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COM:SSÃO EXECUTIVA DO PLANO DE
RECUPERAÇÃO ECONOMICO-RURAL JA
LAVOURA CACAUEIRA (CEPLAC).

Ministro da Fazenda
Antônio Delfim. Netto, Pre s idente

Secret~rio Geral da CEPLAC


Jos~ Haroldo Castro Vieira

Superintend~nte T~cnico

Pé:l.ulo de Tarso Alvim.

Superintendente Administrativo

Roberto Midlej

Diretor do Centro de Pesquisas do Cacau (CEPEC)


Paulo de Tarso A1v.i.m

Chefe da Divisão de Comunicação


Jorge O. A. Moreno

Publicação do C EPEC -C EPLAC


Caixa Postal 7, Itabuna, Bahia, Brasil

Maio de 1971. Tiragenl: 4.500 exemplares

Impres so na DICOM pelo sistema offset.


COMIT~ EDITORIAL

Paulo de T. Alvim, Diretor do CEPEC


,
Fernando Vello, Chefe da Divisão de Gen~tica
Herm[nio M. Rocha, Chefe da Divisão de Fitopatologia
Antônio H. Mariano, Chefe da Divisão de Diversificação
Antonio J. Ventocilla, Assistente da Divisão de Entomologia
Percy Cabala R., Chefe do Setor de Fertilidade
Maria Helena Alencar, T~cnico da Divisão de Economia
Luis Carlos Cruz, Comunicação, IICA-CEPLAC·,
Coordenador do Comitê.

EDITOR PRINCIPAL
Luis Carlos Cruz

EDITOR ASSISTENTE
Jos~ Correia de Sales

COMPOSIÇAO

Adernoel v. Câmara

MONTAGEM
Ney Se~ra Costa

FOTOLITO
João C. de Oliveira

IMPRESSÃO
João P. Cardoso

Podem-se solicitar exemplares dêste Boletim Técnico, di-


rigindo-se a: Chefe da DICOM, CEPLAC. Caixa Postal 7.
Itabuna, Bahia, Brasil.
,

CONTEOOO

.Generalidades 7
Situação e Acesso 7

Trabalhos Anteriores 8
Fisiografia 8
Relêvo 8
Drenagem 8
Geologia 9
Estratigrafia e Petrografia 9
Formação Água Preta 10
Formação Serra do Paraíso 10
Formação Santa Maria 11
S~rie Barreiras 11
Formações Superficiais 12
Geologia Estrutural 12
Falhas e Fraturas 12
Microdobras 13
Geologia Econômica 13
Dolomitos e Mármores 13
Ouro e Diamante 13
Agradecimentos 14
Literatura Citada 14
Resumo 14
,
GEOLOGIA VA FOLHA VE
MASCOTE SUVOESTE

Augusto J. Pedpeipa *

Generalidades 1 :100.000, motivada por proble-


O levantamento geológico da mas de impressão.
fÔlha de Mascote faz parte do pla-
no para o levantalnento geológico Os trabalhos de campo foram
do Sul do E stado da Bahia, na área efetuados durante os meses de
compreendida entre as coordena- janeiro, fevereiro e maio de 1968,
.:ias 13 0 35' e 18 0 00' S e 39 0 00' e na parte ocidental da folha, e em
40 0 00' W de Greenwich. A setembro do mesmo ano, na par-
carta geológica definitiva consis- te oriental.
ti r á de 25 f Ô 1 h a s na e s c a 1 a
1 :100.000, sendo objeto dês t e
trabalho a parte sudoe ste da fÔlha Situação e Acesso
de Mascote. A área mapeada está dentro
da região cacaueira e é limitada
A área foi mapeada com ba- pelos paralelos 15 0 45' e 1 6 0 00' S
se em fotografias aéreas na es- e pelos meridianos 39 0 15 I e 39 0
cala 1 :25. 000, tiradas em 1964 45' W, tendo uma extensão apro-
pela Aerofoto Natividade S. A. , ximada de 758,85 km 2 • Abrange
tendo os dados geológicos sido parte dús municípios de Mascote,
lançados em mapa base de escala Itapebi, Canavieiras e Belmonte.
1 :5 O. 000, obtido pela montagem
das me s mas fotos seguidas de O acesso é feito pela rodovia
redução, procedimento êste moti- BR-lOl e por estradas municipais
vado pela falta de mos a i c o s e que ligam a Fazenda Ventania a
ma p a s topográficos adequados. Santa Maria Eterna, e esta vila à
O mapa geológico que acompanha BA-270, no trecho Camacan-Ca-
êste trabalho é u~a redução fo- navieiraR. Santa Maria Eterna,
tográfica do mapa 1 :50. 000 para no quadrante noroeste da área,

