olhando-a zombador --. OH, mas não
estava perguntando pelo pobre Billy, verdade?
Não -Lexi se sentia envergonhada por não haver nem pensado nesse pobre moço-. Mas
como está Billy? Sabe?
Parecia um pouco conmocionado, mas nada grave. Os jeans são duros. Em um par
de dias estará trabalhando de novo.
-O que.
-Isto! -Lexi abriu os braços fazendo um gesto a tudo o que lhe rodeava-. Não há
dinheiro nisto. Um contável meio ganha mais. Não há fama. Inclusive embora seja um
campeão como foi Jake, ninguém te conhece fora dos rodeios. E em quando ao glamour...
só há aroma de cavalo e pó.
-Bom... embora todo isso se verdade -disse Aaron brandamente-. Jake o ama e você o
ama a ele.
-OH, sim -lhe agarrou a mão e lhe deu um tapinha-. por que crie que te recordo tão bem
depois de tantos anos? por que pensa que te levei com o Jake sem te fazer nenhuma
pergunta? Porque, querida Lexi, a primeira vez que te vi olhar ao Jake, disse-me que se
alguma vez alguém me olhava com esse amor em seus olhos, poderia morrer feliz.
-Sim, foi. Por isso é muito mais comovedor ver que o amor segue aí.
-Não! -Lexi apartou a emana--. Importa-me Jake, mas não o amo. Há uma grande
diferencia.
A porta se fechou de novo e se ouviram passos partindo pelo cascalho. Lexi cheirou o
forte perfume antes de girar-se e ver o Louanne Byers passar a seu lado.
Deveria fazer que me examinassem a cabeça poi me haver importado que estivesse vivo
ou morto. Juro-te que não vi nunca a ninguém tão podre.
-Parece que está bem -disse Aaron-. Bom, acredito que esperarei fora para que possa
falar com ele.
-Covarde.
-me permita.
Aaron lhe abriu a porta, e lhe deu um suave empurrão para ajudá-la a entrar. Lexi se
encontrou cara a cara com um Jake furioso e um médico surpreso enquanto a porta se
fechava atrás dela.
-Sou... uma velha amiga -balbuciou-, de... da família. De fato quase sou um familiar.
Sou seu... cunhada. Bom, era-o -terminou, envergonhada por explicar-se tão mal.
Tudo o que havia dito era certo, mas... O doutor se girou para olhar ao Jake.
-Conhece esta mulher?
-um pouco.
raios X -disse o doutor deixando a seringa de injeção em uma bandeja de metal detrás
dele e dirigindo-se ao Lexi-. Há alguém que possa lhe ajudar a ir a sua caravana quando eu
tenha terminado?
Com isso, o doutor entrou por uma cortina ao fundo da habitação, deixando-os
sozinhos.
Lexi ficou aí de pé, incômoda e desconjurado, desejando não ter ido. Queria lhe dizer
ao Jake quão impressionada estava pelo que ele tinha feito. Nunca tinha visto ninguém
fazer algo tão valoroso nem aterrador.
-Suponho que soei bastante estúpida faz um momento -disse em seu lugar.
-Ora... Uma das coisas que sempre admirei que ti é que não sabe mentir.
-Não menti.
-Bom, sim --admitiu Lexi-. Até que te ouvi lhe gritar ao Louanne, esperava que seguisse
inconsciente. Planejava lhe dizer ao médico que era sua irmã para que me deixasse ficar
-sentiu-se avermelhar de novo-. Mas por desgraça estava acordado. E me olhando. Dava-
me conta muito tarde que não me tinha preparado para isso.
Ela deixou de olhar ao chão e se fixou nele. Sustirantes penduravam um a cada lado da
maca. Sua camisa parecia um novelo no chão, suas enormes calças desabotoadas e
baixados até os quadris, expondo um moratón no osso do quadril.
Seu olhar se posou na atadura que rodeava suas costelas e o tipóia azul que sujeitava
seu braço direito.
Lexi baixou o olhar a uma feia ferida que aparecia entre os suaves cachos de seu
peito e aos cachos castanhos que baixavam até a atadura rodeando a costelas e saíam de
novo mais abaixo sobre seu umbigo.
Assinalou a atadura.
Lexi desejou não ter aberto a boca. Tinha visto o Jake sofrer antes, e sabia que não era
inteligente lhe oferecer compreensão nem converter-se no branco de sua fúria.
-Não.
-Bom, senhor Thorn -disse o médico aparecendo-. Parece-me que é você um homem
afortunado -mostrou-lhe uma radiografia- . Só umas poucas costelas fraturadas, e o resto
machucadas. O esterno se golpeou, mas se curará antes que as costelas. E também doerá
menos. Além disso, seu ombro direito está muito pior que antes, mas se tomar cuidado,
ainda pode evitar a operação.
-OH, eu diria que dentro de dois meses como mínimo. Pode que três.
-O que... ?
Ao meio falar, Jake ficou quieto. O ar saiu dele em um suspiro comprido e doloroso.
Estendeu os dedos, jogou a cabeça para trás, mas não podia endireitar-se, tombar-se nem
mover-se.
O doutor deixou a radiografia na mesa e agarrou a seringa de injeção que tinha cheio.
Olhou ao Lexi.
-Enorme.
O doutor sorriu.
Bem -limpou com um algodão uma zona no braço do Jake- . Não deve fazer
movimentos bruscos em duas ou três semanas como mínimo. Essas costelas vão ser
Ada Stewart – Amando em Silêncio 35
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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implacáveis ao princípio -cravou a agulha- . Sentirá-se melhor com isto. Quer tentar
tombar-se enquanto lhe faz efeito?.
Lexi teve que forçar-se a ficar quieta. Não podia ajudar. Ele estava ferido em tantos
lugares que não havia nenhuma zona que ela pudesse tocar sem lhe causar mais dor.
-Poderíamos lhe ajudar a tombar-se se quiser --disse o doutor--. Embora tenha que lhe
advertir que voltar a levantar-se não será agradável inclusive
com o analgésico.
-Não posso ficar assim durante dois meses--grunhiu Jake com os dentes apertados.
- Não tem outra opção, filho. Tem sorte de que não lhe hospitalize. Mas estou seguro
de que se o fizesse não ficaria.
-Estes dois medicamentos tomará até que se terminem. Assim que esteja instalado em
algum lugar, quero que vá a outro médico, a semana que vem como muito tarde. vai
necessitar que alguém fiscalize sua recuperação.
-Diabos, doutor! --exclamou Jake com toda a fúria que pôde-. O que vou fazer assim?
-Cheirar as rosas, ler um livro, ver crescer a erva... O que tem que você, jovencita?
Tem alguma influência nele?
-Não vejo nenhum problema -disse o doutor lhe dando ao Lexi a receita-. Ocupe-se
de que segue minhas indicações. E não quero que suba em um cavalo ao menos durante
seis semanas.
-Eu não vou com ela -Jake estendeu a mão esquerda para o Lexi-. Me dê essa receita.
-Não -Lexi se meteu o papel no bolso-. E virá comigo. É a solução perfeita para todos.
Poderá substituir a papai enquanto os dois lhes recuperam. Terá uma casa, um salário e
gente que te cuidará até que esteja melhor.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 36
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-por cima de meu cadáver. Não vou voltar -baixou a mão e a voz de repente-. O que
me passa? -umedeceu-se os lábios-. Não me sinto muito bem.
Temendo que Jake se deprimisse antes de que pudessem lhe mover, Lexi correu à porta e
a abriu.
-Aaron? -suspirou aliviada quando apareceu de entre as sombras com outros dois jeans
-Pode levar ao Jake a meu carro?
-Claro -disse ele subindo à caravana-. Não posso acreditar que tenha acessado.
-O que? -perguntou Aaron agarrando com cuidado ao Jake entre seus braços.
-Está sendo seqüestrado -repetiu Lexi-. Sabe onde estão o resto das coisas do Jake?
Olhou a camisa do chão e decidiu deixá-la. Não era mais que um farrapo.
-Estão em meu caminhão. Estávamos viajando juntos -disse Aaron baixando as escadas
detrás do Lexi e seguido dos outros jeans.
-Bem. Eu as recolherei quando lhe tivermos metido no carro -disse ela caminhando
para o estacionamento- . Menos mal que não tenho o carro muito longe.
-Costelas, esterno e ombro. Fraturas, contusões e o ombro pior que antes, mas pode que
não faça falta operar. Mais múltiplos feridas e rasgões que o doutor nem comentou.
-Tentou-o, mas lhe doía muito. Chegaram ao carro, ela abriu a porta do copi
lótus e jogou o assento para trás tudo o que pôde. Aaron e os outros jeans colocaram ao
Jake brandamente e lhe puseram o cinturão. Jake gemeu mas não despertou enquanto Lexi
fechava a porta e se dirigia a seu assento.
Aaron a seguiu.
-Não Lexi abriu a porta e olhou ao homem dormido-. Mas me levo isso.
-Sei. Se não pensasse que isto é o melhor para ele, não te estaria ajudando. Passasse o
que acontecesse o rancho faz tantos anos, seja o que seja do que ele esteve fugindo após,
precisa voltar e enfrentar-se a isso.
Eu só necessito que ele se ocupe de tudo durante uma temporada -disse Lexi sem querer
remover o passado.
-Só espero que não vivamos para nos arrepender de lhe forçar a ir. Bom, vemo-nos em
meu caminhão. É aquele velho negro estacionado aí em frente.
E nesse momento o ia levar pela força, drogado e seqüestrado. Teria sorte se Jake não a
denunciava.
Quando Aaron terminou, deu-lhe adeus e partiu. Só na intimidade de seu carro, Lexi se
inclinou para o Jake e respirou profundamente, aspirando aromas que faziam difícil ignorar
sua presença; uma suave colônia mesclada com o aroma nada desagradável do suor, terra, e
calor corporal que criavam um aroma poderoso e único.
Com a palma da mão, acariciou seu braço, sentindo a força dos músculos. Incapaz de
resistir, acariciou os duros contornos de seu peito. Sob a mão, podia sentir os batimentos do
coração fortes e regulares de seu coração, um coração que a odiaria à manhã seguinte.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 38
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Ela o tinha amado uma vez, e durante um momento, Lexi se permitiu recordar aqueles
dias quando ele o tinha sido tudo para ela. Seus lábios roçaram seus ombros, saboreando o
gosto salgado do suor, e lágrimas amargas encheram seus olhos.
-Jake, sinto muito -sussurrou--. Isto nunca deveria ter passado. Eu nunca devi fazer isto.
Mas não pude evitá-lo.
Capítulo 4
C UIDADO com ele -disse Lexi aos três homens que levavam o corpo do
Jake enquanto entravam na casa . Especialmente com suas costelas e
ombros.
Quando chegaram a seu lado, ele soltou um assobio. -meu deus, filha. Tão difícil foi lhe
convencer?
-Papai -disse Lexi com tom duro, mostrando que tinha tido um dia duro e comprido e
não estava de humor para brincadeiras.
-Terá que lhe tirar a roupa enquanto siga inconsciente. Podem lhe tirar as calças? São
largos, assim não será muito difícil.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 39
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Enquanto os homens lhe baixavam as calças, Lexi lhe desatou as sapatilhas e as tirou.
-Minhas chaves seguem no contato do carro, John. Por favor, poderia tirar também as
coisas do Jake do porta-malas e as deixar no vestíbulo?
-Sim, senhorita Lexi -murmurou John enquanto lhe dava as enormes calças.
-Obrigado.
Lexi estudou as calças, manchados de sangue, terra e mil coisas mais, antes de dobrá-los
e pô-los em cima dos sapatos. Então, quando só ficava fechar a porta e tirar-se o Jake da
cabeça até a manhã seguinte, uniu-se a seu pai na porta.
Ela assentiu.
Com a mão no pomo, levantou a cabeça e encontrou ao Jamie olhando do alto da escada,
com o rosto ansioso como o de um menino o dia de natal.
-É ele? -sussurrou.
-Sim -respondeu Lexi levando um dedo aos lábios--. Ssh. Não desperte, por favor. Não
estaria bem.
-OH, a ver -seguiu enquanto seu filho descia pelas escadas-. Esterno machucado. Ombro
saído... o do tipóia. E muitas feridas e contusões.
Jamie chegou.
-Não -disse Lexi respondendo a seu pai e ausentemente pondo um braço no ombro de
seu filho-. Mas de todos os modos não tem que fazer nada além de sentar-se em uma
mesa, tomar decisões e dar ordens.
-É esse Jake? O que é isso? -perguntou assinalando à pintura suja e corrida no rosto do
homem dormido.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 40
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Lexi passou os dedos pelo cabelo de seu filho, apartando-se o da frente e os olhos
enquanto seu pai reprimia a risada.
-Um palhaço?
Jamie!
-Baixa a voz --ordenou-lhe Lexi lhe seguindo e lhe agarrando do braço e lhe girando-.
Agora me escute, jovencito -sussurrou com firmeza-. Jake salvou a vida de um vaqueiro
ontem à noite no arena. Fez algo muito valoroso, e poderia ter morrido fazendo-o.
Pela primeira vez desde que lhe tinha deitado, ela se permitiu olhá-lo, tentando ser
objetiva, tentando ver com os olhos de um menino ansioso por ver uma lenda feita
realidade. No peito do Jake e nos braços começavam a formar-se novos moratones.
-Você foste a rodeios suficientes vezes para saber que os palhaços trabalham tão duro
como qualquer -disse enquanto voltava para seu filho para que olhasse ao Jake--. Eles
arriscam suas vidas noite detrás noite sem pena nem glória e por muito pouco dinheiro.
Jake está orgulhoso do que faz e você também deveria está-lo.
-Não vai poder mover-se muito durante uma temporada -respondeu Lexi.
-Esta noite não. Melhor manhã. Não queremos que desperte antes de tempo.
-Parece-me que Jake não está muito contente de ter tornado -observou Frank enquanto
Lexi tirava o Jamie da habitação.
-Não exatamente.
Agradecida pela interrupção, Lexi soltou ao Jamie e correu para a porta quando os
homens entraram com sua bagagem.
-OH, e Tonio... -disse tirando-a receita do bolso-. Pode ir à farmácia assim que abram e
que lhe dêem isto? Pelo bem de todos acredito que o melhor é que Jake comece a tomá-lo
assim que desperte.
-Sim, senhorita Alexandra. E não se preocupe, lembrança o gênio do Jake como se fora
ontem. Necessita algo mais?
Nada. E obrigado Lexi sorriu aos três homens . Muito obrigado. Sinto muito haver
despertado em meio da noite.
-Não foi nada -disse outro fazendo um gesto com a mão--. Será estupendo ter ao Jake
de novo.
-Sim?
-OH, papai...
Lexi estava muito esgotada para pensar. Olhou aos olhos de seu pai e soube que ele
estava mais cansado inclusive que ela. Seu rosto estava pálido e tinha olheiras.
-O que queria dizer com «não exatamente»? -perguntou Frank como se não a tivesse
ouvido, agarrando-a do braço e levando-a ao salão.
-OH, não sei... -disse esfregando-os olhos-. Estou tão cansada que me dói a cabeça.
Quando o disse?
-Perguntei-te se Jake estava contente de ter tornado, e você disse que «não exatamente».
O que significa isso?
-Só significa que não estava muito iludido por vir aqui.
Esse tema não queria discuti-lo essa noite. Essa tarde suas ações lhe tinham parecido
lógicas, mas nesse momento, não tinha idéia de como justificar o que tinha feito.
Bom, papai. lhe olhe... está ferido. Não pode trabalhar e não tem onde ir -Lexi se sentou
em uma cadeira antes de que suas pernas trementes lhe dobrassem. Não lhe dava bem
mentir.
-Crie que estará mais contente quando se tiver instalado? -perguntou Frank começando a
caminhar de um lado a outro-. Quero que esteja feliz. Quero que fique.
-Bom, não acredito que possa fazer nada a respeito, papai. Jake não é muito feliz vindo
aqui, ponto. Nem aqui nem em nenhuma parte. E não há nada que possamos faz para evitá-
lo.
-Mas ao menos acessou a vir -com um suspiro, Frank se sentou-. A verdade é que não
estava seguro de que pudesse consegui-lo.
-OH, isso não foi tão difícil. O doutor lhe injetou um calmante -disse ficando de pé
incapaz de olhar a seu pai-. Jake se deprimiu, e eu fiz que o levassem a meu carro. O mais
difícil será fazer que fique assim que desperte.
-Lexi!
Papai, não Montes animo --disse voltando para a cadeira de balanço-. Estou esgotada,
e Jake não atendia a razões. Não me deixou outra opção. De todos os modos não pode
voltar a trabalhar em dois ou três meses. Isso é bastante tempo para que você te
recupere.
-Ajudaram-me. Todo mundo esteve de acordo em que era por seu bem.
-Sou sua filha, recorda? Você não é exatamente um modelo de moderação. Além disso.
não o fiz a propósito. Aconteceu.
-Bom, ao menos está aqui -o sorriso passou a uma risita-. OH, Jake vai estar furioso
quando despertar pela manhã.
-Isso espero. Você me deixe que eu me dele ocupe, de acordo? Eu me meti nisto e eu
sozinha sairei.
- O que você diga -Frank se levantou, deu-lhe um beijo na bochecha e partiu para a
porta-. Suponho que por esta noite já temos feito todo o dano que podemos. Até manhã,
filha.
-Papai?
-Do Jake. Disse-me onde lhe encontrar, mas não te incomodou em me dizer o que estava
fazendo.
-E o que ia dizer te? Que Jake não é o homem que estava acostumado a ser, mas que
não deixasse que sua pena aparecesse em lhe ver? -Frank se encolheu de
ombros . Algumas costure é melhor não as dizer. Figurei-me que você o averiguaria
logo.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 44
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-Mas haveria sentido. Se o tivesse sabido, tivesse-o mostrado em sua cara, preparada e
esperando. Não poderia havê-lo oculto, e Jake se merece mais que isso.
-Sabe o que passou? -insistiu Lexi-. por que deixou de montar e se fez... toureiro?
-disse escolhendo a outra alternativa.
-Suponho que era muito velho. Muitas feridas. Mas o rodeio é tudo o que ele conhece. É
tudo o que tem.
-Não, não o é. Tem um rancho aqui perto. Não necessitaria tanto dinheiro para ocupar-se
dele de novo.
-Não sei -Frank se acariciou a ponte do nariz, um gesto de fadiga--. Não me pergunte .
lhe pergunte a ele... Ele é quem tem as respostas. Não eu.
Frank girou e partiu. Lexi escutou seus passos até que levou a seu dormitório provisório
e fechou a porta.
Normalmente, ela podia falar livremente com seu pai, mas nesse ele tema se mostrava
resistente. Ele via a presença do Jake no rancho como uma solução simples e direta a um
problema, enquanto que ela via a chegada do Jake como uma enorme dor de cabeça. Mas
de momento, seu pai teria o que quisesse, sem discussões. E até que retornasse do hospital e
ficasse bem, assim seria.
Frank Conley sempre tinha sido e sempre seria um teimoso, cabezota e teimoso, mas
também era generoso, amoroso e honorável, e Lexi não era única pessoa que faria algo no
mundo por ele. Jake Thorn havia sentido o mesmo anos atrás.
Dentro, ele estava quieto, e sobre a vendagem de suas costelas, seu largo peito subia e
baixava ao ritmo de um sonho profundo. Um pé com meia três-quartos saía por debaixo da
manta que ela não recordava ter jogado sobre ele. Lexi entrou e se aproximou devagar à
cama.
Seus dedos acariciaram o cabelo de seu braço enquanto seu nome ressonava em sua
cabeça. James Jackson Thorn. Inclusive com o rosto oculto, seu corpo espancado e seu
Ada Stewart – Amando em Silêncio 45
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espírito ferido, seguia sendo o homem mais magnífico que ela nunca tinha conhecido.
Lembranças tenras dele passaram ante ela. A primeira noite que se beijaram. A noite que...
Lexi ficou olhando ao menino na enorme poltrona. Com a mão, esfregou-se um olho.
Levou-lhe para a porta, lhe suportando o melhor que podia e recordando os dias em
que lhe tinha pego entre seus braços e tinha subido as escadas.
Quando chegaram ao alto das escadas, ao Lexi doíam os braços de lhe manter reto e a
perna de se haver-se chocado com as botas que Jamie levava com seu pijama. Agradecida
de chegar a sua cama, tirou-lhe as botas e lhe colocou sob os lençóis. Então, incapaz de lhe
deixar, estirou-se junto a seu filho e o abraçou.
O que tinha estado fazendo na habitação do Jake? Lexi se acurrucó contra as costas do
Jamie, preocupada de que sua emoção se voltasse decepção quando um Jake furioso
despertasse pela manhã. Abraçou-lhe mais forte enquanto respirava profundamente o aroma
de menino de seu filho, que durante dez anos tinha sido sua razão principal de viver.
-Perdoa.
Com cuidado de não abraçá-lo com muita força, se acurrucó de novo a ele e dormiu.
Sobressaltada enquanto fazia a cama de seu filho, Lexi deu um bote e se golpeou a
cabeça com o beliche de acima.
-Ouch!
-Lexi!
O som de cristal rompendo-se sobre a parede no piso de abaixo, fez-a sair correndo da
habitação com a cama ao meio fazer.
Descendo de dois em dois os degraus, abriu a porta de seu dormitório e lhe encontrou
médio sentado na cama e com o meio corpo fora. Um braço estava apoiado detrás dele e
um pé no chão. A outra perna estava enredada entre os lençóis.
-Onde estiveste?
Arrependida imediatamente, Lexi lhe assinalou a porta a dois metros de sua cama.
-Necessita ajuda?
-Crie que poderia desenredar este lençol?-perguntou-lhe ainda como se cuspisse cada
palavra-. Eu não posso.
-Claro.
Lexi se aproximou dele com cuidado, como se fora um tigre enjaulado. inclinou-se
a poucos centímetros de seu peito nu e começou a apartar o lençol retorcido. Com cada
roce de seus dedos contra o tecido suave de sua cueca largas, sentia um sutil
Ada Stewart – Amando em Silêncio 47
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Com esforço, apoiou-se nos pés, gritou e caiu de costas sobre a cama. Rígido de dor,
ficou quieto, gemendo brandamente.
-Pode partir, por favor? -perguntou Jake com os dentes apertados olhando ao teto.
-Não vais necessitar me?
-Bem. O que você diga -Lexi se girou e partiu para a porta-. Mas não acredito que vás
encontrar engatinhar mais fácil que caminhar, e ainda tem que te baixar dessa cama antes
de fazer uma das duas coisas.
Sem voltar a olhá-lo, fechou a porta de repente e subiu as escadas furiosa. Acabava de
terminar de fazer a cama do Jamie quando soou o telefone. Correu a seu dormitório e o
agarrou.
-me diga?
-MA... mamãe.
Lexi se sentou na cama antes de que suas pernas a fizessem cair. Cordelia Davies
Conley Lorton Smith Ridley riu, a risada estridente que utilizava quando estava frente a
um pouco ligeiramente incômodo.
Sinto muito, mas normalmente você chama uma ou duas vezes ao ano -disse Lexi,
muito surpreendida para ter tato-. Esta é a segunda vez que chamaste este mês. E não
estamos perto de natal.
-Lexi, querida, sabe que estou preocupada com seu pai. Como vai?
Lexi se perguntou brevemente se sua mãe ainda teria um seguro de vida de seu ex-
marido, mas imediatamente se envergonhou de si mesmo.
-As coisas não trocaram muito da última vez que falamos. Precisa operar-se, e está lhe
dando larga ao assunto.
-Isso é próprio dele. É o homem mais cabezota que conheci -suspirou Cordelia--. Que
aspecto tem?
-Segue sendo atrativo? A primeira vez que o vi, pensei que Frank Conley era o homem
mais atrativo que nunca tinha visto. E ainda o penso --disse Cordelia com seu dramatismo
que lhe tinha passado a sua filha maior, Dolores-. Não acredito que nunca ame a outro
homem como amei a seu pai.
Em toda sua vida, Lexi nunca tinha ouvido sua mãe dizer tantas coisas amáveis sobre
seu ex-marido seguidas. Mas em vez de sentir-se comovida, Lexi se estava voltando mais e
mais suspicaz a cada segundo que acontecia.
-Bom, se o queria tanto -perguntou Lexi, finalmente dando voz a uma pergunta que a
tinha obcecado durante anos-, por que lhe deixou?
-Lexi, querida. Pensei que sabia disse Cordelia soando mais surpreendida que ofendida-.
Frank não tinha dinheiro.
Lexi desejou não ter respondido ao telefone. As conversações com sua mãe sempre a
deixavam deprimida e confusa. Simplesmente não a entendia.
-Claro, querida. Não tenho razão para te mentir nisso. Por certo, Dolores lhes manda
lembranças.
-Sabe o de papai?
Ada Stewart – Amando em Silêncio 49
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-claro que sim, querida -disse Cordelia brandamente-. E está muito preocupada. Mas
acaba de fazer as provas para um papel muito importante e agora mesmo não pode
abandonar a cidade.
-Abandonar a cidade? OH, não! -com o Jake ali não queria nem que Dolores
chamasse por telefone, e muito menos aparecer--. Quero dizer que entendo que não
possa vir --arrumou-o.
-Mas me disse que te dissesse que vai chamar por telefone ao Jamie assim que possa.
Sabe que você tem razão ao querer que ela o conheça melhor.
Lexi começou a protestar de novo, mas então se deu conta de que não era necessário.
Hahía ouvido a mesma promessa de sua irmã dúzias de vezes, e não tinham significado
nada.
Se a Dolores alguma vez tinha importado alguém que não fora ela mesma, tinha-o oculto
muito bem, mas o mesmo podia dizer-se da Cordelia. Cordelia e Dolores eram muito
parecidas; belas, vaidosas, excitantes e desesperadores, e uma vez entre um milhão, só o
suficiente para as fazer totalmente imprevisíveis, podiam ser muito amáveis e generosas.
-Obrigado por chamar, mamãe -disse Lexi desejando terminar-. foi agradável ver que
se preocupa.
-Não me dê as obrigado, Lexi -replicou sua mãe devagar-. Ainda o quero. lhe cuide
muito, ouve? E me chame se algo trocar.
-Descuida.
Lexi pendurou e foi a sua cômoda a escovar-se, totalmente confundida. Não sentia
saudades que o matrimônio do Jake com a Dolores não tivesse durado. Como podia durar o
matrimônio em uma família onde o amor não contava nada? Possivelmente, o melhor que
tinha feito Cordelia por sua filha menor tinha sido lhe devolver a custódia a seu pai um ano
depois do divórcio. Ao melhor para a Cordelia tinha sido um ato de amor, mas em seu
momento não lhe tinha parecido isso ao Lexi.
Então, e durante muito tempo depois, Lexi se havia sentido abandonada. Passaram anos
antes de que se desse conta de que ela tinha sido a afortunada, e não Dolores, porque ela
era a que tinha ao Frank Conley de pai e mãe. Ele não era sempre um homem fácil, mas em
seu coração era amável, decente e carinhoso, e nunca a tinha mentido. Lexi desejava ser
igual de boa mãe para o Jamie.
Deixou a escova, estirou seus braços cansados e se recolheu o cabelo com um passador.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 50
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Quase tentada a ignorá-lo, Lexi jogou um olhar irritado por cima de seu ombro para a
porta aberta.
Recordando o copo que ele tinha quebrado antes e ainda tinha que recolher, começou
a baixar as escadas.
-Vou!
Nas escadas, olhou para baixo e viu a mala do Jake aberta no vestíbulo. As roupas de
seu interior estavam revoltas e caíam até o chão.
Jake estava sentado na cama. Suas mãos sujeitavam o lençol lhe cobrindo da
cintura até mais abaixo dos joelhos. Sua cueca vermelhas compridos estavam no
chão.
-Twyla a cozinheira.
-Suponho que no campo --olhou-lhe perplexa- . Exceto Tonio, que foi à farmácia a
comprar seus remédios. E também está Mack que levou esta manhã a papai à cidade. por
que me faz tantas perguntas?
-Necessito ajuda.
-Espero que não com isto. É este seu modo imaginativo de desfazer as malas? --fez um
gesto para a roupa pelo chão do vestíbulo.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 51
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-Sei!
Sentindo-se culpado, furiosa e frustrada, Lexi lhe atirou a roupa interior, voltou-se e
saiu ao vestíbulo, pisoteando a roupa do chão no processo.
-De fato -gritou-lhe Jake--. Lembrança especificamente me haver negado a vir. Mas
de algum modo, enquanto estava inconsciente...
Lexi, incapaz de não lhe responder, girou de novo, enganchando-a bota em uma
camisa e entrando furiosa.
Com a camisa pendurando de seu pé, Lexi lhe olhou. -Bom, tem uma idéia melhor?
Porque se a tem, sugiro-te que a cuspa.
-Poderia me haver deixado onde estava! -Ninguém te queria ali! Louanne disse que
podia ir ao inferno, e Aaron foi o que te levou a meu carro.
-Fez-o?
-Sim.
-Matarei-o.
-Não até que possa te vestir sozinho --disse lhe olhando com dureza.
-por que não te desata a camisa da bota e me a tiras? --perguntou de repente sem fúria.
- -Não prefere uma poda?
Suavizando-se tão rapidamente como ele, Lexi se fixou de repente em seu corpo.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 52
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Em todas partes onde olhava, a pele bronzeada se veria tersa sobre músculos fortes
que flexionavam ao mínimo movimento. Apartou o olhar e agarrou a camisa.
Lexi a atirou, mas caiu no chão a um metro da cama e do braço estendido do Jake. Em
silêncio, os dois contemplaram a camisa como se fora uma serpente a ponto de atacar.
-Crie que poderia te aproximar um pouco e tentá-lo de novo? -perguntou Jake irônico.
-Sabe? Para um homem que não é capaz nem de vestir-se, poderia ser um pouco mais
agradável -aproximou-se da camisa e a recolheu-. Como lhe vais pôr isso pelo ombro
direito?
Posso fazê-lo.
-Ao melhor. Tem uma oferta melhor? Quer me ajudar a me tirar isso -A lo mejor, si me
lo pidieras bien.
-Bom, e o que tem que um banho com esponja, Lexi? Também me viria bem --disse
com tom grave e perigoso-. Daria-me um se lhe pedisse isso bem?
Seu tom sedutor deixou sem fôlego ao Lexi, embora sabia que só estava
atormentando-a.
-Ao melhor.
Bom, vais necessitar um antes ou depois, e não pode fazê-lo sozinho. Apenas te pode
mover. -Lexi, estava brincando.
-Não acredito que deva te molhar ainda essas ataduras das costelas. Não até que outro
médico lhe possa pôr isso ou me ensinem como fazê-lo . A voz do Jake se suavizou.
-Lexi, está sonhando. Não vou ficar me aqui. Assim que esteja vestido e tenha
recolhido minha roupa, partirei-me.
