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Segunda-feira, 30 de Abril de 2001 I SÉRIE — Número 11

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por anos civis e seus semestres. Os I Série ............... 4420$00 3640$00
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II Série ............... 3250$00 2600$00
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de Junho avulsa. I e II Séries ...... 5070$00 4125$00
6 980000 002529

ASSEMBLEIA NACIONAL

———

ORDEM DO DIA
A Assembleia Nacional aprovou a ordem do dia abaixo indicada para a Reunião Plenária de
23 de Abril e seguintes:
I – Aprovação de Leis e Tratados (dia 23 de Abril)
1. Proposta de Lei que autoriza o Governo a legislar sobre o código aeronático de Cabo
Verde.
2. Proposta de Resolução que aprova, a adesão de Cabo Verde à constituição da orga-
nização internacional das migrações.
II – Interpelação ao Governo: estratégias e políticas do Governo relacionadas com o papel do
Estado na economia (dia 24 de Abril).
III – Perguntas ao Governo (dia 25 de Abril).
Palácio da Assembleia Nacional, 23 de Abril de 2001 — O Presidente, Aristides Raimundo Lima.

SUMÁRIO Despacho de Substituição nº 6/VI/01:

——— Substituindo o Deputado Alberto Alves por Moisés Marcelino


Rodrigues.
ASSEMBELIA NACIONAL:
Despacho de Substituição nº 7/VI/01:
Resolução nº 5/VI2001:
Substituindo o Deputado Orlando Rocha Delgado por Arlinda
Deferindo o pedido de suspensão temporária de mandato Depu- Ramos Duarte Lopes Neves.
tado Alberto Alves.
Resolução nº 6/VI/2001: Rectificação:

Deferindo o pedido de suspensão temporária de mandato do De- As Resoluções nº 12/VI/2001 e nº 13/VI/2001, publicadas no Bole-
putado Orlando Rocha Delgado. tim Oficial nº 8, I Série, de 2 de Abril de 2001.

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100 II SÉRIE — Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE 2001

Artigo Único
CONSELHO DE MINISTROS:

Resolução nº 16/2001:
Deferir o pedido de suspensão temporária do man-
dato do Deputado Alberto Alves, eleito na lista do
Nomeia Fernanda Lúcia Conceição Dias, licenciada em jorna- PAICV pelo Círculo Eleitoral das Américas por um pe-
lismo, para, em comissão ordinária de serviço, exercer as riodo de 15 dias, a partir do dia 16 de Abril de 2001.
funções de Directora-Geral da Comunicação Social.

Resolução nº 17/2001: Aprovada em 19 de Abril de 2001.

Nomeia Adriano Alfredo Brazão de Almeida, inpector aduaneiro Publique-se.


superior, para, em comisão ordinária de serviço, exercer as
funções de Director-Geral das Alfândegas. O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Rai-
Resolução nº 18/2001: mundo Lima.

Rceonduzindo para o mesmo cargo e funções Marciano Ramos ———


Moreira, inspector principal de finanças, exercendo em co-
missão ordinária de serviço, as funções de Inspector-Geral das
Finanças
Resolução nº 6/VI/2001

Resolução nº 19/2001: de 30 de Abril

Nmeia Elias Mendes Monteiro, economista, inspector tributário, Ao abrigo do artigo 55º alínea a) do Regimento da
para, em comissão ordinária de serviço, exercer as funções de Assembleia, a Comissão Permanente delibera o se-
Director-Geral das Contribuições e Impostos.
guinte:
Resolução nº 20/2001:
Artigo Único
Nmeia João Pedro dos Santos, para, em comissão ordinária de
serviço, exercer as funções de Director-Geral do Tesouro. Deferir o pedido de suspensão temporária do man-
dato do Deputado Orlando Rocha Delgado, eleito na
Resolução nº 21/2001: lista do MPD pelo Círculo Eleitoral de Ribeira Grande
Autoriza à Rádio Comercial, a transmissão em diferido do Pro- por período compreendido entre 8 de Abril a 31 de
grama «Bom dia Àfrica« e em directo do programa Julho de 2001.
«Vespertino«.
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Aprovada em 18 de Abril de 2001.


Resolução nº 22/2001:

Autoriza o Consulado-Geral de Cabo Verde a alienar o prédio Publique-se.


situado na s'Gravendijkwal 144,3015 CD em Roterdão –
Holanda. O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Rai-
mundo Lima.
Resolução nº 23/2001:

Dando por finda a comissão ordinária de serviço Rosa Maria ———


Soares Silva, no cargo de Directora-Geral da Saúde.

MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E AMINISTRAÇÃO IN-


Gabinete do Presidente
TERNA E MINISTÉRIO DAS FINANÇAS E PLANEA-
MENTO: Despacho Substituição nº 6/VI/2001
Portaria nº nº 11/2001: Ao abrigo do disposto na alínea b) do artigo 24º do
Regimento da Assembleia Nacional, conjugado com o
Eleva à categoria da Esquadra, o Posto Policial de Santa Maria
no Concelho do Sal. disposto nos artigos 4º, 5º e nº 2 do artigo 6º do Esta-
tuto dos Deputados, defiro a requerimento do Grupo
CHEFIA DO GOVERNO: Parlamentar do PAICV, o pedido de substituição tem-
porária de mandato do Deputado Alberto Alves, eleito
Rectificação:
na lista do PAICV pelo Círculo Eleitoral das Américas,
À Portaria nº 6/2001, de 1 de Fevereiro que Aprova o Regula- pelo candidato suplente da mesma lista Moisés Marce-
mento das Normas de Higieme, Salubridade e de Inspecção lino Rodrigues.
Sanitária dos Produtos da Pesca.
Publique-se.

ASSEMBLEIA NACIONAL Assemblia Nacional, 18 de Abril de 2001.

——— O Presidente da Assembleia Nacional, Aristides Rai-


mundo Lima.
Comissão Permanente
———
Resolução nº 5/VI/2001
Despacho Substituição nº 7/VI/2001
de 30 de Abril
Ao abrigo do disposto na alínea b) do artigo 24º do
Ao abrigo do artigo 55º alínea a) do Regimento da Regimento da Assembleia Nacional, conjugado com o
Assembleia, a Comissão Permanente delibera o se- disposto nos artigos 4º, 5º e nº 2 do artigo 6º do Esta-
guinte: tuto dos Deputados, defiro a requerimento do Grupo

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I SÉRIE— Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE2001 101

Parlamentar do MPD, o pedido de substituição tem- 7…


porária de mandato do Deputado Orlando Rocha Del-
gado, eleito na lista do MPD pelo Círculo Eleitoral da 8…
Ribeira Grande, pelo candidato suplente da mesma
lista Arlinda Ramos Duarte Lopes Neves. 9…

Publique-se. 10 Antónia Maria Gomes Lopes, PAICV.

Assemblia Nacional, 18 de Abril de 2001. — O Presi- Resolução nº 13/VI/2001: (Pag. 86)


dente da Assembleia Nacional, Aristides Raimundo
Lima. Onde se lê:

——— Artigo 1º (Constituição)

José Manuel Gomes Andrade, PAICV – Presi-


Secretaria-Geral dente;
Rectificação André Lopes Afonso, MPD;
Por ter sido publicadas de forma inexacta, rectifi-
Arlindo Vicente Silva, PAICV;
cam-se nas partes que interessam, as Resolução nº 12/
VI/2001 e nº 13/VI/2001, ambas publicadas no Boletim Filomena de Fátima Ribeiro Vieira Martins,
Oficial nº 8, I Série, de 2 de Abril de 2001. PAICV;
Resolução nº 12/VI/2001: (Pag. 86) João Baptista Correia Pereira, PAICV;
Onde se lê: João Marcelino do Rosário, PAICV;
Artigo 3º Jorge Arcânjo Livramento Nogueira, MPD;
(A presente Comissão é integrada pelos seguintes
Maria Antónia Gomes Lopes, PAICV;
Deputados:
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Orlanda Maria Duarte Santos Ferreira, MPD;


1…
Teófilo de Figueiredo Almeida e Silva, MPD.
2…
2…
3…
Deve ler-se:
4…
(Constituição)
5. …
José Manuel Gomes Andrade, PAICV – Presi-
6…
dente;
7…
Antónia Maria Gomes Lopes, PAICV;
8…
Arlindo Vicente Silva, PAICV;
9…
Filomena de Fátima Ribeiro Vieira Martins,
10 António Pedro Pereira Duarte, PAICV PAICV;

Deve ler-se: João Baptista Correia Pereira, PAICV;

Artigo 3º João Marcelino do Rosário, PAICV;

(A presente Comissão é integrada pelos seguintes Amadeu João da Cruz, MPD;


Deputados:
Francisco Fortunato Paulino Barbosa Amado,
1… MPD,

2… José Luís Lima Santos, MPD;

3… José Pires dos Santos, MPD.

4… 2…

5. … Secretaria-Geral da Assembleia Nacional, 16 de


Abril de 2001. — O Secretário-Geral, Mateus Júlio
6… Lopes.

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102 II SÉRIE — Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE 2001

CONSELHO DE MINISTROS Resolução nº 18/2001


de 30 de Abril
———
Considerando que o pessoal dirigente cessa automa-
Resolução nº 16/2001 ticamente as funções, decorrido que seja o prazo de 60
de 30 de Abril dias a contar da data de tomada de posse do novo
membro de Governo, titular das pastas das Finanças e
No uso da faculdade conferida pelo nº 2 do artigo 260º Planeamento;
da Constituição, o Governo aprova a seguinte Resolução:
Tendo em conta a necessidade que se requer de ma-
Artigo único: nutenção e recondução da comissão ordinária de
serviço, do actual Inspector-Geral em exercício, com
É nomeada Fernanda Lúcia Conceição Dias, licen- vista a dar continuidade ao trabalho realizado e ao
ciada em jornalismo, para, em comissão ordinária de normal funcionamento da Inspecção-Geral das Fi-
serviço, exercer as funções de Directora-Geral da Co- nanças.
municação Social, com efeitos a partir do dia 1 de Abril
de 2001. Nos termos do nº 1 do artigo 3º e do nº 1 do artigo 6º,
todos do Decreto-Legislativo nº 13/97, de 1 de Julho,
Esta resolução entra imediatamente em vigor. que estabelece o Estatuto do Pessoal Dirigente;
Visto e aprovado em Conselho de Ministros. No uso da faculdade conferida pelo número 2 do ar-
tigo 260º da Constituição, o Governo aprova a seguinte
José Maria Pereira Neves. resolução.
Publique-se. Artigo 1º

O Primeiro Ministro, José Maria Pereira Neves. (Rencondução da comissão ordinária de serviço)

——— É reconduzido para o mesmo cargo e funções Mar-


ciano Ramos Moreira, inspector principal de Finanças,
Resolução nº 17/2001 referência 16, escalão D, exercendo, em comissão or-
dinária de serviço, as funções de inspector-geral das fi-
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de 30 de Abril nanças.
Considerando a importância de que se reveste a Di- Artigo 2º
recção-Geral das Alfândegas na actual conjuntura
político-económica, nomeadamente, na cobrança e no (Entrada em vigor)
aumento das receitas aduaneiras e do financiamento Esta resolução entra imediatamente em vigor.
do Estado;
Visto e aprovado em Conselho de Ministros.
Tendo em conta que, para a prossecução dos objecti-
vos supra citados, torna-se necessário o preenchimento José Maria Pereira Neves.
do cargo correspondente às funções de director-geral
das Alfândegas com um novo titular; Publique-se.
No uso da faculdade conferida pelo número 2 do ar- O Primeiro Ministro, José Maria Pereira Neves.
tigo 260º da Constituição e nos termos do nº 1 do artigo
6º do Decreto-Legislativo nº 13/97, de 1 de Julho, o ———
Governo aprova a seguinte resolução:
Resolução nº 19/2001
Artigo 1º
de 30 de Abril
(Nomeação em comissão ordinária de serviço)
Considerando que a cobrança e o aumento das recei-
É nomeado Adriano Alfredo Brazão de Almeida, in- tas tributárias, na actual conjuntura constituem objec-
spector aduaneiro superior, referência 15, escalão D, tivos primordiais para o financimento do Estado;
para, em comissão ordinária de serviço, exercer as
funções de Director-Geral das Alfândegas do Ministé- Considerando que os objectivos supra referenciados,
rio das Finanças e Planeamento. levam a uma reorganização profunda da Direcção-
Geral de Contribuições e Impostos;
Artigo 2º
Tendo em conta a necessidade que se requer para
(Entrada em vigor)
esse efeito, da nomeação de um novo titular no cargo
Esta resolução entra imediatamente em vigor. de Director-Geral de Contribuições e Impostos;

Visto e aprovado em Conselho de Ministros. Nos termos do nº 1 do artigo 3º e do nº 1 o artigo 6º,


todos do Decreto-Legislativo nº 13/97, de 1 de Julho,
José Maria Pereira Neves. que estabelece o Estatuto do Pessoal Dirigente;

Publique-se. No uso da faculdade conferida pelo número 2 do ar-


tigo 260º da Constituição, o Governo aprova a seguinte
O Primeiro Ministro, José Maria Pereira Neves. resolução:

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I SÉRIE— Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE2001 103

Artigo 1º Resolução nº 21/2001


(Nomeação em comissão ordinária de serviço) de 30 de Abril

É nomeado Elias Mendes Monteiro, economista, ins- O artigo 39º, nº 1 da Lei nº 56/IV/98, de 29 de Junho,
pector tributário referência 14, para, em comissão estabelece que pode ser autorizada a entidades nacio-
ordinária de serviço, exercer as funções de Director- nais ou estrangeiras, a captação de sinais de radio-
-Geral das Contribuições e Impostos do Ministério das fusão sonora ou televisa de emissões por via hertziana
Finanças e Planeamento. ou satélites de estações emissoras estrangeiras, com
utilização de antenas parabólicas ou de quaisquer out-
Artigo 2º
ros processos técnicos de captação de sinais para a sua
(Entrada em vigor) emissão ou reemissão, difusão, transmissão ou retrans-
missão para o território nacional.
Esta resolução entra imediatamente em vigor.
Estabelece ainda o nº 2 do artigo 39º da lei acima re-
Visto e aprovado em Conselho de Ministros. ferida que a autorização em causa é concedida a pedido
do interessado e por resolução do Conselho de Mini-
José Maria Pereira Neves. stros, que fixará as condições gerais a serem observa-
das no exercício da actividade.
Publique-se.
A Rádio Comercial, propriedade de Multimédia
O Primeiro Ministro, José Maria Pereira Neves. S.A.R.L., invocando um protocolo assinado com a emis-
sora Voz de América de «concessão de equipamento e
——— autorização para transmitir programas da Voz de
América», solicita autorização para transmissão em
Resolução nº 20/2001
diferido do programa «Bom dia África» entre as 06:30 e
de 30 de Abril 07:00 horas locais e em directo do programa
«Vespertino», entre as 16:30 e 17:30 horas locais.
Considerando a importância de que se reveste a Di-
recção-Geral do Tesouro no que concerne, nomeada- Assm,
6 980000 002529

mente, à administração da Tesouraria do Estado, à


gestão da dívida pública e do financimento do Estado; Nos termos do nº 2 do artigo 39º da Lei nº 56/IV/98,
de 29 de Junho;
Tendo em conta a necessidade que se requer no pre-
enchimento do cargo correspondente às funções de Di- No uso da faculdade conferida pelo número 2 do ar-
rector-Geral do Tesouro do Ministério das Finanças e tigo 260º da Constituição, o Governo aprova a seguinte
do Planeamento para a prossecução dos objectivos su- resolução.
pracitados;
Assim,
Nos termos do nº 1 do artigo 6º, do Decreto- Artigo 1º
Legislativo nº 13/97, de 1 de Julho;
É autorizada à Rádio Comercial, propriedade da em-
No uso da faculfade conferida pelo número 2 do ar- presa Multimédia S.A.R.L. transmissão em diferido do
tigo 260º da Constituição, o Governo aprova a seguinte programa «Bom dia Àfrica» entre as 06:30 e 07:00 ho-
resolução. ras locais e em directo do programa «Vespertino», entre
Artigo 1º
as 16:30 e 17:30 horas locais.