• Té . : nico do Setor de Geologia da Divisão de Solos do CEPEC.

7
assimétricas, com. o "dip slope"
para E.

Os dolomitos, que ocorrem


em tôda a Região, com exceção
da parte mais oriental, têm pou-
ca influência no relêvo regional,
apresentando indícios de forma-
ção de relêvo karstico com mui-
tas dolinas, a maioria das quais
1~1O'
formando lagoas que aparecem
dentro dos quartzitos.

Os quartzitos aparecem sob


forma de cristas de direção apro-
ximada N':S, separadas por vales
1~.-Iff>rxi
longos e de fundo plano. O nível
Figura 1 - situação da área
de erosão corta o tôpo desta for-
mação, formando uma c a ma da
dista de Itabuna, sede do projeto, extensa de canga ferruginosa, cu-
l8Dkm. A Figura 1 mostra a lo- jos blocos variam do tamanho de
calização da área. seixos até matacões de mais de
I m de diâmetro.
Trabalhos Anteriores
Em alguns pontos, esta can-
Não existem trabalhos espe- ga apresenta-se sob forma depe-
cíficos sôbre a região mapeada, dregulhos esféricos de côr ama-
apenas relatório reservado sôbre relada.
o reconhecimento geológico da
faixa c osteira do Sul da Bahia e C ortando a á r e a diagonal-
Espírito Santo, feito por Carva- mente, de SW para NE, o contato
lho e Garrido (1). da Formação Barreiras marca a
transição das formas de relêvo
FISIOGRAFIA dos metas sedimentos , já descri-
tas, para outras próprias desta
Relêvo formação terciária, que ocupam
o relêvo da região apresen- tôda a parte sudeste da área.
ta-se com pequenos desníveis e
com indícios de aplanamento a O relêvo desta f o r rn a ç ã o
uma altitude próxima a lODm. consta de tabuleiros extensos e
planos, separados por vales es-
As formas mais e 1 e v a das treitos e de encostas abruptas.
pertencem aos filitos que ocor-
rem a sudoeste, culminando com Drenagem
a Serra do Bico, ponto mais alto
da Região. Os filitos apresen- Tôda a área é drenada abun-
tam-se em cristas de direção a- dantemente, sendo a d r e n a g e m
proximada N-S e com encostas controlada pelas estruturas exis-

8
tentes. Nas fotografias aéreas, Existem ainda lagoas forma-
os diferentes tipos de rochas po- das nos aluviões do rio Jequiti-
dem ser perfeitamente distribuí- nhonha durante aE enchentes e
dos pela drenagem. que perduram por muito tempo
após estas. ,
Nos metassedimentos a oes-
te da área, onde predominam os o divisor de águas dos rios
filitos, a drenagem segue o pa- Pardo e Jequitinhonha atravessa
drão paralelo, correndo os ria- a área mapeada, de oestepa-
chos de oeste para leste, seguin- ra leste, 3 km ao norte da Fazen-
do o "dip slope rr • da Triunfo, aproximadamente.