-Hoje?
- Bem, isso é fantástico -disse ela abrindo a mão e deixando cair a camisa ao chão-. De
acordo, faz-o a seu modo -girou-se e se dirigiu para a porta-. Vístete. E depois de que o
tenha feito, será um prazer te levar a ti e a suas malas ao aeroporto do Albuquerque.
-Volta!
-OH -exclamou Lexi-, que pena, verdade? Como lhe arrumará vivendo isso sozinho?
Pôs seus pés nus sobre a camisa e a aproximou de seu braço estendido, mas não o
suficiente perto para agarrá-la sem inclinar-se.
-Não, não posso -continuou Lexi com o mesmo tom doce-. Mas então tampouco
tenho que te ajudar, verdade? por que não vem a me buscar quando estiver preparado
para partir ?Estarei na cozinha, ajudando a Twyla.
Capítulo 5
C ON um sorriso, Lexi partiu, passando cuidadosamente sobre sua roupa enquanto subia as
escadas. Dentro, uma vocecita lhe dizia que lhe tinha abandonado quando estava indefeso,
mas Lexi a ignorou. Com um homem tão teimoso e enervante como Jake, estava
justificada. depois de tudo, o que ela fazia era por seu bem.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 54
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E atrás de seu grito, Jake apareceu na porta. As veias de seu pescoço se marcavam com a
força de sua ira e sua frustração. Levava unicamente o tipóia azul, enfaixa ao redor de suas
costelas e um par de cueca azul marinho.
Incapaz de apartar o olhar, Lexi se fixou em suas coxas largas e perfeitas, seus joelhos,
uma
-Sim, e curiosamente, sobrevivi sem sua ajuda -assinalou a mala ao lado do Lexi- -.
Pode me dar uns jeans?
Lhe olhou à cara. As veias em seu pescoço tinham voltado para a normalidade, mas
com a pintura corrida e suja ainda tampando suas facções e a areia, o rosto do Jake estava
convertendo-se em uma imitação de uma cara do Picasso.
-OH. isso está muito melhor -murmurou Lexi inclinando-se para agarrar uns jeans--.
Estamos progredindo.
Crie que poderíamos fazer algo com sua cara? Falar contigo assim é como falar com
alguém que leve óculos de sol dentro de um sítio.
Então girou e desapareceu em sua habitação. -Sim, senhor -murmurou Lexi agarrando a
bolsa de lona azul sob um montão de roupa-. Tem sorte de que seja uma pessoa paciente.
Com a bolsa em uma mão e os jeans na da porta fechada do quarto de banho. Quase
imediatamente, ouviu-se o som da água do grifo.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 55
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-No armarito à esquerda do lavabo. Jake saiu do banho, notando-se nos jeans em suas
mãos.
Bom, suponho que não há outro modo... É impossível que eu me ponha esses jeans.
Terá que me ajudar.
-te ajudar?
O calor acendeu seus as bochechas do Lexi e começou a discutir. Então se deu conta de
que ele tinha razão. Nunca se poderia pôr sozinho essas calças. Graças a Deus seguia
levando essa estúpida maquiagem. Ao menos não teria que ver sua cara enquanto lhe
pusesse os jeans. Consolando-se de que não seria tão mau se não pensava nisso, Lexi
deixou a bolsa de lona e o olhou.
Sua estudada compostura disse ao Lexi que ele não se encontrava com essa situação
mais cômodo que ela. lhe sabê-lo fez sentir-se um pouco melhor.
Enquanto ele descia para o bordo da cama, Lexi se ajoelhou e lhe subiu as calças pelas
pernas. Ao fazê-lo viu a cicatriz que ia da coxa à pantorrilha pela cara interna do joelho. A
marca era estreita e branca, obviamente de vários anos de antigüidade.
A mão do Jake baixou para agarrar um lado dos jeans. Seus dedos roçaram os do Lexi, e
ela apartou a mão de uma vez que ele se levantou e subiu as calças pelas coxas e pelo
quadril direita. Lexi agarrou a parte direita e atirou até que se encontrou em uma posição
muito incômoda.
Reprimindo um ofego, soltou as calças e se apartou. O calor lhe subiu à cara, enquanto
rapidamente ficava de pé, só para encontrar ao Jake olhando-a tão aturdido como ela devia
parecer.
-Pode que... -esclareceu-se garganta-. Poderia tirar a nata para a cara de minha bolsa
azul?
-Sim.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 56
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Girando, ela se fixou na bolsa e se aproximou aonde estava, nos pés da cama. Abriu a
cremalheira e encontrou um jogo de barbeado.
Enquanto o olhava, Jake se retorceu devagar, sujeitando melhor a cintura com a ponta
dos E logo deixaria a ele preocupar-se sobre o que fora a fazer a seguir.
Aproximando-se para ficar entre seus joelhos, inclinou-se para diante, e agarrou os dois
lados da cintura e os juntou. Então, mantendo-a fechada, agarrou a cremalheira entre seus
dedos, e fazendo caso omisso do abultamiento mais abaixo, subiu com firmeza.
-Sinceramente o duvido -agarrou a cinta do cabelo-. Prova a te pôr isto com uma só
mão.
Só tento ser realista, Jake. Não é um inválido, mas suas habilidades são limitadas. E
possivelmente o serão durante um par de semanas. Se deixará de tentar fazer as malas e
partir, eu... eu deixaria de lhe esfregar isso Tem dores?
-Sim.
-Muitos?
-Se.
-Tenho as pastilhas que o doutor te receitou. Sinto muito, devia havê-lo recordado
antes.
-Não, pode que logo. Agora mesmo tomarei um par de aspirinas -assinalou sua bolsa e
Lexi tirou a caixa que tinha visto antes.
-Está seguro? -perguntou tirando duas pastilhas-. O médico não lhe teria receitado isso
se...
Ada Stewart – Amando em Silêncio 57
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-Eu não gosto das pastilhas. Uma simples aspirina e linimento de cavalo me curam
quase tudo.
-Tomarei como um completo -Jake lhe devolveu o copo e assinalou a nata facial-.
Suponho que vais insistir em me ajudar com isso.
-Muito graciosa.
Sem esperar a ter sua permissão, Lexi agarrou a cinta e a pôs de modo que lhe apartasse
o cabelo da cara. Então estendeu nata por toda sua cara. lhe levantando a cabeça, ignorou os
olhos desafiantes e começou a massagear a nata com a ponta dos dedos.
-Acredito que não te viu a cara -agarrou-lhe o queixo com uma mão e lhe manteve a
cabeça quieta enquanto jogava a capa de nata -. Agora fica aquieto um momento, porque
ainda não terminei.
Ela agarrou os algodões que tinha jogado ao chão e os meteu no cesto de papéis do
quarto de banho. Ali umedeceu uma toallita em água quente e voltou para ficar a sobre a
cara.
Lexi não respondeu. Em seu lugar, apertou a toallita contra sua pele, começando por sua
frente e baixando ao queixo. Massageando com os dedos através da malha, pensou nas
mudanças que tinha provocado o passado do tempo.
O que tinha sido um corpo duro e sem graxa quando Jake era mais jovem, tornou-se
mais definido, mais poderoso e inclusive mais masculino com a idade. Seu rosto tinha sido
atrativo, saudável e juvenil, com bons ossos e uma mandíbula forte. O que lhe tinham feito
especial tinham sido esses olhos verdes e seus lábios magros, expressivos e sensuais.
Inclusive sob a maquiagem, Lexi tinha visto que seus olhos e seus lábios não tinham
trocado, embora seu impacto parecia ter aumentado com a maturidade. E quanto ao resto,
não queria nem pensar nisso. Quando lhe tirou a toalha, voltou-se sem olhar os resultados.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 58
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tomado. Toda a manhã, Jake tinha estado tentando partir enquanto lhe tinha posto todos
os obstáculos que lhe ocorria para fazer ficar. E nesse momento aí estava, escondida em
quarto cl de banho, com medo de sair e olhar seu rosto.
Sabe? -disse Jake muito perto dela-. É difícil acreditar que depois de tudo o que
passamos esta manhã, não possa me olhar sem minha cara de palhaço. Parece-me um
pouco estranho, Alexandra, mas se você gostava mais antes, posso voltar a me maquiar
Lexi se girou para olhá-lo, mas seus olhos se posaram em seu peito.
Ela subiu os olhos até seu pescoço e os cravou onde podia ver o pulso pulsar.
Eu estive te olhando desde ontem à noite -disse Jake muito devagar-. Agora, me olhe.
-Bem -seus lábios se separaram em suave convite-. Você não me quer aqui mais do que
eu quero estar, certo?
Apanhada pela provocação em seus olhos verdes, Lexi se agarrou mais forte ao lavabo.
Cedendo ao fim, apartou os olhos dos seus e se encontrou cativada por seu rosto.
-Não.
Se ela nunca tivesse visto seu rosto antes, tivesse-o encontrado inesquecível. Uma vez
havia
mais forte, mais marcado. Suas linhas duras e sensuais emanavam caráter.
-Há gente que poderia me cuidar, Lexi. Louanne não é a única mulher que conheço.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 59
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-Não tem que funcionar durante muito tempo. Assim que papai esteja seguro de que te
vais ficar, operará-se. E uma semana mais ou menos, poderá te pôr e te tirar as calças sem
ajuda de ninguém.
-Possivelmente simplesmente devesse pensar essas coisas e não as dizer em voz alta --
sugeriu Lexi em tom frio que em nenhum modo refletia a estado de sua alma.
quanto mais o olhava, mais queria que ele a tocasse. Mas nunca, nunca, permitiria-
lhe saber os desejos que estava despertando nela. Ele já a tinha amado e a tinha deixado.
Ela não acreditava poder suportar uma segunda vez.
-Bom --Lexi ficou diante da porta para sair- . Há algo mais que possa fazer por ti antes
de que volte para meu trabalho?
-Uma camisa estaria bem. E suponho que melhor será que jogue uma olhada ao que
tenho que fazer aqui.
Lexi agarrou a camisa que tinha deixado cair ao chão e voltou diante dele.
Seus olhos estavam justo diante de seu peito. Tinha-lhe mentido antes. O não cheirava
mau. Cheirava a homem, quente e forte e ao melhor um pouco salgado. E nesse momento
era um aroma muito atrativo.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 60
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Jake agüentou a respiração enquanto tirava o braço do tipóia e o sujeitava com sua mão
esquerda. Soltou a respiração e pequenas gotas de suor se formaram em seus ombros e em
seu peito.
Tão delicadamente como pôde, ela colocou a manga pela mão e a subiu
pelo braço. Subindo a manga, olhou o rosto tenso do Jake, desejando que
houvesse outro modo de fazer isso mais fácil. Quando finalmente
terminou, Jake voltava a colocar o braço em cl tipóia.
-Onde há dito que estavam essas pastilhas? -perguntou Jake com voz débil.
-Eu as trarei.
dirigiu-se rapidamente para a porta, mas não o suficiente rápido. A mão do Jake se
fechou sobre seu braço, detendo-a.
-Lexi.
«Não, não, não!» gritava sua mente. Ter ao Jake de volta era pior do que ela tinha
imaginado. Estava lhe voltando louca. E não deveria. Ela o tinha superado.
-Temo-me que não sou um bom inválido. É um pouco humilhante ter que pedir ajuda
das coisas mais pequenas.
-Como botões.
Agradecida de que ele não pudesse ler sua mente, Lexi se aproximou. O cabelo de seu
peito acariciava seus nódulos.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 61
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-Poderei fazer isto solo em poucos dias, uma semana como muito.
Finalizando, ela se apartou soltando um suspiro que foi mais audível do que pretendeu.
-Estarei na cozinha se me necessitar -e partiu para a porta antes de que ele pudesse
pensar em alguma outra tarefa vergonhosa.
- A verdade é que tenho muita fome -ele a seguiu-. É muito tarde para tomar o café da
manhã?
-Bom, Twyla possivelmente tenha já preparado a comida, mas tem que ficar algo desta
manhã. Eu vou para lá, se quer vir.
-Não -Jake ficou na porta, como resistente a sair-. Estarei ali em seguida. Vê você
diante.
Lexi vacilou, e então saiu ao vestíbulo para a outra parte da casa. Se a presença do Jake
a turvava, sabia que voltar ali teria sido para ele o dobro de perturbador. Não lhe culpava
por necessitar tempo a sós. Nada disso ia ser fácil para ninguém.
Jake a viu partir. Com sua mão esquerda, tocou a fileira de botões de sua camisa,
recordando a sensação de suas mãos ao roçar sua pele.
Capítulo 6
C UANDO Jake entrou na cozinha, viu que Lexi não estava ali. Então, uma mulher
gordinha junto ao mostrador apartou o punho do montão de massa que estava amassando e
o olhou por cima do ombro.
Seu rosto redondo lhe saudou com um sorriso alegre que ele não pôde evitar lhe
devolver.
Muito.
-Bom, então teremos que lhe dar de comer -pôs um trapo sobre a massa-. por que não se
sinta enquanto eu preparo algo? Meu nome é Twyla. Twyla Donaldson.
-Encantado Jake se sentou em uma cadeira frente à mesa de pinheiro-. Eu sou Jake
Thorn.
-OH, já sei -disse ela tirando coisas do frigorífico-. Frank esteve muito nervoso durante
meses esperando que chegasse.
-Durante meses?
Ada Stewart – Amando em Silêncio 62
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-OH, sim! Mas teve que esperar o momento apropriado para enviar ao Lexi para lhe
buscar.
Enquanto falava, Twyla pôs a esquentar uma enorme parte de carne junto com uma
generosa ração de caldo. Colocou-o tudo no forno que já estava quente.
-Eu estava começando a me assustar um pouco por medo de que ao Frank acontecesse
algo antes de ir ao hospital, mas já está você aqui e tudo irá bem.
-Isso espero --disse Jake cheirando a comida esquentar-se no forno e com o estômago
lhe rugindo de fome-. Embora ainda não estou seguro de que realmente me necessitem.
-claro que sim -os olhos redondos da Twyla lhe olharam com honestidade . Frank
Conley pensa maravilhas de você, e não confia em ninguém para que se ocupe deste
rancho. Não posso dizer o número de vezes que se sentou aí mesmo --fez um gesto à mesa-,
e me há dito o muito que se arrependia de te haver deixado partir faz anos. Não o duvide
por um minuto, senhor Thorn. Faz muita falta aqui.
-Sou uma velha e pode que fale muito. -OH, não, absolutamente. Eu... avaliação tudo o
que há dito.
Uma dúzia de perguntas enchiam sua cabeça enquanto lhe servia a bebida. Não era
uma mulher tão maior. Não podia ainda ter chegado aos sessenta.
- Você e Frank parecem muito unidos -comentou Jake com cuidado enquanto agarrava o
copo.
-Bom, eu levo viúva quase dez anos, e estive trabalhando aqui quase todo esse tempo.
Assim suponho que os dois chegamos a nos conhecer muito.
Não disse mais, e Jake não insistiu, embora se perguntava como de unidos estariam
realmente.
Agarrando uma terrina de feijões verdes, Twyla se sentou em frente do Jake e começou
às partir.
-Bom, senhor Thorn, ouvi que seu pai foi o capataz aqui durante muitos anos.
-Sim, desde que eu tinha treze anos. E quando se retirou, eu fiquei com o trabalho
durante outros três anos.
Jake assentiu.
-Durante uns seis anos. Quando eu comecei a ganhar dinheiro com os rodeios, convenci
a mamãe para que deixasse o trabalho. Mas papai não quis, nem sequer quando eu comprei
a granja vizinha. Vivia ali, mas seguia trabalhando para o Frank Conley, até que sua saúde
lhe obrigou a retirar-se.
-Arrumado a que esteve muito orgulhoso de que você tomasse logo seu posto.
-Sim -Jake cravou uma batata-. Mas não ficou muito tempo para ver-me. depois de me
casar, meus pais se mudaram a Florida.
-Obrigado.
Era tudo o que ele disse, tudo o que lhe ocorreu dizer. Inclusive depois de cinco anos, a
sensação de perda era entristecedora. Seus pais tinham morrido com seis meses de
diferença um do outro. Tinham sido boas pessoas e bons amigos, e Jake os sentia falta de.
-Tivesse-me encantado conhecer sua mãe. Lexi fala dela freqüentemente -Twyla ficou
de pé e agarrou a terrina--. Bom, deixarei-lhe terminar a comida em paz. Tenho que sair a
trabalhar um pouco em meu jardim enquanto essa massa termina de crescer.
-OH, falando do Lexi. Sabe onde está? --Suponho que terá ido ao celeiro a procurar a
Jake procurou um relógio, mas não viu nenhum. O seu estava guardado na mala.
-É pouco mais de meio-dia. Pensamos que melhor seria deixar dormir esta manhã -pôs a
terrina no mostrador-. Bom, foi um prazer lhe conhecer finalmente, senhor Thorn.
Ele se levantou.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 64
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-me chame Jake, por favor. E o prazer foi meu. Sua comida é deliciosa. Acredito que
minha mãe e você teriam sido muito boas amigas.
-Mas como isso não pode ser, talvez podemos ser amigos você e eu.
E com os olhos brilhantes, Twyla agarrou sua cesta e suas tesouras de podar e saiu ao
jardim.
Jake se sentou de novo para terminar sua comida. Estava em casa na cômoda cozinha
onde uma vez se sentou nessa mesma mesa vendo sua mãe preparar comida para um
exército. Tinha esquecido o que era estar em casa.
Nunca o admitiria ao Lexi, mas era ter tornado, embora só por uma temporada Era
como voltar para casa de novo.
-Olá, mamãe! -grito .Jamie enquanto a puerlha fechava isso atrás dele.
Sentada no escritório do salão, Lexi deu um bote e sua caneta fez um rayajo no cheque
que estava escrevendo. Respirou profundamente e se acalmou antes de sorrir a seu filho
despenteado e selvagem.
-Seu avô está na cozinha com o Jake, e Twyla se foi a preparar o jantar aos
trabalhadores -Lexi sorriu e moveu as pestanas com gesto inocente-. Mas suponho que
estava perguntando pelo Jake, não?
-De acordo.
A contra gosto, Jamie se aproximou. Dois anos antes, tinha evitado os beijos,
avermelhando e enfurecendo-se se alguém lhe dava inclusive um só besito na bochecha.
Mas ultimamente, tinha começado a mostrar-se tímido também com os abraços. Temendo
forçar sua sorte, e agradecida de que ele tivesse deixado de insistir em que lhe chamassem
James, Lexi lhe deu um rápido apertão e lhe soltou.
-Bom, acredito que agora mesmo estão falando de negócios - vacilou, preocupada com
a ansiedade do Jamie, já que não queria que se decepcionasse pelos maneiras às vezes
volúveis do Jake-. Dá-te conta de que Jake vai se surpreender quando te conhecer?
-por que?
-Não tem idéia de como foi hoje o dia. Passamos toda a manhã discutindo sobre se ia se
ficar ou não.
-Não lhe disse o muito que o necessitamos nem o muito que o queremos aqui?
-Não, acredito que não. Talvez devi te haver deixado que não fosse ao colégio e te
tivesse ocupado você desse assunto.
Ela quis abraçá-lo com força. Às vezes era um pequeno hombrecito, disposto a tomar o
mando. Mas seguia sendo só um menino, um menino tenro e vulnerável.
Controlando seus instintos protetores, lhe deu um suave golpecito no nariz com a ponta
do dedo.
Meu hombrecito.
-Mamãe.
Lexi riu.
-Quer conhecê-lo?
Ela se levantou da cadeira. Pô-lhe o braço pelos ombros e lhe levou a cozinha, onde
Jake e seu pai estavam sentados diante da velha mesa, falando. O murmúrio desço de suas
vozes cessou quando ela e Jamie entraram.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 66
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animou-se ao vê-lo e lhe fez um gesto para que se aproximasse-. Vêem e dá a seu avô um
grande abraço.
um pouco ciumenta, Lexi viu seu filho aproximar-se de seu avô sem vacilar. Ao melhor
os abraços só eram vergonhosos quando procediam das mães. Seguia pensando nisso
quando se fixou no Jake, que estava olhando-a a ela surpreso.
A contra gosto, Jake apartou os olhos do Lexi, conseguindo apagar a surpresa de seu
rosto antes de olhar ao Jamie. Apoiado entre os braços de seu avô, o menino sorriu
timidamente.
fez um gesto a seu braço direito-. Sinto não poder te estreitar a mão.
-OH, não passa nada -Jamie seguia apoiado em seu avô-. vais estar aqui uma
temporada, verdade?
Jake ainda não se decidiu -disse Frank-. por que não nos deixam você e sua mãe um
momento mais a sós para que terminemos de falar?
-Claro -disse Lexi estendendo a mão para o Jamie e evitando olhar ao Jake-. Eu só
necessito a cozinha a tempo de preparar o jantar.
-por que não tomamos esta noite pizza? -sugeriu Frank-. Você e Jamie podem ir à cidade
a por uma enquanto Jake e eu terminamos de discutir isto.
-Sim! -gritou Jamie entusiasmado--. É uma estupenda idéia. O que te parece, mamãe?
A idéia de uma viagem de dez quilômetros até a Santa Fé só para comprar uma pizza não
parecia uma maravilha ao Lexi, mas sabia que seu pai devia ter uma razão para haver o
pedido. Talvez queria estar uma hora só com o Jake e sabia que esse era um modo seguro
de consegui-lo. Ou ao melhor Frank só queria uma última pizza antes de ingressar no
hospital. De qualquer modo, Lexi não tinha muita opção.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 67
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-OH, Por Deus, Jake, sente-se -exclamou Lexi-. Comida-las estão incluídas no trabalho.
-Deixa-o, Frank -- disse Jake cansado. Não podia evitar sentir-se irritável e brusco perto
do Lexi-. O que me estava dizendo antes de que entrassem?
-Estava dizendo que há um problema. Não posso adivinhá-lo, mas sei que está aí. A
economia está sendo dura ultimamente para todos, e este rancho não é uma exceção. Mas é
mais que isso. O rancho perdeu dinheiro durante os dois anos passados, e não deveria. Há
algo mal em alguma parte.
-Frank, se você não souber, como posso sabê-lo eu? É seu rancho.
-Não sei. Talvez estou muito perto para vê-lo com claridade. Ao melhor você pode
examinar cuidadosamente as coisas e ver algo que me tenha passado.
-Não! -Frank virtualmente gritou-. Não sabe nada disto. E eu não quero que saiba nada.
Estupefato pela veemência do homem, Jake o olhou com o cenho franzido, notando-se
pela primeira vez na palidez tão pouco saudável de seu velho amigo.
-por que?
-OH, vamos, Frank. Você sabe o que este lugar significa para ela. Não crie que tem
direito ou seja se estiver em perigo?
Ada Stewart – Amando em Silêncio 68
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-Não. Com sua ajuda poderemos solucionar isto insistiu Frank teimoso--. Ela não tem
que sabê-lo nunca.
-Bom, que conste que penso que te equivoca. Mas sei que tentar discutir contigo é perder
o tempo. O que tem que seu capataz, McCauley? ele tem alguma idéia?
-Brad McCauley trabalhou aqui durante mais de três anos. É um bom capataz, e nunca
tive nenhuma razão para suspeitar dele, mas...
-Mas?
Mas você é a única pessoa com a que falei que isto, e até que cheguemos ao fundo,
assim quero que continue.
-Confio em ti, Jake. Se fosse de meu próprio sangue e carne não poderia confiar mais em
ti. E sei que se algo me passar, não deixará que Lexi perca este rancho.
-Deus é misericordioso, Frank. Não crie que me pede muito, considerando o modo no
que arruinei minha vida?
-Você não arruinaste sua vida, Jake. Nós o temos feito. Dolores a arruinou, e eu não te
ajudei muito em seu momento. E suspeito que Lcxi tampouco.
-Não tenho direito a te pedir' ajuda, mas de todos os modos lhe peço isso. Não tenho
direito a esperar que o faça, mas te estaria eternamente agradecido se o fizesse. Necessito-
te, Jake. me ajude, por favor.
-De acordo. Para -disse tanto para não emocionar-se como para que deixasse de falar-.
Para, vale?
ficou de pé com um esforço que lhe deixou dolorido. O dia tinha sido comprido e
cansado, e embora estivesse molesto por sua debilidade, era o momento de tomar-se outro
calmante se queria agüentar até o jantar.
Na porta, deteve-se e girou para a mesa. -Quando ingressa no hospital? -Espero poder
postergá-lo até a semana que vem.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 69
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Jake olhou ao Frank fixamente e notou que sua palidez tinha aumentado desde que
tinham começado a falar.
-Começaremos pela manhã. Poderá me mostrar tudo o que tem, e eu te direi o que
necessito que me explique.
-Obrigado, Jake.
-Não me dê as obrigado. Não seria um homem a não ser fizesse o que pudesse. Só espero
poder ajudar.
Oxalá mereça sua fé. passaram muitos anos, Frank. E a gente troca.
Pela janela da cozinha, começava a anoitecer. Dentro, Lexi cantarolava com a rádio
enquanto recolhia o último dos pratos e punha uma chaleira de feijões a esquentar. Quando
se voltou, ficou surpreendida ao ver o Jake apoiado na porta.
Isso é para amanhã disse fazendo um gesto para os feijões- . Eu faço o jantar enquanto
Twyla dá de comer aos trabalhadores. A pizza está no frigorífico, assim se tiver fome,
posso-a esquentar.
-Se não te importar. Toda esta inatividade me dá muito apetite -sentou-se em uma
cadeira-. Onde estão todos?
Jamie queria despertar, mas eu pensei que ao melhor vinha bem descansar. Sei que não
foi um dia fácil para ti -colocou o resto da pizza no microondas-. Quer uma cerveja?
-É obvio.
-Isso imaginei -sonriéndole, Lexi tirou uma garrafinha do frigorífico -. Suponho que não
quererá um copo.
Lexi tirou a pizza, tratando de não deixar-se deslumbrar por seu sorriso. Jake ia estar ali
muito tempo, ao melhor meses. Ela não podia sentir os joelhos frouxos cada vez que estava
perto dele. Talvez deveriam voltar para a antiga forma de comunicar-se, dizer-se coisas
bruscas e discutir.
Bom -disse Lexi pondo um prato de pizza diante dele---. Aqui está o jantar.
fixou-se na cozinha, na pilha limpa, no mostrador esfregado. Não lhe ofereciam nenhuma
distração.
Lexi o olhou.
-O que?
-por que?
Durante um instante, ela pensou em negar-se, então se deu conta de que não podia atuar
como se tivesse dezessete anos só porque lhe fizesse às vezes sentir-se assim. Suspirando,
sentou-se frente a ele.
-Se odiar tanto me ter aqui, por que te esforçou tanto em me trazer? -perguntou Jake
com tranqüilidade.
Tinha medo do que papai pudesse fazer se você não estava aqui ao menos até depois de
sua operação.
Sentiu remorsos. Sua vida durante nas próximas semanas não seria fácil. O menos que
ela podia fazer era preocupar-se menos de si mesmo e pensar um pouco nele.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 71
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-Olhe, sinto muito -disse Lexi-. Sei que não é algo que você queria fazer, e te dou as
obrigado por ter acessado. Tratarei de não te fazer as coisas mais difíceis do que são. A
situação é molesta para todos.
-Sim -fez um gesto ao frigorífico-. Você também te poderia agarrar uma cerveja.
Lexi o fez, lhe levando a ele uma mais, e de momento ao menos, a tensão entre eles
cessou.
-Crie que vais poder ir amanhã à cidade? -perguntou Lexi comendo-. Ou confia em
mim para que te encontre roupa que possa te pôr e te tirar sozinho?
-Isso também.
Levantou a cabeça da pizza e surpreendeu ao Jake lhe olhando muito sério. Sua mão
se moveu para ela e se deteve.
-Parece que a cada minuto que passa me endivido mais contigo -a intensidade de sua
voz disse mais que suas palavras.
-Tem um filho.
Lexi -seu nome foi quase um sussurro-. É meu? Ela se deixou cair sobre o mostrador com
todo seu peso. Isso não deveria ser tão duro.
-Não.
Ferida por sua reação, Lexi quis chorar, lhe gritar, lhe atirar algo. O porco estava
aliviado.
-Sinto te haver assustado -disse ela furiosa-. Suponho que deveria te haver dito ao
te apresentar a meu filho que não se preocupasse porque era adotado.
-Não. Quão último eu quereria seria um filho com um homem que não o quer.
Ainda zangada, deu-lhe as costas e olhou pela janela para a noite, com suas
emoções alteradas, embora não sabia por que. Tudo o que sabia era que queria que ele
se preocupasse mais.
-Lexi -disse Jake brandamente -. Não tem sentido. Está me dizendo a verdade?
Realmente não é tua ou esta história da adoção é só um álibi?
-Jamie não é realmente meu -disse apartando-se da pilha para pôr mais distancia
entre eles-. Realmente é adotado. E não quero falar mais disto.
-Bem -Jake não insistiu-. É só que não te entendo, Lexi. por que adotaria a um
menino quando poderia te haver casado e ter tido um próprio?
-Obrigado.
Lexi assentiu.
-Uma trégua?
Ela sorriu para ocultar a tristeza que se estava dando procuração dela.
-Suponho que isso é o melhor que podemos esperar, não? Bem, boa noite.
-boa noite.
Jake se deu a volta e partiu. Uma vez teve desaparecido, Lexi saiu fora, à escuridão da
noite, soluçou e deixou que toda a tristeza saísse.
Capítulo 7
À manhã seguinte, Lexi chegou aos pés da escada a tempo de ouvir um golpe seguido
de um grito de dor e uma série de palavrões detrás da porta da habitação do Jake. Abriu a
porta e entrou correndo.
-O que ocorre...?
Lexi se calou quando viu o Jake convexo sem mover-se bocarriba sobre a cama. Tinha
os olhos fechados, a boca geada em um gesto de dor. Um par de jeans azuis sob seus pés
nus, e só levava postos as mesmas cueca azuis do dia anterior.
O gesto em sua cara se voltou um cenho e o arco de suas costas se relaxou até que
descansou todas as costas na cama.
Jake se esticou e soltou outra sucessão de palavrões. Lexi abriu os olhos como pratos e
deu um passo atrás.
-Não, por sorte já se partiu ao colégio. Bom... -agarrou as calças-. Necessita ajuda ou
não?
Sim, reconheço que sim -fechou os olhos e suspirou-. Mas me sinto como um bebê.
lhe colocando os jeans pelos pés, Lexi os subiu até os joelhos, e Jake seguiu. Enquanto
ele os colocava, ela foi ao armário.
Jake grunhiu.
-Melhor esperarei sem nada até que você volte da cidade. Crie que poderá me encontrar
algo sem mangas que possa me pôr sobre o tipóia sem ter que mover muito o braço?
-Estão-lhe ajudando algo essas pastilhas? -Hoje não tomei nenhuma. -Talvez deveria.