(Nomeação em comissão ordinária de serviço) Artigo 2º

É nomeado João Pedro dos Santos, para, em A Rádio Comercial no âmbito da autorização ora con-
comissão ordinária de serviço, exercer as funções de cedida deve cumprir as funções e deveres da Comu-
Director-Geral do Tesouro do Ministério das Finanças nicação Social referidas nos artigos 5º e 6º da Lei nº 56/
e Planeamento. /V/98, de 29 de Junho, bem as disposições do Código
Eleitoral no período dos actos eleitorais.
Artigo 2º
Artigo 2º
(Entrada em vigor)
A presente resolução entra vigor na data da sua
Esta resolução entra imediatamente em vigor. publicação.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros. Visto e aprovado em Conselho de Ministros.

José Maria Pereira Neves. José Maria Pereira Neves.

Publique-se. Publique-se.

O Primeiro Ministro, José Maria Pereira Neves. O Primeiro Ministro, José Maria Pereira Neves

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104 II SÉRIE — Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE 2001

Resolução nº 22/2001 cimento turístico, traduzido num substancial aumento


de infraestruturas hoteleiras e empresas afins que
de 30 de Abril
acolhem milhares de turistas de todos os pontos de
Considerando os fundamentos que motivaram a ap- mundo.
resentação da proposta do Ministro dos Negócios Es-
trangeiros, Cooperação e Comunidades para a urgente Do mesmo passo, o crescimento populacional da re-
alienação do prédio situado na s'Gravendijkwal 144, ferida vila tem sido muito significativo, o que recom-
3015 CD em Roterdão – Holanda, mais conhecido como enda que medidas sejam tomadas no sentido de elevar
prédio da Associação, registado em nome do Estado de os índices globais de segurança das pessoas e seus
Cabo Verde. bens.
No uso da faculdade conferida pelo número 2 do ar-
tigo 260º da Constituição, o Governo aprova a seguinte Ponderadas as razões atrás expendidas, sob proposta
resolução. do Comando-Geral da Polícia de Ordem Pública e ao
abrigo do disposto no artigo 83º do Decreto-Lei nº 54/
Artigo único 98, de 16 de Novembro, que aprova a Orgânica do Co-
Fica o Consulado-Geral de Cabo Verde autorizado a ali- mando-Geral da Polícia de OrdemPúblic;
enar o prédio situado na s'Gravendijkwall 144, 3015 CD
em Roterdão – Holanda, ao preço de mercado imob- Manda o Governo de Cabo Verde, pelos Ministros da
iliário local. Justiça e da Administração Interna e das Finanças e
Planeamento, o seguinte:
Visto e aprovado em Conselho de Ministros em 23 de
Abril de 2001. Artigo 1º

José Maria Pereira Neves. Classificação

Publique-se.
É elevado à categoria da Esquadra, o Posto Policial
O Primeiro Ministro, José Maria Pereira Neves. de Santa Maria no Concelho do Sal.

——— Artigo 2º
6 980000 002529

Resolução nº 23/2001 Depebdência

de 30 de Abril A Esquadra de Santa Maria, com sede na vila de


Santa Maria e jurisdição sobre a mesma vila ficará na
No uso da faculdade conferida pelo número 2 do ar-
dependência directa do Comando Regional do Sal.
tigo 260º da Constituição, o Governo aprova a seguinte
resolução:
Artigo 3º
Artigo Único
Entra em vigor
É dada por finda, a comissão de serviço da Rosa
Maria Soares Silva, do cargo de Directora-Geral da A presente portaria entra imediatamente em vigor.
Saúde, com efeitos a partir da data da publicação desta
resolução. Gabinetes dos Ministros da Justiça e Administração
Interna e das Finanças e Planeamento, 9 de Abril de
Esta resolução entra imediatamente em vigor.
2001. — Os Ministros, Cristina Fontes Lima — Carlos
José Maria Pereira Neves. Augusto Duarte Burgo.

Publique-se. ———o§o———
O Primeiro Ministro, José Maria Pereira Neves
CHEFIA DO GOVERNO
———o§o———
———
MINISTÉRIO DA JUSTIÇA E ADMINIS-
TRAÇÂO INTERNA E MINISTÉRIO DAS Secretaria-Geral
FINANÇAS E PLANEAMENTO
Rectificação
———
Portaria nº 11/2001 Por ter saído inexacta a Portaria nº 6/2001, publi-
cada no 3º Suplemento ao Boletim Oficial nº 3, I Série,
de 30 de Abril de 1 de Fevereiro, publica-se de novo:

A vila de Santa Maria, no Concelho do Sal tem vindo Secretaria-Geral do Governo, 25 de Abril de 2001. —
a registar ao longo dos últimos anos um acelerado cres- O Secretário Geral do Governo, José Carlos Delgado.

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I SÉRIE— Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE2001 105

MINISTÉRIO DO TURISMO, TRANSPORTES a) Produto da pesca - todos os animais ou partes


E MAR, MINISTÉRIO DA AGRICULTURA de animais marinhos ou de água doce, in-
cluindo as suas ovas e leitugas, com exclusão
ALIMENTAÇÃO E AMBIENTE dos mamíferos aquáticos, das rãs e de outros
EMINISTÉRIO DA SAÚDE animais aquáticos abrangidos por regula-
mentação especifica;
———
b) Produto da aquicultura – todos os produtos da
Gabinetes pesca cujo nascimento e crescimento são
Portaria nº 6/2001 controlados pelo homem até à sua colocação
no mercado como género alimentício, sendo
de 1 de Fevereiro os peixes ou crustáceos de água do mar ou de
água doce capturados quando juvenis ou no
Considerando os números 1 e 2 e a alínea b) do nú-
seu meio natural e mantidos em cativeiro
mero 3 do artigo 15º e os números 1 e 2 e a alínea a) do
até atingirem o tamanho comercial preten-
número 3 do artigo 16º do Decreto-Lei n.º 23/98, de 8
dido para consumo humano. Se a sua perma-
de Junho de 1998,
nência nos viveiros tiver como único objec-
Nos termos dos artigos 1º do Decreto-Lei nº 18/98 de tivo mantê-los vivos, e não fazê-los aumentar
27 de Abril que prevê a regulamentação por portaria de tamanho ou de peso, deixam de ser consi-
das normas de higiene, salubridade e de inspecção sa- derados, produtos de aquicultura;
nitária dos produtos da pesca destinados à alimenta-
ção humana e do artigo 5º do mesmo diploma que de- c) Refrigeração – o processo que consiste em
fine as atribuições da Autoridade Competente para a baixar a temperatura dos produtos da pesca
inspecção sanitária e o controlo da qualidade dos pro- por forma que esta esteja próxima da do gelo
dutos da pesca, fundente;

Manda o Governo de Cabo Verde através do Ministro d) Produto fresco – todo o produto da pesca, in-
do Turismo Transportes e Mar, do Ministro da Agricul- teiro ou preparado, incluindo os produtos
tura Alimentação e Ambiente e do Ministro da Saúde acondicionados sob vácuo ou atmosfera mo-
ao abrigo da alínea b) do artigo 204º e do nº 3 do artigo dificada que não tenham sofrido qualquer
259º da Constituição, o seguinte: tratamento destinado à sua conservação, ex-
cepto a refrigeração;
6 980000 002529

Artigo 1º
e) Produto preparado – todo o produto da pesca
(Aprovação do Regulamento)
que foi submetido a uma operação que alte-
É aprovado o regulamento das normas sanitárias rou a sua integridade anatómica, tal como a
aplicáveis à produção e colocação no mercado dos pro- evisceração, a decapitação, o corte, a fileta-
dutos da pesca destinados ao consumo humano, com- gem, a picadura, etc.;
posto do regulamento e seus anexos.
f) Produto transformado – todo o produto da
Artigo 2º pesca que foi submetido a um processo quí-
(Revogação)
mico ou físico, tal como o aquecimento, a de-
fumação, a salga, a secagem, a marinagem,
É revogada a Portaria nº 27/98, de 27 de Abril. etc., aplicado aos produtos refrigerados ou
congelados, associados ou não a outros géne-
Artigo 3º
ros alimentícios, ou uma combinação destes
(Entrada em vigor) diversos processos;
A presente Portaria entra em vigor na data da sua g) Conserva – o processo que consiste em acondi-
publicação. cionar produtos em recipientes hermetica-
Gabinete dos Ministros do Turismo, Transportes e mente fechados e submetê-los a um trata-
Mar, da Agricultura Alimentação e Ambiente e da Saúde mento térmico suficiente para destruir ou
aos de Janeiro de 2001. – Os Ministros, Maria Helena tornar inactivos todos os microrganismos
susceptíveis de proliferação, qualquer que
Semedo - José António Pinto Monteiro - João Medina.
seja a temperatura a que o produto se des-
Regulamento das normas sanitárias aplicáveis tine a ser armazenado;
àprodução e colocação no mercado dos produtos
da pesca destinados ao consumo humano h) Produto congelado – todo o produto da pesca
que sofreu uma congelação que permita ob-
Artigo 1º ter uma temperatura no seu centro térmico
(Objecto) de pelo menos – 18ºC, após estabilização tér-
mica;
O presente regulamento e seus anexos estabelecem
as normas sanitárias que regem a produção e a coloca- i) Embalagem – a operação destinada a realizar a
ção no mercado dos produtos da pesca destinados ao protecção dos produtos da pesca através da
consumo humano. utilização de um invólucro, de um recipiente
ou qualquer outro material adequado;
Artigo 2º
(Definições)
j) Lote – a quantidade de produtos da pesca ob-
tida em circunstâncias praticamente idênti-
Para efeitos do presente diploma, entende-se por: cas;

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106 II SÉRIE — Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE 2001

k) Remessa – a quantidade de produtos da pesca condições higiénicas, em estabelecimentos


destinada a um ou vários compradores num aprovados nos termos do artº 7, na observân-
país destinatário e enviada por um único cia dos requisitos dos Anexos III e IV, po-
meio de transporte; dendo a Autoridade Competente, em derro-
gação do nº 2 do Anexo II, autorizar, o
l Meios de transporte – as partes reservadas para transvasamento dos produtos frescos da
carga nos veículos automóveis, nos veículos pesca para o cais em recipientes destinados
que circulam sobre carris e nas aeronaves, à expedição imediata para um estabeleci-
bem como os porões dos navios ou os conten-
mento aprovado ou para uma lota ou para
tores para o transporte por terra, mar ou ar;
um mercado grossista registados, afim de aí
m) Autoridade Competente – o departamento go- serem submetidos a controlo;
vernamental encarregado da inspecção sani-
d) Ter sido objecto dum controlo sanitário nos ter-
tária e do controlo da qualidade dos produtos
mos do Anexo V;
da pesca, que actua através dos seus serviços
centrais ou autónomos; e) Ter sido adequadamente embalados nos termos
do Anexo VI;
n) Estabelecimento – todo o local em que os produ-
tos da pesca sejam preparados, transforma- f) Ter sido identificados nos termos de Anexo VII;
dos, refrigerados, congelados, embalados ou
armazenados, não sendo, no entanto, consi- g ) Ter sido armazenados e transportados em
derados como tal as lotas e os mercados gros- condições de higiene de acordo com o estabe-
sistas em que são exclusivamente realizadas lecido no Anexo VIII.
exposições e venda por grosso;
2.A evisceração, sempre que for possível do ponto de
o) Colocação no mercado – a detenção ou a exposi- vista técnico e comercial, deve ser efectuada o mais ra-
ção destinada à venda, a colocação à venda, pidamente possível após a captura ou o desembarque.
a venda, a entrega ou qualquer outro modo
de colocação no mercado com exclusão da 3.Os produtos da aquicultura só podem ser coloca-
venda a retalho e da cessão directa no mer- dos no mercado nas seguintes condições:
cado local em pequenas quantidades por um a) O abate deve ser realizado em condições de hi-
pescador ou retalhista ou ao consumidor; giene adequadas, não devendo os produtos
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p) Água do mar salubre – a água do mar ou a estar conspurcados por terra, lama ou excre-
água salobra que não apresente contamina- mentos e, no caso de não serem directamente
ção microbiológica, substâncias nocivas e/ou transformados após o abate, devem ser
plâncton marinho tóxico em quantidades conservados refrigerados;
susceptíveis de influenciar a qualidade sani- b) Cumprimento do disposto nas alíneas c) a g) do
tária dos produtos da pesca; nº 1.
q) Navio fábrica – Navio a bordo do qual os pro- Artigo 4º
dutos da pesca sofrem uma ou mais das se-
(Manutenção das condições de sobrevivência)
guintes operações, seguidas de embalagem:
filetagem, corte, esfola, picadura, congela- Os produtos da pesca destinados a ser colocados vi-
ção, transformação; não sendo no entanto, vos no mercado devem ser permanentemente mantidos
considerados navios fábrica os barcos de nas melhores condições de sobrevivência.
pesca que apenas pratiquem a cozedura de
camarões e/ou de moluscos a bordo e os bar- Artigo 5º
cos de pesca que pratiquem apenas a conge- (Proibição de colocação no mercado)
lação a bordo.
Não podem ser colocados no mercado os seguintes
Artigo 3º produtos:
(Condições para colocação no mercado)
a) Peixes venenosos das famílias Tetraodontidae,
1.A colocação no mercado de produtos da pesca cap- Molidae, Diodontidae, Canthisgasteridae,
turados em meio natural está sujeita às seguintes
condições: b) Produtos da pesca que contenham biotoxinas
tais como a ciguatoxina ou as toxinas parali-
a) Ter sido capturados e eventualmente manipu- santes dos músculos
lados para a sangria, a decapitação, a evisce-
Artigo 6º
ração e a retirada das barbatanas, e refrige-
rados ou congelados a bordo dos navios (Medidas de autocontrolo)
identificados no Anexo I de acordo com as
1.Os responsáveis pelos estabelecimentos devem to-
normas de higiene aí estabelecidas;
mar todas as medidas necessárias para que, em todos
b) Ter sido manipulados, durante e após o desem- os estádios da produção dos produtos da pesca sejam
barque, nos termos das disposições constan- observadas as prescrições do presente regulamento.
tes do Anexo II;
2 . Para o efeito do disposto no nº 1, os responsáveis pe-
c) Ter sido manipulados e, se for caso disso, em- los estabelecimentos devem aplicar um programa de au-
balados, preparados, transformados, conge- tocontrolo sanitário “ARPCC” conforme o disposto no
lados, descongelados ou armazenados, em Anexo XI do presente regulamento, baseado no seguinte:

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I SÉRIE— Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE2001 107

a) Identificação dos pontos críticos dos seus esta- 7. O disposto nos números anteriores aplica-se igual-
belecimentos, em função dos processos de fa- mente aos navios-fábrica, aos mercados grossistas e às
brico utilizados; lotas.
b) Estabelecimento e aplicação de métodos de vi- 8. A Autoridade Competente aprovará os laborató-
gilância e de controlo desses pontos críticos; rios para efeitos de controlo oficial.
c) Colheita de amostras para exame no laborató- ANEXO I
rio aprovado pela Autoridade Competente, (Condições Aplicáveis aos Navios)
para efeitos de controlo dos métodos de lim-
peza e de desinfecção e para verificar a obs- 1.As condições gerais de higiene estabelecidas no
ervância das normas estabelecidas pelo pre- presente Anexo, são aplicáveis aos produtos da pesca
sente regulamento; manipulados a bordo dos navios de pesca.
d) Conservação de um vestígio escrito ou registado a) As partes dos navios de pesca ou os recipientes
de forma indelével dos pontos anteriores, reservados à armazenagem dos produtos da
tendo em vista a sua apresentação à Autori- pesca não devem conter objectos ou produtos
dade Competente. Os resultados dos diferen- susceptíveis de transmitirem àqueles géne-
tes controlos e testes serão conservados du- ros alimentícios propriedades nocivas ou ca-
rante um período de, pelo menos, dois anos. racterísticas anormais. Estas partes ou os
recipientes devem ser concebidas de forma a
3.Se os resultados dos autocontrolos ou qualquer ou- facilitar a sua limpeza e a drenagem fácil da
tra informação de que disponham os responsáveis a água de fusão do gelo.
que se refere o nº 1 revelarem a existência de um risco
sanitário ou permitirem supor a sua existência, serão b) No momento da sua utilização as partes do na-
tomadas medidas adequadas sob controlo oficial, sem vio ou os recipientes reservados à armazena-
prejuízo da imposição de medidas de natureza preven- gem dos produtos da pesca devem encontrar-
tiva apropriadas. se em perfeito estado de limpeza, e designa-
damente não podem ser susceptíveis de cons-
Artigo 7º purcação pelo carburante utilizado para a
(Inspecção e Controlo) propulsão do navio ou pelas águas residuais
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dos fundos do navio.


1.A Autoridade Competente procederá à aprovação
de estabelecimentos e dos laboratórios oficiais de c) Logo que cheguem a bordo os produtos da
controlo, após ter tido a garantia de que estes obede- pesca devem ser colocados ao abrigo de qual-
cem ao disposto no presente regulamento no que diz quer contaminação e subtraídos o mais rapi-
respeito à natureza das actividades por eles exercida. damente possível à acção da luz solar ou de
qualquer outra fonte de calor. Quando forem
2. A aprovação deve ser renovada sempre que: lavados, a água utilizada deve ser potável ou
do mar salubre obedecendo aos parâmetros
a) Um estabelecimento iniciar o exercício de acti- indicados na parte F do Anexo V de forma a
vidades diferentes daquelas para as quais foi não prejudicar a qualidade ou salubridade
concedida a aprovação; dos produtos da pesca.
b) Reinicia as actividades após uma paragem su- d) Os produtos da pesca devem ser manipulados e
perior a 3 meses; armazenados de modo a evitar o esmaga-
c) Tenha sido suspensa o exercício da actividade mento. A utilização de instrumentos perfu-
pela Autoridade Competente. rantes é tolerada para a deslocação de peixes
de grandes dimensões ou de peixes que apre-
3. A Autoridade Competente tomará as medidas ne- sentem risco de ferimento para o manipula-
cessárias caso as condições de aprovação deixem de ser dor, desde que a carne destes produtos não
cumpridas. Para o efeito, a Autoridade Competente to- sofra deterioração.
mará nomeadamente em conta as conclusões das in-
e) Os produtos da pesca, com exclusão dos produ-
specções realizadas.
tos mantidos no estado vivo, devem ser sub-
4. A Autoridade Competente estabelecerá uma lista metidos à acção do frio o mais rapidamente
dos estabelecimentos aprovados que terão, cada um, possível após a sua colocação a bordo. Toda-
um número oficial. via, em relação aos navios em que a aplica-
ção de frio não é realizável de um ponto de
5. A inspecção e o controlo dos estabelecimentos efec- vista prático, os produtos de pesca devem
tuar-se-ão regularmente, sob a responsabilidade da possuir nos pontos de desembarque uma
Autoridade Competente que deverá ter livre acesso a qualidade aceitável após avaliação sensorial.
todos as zonas dos estabelecimentos, com vista a asse-
gurar o cumprimento do presente regulamento. f) O gelo utilizado para a refrigeração dos produ-
tos da pesca, deve ser fabricado a partir da
6. Se essas inspecções e controlo revelarem que não água potável ou de água do mar salubre. An-
são observados todos os requisitos do presente Regula- tes da sua utilização, deve ser armazenado
mento a Autoridade Competente tomará as medidas em condições que não permitam a sua conta-
adequadas. minação.

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108 II SÉRIE — Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE 2001

g) A limpeza dos recipientes, dos instrumentos e e, designadamente permitir o escoamento da


das partes do navio que entram em contacto água de fusão do gelo. No momento da sua
directo com os produtos da pesca deve efec- utilização devem encontrar-se em perfeitas
tuar-se, após o desembarque dos produtos condições de limpeza e conservação.
com água potável ou água do mar salubre.
e) O convés de trabalho, o equipamento, os po-
h) Quando os peixes são descapitados e/ou evisce- rões, as cisternas e os contentores devem ser
rados a bordo, estas operações devem efec- limpos após cada utilização. Para o efeito
tuar-se de modo higiénico, devendo os produ- utilizar-se-á água potável, ou água do mar
tos ser lavados abundantemente com água salubre. Sempre que necessário proceder-se-
potável ou água do mar salubre imediata- á à desinfecção, ao combate aos insectos e à
mente após estas operações. As vísceras ou desratização.
as partes que possam representar um perigo
para a saúde pública serão separadas e afas- f) Os produtos de limpeza, desinfectantes, insecti-
tadas dos produtos destinados ao consumo cidas ou quaisquer substâncias susceptíveis
humano. Os fígados, as ovas e o sémen desti- de apresentar qualquer grau de toxicidade,
nados ao consumo humano serão conserva- devem ser armazenados em locais ou armá-
dos sob gelo ou congelados. rios fechados à chave e utilizados de modo a
não apresentarem qualquer risco de conta-
i) Os equipamentos utilizados, para a eviscera- minação para os produtos da pesca.
ção, a decapitação e a retirada das barbata-
nas, assim como os recipientes, utensílios e g) Quando os produtos da pesca forem congelados
aparelhos diversos de contacto directo com a bordo, esta operação deve realizar-se nas
os produtos da pesca, devem ser constituídos condições fixadas nas partes A e C do ponto
ou revestidos por um material impermeável, 2 do Anexo IV deste Regulamento. Em caso
imputrescível, liso, fácil de limpar e de de- de congelação em salmoura, esta não deve
sinfectar. No momento da sua utilização de- constituir uma fonte de contaminação para
vem estar em perfeito estado de limpeza e os produtos.
conservação.
h) Os navios equipados para a refrigeração dos
j) O pessoal afecto às operações de manipulação produtos da pesca em água do mar refrige-
dos produtos da pesca deve conservar bom rada através do gelo (CSW) ou através do
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estado de limpeza, quer corporal quer a nível meios mecânicos (RSW) devem satisfazer as
da indumentária. seguintes condições:
2. As condições suplementares aqui estabelecidas – As cisternas devem estar equipadas com uma
são aplicáveis aos navios de pesca concebidos e equi- instalação adequada para o enchimento e es-
pados para assegurar uma conservação dos produtos vaziamento da água do mar e de um sistema
da pesca a bordo, em condições satisfatórias durante que assegure uma temperatura homogénea
mais de 24 horas, excepto aos navios equipados para nas cisternas;
manutenção em vida dos peixes, crustáceos e moluscos
sem outro meio de conservação a bordo. – As cisternas devem dispor de um aparelho des-
tinado a registar automaticamente a tempe-
a) Os navios de pesca devem estar equipados com ratura, cuja sonda deve estar colocada na
porões, cisternas ou contentores para armaze- parte da cisterna em que a temperatura é a
nagem dos produtos da pesca no estado refri- mais elevada;
gerado ou congelado às temperaturas prescri-
tas pelo presente regulamento. Os porões – O funcionamento do sistema de cisterna ou de
devem estar separados dos compartimentos contentor deve assegurar uma taxa de arrefe-
das máquinas e dos locais reservados à tripu- cimento que garanta que a mistura de pescado
lação por meio de divisórias suficientemente e água do mar atinja uma temperatura de 3ºC,
estanques para evitar qualquer contaminação no máximo seis horas após o enchimento, e
dos produtos da pesca armazenados. 0ºC, no máximo, após dezasseis horas;

b) O revestimento interior dos porões, das cister- – As cisternas, os sistemas de circulação e conten-
nas e dos contentores deve ser estanque e fá- tores devem ser totalmente esvaziados e lim-
cil de lavar e desinfectar. O revestimento pos completamente, após cada desembarque,
deve ser constituído por um material liso ou, com água potável ou água do mar salubre; o
na sua ausência, pintado com uma tinta lisa enchimento deve realizar-se com água do
mantida em bom estado e que não possa mar salubre;
transmitir aos produtos da pesca substân-
cias nocivas para a saúde humana. – Os registos das temperaturas das cisternas de-
vem indicar claramente a data e o número
c) A disposição dos porões deve ser de modo a evi- da cisterna e devem ser mantidos à disposi-
tar que a água da fusão do gelo permaneça ção dos serviços responsáveis pelo controlo;
em contacto durante muito tempo com os
produtos da pesca. i) A Autoridade Competente, para efeitos de
controlo, manterá actualizada uma lista de
d) Os recipientes utilizados para a armazenagem navios equipados de acordo com as alíneas g)
dos produtos devem assegurar a sua conser- e h), com exclusão, todavia dos navios que
vação em condições de higiene satisfatórias disponham de contentores amovíveis que,

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I SÉRIE— Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE2001 109