As f r a t u r a s paralelas às
cristas de quartzito controlam a GEOLOGIA
drenagem nestas rochas, cujos
rios são alinhados na d i r e ç ã o A área coberta pela FÔlha de
predominante N - S, os afluen- Mascote Sudoeste está incluída
tes encontram-se aproximada- parcialmente dentro da Bacia Me-
mente em ângulo reto. Nos vales tas sedimentar do Sul da Bahia,
lo n g o s e partes mais planas, o estando a sua parte oriental co-
padrão de drenagem é mais de- berta pelos sedimentos terciários
sordenado, encontrando-se for- da Formação Barreiras. E s t a
mas de pinça típicas de terrenos última parte, devido à dific ulda-
a r e nos os, provenientes da de- de de acesso, foi mapeada em
composição do quartzito. parte por foto-interpretação, o
que acelerou grandemente os tra-
A drenagem desorden~da o- balhos de campo, especialmente
corre tambéln nos terrenos soto-
na sua parte Sudeste.
postos por dolomitos com forma-
ção de relêvo karstico, cujas do- Os metassedimentos, de a-
linas formam depressões fecha- côrdo com Lamego, são conside-
das para onde correm pequenos rados como do Siluriano e Pré-
riachos. Cambriano Médio.

Estudos em curso, feitos pe-


Finalmente, na F o r m a ç ã o lo laboratório de Geocronologia
Barreiras, os rios correm para da Universidade de são Paulo, po-
leste com padrão dendrítico, po- derão esclarecer melhor a ver-
rém, próximo ao contato Barrei- dadeira idade destas formações,
ras-metassedimentos, o padrão dada a ausência total de fósseis.
se aproxima mais do dos metas-
sedimentos, sendo, em alguns Estratigrafia e Petrografia
pontos, retangular, parecendo ser
influenciado pelas fraturas sub- A estratigrafia/ da área ma-
jacentes que, devido à pequena peada é essencialmente a---mesma
espessura da fo:r-mação Barreiras da bacia metassedimenta.r do Sul
nesta zona, conseguem influen- da Bahia, que foi apresentada por
ciar a sua drenagem. Souto et aI (2).

9
As formações, que são des- coincidente com a sua estratifi-
c ritas s umàriamente a s e g u i r, cação original, sendo aproxima-
são resultados da divisão mais damente N-S (N 10 0 W) com mer-
acurada daquelas unidades apre- gulho de 45 0 para leste.
sentadas no trabalho já citado,
fonte de estudos posteriores e da Formação Serra do Paraíso
extensão do levantamento sôbre
tôda a área da Bacia Metassedi- Esta forrnação ocorre prin-
mentar. Dentro da área coberta cipalmente nos arredores da vila
por esta Fôlha, as formações que de Santa Maria Eterna e no vale
ocorrem são as seguintes: dos rios Salsa (braço do Sul) e
seus tributários principais, como
Formação Água Preta o córrego da Solitária.

E sta formação aflora na par-


te ocidental da área, estendendo- Dentro da área map e a da ,
se em uma faixa norte-sul que se consiste de dolomitos com estra-
estreita em direção ao norte, de- tificação nem sempre distinta, e
saparecendo ao sul da Fazenda de côr azul acinzentada. Em al-
Guaraci. guns locais como ao norte da Fa-
zenda Sempre Viva e a nordeste
N e s t a área, apresenta- se de Santa Maria Eterna apresenta-
como um quartzo filito verde a- se marmorizado, com granula-
cinzentado, intercalado com veios ção bastante fina e uniforme e
de q u a r t z o e com camadas de côr branca, sendo explorado no
material grafitoso nos planos de primeiro dos dois lugares. A sua
estratificação. Em lâmina del- granula.ção é fina e uniforme, a-
gada, a rocha apresenta-se corno · presentando pequenas placas de
uma alternância de camada de mica espalhadas entre os grãos
quartzo de granulação uniforme e de calcita e dolomita.
sem n e n hum a matriz entre os
grãos. As camadas de mica es- Os afloramentos o c o r r e m
tão microdobradas e contorcidas. sernpre nos vales,- em posição to-
pogràficamente i n f e r i o r a o s
os afloramentos melhores quartzitos que lhes são sobre-
estão na crista que separa as Fa- postos.
zendas Brasileira e Bomba
D'Água. Na Fazenda Bomba D'Água e
entre esta e a rodovia principal
Em outros pontos da área, da á r e a, existem afloramentos
corno no sopé da Serra do Bico e onde esta formação aparece em
a sudoeste da Fazenda Sempre p o s i ç ã o topográfica mais alta,
Viva, foram encontrados apenas devido a falhamento de direção
fragmentos de filito alterado de N-S.
côr rosa, com ausência total de
afloramentos. As direções das camadas se
situam entre os quadrantes NW e
A direção da foliação dos fi- NE, com mergulhos para SE-NW
litos, onde pôde ser medida, é , variando entre 50 0 e 80 0 •