Ele negou com teimosia. -Não quero depender de algo assim.
-Jake, a única razão pela que não está no hospital é porque o doutor sabia que não
ficaria. Pelo amor de Deus, tome as pastilhas. -Não me incomode mais!
-Faz o que queira. É sua vida. -Obrigado, é muito agradável recordar isso.
Ela o olhou com o cenho franzido. Ele estava provocando-a a propósito e ela sabia, mas
ainda assim não podia evitar reagir.
-Quando estiver preparado para tomar o café da manhã, Twyla está na cozinha.
Com isso, Lexi partiu. Tinha chegado à porta e resistia a olhar por cima de seu ombro
quando ouviu a voz do Jake. -Lexi.
-Necessito-te.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 76
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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O coração lhe deu um tombo, e se girou muito devagar. Ele estava de pé olhando-a, com
os jeans sem grampear pendurando dos quadris enquanto abria e fechava os punhos em seus
flancos.
Jake fez um gesto à braguilha aberta. Seguindo o movimento de sua mão, seu olhar
desceu dos músculos planos e duros de seu estômago à zona erótica mais abaixo, que por
sorte estava oculta por velhas cueca.
-O que? -perguntou de novo ela, sem estar nem sequer segura de haver dito a palavra em
voz alta.
-Não posso fazer isto sozinho --disse ele indicando a cremalheira-. E não posso estar
assim todo o dia.
-Não se posso evitá-lo. Não tem idéia do que dói só levantar-se da cama.
-De acordo.
Era certo que não tinha idéia do muito que lhe doíam os movimentos mais simples, mas
tinha visto as linhas de sofrimento em seu rosto.
ficou diante dele, e agarrou os dois lados da braguilha juntos com a mão esquerda até que
pilhou a cremalheira com a mão direita. Então, com um forte puxão, subiu-a e se pilhou o
dedo.
Jake lhe agarrou a mão e lhe girou a palma na sua. Uma raia vermelha cruzava o dedo
indicador, mas a pele não estava rota.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 77
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Já me sinto melhor -disse Lexi rapidamente-. Não me dói quase nada.
Jake sorriu.
-Bom, ainda necessito que me suba a cremalheira -disse olhando-a com intensidade.
Ignorando o tremor em suas mãos, Lexi agarrou a cremalheira de novo. Enquanto atirava,
os nódulos de sua mão roçaram um vulto sob o tecido das cueca.
O gemido afogado do Jake não fez nada para acalmar seu coração, e sua resistência com
a cremalheira aumentou, igual à pressão de seus nódulos sobre seu membro inferior cada
vez mais volumoso. Ele tentou apartar-se, mas Lexi agarrou com mais força.
-Escuta, você queria que te subisse a cremalheira e o farei --continuou atirando para
desentupi-la-. Agora, fica aquieto.
-Isto foi tua idéia -bufou Lexi-. Não sei por que não pudeste te pôr um pijama de meu
pai ou uma bata dela até que eu chegasse de comprar.
-Não me ocorreu.
Ela atirou com todas suas forças, e a cremalheira finalmente cedeu justo quando os
dedos do Jake lhe acariciaram o cabelo.
Ela deu um passo atrás, apartando-se de sua mão. Seus olhos brilhavam, sua mão estava
estendida. Jake a seguiu, avançando um passo por cada um que dava ela até que Lexi tocou
a parede com as costas.
Olhou a um lado e viu a porta aberta, e se deslizou pela parede para sua via de
escapamento.
Mas ele fechou a porta, e apertou a palma da mão na parede junto a sua cabeça.
-Do que?
-De nós.
-Não há nós.
-Sim, certo -aproximou-se até que sua coxa roçou o seu-. Por isso tinha que te perguntar
se eu era o pai do menino --roçou suas bochechas com o polegar, e sua voz era uma
carícia-. Porque não há nós.
-De acordo, uma vez houve algo entre nós -disse apartando a cara.
-Deixe ir ! -gritou ela com os dentes apertados lhe olhando ao (in e jogando fogo pelos
olhos.
-Há muitas coisas de ti que parecem não ser meu assunto. Você sabe tudo de mim
--disse tranqüilo-. Seguro que eu tenho ao menos o direito de saber algo de ti.
-Sente saudades que te encontrar na caravana do Louanne Bvers seja sabê-lo tudo sobre
ti.
-Ao menos sabe que me deitei com outras mulheres. Deitaste-te você com outros
homens?
-Admito que não tenho direito a perguntá-lo, mas enquanto você estava ocupada com
minha cremalheira, isso se converteu para mim em uma pergunta crucial.
-Bom, lhe pode seguir perguntando isso disse ela lhe apartando o braço-. Agora me
deixe antes de que me veja obrigada a te dar um golpe nas costelas.
-Está-te deitando com alguém, verdade? -Esteja fazendo-o ou não, nunca será teu
assunto
Ada Stewart – Amando em Silêncio 79
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-deslizou-se para a porta e agarrou o pomo. -Está ele aqui, no rancho? -insistiu Jake. -por
que? -Lexi girou o pomo e abriu um pouco-. por que te importa?
-Não sei -admitiu encolhendo-se de ombros e parecendo perplexo por suas próprias
ações-. Ao melhor porque eu fui o primeiro.
-Bom, esquece-o. Seja o que seja, esquece-o. Não te traga aqui para que pudéssemos
continuar onde o deixamos.
-Sei.
-O que passou entre nós foi faz muito tempo. Agora não somos as mesmas pessoas.
-Também sei. Mas algumas vezes, em meio da noite -sussurrou-, quando há lua enche e
está sozinha, não pensa naquela noite? Não te pergunta alguma vez como seria agora? Os
dois juntos, uma vez mais?
Lexi abriu a porta, girou-se e correu. Inclusive depois de estar no carro caminho à cidade
pela suja estrada, seguia correndo. Não deixou de correr até que esteve a meio caminho da
Santa Fé.
-Ah, Brad -Frank se levantou e fez um gesto a seu capataz para que entrasse no salão-Me
alegra que esteja aqui. Ontem à noite lhe estava falando com o Jake de ti, e sei que a ti não
tenho que te dizer quem é Jake Thorn.
-Ah, eu sei que sim ouviste falar do Jake -disse Frank Seu pai foi meu capataz durante
quase quinze anos. Quinze anos estupendos -apoiou uma mão no ombro do Jake--. E Jake
também foi durante um tempo. É um velho meu amigo e meu ex-genro.
-OH, sim -disse Brad estendendo a mão até que viu o tipóia e a retirou-. ouvi que era o
dono do rancho vizinho, não?
-Ainda o é. Eu tinha um aluguel de dez anos, mas já terminou -Frank olhou ao Jake-. Eu
sigo pagando o aluguel até que Jake dita voltar.
-Então, bom...-Brad olhou do Frank ao Jake . Suponho que estou vivendo em sua casa,
senhor Thorn. Não me tinha dado conta.
-Melhor ter a alguém vivendo na casa que tê-la vazia. De momento não tenho nenhum
plano para o rancho.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 80
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Não exatamente -respondeu Frank-. Jake dirigirá meu rancho enquanto eu esteja no
hospital. -Dirigir o rancho? Não... não o tinha ouvido. Frank sorriu, parecendo satisfeito
consigo mesmo.
-Mas eu pensei que Lexi se ocuparia de tudo --disse Brad com sorriso forçado.
-Você e Lexi estivestes fazendo planos para meu, verdade? -perguntou Frank, devagar.
-Mas se tivesse tido que ser assim, estou seguro de que você tivesse feito todo o possível
por ajudá-la -disse Jake com fria educação.
-OH, claro! Avaliação muito ao Lexi. Já disse a ela que faria tudo o que pudesse.
-Bom, alegra-me ouvir isso, Brad - Frank ficou de pé-. Estou seguro de que terá o
mesmo espírito de cooperação ajudando ao Jake enquanto eu não estou.
Brad assentiu e se dirigiu para a porta, dando-se conta de que lhe estavam jogando.
-Alegra-me lhe haver conhecido, Brad. Em um par de dias nos reuniremos para
conversar atentamente.
Girou e partiu. Jake ficou olhando a porta fechada, sentindo o estômago revolto.
-Às vezes dá essa impressão, verdade? Mas parece eficiente em seu trabalho.
-saíram um par de vezes juntos, mas não chegará a nada mais se eu posso evitá-lo.
-Isto teria sido perfeito para ele, verdade? Você no hospital, e ele trabalhando ombro
com ombro com o Lexi durante semanas ou inclusive meses. Arrumado a que agora está
que joga faíscas, já que eu apareci e lhe arruinado tudo.
Inspirada pelo pensamento de outro encontro como o daquela manhã, Lexi tinha
adotado uma atitude missionária na tarefa de selecionar roupa nova para o Jake. Nunca
mais teria que subir a cremalheira dos jeans ajustados. Nunca mais teria que sentir o roce
do cabelo de seu peito contra seus dedos ao lhe grampear a camisa. Nunca mais teria que
reprimir suas reações por semelhante intimidade.
Pagou sua compra e levou as bolsas a seu carro. dentro das bolsas havia uma variedade
multicolorido de calças de algodão que se podiam pôr facilmente com uma mão e camisetas
sem mangas com grandes buracos para os braços.
As camisetas não lhe cobririam muito, mas fariam mais fácil que Jake se vestisse
sozinho. A última compra tinha sido um par de mocasines para que levasse pela casa. Com
essas coisas, Lexi recuperaria sua liberdade e, com sorte, sua paz mental. Com seu pai no
hospital, ao melhor inclusive poderia evitar ao Jake durante dias. E depois sua estadia ali
terminaria e estaria fora de sua vida, essa vez para sempre.
Lexi tinha esperado sentir-se alegre por isso, mas não foi assim. Em seu lugar, tinha
sentido tristeza ao pensar que nunca mais veria seus olhos verdes nem ouviria sua voz
rouca quando estava dormido, zangado, zombador... ou excitado.
De volta a casa, tinha tentado tirar-se o Jake da cabeça. Mas não o tinha conseguido.
Recordou aquela manhã em que ele tinha exigido respostas a perguntas que não tinha tido
direito a perguntar. E ela, furiosa porque queria invadir sua intimidade, mas também alegre
de que lhe importasse.
Claro que tinha tido amantes depois dele. Nem muitos nem muito freqüentemente, e
nada sério nem o suficiente duradouro para casar-se, mas Lexi tinha contínuo com sua vida.
Que ele a tivesse feito o amor uma vez e logo onze anos depois lhe perguntasse se tinha
havido outros, indicava uma profunda arrogância.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 82
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Além disso, não era assunto dele, e a verdade era que ela não queria lhe falar dos outros
porque então pudesse sentir-se tentada a deixar cair que nunca tinha havido outro como ele.
Nunca ninguém tinha cheio seu coração e sua alma, nem tinha aparecido em seus sonhos,
nem a tinha deixado, ao partir, com um grande vazio.
Ao final, Lexi tinha deixado de procurar a alguém para encher esse vazio. Tinham
passado anos desde que só tinha tido alguma entrevista casual com alguém. Essa era a
verdade de sua vida, uma verdade que nunca lhe contaria.
Aliviada de estar em casa e não mais a sós com seus pensamentos, Lexi estacionou
justo quando Brad McCauley saía das sombras do portal. Ao vê-la, saudou-a e caminhou
para ela enquanto Lexi agarrava as bolsas do porta-malas.
-O que está fazendo aqui, Brad? -perguntou Lexi deixando a maior no chão-. falaste já
com meu pai?
- Vamos, Brad, seguro que ouviste falar do Jake disse olhando-o surpreendida.
-Sim, embora nunca o admitiria diante dele. Participa de rodeios e esteve casado com
alguém de sua família, mas não sei por que isso lhe capacita para dirigir este rancho melhor
que a mim.
- OH, meu pai não pensa isso, Brad -disse Lexi acalmando o orgulho ferido que sabia
que Brad tinha oculto a seu pai--. É só que Jake tem muito que ver com este rancho. Seu pai
foi nosso capataz quando eu era uma menina e sua mãe foi nossa cozinheira. Inclusive
depois de que Jake comprasse o velho rancho do Johnson e se casasse com minha irmã
maior, trabalhou como nosso capataz um tempo depois de que seu pai se retirasse.
-Mas disso faz muito tempo. O que esteve fazendo após? Lexi se encolheu de ombros.
-Não tenho nem idéia -e embora a tivesse, não era assunto do Brad-. Mas sei que papai
leva muito tempo tentando que volte -pô-lhe a mão no braço-. Não lhe dê importância. Jake
não estará aqui muito tempo. Ele não quer estar aqui mais do que você quer que esteja.
-É tão óbvio?
Lexi sorriu.
Brad riu.
-Tentarei ter mais cuidado no futuro -ajustou-se o chapéu e ficou olhando-os pés-. Tem
já casal para o baile da colheita?
-Não, ainda não. Mas não sei se irei. Depende de como esteja papai.
-Bom, ainda faltam várias semanas. Talvez poderemos falar de novo quando ficar
menos.
Lexi sorriu, aliviada de não ter que tomar uma decisão ainda. Tinha saído com o Brad
um par de vezes, mas deliberadamente tinha mantido uma relação informal.
-Necessita ajuda?
-Bom, então me parto. Tenho trabalho e não quero começar mal com o novo chefe.
-OH, não acredito que ocorra isso. Eu estava aqui antes de que ele chegasse, e imagino
que seguirei quando se tiver partido.
Das sombras do portal, Jake olhava com olhos entrecerrados e boca apertada. Não lhe
tinha gostado de nada Brad McCauley do mesmo mo
memoro em que o tinha visto, atuando como se ele fora o dono desse lugar.
McCauley havia dito e feito as coisas apropriadas, mas não tinham sido suficientes para
convencer ao Jake de que Frank Conlcy não era outra coisa que um velho débil aos olhos
do Brad, possivelmente um homem moribundo com uma bonita filha solteira. E nada do
que tinha visto lhe tinha convencido do contrário.
Quando Lexi tinha posto a mão no braço do McCauley e o tinha cuidadoso com esses
enormes olhos marrons, só o saber que em sua presente condição até um menino de cinco
anos poderia lhe derrubar, evitou que se aproximasse deles e arrancasse o pele ao Brad
McCauley.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 84
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Fechando o porta-malas, Lexi agarrou uma bolsa em cada mão e caminhou para a casa.
Jake a viu aproximar-se fixando-se em cada detalhe, do pescoço da camisa branca que se
estendia sobre seus peitos altos e generosos até a cintura dos jeans desbotados que lhe
marcavam os quadris redondos e as pernas largas e magras.
Os saltos deixaram o cascalho e pisaram nos ladrilhos do alpendre. Lexi tinha chegado à
porta quando Jake apareceu de entre as sombras.
Assustada, Lexi deixou cair a bolsa maior e deu um passo atrás ficando-a mão no
coração.
O se encolheu de ombros.
-Seu pai foi tornar se um momento, e eu saí a respirar um pouco de ar fresco. O resto só
foi uma feliz coincidência.
-Jamie veio e se partiu a agarrou do braço-. Frank está em sua habitação. Sente-se um
momento comigo -disse fazendo um gesto para as cadeiras atrás dele-. Twyla vai trazer chá
gelado assim que o faça.
-Ela sabe, mas acredito que é muito maternal. E é muito agradável ser atendido,
só um pouco. Eu não desfruto normalmente disso.
-Possivelmente. Diabos, Lexi, sou solteiro. Estou na estrada quase todo o ano, e
um homem se sente sozinho.
-Só ter ao lado na cama um corpo quente não significa não estar sozinho. Uma
cama pode ser muito fria, inclusive com companhia.
-Você o perguntaste.
Ele a olhou e soube imediatamente que tinha sido um engano. Seus olhos se cravaram em
sua boca. Seus suaves lábios rosas se separaram devagar e sua respiração saiu em um
suspiro. Seu lábio inferior, muito grosso e saliente, brilhava molhado. Esses lábios estavam
feitos para ser beijados, mordidos, chupados, acariciados e devorados.
Quando sua boca se posou sobre a dela, o coração do Jake se acelerou com dolorosa
fúria. Sua mão lhe sujeitou a cabeça enquanto sua boca esmagava a sua, saboreando e
pedindo mais. Quando finalmente teve que apartar-se para respirar, a ponta da língua
continuou acariciando o suave contorno de sua deliciosa boca.
Aproximando-se mais, ele desfrutou de seus mamilos duros e quentes contra ele,
enquanto ignorava a profunda dor que lhe cravava como uma flecha no centro de seu peito.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 86
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Selvagem por sua dor interna, Jake agarrou seu lábio uma vez mais e o meteu na boca,
chupando-o com ternura, e então soltando-o para cobrir seus lábios com os sua com
ansiedade, lhe queimando com os fogos que ela acendia em seu interior. As palpitações em
suas costas cresceram e se estenderam por todo seu peito.
Ele a abraçou mais, girando enquanto apertava seu corpo ao dele. Lexi lhe rodeou o
corpo com os braços e se entregou a ele com desejo. Então, a dor do Jake se fez
insuportável.
Estirou o braço em gesto de agonia. Procurou ar que não chegava enquanto um torno
gigante lhe oprimia o peito e cem navalhas lhe cortavam por dentro.
Surdo, mudo e cego de dor, nem sequer se tinha dado conta de que tinha gritado até que
Lexi esteve de pé a seu lado, com o rosto branco como uma parede.
-Jake! --gritou-. Meu deus, o que tenho feito? Está bem? Dava algo.
Tão rapidamente como tinha chegado, a agonia começou a diminuir, e ele começou a
respirar de novo.
Dói.
-O que passou?
-Minhas costelas... Suponho que os abraços não são uma boa idéia até que estejam
melhor.
Jake negou com a cabeça e sorriu fracamente. Lexi era incrivelmente sexy, suave e doce
e mimosa em um momento e selvagem como uma tormenta ao seguinte.
-Suponho que não quererá voltar para momento quando eu fui tão bruscamente
interrompido, né?
-Sinto muito.
-Não acredito que nenhum dos dois estivesse pensando muito faz uns minutos.
Jake viu que realmente a tinha assustado. Lexi ficou a mão na frente, confundida.
-De todas formas, como passou? Nem sequer lembrança do que estávamos falando.
-Bom... vou.
-OH, estou seguro de que sim, exceto... bom estava começando a desfrutar de que
vestisse pelas manhãs.
-Jake -disse ela franzindo o cenho-, isso nunca voltará a acontecer -levantou-se-. E
tampouco o que aconteceu faz uns minutos.
Jake sorriu; sabia que uma coisa era falar e a outra atuar.
-Ninguém sabe isso melhor que eu. mas até que meu pai esteja bem e haja tornado do
hospital, não tenho intenção de fazer nada do que pudesse me arrepender.
Ela o disse totalmente séria, e mais que isso, tinha razão. Jake assentiu.
-Sim? -perguntou Lexi sem poder ocultar sua surpresa e possivelmente um pouco
decepcionada.
-Claro. Tenho muito trabalho aqui, e você tem que preocupar-se do Frank e que cuidar
do Jamie.
Os dois vamos ter as mãos ocupadas. Além disso acrescentou sonriendo . como
acabamos de demonstrar graficamente, eu estou muito obstaculizado para fazer nada.
Ela riu.
-É certo, verdade?
remos de novo dentro de um par de semanas. Lexi o olhou cética. -Já veremos.
-É obvio.
Capítulo 8
Estava feliz sabendo que seu pai se estava recuperando rapidamente de sua operação e
seria transladado a uma habitação normal em qualquer momento. um pouco mais, e sua
vida voltaria para a normalidade. um pouco mais...
Uma mão lhe moveu o ombro, e Lexi lutou por sair da neblina cinza do cansaço que a
rodeava.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 89
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Então, pestanejando, deu-se conta de que não estava no hospital. Estava sentada no
assento de seu carro na escuridão, agarrando o volante com dedos intumescidos.
Devagar, girou o pescoço para o guichê aberto a seu lado. Seus olhos cansados se
fixaram na cintura elástica de umas calças de algodão.
Sobre a cintura estreita e nua havia uma vendagem larga e nova e um inconfundível
tipóia sujeitando o braço direito.
Lexi se sentiu culpado. supunha-se que ela deveu lhe haver levado, e se tinha
esquecido inclusive de chamar.
Agarrou do carro sua bolsa, mas Jake a tirou e a girou para a casa.
-Leva aqui dormida todo esse tempo? -perguntou Jake fechando a porta do carro e
seguindo-a-. Deve estar esgotada. Pensei que viria a casa ontem.
-Isso queria, mas decidi ficar um dia mais, só para me assegurar de que papai estaria
bem sozinho. Prometi-lhe que levaria ao Jamie a vê-lo uma destas noites.
-Ao Frank gostará de muito, e sei que Jamie está morrendo por ver por si mesmo que
seu avô está bem. Talvez vou contigo, bom, se não molesto.
-OH, não. Está bem. Estou segura de que papai quererá saber como vão as coisas -disse
chegando à porta-. Enquanto não lhe excite nem lhe preocupe com nada. Mas já sabe que
não deve fazê-lo.
Jake deixou a bolsa e agarrou a boneca do Lexi. -Lexi, poderíamos falar um momento
antes de entrar?
-Não demorarei muito --não lhe soltou a boneca-. Hoje aconteceu algo.
Como dando-se logo de conta de que a estava agarrando, Lexi apartou a boneca e deu
um passo atrás.
Twyla se ficou dormindo aqui estes dias, e os trabalhadores sempre estiveram perto.
Jamie está bem -repetiu.
Jake a rodeou com seus braços e esfregou sua bochecha contra seu cabelo enquanto
sussurrava.
-Não é tua culpa. Sou eu. Estou muito nervosa. Não estive separada do Jamie desde que
nasceu, e foi muito duro estar se separada dele esta semana passada.
-Mas tinha que estar com meu pai. No caso de. Até que soubesse que estaria bem.
Jake a olhou, compassivo e sem palavras. E lhe ofereceu a única resposta que pôde
conseguir, um abraço.
-Claro.
Um sorriso apareceu em seus lábios. Fazia ao Lexi sentir-se melhor, e isso era o que
importava.
-Obrigado... Bom, o que queria me dizer? -Dolores chamou hoje. Lexi deu um
passo atrás e o olhou.
-Eu agarrei o telefone -acrescentou Jake-. Perguntou primeiro por ti. Eu lhe disse que
estava no hospital. Assim perguntou pelo Jamie, e eu lhe chamei e me parti.
-Eu reconheci sua voz, mas não disse nada. Não sei se ela me reconheceu ou não.
Uma leve esperança cobrou vida, e então Lexi recordou que ela tinha reconhecido
imediatamente a voz do Jake na caravana do Louanne.
Ela sabia que havia algo mais, mas não ia insistir. Então se deu conta de que
durante todo o tempo que tinha estado fora, Jamie tinha passado cada momento livre
com o Jake, lhe fazendo perguntas e de uma vez respondendo às do Jake. Só de pensá-
lo, Lexi se estremeceu.
-Ao melhor lhe disse que não o fizesse. -Diz-o com um tom estranho.
-Sim? -grunhiu Lexi-. Sabia que tinha que ter tornado antes.
O que? Ao melhor eu devia ter falado com ela. Talvez devia lhe haver dito: Olá,
Dolores. Sou eu, Jake. Sabe o que? terminei contigo. Não estou zangado, não estou doído.
E não pensei em ti há anos. Bom, que tal vai?
Ada Stewart – Amando em Silêncio 92
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-claro que sim. Qualquer amor que eu haja sentido alguma vez pela Dolores terminou
muito antes de que ela partisse. Demorei mais em superar a fúria, porque a nenhum homem
gosta de ver seu ego pisoteado assim. Mas inclusive isso terminou faz muito tempo.
-Bom, tem-me confundida. Se não seguia zangado com a Dolores, por que te mostrou
tão resistente a voltar aqui?
Jake deu um passo para o Lexi e lhe agarrou o queixo na mão enquanto a acariciava com
seu polegar.
Lexi abriu a boca para perguntar do que estava falando e então se reprimiu. O olhar em
seus olhos lhe deteve. Mas ele não podia referir-se a ela. Havia uma dúzia de coisas às que
podia referir-se. Não podia falar do que seu estúpido coração acelerado queria que falasse.
Ela assentiu. Estava tão cansada que tinha vontades de chorar. E nesse momento lhe
desejou tão desesperadamente que estava em perigo de comportar-se como uma parva se se
movia um só centímetro.
Maldição! Lexi atirou o vestido com cabide e tudo ao chão. Apertou as mãos em
punhos e se olhou o reflexo no espelho de corpo inteiro.
Uma mulher simples lhe devolveu o olhar... uma mulher respeitável, vestida do modo em
que se vestiu quase todos os dias de sua vida. O comprido corto negro estava recolhido em
uma rabo-de-cavalo que lhe caía mais abaixo dos ombros. A camisa a quadros caía por
cima dos jeans azuis, que com os anos se esclareceram e suavizado e se tornaram muito
cômodos. E as botas blusões de couro negro velhas e desgastadas, eram muito funcionais.
Olhou o vestido, que parecia um montão de flores enrugadas no chão, como se fora uma
serpente lhe sussurrando palavras de tentação.
«me leve. Vamos, Lexi, sabe que fica muito bem. lhe mostre ao Jake o bom aspecto que
pode ter. Uns poucos cachos no cabelo, um pouco de maquiagem, saltos e este vestido.
Cairá rendido a seus pés».
Ada Stewart – Amando em Silêncio 93
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Lexi fechou os olhos e apertou mais os punhos. Não ia perder seu tempo tentando
impressionar ao Jake só porque tivesse uma oportunidade para levar algo que não fossem
jeans.
Abrindo os olhos, olhou-se outra vez ao espelho e decidiu que poderia arrumar-se por seu
pai, ao menos um pouco. Não havia necessidade de ir ao hospital com o aspecto de acabar
de terminar de fazer seu trabalho e não ter tido tempo de trocar-se.
Satisfeita com a decisão, agarrou o vestido e o pendurou de novo no armário. Então tirou
uma saia com vôo de veludo cotelê verde escuro, encontrou um cinturão a jogo e botas de
pele suave e escolheu uma singela camisa branca com o punhos de encaixe.
Lexi fechou os olhos e respirou profundamente enquanto tentava acalmar seu coração.
Tinha muito bom aspecto e o sábia. Pode que não tão impressionante como teria ficado com
o vestido de flores, mas bem. Sorriu e saiu da habitação.
Baixou as escadas. Jake e Jamie esperavam na porta da rua. Jamie a viu primeiro, e seus
olhos se abriram como pratos.
O sorriso do Lexi se fez maior, mas baixou os olhos, incapaz de olhar ao Jake.
-Pode que tenha passado muito tempo desde que me punha uma saia.
-Fica muito bem -observou Jake. Atrevendo-se a olhar em sua direção, Lexi avermelhou
levemente.
-Obrigado.
De repente contente de ter a seu filho de carabina, Lexi riu e então soou o telefone.
-me diga?
Aliviada de que não fora do hospital e segura de que tinha sido alguém que se
confundiu de número, Lexi falou com educação.
-Estou-te chamando a ti, Alexandra. E exijo saber o que crie estar fazendo.
Ao Lexi quase lhe dobraram os joelhos ao reconhecer a voz superexcitada de sua irmã.
sentou-se em uma cadeira.
-Dolores?
-Estava a ponto de partir ao hospital, Dolores. Crie que isto pode esperar até mais tarde?
Lexi respirou profundamente e se forçou a controlar o pânico que estava deixando seu
corpo gelado.
-Não, não pode. Tive que esperar todo o dia a que Harvey partisse e poder fazer esta
chamada. E você vais ficar te aí até que termine se souber o que te convém. Agora,
importaria-te me explicar que diabos está fazendo Jake Thorn aí?
-Papai lhe contratou. Jake só estará aqui umas poucas semanas até que papai se
recupere de sua operação. Por certo, está muito bem.
-Sei --cuspiu Dolores-. Chamei o hospital esta manhã. Embora só seja meu padrasto,
preocupo-me.
-te relaxe, Dolores. Terminará logo, e tudo voltará para a normalidade. Não há razão
para que te desgoste.
-Não! Você o prometeu. Foi parte de nosso acordo que Jake nunca estivesse perto do
Jamie -gritou Dolores-. Não o tolerarei. Ouve-me? Não o tolerarei!
-Não me diga o que tolerará ou não –replicou Lexi-. Você renunciou a seus direitos faz
muito tempo. Pelo amor de Deus, Dolores, virtualmente tenho que te suplicar para chame o
Jamie e fale com ele. Sabe que é adotado. Está começando a fazer perguntas. Como crie
que me sinto?
-meu deus. Não o haverá dito, verdade? -Não, não o hei dito. Mas eu gostaria. Algum
dia.
-Não pode.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 95
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Sim, posso. E algum dia o farei. Mas não agora, não quando posso lhe fazer muito
dano. Quando o averigúe quem é sua mãe natural, quero que...
-Tenho que ir -sussurrou Lexi ao telefone. -Libra lhe do Jake -insistiu Dolores-. Não
me importa como o faça, mas libra lhe dele.
Lexi lhe deu as costas à porta onde estava Jamie e baixou a voz.
-O que te incomoda tanto? Disse-me que Jake não tinha nada que ver com isto.
-Não!
Lexi quis gritar de frustração. Tentar obter uma resposta direta da Dolores era quase
impossível.
-Não tenho tempo agora, mas não te terminado contigo. Y... Dolores...
-Sim?
-Não volte a me ameaçar de novo. Jamie é meu, e eu decidirei o que aconteça com sua
vida.
-Não esteja tão segura, hermanita. Pode que não saiba tudo o que crie saber.
Tinha perdido mais tempo de que tinha acreditado falando, e estaria irritável e distraída
todo o caminho. O que tinha esperado Dolores conseguir com essa chamada?
Depois de fechar a porta, Lexi seguiu ao Jamie ao carro, onde Jake esperava. Com as
pernas cruzadas à altura dos tornozelos, estava apoiado contra a porta do condutor, olhando
para o horizonte.
A meio caminho para o carro, Lexi se girou e seguiu seu olhar até o céu rosa e
arroxeado.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 96
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Jake e eu vimos juntos as postas de sol -disse Jamie Ele diz que normalmente não as vê
porque sempre está trabalhando. Assim estivemos vendo juntos as postas de sol desde que o
avô foi ao hospital. Esta noite foi muito bonita. Eu gritei, mas você não me ouviste.
Lexi deixou de olhar o horizonte e se fixou em seu filho. Estava surpreendida pelo
repentino ressentimento que sentiu. Sempre lhe tinha animado para que passasse tempo
com seu avô e os trabalhadores. Sem pai, necessitava companhia masculina, e Lexi nunca
tinha invejado o tempo que passava com o Manuel, Tonio ou qualquer dos outros. Assim
não havia razão para que estivesse ciumenta da amizade entre o Jamie e Jake. E tampouco
havia razão para que se sentisse ameaçada por isso.