sem prejuízo do disposto na segunda frase f) Após cada venda as faces internas e externas
da alinea e) da parte 1 do presente anexo, dos recipientes devem ser lavados com água
não exerçam regularmente as operações de potável ou água do mar salubre; se necessá-
conservação dos peixes em água do mar re- rio devem ser desinfectadas;
frigerada.
g) Ser providos de letreiros indicando a proibição
j) Os armadores ou seus representantes devem to- de fumar, de cuspir, de beber ou de comer,
mar todas as disposições necessárias para colocados de maneira visível;
afastar do trabalho e da manipulação dos
produtos da pesca as pessoas susceptíveis de h) Poder ser fechados e mantidos fechados sem-
os contaminar, até que se prove que essas pre que a Autoridade Competente considere
pessoas podem exercer sua actividade sem necessário;
perigo. É obrigatório o seguimento médico i) Dispor de uma instalação que permita o abaste-
das ditas pessoas. cimento de água que obedeça às condições do
ANEXO II Anexo V, parte F do ponto do I do presente
Regulamento;
( Condições durante e após o desembarque )
j) Dispor de contentores especiais, estanques, em
1)O equipamento de descarga e desembarque devem materiais resistentes à corrosão, e destina-
ser constituídos por materiais fáceis de limpar e devem dos a receber produtos da pesca impróprios
ser mantidos em bom estado de conservação e limpeza. para consumo humano;
2)Na descarga ou no desembarque deve evitar a k) Na medida em que não disponha de instalações
contaminação dos produtos da pesca e, nomeadamente, próprias no local ou nas imediações em fun-
assegurar-se que: ção das quantidades expostas para venda,
incluir, para servir as necessidades da Auto-
a) A descarga e o desembarque sejam efectuados ridade Competente, um local suficiente-
rapidamente; mente adaptada, que possa ser fechado à
chave, e o material necessário ao exercício
b) Os produtos da pesca sejam rapidamente colo-
dos controlos.
cados num ambiente protegido, à tempera-
tura requerida em função da natureza do 4)Após o desembarque ou, se for caso disso, após a
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produto e, se necessário, em gelo nas instala- primeira venda, os produtos da pesca devem ser ime-
ções de transporte, de armazenagem ou de diatamente transportados para o seu local de destino,
venda ou num estabelecimento; nas condições fixadas no Anexo VIII.
c) Não sejam autorizados equipamentos e efectua- 5 ) No entanto, se não forem cumpridas as condições
das manipulações susceptíveis de deteriorar enunciadas no ponto anterior os edifícios das lotas em
as partes comestíveis dos produtos da pesca. que os produtos da pesca são eventualmente armazena-
dos antes de serem postos à venda, ou após a venda e en-
3)As partes dos edifícios das lotas e dos mercados quanto se aguarda o respectivo transporte para o local de
grossistas em que os produtos da pesca são expostos destino, devem dispor de câmaras isotérmicas com capa-
para a venda devem: cidade suficiente que obedeçam às condições fixadas na
a) Ser cobertas e dispor de paredes fáceis de parte C do I do Anexo III do presente regulamento. Nesse
limpar; caso, os produtos da pesca devem ser armazenados a
uma temperatura próxima da de fusão do gelo.
b) Dispor de um piso impermeável fácil de lavar e
6 ) As condições gerais de higiene enunciadas no II do
desinfectar, construído de modo a permitir
Anexo III, com excepção da alinea a) do ponto 1 da parte
um escoamento fácil da água e ser munido
B aplicam-se, mutatis mutandis, às lotas em que os pro-
de um dispositivo de evacuação das águas re-
dutos da pesca são postos à venda ou armazenados.
siduais;
7)Os mercados grossistas em que os produtos da
c) Dispor de instalações sanitárias com um nú-
pesca são postos à venda ou armazenados estão sujei-
mero adequado de lavatórios de comando tos às mesmas condições que as enunciadas nos pontos
não manual e retretes com autoclismo, de- 3 e 5 do presente Anexo, bem como às enunciadas nas
vendo os lavatórios estar equipados de pro- partes D, J e K do I do Anexo III. As condições gerais
dutos de limpeza das mãos e dispositivos de de higiene enunciadas no II do Anexo III aplicam-se,
secagem das mãos de utilização única; mutatis mutandis, aos mercados grossistas.
d) Estar suficientemente iluminados de modo a fa- ANEXO III
cilitar o controlo dos produtos das pescas pre-
visto no Anexo V do presente regulamento; (Condições gerais aplicáveis aos estabelecimentos em terra)

e) Quando destinadas à exposição ou à armazena- I. Condições gerais de organização das instalações,


gem dos produtos da pesca, não devem ser do equipamento e material
utilizados para outros fins. Os veículos que Os estabelecimentos devem, pelo, menos, dispor de:
emitam gazes de escape susceptíveis de pre-
judicar a qualidade dos produtos da pesca A. Locais de trabalho de dimensões suficientes para
não devem entrar nas lotas. Os animais in- que a laboração possa exercer-se em condições de hi-
desejáveis, não devem penetrar nas lotas; giene adequadas. Os locais de trabalho serão concebi-

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dos e dispostos de modo a evitar qualquer contamina- nação dos produtos. As condutas de água não potável
ção dos produtos e a separar claramente o sector limpo devem estar claramente diferenciadas daquelas em
do sector conspurcado; que circula a água potável ou a água do mar salubre;
B.Instalações em que se procede à manipulação, H. Um dispositivo que permita a evacuação higiénica
preparação e transformação dos produtos referidos que das águas residuais;
devem dispor de:
I. Um número suficiente de vestiários, com paredes
a) Piso em materiais impermeáveis, fácil de lim- e pavimentos lisos, impermeáveis e laváveis, de lava-
par e desinfectar e disposto de modo a permi- bos e retretes com autoclismo, não devendo estas últi-
tir um escoamento fácil da água ou equipado mas abrir directamente para os locais de trabalho. Os
com um dispositivo destinado a evacuar a lavabos devem estar equipados com produtos de lim-
água; peza das mãos, bem como de dispositivos de secagem
das mãos de utilização única; as torneiras dos lavabos
b) Paredes de superfícies lisas e fáceis de limpar, não devem poder ser accionadas com as mãos;
resistentes e impermeáveis;
J. Um local suficientemente adaptado, que feche à
c) Tecto fácil de limpar; chave, à disposição exclusiva do serviço de inspecção se
d) Portas em materiais inalteráveis fáceis de lim- a quantidade dos produtos tratados requerer a sua pre-
par; sença regular ou permanente;

e) Ventilação suficiente e, se for caso disso, uma K. Equipamentos adequados para a limpeza e desin-
boa evacuação de vapores; fecção dos meios de transporte. Todavia, esses equipa-
mentos não são obrigatórios no caso de existirem dispo-
f) Iluminação suficiente; sições que imponham a limpeza e desinfecção dos
meios de transporte em locais oficialmente aprovados
g) Dispositivos e materiais suficientes para a lim- pela Autoridade Competente;
peza e desinfecção das mãos. Nos locais de
trabalho, nos lavabos, as torneiras não de- L. Uma instalação adequada que permita as melho-
vem poder ser accionadas à mão. Os lavabos res condições de sobrevivência possíveis, alimentada
devem estar equipados de dispositivos de se- por água de qualidade suficiente para não transmitir
cagem das mãos de utilização única; aos animais organismos ou substâncias nocivas, nos
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estabelecimentos em que são mantidos animais vivos


h) Dispositivos para a limpeza dos instrumentos, tais como crustáceos e peixes.
do material e das instalações.
II. Condições Gerais de Higiene:
C. Câmaras frigorificas em que são armazenados os
produtos da pesca que obedeçam os mesmos requisitos A. Condições gerais de higiene aplicáveis às instala-
que os previstos nas alíneas a), b), c), d) e f) da parte B ções e aos materiais:
e se for caso disso, de uma instalação de potência frigo-
rifica suficiente para garantir a conservação dos produ- 1. O piso, as paredes, o tecto e as divisórias, o mate-
tos nas condições térmicas previstas no presente regu- rial e os instrumentos utilizados para a laboração dos
lamento; produtos da pesca devem ser mantidos num bom es-
tado de limpeza e de conservação, de modo a não cons-
D. Dispositivos adequados de protecção contra os tituírem uma fonte de contaminação dos produtos.
animais indesejáveis;
2.Deve proceder-se à destruição sistemática dos roe-
E. Dispositivos e utensílios de trabalhos, como, por dores, insectos e qualquer outro parasita nos locais ou
exemplo, mesas de corte, recipientes, tapetes transpor- nos materiais, devendo os raticidas, insecticidas, desin-
tadores, facas e tesouras em materiais resistentes à fectantes ou quaisquer outras substâncias potencial-
corrosão, fáceis de limpar e desinfectar; mente tóxicas ser guardados em locais ou armários que
fecham à chave. A sua utilização não deverá causar
F. Contentores especiais, estanques, em materiais riscos de contaminação para os produtos.
resistentes à corrosão, destinados a receber produtos
da pesca não destinados ao consumo humano, e um lo- 3.Os locais de trabalho, os utensílios e o material só
cal destinado a dispor esses contentores, sempre que devem ser utilizados para a elaboração dos produtos
não forem evacuados, pelo menos no final de cada dia podendo, todavia, ser utilizados para a elaboração si-
de trabalho; multânea, ou em momentos diferentes, de outros pro-
dutos alimentares, após autorização do Autoridade
G. Uma instalação que permita o abastecimento de Competente.
água potável nos termos da parte F de 2 do Anexo V
do presente Regulamento ou eventualmente de água 4.É obrigatória a utilização de água potável de
do mar salubre, ou tornada salubre, através de um acordo com as normas previstas na parte F de 2 do
sistema de depuração adequado sob pressão, em Anexo V deste regulamento ou água do mar salubre.
quantidades suficientes. Todavia é autorizada a título Todavia, a título excepcional, pode autorizar-se a utili-
excepcional, uma instalação que fornece água não po- zação de água não potável para o arrefecimento das
tável para a produção de vapor, o combate aos incên- máquinas, a produção de vapor ou a luta contra os in-
dios e o arrefecimento dos equipamentos frigoríficos, cêndios na condição de as condutas instaladas para o
na condição de as condutas instaladas para o efeito efeito não permitirem a utilização dessa água para ou-
não permitirem a utilização dessa água para outros tros fins e não representarem qualquer risco de conta-
fins e não representarem qualquer risco de contami- minação dos produtos.

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Os detergentes, desinfectantes e substâncias simila- C. As operações como a filetagem e o corte devem


res devem ser autorizados pela Autoridade Compe- ser efectuados de modo a evitar a contaminação ou
tente e utilizados de modo que o equipamento, mate- conspurcação dos filetes e postas e realizar-se num lo-
rial e os produtos não sejam afectados. cal diferente do que é utilizado para a decapitação e a
evisceração. As filetes e postas não devem permanecer
B. Condições gerais de higiene aplicáveis ao pessoal: nas mesas de trabalho para além do tempo necessário
para a sua preparação e devem ser protegidos de toda
1. Exige-se o máximo grau de limpeza por parte do a contaminação por meio de embalagem adequada. As
pessoal, em especial: filetes e postas destinados á venda no estado fresco de-
vem ser refrigerados o mais rapidamente possível após
a) O pessoal deve vestir roupa de trabalho ade-
a sua preparação.
quada e limpa e usar uma touca limpa que
envolva completamente o cabelo, aplicando- D. As vísceras e as partes que possam pôr em perigo
se esta regra, nomeadamente, às pessoas a saúde pública são separadas e afastadas dos produ-
que manipulem produtos de pesca sujeitos a tos destinados ao consumo humano.
contaminação;
E. Os recipientes utilizados para a distribuição ou a
b) O pessoal que trabalhe na manipulação e na armazenagem dos produtos da pesca frescos devem ser
preparação dos produtos da pesca deve lavar concebidos de modo a garantir que os produtos sejam
as mãos de cada vez que recomece a trabal- preservados de contaminação e conservados em boas
har, devendo os ferimentos nas mãos ser co- condições de higiene e de modo a permitir nomeada-
bertos com um penso estanque; mente um escoamento fácil da água de fusão.
c) É proibido fumar, cuspir, beber e comer nos lo- F. Caso não existam equipamentos especiais para a
cais de trabalho e de armazenagem dos pro- remoção constante dos desperdícios, estes devem ser
dutos de pesca. colocados em recipientes estanques, equipados com
tampa e fáceis de limpar e desinfectar. Os desperdícios
2.A entidade empregadora deve tomar as medidas
não devem acumular-se nos locais de trabalho. Os des-
necessárias para afastar do trabalho ou da manipula-
perdícios devem ser removidos continuamente ou sem-
ção dos produtos da pesca qualquer pessoa susceptível
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pre que os contentores estiverem cheios e, no mínimo,


de os contaminar, até que se demostre que essa pessoa
ao fim de cada dia de laboração para os contentores ou
esteja em condições de realizar esse trabalho sem risco.
local referidos na parte F de I do Anexo III do presente
Por ocasião do recrutamento de pessoal, todas as pes-
Regulamento. Os recipientes, contentores e/ou local
soas afectas ao trabalho e à manipulação dos produtos
destinados aos desperdícios devem ser cuidadosamente
da pesca deverão comprovar, mediante atestado mé-
limpos e, se necessário, desinfectados após cada utili-
dico, que nada se opõe à sua colocação e emprego. O
zação. Os desperdícios armazenados não devem consti-
acompanhamento médico dessas pessoas está subordi-
tuir uma fonte de contaminação para o estabeleci-
nado à legislação nacional.
mento ou ser incómodos para a vizinhança.
ANEXO IV
2.Condições aplicáveis aos produtos congelados:
( Condições especiais aplicáveis à manipulação dos produtos
da pesca nos estabelecimentos em terra ) A. Os estabelecimentos devem possuir:

1.Condições aplicáveis aos produtos frescos: a) Uma instalação com uma potência frigorífica
suficiente para submeter os produtos a um
A. Quando os produtos refrigerados não condiciona- abaixamento rápido da temperatura que per-
dos não forem distribuídos, expedidos, preparados ou mita obter as temperaturas previstas no pre-
transformados imediatamente após a sua chegada ao sente Regulamento;
estabelecimento, devem ser armazenados com gelo na
câmara isotérmica do estabelecimento. Deve ser readi- b) Instalações com uma potência frigorífica sufi-
cionado gelo sempre que necessário; o gelo utilizado, ciente para que os produtos sejam mantidos
com ou sem sal, deve ser fabricado a partir de água po- nos locais de armazenagem a uma tempera-
tável ou água do mar salubre e armazenado, em condi- tura não superior à prevista no presente regu-
ções higiénicas e em contentores concebidos para esse lamento, independentemente da temperatura
efeito; os contentores devem ser mantidos limpos e em exterior. Contudo, por motivo de imperativos
bom estado de conservação. Os produtos frescos pré- técnicos ligados ao método de congelação e à
embalados devem ser refrigerados com gelo ou por um conservação destes produtos, para os peixes in-
aparelho de refrigeração mecânica que permita obter teiros congelados em salmoura e destinados ao
condições de temperatura similares. fabrico de conservas podem ser tolerados tem-
peraturas mais elevadas que as previstas no
B. As operações como a decapitação e a evisceração, presente regulamento, não podendo no en-
se não tiverem sido efectuadas a bordo, serão efectua- tanto ultrapassar -9ºC.
das de modo higiénico devendo os produtos ser lavados
com água potável ou água do mar salubre em abundân- B. Os produtos frescos a congelar devem satisfazer o
cia imediatamente a seguir a essas operações. disposto no 1 do presente Anexo.

