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Introdução

Prof. Gustavo Maia


Administrar é agir com eficiência, eficácia e efetividade.

EFICIÊNCIA é a capacidade de realizar corretamente, de forma


racional e organizada, dentro de um processo, uma determinada tarefa.

EFICÁCIA é a capacidade de realizar corretamente todas as etapas de


um plano, conseguindo acertadamente e qualitativamente, o objetivo
desejado, no tempo mais curto e da forma mais simples e econômica

EFETIVIDADE é o acompanhamento permanente do planejamento,


implantando, modificando-o e readaptando-o quando se fizer
necessário, objetivando eficiência e eficácia.
Relação com a Economia:
Compreender o arcabouço econômico e estar atento as consequencias
dos vários níveis de atividade econômica e das mudanças na política
econômica.
Capaz de de se utilizar das teorias econômicas como diretrizes para
realizar operções comerciais com eficiência.

Relação com a Contabilidade:


Duas diferenças básicas: Ênfase no fluxo de caixa e na tomada de
decisão.
Fluxo de caixa – reconhece as receitas e despesas apenas no momento
em que ocorrem efetivamente.
Tomada de decisão – o contador volta suas atenções para a coleta e
apresentação de dados financeiros e o administrador de utiliza desses
dados para projetar, avaliando risco e retorno.
DEZ PRINCÍPIOS DA ECONOMIA

I) As pressoas enfrentam Tradeoffs


II) O custo de alguma coisa é aquilo de que você desiste para obtê-la.
III) As pessoas racionais pensam na margem.
IV) As pessoas reagem a incentivos
V) O comércio pode ser bom para todos.
VI) Os mercados são geralmente uma boa maneira de organizar a atividade
econômica.
VII) Às vezes o governo pode melhorar os resultados dos mercados.
VIII)O padrão de vida de um país depende da sua capacidade de produzir
bens e serviços.
IX) Os preços sobem quando o governo emite moeda demais.
X) A sociedade enfrenta um Tradeoff de curto prazo entre inflação e
desemprego.
ADAM SMITH

Economista e filósofo escocês, nascido em 1723. Considerado o pai da


economia moderna é o principal representante do liberalismo econômico.
Autor das obras:
Teoria dos sentimentos morais (1759)
A riqueza das nações (1776)

A mão invisível do mercado

“as famílias e as empresas, ao interagirem nos mercados, agem como se


fossem guiadas por uma mão invisível que as leva a resultados de mercado
desejáveis”.
“Não é da benevolência do açougueiro, do cervejeiro e do padeiro que
esperamos o nosso jantar, mas da consideração que eles têm pelos próprios
interesses.”
Sistema Econômico

Forma política, social e econômica de organização de uma sociedade. É um


particular sistema de organização da produção, distribuição e consumo de
todos os bens e serviços que as pessoas utilizam, buscando uma melhoria
no padrão de vida e bem-estar.

Capitalismo - sistema econômico baseado na legitimidade dos bens


privados e na irrestrita liberdade de comércio e indústria, com o principal
objetivo de adquirir lucro. As características centrais deste sistema incluem,
além da propriedade privada, a acumulação de capital, o trabalho
assalariado, a troca voluntária, um sistema de preços e mercados
competitivos.

Socialismo - sistema econômica que prega a doutrina da coletivização dos


meios de produção e de distribuição, mediante a supressão da propriedade
privada e das classes sociais.
Tipos de Sistemas Econômicos

MERCADO
CENTRALIZADOS
(DESCENTRALIZADO)

Propriedade pública Propriedade privada

Quem resolve os problemas econômicos?

Pelo ORGÃO CENTRAL Pelo MERCADO


Políticas Econômica

São conjuntos de medidas governamentais planejadas com o objetivo de


gerar estabilidade econômica, emprego, crescimento e desenvolvimento
econômico.

Tipos Políticas Econômica

 Política Monetária

 Política Fiscal

 Política Cambial

 Política de Renda
SELIC

São é a taxa básica de juros da economia. É o principal instrumento de


política monetária utilizado pelo Banco Central (BC) para controlar a inflação.
Ela influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos
empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
Inflação

Aumento generalizado dos preços, que implica na redução do poder de


compra da moeda.

 Inflação de demanda

 Inflação de custos

 Inflação inercial
Contabilidade:

Constituem um importante grupo de informações para avaliação financeira

Principais demonstrativos:

 Balanço Patrimonial (BP)

 Demonstração de Resultados do Exercício (DRE)

 Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC)


BP - Balanço Patrimonial

Apresenta uma descrição sintética da posição financeira da empresa em


uma certa data.

