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Direito Processual Penal

Revisão do tópico “Disposições Constitucionais Relevantes” e resolução de 10 questões.

1. Direitos Constitucionais do Preso


Admissibilidade da Prisão
- Flagrante delito (sem necessidade de ordem judicial) (art. 5º, LXI);
- Por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de
transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei (art. 5º, LXI).

STF (Súmula Vinculante 11): Uso de algemas somente se justifica em situações excepcionais, para
impedir a fuga ou conter a reação indevida do preso, garantindo sua própria segurança, assim
como a dos policiais e a de terceiros. Ainda assim, a adoção da medida deve ser justificada por
escrito, sob pena de responsabilização do agente que a executou.

Depois de efetuada a prisão


- Comunicação da prisão e do local em que se encontra o preso IMEDIATAMENTE ao juiz
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada (art. 5º, LXII);
- Informação ao preso sobre seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe
assegurada a assistência da família e de advogado (art. 5º, LXIII);
- Identificação dos responsáveis pela prisão e/ou interrogatório policial (art. 5º, LXIV);
- Relaxamento da prisão que seja ilegal (art. 5º, LXV);
- Direito de ser colocado em liberdade, se estiverem presentes os requisitos para concessão da
liberdade provisória.

Para evitar a prisão


- Liberdade provisória (quando presentes os requisitos) (art. 5o, LXVI);
- Habeas corpus, no caso de ilegalidade ou abuso de poder (art. 5o, LXVIII).

2. Tribunal do Júri
Art. 5º XXXVIII – é reconhecida a instituição do júri, com a organização que lhe der a lei,
assegurados:
a) a plenitude de defesa;
b) o sigilo das votações;
c) a soberania dos veredictos;
d) a competência para o julgamento dos crimes dolosos à vida.

A competência do Tribunal do Júri abarca os crimes dolosos contra a vida bem como os crimes
que forem a ele conexos.
Dois crimes muito comuns não são considerados crimes dolosos contra a vida:
- Latrocínio (roubo com resultado morte): trata-se de crime patrimonial;
- Lesão corporal com resultado morte: a morte decorre de culpa, portanto não se trata de crime
doloso contra a vida.

3. Menoridade Penal
Art. 228. São penalmente inimputáveis os menores de dezoito anos, sujeitos às normas da
legislação especial.
Isso quer dizer que eles, os menores de 18 anos, não respondem penalmente, estando sujeitos às
normas do ESTATUTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE (ECA).

4. Disposições Referentes à Execução Penal


Art. 5º XLVIII – a pena será cumprida em estabelecimentos distintos, de acordo com a natureza
do delito, a idade e o sexo do apenado;
XLIX – é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;

L – às presidiárias serão asseguradas condições para que possam permanecer com seus filhos
durante o período de amamentação;

5. Outras Disposições Constitucionais Referentes ao Processo Penal


- Interceptação Telefônica (art. 5º, XII) – atualmente está regulamentada pela Lei 9.296/96.
Constitucionalmente só se admite para instrução processual penal ou investigação criminal,
sempre por ordem JUDICIAL (chamada "cláusula de RESERVA DE JURISDIÇÃO”);
- Provas Ilícitas (art. 5º, LVI) – tais provas são vedadas no processo penal, estando regulamentadas
no CPP (art. 157), que veda, inclusive as provas que sejam derivadas das ilícitas. A doutrina,
contudo, vem admitindo a utilização destas provas quando for a ÚNICA maneira de provar a
incoerência do acusado;
- Vedação à Identificação Criminal (art. 5º, LVIII);
- Ação Privada Subsidiária da Pública (art. 5º, LIX);
- Indenização ao Condenado por Erro e ao que Cumprir Pena Além do Prazo (art. 5º, LXXV) – o
preso provisório não tem direito à indenização caso, posteriormente, seja considerado inocente.

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