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Dimensionamento de Sistemas de

Drenagem Pública de Águas


Residuais Domésticas

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COMPONENTES DO SISTEMA DE
DRENAGEM PÚBLICA DE ÁGUAS
RESIDUAIS

CÂMARAS DE VISITA / ESTAÇÕES ELEVATÓRIAS

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Câmaras de visita (Art.º 155)
São os órgãos acessórios mais numerosos e correntes nos sistemas
de drenagem pública de águas residuais. Destinam-se a facilitar o
acesso aos colectores para observação das condições e
características do escoamento e amostragem da qualidade da
água residual e, ainda, para realização de operações de
manutenção em condições de segurança e eficiência.

• A sua implantação é obrigatória:


- na confluência de colectores;
- nos pontos de mudança de direcção, inclinação e diâmetro dos colectores;
- nos alinhamentos rectos, com afastamento máximo de 60m ou 100m consoante
se trate de colectores não visitáveis ou visitáveis;
- nos pontos de mudança brusca do perfil do terreno ou singularidades como
aquedutos, atravessamento de linhas de água, rodovias, entre outros.
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Planta Perfil

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Tipos de câmaras de visita:
Em redes de drenagem com colectores até 600mm de diâmetro,
são usualmente utilizados os seguintes tipos de câmaras de visita:
Tipo P – corpo rectangular ou quadrado com cobertura plana;
Tipo CP – corpo circular com cobertura plana;
Tipo CT – corpo circular com abertura tronco-cónica assimétrica ou não.

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Em situações correntes devem empregar-se, de preferência,
câmaras de visita de corpo circular. As de corpo rectangular ou
quadrado utilizam-se quando por falta de material pré-fabricado,
é necessário recorrer a tijolos, blocos de cimento ou pedra, para a
construção do respectivo corpo.

Se a profundidade da câmara de visita for inferior a 1,60m deve


empregar-se uma cobertura plana, acima deste valor, deve
recorrer-se à cobertura tronco-cónica.

Quando localizadas em terrenos agrícolas, as câmaras de visita


devem ficar com o corpo saliente, de modo a permitir a sua fácil
referenciação.

Nas zonas onde o nível freático se encontre acima da cota de


soleira das câmaras de visita, deve-se prever a sua
impermeabilização.
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Soleira:
É formada por uma laje de betão e serve de fundação às paredes
da câmara de visita.

As mudanças de direcção, diâmetro e inclinação que se realizam


nas soleiras das câmaras de visita, devem fazer-se por meio de
caleiras com altura igual a 2/3 do maior diâmetro, de forma a
assegurar a continuidade da veia líquida.

A inclinação de todas as soleiras é de pelo menos 20%, no sentido


das caleiras, devendo ser as linhas de crista ligeiramente
boleadas.

Devem ser construídas de betão simples ou armado consoante as


condições de fundação.

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Soleira:

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Cobertura:
Pode ser plana ou tronco-cónica, simétrica ou assimétrica com
uma geratriz vertical, para facilidade de acesso.

O diâmetro interior da base é igual ao do corpo.

Na parte superior dispõe de uma gola cilíndrica, para


assentamento do aro do dispositivo de fecho.

Devem ser construídas em betão simples ou armado, moldadas no


local ou pré-fabricadas.

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Cobertura:

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Corpo:
- É em geral de planta rectangular ou circular.
- O diâmetro das câmaras de visita, tipo CT e CP, não devem ser inferiores a
1,0m ou 1,25m.
- A dimensão das câmaras de visita, tipo P, têm no mínimo 80cm de largura.

Dispositivo de fecho:
- É constituído pelo aro e pela tampa e devem ser resistentes para impedir,
quando necessário, a passagem de gases para a atmosfera.
- A tampa pode ser de ferro fundido de grafite lamela ou esferoidal, de aço
moldado ou laminado. O aço só é permitido se for garantida uma protecção
eficiente contra a corrosão.
- A superfície exterior da tampa de ferro fundido deve apresentar uma
configuração estriada, que garanta a aderência dos rodados dos veículos.
- Estes dispositivos são classificados consoante a carga de ensaio, nas classes
que correspondem ao tipo de utilização rodoviária:

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Dispositivo de acesso:

- Degraus encastrados, escada encastrada ou amovível;


- Caso seja garantida protecção contra a corrosão, os degraus
pedem ser de ferro fundido ou aço moldado.

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TIPO DE CÂMARAS DE VISITA

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Câmara de corrente de varrer automática

NOTA: De acordo com o artigo 161 do RGSPPDADAR, estes dispositivos não necessitam 14 de ser
instalados nos novos sistemas. A descarga de autoclismo permite garantir o caudal de auto-limpeza.
Câmara de corrente de varrer manual

NOTA: De acordo com o artigo 161 do RGSPPDADAR, estes dispositivos não necessitam 15 de ser
instalados nos novos sistemas. A descarga de autoclismo permite garantir o caudal de auto-limpeza.
Câmara de visita simples

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Câmara de visita simples com mudança de direcção

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Câmara de visita com queda inferior a 0,50m

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Câmara de visita com queda guiada (desnível ≥ 0,50m)

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TIPO DE SISTEMAS DE ELEVAÇÃO

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Interface com o colector de chegada

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Bombas centrífugas

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Grupo de eixo horizontal (PLANTA - EE)

Figura: Estação Elevatória (subsistema de Alcântara, Lisboa)


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Grupo de eixo horizontal (CORTE A-B)

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Bombas submergíveis

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Parafuso de Arquimedes
Dispositivo usado à entrada de ETAR para elevar a água contida num
recipiente (e.g. entrada da ETAR São João, Loures). Neste caso, os
parafusos são montados sobre um apoio de forma a ficar inclinado
relativamente à superfície da água e com a extremidade inferior
submersa. Ao rodar em torno do seu eixo, a água sobe ao longo do
parafuso.

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