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UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO

CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS


DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA E ANTROPOLOGIA
CURSO: CIÊNCIAS SOCIAIS (LICENCIATURA)
DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA V
DATA: 06 de Janeiro de 2022.
ALUNA: Ana Luiza Costa do Nascimento

IMPERIALISMO E A QUESTÃO NACIONAL:

O imperialismo surge como uma fase do capitalismo, onde se destaca por uma série de
fatores como, por exemplo, o fim da livre concorrência e a introdução de monopólios. Após
os primeiros indícios já identificados por Marx, Lênin faz um profunda e completa análise
sobre essa etapa do desenvolvimento capitalista em sua obra “O imperialismo, fase superior
do capitalismo” (LENIN, 2011). 

No setor econômico, o capitalismo tinha como sua principal característica a chamada


livre concorrência, porém com o advento da fase imperialista essa característica foi
substituída e convertida na era do monopólio. A concorrência não foi totalmente aniquilada,
porém foi convertida a essa nova forma e consequentemente pequenos empresários foram 
superados por um grupo de grandes empresas e por vezes essas possuem relações entre si,
onde se concentram e centralizam o capital financeiro. 

A concorrência é desleal, há uma gritante desigualdade, pequenas empresas viram


submissas aqueles que tinham maiores condições para dominar esse cenário, neste contexto,
as grandes empresas. Com a monopolização das indústrias, entra em ação a participação dos
bancos nas intermediações financeiras. Deste modo, surge o que Lênin denominou de capital
financeiro, fruto da associação do capital bancário com o capital industrial. 

 Podemos perceber que há uma supremacia do capital financeiro, tendo em vista que
tudo é controlado e concentrado por uma oligarquia financeira, ou seja nas mãos dos
poderosos bancos. Destacamos também outra consequência do imperialismo que foi a
exportação de capital, visto que na livre concorrência a exportação era de mercadorias. 
Com o advento da era superior ao capitalismo, as relações passaram a ser movidas
pelo capital, estes foram gerados sem a necessidade de mão de obra, um excedente de capital
acumulado oriundo de gritante desigualdade serve como principal base de exportação,
principalmente em países subdesenvolvidos. Trazendo consequências devastadoras como: o
desemprego, não há investimento no setor trabalhista, não há educação adequada, saúde e
entre outros. 

Observamos que o avanço do imperialismo trouxe consigo uma série de


consequências principalmente nas questões nacionais, com a conquista de novos mercados,
dominações políticas, e outros segmentos, onde países subdesenvolvidos se tornam oprimidos
por seus opressores, os países desenvolvidos. Neste cenário caótico, na tentativa de reverter
essa situação e criar resistência surgem as lutas nacionais voltadas ao anti imperialismo.

Por fim, a questão nacional assume um caráter revolucionário com a revolução


proletária e luta de periferias contra a burguesia com o objetivo de se libertarem desse cenário
proposto pelo jogo imperialista. Tais lutas transcendem a luta nacional, acaba por adquirir um
caráter internacional.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 

LENIN, Vladimir Ilyich. O Imperialismo: Etapa Superior do Capitalismo. Campinas:


Navegando, 2011

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