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C. Os locais de armazenagem devem estar equipa- a) A água utilizada para a preparação de conser-
dos com um dispositivo registador da temperatura, co- vas seja água potável;
locado de modo a poder ser facilmente consultado. A
parte termosensível do termómetro deve estar colocada b) O tratamento térmico seja aplicado segundo
na zona em que se verifique a temperatura mais ele- um processo válido, definido segundo crité-
vada. Os gráficos de registo da temperatura devem ser rios importantes tais como o tempo de aque-
mantidos à disposição das serviços competentes para cimento, a temperatura, o enchimento, o ta-
controlo durante, pelo menos, o período de validade dos manho dos recipientes, etc., dos quais se
produtos. manterá um registo. O tratamento aplicado
deve poder destruir ou desactivar os germes
3.Condições aplicáveis aos produtos descongelados; patogénicos, bem como os esporos dos mi-
crorganismos patogénicos. O equipamento de
Os estabelecimentos que procedem à descongelação
tratamento térmico deve possuir dispositivos
devem obedecer aos seguintes requisitos:
de controlo destinados a permitir verificar se
A. A descongelação dos produtos da pesca deve efec- os recipientes foram efectivamente submeti-
tuar-se em condições de higiene adequadas devendo dos a um tratamento térmico adequado.
evitar-se a contaminação e existir um escoamento efi- Após o tratamento térmico o arrefecimento
caz da água de fusão. Durante a descongelação a tem- dos recipientes deve ser efectuado com água
peratura dos produtos não deve aumentar de modo ex- potável, sem prejuízo da presença de even-
cessivo. tuais aditivos químicos utilizados em confor-
midade com as boas práticas tecnológicas, a
B. Após a descongelação, os produtos devem ser ma- fim de impedir a corrosão da aparelhagem e
nipulados de acordo com as condições enunciadas no dos contentores;
presente regulamento. Caso sejam preparados ou
transformados, as operações em questão devem reali- c) Os controlos adicionais por amostragem sejam
zar-se o mais rapidamente possível. Se esses produtos realizados, pelo fabricante para verificar se
forem directamente colocados no mercado deve constar os produtos transformados sofreram um tra-
na embalagem uma indicação claramente visível de tamento eficaz por meio de:
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que se trata de pescado descongelado.


i) Testes de incubação - a incubação deve
4.Condições aplicáveis aos produtos transformados: realizar-se a 37ºC durante sete dias ou
35ºC durante dez dias, ou utilizando uma
A. Os produtos frescos, congelados ou descongelados
combinação equivalente;
utilizados para a transformação devem satisfazer os
requisitos enunciados em 1, 2, e 3 do presente Anexo. ii) Exames microbiológicos do conteúdo e dos
recipientes no laboratório do estabeleci-
B. Caso seja aplicado um tratamento destinado a in-
ibir o desenvolvimento de microrganismos patogénicos mento ou noutro laboratório aprovado
ou se esse tratamento constituir um elemento impor- pela Autoridade Competente;
tante para assegurar a conservação do produto, esse
d) Sejam colhidas amostras da produção diária a
tratamento deve ser cientificamente reconhecido. O
intervalos previamente determinados, para
responsável pelo estabelecimento deve manter um re-
garantir a eficácia da selagem ou de qual-
gisto de que conste a menção dos tratamentos aplica-
dos. É importante nomeadamente registar e controlar quer outro meio de fecho hermético. Para o
a duração e a temperatura de um tratamento, pelo ca- efeito deve existir um equipamento ade-
lor, a concentração de sal, o PH e o teor de água em quado para o exame das sessões perpendicu-
função do tipo de tratamento utilizado. Os registos de- lares das costuras dos recipientes fechados;
vem ser mantidos à disposição da Autoridade Compe-
tente durante um período pelo menos igual ao período e) Sejam efectuados controlos para verificar se os
de conservação do produto. recipientes não estão danificados;

C. Os produtos em relação aos quais só se garante a f) Todos os recipientes submetidos a um trata-


conservação por um período limitado após aplicação de mento térmico em condições praticamente
um tratamento tal como salga, fumagem, secagem ou idênticas recebam uma marca de identifica-
marinada devem possuir na embalagem uma inscrição ção do lote.
claramente visível com indicação das condições de ar-
mazenagem. Além disso, devem ser respeitadas as E. Fumagem:
condições a seguir enunciadas:
As operações de fumagem devem ser efectuadas
D. Conservas: num local separado ou numa instalação especial, equi-
pados, se necessário, de um sistema de ventilação que
No fabrico de produtos da pesca que sejam esteriliza- impeça que os fumos e o calor de combustão afectem as
dos em recipientes hermeticamente fechados deve ve- restantes instalações e locais onde são preparados,
lar-se por que: transformados ou armazenados os produtos da pesca.

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a) Os materiais utilizados para a produção de H. Produtos de crustáceos e de moluscos cozidos


fumo destinado á fumagem de peixe devem
ser armazenados em local separado do local Os crustáceos e moluscos devem ser cozidos da se-
guinte forma:
de fumagem e devem ser utilizados de modo
a não contaminar os produtos. a) Qualquer cozedura deve ser seguida rapida-
mente por um arrefecimento. A água utili-
b) Deve ser proibida a produção de fumo por com-
zada para o efeito deve ser água potável ou
bustão de madeira pintada, envernizada, co-
água do mar salubre. Se não for empregue
lada ou que tenha sofrido qualquer tipo de qualquer outro meio de conservação, o arre-
tratamento de preservação química. fecimento deve prosseguir até atingir a tem-
peratura de fusão do gelo;
c) Após a fumagem e antes de serem embalados,
os produtos devem ser arrefecidos rapida- b) O descasque deve efectuar-se de modo higié-
mente á temperatura requerida para a sua nico evitando a contaminação do produto. Se
conservação. esta operação for feita manualmente, o pes-
soal deve prestar especial atenção à lavagem
F. Salga: das mãos e todos as superfícies de trabalho
devem ser cuidadosamente limpas. Caso se-
a) As operações da salga devem ser efectuadas jam utilizadas máquinas estas devem ser
em locais diferentes e suficientemente afas- limpas com frequência e desinfectadas após
tados daqueles em que são efectuadas as de- cada dia de trabalho. Após o descasque, os
mais operações; produtos cozidos devem imediatamente ser
congelados ou refrigerados a uma tempera-
b) O sal utilizado no tratamento dos produtos da tura que não permita o crescimento de ger-
pesca deve ser limpo e armazenado de modo mes patogénicos e ser armazenados em local
a evitar a contaminação, não devendo ser adequado;
reutilizado;
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c) O fabricante deve mandar efectuar regular-


c) As cubas de salmoura devem ser construídas mente controlos microbiológicos da sua pro-
de modo a evitar qualquer fonte de poluição dução, em conformidade com os critérios mi-
durante o processo da salmoura; crobiológicos aplicáveis à produção de
crustáceos e moluscos cozidos que venham a
d) As cubas de salmoura e as zonas destinadas à ser definidos.
salga devem ser limpas antes da utilização.
I. Polpa de peixe
G. Farinha de peixe
A polpa de peixe obtida por separação mecânica das
A farinha de peixe entendido como proteína animal espinhas, deve ser fabricada nas condições seguintes:
transformada destinado ao consumo animal deve:
a) A separação mecânica deve ocorrer imediata-
a) Sofrer tratamento térmico a pelo menos 80ºC, mente após a filetagem, utilizando matérias
primas isentas de vísceras. Se forem utiliza-
b) As análises de uma amostra aleatória recol- dos peixes inteiros, estes devem ser previa-
hida num estabelecimento de transformação, mente eviscerados e lavados;
deve ter as seguintes características:
b) As máquinas devem ser limpas com frequência
i. Salmonella – 0/25 gr em 5 amostras e, pelo menos, de duas em duas horas;

c) Após o fabrico a polpa deve ser congelada o


ii. Enterobacteriaciae - em 5 amostras de 1
mais rapidamente possível ou incorporada
gr, 2 podem conter entre 10 e 3x102 bac-
em produtos destinados a congelação ou a se-
térias
rem submetidos a um tratamento estabiliza-
dor.
c) O material de embalagem deve ser novo; de-
vem ser tomadas as precauções necessárias J) Aditivos
para evitar uma nova contaminação por
agentes patogénicos após tratamento tér- Devem ser admitidos apenas em determinados géne-
mico. ros alimentícios e sob certas condições de utilização de
aditivos alimentares, se os referidos géneros se desti-
d) Ser fabricada em instalações afastadas das de narem unicamente a ser utilizados na preparação de
produção para consumo humano. compostos.

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Aditivos:

segue 1 pág. mapa aditivo


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5. Condições aplicáveis aos parasitas: Arenque;


A. Durante a produção e antes de estarem disponí- Cavalas;
veis para o consumo humano, o peixe e os produtos de
Outros;
peixe devem ser submetidos a um controlo visual,
tendo como objectivo a detecção e a remoção das para- c) Arenque marinado e/ou salgado, sempre que o
sitas visíveis. Os peixes manifestamente parasitadas tratamento aplicado seja insuficiente para
ou as partes de peixe manifestamente parasitadas que matar as larvas nemátodos.
foram retiradas não devem ser colocados ou disponibi- A presente lista pode ser alterada à luz dos dados
lizados de qualquer forma para o consumo humano. científicos.
B. Parasitas visuais: J. Os fabricantes devem assegurar-se de que os
Um parasita ou grupo de parasitas cuja dimensão, peixes e produtos de peixe referidos no I ou as maté-
cor ou textura permitam distinguí-lo nitidamente dos rias-primas destinadas ao seu fabrico foram, antes da
tecidos do peixe; sua colocação para o consumo, submetidos ao trata-
mento referido na parte H.
C. Controlo visual:
K. Os produtos de pesca referidos no I devem,
Um exame não destrutivo do peixe ou produtos da
aquando da colocação no mercado, ser acompanhados
pesca exercidos sem meios ópticos de ampliação e em
de um certificado de fabricante que indique o tipo de
boas condições de iluminação para o olho humano, in-
tratamento a que foram submetidos.
cluindo a observação à transparência, se necessário.
ANEXO V
D. O controlo visual é feito por amostragem, abran-
gendo um número representativo de unidades. (Controle sanitário e fiscalização das condições de produção)

E. Os responsáveis dos estabelecimentos em terra, 1. Fiscalização geral:


bem como as pessoas qualificadas a bordo dos navios de- Sem prejuízo da competência fiscalizadora conferida
terminarão, em função da natureza do produto da pesca, por lei a outras entidades ou instituições quanto à in-
da sua origem geográfica e do fim a que se destinam, a specção higio-sanitária dos produtos da pesca estabele-
extensão e frequência dos controlos previstos na parte A. cerá um sistema de controlo e de fiscalização, com o ob-
F. Durante o processo de produção, o controlo visual jectivo de verificar se são observadas as prescrições do
do peixe eviscerado deve ser exercido por pessoas qua- presente regulamento.
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lificadas, devendo incidir sobre a cavidade abdominal e O sistema de controlo e de fiscalização incluirá, no-
sobre os fígados e ovas destinados ao consumo hu- meadamente:
mano. Consoante o sistema de evisceração utilizado, o
controlo visual deve efectuar-se: A. Um controlo dos navios de pesca, ficando enten-
dido que tal controlo poderá ser efectuado durante a
a) Em caso de evisceração manual, de forma estadia nos portos;
contínua pelo operador no momento de sepa-
ração das vísceras e lavagem; B. Um controlo destinado a verificar as condições de
desembarque e de primeira venda;
J. Em caso de evisceração mecânica, por amostragem
e deve incidir sobre um número representativo de unida- C. Um controlo dos estabelecimentos em intervalos
des, que não pode ser inferior a uma dezena por lote. regulares, para verificar, em especial:

G. O controlo visual das filetes e das postas de peixe a) Se as condições de aprovação continuam a ser
deve ser exercido por pessoas qualificadas aquando da respeitadas;
preparação, após a filetagem ou corte. Quando não é b) Se os produtos da pesca são manipulados cor-
possível um exame individual, devido ao tamanho dos fi- rectamente;
letes ou às operações de filetagem, deve estabelecer-se
c) O estado de limpeza dos locais, instalações e in-
um plano de amostragem, que deve ficar à disposição
da autoridade competente. Sempre que a observação dos strumentos, bem como a higiene do pessoal;
filetes à transparência for possível do ponto de vista téc- d) Se as marcas são apostas correctamente.
nico, esta deve ser incluída do plano de amostragem.
D. Um controlo efectuado nos mercados grossistas e
H. O peixe e produtos de peixe enumerados no número nas lotas;
seguinte e destinados a serem consumidos sem transfor-
E. Um controlo das condições de armazenagem e
mação devem, além disso, ser sujeitos a um tratamento
transporte.
por congelação a uma temperatura igual ou inferior a –
20ºC no interior de peixe durante um período de, pelo me- 2. Condições específicas:
nos 24 horas. Este tratamento por congelação deve apli- A. Controlos organolépticos:
car-se ao produto cru ou ao produto acabado.
a) Cada lote de produtos da pesca deve ser apresen-
I. Os peixes e produtos de peixe seguintes referidos tado à inspecção da Autoridade Competente no
neste número estão sujeitos às condições enumeradas momento de desembarque ou antes da primeira
na parte H: venda para verificar se estão próprios para
a) Peixe a consumir cru ou praticamente cru, consumo humano. Essa inspecção consiste numa
como o arenque; avaliação organoléptica efectuada por amostra-
gem de acordo com o disposto no Anexo X;
b) As seguintes espécies, se tiverem de ser trata-
das por um processo de fumagem fria du- b) A inspecção higio-sanitária deve ser efectuada
rante o qual a temperatura no interior do por inspectores e agentes de inspecção desi-
peixe é de menos de 60ºC: gnados pela Autoridade Competente, de en-

