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A HIGIENIZAÇÃO DAS

INSTALAÇÕES DOS
CENTROS DE SAÚDE NO
CONTEXTO DA PREVENÇÃO
E CONTROLO DA INFECÇÃO

NORMA N.º 1 - 2009


NORMA N.º 1 - 2009
FICHA TÉCNICA:

Carmo Baltar Erica Campos

Mário Pereira
Sandra Moreira
Joana Furtado

Fátima Cimadeira

Profissionais das CCI dos Centros de Saúde

NORMA N.º 1 - 2009


OBJECTIVO GERAL

Definir um conjunto de especificações técnicas, a


respeitar pelos serviços de limpeza, relacionadas
com:

Procedimentos

Materiais

Equipamentos

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OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

Promover uma boa higienização das instalações


de forma a prevenir e/ou reduzir as infecções
associadas aos cuidados de saúde

Definir procedimentos e métodos de limpeza e


desinfecção, de acordo com a natureza das
estruturas e o risco potencial de infecção

Facilitar a supervisão da higiene das instalações

NORMA N.º 1 - 2009


CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE ACORDO
COM O RISCO DE INFECÇÃO

Área Definição

São aquelas em que existe um maior risco de


transmissão de infecção, por serem locais onde se
realizam procedimentos de risco (eminentemente
GERAL invasivos) e onde se poderão encontrar utentes com o
seu sistema imunitário deprimido.

CRÍTICA Ex: Salas de tratamento e estomatologia

São aquelas em que a especificidade dos


procedimentos realizados tem um considerável risco
biológico, exigindo um plano de limpeza e de
ESPECÍFICA
desinfecção próprio.

Ex: Serviço de esterilização

(Continua)
NORMA N.º 1 - 2009
CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE ACORDO
COM O RISCO DE INFECÇÃO
(Continuação)

Área Definição
São todas aquelas que são utilizadas por utentes
e onde se realizam procedimentos de risco
reduzido, excluindo as que estão incorporadas
GERAL
nas áreas críticas.
SEMI-CRÍTICA
Ex: Aerossóis e injectáveis

São aquelas onde se armazena resíduos


ESPECÍFICA
hospitalares com risco biológico.

(Continua)

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CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DE ACORDO
COM O RISCO DE INFECÇÃO
(Continuação)

Área Definição

Correspondem àquelas onde não se realizam procedimentos


de risco.
NÃO-CRÍTICA

Ex: sala de reuniões e áreas administrativas

Fonte: Dos autores com base em Yamaushi, N. I.; Lacerda, R.A.; Gabrielloni M.C. in Fernandes A.T. (2000)

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LIMPEZA

Corrente

Conservação

Imediata

Global

NORMA N.º 1 - 2009


PRIORIDADE E FREQUÊNCIA MÍNIMA DE LIMPEZA

Prioridade Frequência mínima


Área de Limpeza Limpeza de Limpeza Limpeza
limpeza corrente conservação imediata global
G
E É efectuada É efectuada
É efectuada
R duas a três uma vez por
A É efectuada mensalmente.
vezes por dia. semana.
L sempre que
O plano de O plano de ocorram O plano de
E
S limpeza e limpeza e situações de limpeza e
CRÍTICA P Elevada desinfecção desinfecção de derrame ou desinfecção de
E de cada área cada área deve salpicos de cada área deve
C
deve referir a referir a sangue ou referir a
Í outra matéria
F frequência e frequência e frequência e
definir o definir o orgânica definir o
I
C momento de momento de momento de
A limpeza limpeza limpeza

NORMA N.º 1 - 2009


(Continua)
PRIORIDADE E FREQUÊNCIA MÍNIMA DE LIMPEZA
(Continuação)
Prioridade Frequência mínima
Área de Limpeza Limpeza de Limpeza
limpeza Limpeza global
corrente conservação imediata
G
E
É efectuada É efectuada de
É efectuada uma
R duas vezes dois em dois
A vez por semana.
L por dia É efectuada meses
E sempre que
SEMI- S
ocorram
P Média
CRÍTICA É efectuada após a remoção É efectuada de
E situações de
C
Í dos contentores/ sacos de derrame ou dois em dois
F resíduos hospitalares salpicos de meses
I
C sangue ou outra
A
matéria orgânica
É efectuada É efectuada de
NÃO- É efectuada uma
Baixa uma vez seis em seis
CRÍTICA vez por semana
por dia meses

Fonte: Adaptado de Yamaushi, N. I.; Lacerda, R.A.; Gabrielloni M.C. in Fernandes A.T. (2000), p. 1142

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DETERGENTES E DESINFECTANTES

Requisitos

Regras de Segurança

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TÉCNICAS DE LIMPEZA

Princípios gerais

Orientação da limpeza:

Horizontal

Vertical

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TÉCNICAS DE LIMPEZA

Limpeza de superfícies

Limpeza do pavimento

Pavimento Fase 1 - Enxaguar a esfregona no balde de água quente


2
com detergente (balde laranja-1);
Fase 2 – Espremer o excesso de água da esfregona (4);
Fase 3 - Lavar o pavimento(2);
Fase 4 - Enxaguar a esfregona no balde que contem só
4
água quente para remoção da sujidade (3).
3 1
Fase 5 – Espremer o excesso de água da esfregona (4);
De seguida inicia-se novamente a Fase 1.