-Só recorda, filho -disse brandamente-, que Jake só vai estar aqui uma temporada. -Sei.
Um cenho enrugou a suave pele da frente do Jamie, e apartou a mão que lhe pôs no
ombro.
Sabendo que não deveu haver dito nada, Lexi lhe viu girar e caminhar para o carro. Só
tinha dez anos. Não sabia proteger seu coração ou evitar que se rompesse. Não entendia
por que terei que fazê-lo. A amizade do Jake era um presente, e a alegria do Jamie era pura
e simples, como devia ser.
-Jamie.
Quando ele se voltou, lhe fez um gesto para que se aproximasse. Ele obedeceu, mas a
expressão de seu rosto foi uma mescla de aborrecimento e de
saprobación. Dissesse o que dissesse Lexi teria que estar muito bem para que ele escutasse.
Lexi sorriu. Inclusive quando ela e Jamie estavam brigados, ela o queria tanto que não
podia suportá-lo. Um das dificuldades maiores da maternidade tinha sido evitar lhe mimar
de forma irremediável.
-Já não sou um menino, mamãe. Não vou começar a chorar quando Jake parta ou
alguma estupidez assim.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 97
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-De acordo -separou-se dela-. Mas não tinha que te desculpar, mamãe. Eu o teria
superado.
Lexi riu.
Vestido com os mocasines que Lexi lhe tinha comprado e um par de calças de moletom
azul marinho com uma camiseta de suspensórios a jogo e uma camisa vaqueira aberta, lhe
via deliciosamente atrativo com um estilo desalinhado e depravado.
-É meu carro, e você tem só um braço bom. -Posso conduzir com um braço. -É isto
machismo?
-Olhe, Jake --Lexi se aproximou consciente de que Jamie estava perto escutando cada
palavra--. Na última meia hora, briguei-me com todo mundo com quem falei. Estou
cansada. Estou tensa. E eu conduzo -disse com tranqüilidade-. Agora pode ir a seu lado e te
sentar?
-De acordo, você ganha. Mas tenta não passar por cima de muitos buracos, de acordo?
-Sei.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 98
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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As duas palavras ficaram suspensas no ar enquanto ele dava a volta até seu lado. Lexi
recordou as horas que tinha passado a seu lado na cabine da velha caminhonete que ele
tinha usado para lhe ensinar a conduzir. Horas passadas conduzindo pelas estradas do
rancho. Horas durante as quais ela tinha estado muito pendente dele para emprestar muita
atenção à condução.
depois de ter entrado e de que Jamie lhe tivesse fechado a porta ao Jake, Lexi girou em
seu assento para ajudar ao Jake com o cinturão. Sua mão se fechou sobre a dele e a guiou.
lhe olhando, ela se encontrou cara a cara com ele, quase o bastante perto para beijar-se.
-melhorei desde que tinha quinze anos -disse, refiriéndose a seu modo de conduzir.
-Notei-o.
Lexi se colocou bem e arrancou com uma mão tremente. Sem prévio aviso, Jake estirou
o braço esquerdo e agarrou o cinturão que ela não havia meio doido. Sua mão roçava seus
peitos enquanto o punha.
-Esqueceu te pôr o cinturão -disse enquanto ele esperava que ela guiasse sua mão de
novo.
-OH.
-Obrigado -disse, tentando fingir que tudo era normal enquanto o coração lhe pulsava
com força. -Posso escolher eu a música? -perguntou Jamie. Lexi levantou a cabeça.
-Deixarei-lhes isso aos dois -disse arrancando e entrando na estrada que lhes
levaria a auto-estrada. Tinha um comprido viaje por diante e uma viagem mais
comprido ainda à realidade.
Tinha visto o desejo nos olhos do Jake e havia sentido sua própria resposta. Estivesse o
que estivesse passando entre eles, tinha que parar. Suas histórias estavam muito
emaranhadas e seus futuros eram muito incertos para que se desenvolvesse algo duradouro.
Além disso, ela tinha que pensar no Jamie. e Jake era um culo de mau assento que só
queria ir à deriva de um sítio a outro. Não era o tipo de homem no que uma mulher
pudesse apoiar-se, ao menos não durante muito tempo. E Lexi não era o tipo de mulher que
pudesse distanciar-se facilmente.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 99
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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A diferença de seu filho, ela protegia com zelo seu coração, porque quando ela
amava, amava com todo seu ser. Lexi só tinha amado assim uma vez, e quando Jake
partiu a primeira vez, seu mundo se desmoronou. Não podia arriscar-se de novo. Não
estava segura de ter a força para suportar lhe perder uma segunda vez.
Capítulo 9
D I M E quando -disse Lexi emprestando atenção a seu pai e ao botão que estava apertando
para levantar a cabeça da cama do hospital.
-Aí! Justo aí! -Frank, sentado, fez um gesto aos pés da cama-. Agora tem que levantar
isso um pouco porque se não me escorregarei.
Obediente, Lexi provou outro botão até que ele esteve satisfeito e disposto para
conversar. depois de dar um passeio desde sua habitação até a sala de espera e volta a sua
habitação com seu neto, seu pai parecia mais que desejando terminar a visita da cama.
-Bom -disse relaxando-se contra o travesseiro--. Está muito bonita esta noite.
-Pensei que seria uma mudança agradável depois de quase uma semana dormindo em
uma cadeira na sala de espera. Tinha um aspecto desastroso quando me parti o outro dia.
-Não devia estar tão mal -disse seu pai-. Esse médico ruivo que vem cada tarde me
perguntou se estava casada.
-É certo -insistiu seu pai-. E pareceu muito decepcionado de não verte ontem.
-Seria melhor partida que Brad McCauley. -OH, papai. saí com o Brad exatamente três
vezes.
-Bom, está bem como capataz, mas eu não gostaria como genro.
-Nem sequer o conhece, e iró a seu pai e falou em um sussurro-, você não deve te
excitar. Brad e eu só somos amigos, ponto.
-Graças a Deus -grunhiu enquanto Lexi se inclinava para lhe beijar na frente.
Ele apertou sua mão e lhe piscou os olhos o olho enquanto ela se endireitava e lhe
sorria.
-Agora te leve bem e te verei amanhã --disse ela lhe devolvendo a piscada.
-Se tiver a oportunidade de falar com esse agradável doutor ruivo, lhe pergunte quando
poderei sair daqui.
Pondo os olhos em branco, Lexi lhe disse adeus. Jake a viu partir e então se girou para o
Frank.
-Como está?
-Eu também me sinto algo assim -disse sentando-se com cuidado-. Estava só brincando
ou realmente você não gosta de Brad McCauley?
-Seja o que seja, McCauley não é o homem para o Lexi. Isso sei com segurança.
-Comprovou suas referências quando lhe contratou? Quanto sabia de seu passado?
-Nada específico. Há algumas costure que não encontrei, como recibos de compras que
se supõe tem feito ele. Preços que parecem algo caros.
- Ainda não sei nada. Tenho muito que faz antes de me formar uma opinião.
-Poderia ser simplesmente uma má contabilidade. O tipo pode ser um bom capataz, mas
um desastre com os papéis.
Jake assentiu.
-Ou poderia ser um estelionatário. Voltando para essas referências sobre o McCauley,
comprovou-as bem?
-Não. O capataz que tive antes dele contratou ao Brad como vaqueiro. Tinha boa
reputação com os cavalos, e tinha trabalhado de capataz algumas vezes para alguns ranchos
do norte. Assim quando o outro capataz partiu sem prévio aviso, Brad se ocupou do posto
até que eu pudesse encontrar a alguém. Isso foi faz quase quatro anos, e nunca cheguei a
contratar a ninguém.
-Assim que ele poderia ter feito isto antes. Isso é se realmente tinha feito algo.
Durante um momento, Frank não disse nada. Simplesmente ficou olhando ao Jake com
solenidade.
-Sim, é-o --Frank ficou a olhar a parede-. Os dois sabemos que não podia lhe pedir a
ninguém que fizesse isto.
-Não é Manuel nem Tonio. Apostaria minha vida. Mas poderia ser algum dos novos
trabalhadores que logo que conheço.
Frank sorriu.
-Sim, verdade? Há-me dito que te esteve ajudando. te falando do rancho e de quem faz
cada coisa. É um hombrecito muito preparado, verdade?
Ada Stewart – Amando em Silêncio 102
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Sem dúvida. Vai diretamente do colégio ao campo cada dia. Parece que trabalhou com
todos os homens daqui, ajudando quando pode e observando e aprendendo o resto do
tempo. E acredito que Jamie vê muito mais que algum dos trabalhadores.
-Jamie está planejando dirigir o rancho um destes dias - -disse Frank---. Pode ser só um
menino, mas sabe que é seu rancho. Crie que ele poderia saber algo que pudesse te ajudar?
-Sei que não gosta de Brad McCauley. E há um tipo chamado Pepper que Jamie pensa
que é algo furtivo.
-Pepper... OH, sim. Tinha trabalhado antes com o McCauley. Lhe contratou o ano
passado. É bastante reservado.
-Suponho que isso não é mau -disse levantando-se e endireitando devagar seu corpo
dolorido- . Bom, partirei-me e te deixarei descansar.
-Terá-me informado?
-Lexi me fez jurar que não falaria de trabalho contigo -disse sonriendo-. E não tenho
feito outra coisa. por que não me deixa que te conte só se encontro algo definitivo?
Enquanto isso poderá te dedicar a melhorar para voltar para casa.
Esgotado da tarde, Frank assentiu e Jake partiu. No corredor, Lexi estava de pé falando
com um médico forte e ruivo com bata branca. ria por algo que o homem havia dito, e Jake
sentiu de repente ganha de dar ao homem um murro em seu rosto sardento.
Interrompendo sua conversação, Jake olhou ao doutor e então se voltou para o Lexi.
-Vamos já?
-Em seguida -disse girando-se sorridente ao Jake-. O doutor Kiley estava me dizendo o
bem que se está recuperando meu pai. Não é maravilhoso?
-Não posso agradecê-lo-o bastante, doutor -disse Lexi-. Significa muito saber que meu
pai está em boas mãos.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 103
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Se tiver alguma dúvida ou deseja me buscar, só deixe uma mensagem às enfermeiras
-estendeu a mão e Lexi a estreitou-. Falaremos logo, e
terei um bate-papo com seu pai e com você antes de que parta a casa.
-Muito obrigado, doutor Kiley -disse Lexi de novo, ainda sujeitando sua mão.
-Mamãe, podemos ir ? --interrompeu Jamie aparecendo com uma lata em uma mão e
uma bolsa de amendoins na outra-. Acredito que necessito uma pizza ou algo assim. Está-
me entrando fome.
-Isso sonha bem -disse Jake-. Poderíamos comprar uma de caminho a casa.
-E poderei jogar com os vídeo jogos -disse Jamie metendo um punhado de amendoins na
boca-. O que pensa, mamãe?
-Não fale com a boca enche, Jamie -disse Lexi enquanto o doutor partia.
Sentindo-se repentinamente generoso, Jake lhe sorriu. depois de tudo, parecia ser um
bom doutor, e não lhe podia culpar por encontrar atrativa ao Lexi. Ao menos tinha tido o
tato de apartar-se quando Jake tinha entrado em cena.
-Suponho que se sentirá muito orgulhoso de ti mesmo -disse Lexi interrompendo seus
pensamentos.
Ele a olhou, ainda sujeitando a dos ombros. Seus enormes olhos canela brilhavam de
modo inquietante.
-A que te refere?
-Refiro a este gesto de homem das cavernas -girando os ombros se livrou dele-. Graças
a ti, esse agradável doutor possivelmente nunca paquerará comigo de novo.
-Já ouvi tudo o que quero sobre o Brad esta noite. meu deus, quase sinto ter saído com
esse homem.
-Todos sabem. Suponho que Brad o disse. A que botão lhe dou, mami?
Ela entrou detrás dele e assinalou o da planta baixa. Jake entrou e as comporta se
fecharam.
-Disse-lhe que me pensaria isso -disse Lexi irritada--, não que iria. Disse-lhe que
dependeria de papai.
-A que te refere?
nenhum homem -observou ela olhando-o furiosa. Jamie se deteve nas portas de saída, fez-
lhes um gesto e então seguiu para o estacionamento. Lexi e Jake lhe seguiam, deixando a
distância justa para manter sua conversação em privado.
-Bom, pode que eu saiba de homens um pouco mais que você -disse Jake.
- Parece meu pai -deteve-se e olhou indignada ao Jake-. Não sou Caperucita Vermelha, e
não preciso ser salva do lobo mau. Posso me cuidar reveste muito bem, obrigado.
O a agarrou do braço.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 105
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Não tento ser seu pai, Lexi, nem seguisse seu irmão maior. Assim se isso é o que pensa,
tira-lhe o da cabeça.
-Pode que só tente te manter separada de outros homens, maldita seja. Te ocorreu isso?
-perguntou muito devagar.
Ao Lexi o puseram os joelhos como pudins. -Quero te ouvir dizê-lo -sussurrou. -Quero-
te para mim. De acordo? Hei-o dito.
E agora o que?
-Agora suponho que tomaremos uma pizza -disse Lexi tentando acalmar seu coração.
-por que?
-Porque tenho uma ereção enorme, e não posso fazer muito por ocultá-la.
-Jake!
-Você me perguntaste -disse apertando sua mão-. E não me diga que não sente o mesmo.
-Não acredito que pudesse, bom, já sabe... com suas costelas e o ombro e tudo
-balbuciou com as bochechas ardendo-. Bom, logo que pode te vestir. Como foi A...?
-Possivelmente não poderia -disse Jake detendo-se e esfregando com o joelho sua coxa
ao girar-se para olhá-la-. Mas isso não evita que queira tentá-lo.
Lexi moveu a cabeça confundida. Seu coração pulsava fortemente, seu corpo palpitava,
sua cabeça dava voltas, e em tudo o que podia pensar era em
Ada Stewart – Amando em Silêncio 106
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aquela outra noite de anos atrás em que Jake lhe tinha ensinado o significado da palavra
amor em seu sentido mais erótico. Em tudo o que podia pensar era no que daria de estar aí
de novo.
Lexi assentiu. Seus lábios estavam tão perto que quase podiam tocar-se. Ela respirou
profundamente e sentiu seus peitos esmagar-se contra suas costelas.
-Não importa.
Com a mão livre, ela a colocou por sua camisa e acariciou brandamente as ataduras sob
a camiseta.
-Suponho.
-Nem sequer podemos nos beijar sem que seu fique dobrado de dor.
-Parece-me quase um ano... Sei que tem razão, mas isso não evita que te deseje. E não
poder fazer nada só me põe pior.
-Precisamos falar.
Sentindo-se culpados, Lexi e Jake se separaram, mas não antes de que Jamie inclinasse a
cabeça com repentino interesse.
Jamie os olhou, com os olhos do Jake ao Lexi e de novo ao Jake antes de que seu olhar
se posasse em sua mãe com claro cepticismo.
-Claro, coração -Lexi caminhou para o carro, atirando do Jake com ela-. Vamos, Jake.
vamos comprar uma pizza.
O caminho para a pizzería foi silencioso. Jake girou a cara para o guichê e pareceu
dormir quase assim que o carro arrancou. Jamie estava no assento traseiro, dando claras
amostras de estar carrancudo, e Lexi conduziu silenciosa cheia de dúvidas e remorsos.
Seu pai estava ainda no hospital recuperando-se de uma operação do coração. Seu filho
estava enfrentando-se a muitas mudanças em seu mundo. Sua irmã estava acossando-a com
coisas sobre as que Lexi não tinha controle. E os impulsos libidinosos do Jake tinham que
ser o resultado do aborrecimento e o isolamento. Ela não podia acreditar que houvesse algo
mais nisso.
Por sorte era algo discutível. Apesar do que os dois desejassem, Jake não era capaz de
mais além de formar-se ilusões. E quando pudesse, já se teria partido. O pensamento devia
alegrá-la, mas sentiu uma pena tão forte que nem sequer pôde tentar mentir-se a si mesmo.
Queria-o. O céu a ajudasse, inclusive se fosse só por uma noite, preferiria passar o
resto de sua vida revivendo essa única noite que perguntando-se como teria sido se tivesse
tido a coragem de dizer que sim.
Um segundo mais tarde seu braço apareceu assinalando junto à cabeça do Lexi, lhe
dando um susto terrível.
-OH, Jamie, não volte a fazer isso -disse assustada ficando-a mão sobre o coração.
-Não... -Lexi começou a negá-lo, mas sua consciência não o permitia; tinha estado
sumida em seus pensamentos-. Bom, é possível. Mas não tinha que gritar.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 108
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Assustei-te?
-Sim -Lexi se aproximou da pizzería-. E que saiba que não é prudente chiar a
sonâmbulos nem a condutores sonhadores.
Jogou um olhar inquietante por cima de seu ombro ao assento traseiro, e então voltou a
olhar o edifício diante deles. desabotoou-se o cinturão e abriu a porta.
-Está costelas me incomodarão até a próxima década -disse começando a sair--. Mas
não me doem como antes.
Lexi esperou até que todos saíram para fechar as portas. E todos entraram.
Jake se dirigiu a uma mesa tranqüila ao final, onde as luzes eram mais suaves e as velas
menos brilhantes sobre as toalhas de quadros vermelhos e brancos. Jamie se encaminhou
para as máquinas de jogos junto à entrada. Depois de assegurar-se de que ficaria onde eles
pudessem vê-lo, Lexi seguiu ao Jake.
Sós sob a lua, no céu aberto, as coisas que ela havia dito não lhe tinham parecido tão
atrevidas. Mas dentro de um restaurante, rodeados de gente, estava envergonhada ao
recordá-lo. Precisamos falar. Como podia haver dito algo assim? Como poderia ter
acessado ele? Eles não tinham nada que falar além do fato que queriam fazer o amor e não
podiam.
E isso não era precisamente algo que ela queria falar em público, nem sequer em
privado, já que tinha tido a oportunidade de recuperar a razão.
-Tem o cenho franzido -disse Jake enquanto Lexi se sentava a seu lado.
-Sim? -passou-se uma mão pela frente para suavizá-la, mas só se aprofundou o cenho. -O
que ocorre?
-Vá memória.
-Sim?-seu pôs tinta pelas lembranças eróticas que cruzaram sua cabeça.
-Metade e metade?
-O que?
O calor que subiu a sua cara nesse momento foi de pura vergonha.
-De acordo.
Jake se levantou para pedir. Lexi, ao ficar sozinha, sentiu que sua imaginação começava
a transbordar-se de novo. Fechou os olhos e respirou profundamente.
Tinha que acabar com isso. Tinha deixado de ser uma adolescente, e Jake
definitivamente não era o herói que ela se formou em suas fantasias virginais. Era um
homem de carne e osso com falhas e debilidades, e era mais que capaz de romper seu
coração e arruinar sua vida. Não o faria a propósito, mas o faria de todos os modos.
Ela era terra e ele fogo. E sabia que não havia modo de estar perto dele sem queimar-se
com seu calor. Lexi ainda tinha as cicatrizes da última vez.
- Parece pensativa.
um pouco.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 110
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e o lugar -Lexi começou a separar a mão, mas os dedos do Jake se aferraram a sua
boneca.
-Não acredito que Jamie esteja muito cômodo com a idéia de nós... você e eu, sendo
algo mais que amigos.
-Jamie não está aqui agora mesmo -Jake apartou a mão e começou a brincar com o
garfo-. Olhe, Lexi, isto tampouco é fácil para mim. estive confundido contigo a muito
tempo tempo.
-Quanto?
A ela começou a lhe palpitar o coração com fúria. Ela nunca esqueceria aquela noite.
Recordava o céu azul e o aroma de pinheiro no ar. Recordava cada palavra que Jake lhe
havia dito e cada olhar que lhe havia dito mais que as palavras. havia-se sentido aquela
noite como uma mulher, uma mulher apaixonada, e Jake lhe tinha feito sentir-se assim.
-Se você tivesse sido inclusive só um ano maior, tudo poderia ter sido diferente. Mas
uma garota de dezesseis anos, não importa quão tentadora seja, é muito jovem para que um
homem de vinte e sete anos pense nela.
-OH, sim, pensava em ti. A noite de sua festa, era muito difícil te ignorar com o cabelo
solto e encaracolado, e agitando seus enormes olhos marrons a cada homem.
-Não o fiz.
-Sim -insistiu Jake sonriendo-. E levava esse vestido de festa rosa com o decote tão
baixo que seu pai te seguia com um pulôver que não deixava de tentar que pusesse.
Lexi riu, recordando essa parte da festa pela primeira vez desde fazia anos. Pobre papai.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 111
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Pobre papai, sim. Sua menina estava crescendo justo diante de seus olhos. diante dos
olhos de todos. E todo mundo se estava dando conta -disse Jake baixando a voz a um
sussurro.
Um calor sensual, lento e delicioso se estendeu por ela ao som de sua voz.
Sim.
Como se estivesse acontecendo de novo, ela podia lhe ver girar-se ao som de sua voz,
esperando até que ela chegou a seu lado. Com ninguém mais à vista, Lexi lhe tinha pedido
um beijo de aniversário. Ele tinha vacilado, e ela se pôs nas pontas dos pés, logo que
roçando seus lábios com os dele em uma
carícia. Quando ela se apartou, os braços do Jake a tinham rodeado, apertando-a contra
ele.
Isso tinha sido tudo. Animada, ela tinha roçado seus lábios uma vez mais. Mas essa vez,
ele tinha reagido, ao princípio resistente, e logo com uma intensidade que tinha tido em um
completo contato de seus corpos, com ofegos sem fôlego.
Quão último ela recordava era o olhar horrorizado do Jake ao olhar para baixo, para ela
e então girar-se e desaparecer na noite. Até esse momento, o beijo tinha sido tudo o que ela
tinha sonhado que seria.
-por que te partiu assim? -perguntou ela ao recordar a dor que havia sentido.
-Porque me assustei -tocou sua mão e a acariciou com a ponta dos dedos-. Você foi
muito jovem para saber o que estava fazendo, e eu era um homem adulto considerando
seriamente costure que possivelmente eram inclusive ilegais e pervertidas.
-me acredite, Lexi, foi muito tentador durante o par de minutos em que perdi
completamente a cabeça. Então consegui recordar que foi uma menina. E saí daí enquanto
ainda pude.
-O sentimento era mútuo, me acredite, mas seu pai me teria matado, Lexi. E teria tido
razão. Isso teria sido o mais estúpido que nenhum dos dois teria feito.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 112
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-OH, sério? Mais estúpido que te casar com a Dolores três meses depois?
-Pode que em outro momento. Não é algo do que queira falar esta noite.
-Do muito que quero te fazer o amor. De repente, fraco pelo efeito de suas palavras,
Lexi se levou a mão à frente para que deixasse de lhe dar voltas a cabeça.
-Jake...
-Sei. Acabamos de vir do hospital. Toda sua vida é um torvelinho agora mesmo e isto
está algo desconjurado.
-Não é isso.
-Então, o que? -perguntou brandamente. -A última vez... bom, a única vez que fizemos
o amor, você te partiu sem me dizer nem adeus.
Meu pai foi o que me disse que não foste voltar. -Está zangada.
-Não sei... Sei que estou assustada, assustada de que o faça de novo se te der a
oportunidade.
Furiosa de repente, Lexi tentou apartar a mão dele, mas Jake não a deixou.
-me escute - insistiu Jake-. Não devi, mas houvesse tornado a fazê-lo se tivesse tido a
oportunidade. O único modo em que podia evitá-lo era partindo.
-Não recordo haver resistido muito -franziu o cenho-. À manhã seguinte pus os pés na
terra, Lexi. Não tinha dinheiro, nem trabalho, nem futuro. Inclusive tinha alugado meu
rancho por dez anos só para cumprir o acordo de divórcio com a Dolores.
- Bom, isso é muito nobre, mas o que trocou agora de faz dez anos?
Ada Stewart – Amando em Silêncio 113
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Você já não tem dezesseis anos. E eu sou muito velho para ser nobre. Nem sequer
posso dormir pelas noites pensando em ti... em todas as oportunidades perdidas -disse com
paixão entrelaçando seus dedos com os dela-, no bem que te sinto entre meus braços.
A fúria do Lexi tinha desaparecido. Sabia que não lhe oferecia um futuro, mas estava
lhe oferecendo muito mais do que ela tinha tido nunca com outro homem. Estava lhe
oferecendo outra oportunidade para desfrutar da noite mais maravilhosa de sua vida.
-Eu também pensei coisas parecida --admitiu tragando saliva-. E agora, o que?
-Só queria que soubesse que vou seduzir te assim que possa
-Bom, graças-dijo Lexi enjoada ao pensá-lo-. Uma dama tem que estar acautelada.
Capítulo 10
L EXI estava de pé junto à janela da cozinha que dava ao jardim, onde Jake e Jamie
jogavam com um balão de beisebol sob o ar outonal, com sua camaradagem em pleno auge
de novo. A tensão que tinha aparecido depois da viagem ao hospital uma semana antes se
esqueceu, em grande parte para os esforços do Jake.
Enquanto olhava, Jamie jogou o balão ao Jake, que deu dois passos atrás, e o colheu
com as duas mãos antes de que me chocasse com seu estômago. Girando a sua esquerda,
lançou-o para o Jamie.
Jake ainda levava o tipóia, e suas costelas seguiam enfaixadas, mas detrás três semanas
de repouso se estava curando. Ao pensá-lo, o coração lhe deu um bote. mordeu-se o lábio
inferior para evitar sorrir, mas sua boca esboçou um sorriso de todos os modos. Logo Jake
teria dois braços para sujeitá-la e um peito o bastante forte para suportar seu peso.
E logo o que? Pergunta-a ressonou em sua mente, alelando a alegria como fumaça no
vento. Seriam uma ou duas noites suficientes para fazê-la suportar a dor de coração que
seguiria? Porque fizessem ou não o amor, ele partiria assim que seu pai estivesse bem.
Jake lhe havia dito que a desejava, mas não havia dito que a amava. Havia dito que
sonhava com ela, mas não que ficaria com ela. Lhe faria o amor e depois partiria.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 114
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Lexi se agarrou com força à pilha e respirou profundamente. Quando levantou o olhar
de novo, viu o Jake correndo para agarrar o balão. Seu rosto estava depravado e sorridente.
Seus olhos verdes brilhavam risonhos enquanto agarrava o balão e se endireitava de novo.
Aos quarenta e um anos, era uma versão mais curtida, amadurecida e atrativa do moço a
quem ela tinha adorado e o homem ao que tinha chegado a amar.
A risada do Jamie soou quando Jake girou e lhe lançou o balão. Lexi viu seu filho
correr para trás para recebê-lo. Seu rosto feliz e olhos risonhos eram tão similares aos que
acabava de ver, que suas mãos apertaram tanto a pilha que seus nódulos ficaram brancos.
Inclinando-se para a janela, pestanejou, moveu a cabeça para esclarecer sua visão e
olhou de novo. Com os anos, quão parecidos ela tinha visto os tinha atribuído ao produto de
sua imaginação hiperactiva. Mas nesse momento, enquanto olhava, a velha suspeita
cresceu. Não podia ser. Não podia ser. Mas e se o era?
Dolores lhe tinha jurado que não se deitou com o Jake durante meses antes de lhe
deixar. Mas Dolores estava acostumada mentir. Se alguém sabia, seria sua mãe. depois de
tudo, tinha sido idéia da Cordelia esconder o embaraço da Dolores depois da identidade do
Lexi.
Inclusive depois de dez anos, a lembrança ainda doía. Nunca tinha sido um segredo que
Dolores tinha sido a favorita de sua mãe, mas Lexi nunca se deu conta disso até o dia em
que tinha visto a partida de nascimento do Jamie. Seu mundo se derrubou quando tinha lido
seu nome. Alexandra Lorraine Conley, aparecia como a mãe do James Franklin Conley, o
nome que ela tinha planejado dar a seu próprio filho quando tivesse um. E onde devia estar
o nome do pai, só punha "desconhecido".
Deixando a lembrança atrás, Lexi correu ao telefone do salão. Sua mão tremia enquanto
marcava o número de sua mãe. Ao quinto ring, suspirou aliviada para ouvir a criada.
Enquanto ia procurar a sua mãe, Lexi tentou acalmar seu coração.
-Lexi? O que ocorre? Não parece você -alarmou-se-. É seu pai? ocorreu algo?
-Não, não. Está bem. Enviarão-lhe a casa dentro de uma semana ou algo assim.
-Bom, solta-o, querida. Tenho convidados que devem jantar, e a florista chegará em
qualquer momento. Há um milhão de coisas que devo fazer.
-Parece uma grande festa -disse Lexi, ganhando tempo para armar-se de valor.
-OH, não é nada, mas ao Lloyd gosta assim. É muito especial. Bom, o que é, Lexi?
Tenho pressa.
-Bom, mãe... -respirou e soltou o ar devagar-. notaste algo no Jamie que fora... bom,
familiar?
-Não -disse Lexi impacientando-se tanto como sua mãe-. Não refiro a isso. Recorda a
alguém? Nas fotos notaste que se pareça com alguém?
forma de mover-se e nas coisas que faz? -Bom, sim, e queria te falar disso, Lexi. Sei
que vive em um rancho e está acostumado a muita liberdade, mas esse menino é muito
revoltoso. Lloyd estava pensando que ao melhor uma escola militar pudesse ser uma boa
idéia.
-OH, santo Deus! -exclamou Lexi-. Se Lloyd fora mais rígido lhe poderia dissecar.
Para isso não te chamei.
-Lloyd pode ser um pouco rígido, mas é enormemente rico, querida, e espero que seja
agradável com ele -replicou Cordelia-. Além disso, eu já lhe hei dito que você nunca
estaria de acordo. OH, a florista está aqui, querida. Sério, tenho que ir.
-Mãe, espera!
-O que?
-Jake não é o pai do Jamie -disse Cordelia como se pudesse ler a mente do Lexi.
-Mãe, se tiver aprendido algo em toda minha vida, é que você não te deterá em nada
para proteger a Dolores. Eu fui para ti um sacrifício a emano mais de uma vez.
-Posso lhe perguntar ao Jake, mãe. Se averiguar que Dolores se deitou com ele justo
antes de partir, se me inteirar de que me mentiu nisso, então saberei que Jake pôde ser o pai
e possivelmente o seja.
-E então, o que fará? O dirá? Arriscará que possa te tirar ao Jamie? Porque sabe que
poderia. Agora os pais têm direitos. É isso o que quer?
Era o tom de sua mãe mais que suas palavras o que doía, mas era uma dor que Lexi
conhecia bem. Ela tinha aceito muito tempo antes que era uma enteada para sua própria
mãe. E também tinha aprendido que ao final, tinha sido a afortunada.
-Se Jake for o pai -disse Lexi devagar tem direito ou seja o.