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116 II SÉRIE — Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE 2001

tre o seu pessoal técnico superior ou depen- A amostra para análise deve consistir em cerca de
dente de outras entidades às quais seja atri- 100 gramas de carne proveniente de pelo menos, três
buída por lei ou acto administrativo essa sítios diferentes da amostra recolhida de misturados
função; por trituração.
c) Caso se verifique que não foi observado o dis- O método de dosagem do ABVT pode ser utilizado
posto no presente regulamento, ou quando também para a dosagem do N.TMA tendo o cuidado de
considerado necessário, a avaliação organo- tratar o amoníaco com uma solução de formol neutro a
léptica será repetida após a primeira venda 10%, após a destilação e antes a dosagem final. Pode
dos produtos da pesca; também ser utilizado o método colorimétrico de Dyer
d) Após a primeira venda, os produtos da pesca modificado.
devem, pelo menos, satisfazer as exigências 2.Histamina
de frescura mínima fixadas em aplicação do
Devem ser escolhidas nove amostras por cada lote:
presente regulamento;
- O teor médio não deve ultrapassar 100 ppm;
e) Caso a avaliação organoléptica revele que os
produtos da pesca não estão próprios para o - Duas amostras podem ter um teor superior a
consumo humano devem ser tomadas medi- 100 ppm mas inferior a 200ppm.
das para a sua retirada do mercado e desna- - Nenhuma amostra deve ter um superior a 200
turados, de modo a não poderem ser reutili- ppm.
zados para consumo humano;
Estes limites aplicam-se apenas nos peixes das se-
f) Caso a avaliação organoléptica revele a menor guintes famílias: Scombridae, Clupeidae, Engraulidae
dúvida acerca da frescura dos produtos da e Coryphaenidae. No entanto, os peixes dessas famílias
pesca pode-se recorrer aos controlos quími- que foram submetidos a um tratamento de maturação
cos ou microbiológicos de acordo com o ex- enzimática em salmoura podem ter teores de hista-
posto no presente regulamento. mina mais elevados mas que não ultrapassem o dobro
B. Controlos parasitários: dos valores acima indicados. As análises devem ser
realizadas com métodos fiáveis e cientificamente recon-
a) Antes de estarem disponíveis para o consumo
hecidos, como o método de cromatografia líquida de
humano, o peixe e os produtos de peixe de-
alta resolução (HPLC).
vem ser submetidos a um controlo visual por
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sondagem, tendo como objectivo a detecção 3.Metais pesados:


de parasitas visíveis;
O teor médio de mercúrio total nas partes comestí-
b) O peixe ou as partes do peixe com parasitas veis dos produtos da pesca não deverá exceder 0,5 ppm
evidentes que foram retirados não devem ser de produto fresco (0,5 mg por Quilograma de peso
colocados no mercado para o consumo hu- fresco). Contudo este teor médio é fixado em 1 ppm de
mano; produto fresco (1 mg por Quilograma de peso fresco) no
c) As modalidades deste controlo são as estabele- caso das partes comestíveis das seguintes espécies:
cidas no 5 do Anexo IV do presente regula- Atum albacora - Thunnus albacares
mento
Gaiado – Katsuwonus pelamis
C. Controlos químicos dos produtos da pesca:
Patudo – Thunnus obesus
Devem ser colhidas amostras que serão submetidas
Merma – Euthynnus alleteratus
a exames laboratoriais para controlar os seguintes pa-
râmetros: Espadarte – Xiphias gladius
1.ABVT (Azoto Básico Volátil Total) e N.TMA Raia-Raja sp.
(Azoto – trimetilamina): Peixe espada- Isthiophorus sp.
Os produtos da pesca não transformados são consi- Tubarão- Todas as espécies
derados impróprios para o consumo quando nos casos
em que, tendo o exame organoléptico suscitado dúvidas O número mínimo de amostras será de 10 amostras
quanto à sua frescura, o controlo químico mostre que em dez indivíduos distintos. Caso se trate de peixes de
estão ultrapassados de acordo com as espécies valores tamanho heterogéneo, as amostras colhidas devem ser
limites de ABVT compreendidos entre 25 e 35 miligra- representativas da composição do lote. O método de
mas de azoto /100 gramas de carne. O método de refe- análise a utilizar para a detecção do mercúrio total é a
rência a utilizar para o controlo dos limites do ABVT é espectrometria de absorção atómica em fase de vapor a
o método de destilação de um extracto desproteinizado frio (AAS) sob uma mistura de amostras finamente ho-
com ácido perclórico. Osmétodos de rotina utilizáveis mogeneizada.
são os seguintes: D. Contaminadores presentes no meio aquático
- método de microdifusão de Conway & Byrne 1 . Sem prejuízo da regulamentação relativa à protec-
(1933) ção e à gestão das águas, nomeadamente no que respeita
- método de destilação directa – Antonacopoulus à poluição do meio aquático, os produtos de pesca não de-
(1968) vem conter nas suas partes comestíveis contaminadores
presentes no meio aquático, tais como metais pesados e
- método de destilação de um extracto desprotei-
substâncias organohalogénicas numa quantidade tal que
nizado com ácido tricloroacético (Codex Ali-
faça com que a ingestão alimentar calculada exceda as
mentarius 1968)
doses diárias ou semanais admissíveis para o homem.

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I SÉRIE— Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE2001 117

2.Para efeitos do disposto no número anterior, deve ou substâncias destinados ao consumo hu-
ser estabelecido pela Autoridade Competente um plano mano, excepto se a Autoridade Competente
de fiscalização para controlar a taxa de contaminação determinar que a qualidade da água não
dos produtos da pesca por contaminadores. afecta a salubridade do género alimentício
E. Controlos microbiológicos na sua forma acabada.
Sempre que a avaliação organoléptica revele a me- 2.São isentos do disposto neste número a água desti-
nor dúvida acerca da frescura dos produtos da pesca, nada exclusivamente aos fins para os quais a autori-
devem ser recolhidas amostras de produtos da pesca dade competente determinar que a qualidade da água
no estado fresco, congelado e transformado ou em não tem qualquer influência directa ou indirecta na
conservas com vista à realização de análises microbio- saúde dos consumidores em causa e a água destinada
lógicas em laboratórios reconhecidos pela Autoridade ao consumo humano proveniente de fontes individuais
Competente. Estes controlos visam a pesquisa de ger- 3
que forneçam menos de 10 m , por dia em média ou
mes testemunhos de contaminação fecal, germes pato- que sirvam menos de 50 pessoas, excepto se essa
génicos e/ou toxinas e evitar a contaminação e /ou a água for fornecida no âmbito de uma actividade co-
proliferação de germes de alteração. mercial ou pública;
Devem ser recolhidas 5 amostras por lote a inspec- 3.A Autoridade Competente deve tomar as medidas
cionar ou um número de amostra que seja representa- necessárias para garantir que a água destinada ao
tiva das condições de fabrico. São adoptadas as seguin- consumo humano seja salubre e limpa. Para o efeito
tes limites: não deve conter microrganismos, parasitas nem quais-
a)Germes patogénicos quer substâncias contaminação microbiológica, de sub-
Salmonella- ausência em amostra de 25 gramas; stancias nocivas e/ou de plâncton marinho tóxico em
quantidades susceptíveis de provocar uma incidência
b)Germes testemunhos de falta de higiene sobre a qualidade sanitária dos produtos da pesca.
Staphylococcus aureus 4.Deverão ser tomadas as medidas necessárias para
Número limite aceitável – 2 garantir que a água destinada ao consumo humano
seja salubre e limpa; para o efeito não deverá conter
Limite máximo de contaminação desejada por microorganismos, parasitas nem quaisquer substan-
grama – 100 cias em quantidades ou concentrações que constituam
Limite de inocuidade por grama – 1000; perigo potencial para a saúde humana e preencher os
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requisitos organolépticos, físico-químicos e micro-


Coliforme termotolerante (44ºC)
biológicos estabelecidos nos quadros A, B e C e nas
Número limite aceitável – 2 partes G e H.
Limite máximo de contaminação desejada por 5.A Autoridade Competente deve tomar as disposi-
grama – 10 ções necessárias para que seja efectuado controlos re-
Limite de inocuidade por grama – 100 gulares da qualidade da água destinada ao consumo
humano em conformidade com o exposto na parte G, a
Escherichia coli fim de verificar se a água posta á disposição dos consu-
Número limite aceitável – 1 midores preencham estes requisitos. Para o efeito de-
vem ser recolhidas amostras representativas da quali-
Limite máximo de contaminação desejada por dade da água fornecida durante todo o ano e tomar as
grama – 10 medidas necessárias para garantir que sempre que a
Limite de inocuidade por grama – 100 desinfecção faça parte do esquema de tratamento ou da
Apenas os lotes que contenham Salmonelas ou que distribuição da água, seja verificada a eficácia do trata-
ultrapassem o limite de inocuidade por grama para mento de desinfecção aplicado e que a contaminação
Staphilococcus aureus são considerados inaceitáveis seja mantida a nível tão baixo quanto possível sem
para o consumo humano. comprometer a desinfecção.

Sempre que sejam ultrapassados os limites para os 6.Os valores paramétricos fixados serão respeitados:
outros tipos de germes os responsáveis dos estabeleci- a) No caso de água fornecida a partir de uma rede
mentos devem rever ou implementar um programa de de distribuição, no ponto em que, no interior
vigilância mais eficaz. de uma instalação ou estabelecimento sai
F. Qualidade da água das torneiras normalmente utilizadas para
consumo humano; ou
1.Nos termos do presente regulamento,
b) No caso da água destinada à venda em garrafas
a) A água destinada ao consumo humano é toda a ou outros recipientes, no ponto em que é colo-
água no seu estado original destinada a ser cada nas garrafas ou noutros recipientes; ou
bebida, a cozinhar à preparação de alimen-
tos ou para outros fins domésticos, indepen- c) No caso da água utilizada numa empresa da in-
dentemente da sua origem e de ser ou não dústria alimentar.
fornecida a partir de uma rede de distribui- 7.Na medida do possível deve-se utilizar os métodos
ção, de um camião-cisterna, em garrafas ou analíticos de referência mencionados. Os laboratórios
outros recipientes, ou que utilizam outros métodos assegurar-se que condu-
b) Toda a água utilizada numa empresa da indús- zam a resultados equivalentes ou comparáveis aos ob-
tria alimentar para o fabrico, tranformação, tidos pelos métodos indicados no presente regula-
conservação ou comercialização de produtos mento.

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segue mapa 2,5 pag. A Perâmetros


nic
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G. Controlos Sabor

1.Controlo de rotina Número de colónias a 22ºC e a 37ºC – Necessário só


quando a água colocada à venda em garrafas ou outros
O objectivo do controlo de rotina é fornecer, regula- recipientes
mente, informações sobre a qualidade organoléptica e
microbiológica da água destinada ao consumo humano, Coliformes totais
bem como informações sobre a eficácia dos tratamentos Turvação
de água potável (especialmente a desinfecção) quando
estes de realizem, tendo em vista determinar se a água 2. Controlo de inspecção
destinada ao consumo humano está em conformidade O objectivo do controlo de inspecção é fornecer as in-
com os correspondentes valores paramétricos estabele- formações para decidir se os valores paramétricos do
cidos no presente regulamento. Os seguintes parâme- regulamento estão ou não a ser respeitados. Todos os
tros estão sujeitos a controlo de rotina. A Autoridade parâmetros deverão ser sujeitos a controlos de inspec-
Competente pode aditar outros parâmetros a esta lista
ção, excepto no caso de a autoridade competente esta-
se o consideram necessário.
belecer que durante um certo periodo por ela estabele-
Alumínio – Necessário só quando usado como flocu- cida, não é provável que esse parâmetro esteja
lante presente num determinado abastecimento de água em
Amónio concentrações que possam implicar o incumprimento
Cor do valor paramétrico pertinente.

Condutividade Frequência mínima de amostragem e análise


da água destinada ao consumo humano forne-
Clostridium perfrigens (incl.esporos) - Necessário se cida por uma rede de distribuição ou por um ca-
a água tiver origem em águas superficiais ou for in- mião-cisterna ou utilizada numa empresa da in-
fluenciada por elas.
dústria alimentar
Escherichia coli (E. coli)
A Autoridade Competente colherá amostras nos pon-
Concentração hidrogeniónica tos definidos em F.6 para se assegurar de que a água
Ferro – Necessário só quando usado como floculante destinada ao consumo humano satisfaz os requisitos do
regulamento. No entanto, no caso de uma rede de dis-
Nitritos – Necessário só quando a cloraminação é
tribuição a Autoridade Competente pode colher amos-
utilizada como desinfectante
tras dentro da zona de abastecimento ou na instalação
Odor de tratamento para investigação de determinados pa-
Pseudomonas aeruginosa – Necessário só quando a râmetros, se for possível demonstrar que não há alte-
água colocada à venda em garrafas ou outros recipientes rações negativas no valor dos parâmetros medidos.

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volume da água

(1) Uma zona de abastecimento é uma zona geográ- H. MÉTODOS DE ANÁLISE


fica definida na qual a água destinada ao consumo hu-
mano provém de uma ou várias fontes e na qual a qua- 1. PARÂMETROS PARA OS QUAIS SÃO DEFINI-
lidade da água pode ser considerada aproximadamente DOS MÉTODOS DE ANÁLISE
uniforme.
Bactérias coliformes e Escherichia coli (E.coli) ( ISO
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(2) Os volumes são calculados como médias du- 9308-1)


rante um ano civil. A Autoridade Competente pode uti-
lizar o número de habitantes de uma zona de abasteci- Enterococus - ISO 7899-2
mento em vez do volume de água para determinar a
frequência mínima, partindo do princípio de um Pseudomonas aeruginosa - (prEN ISSO 12780)
consumo de água de 200l/dia/pessoa
Enumeração de microrganismos viáveis- Número de
(3) No caso de abastecimento de curto prazo inter- colónias a 22ºC (pr EN ISO 6222)
mitente, a frequência do controlo da água distribuída
por camiões-cisternas será decidida pela Autoridade Enumeração de microrganismos viáveis- Número de
Competente colónias a 37ºC (pr EN ISO 6222)

(4) Para os diferentes parâmetros dos quadro A, B Clostridium perfrigens (incl. Esporos) - Filtração em
e C a Autoridade Competente pode reduzir o número mebrana seguida de incubação anaeróbica da mem-
de amostras especificadas no quadro, se: brana em m-CP ágar a 44 ± 1ºC durante 21 ± 3 horas.
Contagem das colónias amarelas opacas que passam a
a)os valores dos resultados obtidos de amostras rosa vermelho após exposição, durante 20 a 30 segun-
colhidas durante um período de pelo menos dos, a vapores de hidróxido de amónio
dois anos consecutivos forem constantes e si-
gnificativamente melhores do que os limites 2. PARÂMETROS PARA OS QUAIS SÃO ESPECI-
estabelecidos e FICADOS AS CARACTERÍSTICAS DO MÉTODO DE
ANÁLISE
b)Não tiver sido detectado qualquer factor sus-
ceptível de causar deterioração da qualidade Para os parâmetros a seguir indicados as caracte-
da água rísticas do método de análise especificadas definem
a capacidade do método utilizado de medir, no mí-
A frequência mínima aplicável não será menos de nimo, concentrações iguais ao valor paramétrico
50% do número de amostras especificadas no quadro com a exactidão, a precisão e o limite de detecção
excepto no caso especial da nota (6) especificados. Independentemente da sensibilidade
do método de análise utilizado o resultado será ex-
(5) Na medida do possível o número de amostras presso pelo menos com o mesmo número de casas
deverá ser distribuído equitativamente no espaço e no decimais que os valores paramétricos contemplados
tempo nos quadros B e C.