Iguala os ativos da empresa (o que ela possui) ao seu financiamento, o


qual pode ser feito com capital de terceiros (dívidas) ou capital próprio
(fornecido pelos proprietários).

Distinção importante deve ser feita entre ativos e passivos de curto e


longo prazo.
ATIVO PASSIVO = PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Disponibilidades Duplicatas descontadas C
Aplicações Financeiras Instituições financeiras I
R
Duplicatas a receber Fornecedores C
Estoques Salários e encargos sociais U
L
Outros valores a receber Impostos e taxas A
Despesas antecipadas Outros cíclicos N
T
Ativo Circulante (AC) Passivo Circulante (PC) E

Realizável a longo prazo (RLP) Exigível a Longo Prazo (ELP)


Partes relacionadas Financiamentos e debêntures N
Ã
Outros realizáveis a longo prazo Outros exigíveis a longo prazo O
Total RLP Total do ELP C
I
Ativo Permanente (AP) Patrimônio Líquido (PL) R
C
Investimentos Capital Social Integralizado U
Imobilizado Reservas L
A
Intangível Lucros ou prejuízos acumulados. N
Diferido Total do Patrimônio Líquido T
E
Total Ativo Permanente (AP)
TOTAL DO ATIVO TOTAL DO PASSIVO
DRE - Demonstração Resultado do Exercício

Fornece uma síntese financeira dos resultados operacionais da empresa


durante certo período.

São mais comuns aquelas que cobrem o período de uma ano, com
encerramento em uma data especificada, geralmente 31/12.

A demonstração começa com o faturamento, do qual se subtrai o custo


dos produtos vendidos que resulta no lucro bruto.
DFC - Demonstração de Fluxo de Caixa

Relatório que busca a origem de todos os recursos obtidos pela empresa


e como eles foram aplicados. Ou seja, ele demonstra todas as entradas e
saídas do caixa da empresa.

Elaborado pelo método indireto.

Demonstrativo de Fluxo de Caixa deve ser estruturado tendo como base três
atividades principais:

Atividades operacionais

Atividades de investimento

Atividades de financiamento
As atividades do administrador financeiro são pautas em três questões:

Quais investimentos de longo prazo devem ser feitos pela


empresa?

Como devem ser levantados os recursos para financiar os


investimentos exigidos?

Quais investimento de curto prazo a empresa deve fazer e como


devem ser financiados?
FINANÇAS É UM PROCESSO DECISÓRIO

Para existir finanças são necessárias três condições:

I. Haver uma decisão a ser tomada;

II. Essa decisão envolver dinheiro

III. Haver o objetivo de criação de riqueza.

A obrigação do administrador financeiro é maximizar o retorno do capital


investido dos acionistas, criando valor para empresa.
Finanças é a arte da ciência de administrar recursos (conhecidos como
ativos e passivos)

Abrange: instituições financeira, governos, mercado financeiros,


corporações/empresas e os indivíduos

Vem do francês medieval finance (término de uma dívida, quitação)

A análise financeira auxilia na avaliação da empresa.


Receita, Custos e Despesas Fluxo de caixa
Passado Futuro
Regime de Competência Medida financeira
Medida Contábil

Um “lucro” adequado é aquele que garante uma recompensa aos


acionistas pelos riscos assumidos e, além disso, permite o
crescimento da empresa
Matemática Financeira
Relação de juros e tempo.

Uma unidade monetária recebida no futuro não tem o mesmo valor que
uma unidade monetária disponível hoje.

A afirmação acima, provém da ideia de investimento, pois um real


investido hoje gera em prazo x, um valor superior que o mesmo real
empregado no mesmo investimento amanhã.
Uma taxa de juros, ou taxa de crescimento do capital, é a taxa de
lucratividade recebida num investimento. De uma forma geral, é
apresentada em bases anuais, podendo também ser utilizada em bases
semestrais, trimestrais, mensais ou diárias, e representa o percentual de
ganho realizado na aplicação do capital em algum empreendimento.

Podemos definir o juro como o preço pago pela utilização temporária do


capital alheio, ou seja, é o aluguel pago pela obtenção de um dinheiro
emprestado ou, mais amplamente, é o retorno obtido pelo investimento
produtivo do capital.
Genericamente, todas as formas de remuneração do capital, sejam elas
lucros, dividendos ou quaisquer outras, podem ser consideradas como
um juro.
Os juros são formados através do processo denominado regime de
capitalização, que pode ocorrer de modo simples ou composto.