-É uma boba, Lexi. Para todo mundo você é a mãe do Jamie. Eu me ocupei disso. Eu,
sua mãe. Eu o arrumei de modo que os médicos e o hospital pensassem que Dolores era
Alexandra Conley. Eu o arrumei para que pudesse abandonar Califórnia com o Jamie como
seu própria filho e ninguém soubesse nunca a verdade. E agora está ameaçando
danificando-o tudo!
-Essa decisão terei que tomá-la eu, mãe. Ao melhor você apoiaste sua vida no engano,
mas eu não descida vivê-la assim. Jamie sempre soube que era adotado, e quando for o
bastante maior, penso lhe dizer quem é sua mãe natural.
-claro que sim --disse Lexi tranqüila -. E quando falar ao Jamie de sua mãe, não crie que
fará perguntas sobre seu pai? Jamie tem dez anos, mãe. Já está começando a fazer
perguntas. Quanto tempo mais crie que posso seguir lhe dando desculpas?
-Eu não tinha nem vinte anos. Foi um golpe duro quando averigüei o que tinha feito a
minhas costas. Eu fui a Califórnia para ajudar a minha irmã a superar um divórcio
traumático. Nem sequer sabia que estava grávida até que a vi. E nunca sonhei que a única
razão pela que me queria ali era para me tender uma armadilha.
-Isso não supõe nenhuma diferença. Você aceitou o bebê. Acessou a isso.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 117
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-Claro que acessei, depois de que Dolores ameaçasse dando-o em adoção se não o fazia
-Lexi apertava o telefone com tanta força que os dedos lhe começavam a dar cãibras-.
depois de que eu levasse lhe cuidando semanas. depois de que me tivesse apaixonado por
bebê.
As lágrimas apareceram em sua voz ao recordá-lo, e o coração lhe partiu para pensar
nesse bebê diminuto e perfeito afastado por uma mãe que nunca lhe tinha querido. Algumas
pessoas nunca deveriam ser mães. Dolores era uma delas, e Cordelia possivelmente outra.
Como a própria Lexi, Jamie tinha sorte de ter sido rechaçado, sorte de ter sido recolhido
pelos braços de sua nova mãe e levado a rancho nos subúrbios da Santa Fé onde ele, como
ela, conheceria o que era crescer sendo realmente amado.
- Não fique emocional, Alexandra --ordenou-lhe sua mãe-. Sabe o que me desgostam as
lágrimas.
Lexi respirou profundamente e se acalmou. O passado tinha ficado detrás. Jamie era
dele, e não havia nada que ninguém pudesse fazer por trocar isso. Quando o momento
chegasse, lhe diria tudo o que ele precisasse saber e não mais. Não havia razão para que
tivesse que escutar todos os detalhes feios.
-Não se preocupe, mãe. Não farei nada ainda. houve muito dor. Não quero que ninguém
sofra nunca mais por nada disto --fixo totalmente acalmada-. Dou-me conta de que isto
também tem que ser decisão da Dolores.
-Eu acredito que sim, a seu tempo. Acredito que chegará o dia quando ela quererá que
saiba. -perdeste a cabeça.
-Já veremos -como de costume, sempre que falava com sua mãe, Lexi estava desejando
terminar com a conversação para poder recuperar sua paz mental--. Não está esperando a
florista?
-Sim, bom, me prometa que o pensará, Alexandra. ('réu que se isto miras de um modo
realista, será sensata.
-Que tenha uma agradável velada, mãe -disse Lexi tirando o auricular da orelha.
As palavras de despedida de sua mãe, logo que ouvidas, fizeram sorrir ao Lexi enquanto
pendurava. A última vez que lhe tinha dado a seu pai a mensagem, ele tinha deixado claro
que não queria ouvir nada mais dessa maldita mulher». Para ele, o passado era um livro
fechado.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 118
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Lexi se perguntou se não seria melhor que ela adotasse a mesma atitude. Ao melhor
algo do que sua mãe havia dito era certo. Seria Jamie mais feliz conhecendo a verdade? Ou
se sentiria como se sentiu Lexi quando sua mãe ficou com a Dolores e a enviou com seu
pai?
Lexi tinha necessitado meia vida para dar-se conta de que a falha não tinha estado nela
mesma, a não ser em sua mãe. Não queria que Jamie passasse por isso, mas não sabia como
poderia evitá-lo uma vez lhe dissesse a verdade.
Doía-lhe a cabeça de todas as perguntas sem respostas enquanto ficava de pé. Melhor
trataria esses problemas como fazia sempre; deixando-os para o dia seguinte, e rezando
para poder encontrar uma resposta.
Lexi estacionou diante da casa justo antes do pôr-do-sol. Ela e seu pai tinham
acontecido a manhã falando com os doutores, e estava feliz ao pensar que seu pai voltaria
para casa depois do fim de semana. Ainda necessitaria muitos cuidados. mas com a Twyla e
Manuel para ajudar, tinha podido assegurar aos doutores que não haveria problema.
Um sorriso acendeu seu rosto enquanto saía do carro. Mas em lugar de entrar na casa,
sentou-se no bordo da fonte de pedra. Do alto, de onde uma vez tinha cansado a água, havia
uma cascata de novelo. As delicadas flores rosas e brancas sobre as folhas verdes
formavam um belo tapete a seu redor.
Seus dedos acariciaram as pequenas pétalas de uma rosa, e Lexi suspirou feliz. Seu pai
viveria. Logo estaria em casa. O grau de seu alívio lhe indicou quão preocupada tinha
estado. Ao melhor já poderia tranqüilizar-se e desfrutar de um pouco mais da vida.
Pelas perguntas que seu pai lhe tinha feito, Lexi sabia que seguia tendo a esperança de
que Jake ficasse. Ela quase tinha começado a esperar o mesmo. Jamie ia diretamente a casa
do colégio esses dias, e passava as tardes com o Jake em vez de com o Manuel ou outro dos
trabalhadores. Inclusive Twyla parecia mais rosada que de costume quando Jake estava
perto, e as comidas no rancho nunca tinham sabido melhor.
A porta da casa se abriu e se fechou de repente. Lexi levantou a cabeça esperando ver o
Jake. Mas em seu lugar viu o Brad McCauley caminhando energicamente e diretamente
para ela.
-Lexi -deteve-se diante dela e ficou os punhos nos quadris-. Por favor, pode me dizer o
que está tentando fazer esse maníaco?
Como Lexi não estava interessada na última briga do Brad com o Jake, encolheu-se de
ombros.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 119
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-Possivelmente não. Jake está agora a cargo do rancho e eu estive fora todo o dia.
Bom, tem que lhe deter. Como vou poder fazer meu trabalho se tiver que estar subindo
aqui todo o dia?
-A que te refere?
-Está revisando cada transação que eu tenho feito durante os dois últimos anos. Está-me
fazendo procurar recibos de venda de gado e faturas de compras de mantimentos que
estiveram guardadas durante anos e meio --explicou furioso-. Odiaria ter que incomodar ao
Frank no hospital com isto, mas não vou agüentar muito mais.
-Não!-alarmada, Lexi ficou de pé-. Não faça isso! Eu me ocuparei. Seja qual seja o
problema, eu o arrumarei. Mas não pode chamar a meu pai sob nenhuma circunstância. Não
quero que pense, ouça ou sonhe com o trabalho durante ao menos outras seis semanas.
É obvio -disse Brad acalmando-se visivelmente--. Eu... eu não faria isso, Lexi. Nem
sequer devi dizê-lo. Só estava furioso.
tirou-se o chapéu com uma mão e se passou os dedos da outra pelo cabelo. Sua
expressão recordou ao Lexi a de um menino carrancudo. -O que acontece, Brad?
-Isso é compreensível. Agora mesmo, Jake está fazendo um trabalho que você gostaria
de ter. E você tem o trabalho que ele estava acostumado a fazer. Certo antagonismo entre os
dois é natural.
-É mais que isso -disse Brad olhando-a-. Acredito que ele tem ciúmes de algo mais que
do trabalho.
-A nada -olhou-a de novo, mais depravado-. Decidiste-te sobre o baile deste fim de
semana? Ainda eu gostaria de te levar se você quer ir.
Lexi se surpreendeu.
-Claro -sorriu-. Faria-te bem sair e te divertir um pouco. Deve estar esgotada depois de
todas as horas que passaste nesse hospital.
-Estou-o -sentou-se de novo na fonte -. Pilhaste-me despreparada. Não sabia que fora
tão logo.
-Só ficam duas noites -agarrou-lhe a mão . Te direi algo... pensa-o esta noite e me dê a
resposta amanhã. Parece-te bem?
esfregou-se a mão contra a saia enquanto lhe via partir. Não necessitava uma noite para
saber que não iria ao baile com o Brad. Necessitava uma noite para saber como o diria.
Então se abriu a porta de novo e uma figura alta e escura apareceu no retângulo amarelo
da porta.
-vais entrar?
Ela não podia ver seu rosto claramente pelas sombras, mas sua voz não soava alegre.
Lexi se alarmou.
Jake baixou os degraus e se apoiou contra um dos pilares que suportavam o teto do
alpendre.
-Ao melhor simplesmente não gosta que lhe dê a mão a um ladrão como Brad
McCauley.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 121
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Do que está falando? -perguntou de repente zangada--. E o que estava fazendo?
Olhando da janela?
- A verdade é que sim -disse Jake devagar-. Não confio no McCauley, assim estava lhe
vendo partir. E adivinha o que vi em seu lugar?
-O que viu foi que se queixou sobre ti. Sabe que pensava chamar papai ao hospital?
-Isso é o que lhe hei dito. Assim que lhe prometi que eu solucionaria tudo. Bom, qual é
o problema?
-Por isso te estava dando a mão? Estava-te dando as obrigado por sair em seu resgate?
- Não é teu assunto, mas me estava pedindo que fora ao baile com ele na sábado.
-O que te passa? -perguntou Lexi ficando de pé com as mãos nos quadris-. Sei que foi
capataz aqui, Jake, mas te enfrente aos fatos. Deixou o trabalho, e Brad é agora o capataz.
Assim supera-o já.
-Estou fazendo o parvo -repetiu brandamente com fúria no olhar -. Eu sou o parvo? Não
me parece isso. Eu não sou o que permite a um ladrão que me fale docemente e me leve a
cama.
-Não sei.
Lexi tinha as costas contra a fonte. Não podia retroceder mais, mas Jake seguiu
avançando. Suas coxas roçaram os seus. Seus dedos se meteram por seu cabelo na nuca.
Seu punho se fechou em seu cabelo e atirou brandamente, lhe jogando a cabeça para
trás.
-Não -sussurrou ao fim, e ao ver o triunfo nos olhos do Jake. trocou rapidamente-. Sim.
Sua respiração acariciava suas bochechas enquanto seus lábios baixaram tanto que
quase roçaram os seus. Ao Lexi pulsava muito depressa o coração, mas não podia render-se
a ele. Não podia lhe dizer que tinha ganho.
-Sim.
-Maldita seja.
Sua boca caiu sobre a seu em um beijo castigador e apaixonado. Sua coxa empurrou
entre suas pernas, pressionando intimamente enquanto sua língua penetrava devagar no
suave interior de sua boca.
Palpitando, Lexi se agarrou a ele, afundando-se no beijo que tinha deixado de ser
furioso e se tornou profundo e selvagem. Seus peitos lhe formigaram, e desejava sentir o
peso doce de seu corpo sobre o seu.
Estava cheia de desejo. Jake levantou a cabeça e ela ofegou quando a agarrou do quadril
e a sujeitou enquanto sua coxa começava com uns empurrões rítmicos entre suas pernas.
-Não vai com ele, verdade? - perguntou com voz rouca junto a sua orelha.
Ela negou com a cabeça e gemeu de novo, incapaz de falar, incapaz inclusive de
acreditar o que lhe estava passando.
-Vai comigo -Jake baixou a cabeça e falou junto a seus lábios-. Verdade? -Sim
-murmurou Lexi.
Subiu seus lábios aos dele, e Lexi lhe ofereceu sua boca, seu corpo e sua alma. Era dela.
Sempre o tinha sido. A boca do Jake se fechou sobre a sua, tomando o que lhe oferecia e
dando ternura e paixão em troca.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 123
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Ela podia sentir sua excitação, um abultamiento duro e quente pulsando contra seu
estômago, e se sentiu culpado por ter permitido que a luxúria a cegasse e lhe deixar assim.
- Não devi...
-Sshh -Jake a abraçou com mais força-. Sei que estamos no meio do pátio, mas está
muito escuro, e estamos sozinhos. E estive médio louco de pensar nisto.
-Isto?
-Isto -Jake se apertou contra seu estômago, sem deixar dúvida de sua excitação-. E isto
-seu beijo foi rápido e duro e sua perna se deslizou entre as suas de novo--. E isto.
-OH, Jake, agora não. Aqui não. Outra vez não -suplicou Lexi, lutando contra a
prazenteira dor em seu interior.
-Sei -Jake a soltou a contra gosto e se apartou, olhando-a aos olhos-. Mas logo. E
quando ocorrer, será uma noite muito, muito larga.
Capítulo 1 1
Quando ia subir as escadas, Lexi se deteve o lhe ouvir e entrou em salão. Viu o Jake
levantar-se da cadeira e levantar o punho triunfante.
-De que falas? -perguntou, contente de ter uma desculpa para lhe interromper.
Desde seu encontro na fonte a noite anterior, não tinham tido um momento a sós.
-Lexi, ia chamar te -fez um sinal ao sofá frente à chaminé-. por que não nos sentamos?
Perplexa, ela se sentou no sofá, e ele a seu lado, agarrando-a com seu braço bom. Jake a
olhou atentamente.
Lexi sorriu.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 124
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Não sabia que tivesse pensado em mim. Estava trabalhando cada vez que passei por
aqui.
-OH, sim que pensei em ti -disse brincando com seu cabelo e beijando-a brandamente-.
Não tenho feito muito mais -sussurrou.
-Eu tampouco.
-Alegra-me ouvir isso, porque quero falar contigo e não quero que te desgoste.
-Sobre umas coisas que averigüei desde que estou aqui. Coisas que seu pai me pediu
que fizesse enquanto ele estava no hospital.
-Sim, conheço-o. Sou uma mulher, assim não devo me preocupar com nada. Alguma
vez trocará -encolheu-se de ombros-. Bom, o que é?
-Bem, alguém, com a ajuda de um ou dois sócios, esteve cuidadosamente ficando com
os benefícios do rancho, há já vários anos. E à medida que Frank se há posto pior, parece
que o têm feito mais descaradamente.
-Como? -alarmou-se, sem poder acreditar o que estava ouvindo--. Quem? Sabia papai?
-Suspeitava-o, mas não tinha nada concreto. Pensou que ao melhor como eu era de fora,
poderia notar algo que a ele lhe tivesse passado.
-E foi assim?
-Ao final. Ao melhor não o crie, mas Jamie foi que grande ajuda. Todas essas horas que
passava com os ajudantes depois do colégio lhe fizeram inteirar-se de muitas coisas. -Por
isso esteve te ajudando?
-Sim, Jamie me ajudou com as crias das duas passadas primaveras. Tem uma boa cabeça
para os números, e sendo um menino, realmente gosta dessas crias. Recorda exatamente
quantas sobreviveram durante os dois anos passados. E nos números não encaixam com os
que Brad McCauley deu a seu pai.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 125
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Não?
Em primeiro lugar, ela não via por que ia mentir Brad, e em segundo, não via que algo
assim importasse.
-Não -disse Jake com firmeza-. A conta que deu ao Frank ficava curta em dez crias o ano
passado e quinze este ano.
-Olhe. Jake, quero a meu filho, mas se for acusar ao Brad de ladrão, terá que ter mais que
isso.
-OH, tenho-o, Lexi. Tenho muito mais. Tenho uma caixa cheia de faturas de comida,
venda de gado, faturas do veterinário, e não sei que mais costure onde ele trocou um pouco
os números e se embolsou a diferença. É pouco, certo, mas todo soma.
Lexi se voltou para olhar sobre seu ombro o montão de caixas junto à mesa. Se queria
evidências, aí havia muitas.
Mais que aturdida, tinha medo de qual pudesse ser a reação de seu pai. A ele podia não
lhe gostar de muito Brad McCauley, mas tinha crédulo nele.
Falamos esta manhã -disse Jake-. Frank pensa que temos tudo o que necessitamos.
Posso jogar ao MccCauley quando queira.
-Um momento -disse recordando a imagem apaixonada da noite anterior-. Sabia isto
ontem à noite?
-Bom, não falei com seu pai até esta manhã, mas eu sabia o resto.
-me poderia haver isso dito! -gritou nada divertida, ficando de pé e caminhando de um
lado a outro.
-Bem, agora me sinto como uma parva. Eu saí com esse homem e eu lhe defendi.
-Não?
-Não, e se eu não tivesse sido tão ciumento respeito ao Brad, estou seguro de que não
teria pontudo para ele tão rapidamente.
Lexi suspirou e Jake lhe acariciou a mandíbula. -Ainda assim me tivesse gostado que me
houvesse isso dito. Está comprometido alguém mais do rancho?
Ela soltou o ar que tinha agüentado. Ao menos não era ninguém que ela apreciasse.
Nisso podia estar agradecida.
-McCauley tomava cuidado com quem metia no assunto. Esta manhã averigüei que não
é a primeira vez que tem feito algo assim.
-vais jogar lhe simplesmente? -disse ela sentindo-se enfurecer-. Não quebrantou
nenhuma lei?
-Bom, é possível, mas nós só queremos nos liberar dele.
-Mas o que há do seguinte rancho ao que vá? Se tiver feito isto duas vezes, fará-o de
novo.
-As notícias voam. Não lhe será tão fácil a próxima vez, e duvido seriamente que volte a
trabalhar de capataz de novo.
Sem prévio aviso, a porta se abriu e Brad McCauley entrou como uma tormenta.
-Que diabos quer agora, Thorn? -gritou, e se deteve o ver o Lexi médio escondida detrás
do Jake-. O que é isto, Lexi? Falou com ele como me disse?
-Temo-me que não tive a oportunidade, Brad -respondeu Lexi lutando por conter-se-.
Jake me falou antes .
-Bom, pode que então possamos nos sentar todos -Brad fechou a porta atrás dele e entrou
no salão-. Já é hora de que arrumemos algumas costure aqui -sentou-se na cadeira junto ao
sofá e esperou a que eles lhe unissem.
-Possivelmente seja melhor que nos deixe sozinhos uns minutos, Lexi. Acredito que Brad
preferirá fazer isto em privado.
-Não, absolutamente -disse Brad com confiança-. Quero que Lexi ouça tudo o que tem
que dizer.
-Já o tem feito, Brad -Jake apertou a mão em sua cintura--. Lexi e eu falamos ontem à
noite e de novo esta manhã. E por certo, não irá contigo ao baile. Irá comigo.
-E outra coisa -acrescentou Jake-. Acredito que eu gostaria que me devolvesse minha
casa. Crie que poderia estar fora amanhã? Pode usar o celeiro para guardar suas coisas até
que encontre outro lugar.
Não, essa casa é minha. O aluguel do Frank terminou, e eu decidi que quero minha casa.
Se pode estar fora amanhã ao meio dia, enviarei a Twyla a limpá-la manhã pela tarde.
-Já chegamos a essa parte, Brad. Ainda quer que fique Lexi?
lhe deter? Não pode fazer algo? Sabe que isto não está bem.
Lexi levantou seu olhar para o Jake, perguntando-se quanto tempo mais alargaria o
assunto. Pelo brilho frio em seus olhos, soube que não tinha pressa.
-A verdade é que Jake está em seu direito. Se quer ter sua casa, não há nada que
possamos fazer -pôs sua mão sobre a que sujeitava a cintura-. E quanto ao resto, Jake tem
minha total aprovação.
Com um movimento da cabeça, Jake lhe indicou as caixas e os papéis que havia sobre a
mesa. -Bom, para começar, o que tem que esses recibos que estiveste procurando para mim
estes dias?
-claro que sim, Brad. Pode te fazer o inocente. Pode te fazer o mudo. Pode te fazer o
surdo e o cego, mas sabe o que fez. E eu também.
Brad a olhou desesperado. Se ela não estivesse convencida de sua culpa, quase tivesse
sentido pena por ele.
-te renda, Brad -disse Lexi devagar-. Ninguém te crie já. Roubou a meu pai, e tentou me
usar. Tem sorte de que tudo o que vão fazer seja te jogar. Se por mim fora, iria ao cárcere.
estiveste desejando isto desde que chegou aqui -disse Brad com os dentes apertados-.
Arrumado a que se sente muito bem agora.
-eu adoraria!
-Estou segura disso! -Lexi se liberou do braço do Jake e ficou entre os dois homens .
Você!-assinalou ao Brad com um dedo ao peito . Você serpente rasteira, sal daqui e começa
a fazer as malas. Não quero ver sua cara até que recolha seu cheque amanhã, e se ouvir
alguma ameaça mais de qualquer tipo, simplesmente chamarei o xerife para ver o que pensa
ele deste assunto. Agora, te mova!
-Que diabos significava isso? --perguntou Jake -. Não necessito que você livres minhas
batalhas.
-Não estava liberando sua batalha, a não ser a minha. O que se supõe que posso fazer se
sair com ele e te lesa de novo? depois de tudo, você acaba de jogar ao único outro homem
que me pediu que lhe acompanhe ao baile na sábado de noite.
Devagar, o fogo saiu dos olhos do Jake, e um suave sorriso apareceu em seus lábios.
-Não sei, mas eu queria pará-lo antes de que chegasse mais longe.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 129
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Ele a estreitou.
- Eu também.
-Será melhor que voltemos para trabalho agora. Tenho que falar com o Manuel para que
substitua ao McCauley até a semana que vem.
-Isso estaria bem. Significa isso que vais mudar a sua casa?
-Não ia dizer nada, mas seu pai mencionou que Dolores o chamou ontem. Estava
falando de vir de visita quando ele saísse do hospital.
-OH, não...
-Pode que não estejamos sendo muito amáveis. Dolores realmente tem muito carinho a
meu pai. depois de tudo, foi seu pai durante seis anos muito formativos, e sei que ele é seu
único padrasto ao que chamou papai.
-Minha mãe disse que estava esperando a resposta de uma prova que tinha feito.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 130
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Mas a desculpa soou tão fraco para o Lexi nesse momento como tinha divulgado quando
sua mãe a havia dito.
-Possivelmente. De todos os modos, eu sempre quis que passe mais tempo com o Jamie.
depois de tudo, é a única tia que tem, e algumas vezes me preocupa que se sinta rechaçado.
-Com toda a atenção que Jamie recebe no rancho, não acredito que se sinta rechaçado.
Além disso, não é igual a se ela tivesse parentesco de sangue.
-Eu não gosto de fazer essa distinção. A família é a família --disse Lexi cortante.
-Não estou ofendida disse Lexi incapaz de ocultar sua moléstia, já que ele havia meio
doido uma fibra sensível.
Lexi respirou profundamente e se forçou a acalmar-se. Oxalá não fora um momento tão
mau para que sua irmã aparecesse.
-Acredito que eu sim -Jake a agarrou da boneca e a aproximou dele-. Não estive casado
com a Dolores nem um mês antes de me dar conta o grande engano que tinha cometido. Só
em caso de que se preocupe, não ocorrerá de novo. De acordo?
Ele se tinha confundido no que acontecia com Lexi, mas ela estava muito aliviada de
todos os modos pela seriedade de suas palavras. Sorriu.
De acordo.
-Algum dia não muito longínquo, contarei-te realmente tudo o que aconteceu -disse
Jake.
Mais tarde -beijou-a com suavidade antes de soltá-la -. Será melhor que volte a trabalhar
agora. Pode que possamos falar mais no baile, amanhã.
Jake abriu a porta de seu rancho e esperou a que Lexi entrasse. Justo ao transpassar a
porta, ela se deteve, sentindo-se extrañamente como se estivesse entrando em um sonho. A
luz de uma lua enche entrava pela janela enchendo de um suave brilho a habitação vazia.
Ela assentiu, perdida em um sonho tão real que quase podia tocá-lo. Onze anos pareciam
haver-se derretido. Uma vez mais, viu a lua daquela noite, brilhando grande em um céu sem
nuvens, mesclando-se com a luz das velas na habitação quase vazia do rancho do Jake.
-Espero que não te tenha importado deixar logo o baile -Jake interrompeu seus
pensamentos, devolvendo-a à presente.
-Por meu?
-Não -Lexi fez um gesto a seu vestido curto e muito feminino-. Por isso.
Acompanhando suas palavras, ela se levantou um pouco a saia de vôo, que voltou a cair
um pouco mais acima de seus joelhos. Debaixo, suas esbeltas pernas estavam cobertas de
meias negras, e em
seus pés havia sapatos negros de salto nada apropriados para um baile em um celeiro.
Está maravilhosa.
-Pois triunfaste. Tanto que tive que te tirar do baile para te ter para mim sozinho.
-Será melhor que acenda o fogo -assinalou à parede do salão-. Há um rádio fita cassete
na esquina. por que não põe uma cinta que você goste?
Enquanto ele se ocupava com o fogo, Lexi procurou entre o pequeno montão de cintas
até que encontrou uma romântica. Pô-la, e uma vez mais, lembranças daquela noite
encheram sua cabeça.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 132
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As mesmas emoções daquela noite de onze anos antes, sentia nesse momento. A única
coisa que faltava essa vez era a idéia romântica de que essa noite seria o começo de uma
nova vida para os dois.
Jake se levantou e estendeu a mão para ela. -Concede-me este baile? --eu adoraria.
Enquanto a música lhes rodeava, ele vacilou, então se apartou e se tirou o tipóia do
ombro.
Porei-me isso mais tarde - disse voltando a abraçar ao Lexi-. De todos os modos, o
médico me disse que possivelmente me tirará isso esta semana que vem. Mas só porque
esteja me pondo melhor, não pense que te vais liberar de mim. Seu pai ainda necessita
tempo para estar bem, e me falta muito para ir.
Lexi riu. Não podia recordar a última vez que tinha sido tão feliz. Então, rodeada pelos
braços do Jake, movendo-se ao som de uma canção de amor, com apenas a luz pálida da lua
entrando pelas janelas, foi transportada a aquela noite, a noite que tinha passado entre os
braços do Jake...
A única luz procedia das brasas moribundas do fogo e a lua entrando pelas janelas. Lexi
não tinha visitado o pequeno rancho do Jake da marcha da Dolores. Não havia móveis, nem
abajures nem cortinas, e nem sequer um quadro em uma parede.
O que passou, Jake? -perguntou Lexi por cima de uma canção country que soava da
caminhonete aberta estacionada diante da casa.
Sem soltá-la, Jake levantou a cabeça para dar um gole de uísque. Com a débil luz, ela
não podia ver a fúria que sabia havia em seus olhos. Tampouco podia ver a dor, mas sabia
que estava aí.
-Isso foi faz um mês, Jake -disse ela brandamente - . Não pudeste ao menos pôr
lâmpadas?
Ele se girou e caminhou para a chaminé, deixando a garrafa médio vazia no suporte
com um golpe.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 133
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Por isso te mudou à casa dos trabalhadores depois de que Dolores se fora? Pensei que
era porque não podia estar aqui sem ela.
-Não exatamente.
-Mas você está zangado - insistiu Lexi recordando a razão pela que ela estava ali, a
razão pela que tinha seguido ao Jake, primeiro quando ele tinha saído do rancho e logo
quando se partiu do bar onde tinha ido a afogar suas penas.
Ela recordou os papéis do divórcio que tinham chegado esse dia, e nesse momento
pareciam um montão no chão da caminhonete.
-Sim, estou zangado -grunhiu-. Essa bruxa consentida está tentando ficar com tudo o
que não pôde levá-la primeira vez. Não está contente com a metade do que fica. Quê-lo
tudo.
Desolada de lhe ver sofrer tanto por sua irmã, Lexi se aproximou dele.
Feliz entre os braços do Jake, Lexi se apertou a ele. Durante três anos, manteve-se à
margem, lhe desejando enquanto ele pertencia a outra mulher. Durante três anos havia visto
indefesa como Dolores tinha denegrido à pessoa que ela mais desejava.
-Que agradável é estar assim -sussurrou Jake junto a seu ouvido-. Como pude cometer
semelhante engano? Como pude ter agüentado tanto tempo?
-Ah, Lexi -disse ele começando a apartar-se-. Não me tente. Não sabe quão débil sou.
Ela apertou os lábios a seu pescoço e sentiu seu pulso selvagem. Desejava-o tanto como
ele a ela. Ela sabia, embora ele tratasse de negá-lo.
-Tenho dezenove anos, Jake -subiu as mãos por seus ombros-. Já não sou uma menina.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 134
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-Não sabe o que está fazendo --disse Jake fazendo um último e débil intento por
dissuadi-la.
-Sabe que isso não é certo -Lexi esfregou sua bochecha contra seu ombro-. Me faça o
amor, Jake -olhou-o com paixão-. Por favor.
-Tem minha solene palavra de que nunca me arrependerei disto enquanto viva.
-Lexi.
Lexi jogou a cabeça para trás e gemeu em voz baixa ao recordar aquela noite. Havia
muitas perguntas sem responder, muitas coisas que nunca tinha entendido. Mas nada disso
importava essa noite. Essa noite só queria reviver a magia que tinha conhecido só uma vez
em sua vida.
-mostre-me isso
-Por favor -sussurrou ela em uma agonia de desejo-. Se tiver um pouco de compaixão,
date pressa.
-Está segura?
-Completamente.
-Trouxeram-me isso esta tarde. Vim depois de que estivesse Twyla limpando e a fiz
-sorriu-. Pensava que ia seduzir te sobre o chão do salão?
Ada Stewart – Amando em Silêncio 135
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Agarrando a da mão, levou-a a seu dormitório. Ali, a lua também entrava pela janela,
iluminando uma cama com dossel, completa com travesseiros amaciados e edredom.
Pela primeira vez, um brilho de verdadeira esperança nasceu no coração do Lexi. Essa
não era a cama de um homem errante. Não era nem sequer uma cama que Jake tivesse
eleito para ele. Ele tinha feito isso para ela, e só para ela.
Soltando a da mão, Jake se desabotoou a camisa sem esforço e a deixou cair ao chão.
Seu peito e ombros bronzeados e musculosos eram inclusive mais impressionantes sob a
luz da lua, apesar da banda de ataduras brancas que ainda protegiam suas costelas.
-Oxalá me pudesse tirar isso Mas acredito que não devo me passar.
-Pode que não. A próxima vez será muito pronsi eu posso escolher.
Uma vez mais, nasceu a esperança. E uma vez is, Lexi a afogou, quase com medo de
acreditar nisso.
A mão do Jake subiu por suas costas. Quando egó ao alto de seu vestido, seus dedos
agarraram a remallcra v a haiaron.
-É o justo -sussurrou ele-. Você me ajudou uma vez a me despir. Agora eu posso fazer
o mesmo por ti.