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ANEXO VI ciais, de materiais impermeáveis, lisos e resistentes à


(Embalagem) corrosão, fáceis de limpar e desinfectar, que podem ser
reutilizados após limpeza e desinfecção. O material de
1.A embalagem dos produtos da pesca deve ser efec- embalagem utilizado para os produtos frescos manti-
tuada em condições de higiene satisfatórias, por forma dos sob gelo deve permitir o escoamento da água de fu-
a evitar a contaminação dos produtos da pesca. são de gelo.
2.Os materiais de embalagem e os produtos suscep- 4.Os materiais de embalagem devem, antes da sua
tíveis de entrar em contacto com os produtos da pesca utilização, ser armazenados numa zona separada da
devem obedecer a todas as normas de higiene, nomea- zona de produção e devem ser protegidos da poeira e
damente: da contaminação.
a) Não devem poder alterar as características or- ANEXO VII
ganolépticas das preparações e dos produtos
(Identificação)
da pesca;
1.Sem prejuízo do disposto na legislação relativa à
b) Não devem poder transmitir aos produtos da
Embalagem dos géneros alimentícios, deve ser possível
pesca substâncias nocivas para a saúde hu-
mana; identificar, para efeitos de inspecção, a origem dos pro-
dutos da pesca colocados no mercado através da marca-
c) Devem ser de uma solidez suficiente para asse- ção ou dos documentos de acompanhamento.
gurar uma protecção eficaz dos produtos da
pesca. 2.Para o efeito do disposto no número anterior, de-
vem figurar na embalagem ou no caso de produtos não
3.O material de embalagem não pode ser reutili- embalados, os documentos de acompanhamento, as se-
zado, com excepção de determinados recipientes espe- guintes informações:

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a) O país de expedição indicado por extenso ou dos meios de transporte deve ser de modo a não
pelas iniciais do país expedidor em maiúscu- prejudicar a salubridade dos produtos da pesca, de-
las; vendo as superfícies interiores ser lisas e fáceis de
limpar e desinfectar.
b) A identificação do estabelecimento ou do navio
pelo número oficial de aprovação ou, no caso 5.Os meios de transporte utilizados para os produ-
de colocação no mercado a partir de um na- tos da pesca não podem ser utilizados para o trans-
vio congelador abrangido na alínea g) do porte de outros produtos susceptíveis de afectar ou
ponto 2 do Anexo I do presente Regula- contaminar os produtos da pesca, excepto se uma lim-
mento, através do número de identificação peza adequada seguida de uma desinfecção puderem
do navio, ou, no caso de colocação no mer- fornecer todas as garantias de não contaminação dos
cado a partir de uma lota ou de mercado
produtos de pesca.
grossista, pelo número de registo previsto no
ponto 7 do artigo 7º do presente Regula-
6.Os produtos da pesca não podem ser transporta-
mento.
dos em veículos ou contentores que não estejam limpos
3.Todas as informações referidas no número ante- e desinfectados.
rior devem ser perfeitamente legíveis e reagrupadas
na embalagem num espaço visível do exterior sem que 7.As condições de transporte de produtos da pesca
seja necessário abrir a referida embalagem. colocados no mercado no estado vivo não devem ter um
efeito negativo sobre esses produtos.
ANEXO VIII
ANEXO IX
(Armazenagem e Transporte)
(Certificação sanitária para efeitos de exportação)
1.Os produtos da pesca devem durante a armazena-
gem e o transporte ser mantidos às temperaturas fixa- 1.Os lotes dos produtos da pesca destinados à expor-
das pelo presente regulamento, e em especial: tação devem ser provenientes de um estabelecimento
aprovado e inspeccionado pela Autoridade Competente
a) Os produtos da pescas frescos ou descongela- e ser acompanhado de um certificado sanitário original
dos, bem como os produtos de crustáceos e enumerado, que ateste as condições sanitárias de pro-
de moluscos cozidos e refrigerados devem dução, manipulação, transformação, embalagem e
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ser mantidos a temperatura do gelo fun- identificação dos produtos, fixadas pelo presente regu-
dente; lamento.
b) Os produtos da pesca congelados, com excep- 2.O modelo de certificado consta em Anexo XII.
ção do peixe congelado em salmoura e des-
tinados ao fabrico de conserva, devem ser 3.O certificado sanitário a que se refere o número 1
mantidos a uma temperatura estável de – deve ser constituído de uma única folha e deve ser re-
18ºC ou inferior, em todos os pontos do pro- digido pelo menos numa das línguas oficiais do país de
duto, eventualmente com breves subidas destino.
de 3ºC, no máximo, durante o transporte;
Os produtos transformados devem ser ANEXO X
mantidos às temperaturas especificadas
pelo fabricante. (Tabela de cotação de frescura de pescado)

2.Sempre que os produtos da pesca congelados fo- As tabelas estabelecidas no presente anexo são apli-
rem transportados de um armazém frigorífico para um cáveis aos seguintes produtos ou grupos de produtos,
estabelecimento autorizado para serem descongelados em função de critérios de aplicação específicos a cada
à chegada com vista a uma preparação e/ou a uma um deles.
transformação, e a distância a percorrer não exceder
50 Km ou uma hora de trajecto a Autoridade Compe- A. Peixes brancos
tente pode conceder uma derrogação às condições da
alínea b) do número 1; Badejo, salmonete, garoupa, tainha, linguado,
3.Os produtos não podem ser armazenados nem B. Peixes azuis
transportados com outros produtos susceptíveis de
afectar a sua salubridade ou de os contaminar, sem te- Albacora, patudo, cavala, chicharros
rem sido embalados de modo a garantir uma protecção
satisfatória. C. Esqualos
4 . Os veículos utilizados para o transporte dos - Tubarões e raias
produtos da pesca devem estar concebidos e equipa-
dos de modo que as temperaturas exigidas pelo pre- D. Cefalópodes
sente regulamento possam ser mantidas durante
todo o período de transporte. Se for utilizado gelo - Chocos, polvos
na refrigeração dos produtos, deve ser assegurado o
escoamento da água de fusão, de modo a evitar que E. Crustáceos
a água em causa permaneça em contacto com os
produtos. O acabamento das superfícies interiores -Camarões e Lagostas

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SEGUE MAPAS 3,5 PAG.


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ANEXO XI E.Os pontos críticos são específicos de cada estabele-


(Autocontrolos Sanitários)
cimento, sendo função das matérias-primas utilizadas,
dos processos de fabrico, das estruturas e equipamen-
A. Os autocontrolos referidos no ponto 2 do artº 6 tos, dos produtos finais e do sistema de comercializa-
do presente regulamento devem incluir o conjunto das ção.
acções que permitem assegurar e demostrar que um
produto de pesca satisfaz à exigências do presente re- F.A vigilância e o controlo dos pontos críticos nos
gulamento. Esse conjunto de acções deve corresponder termos do b) do nº 2 do artigo 6º do presente regula-
a uma actuação interna no estabelecimento; deve ser mento compreende o conjunto das observações e/ou as
concebido e aplicado pelas pessoas responsáveis de medidas pré-estabelecidas necessárias para confirmar
cada unidade de produção ou sob a sua direcção, se- o domínio efectivo de cada ponto crítico. A vigilância e
gundo os princípios gerais referidos no presente anexo. o controlo dos pontos críticos não inclui a verificação do
respeito de conformidade dos produtos finais com as
B. No âmbito dessa actuação interna, os estabeleci- norma fixadas no presente regulamento.
mentos podem utilizar guias de boas práticas estabele-
cidos por organismos profissionais adequados e aceites G.As colheitas de amostras para análise laborato-
pela autoridade competente. rial referidas no c) do nº 2 do artigo 6º do presente re-
gulamento são efectuadas para confirmar que o sis-
C. Os responsáveis dos estabelecimentos devem ve- tema de autocontrolo aplicado satisfaz eficazmente as
lar por que o conjunto do pessoal ligado à realização disposições dos pontos 1 a 6 do presente anexo.
do autocontrolo receba uma formação adequada, que
lhe permita participar activamente na sua execução. H.Os responsáveis dos estabelecimentos devem pre-
ver um programa de colheita de amostras, que, sem ser
D. Ponto critico deve ser considerado, nos termos do sistemático para cada lota de fabrico, permite pelo me-
númerp 2 do artº 6 do presente regulamento qualquer nos:
ponto, fase ou processo em que um perigo para a segu-
rança alimentar pode ser evitado, eliminado ou redu- 1.Validar o sistema de autocontrolo aquando da sua
zido a um nível aceitável por uma acção de controlo aplicação;
adequada.
2.Se necessário revalidar o sistema aquando de uma
Devem ser identificados todos os pontos críticos úteis modificação das características do produto ou do pro-
para assegurar o respeito das condições higiénicas pre- cesso de fabrico;
vistas no presente regulamento.
3.Confirmar com uma periodicidade determinada,
Para a identificação desses pontos críticos, são apli- que as disposições aplicadas continuam a ser validas e
cáveis as disposições previstas no presente anexo. correctamente aplicadas.

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I SÉRIE— Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE2001 129

I.A verificação dos sistemas de autocontrolo deve a) identificação dos perigos, análises dos riscos e
efectuar-se em conformidade com as disposições da determinação das medidas necessárias para
parte D deste Anexo o seu domínio,

J.Para a conservação de um vestígio escrito ou re- b) Identificação dos pontos críticos,


gistado referida no do nº 2, alínea d) do artigo 6º do
presente regulamento, os responsáveis dos estabeleci- c) Estabelecimento dos limites críticos para cada
mentos devem reunir documentação que contenha o ponto critico,
conjunto das informações relativas à realização dos au-
tocontrolos e sua verificação. d) Estabelecimento dos processos de vigilância e
de controlo,
K.A documentação prevista no nº 1 deve incluir
dois tipos de informação para apresentação à autori- e) Estabelecimento das acções correctivas a apli-
dade competente: car quando necessário,

1.Um documento pormenorizado e completo de que f) Estabelecimento de processos de verificação e


constem: de revisão,

a) A descrição do produto; g) Estabelecimento de documentação relativa a


todos os processos e registos.
b) A descrição do processo de fabrico com menção
dos pontos críticos; O modelo em questão, ou os princípios em que se ba-
seia, deve ser utilizado com a flexibilidade exigida por
c) Para cada ponto crítico, a identificação dos per- cada situação.
igos, avaliação dos riscos e medidas previs-
tas para o seu domínio; Identificação dos pontos críticos
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d) Regras de vigilância e de controlo dos pontos Recomenda-se que se proceda sucessivamente às se-
críticos, com indicação dos limites críticos guintes acções:
para os parâmetros a dominar e das acções
correctivas previstas no caso de perda do do- 1. Reunião de uma equipa pluridisciplinar
mínio;
Essa equipa, que agrupa as pessoas que, na em-
e) Regras de verificação e de revisão. presa, estão ligadas ao produto, deve dispor do
conjunto dos conhecimento específicos e técnicos relati-
No caso previsto na b), esse documento pode ser o vos ao produto considerado, à sua produção (fabrico,
guia de boas práticas estabelecido pelo organismo pro- armazenagem e distribuição), ao seu consumo e aos po-
fissional em questão; tenciais que lhes estão associados. Sempre que neces-
sário, essa equipa pedirá o apoio de especialistas na
2.Os registos das observações e/ou medidas referi- matéria, que lhe permitirão resolver dificuldades sur-
das na parte F, os resultados das operações de verifi- gidas quanto à avaliação e domínio dos pontos críticos.
cação referidos na parte G e os relatórios e registos es-
critos de decisões relativas às eventuais medidas Pode ser constituinda por:
correctivas aplicadas. Um sistema de gestão documen-
tal adequado deve assegurar nomeadamente a possibi- a) Um especialista em controlo de qualidade,
lidade de localizar facilmente os documentos corres- competente para apreciar os perigos biológi-
pondentes a um lote de fabrico identificado. cos, químicos ou físicos ligados a um grupo
específico de produtos,
L.A autoridade competente velará para que o pes-
soal do serviço de inspecção habilitado para o controlo b) Um especialista de produção que seja respon-
oficial tenha uma formação adequada que lhe permita sável ou que seja estreitamente ligado ao
examinar a documentação apresentada a fim de poder processo técnico de fabrico do produto,
avaliar o sistema de autocontrolo estabelecido pelos
responsáveis dos estabelecimentos. c) Um técnico com conhecimento práticos do fun-
cionamento e da higiene dos equipamentos e
Princípios Gerais materiais utilizados para fabrico do produto,

Recomenda-se que seja seguido um modelo de proce- d) Qualquer outra pessoa com conhecimento espe-
dimentos lógicos cujos componentes essenciais são cífico de microbiologia , higiene e tecnologia
constituídos pelos que se seguem: alimentar.

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130 II SÉRIE — Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE 2001

É possível que uma pessoa desempenha vários des- gem e distribuição, devem ser estudadas de forma se-
ses papéis, na medida em que a equipa disponha de to- quencial e apresentadas sob a forma de um diagrama
das as informações necessárias e que essas informa- pormenorizado completo por informação técnica sufi-
ções sejam utilizadas para verificar a fiabilidade do ciente.
sistema de autocontrolo aplicado.
Essas informações podem compreender de forma não
Se não se dispuser, num estabelecimento dos conheci- limitativa:
mentos especializados em questão, dever-se-á recorrer a
apoio exterior (consultoria, guias de boas práticas, etc.).
a) Plano dos locais de trabalho e dos anexos,
2. Descrição do produto
b) A disposição e características dos equipamen-
tos,
Deve ser efectuada uma descrição completa do pro-
duto final, do qual constem as seguintes informações:
c) A sequência de todas as operações (incluindo a
incorporação das matérias-primas, ingre-
a) Composição (por exemplo, matéria-prima, in-
dientes ou aditivos e os intervalos de segu-
gredientes, aditivos, etc.)
rança durante ou entre as fases),

b) Estrutura e características físico-químicas (por


exemplo, sólido, líquido, gel. Emulsão, Aw, d) Os parâmetros técnicos das operações (em es-
pH, etc.), pecial os parâmetros de tempo, temperatura,
incluindo os intervalos de segurança),
c) Tratamento (por exemplo, cozedura, congela-
ção, secagem, salga, fumagem, etc. e modali- e) A circulação dos produtos (incluindo as possibi-
dades correspondentes), lidades de contaminação cruzada),

d) Acondicionamento e embalagem (por exemplo, f) As separações entre os sectores limpos e os sec-


hermética, em vácuo, em atmosfera modifi- tores sujos (ou entre zonas de alto risco e de
6 980000 002529

cada), baixo risco),

e) Condições de armazenagem e de distribuição, g) Os dados relativos aos processos de limpeza e


desinfecção,
f) Período de conservação exigido, durante qual o
produto mantém a suas qualidades (data li- h) O ambiente higiénico do estabelecimento,
mite de consumo, data óptima de venda),
i) As condições de higiene e circulação do pessoal,
g) Instruções dadas para a utilização,
j) As condições de armazenagem e de distribuição
h) Critérios microbiológicos ou químicos eventual- dos produtos.
mente aplicáveis.
5. Confirmação no local do diagrama de fabrico
3. Identificação da utilização prevista
Após o estabelecimento do diagrama, a equipa pluri-
A equipa pluridisciplinar deve também definir a uti- disciplinar deve proceder à sua confirmação no local
lização normal ou prevista que o consumidor fará do durante as horas de produção. Qualquer desvio consta-
produto, bem como os grupos de consumidores a que tado conduzirá a uma alteração do diagrama para o
este se destina.
tornar conforme à realidade.