10
Formação Santa Maria los esféricos e blocos de
até 1m de diâmetro.
E s t a formação ocorre nas
partes norte e central da área,
Próxi1:no ao tôpo da forma-
consistindo de um orto-quartzito
ção, o quartzito intemperizado
branco com estratificação indis-
adquire côr amarelo-a'vermelha-
tinta, granulação fina e, em al-
do e torna- s e muito friá vel, dan-
guns pontos, apresenta- se muito
do origem a um solo arenoso.
duro, com aspecto semelhante a
Em certos locais abundam cris-
quartzo de veio. O seu grau de
tais de quartzo bem formados,
maturação é alto e a sua espes-
embora na sua maioria fragmen-
sura pequena em relação 'à ~rea
tados.
de ocorrência.

Ocorrem, em pontos isola-


Os mergulhos da estratifica-
dos, dentro da formação, lentes
ção são da ordem de 25 0 , pél:ra W,
de conglomerado com seixos de
discordantes dos mergulhos da
t a ma n h o variado. O principal
Forrnação Serra do Paraíso que
dêstes afloramentos está ao sul
lhe é sotoposta.
da vila de Santa Maria Eterna e
consta de um bloco que se so-
bressai sÔbre o relêvo local, com A ocorrência da Formaçao
seixos de até 0,5 m de diâmetro, Serra do Paraíso, em manchas
achatado com nítido m e r g uI h o isoladas no fundo dos vales, e a
para W. discordância de seus mergulhos
sugerem que a Formação Santa
Maria esteja em discordância an-
A sua seção típica o c o r r e
gular com aquela. A superfície
entre a Fazenda Guaraci e Santa
d e discordância é aproximada-
Maria Eterna e da base para o
mente plana e o seu caráter é de
tôpo consta de:
uma discordância local, o que
acontece frequentemente em bor-
a. Conglomerados em lentes
das de bacias sedimentares.
de tamanhos va r i a dos,
com seixos de s íl e x e
matriz escas sa. Série Barreiras
b. Quartzitos com estratifi- Os sedimentos terciários da
ção indistinta, amarela- Série Barreiras cobrem tôda a
dos e friáveis. parte sudeste da área, afinando-
se progressivamente para noro-
c. Quartzitos brancos c o m
este e, em alguns pontos, cobrem
estratificação c r u z a da
os dolomitos da Formação Serra
em alguns lugares, corta-
do Paraíso. Não existem b o n s
dos por veios de quartzo
afloramentos. ~ stes sedimentos
cizalhados contendo cris-
são reconhecidos principalmente
tais de limonita. em fotos aéreas pela sua morfo-
d. Camada de canga ferru- logia típica, com tabuleiros cor-
ginosa formada por nódu- tados por vales entalhados.

11
Consistem de areias gros- A sua origem ainda não está per-
seiras e argilas, com intercala- feitamente determinada, s e n d o
ções de camadas ou lentes de motivo de estudos atualmente em
seixos, geralmente bem arredon- curso. A Figura 2 mostra a co-
dados. IWla estratigráfica da área.

Formações Superficiais Geologia Estrutural


Constituindo a s formações
superficiais temos: Falhas e Fraturas
Existem dois sistemas prin-
a. Aluviões recentes, depo- cipais de falhamento na área ma-
s i ta dos principalmente peada, com direção N-S e WNW-
pelos rios Jequitinhonha SSE.
e Salsa. são aluviões a-
renosos, sendo que os do o
primeiro consiste princi-
rio Jequitinhonha alcan- palmente de fraturamentos que
çam mais de 2 m de es- afetam a Formação Santa Maria
pessura e possuem fases e são detectados perfeitamente
argilosas. em fotografias aéreas.
b. R olados de enc osta que
Não produzem deslocamen-
oc orrem principalmente
tos laterais e controlam viSIvel-
na z o n a de afloramento
mente a drenagem. O. principal
da Formação Água Prêta
falhamento dêste sistema é o da
e consistem de fragmen-
Bomba d'Água, c~·.jo bloco alto
tos de filito bastante al-
forma o "horst" da Serra do Bi-
terados.
c o, limitando a le ste pela falha
do rio Veremos.
c. A r e i a s provenientes da
decomposição dos quart-
-------
....'-.OUATERNA'RIO
zitos da Formação Santa
SÉRIE
Maria e outras que co- BARREIRAS

