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MINICURSO 01
TEATRO MUDO: UMA ANÁLISE DA ADAPTAÇÃO DA OBRA TEATRAL O
REMORSO VIVO (1867) ÀS TELAS CINEMATOGRÁFICAS DA PRIMEIRA
DÉCADA DE 1900
Resumo: Este minicurso tem por objetivo discutir os usos dos sons no cinema silencioso
produzido e exibido no Brasil nas primeiras décadas do século XX, a partir de um estudo
de caso: a adaptação cinematográfica de O Remorso Vivo (Furtado Coelho, Joaquim
Serra, 1867). Descrita, em sua edição impressa, como um “drama fantástico de grande
espetáculo, em 1 prólogo, 4 atos e 6 quadros”, a obra apropria-se com excelência das
convenções do melodrama, tornando-se um sucesso de público ao longo de décadas,
até migrar dos palcos às telas, em versão enxuta que abre mão da verborragia em prol
da mímica e da música. Filmada pela Photo-Cinematographia Brasileira em 1909, é
exibida no Rio de Janeiro com acompanhamento musical de Arthur Napoleão, autor da
música original da peça. Recuperaremos a fortuna crítica da peça e do filme, buscando
explicitar as continuidades existentes entre o teatro e o cinema dito silencioso. Este
minicurso inclina-se aos estudos interartes, propondo-se a estabelecer uma interface
entre a historiografia do teatro, do cinema e da música. Para tanto, analisará o texto
original da peça em diálogo com a fortuna crítica referente às suas encenações teatrais
e, enfim, às suas exibições cinematográficas. Serão igualmente lidos e analisados trechos
da peça e da crítica teatral e cinematográfica então publicadas em jornal. Além disso,
ponderaremos sobre a apropriação da música no cinema silencioso dos anos de 1900-
1910, através da análise de suas partituras que sobreviveram ao tempo, a contrapelo
dos estudos sobre os usos da música no cinema.
MINICURSO 02
LITERATURA E SUBDESENVOLVIMENTO: GRANDE SERTÃO:
VEREDAS E QUARUP
MINICURSO 03
POEMAS DE LITERATURAS HISPÂNICAS EM TRADUÇÃO: A MEDIAÇÃO DO
TRADUTOR EM CONTRAPONTO AO USO DE RECURSOS DIGITAIS DE
TRADUÇÃO AUTOMÁTICA
Resumo: Este minicurso tem como finalidade refletir a respeito da mediação humana
do tradutor especializado na realização dos processos tradutórios da Tradução Literária,
diante dos resultados obtidos em recursos específicos de Tradução Automática
(aplicativos, softwares, sites disponíveis na Web, etc). Para tanto, propomos a análise
da tradução de alguns poemas de Literaturas Hispânicas, realizada por meio de recursos
digitais de Tradução Automática (Google Tradutor e Linguee, disponíveis na Web de
forma gratuita) e por tradutores especializados em Tradução Literária (neste caso, as
ministrantes deste minicurso). Salienta-se que a tradução de textos literários é um
grande desafio para os recursos digitais de Tradução Automática, principalmente no que
tange a questão estilística, de figuras de linguagem, de ironia, para além de aspectos
meramente gramaticais. Logo, é possível refletir sobre o papel de mediação linguística,
cultural e contextual que somente o profissional da área consegue realizar,
contextualizando e adequando aspectos para além da mera transcrição literal
idiomática. A partir de uma análise contrastiva, organizada por quadros comparativos
que fomentam a visualização dos textos traduzidos, podemos analisar as limitações
tanto do tradutor humano quanto do tradutor automático utilizado. Parte-se de textos
literários em espanhol como língua- fonte (LP) traduzidos para o português como língua-
chegada (LC). Tal procedimento tem como base os Estudos da Tradução, norteados por
discussões teóricas propostas como Valentín García Yebra – que entende a tradução
como processo e como resultado e, também, por Tânia Franco Carvalhal e o caráter
interdisciplinar da atividade tradutória no viés proveniente da Literatura Comparada.
MINICURSO 04
MARXISMO: FERRAMENTAS PARA UMA CRÍTICA LITERÁRIA
Resumo: O presente minicurso tem como objetivo geral apresentar um panorama sobre
o pensamento marxista em suas relações com a crítica literária, sobretudo, brasileira.
Assim, especificamente, buscaremos apresentar alguns dos principais textos de Karl
Marx tais como Liberdade de imprensa (1842), Manuscritos econômicos filosóficos
(1844), Ideologia Alemã (1846) e O Capital (1867), nos quais encontram-se categorias
como estrutura/superestrutura, ideologia, alienação, reificação, fetichismo da
mercadoria e acumulação primitiva. Além disso, refletiremos sobre os desdobramentos
da teoria marxista ao longo do século XX (Marxismo humanista, Marxismo estruturalista,
Feminismo Marxista e Teoria Decolonial), considerando as contribuições dessas
abordagens para o campo da crítica literária. Sendo, as principais ideias: análise da
relação ideológica forma/conteúdo; análise do(a) escritor(a) como produtor(a);
reconfiguração da categoria de trabalhador(a) e das relações de trabalho;
reconfiguração do conceito de modernidade a partir do pensamento latino-americano.