Ele ficou detrás do Lexi e pôs as mãos sobre os ombros do vestido baixando-o e
soltando-o para deixá-lo cair até seus pés. Estendeu a mão para ajudá-la a sair do objeto.
Suspirando, Jake a olhou devagar, de acima a abaixo. Então, meigamente, quase com
reverência, agarrou seus peitos embainhados em seda em suas mãos e acariciou os mamilos
que se endureceram ao momento.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 136
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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lhe dando as costas, Lcxi atirou da bota estendida e a deixou cair ao chão com um
golpe.
-Suponho que os mocasines não teriam valido para o baile -murmurou, dirigindo-se à
segunda bota.
Deixando cair a segunda bota, Lexi se voltou para ele. Ele a agarrou dos quadris
enquanto ela o olhava de acima a abaixo. Lexi não ofereceu resistência quando sua mão
baixou a sua pantorrilha e brandamente lhe subiu a perna embainhada em meias, até que
seu pé descansou em sua coxa. Suas respirações eram ofegantes, e ele roçou com seus
nódulos a cara interna de sua coxa.
Muito devagar, lhe tirou as médias, até que ela ficou somente com braguitas e
prendedor.
Jake ficou de pé, tão perto dela que seu peito roçou seus mamilos. Agarrou-a das mãos e
as desceu por seus quadris, lhe tirando os jeans no processo. Ao liberar-se sua ereção e
esfregar-se contra sua coxa, Lexi agüentou a respiração e se tornou para trás. Acabada a
paciência, Jake se liberou rapidamente dos jeans. Jogou-os a um lado de uma patada,
agarrou ao Lexi e a beijou com voracidade, derretendo seu corpo e sua alma. Quando ao
final apartou os lábios, os dois ficaram ofegantes.
-Oxalá tivesse podido esperar -murmurou Jake colocando os dedos sob o encaixe de
seus braguitas e acariciando seus quadris-. Ao menos até que minhas costelas estejam bem.
Mas acredito que tivesse arrebentado de tanto descarte -baixou-lhe o objeto pelas pernas .
Só espero não te decepcionar.
-Não importa o que ocorra -disse Jake agarrando a da mão e levando-a para a cama-.
Prometo não gritar de dor.
Lexi sorriu brandamente enquanto ele apartava o edredom e ela se metia entre os lençóis.
-E não importa o muito que o deseje -murmurou ela--, não te abraçarei com exagero.
Jake se ajoelhou junto a ela enquanto seus olhos percorriam seu corpo maravilhados.
Tira-me a respiração.
Então ficou em cima dela, apertando seus peitos contra ele e cobrindo seu glorioso corpo
com o seu enquanto a beijava com paixão e ternura. Logo se tombou a seu lado e baixou
um dedo por seus peitos e por seu estômago.
Enquanto seu dedo seguia descendo para o suave bosque de cachos sobre suas coxas, sua
boca acariciava seus peitos. um milhão de terminações nervosas no corpo do Lexi pediram
mais.
Ela se girou para ele, e abriu as pernas convidando. Com um grunhido, Jake fechou a
boca sobre seu peito e o chupou, enquanto seus dedos separavam a abertura úmida entre
suas coxas e se metiam dentro.
Capítulo 12
C ON a cabeça descansando em seu ombro bom, Lexi apertou seu corpo contra o flanco do
Jake. Sua perna estava sobre a dele e lhe acariciava o quadril.
Nesse momento, ele poderia lhe oferecer o mundo. Mas sabia que depois de fazer o amor
era muito fácil fazer promessas que não poderia cumprir. Jake seguia sendo um vaqueiro
sem futuro e nada para oferecer a uma mulher que se merecia muito.
Mas a desejava. Para essa noite, para o dia seguinte, para o dia depois... Enquanto lhe
aceitasse e ele pudesse suportar a dor de saber que não duraria, desejava-a.
Ela se apertou mais a ele, e Jake se sentiu endurecer. Lexi roçou sua coxa sobre ele,
acariciando a pele suave e quente contra sua ereção, que se levantou alta e dura e exigindo
atenção.
Lexi sorria feliz. Era a luz do sol e a risada e o escuro desejo. Essa brincalhona e doce e
apaixonada. Era tudo o que ele tinha sonhado em uma mulher. E era dela.
Jake a tombou de costas e ficou sobre ela enquanto se metia entre suas pernas e se
levantava e entrava nela com um limpo empurrão. Ela se fechou a seu redor como um
punho, suave e quente.
Estremecendo com espasmo detrás espasmo, Jake apertou sua frente a ela e sussurrou
seu nome, roçando com seus lábios os seus.
-Lexi.
Ela se arqueou para ele, com uma força além da paixão, mais à frente da dor.
-Jake, OH, Jake -seu nome era um som gutural ao ritmo de seus empurrões-. Sim, sim,
sim...
Jake sentiu seu corpo explodir em mil pedaços. Com um grito. Lexi se arqueou mais e
ficou tensa.
Então, devagar, ela começou a mover-se agarrando-se a ele enquanto gemia e ofegava.
Agarrando-a até que caiu ao fim, Jake se reprimiu as palavras que desejava dizer; «amo-te».
O momento passaria. E embora não fora assim, ele não tinha direito a dizer essas
palavras. Além disso, já as havia dito com seu corpo, de todos os modos nos que podia
pensar, durante toda a noite. O sexo era uma coisa, rápida, com uma camisinha... OH, não!
Jake se apartou.
Inclusive com as palpitações posteriores ao orgasmo, Lexi sentiu que algo ia mau.
Quando ele simplesmente a olhou horrorizado e em silêncio, lhe pôs a mão no braço e lhe
sacudiu brandamente.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 139
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-Não é teu assunto, mas te direi que recentemente acabo de começar a tomá-la de novo
-replicou, molesta de sentir a necessidade de lhe dar explicações.
Ele se estirou a seu lado e lhe girou a cara para ele. --estiveste planejando te deitar
comigo desde que cheguei, verdade?
Seu sorriso se suavizou e agachou a cabeça para lhe roçar o nariz com a sua.
-É maravilhosa.
-Possivelmente devamos dormir algo agora. Logo amanhecerá, e amanhã será um dia
duro.
Ela não queria pensar no manhã. Não queria dormir. Só queria estar acordada entre seus
braços e desfrutar da magia dessa noite.
-Não -Jake a estreitou- . Twyla passará a noite com o Jamie. Não acredito que nos
espere.
Com toda a comida que ela deixou na cozinha, poderíamos ficar aqui encerrados
semanas. Além disso, ela me disse que ela e Jamie estariam bem durante um dia ou dois, e
que pensa
que você deve descansar algo antes de que Frank volte para casa do hospital.
Lexi se levantou apoiada em um cotovelo e o olhou. -Um ou dois dias? Ela espera
realmente que fique aqui contigo um ou dois dias?
Jake sorriu.
-Não posso fazê-lo. eu adoraria, mas não posso. O que pensaria Jamie? O que pensaria
meu pai?
-Talvez pensariam que é uma mulher adulta com necessidades de mulher adulta.
-Os meninos pequenos e os pais não pensam assim. Jamie já está mostrando signos de
incomodar-se por ti.
OH, está-o fazendo -assegurou-lhe Lexi-. Mas embora Jamie valore muito sua amizade
contigo, teve-me para ele sozinho durante muito tempo. E não gosta da idéia de me
compartilhar, nem sequer contigo.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 141
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-Com tempo?
-Sim... decidi ficar aqui um pouco mais. passou muito tempo desde que não tive um
autêntico lar. E seu pai vai necessitar ajuda extra durante uma temporada, especialmente
até que possamos arrumar a confusão que montou McCauley.
-Não, nem sequer é a razão principal -disse lhe beijando a cabeça-. Mas você já sabe,
verdade?
-Tinha-o esperado.
-Não posso te fazer promessas, Lexi. Sou muito major para ti e não tenho nada que te
dar. o melhor que poderia fazer seria partir e não voltar a verte.
-Não fale assim --beijou-lhe o ombro, desejando que houvesse um modo de lhe reter,
mas sabendo que não o havia.
-É a verdade. Houve um momento no que poderia ter sido diferente. Seguia sendo
muito major para ti, mas ao menos tinha um rancho e dinheiro.
-Então não estava interessado em mim -brincou segundo suas próprias palavras na
pizzería-. Eu tinha dezesseis anos e você foi um homem maior que necessitava uma
verdadeira mulher.
Deixei cedo essa festa por uma razão -tocou-lhe o nariz com a ponta do dedo-. Você.
-Eu?
-Você -repetiu-. depois desse baile lento que baile contigo, não pude mais. Assim que
separou de mim seu corpo sexy se dezesseis anos, fiquei pasmado à lombriga totalmente
duro, já me entende.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 142
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Acredito que sim -sorriu Lexi recordando como tinha tentado lhe excitar e tinha
pensado que não o tinha conseguido.
-Oxalá o tivesse sabido então -disse ela com tom arrependido-. Desejei-te tanto aquela
noite. Acreditava morrer à manhã seguinte quando Dolores veio alardeando de ter
acontecido a noite contigo.
Jake fez uma careta, obviamente ouvindo isso pela primeira vez.
-Ela sabia o que eu sentia por ti. Ela sempre era boa encontrando o ponto débil em
outros. Durante um momento, eu tinha pensado que seria para mim.
-Durante uns segundos quase foi assim. Por sorte eu recuperei o sentido, ou poderia
haver-se voltado muito pior do que você estava procurando.
-Não acredito. Eu queria ir a casa contigo. Queria que me fizesse o amor. Queria-o tudo.
-Lexi, pelo amor de Deus. Tinha dezesseis anos. O que pensava que aconteceria depois
de
isso?
-Tinha dezesseis anos - repetiu como se isso o explicasse tudo-. Pensava que depois
viveríamos felizes para sempre.
-Sei. Em troca cheguei a ser a madrinha de noiva de minha irmã três meses mais tarde.
Ele o disse tão baixo que Lexi não esteve segura de lhe haver ouvido bem, e embora
assim fora, não podia acreditá-lo.
-O que?
-Eu sabia que tinha usado uma camisinha, mas ela disse que devia estar quebrado,
porque estava grávida. Diabos, era a filha do Frank Conley! Era sua irmã. Não podia deixá-
la grávida e abandoná-la. Ofereci-lhe lhe pagar o aborto, mas ela não quis.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 143
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Não estava realmente grávida. Tentou de cirme que o tinha perdido, mas para então eu
já sabia que era uma mentira. Nunca esteve grávida. Só queria casar-se -disse com voz
inexpressiva-. Não sei a razão. Estivemos juntos três anos e nunca a entendi.
-Amava-a?
-Não. Tentei-o. E algumas vezes ela era tão doce que eu quase pensava que poderia
funcionar. Então logo houve outros homens e as dívidas que acumulou e as faturas que me
escondeu.
-depois de que tudo acabasse, eu acabei com uma dívida que demorei dez anos em
pagar. Se não tivesse sido por seu pai, teria tido que vender o rancho para cumprir ao
acordo financeiro que ela me exigiu. E apesar disso, tudo mereceu a pena só por livrar-se
dela.
depois de que ela partisse, a noite que me fez o amor, foi como a primeira vez que te
deitou com ela? -perguntou Lexi sem podê-lo evitar-. Estava simplesmente furioso e eu
resultei estar à mão?
-meu deus, Lexi -disse Jake incrédulo-. por que pensa algo assim?
- Não posso entender o modo em que te partiu à manhã seguinte, Jake, sem uma
palavra, como se eu te desse igual.
Ele ficou calado um momento antes de falar. -Eu não tive direito a te fazer o amor,
Lexi.
Você tinha dezenove anos, uma virgem. Um homem não toma o presente que você
estava oferecendo quando não tem nada que oferecer em troca. O que fiz foi imperdoável.
Reprimindo sua fúria e sua frustração, ela se esticou e começou a girar-se, mas ele a
deteve e a acurrucó contra seu peito.
-Esperei três anos para que fosse livre -disse Lexi só médio acalmada por seu abraço-.
Eu sabia o que estava fazendo, e não estava pedindo nada em troca. Só queria a ti.
-Tenta entender. Quando meu matrimônio terminou, eu não era melhor que um animal
ferido. Estava sofrendo e estava furioso. Sei que te fiz mal partindo desse modo, mas te
tivesse feito muito mais se me tivesse ficado.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 144
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-E o que tem que agora? vou despertar me uma manhã para averiguar que me tem feito
outro favor e te foste sem dizer uma palavra?
-Não, não voltarei a fazê-lo. Não posso te prometer muito agora mesmo, mas posso te
prometer isso.
Lexi descansou a cabeça em seu ombro e escutou o silêncio. Tudo o que realmente lhe
tinha prometido era que se despediria antes de partir, mas inclusive isso o fazia sentir-se
melhor.
-Esta vez quero mais que uma só noite -disse Lexi brandamente -. Pode me prometer
isso também?
-Sim -sussurrou-. Também posso te prometer isso. Posso te prometer muito mais que
uma só noite.
Fizeram o amor de novo, com uma paixão que só parecia crescer mais com cada tento
por aplacá-la.
O sol estava muito alto, e quanto mais se aproximava a caminhonete ao rancho, mais
coibida se sentia Lexi com seu vestido curto de flores e seus saltos. Não se tinha penteado
ao levantar-se e tinha toda a juba emaranhada. Sua maquiagem tinha desaparecido. E lhe
estava custando muito trabalho controlar o sorriso que saía continuamente a seu rosto.
-Seguro que ninguém adivinhará o que estivemos fazendo -observou irônica soltando
uma risita.
-Espero que Twyla não esteja zangada. no domingo é seu dia livre.
-Não há problema. Ela não nos esperava até na segunda-feira, recorda? Além disso,
disse-me que queria preparar a casa para quando voltasse Frank.
-Sim. Parecia muito nervosa. lhe gostava da série de televisão que fez Dolores faz uns
anos.
Pela Dolores e também pelo de ontem à noite. Ainda não sei o que vou dizer lhe ao
Jamie quando perguntar onde estivemos.
Porque não acredito que deva discutir minha vida sexual com meu filho de dez anos.
Não, não refiro a isso. Só lhe diga que fomos a um baile e nos estávamos divertindo
tanto que não queríamos voltar para casa.
-Não sei. Os meninos crescem muito depressa atualmente. Por isso eu sei, ele já se
figurou por que não tornamos.
--Bom, você tem muita mais experiência com meninos que eu. Estou seguro de que
encontrasse a resposta apropriada quando chegar o momento.
Jake estacionou junto ao carro do Lexi. O Bronco da Twyla também estava aí, e não se
viam mais veículos.
-Tudo parece tranqüilo -disse Jake ajudando ao Lexi a descer do caminhão e lhe dando
a mão até a porta-. Arrepende-te?
-Não me tente. Não seria justo lhe pedir a Twyla que ficasse outra noite.
-Eu também -disse ela ficando nas pontas dos pés e lhe dando um beijo nos lábios-.
Bom, será melhor que entremos já. Se alguém nos ouviu chegar, estará perguntando-se por
que não entramos.
A contra gosto, ele abriu a porta e a deixou entrar primeiro. O aroma a comida chegou
da cozinha e encheu o vestíbulo.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 146
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Hmm - Jake respirou profundamente-. Suponho que Jamie não pôde convencer a
Twyla de ir comprar uma pizza.
-Bem, bem, bem -ouviu-se uma voz suave do salão-. Estava começando a me perguntar
se apareceriam alguma vez.
Sobressaltada, Lexi girou e se encontrou diante de uma elegante Dolores. Com um traje
a medida, saltos de agulha e pérolas, parecia como Grace Kelly. As duas manchas
vermelhas em suas bochechas eram o único indício de fúria que aparecia na superfície.
-Dolores -Lexi soou como débil gatinho e se esclareceu garganta-. Quando chegou?
- Ontem à noite. Foi ao baile para te buscar, mas alguém me disse que já te tinha ido.
Imagina minha surpresa quando não chegou a casa - -Dolores sorriu e as manchas
vermelhas se voltaram fúcsia -. Jamie parecia bastante zangado, e nada do que eu disse lhe
tranqüilizou.
-Arrumado a que o tentou com empenho -grunhiu Jake olhando-a com dureza.
-De fato, fiz-o. Mas não posso fazer milagres. Jamie sabia que sua mãe foi ao baile
contigo, e quando ela não voltou... bom, o que podia dizer eu?
-Acredito que tem a consciência culpado -disse Dolores fazendo uma careta.
Basta! -baixando a voz, Lexi assinalou com o dedo a sua irmã, que a olhou assustada- .
Agora me escute. Minha vida privada está fora dos limites. E qualquer assunto sem
terminar que tenha com o Jake, pode lhe esquecer agora mesmo. Não haverá tensão nesta
casa. Entende? Nada. Amanhã papai volta para casa do hospital e não haverá
aborrecimentos, amarguras nem discussões.
-Eu não comecei isto! --gritou Dolores-. Vim aqui a estar com minha família e para
visitar único homem que foi como um verdadeiro pai para mim, e o que me encontro?
Encontro a ti, minha própria irmã, te deitando com meu ex-marido. Como esperas que
reaja?
-Bom, para começar, espero que não mescle ao Jamie nisto sussurrou Lexi com dureza,
pondo ao mesmo um braço no ombro do Jake para deter a fúria que sentia crescer dentro
dele.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 147
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-Não o tenho feito -discutiu Dolores-. Você sim, tendo uma aventura diante de seus
narizes. Ele é um menino inteligente e sensível. Pensava que não se daria conta?
Ninguém está tendo nada, idiota -grunhiu furioso-. Ontem à noite foi a primeira vez que
inclusive estivemos a sós. E o que Lexi e eu façamos ou não, não é teu assunto. Você
renunciou a seu direito de opinião faz onze anos.
-Não posso acreditar que me diga isso -o rosto da Dolores se desencaixou pelo esforço
de agüenta as lágrimas.
-OH, Meu deus -exclamou Jake-. Deixa-o já, Dolores. Estive casado contigo durante
três anos. Lexi te conheceu durante toda sua vida. Deixa esta atuação.
-Bom -interveio Lexi-. Crie que há alguma possibilidade de que possamos nos levar
bem durante nos próximos dias?
-OH, por que não? -respondeu Dolores-. Eu o tentarei. Você queria que viesse de
visita,verdad, ?
Jake se girou e olhou ao Lexi surpreendida. Ela o olhou e apartou a vista. Ele nunca o
entenderia a menos que lhe contasse tudo, e ainda não se encontrava preparada para fazê-lo.
-Sim, sim admitiu olhando a sua irmã-. Claro, isso foi faz vários meses, e as coisas eram
mais simples então.
-Né! -ouviu-se a voz do Jamie do alto da escada seguida pelo som de suas botas-. Onde
estivestes?
-Sinto muito, coração. Não havia telefone para chamar. Mas não tinha que preocupar-
se. Jake não teria deixado que me passasse nada.
Jamie pôs gesto de desgosto e se aproximou. Quando chegou junto ao Jake, olhou-o
com os olhos entrecerrados.
Com o rosto furioso, partiu correndo, desaparecendo para a cozinha antes de que
ninguém pudesse reagir.
-OH, Meu deus -sussurrou Lexi desolada. -Disse-lhe isso -disse Dolores satisfeita.
Lexi e Jake se dirigiram a ela de uma vez. -te cale!
-Devo ir detrás dele? Nem sequer sei o que lhe incomoda tanto.
-Eu tampouco -Lexi olhou pensativa para a cozinha-. Mas acredito que será melhor que
eu fale com ele. Como disse antes, tenho mais experiência com isto.
-Há algo que eu possa fazer? -perguntou Dolores enquanto Lexi partia.
-Sim -replicou Jake-. Ponha roupa decente. Está-me pondo nervoso com esse traje. Aqui
não vai jantar com a realeza.
O bufido de indignação da Dolores foi quão último Lexi ouviu antes de entrar na cozinha
e encontrar-se com o olhar pormenorizado da Twyla.
-O jantar logo estará preparado -disse a mulher-. Se é que alguém tem apetite.
-OH, não foi nada -Twyla deixou a um lado a colher de madeira que estava usando para
remover uma panela e dirigiu toda sua atenção ao Lexi-. Merece-se um pouco de felicidade,
senhora. teve muito pouca ultimamente.
-Agora sei a razão -disse Lexi tentando sorrir-. O preço pode ser muito alto.
-OH, não Lexi sorriu ao recordar a noite anterior-. Nem por um momento.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 149
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-Bom, então vá procurar a seu filho -Twyla agarrou de novo a colher-. E não se
preocupe. O entenderá.
Fora, o sol brilhava. Era uma perfeita tarde de outono. Procurou pelo jardim e não viu
sinal do Jamie, mas soube que não lhe encontraria. Estaria a meio caminho da colina nesse
momento, dirigindo-se ao velho pinheiro que tinha sido o refúgio favorito de gerações do
Conley. Tinha sido ali onde ela tinha passado alguns dos melhores e piores momentos de
sua vida, e ali era onde encontraria ao Jamie esperando-a.
L EXI estava sem fôlego quando chegou ao topo da colina. detrás dela tinha ficado o
rancho. Diante tinha as montanhas, uma vista maravilhosa que sempre conseguia acalmá-la.
-Eu tinha cinco anos a primeira vez que vim aqui. Trouxe-me meu pai. Sentamo-nos
baixo esse pinheiro, olhando às montanhas, e ele me explicou o que era um divórcio e por
que minha mãe ia se partir. Eu chorei quando me disse que ela me levaria com ela. Não
queria partir daqui.
Jamie se moveu. tornou-se para diante, apoiando seus cotovelos nos joelhos, metendo-
se mais em seu próprio mundo.
Tinha que me dizer que minha mãe voltava a enviar-me a viver aqui com ele e que
ficaria a Dolores em Califórnia com ela. Essa vez não chorei. Doeu-me muito para chorar.
-Refere ao Jake?
-Já não. O avô estará em casa dentro de poucos dias e então tudo voltará a ser como
antes. Você sempre dizia que então Jake partiria.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 150
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Ela não sabia se seu tom era esperanzador, triste ou uma mescla de ambos. -É isso o
que quer? -Sim.
-Então, por que está tão zangado? --Porque você não quer que parta. -Bom, nisso tem
razão -encolheu-se de ombros-. Não quero que parta. Eu gosto
-Pois não! -gritou Jamie apertando suas mãos em punhos, e olhando-a com rosto
furioso-. Odeio-o! Oxalá nunca tivesse vindo!
Mais que nada, Lexi queria agarrar a seu menino entre seus braços e abraçá-lo até que a
fúria e o medo tivessem desaparecido. Mas já não era um menino pequeno. Era muito
major para que os abraços e beijos curassem suas feridas. Seu menino pequeno estava
fazendo um homem.
Talvez deveu ter deixado que Jake falasse antes com o Jamie. Ao melhor um homem
saberia instintivamente as coisas corretas que dizer. Em sua situação, Lexi teria que valer-
se com a verdade, pura e simples.
-Jamie disse brandamente-. Quero-te muito. Nunca quererei mais a ninguém. É a pessoa
mais importante de minha vida e sempre o será.
-Quero ao Jake. Eu não era muito maior que você quando decidi que queria me casar
com ele -disse perguntando-se se seu filho entenderia o que tentava lhe dizer-. Nunca
aconteceu. Possivelmente nunca ocorrerá, mas não vou mentir te. Se Jake me pedisse isso,
diria-lhe que sim.
-Não o fará --o tom do Jamie era mais triste que zangado, e as lágrimas apareceram em
seus olhos-. vai partir. Você o há dito.
-E pode fazê-lo, Jamie, mas não podemos evitar isso. Você não lhe dá as costas ao amor
só porque tenha medo de que não dure. Quando se oferece amor, toma. Porque é algo muito
precioso, embora seja durante pouco tempo.
Lexi não pôde mais. Não podia deixar ao Jamie solo com sua tristeza. Havia vezes
quando todo mundo, inclusive os meninos, necessitavam um abraço. Ela ficou de joelhos a
seu lado e agarrou a seu filho protestón entre seus braços.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 151
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-Ssh, coração - murmurou-. Tudo vai sair bem. Seu avô estará logo em casa, e estará
conosco durante muito, muito tempo. E eu sempre estarei contigo.
-Sinto-o muito. Não queria ficar até tão tarde. É certo -disse terrivelmente arrependida e
agüentando-as lágrimas-. Mas Twyla ficou contigo para que não estivesse sozinho. Não lhe
disse isso?
-Sim -levantou a cabeça, soluçando--. Mas então chegou a tia Dolores, e estava muito
zangada porque você não veio a casa e ela não podia te encontrar. E então eu me assustei.
-Você tia Dolores sempre monta muito alvoroço por tudo. Eu não sabia que chegaria
tão logo. E o sinto muito. Não deveria te haver assustado assim por nada do mundo.
-Mas de todos os modos eu saí outras noites e você não te preocupaste assim. -Jake é
diferente.
-O que pensava que ia fazer? -brincou Lexi-. Partir e me levar com ele?
Um cenho apareceu no rosto do Jamie em lugar do sorriso que ela tinha esperado, e
Lexi se deu conta de que sem dar-se conta havia meio doido uma fibra sensível.
Ele assentiu e enterrou a cara contra ela de novo enquanto seus braços a apertavam com
tanta força que Lexi logo que podia respirar. Ela o abraçou também até que ele afrouxou os
braços.
- Bom -perguntou brandamente-, somos amigos já? Há algo mais que te desgoste ou do
que queira falar?
Jake assentiu.
Lexi encontrou difícil não estar de acordo. Dolores sempre era inoportuna, e sempre
tinha feito estragos em todos sítios onde ia.
-Eu gostaria que a conhecesse mais, Jamie. depois de tudo, é sua única tia, e acredito
que é importante que os dois passem tempo juntos.
-por que? Não lhe importamos. Se fosse assim, viria mais freqüentemente.
-Isso é só pelo Jake. Assim que chegou ontem à noite começou a me perguntar por ele.
Queria saber tudo o que temos feito juntos, tudo o que ele me há dito. Oxalá partisse.
-Não se preocupe, coração. Não o fará de novo. Está já preparado para voltar?
-Sim?
Abatida, baixou a colina. As possibilidades de passar outra noite com o Jake tinham
desaparecido. Com a Dolores no rancho e Jamie alerta, não teriam muitas oportunidades
para estar sozinhos nos dias seguintes.
Mas de todos os modos, esse não era o momento para que Lexi pensasse em sua própria
vida. Ao dia seguinte, seu pai retornaria do hospital e necessitaria muita atenção. E além
disso, tinha que encontrar um modo de que Dolores e Jamie se levassem bem.
Na porta traseira, Jamie lhe pediu permissão para montar em sua bicicleta um momento
antes de entrar em comer. Lexi acessou e entrou na cozinha, onde encontrou uma nota da
Twyla dizendo que tudo estava preparado exceto o guisado do forno que estaria terminado
quando soasse o timbre, e que voltaria pela manhã.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 153
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Lexi olhou o relógio e viu que ainda ficavam quinze minutos. Deixou a cozinha, onde
não havia nada que fazer e encontrou ao Jake sentado na mesa do salão.
-Sim -disse sentando-se em uma cadeira . Estava mais assustado que zangado.
-Ao Jamie importa muito, Jake. Acredito que esse é parte do problema. Tem medo de
tomar muito carinho e que te parta.
Jake se levantou e se sentou no sofá a seu lado. -E você? Disso tem medo também? -Às
vezes -admitiu.
-Eu diria que «pensar que não vá passar», não é muita garantia de segurança.
Ele sorriu.
-Não seguirá preocupada com a Dolores, verdade? Não depois de tudo o que te contei.
-Agora mesmo estou preocupada com muitas coisas. Papai vem a casa. Dolores está
causando problemas. E eu não estou muito segura de que Jamie me tenha contado tudo o
que lhe está preocupando.
-Não parece que haja muito sítio em sua vida para mim -disse sem deixar de olhar sua
mão.
Ela notou de antemão a decepção em sua voz, e sabia que ele tinha adivinhado sua
resposta.
-Isso não significa que não possa verte. Pode ao menos te reunir comigo fora quando
todos se deitaram? Inclusive embora só falemos, quero passar um pouco de tempo a sós
contigo.
-eu adoraria.
Desejando que a noite já tivesse chegado com apenas a lua, as estrelas e Jake por
companhia, ela apartou a mão a contra gosto.
-Será melhor que vá procurar a Dolores. Tenho que lhe dizer umas quantas coisas. Sabe
onde está?
-Acredito que acima, em sua habitação. Algo em sua voz chamou a atenção do
Lexi. -Brigaste-lhes?
-Não. Acabamos de descobrir que já não temos nada que nos dizer.
-Bom, não demorarei -levantou-se-. Pode apagar o forno quando soar? E se Jamie
voltar,
pode lhe dizer que é a hora de comer? -Está segura de que terá apetite depois
Lexi sorriu.
-Bom, se não baixarmos, comecem sem nós. Possivelmente não lhes venha mal passar
um momento juntos.
-Jake -disse ela com tom incrédulo-. Tem dez anos. Sabe que sua mãe partiu contigo a
um baile e não retornou até o dia seguinte. O que passasse entre nós, espero que seja um
mistério para ele.
-Pode que saiba mais do que você pensa, não falaste com ele ainda da vida? -Jake!
-É isso um não?
Ada Stewart – Amando em Silêncio 155
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Pensando-o melhor, pode que não seja tão boa idéia lhes deixar sozinhos.
-te relaxe. Vete. Jogarei uma partida de xadrez se começar a me fazer perguntas sobre
ânus
che.
-Prometido?
pie diante da janela, olhando ao campo. Sempre esbelta, Dolores parecia inclusive
mais magra que antes, embora sua figura era mais voluptuosa que nunca. Seu cabelo loiro
natural estava branco e de aspecto quebradiço. Havia nela um ar de tensão que se mostrava
na rigidez de seu corpo e o modo em que sua mão agarrava a cortina a seu lado.
Lexi esqueceu de momento o sermão que pensava lhe jogar, e em seu lugar falou
docemente, para não sobressaltá-la.
-Está bem?
-Estava olhando ao Jamie. Está montando na bicicleta que lhe dei de presente por natal
faz dois anos. Tinha-me estado perguntando se realmente lhe teria gostado.
-adorou. Subida continuamente. Jamie tentou te chamar depois de natal para te dar as
obrigado, mas você estava rodando em alguma parte.
-São coisas do trabalho. Além disso, funcionou, e agora vou fazer um papel de uma
moça com cinco anos menos dos que tenho eu.
-Fecha a boca! -disse Dolores olhando ao redor como se alguém pudesse ouvi-lo-.
Inclusive Harvey pensa que só tenho trinta e um.
sempre mentiu a seus maridos sobre sua idade. Inclusive lhes mentiu sobre minha
idade. E há um par de maridos que nem sequer souberam que você existia.
-O que?
- OH, já sabe, depois de que te enviasse aqui a viver. Você sabe por que o fez, verdade?