Se for caso disso, considerará em especial a adapta-


6. Estabelecimento da lista dos perigos e das medi-
ção do produto à sua utilização por certos grupos de
consumidores, tais como colectividades, viajantes, etc. das necessárias para os dominar
e por grupos de consumidores sensíveis.
Utilizando como guia o diagrama de fabrico confir-
4. Construção de um diagrama de fabrico (descrição mado, a equipa deve:
das condições de fabrico)
a) Estabelecer a lista de todos os perigos biológi-
Independentemente da apresentação escolhida, to- cos, químicos ou físicos potenciais cujo surgi-
das as fases de fabrico, incluindo os intervalos de segu- mento possa ser razoavelmente previsto
rança durante ou entre essas fases, desde a chegada para cada fase (incluindo a aquisição a ar-
das matérias-primas ao estabelecimento até à coloca- mazenagem das matérias-primas e dos in-
ção no mercado do produto final, passando pelas prepa- gredientes e os intervalos de segurança no
rações, tratamentos de fabrico, embalagem, armazena- decorrer do fabrico).

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I SÉRIE— Nº 11 — «B. O.» DA REPÚBLICA DE CABO VERDE — 30 DE ABRIL DE2001 131

Por perigo, deve-se entender-se tudo o que As medidas de domínio correspondem às acções e ac-
seja susceptível de prejudicar a saúde e que tividades que podem ser utilizadas para evitar um per-
se enquadre nos objectivos higiénicos do pre- igo, para eliminar ou reduzir o seu impacto ou possibi-
sente regulamento. De forma mais especifica, lidade de surgimento a um nível aceitável.
pode tratar-se: Podem ser necessárias várias medidas de domínio
para controlar um perigo identificado e uma medida de
- contaminação (ou recontaminação) a uma domínio pode servir para controlar vários perigos. Por
taxa inaceitável, de natureza biológica exemplo, a pasteurização ou a cozedura controlada po-
(microrganismos, parasitas), química ou dem dar garantias de uma redução suficiente do nível
física, das matérias-primas, dos produtos das salmonelas e das listerias.
intermédios ou dos produtos finais,
As medidas de domínio devem ser apoiadas por pro-
cessos e especificações pormenorizados para garantir a
- sobrevivência ou multiplicação, a taxas in-
sua aplicação eficaz, como, por exemplo, programas de
aceitáveis, de microrganismos patogéni- limpeza pormenorizados, tabelas precisas de esteriliza-
cos e geração, a taxa inaceitáveis, de cor- ção e especificações relativas à concentração de aditi-
pos químicos nos produtos intermédios, vos para conservação utilizados no respeito das pres-
nos produtos indesejáveis resultantes de crições aplicáveis em matéria de aditivos, conforme o
metabolismo microbiano. disposto no ponto 4 da parte J do Anexo IV.

- produção ou persistência, a taxas inaceitá- 7. Metodologia para identificação dos pontos críticos
veis, de toxinas ou de outros produtos in-
A identificação de um ponto crítico para o domínio de
desejáveis resultantes de metabolismo um perigo requer uma actuação lógica. Uma tal abor-
microbiano. dagem pode ser facilitada pela utilização do diagrama
de decisão representado na figura seguinte (podem ser
Para serem incluídos nessa lista, os perigos devem utilizados outros métodos, em função dos conhecimen-
ser de ordem a que a sua eliminação ou redução para tos e da experiência da equipa).
níveis aceitáveis seja essencial para a produção de ali-
mentos são: Diagrama de decisão para a identificação dos pontos
críticos para o domínio
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b) Considerar e descrever as medidas de domínio, Responder sucessivamente a cada pergunta pela or-
quando existem, que podem ser aplicadas a dem indicada, em cada uma das fases e para cada perigo
cada perigo. identificado.

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Para a utilização do diagrama de decisão, conside- Estabelecimento e aplicação da vigilância e do


rar-se-á sucessivamente cada fase de fabrico identifi- controlo dos pontos críticos
cada no diagrama de fabrico. Em cada fase, a árvore
de decisão deve ser aplicada a qualquer perigo cuja Para assegurar o domínio efectivo de cada ponto crí-
ocorrência ou introdução seja razoável prever e a qual- tico, é indispensável um sistema de vigilância e de
quer medida de domínio identificada. controlo adequado.
Deve recorre-se ao diagrama de decisão com flexibili-
dade e bom senso, conservando uma visão de conjunto Para aplicar um tal sistema recomenda-se o seguinte
do processo de fabrico a fim de evitar, tanto quando procedimento:
possível, uma duplicação inútil dos pontos críticos.
1.Estabelecimento dos limites críticos para cada me-
8. Sequência a dar à identificação de um ponto crítico dida de domínio associada a cada ponto crítico
A identificação dos pontos críticos tem duas conse-
quências para a equipa pluridisplinar, deve ser: A cada medida de domínio associada a um ponto crí-
tico deve corresponder a definição de limites críticos.
a) Assegurar-se de que foram efectivamente
concebidas e aplicadas medidas de domínio Os limites críticos correspondem aos valores extre-
adequadas. Nomeadamente, se um perigo ti- mos aceitáveis relativamente à segurança do produto.
ver sido identificado numa fase em que seja Separam a aceitabilidade de não aceitabilidade. São
necessário um controlo relativo à salubri- expressos por parâmetros observáveis ou mensuráveis
dade do produto e se nenhuma medida de do- que podem demostrar facilmente o domínio do ponto
mínio existir nessa fase, nem em nenhuma crítico; devem assentar em provas que estabeleçam
outra, será necessário alterar o produto ou o uma relação com o domínio do processo.
processo nessa fase, ou numa fase prece-
dente ou seguinte, a fim de introduzir uma
medida de domínio Os parâmetros podem ser, por exemplo, a tempera-
tura, o tempo, o pH, o teor de água, o teor de aditivo,
b) Estabelecer e aplicar um sistema de vigilância conservante ou sal ou parâmetros sensoriais, tais como
e de controlo para cada ponto critico. o aspecto ou a textura , etc.

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Em certos casos, a fim de reduzir o risco de exceder As acções correctivas têm que incluir:
os limites críticos por causa da variações devidas ao
processo, pode ser necessário especificar níveis mais ri- - a identificação da (ou das) pessoa(s) responsáveis
gorosos (níveis visados) a fim de assegurar o respeito pelo empreendimento das acções correctivas,
dos limites críticos.
-uma descrição dos meios e das acções a em-
Os limites críticos podem ser reduzidos de fontes di- preender para corrigir o desvio observado,
versas. Quando não sejam utilizados os constantes de
textos regulamentares (por exemplo, a temperatura de - as acções a adoptar relativamente aos produtos
congelação) ou de guias de boas práticas existentes e fabricados durante o período em que não
validados, a equipa dever-se-á assegurar da sua vali- houve controlo,
dade relativamente ao domínio do perigo identificado e
dos pontos críticos. - a registo escrito das medidas tomadas.

2.Estabelecimento de um sistema de vigilância e de Verificação dos sistemas de autocontrole


controlo para cada ponto crítico
A verificação dos sistemas de autocontrole aplicados
é necessário para assegurar o seu funcionamento efi-
Um programa das observações ou das medições a caz. A equipa pluridisciplinar deve especificar os méto-
efectuar em cada ponto crítico assegura que os limites dos e os processos a utilizar.
críticos afixados sejam devidamente respeitados consti-
tui uma parte essencial do autocontrolo. O programa Os métodos utilizados podem incluir nomeadamente
deve descrever os métodos utilizados, a frequência das colheita de amostras para análise, análises ou testes
observações e o processo de registo. reforçados em certos pontos críticos, análises intensifi-
cadas dos produtos intermédios ou dos produtos finais,
Essas observações ou medições devem ser de natu- inquéritos sobre as condições de armazenagem, distri-
reza a permitir a detecção de uma perda de domínio do buição e venda e sobre a utilização do produto.
ponto crítico e fornecer em tempo útil informações para
que possa ser adoptada uma acção correctiva. Os processos de verificação podem corresponder à in-
specção das operações, à validade dos limites críticos,
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As observações ou medições podem ser efectuadas ao exame dos desvios, das acções correctivas aplicadas
contínua ou periodicamente. Quando as observações ou ou das disposições tomadas relativamente aos produtos
medições forem periódicas, será necessário estabelecer afectados, à auditoria do sistema de autocontrolo e ao
uma programação das observações ou medições que dê exame dos registos.
uma informação fiável.
A verificação deve permitir a confirmação da vali-
O programa de medição e de observação deve especi- dade do sistemas aplicado e a confirmação subse-
ficar claramente em cada ponto crítico para o domínio: quente, segundo uma periodicidade adequada, de que
as disposições previstas continuam a ser correcta-
mente aplicadas.
- quem efectua a vigilância e o controlo,
Além disso, é necessário prever a revisão do sistema
- quando são efectuados a vigilância e o controlo, a fim de assegurar que este se mantém (ou que se
manterá) sempre válido aquando de modificações. Es-
- como são efectuados a vigilância e o controlo. sas modificações podem incluir, por exemplo:

3 . Estabelecimento de um plano de acções correctivas - As matérias primas ou o produto e as condições


de produção (locais e ambiente equipamen-
As observações ou medições podem indicar: tos, programas de limpeza e desinfecção).

- que o parâmetro vigiado tende a exceder os limites - As condições de acondicionamento de armaze-


críticos especificados, indicando uma tendên- nagem ou de distribuição
cia para a perda do domínio; as medidas cor-
rectivas necessárias para manter o domínio - A utilização esperada dos consumidores e qual-
devem ser tomadas antes do perigo surgir, quer outra informação que alerte existência
de um novo perigo associado ao produto.
-que o parâmetro vigiado excedeu os limites críti-
Se for caso disso esta revisão implicará uma altera-
cos especificados, indicando uma perda de ção das disposições previstas
domínio, sendo necessário aplicar acções cor-
rectivas destinadas a estabelecer novamente Qualquer alteração resultante no sistema de auto-
uma situação dominada. controlo deve ser totalmente incorporado no sistema de
documentação e de registo a fim de que possa dispor de
Essas acções correctivas devem ser pré-estabelecidas uma informação actualizada e fiável.
pela equipa pluridisciplinar para cada ponto crítico, a
fim de poderem ser aplicadas sem hesitação logo que Quando critérios definidos regularmente, esses crité-
seja observado um desvio. rios cosntituirão valores de referência para a verificação.

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ANEXO XII
MODELO DE CERTIFICADO SANITÁRIO
Relativos aos produtos da pesca destinados à Comunidade Europeia
País de expedição: .................................................................................................................................................................................
Autoridade Competente1: .............................................................................................................................................................
Serviço de Inspecção1: ......................................................................................................................................................................
Número de referência do certificado sanitário: ....................................................................................................
I. Identificação dos produtos da pesca:
Descrição do produto:
c) Espécie (nome científico) ......................................................................................................................................................
Estado2 ou natureza do tratamento: ........................................................................................................................
Natureza da embalagem: .....................................................................................................................................................
Número de unidades da embalagem: .....................................................................................................................
Peso líquido: ......................................................................................................................................................................................
Temperatura de armazenagem e de transporte exigida: .................................................................
II. Proveniência dos produtos da pesca
Endereço (s) e número de autorização nacional do (s) estabelecimento (s) de preparação ou transformação auto-
rizado(s) pela Autoridade Competente em matéria de exportação
.......................................................................................................................................................................................................................................

.......................................................................................................................................................................................................................................

III. Destino dos produtos da pesca


Os produtos da pesca são expedidos
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de: ............................................................................................................................................................................................................................
(local de expedição)
para: ......................................................................................................................................................................................................................
(país e local destino)
pelo seguinte meio de transporte: .........................................................................................................................................
Nome e endereço do expedidor: ................................................................................................................................................
Nome do destinatário e endereço do local de destino: .....................................................................................
.......................................................................................................................................................................................................................................

IV. Certificado sanitário


O abaixo assinado, inspector oficial, certifica que:
1)Os supracitados produtos da pesca foram manipulados, preparados ou transformados, identificados, armaze-
nados e transportados em condições pelo menos equivalentes as fixadas pela Directiva 91/493/CEE do
Conselho de 22 de Julho de 1991, que adopta as normas sanitárias relativas á produção e colocação no mer-
cado dos produtos da pesca;
2)Além disso, sempre que se trate de moluscos bivalves congelados ao transformados, este moluscos foram
obtidos em zonas de produção submetidas a condições pelo menos equivalentes às fixadas pela Directiva
91/492/CEE do Conselho de 15 de Julho de 1991, que estabelece as normas sanitárias que regem a produção
e colocação no mercado de moluscos bivalves vivos.
Feito em ............................................................, em ........................................................................................................................................
(local) (data
..........................................................................................................................
(assinatura do inspector oficial)
..........................................................................................................................................................................
(nome em letras maiúsculas, título e cargo do signatário)
__________________________
1 Nome e endereço
2 Vivo destinado directamente à alimentação humana, preparado, transformando, etc.

Secretaria-Geral do Governo, 25 de Abril de 2001. — O Secretário Geral do Governo, José Carlos Delgado.

IMPRENSA NACIONAL DE CABO VERDE

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