JUROS SIMPLES

No regime de capitalização a juros simples, somente o capital inicial,


também chamado de PRINCIPAL (P), rende juros.

𝐽 = Juros do Período
𝑃 = Principal
𝑛 = Quantidade de períodos
𝑖 = Taxa de juros
Podemos calcular o montante obtido ao final do período, através da soma
do PRINCIPAL ao JUROS calculado.

𝑀 = Montante
𝑃 = Principal
𝐽 = Juros

Logo:

𝑀 = Montante
𝑃 = Principal
𝑛 = Quantidade de períodos
𝑖 = Taxa de juros
Exemplo 1: Um capital de R$ 20.000,00 foi aplicado por 5 meses, a juros
simples. Calcule o valor a ser resgatado no final deste período à taxa de
2% a.m.

𝑀= ?
𝑃 = 20.00,00
𝑛 =5
𝑖 = 2% = 0,02
Exemplo 2: Um capital de R$ 10.000,00 foi aplicado por 2 meses, a juros
simples. Calcule o valor a ser resgatado no final deste período à taxa de
5% a.m.

𝑀= ?
𝑃 = 10.00,00
𝑛 =2
𝑖 = 5% = 0,05
JUROS COMPOSTOS

No regime de capitalização a juros compostos, os juros formados a cada


período são incorporados ao capital inicial, passando também a produzir
juros.

𝐽 = Juros do Período
𝑃 = Principal
𝑛 = Quantidade de períodos
𝑖 = Taxa de juros
Exemplo 3: Um capital de R$ 10.000,00 foi aplicado por 2 meses, a juros
compostos. Calcule o valor de juros gerados ao final deste período à taxa
de 5% a.m.

𝑀= ?
𝑃 = 10.00,00
𝑛 =2
𝑖 = 5% = 0,05
Exemplo 4: Um capital de R$ 20.000,00 foi aplicado por 5 meses, a juros
compostos. Calcule o valor a ser resgatado no final deste período à taxa
de 2% a.m.

𝑀= ?
𝑃 = 20.00,00
𝑛 =5
𝑖 = 2% = 0,02
Taxa de Juros Nominal: É a taxa que não é utilizada para cálculo dos
juros, é o que chamamos de “taxa falsa”.

Taxa de Juros Proporcional: É a taxa que obtemos a partir de uma taxa


de forma proporcional, multiplicando ou dividindo.

Exemplo: Qual a taxa de juros mensal proporcional a taxa de 12% aa.

Taxa Nominal = 12% aa


%
Taxa Proporcional = = 1% 𝑎𝑚

Qual a taxa de juros anual proporcional a taxa de 2% am.

Taxa Nominal = 2% am
Taxa Proporcional = 2% 𝑥 12 = 24% 𝑎𝑎
Taxa de Juros Efetiva: É aquela taxa que de fato pagamos ou
recebemos em uma determinada operação.

Exemplo: Qual a taxa de juros efetiva em uma aplicação de R$ 1.000,00


a taxa nominal de 12% aa.
Taxa Nominal = 12% aa
Capital = R$ 1.000,00
%
Taxa Proporcional = = 1% 𝑎𝑚

𝑀 = 𝐶(1 + 𝑖) 𝐽 = 1.126,82 – 1.000,00 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = x 100


𝑀 = 1000 (1 + 0,01) 𝐽 = 126,82
,
𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = x 100
𝑀 = 1000 (1,01)
𝑀 = 1000 (1,01) 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑒𝑓𝑒𝑡𝑖𝑣𝑎 = 12,68% 𝑎𝑎
𝑀 = 1000 x 1,12682
𝑀 = 1.126,82
Taxa de Juros Equivalente: Dizemos que uma taxa é equivalente
quando elas produzem o mesmo juros dado o mesmo tempo e o mesmo
capital.

Exemplo: Utilizando o exemplo passado temos que 1% am é equivalente


a 12,68% aa, pois produzem o mesmo juros (R$ 126,82) no período de
12 meses.

Taxa de Inflação: É a taxa de desvalorização do dinheiro, é a perda do


poder de compra.
Taxa de Juros Real: É aquela taxa que levamos em consideração a taxa
de inflação.

x 100

Exemplo: Um investimento rendeu 68% em um mês no qual a inflação foi


de 40%. Qual a taxa real.

,
𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 = − 1 x 100 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 = − 1 x 100
çã ,

,
𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 = − 1 x 100 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 1,20 − 1 x 100
,

,
𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 = − 1 x 100 𝑡𝑎𝑥𝑎 𝑟𝑒𝑎𝑙 = 20% 𝑎𝑚
,

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