brem certas á r e a s dos


s e d i m e n tos B ar r ei r as. a...:-----... . .,., Orloquartzitos
FORMACÃo
Grande parte da área ma- Lentes de conglomerados
SANTA
MARIA
peada é coberta pelas á-
reias citadas em primei- -Dolomitos
FORMAÇlo
ro lugar, o que dificulta SERRA
sobremodo a procura de 00
.--;..~J)- Mórmores PARAISO
afloramentos.

são a r e i a s quartzosas de
granulação gros seira, preenchen- Quartzo

do áreas planas entre as cristas Fi I itOl FORMAÇÃO


ÂGUA PRETA
com quartzito. As areias que co-
brem a Série Barreiras possuem
seixos arredondados de quartzo. Figura 2 - coluna estratigráfica

12
A sua escarpa, de linearida- mação Santa Maria nem nos do-
de perfeita, estende- se por uma lomitos da Serra do Paraíso, vi-
distância de 3 km na direção N-S. síveis em escala de afloramento.

Pertencendo ao segundo sis-


Geologia Econômica ,
tema, existem duas falhas prin-
cipais, a primeira das quais, a
Dolom.itos e Mármores
do Veremos, que parece se pro-
longar na direção SSE sob sedi- Os principais recursos eco-
mentos terciários e quaternários nômicos da área são os dolomi-
até o rio Jequitinhonha, é uma das tos e mármores dã Formação
falhas que formam o bordo sul da Serra do Paraíso, os primeiros
Bacia; a segunda é a falha do inexplorados e os ~ltimos em iní..
rio Salsa, paralela à qual existe cio de exploração. Êstes ocor-
uma crista de dolomito aflorando rem em. dois pontos: a leste da
no m.eio da Formação Santa Ma- vila de Santa Maria Eterna, na
ria, devido a falhamento subordi- Fazenda do Sr. A. Alencar e a
nado. sudoeste da mesma vila, na Fa-
zenda Monte Alto, sendo que a ~l­
tima está em principio de explo-
Microdobras
raçao. -
Microdobramentos são en-
contrados apenas nos quartzo- fi-
Ouro e Diamente
litos da Formação Água Preta,
dando-lhes uma aparência filoní- Existem pequenas ocorrên-
tica. cias de ouro e diam.antes em alu-
viões de córregos que cortam a
Não foram encontrados do- área e que são mostrados no m.a-
bramentos nos quartzitos da For- pa da Figura 3. Não são explo-

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Ouro
Diamante
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Figura 3 - recursos minerais

13
rados comercialmente, limitan- gas Edson Sampaio, Paulo Souto
do-se à garimpagem esporádica. e Geraldo Vilas - Boas pela conti-
nuação dos trabalhos de campo e
aos estagiários A. Correia Ri-
AGRADECIMENTOS beiro e ? Correia Lirna que co-
laboraram na elaboração de par-
o autor agradece aos cole- te do mapa.

LITERATURA CITADA

1. CARVALHO,K.W.B. e GARRIDO, J.I.P. Reconhecimentogeoló-


gico da bacia sedimentar do Sul da Bahia e Espírito Santo.
PETROBRÁS (Salvador). Relatório (Datilografado).
2. SOUTO, P.G. et aI. Geologia da bacia metassedimentar do Sul da
Bahia; Dados prelim.inares. In Congresso Brasileiro de Geo-
logia, 21 C?, Curitiba, Paran~, Brasil, 30 de outubro a 4 de no-
vem.bro, 1967.

RESUMO

° presente trabalho é o resultado das investigações geológicas


realizadas na fÔlha de Mascote SW, cobrindo urna extensão aproxima-
da de 758,85 km.~

Trata- se de uma área de relêvo pouco movirnentado, ocupada,


em grande parte, pelos "tabuleiros 11 formados por sedimentes terciá-
rios. Áreas de topografia muito suav ~ também são representadas on-
de ocor rem rochas metamórficas.

