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EXERCÍCIO FÍSICO COMO FERRAMENTA DE PREVENÇÃO E

RECUPERAÇÃO DO COVID-19
Ana Paula Monteiro De Oliveira1
Danielli Farias Lima2
Janaína Ferreira De Sá3
Eliane Cunha Gonçalves4

RESUMO
A pandemia do novo SARS-Cov-2, atingiu o mundo no final de 2019, trazendo
recordes de novos casos e óbitos, relacionados a doença. Com isso, as orientações
para manejo dos pacientes infectados e para prevenção de novos casos; foram
adotadas medidas para controle dos sintomas como: hábitos de higiene, isolamento
social, exercício físico, etc. O novo coronavírus, causa danos graves em nossos
sistemas, particularmente, aos pulmões, coração, cérebro, rins e sistema vascular. O
objetivo do estudo é investigar a atividade física como ferramenta de prevenção e
recuperação do COVID-19. O estudo é qualitativo e foram realizadas revisões
bibliográficas de artigos relacionados ao exercício físico como ferramenta de
prevenção e recuperação do covid-19 e com base nessas análises, pode-se constatar
que o exercício físico melhora o funcionamento dos vasos, o sistema imunológico, a
saúde física e mental, diminuindo a taxa de mortalidade e desenvolvimento de
problemas cardiovasculares. Com isso, o exercício físico, deve ser praticado de forma
regular, para que os benefícios sejam atingidos.
Palavras-chave: Covid-19; Exercício Físico; Prevenção.

ABSTRACT
The new SARS-Cov-2 pandemic hit the world at the end of 2019, bringing records of
new cases and deaths related to the disease. With that, guidelines for the management
of infected patients and for the prevention of new cases; measures were taken to
control symptoms such as: hygiene habits, social isolation, physical exercise, etc. The
new coronavirus causes severe damage to our systems, particularly the lungs, heart,
brain, kidneys and vascular system. The aim of the study is to investigate physical
activity as a prevention and recovery tool from COVID-19. The study is qualitative and
bibliographic reviews of articles related to physical exercise as a tool for the prevention
and recovery of covid-19 were carried out. Based on these analyses, it can be seen
that physical exercise improves the functioning of the vessels, the immune system, the
physical and mental health, decreasing the mortality rate and developing
cardiovascular problems. Thus, physical exercise must be practiced regularly so that
the benefits are achieved.

1
Graduanda no Curso de Bacharelado em Educação Física. 8º período. Faculdade Multivix/Vitória.
2
Graduanda no Curso de Bacharelado em Educação Física. 8º período. Faculdade Multivix/Vitória.
3
Graduanda no Curso de Bacharelado em Educação Física. 8º período. Faculdade Multivix/Vitória.
4
Orientadora. Docente do curso de Educação Física da Faculdade Multivix/Vitória.
Keywords: Covid-19; Physical exercise; Prevention.

1. INTRODUÇÃO

O coronavírus está em nossa população há muitos anos e o mesmo estava sendo


estudado em um laboratório na China, antes da pandemia acontecer no final de 2019.
A OMS (Organização Mundial da Saúde), declarou em março de 2020 o novo
coronavírus como uma pandemia mundial, fazendo com que muitos países
declarassem lockdown, a fim de que o vírus não se espalhasse tanto, porém, muitos
lugares não cumpriram o decreto. Desde então, a pandemia colocou em pauta a nossa
saúde, visto que a maior parte da população brasileira é considerada sedentária.

Diante deste cenário, “seguindo recomendações e experiências internacionais,


adotou-se o isolamento social como a principal medida de prevenção e controle da
doença” (SOUZA FILHO; TRITANY, 2020), comércio, praças e parques foram
fechados, eventos públicos foram cancelados, somente atividades consideradas
essenciais poderiam funcionar como mercados, farmácias, hospitais entre outros
(CAVALCANTE; MOREIRA, 2020).

O número de novos casos no início da pandemia havia crescido de forma repentina,


fazendo com que as pessoas procurassem diferentes formas de se prevenir ou de
meios para ajudar na recuperação após ter sido infectado, e uma dessas prevenções
foi cuidar da saúde com a prática da exercício físico, além também de promover o
bem-estar da saúde mental, visto que é benéfica também contra a depressão,
ansiedade e outros problemas psicológicos. Com isso, o profissional de educação
física foi e, tem sido cada vez mais procurado para a orientação e adaptação na prática
do exercício físico.

O exercício físico, tem o intuito de aumentar nosso sistema imunológico, dificultando


assim o contágio ou fazendo com que a resposta imunológica combata o vírus para
que o indivíduo não tenha uma evolução para o estágio mais grave da doença e/ou
até mesmo fatal.

Com isso, apesar do exercício físico ser considerado importante ferramenta para o
melhoramento e a conservação da saúde, aptidão física e funcionalidade humana, a
rotina da maioria da população mundial foi alterada devido as medidas contra a
propagação do vírus (RAIOL; SAMPAIO; FERNANDES, 2020).

O vírus foi, desde então um grande problema no sistema de saúde, principalmente


nos estados mais pobres e/ou com maior população, havendo assim um colapso no
sistema de saúde.

Mesmo havendo lockdown (fechamento dos comércios não considerados essenciais


e com potencial de transmissão do vírus) em muitos locais não caracterizados como
essenciais, assim que eram liberados teve um número significativo de pessoas
aglomerando e sem respeitar as ordens da OMS (Organização Mundial da Saúde),
com isso eram fechados novamente com o aumento de número de casos de infecção
e até mesmo os casos fatais.

