O documento discute como a medicina e a tecnologia estão transformando radicalmente o corpo humano, tornando-o um "acessório" desconectado da identidade pessoal. Artistas pós-modernos querem submeter o corpo à vontade total de domínio e tratá-lo como peças destacáveis e hibridizáveis à máquina. A obra de arte de Orlan expõe fluidos corporais íntimos e usa o corpo como material para profanação.
O documento discute como a medicina e a tecnologia estão transformando radicalmente o corpo humano, tornando-o um "acessório" desconectado da identidade pessoal. Artistas pós-modernos querem submeter o corpo à vontade total de domínio e tratá-lo como peças destacáveis e hibridizáveis à máquina. A obra de arte de Orlan expõe fluidos corporais íntimos e usa o corpo como material para profanação.
O documento discute como a medicina e a tecnologia estão transformando radicalmente o corpo humano, tornando-o um "acessório" desconectado da identidade pessoal. Artistas pós-modernos querem submeter o corpo à vontade total de domínio e tratá-lo como peças destacáveis e hibridizáveis à máquina. A obra de arte de Orlan expõe fluidos corporais íntimos e usa o corpo como material para profanação.
“ As extrações e os transplantes de órgãos, as mudanças hormonais e cirúrgicas de sexo,
as manipulações genéticas, o morphing, a informática, etc. modificam radicalmente os desafios e o contexto da body art. Se o corpo dos anos 60 encarnava a verdade do sujeito, seu ser no mundo, hoje ele não passa de um artifício submetido ao design permanente da medicina ou da informática. Tornou-se autônomo com relação ao sujeito, ciborguizado, etc. Em outros tempos suporte da identidade pessoal, seu status hoje é muitas vezes o de um acessório. Diferentemente da primeira fase da body art, na época da Internet e das viagens espaciais, os artistas pós-modernos ou pós-humanos consideram insuportável possuir o mesmo corpo que o homen da idade da pedra. Pretendem alçar o corpo à altura da tecnologia de ponta e submetê-lo a uma vontade de domínio integral, percebendo-o como uma série de peças destacáveis e hibridáveis à máquina. O corpo é o centro do trabalho de Orlan há muito tempo. Num primeiro tempo, ela expõe seus humores orgânicos e usa o obsceno.Transforma o lençol dado por sua mãe para o enxoval de casamento em cama de seus muitos amores que o maculam, nele imprimindo os vestígios do desejo; ela os compila com marcadores, lápis, bordados etc. Em seguida expõe esse recalcado do corpo erigindo a intimidade em local de publicidade. As manchas de esperma de seus amantes, às vezes misturadas com o sangue de sua menstruação, formam a trama da obra. O corpo é material; se é templo , é apenas para profanação. (… )