Buscaremos nesse trajeto, por fim, identificar manifestações e ausências da teoria
marxista dentro da crítica literária no contexto brasileiro.
MINICURSO 05
ANÁLISE DO DISCURSO DIGITAL: ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE
HASHTAG E ARQUIVO
Deborah Pereira
Universidade Estadual de Campinas (IEL/UNICAMP)
Resumo: Este minicurso propõe refletir sobre o digital a partir da perspectiva teórica-
metodológica da Análise de Discurso Materialista. Assim, a ideia é, em um primeiro
momento do curso, tecer algumas pinceladas sobre Análise de Discurso Digital com base
nos estudos de Dias (2016) e de algumas noções básicas para a Análise de Discurso,
como a de Sujeito, Memória e Texto. Já na segunda parte, a discussão versará, de modo
mais específico, sobre o funcionamento das hashtags: tentaremos compreendê-las
enquanto arquivo (Pêcheux, 1988) e, a partir disso, pensaremos nas características
específicas que este arquivo possui e nos efeitos de sentido produzidos por ele. Além
dos pressupostos teóricos de Pêcheux e Dias, as reflexões de Robin (2016) – sobretudo
no que concerne ao fetichismo do arquivo - e de Bachelard (2001) - acerca do ar e do
movimento - farão parte da composição deste minicurso para nos ajudar a pensar,
juntos, sobre o funcionamento do digital - tão presente e, ao mesmo tempo, tão
nebuloso em seus modos de significar.
MINICURSO 06
PERSPECTIVAS PEDAGÓGICAS DA FORMAÇÃO DO PROFESSOR-
PESQUISADOR E DA PRÁTICA DAS METODOLOGIAS ATIVAS
MINICURSO 07
O TRABALHO PEDAGÓGICO COM CHARGES NOS ANOS INICIAIS DO
ENSINO FUNDAMENTAL: POSSIBILIDADES
MINICURSO 08
ASCENSÃO E QUEDA DE UMA IDEIA ILUMINISTA, OU DA ENCICLOPÉDIA
AOS COMPÊNDIOS DA ESTUPIDEZ
MINICURSO 09
INTRODUÇÃO À CRÍTICA PÓS-COLONIAL
Resumo: Este minicurso tem como objetivo abordar questões em torno do conceito de
cânone e suas implicações na constituição da tradição através da perspectiva da crítica
pós-colonial. Para tanto, selecionamos quatro teóricos-críticos com o objetivo de
apresentara os participantes diferentes posicionamentos do pós-colonialismo: Silviano
Santiago, em Uma literatura nos trópicos (1978), Edward Said, em Humanismo e crítica
democrática (2003), Walter Mignolo, em Historias locais, projetos globais (2003), e,
ainda, Aníbal Quijano, em Colonialidad del poder, eurocentrismo y América Latina
(2014). Tendo em vista a forte influência da French Theory e o papel que este
movimento teórico cumpriu no descentramento da ideia de nação, cânone e tradição,
este minicurso tem a hipótese de que relacionar estes quatro teóricos de diferentes
localidades – Brasil, Palestina, Argentina e Peru – permite problematizar: 1) a perene
contradição entre local e universal; 2) a problemática em torno da hegemonização do
cânone e, consequentemente, da nação; 3) as reflexões de dicotomias finesseculares no
contexto latino-americano que extrapolaram a ficção e que, como consequência,
acabaram circunscrevendo a crítica e a teoria para delimitar ideias de civilização e
barbárie; 4) a língua como um elemento central na formação discursiva da nacionalidade
e, ainda, enquanto um aparato político-linguístico-discursivo para a formulação da ideia
do que é conhecimento e do que é apenas espelhamento do primeiro por vias de
eventuais filiações e traduções; e, finalmente, 5) os limites de certas decisões
epistemológicas para o diálogo de perspectivas teórico-críticas que respondam
à(s)realidade(s) dos investigadores envolvidos e dos textos estudados.
MINICURSO 10
A MULHER NA PUBLICIDADE CONTEMPORÂNEA: EFEITOS SOBRE
LIBERDADE, SUCESSO E EMPODERAMENTO FEMININO
MINICURSO 11
CURRÍCULO LATTES: CONTEXTUALIZAÇÃO E PREENCHIMENTO
Fernanda Christmann
Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)
MINICURSO 12
BATO FORTE NO PEITO! PROFESSORES E PESQUISAS EM SALA DE AULA
MINICURSO 13
É PARA RIR OU PARA CHORAR? DESAFIOS SOCIAIS, ARTES CÊNICAS,
HUMOR E MULTIMODALIDADE
MINICURSO 14
LITERATURA E FASCISMO
Paulo Abe
Universidade de São Paulo (USP)
MINICURSO 15
OFICINA DE HAICAI: TEXTOS E CONTEXTOS
Resumo: O haicai (do japonês haikai, composto de hai = brincadeira e kai = harmonia)
constitui uma forma poética marcada pela concisão. Tradicionalmente, é formado por
dezessete sílabas poéticas, divididas em três versos, sendo o primeiro e o terceiro
redondilhas menores, e o segundo, uma redondilha maior. São temas dos haicais as
estações do ano, a natureza e as sensações imediatas suscitadas pelo contato com ela.