Não, realmente não escolho agarrando-se à cadeira de balanço para sujeitar-se-. Nunca
se incomodou em explicar-lhe nem a papai nem a mim. Só me enviou.
-Então teria que ter explicado quem foi você, boba. Assim que foi, tirou-se dez anos,
acrescentou-me três e começou a lhe dizer a todo mundo que eu era sua irmã pequena. Pode
acreditá-lo?
Dolores riu de novo, um som agudo que deveria ter sido encantador, mas em seu lugar
soou ligeiramente histérico.
-Os seguintes dois maridos de mamãe depois do Frank, pensaram que eu era sua irmã e
que ela me cuidava depois da morte de nossos pais.
Lexi se agarrou mais à cadeira de balanço enquanto sua cabeça dava voltas.
-Como pode rir ? -Lexi olhou aos olhos azul anil de sua irmã que estavam acostumados
a ser azul celeste, embora certamente levaria lentes de contato de cor-. Você tinha doze
anos e ela te fez fingir quinze? Roubou-te anos de sua vida.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 157
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Sim -sorriu como se estivesse muito satisfeita-. Em outros dez anos possivelmente terei
que me converter em sua irmã pequena.
-OH, teve-nos quando era muito jovem. Quase era uma menina.
-minha mãe.
Mais que nunca se dava conta da grande dívida de gratidão que tinha para seu pai. Lhe
tinha dado uma vida normal e sã. Tinha-lhe dado segurança e amor. E tinha recebido ao
Jamie sem fazer perguntas quando Lexi tinha retornado de sua visita de sete meses a
Califórnia com o bebê de Dou
Sem a influência equilibrada e constante de seu pai, ela poderia ter aceito o engano
como parte da vida, igual a faziam sua mãe e sua irmã.
Lexi saiu de seus pensamentos. -Dolores, temos que falar. -Pensei que
estávamos fazendo-o. -Temos que falar do Jarcie.
-Porquê?
-Jamie está começando a fazer perguntas sobre sua mãe natural. Bom, não realmente
pergunta ainda. Só indiretas. Quase todos os meninos adotados ao final querem saber quem
som seus pais de sangue.
-por que teve que lhe dizer que era adotado? -perguntou Dolores mal-humorada-.
Supunha-se que você fingiria que era teu.
-Qualquer que você quisesse. A quem lhe importa? Dolores, nervosa, começou a
caminhar.
Dolores deixou de caminhar e olhou a sua irmã-. Se não deixar isto, vais danificar o
tudo.
-claro que sim. claro que sim. O que crie que sou? Crie que não quis dizer-lhe levantou
as mãos dramaticamente e começou a caminhar de novo-. Crie que não sonhei com como
seria? Você crie que não desejei que me chamasse mamãe?
Ver a Dolores revoar pela habitação era positivamente enervante. E escutar seu perorata
poética sobre a maternidade, inclusive pior.
-Então, por que não quer que o diga? -perguntou Lexi, sem permitir que a distraíra.
-OH, Dolores. Não acredito que Ele faça essas coisas -disse compassiva apesar de não
querer.
-Mas estive me perguntando ultimamente sobre muitas coisas. Meu matrimônio não é o
que estava acostumado a ser. Harvey quer realmente um filho. Às vezes penso que posso
lhe perder se não lhe der logo um.
-Sempre poderia adotar --sugeriu Lexi, penando que era uma ironia.
-Não -Dolores moveu furiosa a cabeça, como ;i a idéia a assustasse, e então, seu seu
olhar suavizou-. Mas acredito que gosta de Jamie. Harvey `ue o que escolheu a bicicleta.
desfrutou de muito ás poucas vezes que Jamie veio que visita.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 159
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-Bom, já vê -disse Lexi emocionando-se esse é o tipo de laço que eu gostaria que se
órmara entre o Jamie e você. Assim quando ele averigúe lue você é sua mãe natural, será
como se tivesse
uma segunda família. depois de tudo, já é sua tia. Nada tem que trocar, exceto ele saiba
a verdade.
-vou ter que me acostumar à idéia -Dolores começou a caminhar de novo- . Mas é tão
distinto. depois de que saiba quem é sua mãe, o que acontecerá se quer saber mais?
-Como o que?
-Todos queremos sabê-lo, Dolores. E é algo que definitivamente Jamie precisará saber.
-Não! Não!
-Foi Jake?
-Sim -disse Lexi tranqüila- -. Quando Jamie nasceu e eu te disse que era muito jovem
para me ocupar de um bebê e educá-lo sozinha. Você me disse que cl bebê era do Jake, e
que se eu não o queria, daria-lhe em adoção, e o bebê do Jake seria criado por estranhos.
Lexi sentiu um triunfo momentâneo ao obter finalmente de sua irmã um pouco parecido
a uma resposta clara.
-Então, quando te deu conta que eu planejava encontrar ao Jake e dizer-lhe trocou a
história -continuou Lexi recordando-o tudo perfeitamente-. Disse que tinha estado com
muitos homens para estar segura de quem era o pai, mas que sabia que não podia ser Jake.
Disse que já não te deitava com ele quando ficou grávida.
-Mas ocorre que quanto mais Miro ao Jake e ao Jamie juntos, mais parecidos vejo
-insistiu Lexi-. Assim tenho que me perguntar se não estava me dizendo a verdade a
primeira vez. Tenho que me perguntar se Jake não for realmente o pai do Jamie depois de
tudo.
-Isso é ridículo -disse Dolores furiosa-. E se te atreve a dizer-lhe a ele, farei que o sinta
enquanto vivas.
-Mas por que, Dolores? por que, depois de todos estes anos, importa quem seja seu pai?
-Porque se Jake acreditar que ele é o pai, então vai ou seja que eu devo ser a mãe.
-O que quer dizer isso? Quem mais poderia ter sido? Eu podia estar saindo com outros
homens, mas Jake foi totalmente fiel, e sei.
-Você foi com o Bobby Hooper duas semanas de férias ao Mani. E quando isso
terminou te mudou com nossa mãe e pediu o divórcio -disse Jake indignada-. Acredito que
para então Jake se considerou um homem livre... e eu também.
Um nervo se esticou nos olhos da Dolores e suas fossas nasais se abriram reprimindo
sua raiva.
-O que está tentando me dizer, Alexandra? Está tentando me dizer que eu logo que tinha
saído de sua cama antes de que você satisfizesse seus sonhos de adolescente e seduzira a
meu marido?
-Tinha vendido todos os móveis, tinha esvaziado a conta bancária e só foi depois do
único que ficava a ele... seu rancho! lhe pareceu bastante definitivo!
-Minha própria irmã -Dolores se cobriu a cara com as mãos e lhe deu as costas-. Como
pôde me fazer isto? Como pôde me trair assim?
-Pelo amor de Deus, Dolores, estava te divorciando dele. Pensei que isso significava
que tinha renunciado a seu direito.
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-E suponho que todo o tempo que estivemos casados, você estava simplesmente
sentada como um abutre esperando que fora livre de novo.
-Não todo o tempo --disse Lexi incapaz de acreditar que estava realmente começando a
sentir-se culpado--. Mas depois do primeiro ano, você me disse que estava te
impacientando. Eu te queria, Dolores, mas queria também ao Jake. E você sabia. Sabia
quando te casou com ele.
-Mas tinha sentimentos. E se te traí, então você também me traiu . E você o fez antes.
--Sinto muito - Dolores soou genuinamente castigada . Nunca me dava conta de que o
teu fora sério. Pensei que só era um amor de adolescente. Algo que te passaria.
-E a mim nunca me ocorreu que te importasse o que Jake fez quando lhe deixou.
-Suponho que ao melhor não deveria me importar -encolheu-se de ombros e pôs gesto
valente- . Só me surpreendeu. Possivelmente mais porque foi contigo.
-E isso aonde nos leva? -perguntou Lexi-. Não podemos trocar o passado, mas podemos
nos assegurar de que Jamie não sofra por ele.
-Que passe tempo com ele. Fala com ele. Conhece-o -disse Lexi com ansiedade.
-Para que possa lhe dizer que sou sua mãe? -riu nervosa-. Esse não foi nosso plano
original, Lexi.
-Você e sua mãe nunca me consultaram quando fizeram este trato. Dolores. A única
opção que eu tive foi ficar com o Jamie ou ver como o dava a um estranho.
-Era seu nomeie o que havia na partida de nascimento. Tudo o que tinha que fazer era lhe
dizer que você foi sua mãe. Nós o arrumamos tudo para que parecesse assim.
-E logo, o que tinha que fazer eu, Dolores? Passar o resto de minha vida lhe mentindo ao
Jamie e a papai? Quem ia dizer que era o pai?
-Como poderia saber você como é? Você te criou aqui, com seu pai -disse dando as
costas ao Lexi-. Você teve uma infância.
-OH, não é certo -Dolores a olhou com os olhos brilhantes-. depois de que te enviasse
aqui, eu tive uma irmã maior, recorda? As duas perdemos a nossa mãe ao mesmo tempo,
Lexi.
Sabendo que estava em caminhando sobre areia movediça, Lexi agarrou a mão da
Dolores e a olhou aos olhos, tentando chegar ela.
-Então, não pode entender por que é tão importante para mim que Jamie conheça suas
duas mães? Não quero que nunca se sinta enganado como nos sentimos. Por favor, Dolores,
me ajude.
Capítulo 14
-Dolores parecia um pouco deprimida esta noite --sussurrou Jake sentado junto ao Lexi
e lhe rodeando os ombros com o braço-. devestes ter um bom bate-papo.
-Sabia que minha mãe estava acostumada lhe dizer às pessoas que Dolores era sua irmã
em lugar de sua filha?
-Sim, ela me contou tudo sobre sua triste infância -disse acariciando seu braço ausente.
-Só o que entenda por que é tão retorcida não significa que possa esquecer as coisas que
tem feito.
-Suponho que isso é razoável -Lexi apoiou a cabeça contra seu ombro, feliz de estar
com ele-. Jamie parecia estar de muito bom humor esta tarde. Foi tudo bem com vós?
-OH, sim. Assim que lhe prometi que se você e eu nos fugíamos lhe levaríamos com
ele, ficou contente.
-OH, Jake -riu Lexi lhe olhando aos olhos-. Não é certo.
-Sim, é-o. Isso é o que lhe preocupava, assim que lhe tranqüilizei.
-Por sorte não. Suponho que você acalmou suas dúvidas disse chupando brandamente
sua orelha.
Jake riu.
pensaste mais em nosso dilema? - sussurrou Jake ainda tão perto que ela podia sentir o
calor de sua respiração em sua bochecha.
-OH, Jake, sinto muito, mas não vejo como podemos ir outra noite sem causar mais
animação. Inclusive embora Jamie esteja bem agora, Dolores segue um pouco suscetível.
-supõe-se que tenho que organizar minha vida amorosa para satisfazer a Dolores?
-perguntou Jake incrédulo - . O que me importa o que pense?
-A mim sim disse Lexi lhe olhando suplicante-. Necessito que ela me ajude com algo
agora.
Dando-se conta de que falava a sério, Jake franziu o cenho mas suavizou sua voz.
-Não de momento.
Olhou a modo de desculpa, mas não podia lhe dizer mais. Ao melhor em pouco tempo
poderia lhe contar tudo, mas nesse momento, seu segredo teria que continuar sendo-o.
-Sinto muito. É algo pessoal que não tenho liberdade para discutir agora mesmo.
-Se se tratasse de outra mulher, Lexi, não acredito que aceitasse uma resposta assim.
Mas por ti, deixarei o tema. De momento.
-Seja o que seja -grunhiu Jake brandamente-, deve ser muito importante.
É-o -asseguro-lhe Lexi girando-se para ele e lhe beijando no pescoço-. Me acredite. Eu
não gosto disto mais que a ti.
-Oxalá esta habitação se pudesse fechar com chave -disse beijando-a de repente com
paixão e levantando-se e atirando dela-. Vamos dar um passeio antes de que arrebente.
Deixando a casa pela porta da cozinha, saíram ao jardim. Da mão, sob a lua,
começaram a subir pela colina que levava a velho pinheiro.
Jake encontrou um assento sobre as agulhas de pinheiro e atirou do Lexi a seu lado.
- Olhe que vista -exclamou assinalando às montanhas--. Você estava acostumado a vir
muito aqui quando foi menina, verdade?
-Sim. Às vezes trazia um livro, tombava-me e passava toda a tarde lendo. Aqui vim o dia
que me inteirei de que Dolores e você lhes casavam. Passei muito tempo aqui esse dia.
-Não sabe nem a metade. Piorou. Cada vez que discutíamos, ela me cuspia seu nome à
cara, dizendo que ao melhor tinha casado com a irmã equivocada.
-Passou isso antes de que ela começasse a sair com outros homens?
-Sim.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 165
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Lexi fechou os olhos e suspirou devagar. Encontrou difícil acreditar que houvesse tanto
que nunca tivesse sabido nem o tivesse suspeitado.
Jake deixou a pedra e voltou com ela. Tirando o tipóia, abraçou-a e a beijou com ardor.
Jake se tornou sobre ela, procurando seus lábios. Ela se moveu contra ele, lhe incitando.
-Sim. Nada disso importa, e esta pode ser nossa última oportunidade durante um tempo.
-Para hoje. Para amanhã. Para todo o tempo que fique, sou tua.
Jake estacionou seu caminhão diante de seu rancho e saiu, saboreando sua nova
liberdade. Essa manhã o médico lhe tinha tirado as ataduras e o tipóia. Girando a cintura,
Jake se estirou devagar de lado a lado e se sentiu gratificado ao notar só uma ligeira
pontada.
Estirou o braço direito e pôs gesto de dor que deteve seu movimento na metade. O
médico lhe havia dito que o agarrotamiento lhe duraria um tempo, mas que o braço podia
suportar algo de
Da volta do Frank do hospital três dias antes, Lexi tinha estado muito ocupada fazendo
de enfermeira para seu pai enquanto que Jake se ocupou das obrigações do rancho. Velada-
las as tinha dedicado a preparar sua própria casa, colocando os móveis de segunda mão que
pouco a pouco estavam convertendo o lugar em um lar.
Quanto menos via o Lexi, mais fácil era ter as mãos se separadas dela até que pudessem
ter algum tempo a sós. Por isso tinha decidido almoçar sozinho em sua casa do começo da
semana.
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Abriu a porta, entrou e atirou seu chapéu e suas chaves sobre a pequena mesa junto à
porta.
Entrou na cozinha e pôs uma lata de sopa a esquentar. Agarrando uma fatia de pão,
margarina e queijo do frigorífico, deixou-o no mostrador e começou a preparar um
sandwich.
-Há bastante para dois? -perguntou uma voz suave detrás dele.
-OH, levo aqui um momento. Estacionei atrás para te dar uma surpresa -estendeu os
braços em bem-vinda e sorriu-. Surpresa!
-Como entrou?
-Guardou a chave? Todos estes anos? Dolores se cruzou de braços sob os peitos e se
Impressionado pela magnitude da visão diante dele, Jake se sentiu mais incrédulo que
tentado. Não sabia se ela estava tentando lhe seduzir ou lhe fazer sentir que já não tivesse
direitos de marido.
Continuou com seu sandwich. Notando que a sopa tinha começado a ferver, foi à
cozinha e apagou o fogo.
-Me ocorrem várias possibilidades. Mas acredito que prefiro que me o você diga.
Ainda abraçando-se, Dolores ficou de perfil a ele e apoiou suas costas contra o marco
da porta.
-Oxalá tivesse entrado no dormitório quando entrou na casa. Isto teria sido muito mais
fácil ali -olhou-lhe com decisão-. Quero que me faça o amor, Jake. Necessito que me faça o
amor.
-Dolores -disse Jake com firmeza-, o que houve entre nós terminou faz muito. Está
casada com outro homem agora, e francamente...
Seu tom era de súplica, não de sedução. Confundido e furioso, Jake franziu o cenho.
-É isto para recordar os velhos tempos? Ou há alguma razão especial pela que esteja
fazendo isto?
Sem prévio aviso, Dolores agarrou a prega de seu pulôver com as duas mãos e o tirou
pela cabeça. Com ele pendurando de seus dedos, ficou aí de pé, nua de cintura para acima,
com saltos e malhas de encaixe branco que claramente mostravam a ausência de braguitas.
-por que não deixa de discutir e te aproxima um pouco? -sussurrou com voz rouca.
-Dolores, é uma mulher bela -Jake se passou a mão pelo cabelo -. E não sei por que está
fazendo isto, mas realmente apreciaria que te voltasse a vestir.
-É pelo Lexi, verdade? -atirou o pulôver a seus pés e caminhou devagar para ele,
rebolando os quadris a cada passo, e seus peitos movendo-se sedutores--. Não se preocupe
pelo Lexi. Isto não tem nada que ver com ela. Ela nunca saberá. Não me diga que um
homem como você nunca tem feito o amor por puro sexo.
Recordava-a, embora nnaquele tempo naquele tempo não tinha sabido que o seria. Os
dois não tinham feito mais que discutir durante meses. Inclusive o
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sexo tinha chegado a não ser nada. O final estava perto e os dois sabiam,
Então, Dolores tinha ido fazer as pazes, a pedir uma noite tranqüila, os dois sozinhos,
como os primeiros dias de seu matrimônio. Para celebrar a noite, ela tinha aberto uma
garrafa de champanha, tinha posto outra em gelo e se pôs algo cômodo de roupa.
Quando ele se despertou à manhã seguinte, ela se tinha ido. Quando chegou a casa de
trabalhar essa noite, tampouco estavam os móveis.
Claro que lembrança a última vez -disse apartando-a com firmeza-. E nunca me voltará
a embebedar o bastante para fazê-lo de novo.
-Jake, por favor. Por favor, não o entende -agarrou-se a ele, lhe sacudindo.
-Vístete.
Correndo detrás dele, Dolores agarrou seu pulôver e o pôs. Quando lhe alcançou no
salão, agarrou-lhe do braço e lhe girou para olhá-la.
Escuta, tem que fazer isto. Por favor, é o único que pode, e meu matrimônio depende
disso!
-estive tentando ter um bebê, e não posso. E se não fico grávida logo, temo-me que
Harvcy encontrará a outra mulher. Deseja desesperadamente um filho. É de tudo o que fala.
-Quero que você me deixe grávida, Jake. Sei que pode fazê-lo, e ninguém saberá nunca
que é teu e não do Harvcy.
-O que te faz pensar que eu posso te deixar grávida se esse Harvey não puder? -Sei que
pode. Sei.
Disse-o com tanta intensidade que quase deu medo e Jake se deu conta de que Dolores
não era uma mulher muito estável.
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-Bom, obrigado por seu voto de confiança -disse tão educadamente como pôde--, mas
me temo que não poderei te ajudar com isto.
-Está-me rechaçando por alguma lealdade estúpida para o Lexi, verdade? --Dolores lhe
seguiu apertando os punhos, avançando cada passo que ele retrocedia --. Bom, deixa que te
diga algo sobre sua preciosa Lexi. Ela é tão capaz de mentir como o resto de nós. Tem-me
feito isso e lhe está fazendo isso a ti.
-OH, já sei como foi atrás de ti assim que eu saí de cena. E só demorou onze anos em
me dizer isso finalmente. Não te pergunta que classe de secretos te está ocultando, Jake?
Ele suspirou aliviado, dando-se conta de que Dolores estava tentando lhe tender uma
armadilha.
-Não me crie, verdade? -perguntou devagar-. Não crie que haja um segredo. Bom, me
deixe te dizer, Jake... - sua voz baixou a um sussurro-. Perguntou-me como sabia que podia
me deixar grávida? Porque já o tem feito, Jake. Tem-no feito.
-A última vez que nos deitamos, a última vez que tinha tomado muito champanha,
esqueceu algo muito importante. Esqueceu usar amparo. Quem teria imaginado que uma
vez seria suficiente?
-Está mentindo.
-Tive um bebê. E você foi o pai -disse lhe olhando com frieza.
-Não te acredito! E se assim foi, como poderia saber que era meu? Eu não era
precisamente seu único amante nesse momento.
-Com os outros me assegurei. Você foi o único que pôde. Além disso, ele se parece com
ti. lhe pergunte ao Lexi se não me crie. Ela sabe. Soube-o sempre.
-Lexi? -logo que podia pensar. Dolores começou a sorrir e ver seu prazer aumentou
sua fúria-. Não vou jogar às adivinhações contigo. Se tenta me dizer algo, diga-me isso
maldição. O que tem que ver Lexi com isto?
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-É isso tudo o que te importa? Lexi? Não quer saber quem é seu filho? Não pode
adivinhá-lo?
Com o sangue palpitando na cabeça, mais zangado do que nunca recordava ter estado,
Jake conseguiu apartar sua mente de sua fúria e centrar-se na mulher diante dele.
-Alguma vez me amou -disse jogando faíscas pelos olhos--. por que ia te dar um filho?
Ele procurou uma resposta. Mas então se deu conta de que não era a traição da Dolores o
que lhe tinha parecido como uma faca no peito. Lexi era a que tinha criado a seu filho. Lexi
era a que tinha guardado o segredo durante anos. Ela era a que seguia mentindo com seu
silêncio embora lhe tivesse feito o amor com seu corpo. E era do Lexi de quem obteria as
respostas.
Sem dizer mais, deu-se a volta e se dirigiu para a porta. Dolores lhe agarrou da manga e
ele a apartou sem olhá-la.
Inseguro, Jake partiu sem responder. Só sabia que tinha que falar com o Lexi. Tinha que
saber por que ela tinha feito isso.
Lcxi estava sentada no sofá do salão remendando um dos meias três-quartos do Jamie.
Seu pai estava em sua poltrona diante da janela, bebendo sua vitamina favorita de cacau. Os
dois tinham acontecido a última meia hora em agradável silêncio, desfrutando de do dia
tranqüilo.
Dolores tinha ido à cidade de compras, Jamie chegaria logo do colégio e Twyla voltaria
antes da hora de deitar-se para ajudar ao Lexi com seu pai. E antes de que acabasse o dia,
Lexi esperava que Jake aparecesse. Não o tinha visto muito desde começos da semana,
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quando seu pai havia tornado do hospital. Sabia que queria deixar que a família estivesse a
sós com o Frank, mas o sentia falta de terrivelmente. E também Jamie e Frank.
Era difícil acreditar que em um mês, Jake tivesse invadido sua vida tão completamente
que um dia sem lhe parecesse vazio.
-Que diabos? --disse Frank desde seu assento junto à janela-. Quem conduz...?
-O que? -perguntou Lexi levantando a cabeça e lhe vendo olhar atentamente pela janela-.
O que está olhando?
Frank sorriu.
-Não terá que ser perceptivo. Todo o rancho fala disso. Twyla diz que os dois
virtualmente estão comprometidos.
Nesse momento, abriu-se de repente a porta e Jake entrou com gesto feroz, os olhos frios
e a boca apertada.
-O que acontece?
Deu outro passo para ele, surpreendida de que suas pernas trementes suportassem seu
peso. Estava assustada. Esse não era um aborrecimento pequeno.
-Está bem, Frank. Só quero falar com ela -voltou a olhar ao Lexi-. Mas é algo entre nós
dois. Ninguém mais precisa ouvi-lo.
-Antes me cortaria um braço -disse Jake lhe oferecendo ao Lexi a mão-. Vamos.
Lexi obedeceu, e lhe deu a mão. Não gostava que lhe dessem ordens, mas de algum
modo sabia que esse não era um bom momento para discutir
isso. De momento, só queria saber por que estava tão zangado e solucionar o
problema. O que fora, deveria ser um simples mal-entendido. Tinha que sê-lo.
Deixando a casa detrás, Jake atirou dela para a base da colina. Começou a escalar com o
Lexi a seu lado, e suas furiosas pernadas eram tão rápidas que teve que diminuir a marcha
quando os duas estiveram sem respiração.
Quando ele a olhou por cima do homem, a expressão em seu rosto foi implacável. Mas
pela primeira vez, entre a fúria, Lexi viu dor. Algo lhe estava fazendo muito dano.
-De acordo, por que não começa pelo princípio e me conta tudo o que não me há dito do
Jamie?
Jamie -Lexi lhe olhou aniquilada, sem entender como Jake podia estar tão zangado pelo
Jamie.
Você...
Jake a agarrou dos dois braços e a aproximou dele. -me fale, Lexi -exigiu--. Me
explique por que o fez.
Ela o olhou com os olhos como pratos, incapaz de acreditar que isso estivesse
acontecendo.
-Nunca me disse que tinha um filho -sua mão apertou seus braços--. Inclusive quando te
perguntei por ele, mentiu-me. Nunca me disse que era meu.
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Capítulo 15
-Dolores? -Lexi estava aturdida . Dolores te disse que você foi o pai? Quem te disse que
era a mãe?
-Não o faço -disse lhe olhando aos olhos, quase aliviada de poder lhe dizer por fim a
verdade-. Me acredite, não o faço. Disse-te que ela era a mãe do Jamie?
-Sim.
-OH, Jake -Lexi se levou a mão à frente; tudo estava acontecendo muito depressa-. Não
sei o que acreditar já. Cada vez que ela abre a boca, sai uma história diferente.
--Passei meia hora no domingo tentando lhe fazer admitir que você foi o pai do Jamie
porque ele me recorda muito a ti. Mas ela me jurou que não podia sê-lo -baixou a mão e lhe
olhou de novo -. Disse-me que não tinham feito o amor durante meses antes de que ela
partisse, e que não podia ser o pai do Jamie.
-Então, mentiu-te.
-Não. Tinham passado meses da última vez. Então uma noite cheguei a casa e a
encontrei me esperando com velas e uma garrafa de champanha. Estava cansado, bebi
muito e a natureza seguiu seu curso.
-Tinha usado minha última camisinha meses antes. Estávamos tão perto do divórcio que
não planejava necessitar mais, ao menos não com ela.
-Isso ainda não demonstra que seja teu –Lexi franziu o cenho --. Ela mentiu muitas
vezes nisto.
Vendo uma pequena esperança, Jake a olhou. -Realmente não sabia nada disto?
Lexi negou com a cabeça, pensando em todas as dúvidas e confusões que tinha tido
desde que nasceu Jamie.
-Será melhor que nos sentemos se for te contar minha versão da história. E pode ser um
pocodifícil para ti acreditar que alguém pudesse ser tão crédula como eu fui então.
-Foi mais ou menos por aqui -disse Jake em seu ouvido enquanto se sentavam.
Quando lhe olhou surpreendida, ele sorriu. -Nisso estava pensando, verdade?
--perguntou-lhe entrelaçando seus dedos nos dela. -Bom, sim -devolveu-lhe o sorriso e
apartou o olhar antes de que seu rubor a delatasse mais-.
-Seu nome é James, verdade? É por mim? -Sim. Por ti e por meu pai. James Franklin
Conley.
-Quem lhe pôs o nome, você ou Dolores? -Era o nome que eu tinha eleito para o filho
que teria algum dia. Dolores o pôs na partida de nascimento.
Sua mão apertou a do Lexi, mas não disse nada e ela seguiu com sua história.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 175
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-Tudo começou uns três meses depois de que você te partisse. Ou seja, uns cinco meses
depois de que Dolores se fora. De todos os modos, eu não tinha tido notícias tuas e estava
começando a acreditar que meu pai tinha razão e que não voltaria.
-Sinto-o muito -disse brandamente, e lhe deu um beijo tenro e doce nos lábios.
Aí Lexi se parou para respirar e para esclarecê-la cabeça. Nesse ponto era onde a
história começava a voltar-se confusa. O que passou depois não teria sido tão mau se ela
não tivesse estado tão emocionada porque sua mãe queria tê-la perto, embora tivesse
demorado dezenove anos em dizer-lhe
-Bom, assim que cheguei me dava conta de que Dolores estava grávida. Para então, é
obvio, o divórcio era definitivo. Ela não estava
saindo com ninguém. De fato, parecia estar escondendo-se. Logo que abandonava o
apartamento, e para quão único parecia me necessitar era para servi-la.
-casou-se com o marido anterior ao Lloyd e vivia em outra parte da cidade. A única vez
que veio foi levar a Dolores ao médico. Nunca me deixaram ir com elas. Inclusive quando
Dolores finalmente foi ao hospital a dar a luz, tampouco me deixaram ir. Durante quatro
meses, eu logo que saí do apartamento.
Ela sorriu, recordando as vezes quando punha a mão no ventre volumoso da Dolores e
sentia ao bebê dar patadas. As horas de compras e planos, quando Dolores não dava
indícios de não ir-se ficar com seu filho.
-Não sabe como são as mulheres com os bebês, verdade? --perguntou com um sorriso
sonhador-. Comprometemo-nos de modo muito pessoal. Eu estava desejando que o bebê
nascesse para poder abraçá-lo e lhe dar de comer e lhe jogar talco.
-Não. Dolores não queria discuti-lo. Estava mal-humorada quase todo o tempo, assim
quando não queria falar de algo, não falávamos.
-Pobre Lexi Jake conhecia o mau humor do Lexi-. Deveu ter sido um inferno. O que
passou quando teve cl menino?
Lexi voltou a respirar profundamente, sabendo que ia entrar na pior parte da história.
Inclusive odiava pensar nisso, mas Jake merecia saber a verdade. Se realmente era o pai,
precisava saber como tinha sido o engano e por que Lexi tinha ao Jamie.
-Quando Dolores voltou para casa do hospital, minha mãe esteve perto mais tempo. Mas
eu era quão única parecia emprestar atenção ao pequeno Jamie. Elas esperaram até que me
apaixonei locamente do menino, e então me disseram que Dolores não podia ficar com ele.
Não seria bom para sua imagem, e minha mãe não tinha intenção de ser uma avó.
-Claro que queria. Mas não via como podia fazê-lo. Assim que elas me deram uma
opção. Ou eu o adotava, ou Dolores o dava a uma agência de
Jake se esticou.
-me deixe terminar -disse Lexi lhe apertando a mão-. depois de que Dolores ameaçasse
dando o bebê a estranhos, eu comecei a chorar e a lhe suplicar que não o fizesse. Disse-lhe
que me ficaria. Não me importava como afetaria a minha vida, mas não podia suportar dá-
lo a outros. Isso já rompia meu coração, mas quando pensei que era teu, não pude suportá-
lo.
-Eu pensei que era teu -corrigiu-. Então, depois de que eu já tivesse começado a
considerar o Jamie como meu, disseram-me a verdadeira razão pela que me tinham feito ir
a Califórnia.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 177
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-Não. Isso o pensaram logo. Levaram-me para que ficasse porque minha mãe tinha dado
a Dolores minha identidade para cobrir seu embaraço. O apartamento, informe-os do
médico e do hospital, os certidãos de nascimento... tudo o que te ocorra, tudo estava a meu
nome. Alexandra Lorraine Conley tinha dado a luz ao James Franklin Conley. Por isso não
me deixaram conhecer médico nem ir ao hospital. Todo mundo pensava que eu era Dolores.
