Você está na página 1de 3

Logística e cadeia de suprimentos

Atividade 7

Com uma economia fechada e em um cenário inflacionário e de baixa


competitividade, as empresas negligenciaram o processo logístico por muito tempo,
gerando uma defasagem de, no mínimo, 10 anos em relação às melhores práticas
internacionais. Como resultado desse retrocesso na busca por excelência operacional e
competitividade, era necessário revisar o modelo de operações e a própria mentalidade
logística, o que é uma tarefa muito mais difícil e de longo prazo. Isto porque a maioria
das grandes empresas experimentou um crescimento pouco ou nada estruturado com
respeito à visão integrada da logística.

Desse ponto, o mundo empresarial passa a demandar estudos e sistemas mais robustos
para definições de estratégias de distribuição, políticas de estoque, modais de transporte,
localização e capacidade de instalações. Tudo aquilo que pode, de alguma forma,
traduzir-se em vantagem competitiva.

As Redes logísticas são os estudos de localização, que dependendo da


abordagem utilizada, podem trazer, além, da definição dos locais onde as instalações
estarão situadas, uma série de contribuições para a definição de produtos, estratégias de
produção e distribuição, políticas de atendimento a clientes e campanhas de marketing.
Estudos dessa natureza, dada sua abrangência, podem apontar os limites da estrutura
física, ou seja, o quê, de fato, pode ser considerado possível;

As empresas que realizam um estudo deste tipo antes de entrar em uma


operação, podem, desde o início, conciliar totalmente estrutura física, políticas adotadas,
parceiros estabelecidos e contratações com base nos resultados dele, especificamente na
solução de menor custo. Isto é, essas empresas já podem tomar todas as decisões
compatíveis entre si. Como tendência inicial houve a busca da maior confiabilidade
possível dos resultados, de assegurar que estão sendo consideradas todas as variáveis
que possam de alguma forma influenciar na decisão. Essa tendência leva à análise uma
complexidade, e muitas vezes, impeditiva. Um fator que, nesses casos, torna-se
restritivo é a capacidade de processamento computacional.

Muitas vezes, o tempo de processamento pode tender ao infinito ou mesmo a


capacidade de processamento pode ser estourada. As decisões contidas num estudo de
localização de instalações são, de forma geral, de mais longo prazo e geralmente
envolvem investimentos em ativos ou contratações de terceiros ou de funcionários e têm
um impacto altamente significativo no desempenho global da empresa. Logo, essas
decisões precisam ser tomadas com base em análises robustas e devem estar alinhadas
com as diretrizes estratégicas da empresa. Isso mostra que não apenas os custos
envolvidos são possíveis de serem considerados e pode nos levar a uma contradição.

Não é aconselhável realizar o processo de modelagem de rede sem analisar


quantitativamente o problema. Porém, em um primeiro momento, a abordagem
qualitativa pode ser vantajosa. Em virtude da grande quantidade de informações e
incertezas associadas é necessário entender com profundidade o problema, o que tornará
possível a sua modelagem posterior.

São considerados três níveis de tomada de decisão, são eles:

− Nível estratégico: determinação do número, tamanho e localização de fábricas e


depósitos;

− Nível tático: definição da alocação dos clientes aos centros de distribuição e dos
centros de

distribuição às fábricas;

− Nível operacional: elaboração de planos de contingência, onde se pretende realocar de

forma ótima os clientes em caso, por exemplo, da parada de uma linha de produção em

uma fábrica.

O objetivo da cadeia responsiva é atender a demanda de forma rápida e por isso


acaba tendo margens mais altas de custo, em contraposição a cadeia eficiente deseja
suprir as demandas com menores custos maximizando o desempenho com custos
mínimos por produto. O modelo de fabricação da cadeia eficiente busca reduzir custos
pela alta utilização usando supermáquinas.

A cadeia responsiva tem um modelo de produção flexível. O transporte no


modelo eficiente busca meios mais baratos enquanto no modelo responsivo o foco é o
transporte mais rápido e logo, com preços mais elevados. Cada modelo atende a uma
necessidade de entrega de valor do produto, bem como a necessidade do cliente. São
exemplos de cadeia responsiva e eficiente:
Cadeia Responsiva = Celular (devido à alta obsolescência).
Cadeia Eficiente = Cerveja (pois o preço é determinante na escolha do produto,
consumidores não são muito fiéis às marcas).

Nível de serviço

é a análise da eficiência de um fornecedor da área logística. Através de indicadores de


desempenho, é possível definir parâmetros de avaliação, acompanhar os resultados e
identificar pontos de melhoria no serviço prestado. Ou seja, é a qualidade e o
desempenho que os fornecedores oferecem aos seus clientes, seguindo alguns
indicadores fundamentais dentro da logística. Um desses indicadores é remetido ao frete
e à entrega, fatores importantíssimos que agregam na satisfação do consumidor final.

Produto logístico

Considerando um produto ou um tipo de serviço, ele será composto de intangíveis como


conveniência, distinção e qualidade, e com atributos físicos, tais como peso, volume
e forma, os quais têm influência no custo logístico. Neste contexto, dependendo do
usuário do produto, o projeto do sistema logístico deveria refletir diferentes padrões de
uso sempre com foco em entregar os melhores elementos possíveis adequados ao
produto ou serviço oferecido, a fim de gerar maior satisfação possível ao cliente.

É o conjunto de características físicas e de mercado inerentes ao objeto de fluxo entre as


empresas que compõe a Cadeia de Suprimentos. O sentido atribuído ao Produto
Logístico é mais amplo que o percebido fisicamente no próprio produto em si, é tudo
aquilo que a empresa oferece ao cliente juntamente com o produto em si, incluindo
elementos intangíveis como conveniência, distinção e qualidade, além de prazos e
condições de entrega. Características de mercado estão relacionadas ao preço, a senso
de urgência, ao nível de serviço exigido e a satisfação de quem o compra.

Segundo BALLOU (2006), o produto logístico pode é classificado em produto de


consumo, quando destinado ao cliente final, ou produto industrial, quando destinado as
indústrias que o usará na produção de outro produto. Os produtos de consumo são
divididos em três grupos: produtos de conveniência, produtos de comparação e produtos
de especialidade. Cada categoria desta classificação do produto logístico impõe
condições na elaboração da estratégia logística.

Você também pode gostar