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AlfaCon Concursos Públicos

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
ÍNDICE
Legítima Defesa���������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Requisitos para que Subsista a Legítima Defesa��������������������������������������������������������������������������������������������������������2
Observações Importantes��������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������������3

Lei do Direito Autoral nº 9.610, de 19 de Fevereiro de 1998: Proíbe a reprodução total ou parcial desse material ou divulgação com
fins comerciais ou não, em qualquer meio de comunicação, inclusive na Internet, sem autorização do AlfaCon Concursos Públicos.
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Legítima Defesa
“Art. 25 – Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios necessários, repele
injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.”
Conceito: é causa de excludente de ilicitude (antijuridicidade) que se completa ao se repelir injusta
agressão, atual ou iminente a direito próprio ou alheio, usando dos meios necessários (leiam-se dis-
poníveis). Aqui o que importa para o agente é que cesse a agressão injusta.
Observação: ocorre um efetivo ataque ilícito contra o agente ou terceiro, legitimando a repulsa.
Requisitos para que Subsista a Legítima Defesa
• agressão humana;
• agressão injusta;
• agressão atual ou iminente;
• agressão a direito próprio ou de terceiro;
• meios necessários (disponíveis);
• requisito subjetivo.
Somente tem a capacidade de “agressão” o ser humano. Animais não agridem, somente atacam.
Dessa forma, para alegar legítima defesa, o indivíduo tem que repelir a agressão injusta de um “ser
humano”.
OBS: caso um animal esteja sendo “atiçado” por um indivíduo a atacar outro, a agressão passa ser
humana, pois o animal está sendo usado como uma arma! Mas caso o animal atacasse alguém pelo
próprio instinto, sem ser “atiçado”, a repulsa ao ataque seria configurada “estado de necessidade”,
como vimos anteriormente.
→→ Agressão injusta:
Agressão injusta significa agressão ilícita, ou seja, contra o ordenamento jurídico. Em regra, a
pessoa à qual o elemento está fazendo cessar a agressão está contra ele cometendo um ilícito, não
precisa ser necessariamente um crime, já que é permitida a legítima defesa para a proteção da posse
CC artigo 1.210 § 1º.
→→ Agressão atual ou iminente:
Diferentemente do que ocorre no estado de necessidade, aqui vale a situação de perigo (agressão)
atual ou iminente, ou seja, que está prestes a acontecer.
→→ Agressão a direito próprio ou de terceiro:
Vale aqui a mesma explicação que foi dada no estado de necessidade, mas adequando-se que a
“agressão” tem que partir de um ser humano; em caso de ataque de animal, sem a presença de uma
pessoa, o caso passa a ser de estado de necessidade.
→→ Meios necessários:
Aqui se lê “meios disponíveis”. O agente deve repelir a injusta agressão sempre com os meios que
estiverem à sua disposição no momento da agressão.
Exemplo: imaginemos que um policial acaba de apreender uma bazuca e que tal objeto está em suas
mãos, no exato instante em que aparece um indivíduo querendo tirar a vida deste policial com um
revólver calibre 38.
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→→ O que fazer:
• Pede para o elemento esperar que você jogue a bazuca ao chão e pegue o meio necessário,
que é a arma da sua cintura, para ser mais “razoável”?
• Solta tudo e sai correndo?
• Levando-se em conta o bem jurídico em jogo (vida), vira a bazuca para o agressor e, como é
o único jeito de cessar a agressão, dê uma “bazucada” no agressor?
Resposta:
Nesse caso, a brincadeira é muito válida, pois é aqui que tiramos do concursando a ideia de que
os meios necessários devem ser “equivalentes” ao do agressor. O que conta são os meios disponíveis.
Assim, ficamos com a terceira opção, ou seja, explodimos o agressor com a finalidade de que cesse
sua agressão!
→→ Requisito subjetivo:
Aqui vale também a explicação do estado de necessidade, pois o agente não pode estar com a
ideia anterior de cometer crime e se utilizar do caso posterior concreto para alegar legítima defesa.
→→ Exemplos de legítima defesa:
• “A”, desafeto de “B”, arma-se com um machado e, prestes a desferir um golpe, é surpreendi-
do pela reação de “B”, que saca um revólver e efetua um disparo.
• “A”, munido de um cão, atiça o animal na direção de “B”, que, para repelir a injusta agressão,
atira no enfurecido animal.
• “A”, menor de idade, saca um fuzil e, prestes a atirar em “B”, é surpreendido por este que
saca uma bazuca, único meio disponível no momento, vindo a “explodir” “A”.
DIFERENÇA ENTRE ESTADO DE NECESSIDADE E LEGÍTIMA DEFESA

Observações Importantes
• É possível legítima defesa de provocações por meio de injúrias verbais; segundo a sua inten-
sidade e conforme as circunstâncias, pode ou não ser agressão.
• Agressão de inimputável constitui legítima defesa.
• Agressão decorrente de desafio, duelo, convite para briga NÃO constitui legítima defesa.
• Agressão passada (já ocorrida) constitui vingança, e não legítima defesa.
• Agressão futura não autoriza legítima defesa (mal futuro).
• Não existe legítima defesa da honra: “A” marido traído chega a sua casa e surpreende “C”,
sua esposa, em conjunção carnal com “B”. Enfurecido, pega sua arma e dispara contra a
esposa traidora.

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• O agente tem que saber que está em legítima defesa.


• Legítima defesa e porte ilegal de arma de fogo: se portava anteriormente, responde pelo
crime do art. 14 ou 16, caput do Estatuto do Desarmamento. Se o porte é contemporâneo,
apenas no momento da legítima defesa, não responde pelo crime dos artigos mencionados.
• “A”, surpreendido por cão feroz, efetua disparos para que não seja atacado ou para sessar o
ataque: se o cão foi “atiçado” pelo dono a atacar, legítima defesa; mas se o ataque foi espon-
tâneo, é estado de necessidade. Vale lembrar que, no caso de legítima defesa, os disparos
devem ser feitos contra o cão, e não contra o dono, pois nesse caso, seria configurado homi-
cídio por parte de “A”.
• Não há legítima defesa se “A”, desafeto de “B”, vai à sua procura e efetua disparo. Mais tarde
provou-se que “B” também estava armado e queria igualmente executar “A”.
• Não existe legítima defesa contra estado de necessidade.
Questão comentada
01 - (CESPE) Considere a situação hipotética:

João não poderá alegar legítima defesa, pois utilizou navalha para revidar agressões de homem
desarmado.
˃˃ Gabarito: Errado.
˃˃ Comentário: No presente caso, João agrediu verbalmente Pedro, provocando-o injustamente.
João não poderia alegar legítima defesa, porquanto QUIS o resultado briga. A questão é bem
clara quando diz “atracaram-se”. Não foi Pedro que iniciou o ataque a João e este tentou se
defender. Visto isso, João, realmente, não poderá alegar legítima defesa, mas não pelo fato de ter
usado uma navalha, por isso a questão está incorreta.

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EXERCÍCIOS
01. Em relação às excludentes de ilicitude, na hipótese de legítima defesa, o agente deve agir nos
limites do que é estritamente necessário para evitar injusta agressão a direito próprio ou de
terceiros.
Certo ( ) Errado ( )
02. Em uma situação hipotética, um assaltante atirou em um policial que, na Legítima Defesa,
atirou na direção do assaltante para conter a sua conduta. Acidentalmente, o policial acertou
um terceiro, inocente, que veio a falecer. Nesta situação hipotética, a Legítima Defesa continua
caracterizada.
Certo ( ) Errado ( )
GABARITO
01 - CERTO
02 - CERTO

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