No Brasil, o haicai foi trazido pelos imigrantes japoneses em 1908, mas somente a partir
do Modernismo começou a ser mais difundido. Desde então, sofreu adaptações tanto
em relação à temática - mais variada - quanto à forma: três versos livres. São nomes
relevantes do haicai nacional: Guilherme de Almeida, Pedro Xisto, Millôr Fernandes,
Paulo Leminski e Alice Ruiz S. A partir disso, esta oficina de haicai propõe que os
participantes conheçam essa forma poética por meio da leitura de alguns exemplos dos
autores supracitados, produzam alguns haicais, mediante exercícios de escrita criativa,
e conheçam duas propostas didáticas já executadas: o varal de haicais, realizado em
uma feira literária de forma presencial, e a chuva de haicais, feita com alunos do ensino
fundamental durante o ensino híbrido (presencial e remoto). Objetiva-se, assim,
apresentar uma forma de poesia marcada pela simplicidade, para que todos consigam
“obter, em comprimidos, minutos de poesia”, como afirmou Paulo Prado sobre a arte
do haicai.
MINICURSO 16
PRÁTICAS EM MULTIMODALIDADE E MULTILETRAMENTOS PARA O
ENSINO DE LÍNGUAS
Resumo: Diante das novas formas de nos comunicarmos - seja por meio de textos orais,
escritos ou imagéticos - e dos avanços tecnológicos, tornou-se de suma importância
atentarmos para composições que acoplam diferentes modos semióticos na produção
de sentido. A escola, principal agência de letramentos, é lugar essencial parapromover
práticas letradas, sobretudo por meio do ensino e aprendizagem de línguas (ROJO, 2009,
2017; BAPTISTA, 2014). Nesse contexto, uma educação linguística (FERRAZ, 2018) que
vise a diversidade de práticas de linguagem tendo como base a variedade semiótica é
primordial para que os e as discentes possam agir criticamente e ativamente numa
sociedade globalizada e conectada digitalmente (COPE, KALANTZIS, 1996; LUKE, 2012).
Isso posto, a presente proposta de minicurso tem os seguintes objetivos: (i) compartilhar
os principais conceitos ligados às práticas de multiletramentos e a multimodalidade; (ii)
desenvolver, com os participantes, um modo de análise de textos multimodais; (iii)
discutir como se desenvolver atividades multiletradas no ensino de línguas para o ensino
básico com base nos conhecimentos dos objetivos anteriores. O público-alvo pretendido
para este minicurso são professores e professoras de línguas e discentes de graduação
e pós-graduação das áreas de Letras, Linguística, Linguística Aplicada e Educação.
MINICURSO 17
PERSONAGENS NEGROS NA LITERATURA INFANTIL
MINICURSO 18
INTRODUÇÃO AOS ESTUDOS SOBRE LINGUAGEM E TEORIA DA MENTE
MINICURSO 19
DISCURSO E CIDADE
Mirielly Ferraça
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE/Cascavel)
Resumo: A proposta deste minicurso é discutir sobre as relações entre língua, história,
memória e espaço urbano. A partir da Análise de Discurso materialista, compreende-se
a cidade pela via do discurso, ou seja, a posição adotada é a de que o espaço não é um
cenário à parte da produção de sentidos, mas parte constitutiva. Assim, interroga-se
como os sentidos se espacializam na cidade e como o espaço urbano significa e é
significado para e por sujeitos. O objetivo é oferecer um percurso de análise a partir de
diferentes materialidades que permitam pensar o modo como memória e concreto,
construções, revitalizações e demolições vão produzindo sentidos no cotidiano das
cidades. Ainda, pretende-se pensar sobre os percursos narrativos que se inscrevem e se
manifestam no tecido citadino, histórias muitas vezes escritas às margens e que se
entrelaçam com obras ficcionais. Interessa discutir o modo como o corpo do sujeito vai
sendo significado no/pelo corpo urbano. Para o minicurso, nos pautaremos,
principalmente, em autores e autoras que desenvolvem reflexões sobre discurso, cidade
e memória: Pêcheux (2008, 2014, 2015), Orlandi (1999, 2001, 2003, 2004), Lagazzi e
Brito (2001), Lagazzi (2014), Fedatto (2009, 2011), Robin (2016), Pesavento (1992, 1994,
2002), Corboz (2004) e Berestein Jacques (2012).
MINICURSO 20
PRECISO SUBMETER MEU MANUSCRITO PARA UMA REVISTA CIENTÍFICA:
E AGORA, JOSÉ?