-Para que quando Dolores fora famosa, sua irmã pequena, Alexandra. fora a que teve o
bebê ilegítimo em um hospital de Los Angeles, e não Dolores.
- Mas ela estava casada comigo quando ficou grávida. Isso não teria sido um filho
ilegítimo.
-Não, mas isso teria feito dela um bruxa sem coração o dar a seu filho em adoção só por
não querê-lo. Ela não queria um filho, e não queria que ninguém soubesse que tinha tido
um alguma vez. E as duas fizeram um estupendo trabalho cobrindo-o.
-depois de que me desse conta de que minha mãe tinha usado meu certidão de
nascimento para proteger a Dolores sem ter nenhuma consideração ao que pudesse afetar a
minha vida? -perguntou com amargura-. E depois que me explicassem que não teria que
adotar ao Jamie porque em todos os documentos legais eu aparecia como sua mãe?
-continuou com sarcasmo-. Simplesmente lhes dava as obrigado e me preparei para retornar
com meu bebê a casa.
-Até esse momento sim. Mas então, Dolores se deu conta de que eu poderia voltar para
casa e lhe contar a meu pai a verdade, e que poderíamos
te buscar e lhe contar isso a ti. Assim assim que estiveram seguras de que eu me levaria
ao Jamie, Dolores me disse que me tinha mentido porque ela sabia que nunca deixaria partir
a seu bebê. Disse-me que tinha tido muitos amantes para saber exatamente quem era o pai,
mas que estava segura que não foi você porque não tinha tido relações contigo durante
meses antes de que Jamie fora concebido.
E a creíste?
Para então eu não sabia o que acreditar. E isso era exatamente o que ela queria. depois
disso me disse que nunca dissesse ao Jamie nem a ninguém a verdade, que para todo
Ada Stewart – Amando em Silêncio 178
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mundo, eu era a mãe do Jamie. Também me disse que você nunca devia ter nenhum contato
com o Jamie, e que se o fazia, eu lhe perderia. Disse-me que ela e minha mãe poderiam me
levar a julgamento e demonstrar que Jamie não era meu.
-Então, sou seu pai? -Jake já estava tão confundido como Lexi.
-Isso acredito. Decididamente há um parecido. E não só por seu aspecto, mas também
também suas expressões e o modo de mover-se.
Lexi se jogou o cabelo para trás. As mechas suaves roçaram seus braços. sentia-se livre
pela primeira vez em dez anos.
-Não sei. Dolores é um terremoto. Cada vez que eu tenho um plano, ela vai e faz algo
assim. De todos os modos, o que pretendia?
-eu gostaria que ela passasse mais tempo com o Jamie. Quero que os dois sejam amigos
antes de que lhe a diga verdade.
-Fez um estupendo trabalho com ele, Lexi. Qualquer homem estaria orgulhoso de ter um
filho como Jamie.
-Incluído você?
-Incluído eu.
-É curioso, mas essa não foi a impressão que me deu quando me perguntou a primeira
vez se Jamie era teu.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 179
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Aí foi quando pensei que te tinha deixado grávida e me tinha partido te deixando
sozinha. Foi culpa, pura e simples culpa --agarrou sua cara e a
girou a ele brandamente-. Mas sob a culpa, quase estava esperando que fora verdade.
Porque eu não gostaria de nada mais que ter um bebê contigo, uma dúzia, toda uma vida de
bebês.
-Sempre esteve aí. Só que finalmente tive a sensatez de deixar de lutar contra isso.
Acredito que te amo, Alexandra Conley, e acredito que eu gostaria de muito se...
-Senhor Jake! -gritou uma voz do outro lado da colina-. Senhorita Alexandra, sou eu,
Manuel! O senhor Frank me há dito que lhes chame e que venham depressa!
antes de que Jake pudesse reagir, Lexi já se levantou e estava correndo colina abaixo. A
meio caminho estava Manuel agitando seu chapéu.
-Não, está bem, mas diz que vá rápido. E também o senhor Jake.
Lexi se girou e viu o Jake correndo para alcançá-la. Seus olhos se encontraram e viu em
seu olhar a mesma mescla de ansiedade e arrependimento que enchia suas vísceras.
Uns segundos mais e ele haveria dito algo que poderia ter trocado suas vidas. Ela só
esperou que o momento não tivesse desaparecido para sempre.
Jake a alcançou, deu-lhe a mão e correram juntos, seguindo ao Manuel, que ia diante.
Sem diminuir a marcha, Jake inclinou a cabeça para ela.
Lexi se voltou e o olhou surpreendida. Queria parar, lhe perguntar se o dizia a sério,
abraçá-lo e gritar de felicidade.
-Bem -agarrou-lhe a mão com força-. Agora acredito que será melhor que entremos e
ver que é toda esta emergência.
-por que tenho a sensação de que Dolores possivelmente tenha algo que ver com isto?
-Porque possivelmente seja assim -inclinou-se e beijou ao Lexi na boca antes de seguir
ao Manuel à casa.
Jake e Lexi entraram no salão seguindo ao Manuel. Frank estava sentado em sua
cadeira junto à janela. Parecia tranqüilo, mas a dureza em seus olhos lhe disse que estava
mais zangado do que parecia.
-Obrigado, Manuel. Agora pode voltar para a estrada e esperar ao Jamie? Se aparecer,
lhe traga diretamente a casa.
-Não enviou ao Manuel para nos buscar para nada -disse Jake-. Algo passou.
Lexi foi à poltrona que estava frente ao de seu pai. Jake agarrou uma cadeira e a pôs
junto ao Lexi. Quando estiveram sentados, lhe agarrou a mão e dirigiu sua atenção ao
Frank.
-Bom, como hei dito, possivelmente não seja nada. Mas quando Jamie não apareceu
depois do colégio, chamei um de seus amigos para ver se estava em sua casa e se esqueceu
nos avisar.
-Ele não faria isso -disse Lexi-. Não contigo recém saído do hospital. Ainda está muito
preocupado por ti.
-Sim, bom... de todos os modos -esclareceu-se garganta-, esse amigo me disse que a tia
do Jamie foi e lhe tirou do colégio no meio da tarde.
-O que?
-Isso é o que disse eu. Mas esse menino diz que alguém do escritório do diretor estava
com ela e que a tia do Jamie tinha uma nota da mãe do Jamie dizendo que estava bem que
partisse do colégio com ela.
-Eu lhe pedi que passasse mais tempo com o Jamie -bufou Lexi-. Mas não lhe dava uma
nota dizendo que podia lhe tirar do colégio.
-Já sabe que no colégio ela podia falsificar a letra de sua mãe -recordou-lhe Frank-. É
um milagre que essa garota não se converteu em uma delinqüente juvenil. E não é graças a
sua mãe que não ocorresse. Nunca estive tão feliz em minha vida como quando Cordelia te
enviou para que vivesse comigo. Sentia-me morrer o anos que esteve ali só com essa
mulher.
-Bom -disse Jake, voltando a represar a conversação -. Sabemos que Dolores recolheu
ao Jamie no colégio este meio-dia e ainda não lhe trouxe para casa. E além de que não
tivesse a permissão do Lexi, há alguma razão para preocupar-se por isso?
-Não sei -Lexi se encolheu de ombros- . Talvez lhe ajudar a saltá-las classes é sua idéia
de uma experiência que possa lhes unir.
- por que? -Lexi sentiu um calafrio e não pôde controlar o tremor de sua voz-. Que não
nos contaste?
-Como hei dito antes, pode não ser nada -Frank não a olhou-. Só agrada a curiosidade
de um velho e sobe a olhar, vale?
-Eu a ajudei a desfazer as malas -Lexi abriu o armário, e imediatamente viu que o
portatrajes tinha desaparecido, junto com suas roupas mais caras, incluindo um casaco de
pele-. Jake, olhe debaixo da cama a ver se a mala grande segue aí.
Enquanto Jake olhava, ela foi à coquete e abriu as duas primeiras gavetas. Estavam
vazios. Não havia nada.
Fechando os olhos, Lexi respirou profundamente, mas isso não serve para acalmar seu
coração.
do Jamie e abriu as gavetas da cômoda para descobrir que faltavam algumas objetos.
Foi ao armário e viu cabides vazios onde deveria haver roupa.
entre as mãos e desejou poder chorar ou gritar ou fazer algo que acalmasse o tortura de
agonia que estava crescendo em seu interior. Mas não se podia mover.
-por que? --perguntou ao fim-. por que o tem feito? Nem sequer queria me dizer a
verdade. por que o tem feito?
-Não sei -Jake se sentou a seu lado e a abraçou-. Mas sei uma coisa. Recuperaremo-lhe.
-Mas por que o quer, Jake? Está fazendo-o só para me fazer danifico?
-Não -disse balançando-a entre seus braços-. Não acredito que isto tenha nada que ver
contigo. Já conhece a Dolores. Não pensa antes de fazer as coisas. Ela quer um bebê, e
como eu não a ajudei, agarrou ao Jamie. Acredito que é tão simples como isso.
-Não entendo o que me diz -Lexi se endireitou e se apartou para lhe olhar aos olhos--.
Sei que queria ficar grávida, mas o que tem isso que ver contigo?
Lexi, dizendo coisas como que eu a deixei grávida uma vez e sabia que podia fazê-lo de
novo. Queria que me deitasse com ela para salvar seu matrimônio. Uma loucura. Enfureci-
me e vim a te buscar.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 183
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Não sei. Eu a deixei ali. Como ia ou seja que estava planejando fazer algo assim?
-OH, Jake, o que vou fazer? Ela é sua mãe. E se for a julgamento para tentar ficar o
-Poderia. As provas demonstrariam que ela é a mãe. E se um juiz decide que Jamie
deveria estar com ela?
-As provas também demonstrariam que eu sou o pai, e também tenho direitos. Ela não
se arriscará, Lexi. Não está tão louca. E depois de que você e eu estejamos casados,
nenhum juiz do mundo daria ao Jamie a ninguém exceto a nós, inclusive embora Dolores
estivesse desejando chegar tão longe.
-OH, Jake. Quero-o. Quero-o comigo, já, esta noite. Não sei o que farei se ela realmente
o levou.
-Lhe trará. Dolores está confundida e é muito dramática, mas não é um monstro. Jamie
é muito inteligente para que lhe engane e muito grande para que force a algo. O nunca
deixará o estado com ela de boa vontade, e nunca lhe ameaçará ou lhe fará mal. Você sabe.
Ela é egoísta e mentirosa, mas não é má.
-Tem razão -Lexi apoiou a cabeça em seu ombro e se agüentou as lágrimas-. Sei que
tem razão -ficou de pé-. Será melhor que baixemos com meu pai. Sei que também está
preocupado.
No salão, Frank estava sentado onde lhe tinham deixado. Quando lhes ouviu retornar,
endireitou-se como se queria levantar-se. Então viu seus rostos e voltou a afundar-se na
cadeira, parecendo de repente muito velho e cansado.
-Sim, tinha razão -Lexi se sentou na cadeira frente a ele e lhe pôs a mão no joelho-.
Como sabia?
-Seu marido chamou antes, Harvey, verdade? Disse que dissesse a Dolores que a veria
no aeroporto esta noite. Disse também que se alegrava de ouvir que eu estava muito
melhor.
-OH, não -Lexi se levantou e lhe olhou, horrorizando-se da idéia de chamar à polícia
para procurar a sua própria irmã-. O que íamos dizer? Que lhe raptou?
Ada Stewart – Amando em Silêncio 184
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Frank se levantou.
-Jake tem razão. Não podemos ficar sentados. Chamarei o aeroporto do Albuquerque
e verei se posso averiguar que vôo vão agarrar. -Talvez estamos tirando conclusões
-levou-se roupa do Jamie. Devia ter tido na cabeça todo o tempo que se as coisas hoje
não saíam como ela queria, levaria-se ao Jamie com ela quando partisse.
-Mas o que vai pensar Jamie se a polícia lhes detiver e algemam a Dolores?
-O que vai pensar Jamie se lhe força a sair do estado? -perguntou Jake--. É um delito
federal.
-Hmm, é curioso.
Para ouvir a voz do Frank, Jake e Lexi se giraram e olharam em sua direção a tempo de
lhe ver pendurar o telefone. ficou aí de pé, movendo a cabeça distraído.
-Né? OH, fez reservas, mas as cancelou. O que crie que significa isso?
-Ou decidiu ir conduzindo até Califórnia -sugeriu Jake-. Seria muito mais fácil que
levar-se a um moço à força em um avião.
-Possivelmente devamos chamar à polícia, Lexi, só para nos assegurar -Frank agarrou o
telefone, esperando sua resposta.
-OH, de acordo. Ódio que tenha chegado a isto, mas se algo acontecesse com Jamie, não
sei o que faria. lhes diga simplesmente que estamos preocupados, de acordo? lhes diga que
tememos que tenha acontecido algo. Mas não mencione o rapto, vale? Ainda não.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 185
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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Aproximando-se da janela, Lexi viu que começava a obscurecer e sabia que uma vez
fora de noite, seria mais difícil evitar o pânico, mais difícil dizer-se que Jamie estaria logo
em casa e o pesadelo terminaria.
-Vou à cozinha a fazer chocolate quente -disse Lexi dando-se conta de que se não fazia
algo se voltaria louca.
-Não -sabendo que soou brusca, forçou um débil sorriso-. Sinto muito, mas preciso estar
sozinha um momento. Pode tentar que meu pai se sente e se relaxe quando deixar de falar?
O que estaria pensando Dolores ao fazer algo assim, justo neste momento, quando sabe
que não lhe podem dar desgostos?
Uma vez na cozinha, permaneceu ocupada fazendo chocolate até que o som de um carro
chegando a fez correr à porta. No vestíbulo, deteve o Jake na porta.
-Não. Se forem eles, quero me ocupar eu sozinha -pôs a palma no peito do Jake e o olhou
aos olhos-. Por favor. O chocolate está servido e esperando em uma bandeja. Poderia trazê-
lo? E aconteça o que acontecer -olhou a seu pai e logo a ele-, se Jamie não parece
aborrecido, que não saiba quão preocupados estivemos. Tudo isto pode ter sido só produto
de nossa imaginação.
-Obrigado.
Com isso, abriu a porta e saiu ao alpendre. Quando viu que o veículo era realmente o
carro alugado da Dolores, Lexi diminuiu o passo e saudou com a mão para dissimular.
Jamie abriu a porta e saiu correndo para ela, com os braços carregados de caixas e bolsa.
-Um bota de cano longo! -exclamou parando-se diante dela-. Bom, algumas costure são
roupa, mas outras não.
-Não sei que posso fazer, mas falarei com ela -Lexi lhe deu um abraço desesperado mas
não pôde evitá-lo e então se apartou- -. por que não sobe e pendura sua roupa nova? Eu
estarei contigo em seguida, e poderá me ensinar tudo o que compraste hoje.
-Vale.
Com um salto enérgico, partiu. Lcxi esperou a que a porta da casa se fechou antes de
aproximar-se do carro, onde esperava sua irmã.
-Quer me contar o que aconteceu hoje? --perguntou Lexi usando todo seu controle para
não perder a calma.
-Disse-me que passasse mais tempo com ele. -Harvey chamou antes, Dolores. Deixou a
papai uma mensagem para ti.
-Não acredito. De fato, se abrir o porta-malas deste carro, arrumado a que está cheio de
malas. Malas enche. Arrumado a que inclusive há alguma roupa para o Jamie.
-OH, Meu deus -os joelhos lhe tremeram-. Nunca pensei que o averiguaria.
-Pois sim. E agora quero saber a razão. por que foste fazer o? Crie que lhe raptar é o
modo de começar uma relação com o Jamie? Crie que tudo o que tem que fazer é mover
uma varinha mágica e que dez anos de abandono foram desaparecer?
Dolores se acovardou enquanto Lexi se aproximava mais e baixou sua voz a um tom
ameaçador.
-Sinto muito -disse Dolores com lágrimas escorregando por suas bochechas-.
Equivoquei-me e o sinto. Dava-me conta disso quando tentei dizer-lhe
-ia dizer lhe quem era eu -tragou-se mais a, ás-. Nunca lhe tivesse levado comigo se ele
não tivesse querido vir. ia dizer se o primeiro, e então pensei que viria comigo porque eu
era sua mãe.
-E o que te deteve?
Dolores chorou de novo. Reacia a seguir seu instinto e abraçá-la, Lexi não posso evitar
sentir que as lágrimas eram genuínas. Vacilante, estendeu a mão e a pôs no ombro da
Dolores.
-Sei -tirou um lenço de seu bolso e se soou o nariz-. vou parecer um horror. Me está
correndo a maquiagem?
-Bom, dava-me conta de que estava atando tudo. Olhei aos olhos do Jamie e soube que
não podia fazê-lo. Tivesse-lhe feito mal dizendo-lhe Ele teria pensado que eu era uma
louca, e quem quer uma mulher louca como mãe?
Renda-se, Lexi lhe rodeou os ombros com o braço e lhe deu um rápido apertão.
-É o tipo de coisas que faria uma mãe. -Sério? -sua expressão foi uma mescla de
prazer e surpresa.
-Sério -e rodeando a sua irmã da cintura, caminharam para a casa-. Suponho que ficará
uns dias mais.
-Se não te importar... Eu gostaria de praticar mais esta coisa desinteressada. É novo para
mim.
-Espero que não esteja brincando, porque realmente eu gostaria que o fizesse. Estive-te
observando. Realmente é uma boa mãe. Eu quero sê-lo também, Lexi -passou-se uma mão
por seu estômago plano-. Não só para o Jamie. Também quero ter um bebê. E quero ser
uma mãe como você, não como era a nossa. OH!
Desde vários metros detrás dela, Lexi viu a Dolores abrir a porta e entrar sorridente e
lançando beijos. Jake ficou de pé calado e furioso, olhando incrédulo a Dolores, enquanto
ela subia as escadas.
-Viu isto? --disse-lhe Frank ficando de pé quando Dolores desapareceu e Lexi entrou.
-Está bem -disse Lexi agarrando ao Jake do braço e aproximando-o de seu pai-.
Contarei-lhes tudo o que sei e depois irei falar com o Jamie.
Não sei o que fazer com essa garota. Seu pequeno zerebro deve rodar como um gude
em sua cabeça
-Papai acrescentou Lexi mais feliz sabendo que seu filho estava a salvo--. Lhe trouxe, e
isso é o que conta.
- Eu vou ver o Jamie - -Lexi se levantou e se dirigiu para a porta, mas encontrou o
caminho bloqueado pelo Jamie.
Capítulo 16
T Ou? -perguntou Lexi esperando não parecer tão atordoada como se sentia.
Era possível que Jake lhe tivesse pedido em matrimônio fazia só umas horas? Parecia
um sonho. Ao melhor o era.
-Sim -sua expressão se suavizou, e seus dedos acariciaram brandamente sua bochecha--.
Eu. Não te esqueceste tão logo, verdade?
Com uma risada, ela soltou a respiração que tinha estado agüentando.
-A polícia -Frank se agarrou a uma cadeira-. Alegram-se de ouvir que todos estão a
salvo em casa.
-Parece cansado, papai erijo Lexi preocupa dá de repente de que tivesse havido muita
tensão para ele esse dia.
-Estou-o -disse seu pai movendo-se devagar para eles-. Acredito que irei jogar me um
momento. Chamarão-me se ocorrerem mais emoções, verdade?
Jake riu.
-Bem. E por certo, querida -inclinou-se e deu ao Lexi um beijo na bochecha ao passar a
seu lado-. Parabéns.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 190
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Parabéns? -Lexi olhou de seu pai sorridente que continuava seu caminho ao Jake-. por
que?
-Sério? --perguntou Lexi vendo desaparecer a seu pai pelo corredor- . O que disse?
-Enquanto você estava fora com a Dolores -beijou-a-. Bom, espero que não esteja
planejando um noivado comprido.
OH, não acredito que isso seja um problema. Parece estar aceitando-o muito bem.
-O disse?
-Sim. Espero que não te importe. Era uma dessas coisas de homem a homem que
pensava que devia fazer.
Lexi pôs os olhos em branco e suspirou. Umas poucas semanas antes seu filho só lhe
tinha pertencido a ela. Mas parecia que teria que acostumar-se a compartilhá-lo.
-«Super», «fabuloso»... Não entendi o resto, mas parecia feliz com a idéia.
-Teremos que ser pacientes. Conosco mesmos e o um com o outro. Eu não posso
aprender a ser um pai da noite para o dia, nem tampouco um marido. Mas vou tentar o com
todas minhas forças.
-OH, isso não me preocupa. Será estupendo -disse apartando-se a contra gosto . Bom,
agora tenho que ir falar com o Jamie. Estou segura de que me está esperando.
-De acordo. Enquanto isso acredito que irei acender o grill. O que lhe parecem
hambúrgueres para jantar?
-Delicioso. Morro de fome -ficou nas pontas dos pés e lhe beijou antes de ir-se.
-Olá, interrompo-te?
-Não. Entra.
Lexi abriu a porta e viu seu filho ao outro lado da habitação, com os pés apoiados na
mesa e olhando ao teto. Depois de um dia tão transcendental, não sabia o que estaria
fazendo, mas não imaginou que fora isso.
Ela olhou também ao teto, esperando ver um bichito ou uma mancha, algo. Mas não
havia nada mais que um teto branco.
-OH -ela apartou seus livros a um lado e se sentou no bordo da mesa, lhe olhando-. Um
dia estranho, né?
Jamie baixou devagar a cabeça até que seus olhos se encontraram. E assentiu com a
cabeça. -Jake me há dito que falou contigo.
Lexi quase se surpreendeu para ouvir suas próprias palavras. Não tinha pensado tirar o
tema tão logo. Tinha planejado esperar até que Jamie se abrisse e o mencionasse ele
mesmo.
Pergunta-a a surpreendeu.
-Não sei. Ainda não falamos que isso -franziu o cenho, pensando no pequeno rancho do
Jake que tinha estado arrumando-. Ao melhor Jake quer que vamos a seu rancho.
-Bom, às vezes poderia dormir aqui. depois de tudo, os ranchos estão juntos, e
estiveram dirigindo-se como um só durante anos. Estou segura de que com o Jake como
capataz, seguirão assim.
Lexi se deu conta de que ela e Jake não tinham discutido muito do futuro. Por isso ela
sabia, ele inclusive podia estar planejando voltar para os rodeios. E a idéia era inquietante.
Jamie assentiu.
-Eu gosto de Jake. Muito. Não queria que partisse --então franziu o cenho de novo-.
Significa isso que ele agora vai mandar me? Lexi não pôde evitar sorrir.
-Bom, teoricamente sim. Mas não acredito que isso seja o que ele tenha em mente.
Acredito que Jake só quer que sejamos uma família. Já sabe, passar tempo juntos, fazer
coisas juntos. Agora mesmo está abaixo preparando hambúrgueres para jantar. Isso sonha
como um bom começo, verdade?
Jamie riu.
-Bom, estava sofrendo muito. E além eu lhe raptei por assim dizê-lo. Assim estava um
pouco zangado comigo. E tinha razões para está-lo.
-Saber? - repetiu ela-. Bom, sim, sabia. Mas não acreditava que você soubesse.
-Mamãe, não sou estúpido! -gritou Jamie parecendo insultado-. Ela me tirou do colégio
e me levou de carro até o meio caminho do Albuquerque. E não parava de me dizer coisas
como que não me preocupasse, que tudo estaria bem e que ela não me faria mal. Era
tétrica.
Lexi estava horrorizada. Não tinha idéia de que Dolores tinha sido tão descarada.
-O que fez você? -perguntou tentando soar mais tranqüila do que se sentia.
-Estive fantástico, mamãe. Só disse como com muita naturalidade que esperava que não
estivéssemos fora muito tempo, porque não queria que o avô se preocupasse acabando de
sair do hospital e da operação e todo isso.
-Então, quando paramos nessa área de descanso e ficamos sentados durante o que
pareceram horas e ela seguia me dizendo que era um menino estupendo e o que gostaria de
ter um filho como eu, e começou a me falar de quão grande era sua casa de Califórnia e
todo o dinheiro que tinha seu marido. Y... OH mamãe! sabia que agora tinham uma
piscina? Antes não, verdade?
-Sim, bom, ao melhor então não estaria tão mal, já sabe, ir de visita alguma vez. A ela
pareceu lhe gostar dessa idéia. depois de partir e voltar para a Santa Fé, comprou-me todas
estas coisas.
-OH, Jamie -Lexi não pôde suportá-lo mais; o desejo de lhe abraçar era muito forte, e o
fez-. Coração, estou tão contente de que esteja de novo comigo.
seu ombro-. Está doente a tia Dolores? -Doente? -Lexi lhe soltou e lhe olhou. Coma se
tocou a cabeça.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 194
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Não --protestou ao dar-se conta de que estava duvidando do estado mental da Dolores-.
Ela só... bom, é só muito sensível e nervosa. E
Lexi respirou profundamente para armar-se de coragem. Era muito logo para lhe contar
tudo, mas talvez podia começar preparando o terreno. Falando devagar, e rezando para
encontrar as palavras apropriadas, ela começou a responder a sua pergunta.
-Bom, você tia Dolores leva um tempo querendo ter um menino, mas não pode. Isso a
põe muito triste, porque faz muito tempo, teve a possibilidade de ter seu próprio filho, mas
renunciou a essa possibilidade.
-O que fez?
-por que?
-Era jovem. Pensou que o que estava fazendo era o melhor. Mas agora não está tão
segura.
Jamie se aproximou da janela e olhou para a noite escura, com os dedos metidos em
seus bolsos traseiros. Seu rosto se refletia contra a janela, e tinha o cenho franzido e a
mandíbula firme.
Inclusive antes de que falasse, ela soube que o momento tinha chegado, e que ela não
estava preparada.
Lexi sentiu um medo terrível. Não queria lhe ferir. Não queria lhe perder. Mas sabia
que nos seguintes minutos, podiam passar as duas coisas.
-Como se sentiria se te dissesse que sim? -perguntou logo que atrevendo-se a respirar.
-Suponho que estranho -encolheu-se de ombros-. Pode que assustado -olhou-a por cima
de seu ombro-. Ela não poderia me fazer voltar com ela, verdade?
-OH, não! Isso nunca passaria. Se você fosse alguma vez com a Dolores, seria porque
quisesse... só de visita. Você é meu, e sempre o será.
Ada Stewart – Amando em Silêncio 195
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Promete-me isso?
Olhou-o. Estava de pé contra a janela, tão pequeno, tão vulnerável, tentando ser valente
enquanto seu mundo se voltava do reverso. Desejou encontrar as palavras mágicas para que
se sentisse bem, mas não havia nenhuma.
Durante dez anos, tinha esperado que chegasse esse dia, ensaiando o que lhe diria nesse
momento. Mas nesse instante, nada lhe parecia adequado.
-me acredite. Nada trocará em nossas vidas, exceto agora teremos ao Jake, e seremos
mais uma família que antes.
-Bom, então suponho que está bem. Ela segue sendo minha tia, verdade?
-Depende de ti. Como você o sinta. Não tem que pensar nem atuar de outro modo para
sua tia Dolores, se assim se sentir.
-De acordo -suspirou e a tensão desapareceu de sua postura--. Enquanto não tenha que
chamá-la mamãe nem nada assim.
-Direi-te que isso me alivia muito -Lexi estendeu os braços---. Posso ter um grande
abraço agora? Acredito que o necessito.
Ele caminhou para ela com um pouco de acanhamento ao princípio. Então, depois de
uns passos, pôs-se a correr e se lançou a seus braços, enterrando a cara contra seu pescoço.
Lexi lhe apertou com força enquanto as lágrimas lhe queimavam os olhos.
Ele assentiu e se acurrucó mais. Então, parecendo recordar que era muito major para
tais coisas, Jamie se separou dela e se sentou na cama.
-Bom, mamãe... -deteve-se e a olhou-, bom, se a tia Dolores era minha mãe... - deteve-
se de novo-. Como é que não sabe quem era meu pai?
Ada Stewart – Amando em Silêncio 196
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Exceto hoje...
Lexi se deteve, perguntando-se se não seria muito, Quanto poderia suportar um menino
em um dia?
-Você gostaria que Jake resultasse ser seu pai? O braço subiu ao ar de novo. -Sim!
Lexi riu.
-Bom, é fabuloso.
Jamie gritou alegre e o sorriso do Lexi se estendeu até o ponto de que as lágrimas
encheram seus olhos. Sabia como se sentia ele. Ela tinha estado assim de feliz quando Jake
lhe tinha pedido que se casasse com ela, mas com todo o alvoroço, não tinha tido a
oportunidade de celebrá-lo.
Voltando para a terra, Jamie ficou os punhos nos quadris e levantou seu peito
orgulhoso.
-Pode que tenha chegado o momento de que baixemos e compartilhemos algo disto com
o Jake
-Lexi se levantou e estendeu a mão-. esteve um pouco preocupado por como tomaria as
notícias.
No sofá, com seu braço ao redor do Lexi, Jake disse o mesmo por décima vez.
-Parece haver tomado muito bem, verdade? -Não seja modesto. Jamie estava extasiado,
e você sabe.
-Sim.
Lexi notou sua alegria e se acurrucó mais a ele. -É difícil acreditar todas as coisas que
aconteceram hoje. Foi faz só cinco semanas quando lhe rap chá e te traga aqui?
Ela riu.
-Não.
-Realmente não estava zangado, sabe. -Não? Pois me tinha enganado muito bem.
-Estava assustado. Ou melhor aterrorizado. -por que? -Lexi se apartou para lhe olhar aos
olhos.
-Porque assim que te vi de novo, soube que tinha estado me enganando. Um olhar e te
quis tanto como antes -acariciou-lhe o lábio com o dedo-. Se aquela noite não tivesse
resultado ferido, e você te tivesse ficado até que tivesse terminado, fizesse todo o possível
por te levar a cama.
-Menti-te. -Jake!
Ada Stewart – Amando em Silêncio 198
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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-Não sou um anjo. Nunca o fui -seguiu-lhe acariciando a bochecha com deliciosa
ternura- Você já deve sabê-lo.
-Quero sê-lo. Para ti. de agora em diante. -Jake, não crie que te aborrecerá depois de um
tempo e quererá voltar para rodeio? -perguntou recordando o que tinha falado com o Jamie.
-O rodeio? -pareceu surpreso-. Não acredito. me acredite, já sofri tudo o que queria.
-Pensei que você gostava.
-Sim. Mas sou muito major para me dar todos esses golpes cada noite. A única razão
pela que voltei foi porque tinha alugado meu rancho durante dez anos e não queria ser um
vendedor de carros usados.
Isso era tudo o que ela sempre tinha querido, e mais do que tinha sonhado possível.
-A melhor.
Fim
Ada Stewart – Amando em Silêncio 199
Traduzido por Romance com Tema Sobrenatural: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=18008059
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