Os sedimentos f:erciários foram correlacionados com a Série


Barreiras, que ocorre em grande faixa da costa da Bahia. Entre as
rochas metamórficas do Grupo Ri o Pardo foram mapeados quartzitos
da Formação Santa Maria, de cuja decomposiçã"o resultam extensas
áreas arenosas. Rochas metacarbonáticas da Formação Serra do Pa-
raíso foram n1apeadas e não estão bem estabelecidas suas relações
estratigráficas com os quartzitos. Os filitos da Serra do Bico, que
domina a topografia local, foram correlacionados com a Formação
Água Preta, que aparece mais a oeste, colocados tectônicamente. A
foliação destas rochas, embora poucas medidas tivessem sido torna-
das, mostrou mergulho com valôres de 45 0 para leste.

Dois principais sistemas de falhas foram registrados: N-S e


WNW -SSE. Microdobrarnentos pronunciados foram observados em
lâminas nos filitos da Formação Água Preta.

14
Mármores brancos pertencentes à Formação Serra do Para(so já
estão em fase exploratória inicial, respondendo bem aos primeiros
testes industriais.


•••

15
Otrl'1IAS PUBLICAÇÕES DA CEPLAC

Boletim T~cnico n9 1 --- Levantamento Detalhado dos Solos do Cen-


tro de Pesquisas do Cacau. (Esgotado).

"
Boletim Tecnico n9 "
2 --- Agua ....
Subterranea do C~ntro de Pesquisas
do Cacau. (Esgotado).

Boletim T~cnico n9 3 --- Contribuição ao Mapeamento da Vegetação


da Região Cacaueira da Bahia (Área-Teste
de Castelo Nôvo Município de Ilh~us).

"
Boletim Tecnico n9" 4 Pontos de Convergência da Comercializa-
ção do Cacau em Grãos na Região Cacauei-
ra do Sul da Bahia. (Esgotado).

Boletim T~cnico n9 5 --- Estudo do Sistema Radicular do Cacaueiro


em Alguns Tipos d~ Solos da Região Cacau-
eira do Sul da Bahia. (Esgotado).

Boletim T~cnico n9 6 --- Nível Nutricional dos Solos da Região Ca-


caueira da Bahia. (Esgotado).

Boletim T~cnico n9 7 --- Respostas à Adubação em Algumas Unida-


des de Solos da Reg"ião Cacaueira da Bahia.

Boletim T~cnico n9 8 --- Uso Atual das Terras da Região Cacaueira


do Estado da Bahia. Fôlhas Itabuna, Una,
Potiraguá, Mascote e Canavieiras.

Boletim T~cnico n9 9 --- Solos da Bacia Inferior do Rio Doce.

Boletim T~cnico n9 10 --- Recursos Minerais do Sul da Bahia


( Pr imeiro s !te sultado s ) .

Revista Cacau Atualidades.

Informes e Relatórios T~cnicos da C EPLAC ,CEPEC, DEPEX e EMARC.

Revista Theobroma.

16
o QUE t A CEPLAC

o Plano de Recuperação Econôn'1ico-Rural da Lavoura'Cacaueira


foi criado em 1957 a fim de melhorar as condições técnicas e econô-
lnicas da cacauicultura. Cabe à Comissão Executiva do Plano de Re-
cuperação Econômico-Rural da Lavoura Cacaueira - CEPLAC -
traçar as diretrizes eln que se apoia a Secretaria Ceral, instalada no
Rio de Janeiro, para coordenar a execução de todos os seus trabalhos
nas regiões cacaueiras do país. Para isto dispõe de unta Superinten-
dência Regional instalada no Sul da Bahia (knt 26 da rodovia Ilhéus-
Itabuna) .