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TÉCNICAS DE LIMPEZA

Área Periodicidade mínima da limpeza do pavimento

Lavagem diária com água quente e detergente pelo menos 2 a 3 vezes


Críticas por dia
Lavagem simples só com água quente pelo menos 1 vez por semana

Lavagem diária com água quente e detergente pelo menos 2 vezes por
Semi- dia
críticas Lavagem simples só com água quente pelo menos 1 vez por semana

Lavagem diária com água quente e detergente pelo menos 1 vez por
Não-críticas dia
Lavagem simples só com água quente pelo menos 1 vez por semana

Fonte: Adaptado de Yamaushi, N. I.; Lacerda, R.A.; Gabrielloni M.C. in Fernandes A.T. (2000), p. 1154

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TÉCNICAS DE LIMPEZA

Limpeza das instalações sanitárias


Equipamento Procedimento

A limpeza deve iniciar-se pela parte interna, com a utilização de um


Sanitas piaçaba e de seguida a parte externa com a utilização de um pano húmido
com água quente e detergente associado a desinfectante.

Manípulos/dispositivo de
Deve utilizar-se um pano húmido com água quente e detergente associado
descarga dos autoclismos
a desinfectante.
e manípulos das portas

A limpeza deve ser iniciada pela face externa (sem tocar no pavimento),
Lavatórios e chuveiros seguindo-se as torneiras, parte interna e por último deve ser dada especial
atenção aos ralos.

Recomenda-se a utilização de frascos e doseadores de uso único,


Frascos doseadores
devendo a sua substituição respeitar as recomendações do fabricante.
Fonte: Dos autores com base na publicação da Direcção-Geral da Saúde (2007) - Higienização do Ambiente nas Unidades de Saúde – Recomendações de Boa Prática

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DESINFECÇÃO: PROCEDIMENTO EM
SITUAÇÕES DE DERRAME

Salpicos ou derramamentos de fluídos orgânicos:

até 30 cc

superiores a 30 cc

presença de urina

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MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA

Esfregonas

Área
Cor da
Esfregona Crítica Semi-Crítica Não Crítica

Branca X

Amarela X

Verde/Azul X

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MATERIAIS E EQUIPAMENTOS DE LIMPEZA

Panos de Limpeza

Sala Gabinete Instalações


Cores Zona de Limpeza Tratamentos Médico Sanitárias

Armários, prateleiras, computador, X X


Verde candeeiro, secretária

Laranja Marquesa/catre X X

Carro de tratamentos/ bancada de X X


Branco trabalho ou outra superfície de
apoio similar
Janelas, paredes, tecto, superfícies X X X
Azul
vidradas, estores, pontos de luz
Vermelho Urinóis e sanitas X

Amarelo Lavatórios e duches X X X

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EQUIPAMENTO DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

EQUIPAMENTOS DE PROTECÇÃO INDIVIDUAL

Luvas de Avental
Calçado
Borracha ou Farda/Bata de Óculos Máscara
(próprio)
de “ménage” plástico

Limpeza X X X X

Desinfecção X X X X X X

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SUPERVISÃO DAS ACTIVIDADES DO SERVIÇO
DE LIMPEZA

1 elemento da CCI do Agrupamento de Centros de


Saúde

1 elemento da empresa contratualizada

Realizar mensalmente

Realizar anualmente avaliação pelo elemento da CCI

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OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES

A empresa de serviços de limpeza contratada deverá:

Apresentar ao Director Executivo, antes de iniciar a sua


actividade, documento que identifique criteriosamente as áreas
críticas, semi-críticas e não-críticas dos Centros de Saúde do
Agrupamento, de acordo com o respectivo Caderno de
Encargos, o qual deverá ser submetido à apreciação da
Comissão de Controlo de Infecção do ACES;

Fornecer os materiais, equipamentos e utensílios necessários;

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OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES

A empresa de serviços de limpeza contratada deverá:

Garantir a presença de recursos humanos, que assegurem a boa


execução da actividade dos serviços de limpeza;

Responsabilizar-se integralmente pelo cumprimento das


especificações técnicas apresentadas no Caderno de Encargos;

Formar os profissionais que irão prestar os serviços de limpeza;

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OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES

A empresa de serviços de limpeza contratada deverá:

Assegurar que os profissionais do serviço de limpeza executam a sua


actividade, devidamente fardados e com o equipamento de protecção
individual adequado;

Afixar nos diferentes serviços/áreas/zonas mapas de registo, que


comprovem a limpeza/desinfecção que foi realizada, incluindo a hora,
o nome e a assinatura do executor.

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OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADES

O Centro de Saúde obriga-se a:

Supervisionar os serviços de limpeza prestados;

Disponibilizar instalações sanitárias e vestiários adequados;

Disponibilizar local para a guarda de material e equipamento de


limpeza;

Realizar reuniões, entre a CCI do ACES e a empresa


contratada.

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A HIGIENIZAÇÃO DAS INSTALAÇÕES DOS CENTROS DE

SAÚDE NO CONTEXTO DA PREVENÇÃO E CONTROLO

DA INFECÇÃO CONTEMPLA ASPECTOS MAIS

ABRANGENTES E SIGNIFICATIVOS DO QUE A SIMPLES

LIMPEZA DOMÉSTICA, O QUE IMPLICA O

ENVOLVIMENTO DE TODOS OS PROFISSIONAIS.

ForAvQualSerLimp_2009.doc

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