A Superinten6ência Regional está composta. cnt re outros, pelo


Centro de Pesquisas do Cacau - CEPEC, Departarncnto de Extensão
- DEPEX, Departamento de Crédito e Incentivos - DECRI, Escola
Média de Agricultura da Região Cacaueira - EMARC e a Divisão de
Comunicação - DICOM, destinados a executar as tarefas seguintes:

CEPEC - Experintentação sôbre o cacau nos can1pos biológico.


pedológico e sócio- econôrnico e outras atividades in-
dispensáveis à diversificação da cconolllia regional.
Além de uma área de 761 ha no lnunicÍpio de Ilhéus,
dispõe de cinco estações experirnentais próprias e á-
reas em convênio conl o 1\1inistério da Agricultura ou
com fazendeiros, espalhadas nas regiões cacauei ras
dos estados da Bahia, Espírito Santo, Pará e Anla-
zonas.

DEPEX - Execução das atividades destinadas a 111elhorar as


condições econômicas da cacauic ult ura.. Dispõ'c de :3 O
escritórios locais, cobrindo t()d;:l a área cacaucira do
.I'
pals.

DECRI Empréstinlo dos rec urs os financ ei rus destinados pe la


CEPLAC aos cacauicultores a firn de possibilitar-lhes
a execução das práticas indispensáveis ao mclhora-
nlento da la voura.

EMARC - Formação de mão-de-obra especializada (Técnicos c


Práticos Ag rÍc olas).

DICOM - Produção de materiais audio- visuais. publicações de'


nível técnico-cientÍfic() c popular,tais COlllO a nova sé-
rie Boletim Técnico , a Revista Theobrolna , a re-
vista Cacau Atualidades c o jornal rural O Cacaui-
c ultol·.

17
Os recursos financeiros da CEPLAC prov~m da retenção de urna
taxa de 150/0 das exportações de cacau em amêndoas. Boa parte dêles
~aplicado no melhoramento das condições de infra-estrutura regional
(abertura de estradas de penetração, eletrificação rural, saneamento
e educação).

A CEPLAC apoia ativamente os movimentos cooperativista e sin-


dicalista dos cacauicultores.

Entre as principais realizações da CEPLAC podemos citar:

1. Descobrimento de ferrugem do caf~ na região cacaueira.


2. Financiamentos no montante de Cr$ 75.375.116,82 até mar-
ço de 1971.
3. Revenda de materiais no valor de Cr$26. 203 .144, 22 até mar-
ço de 1971.
4. Adubação de 71.447 ha de cacauais no ano de 1970 .

•••

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18
MASCOTE
SUDOESTE

SEÇOES GEOLÓGICAS

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ESCALA A. . . .IIADA I :1Q.000

A .... P..' ..,.-I •••

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XI/I-4 SÜOÕESTE BAHIA-IIHA:;IL
LEGENOA

OUATERNÁRIO

~
I Alu'Ii&es
.. ,<I Ar,ios d. oriQ.ns divlrso,
" '. Rolados de encosto

TERCIÂRIO
~ SÉftlf. BARREIRAS
Ó Ar.ios conQlom"ótieos , orQilO'

f'Olu.... çio SANTA MA" 'A


O,toquortzitos bronco. ,
t.nt .. d. conglom,rodo

f'oRNAçl0 Sf.R". DO PARAISO]


Dolomlto

"4rmor. GRUPO
RIO PAROO

FO."A~ÃO " 'GUA PRETA


Quartzo flll'OI

Contoto

Contoto oproximado

Contato coberto

Folho

Folho inf.r idO

Folho coberto

..< Atitudt d ••• trotif ; co,&o

Á Atitud. d, fOlioçllo.

".r Atitude de froturo

b CIDADE

• vl lo ou povoado

FazendO

.;;:- Rodovia secundório

'2 Rio

JIT L090 0

1(' Mino oy pedr,l ro

MAPA DE LOCALIZAÇÃO
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" IV V VI

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IX X XI

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E SCALA APRO XI MADA 1/100.000

LEVANTAMENTO GEOLO'GlCO DO SUL DA BAHIA


Co" .... nio C.pIOC- Secretario dos Minas e Enertj1ia e universidade F.ed,ral do Bania
Mapa 80" : Fototj1rafi Os o.r.as no escola I: 25.000 do Aerofoto Notividade .1965
G.aIOtj1ia ; A .J. p.dr.ira, E. E.S ampoio , P. G.Sauto-l968
1970

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