Foram suspensas várias atividades físicas, recreativas e laborais, instruindo a


sociedade a não frequentar praias, parques e evitarem aglomerações.
Consequentemente, as atividades em academias e espações similares as práticas de
exercício físico foram encerradas por um período (RAIOL; SAMPAIO; FERNANDES,
2020).

As academias e centros de treinamentos não eram considerados essenciais, mesmo


com muitos profissionais da área da saúde recomendando a prática do exercício físico
como prevenção e recuperação da COVID-19, visto que a maioria das academias e
centros de treinamento eram considerados com grande potencial de transmissão pela
maioria ser local fechado, com ar condicionado e com aglomeração de pessoas.
Parques onde são praticados exercícios físicos, também foram fechados para evitar
concentração de pessoas no local pelo fechamento das academias.

Infelizmente muitas pessoas não respeitaram e ainda não respeitam o devido


distanciamento social, o uso de máscaras e a orientação higiênica.

A recomendação geral pelas autoridades Municipais, Estaduais e Nacionais


de Saúde, seguindo as orientações da Organização Mundial de Saúde
(OMS), até o momento, tem sido de lavar e higienizar as mãos, usar
desinfetantes (com álcool 70%), evitar ambientes e aglomerações públicas,
bem como o distanciamento social. Isso inclui toda a comunidade, entusiastas
e praticantes de atividade física e esporte. (Rev Bras Fisiol Exerc
2021;20(1):3-16, p.4).
É comprovado cientificamente que a prática do exercício físico diminui os sintomas
nos indivíduos que praticam de forma moderada, visto que o aumento da imunidade
é significativo, combatendo assim o vírus em nosso organismo.

Estudos demonstram que a prática de exercícios físicos diminui a incidência dos


sintomas do covid-19, visto que, as doenças que mais fazem as pessoas serem dentro
da escala do grupo de risco, são resultantes do sedentarismo.

A maioria dos malefícios do sedentarismo são conhecidos da população:


aumento de peso, doenças cardiovasculares como infarto e AVC, diabetes
tipo 2, apneia do sono… A “novidade” da pandemia é que essas
comorbidades podem catapultar um paciente acometido pela Covid-19 para
um estágio mais grave. Isso nos faz associar a falta de atividade física com
maiores complicações e pior prognóstico da infecção pelo novo corona vírus
(...). (REVISTA Veja Saúde, Tiago Fernandes, professor de educação física
da Socesp).

De acordo com o exposto o objetivo do presente estudo é investigar a atividade física


como ferramenta de prevenção e recuperação do COVID-19.

2. METODOLOGIA

Para a realização deste estudo, foi empregado o método de pesquisa qualitativo, no


qual foi analisado pesquisas e artigos. A abordagem qualitativa “preocupa-se em
analisar e interpretar aspectos mais profundos, descrevendo a complexidade do
comportamento humano”, de acordo com Lakatos e Marconi (2017).

Desta forma, baseado no conceito acima e estabelecendo a sua prática para a referida
pesquisa, busca-se com base em análise de artigos científicos feitos a partir de
estudos com pessoas que praticam atividade física antes e após a infecção do
coronavírus. A pesquisa foi realizada também com pessoas que não se infectaram
com o vírus, sendo praticantes de atividade física e que respeitam as normas da OMS
(Organização Mundial da Saúde).

A pesquisa ocorreu de forma bibliográfica, realizada através de artigos, teses e


documentos disponibilizados na SciELO, CAPES, e Google Acadêmico sobre o tema
para consulta, com finalidade de que seja possível responder ao questionamento
apresentado, o que será analisado através desses autores das áreas do
conhecimento, e também documental, visto que fora analisado dados estatísticos.
Quanto a coleta de dados fora demarcada o período de 2020 e 2021. Os dados foram
extraídos dos sites CFM e SciELO.

A partir da busca para atividade física e COVID 19, foi apresentado o resultado de
6.240 resultados, sendo desses 6.240 resultados, apenas 12 artigos foramrelevantes
para o estudo da pesquisa. Por isso, optou-se por analisar esses 12 artigos. Os
descritores utilizados na busca dos artigos na base de dados foram: exercício físico,
recuperação COVID-19, sequelas COVID-19 e prevenção do coronavírus.

3. MARCO TEÓRICO
3.1 COVID-19 E EXERCÍCIO FÍSICO

A doença coronavírus (SARS-CoV-2) denominada como Síndrome Respiratória


Aguda Grave, surgiu no final de 2019 e foi considerada como pandemia pela OMS
(Organização Mundial da Saúde) dia 11 de março de 2020, e é transmitida
principalmente por via respiratória.

Estudos demonstraram que a prática de exercício físico diminui os riscos de que após
contrair COVID 19, o quadro evolua para um estágio mais grave. O sedentarismo está
ligado diretamente às pessoas que são do grupo de risco, visto que está relacionado
à hipertensão, problemas respiratórios, histórico tabagismo e etc.

Cabe salientar um dado alarmante, o qual indica que 8 em cada 10 mortes


ocorrem em indivíduos que apresentam pelo menos uma comorbidade, em
particular aqueles com doença cardiovascular, hipertensão e diabetes, mas
também com uma série de outras condições subjacentes crônicas. (Rev Bras
Fisiol Exerc. 2021;20(1):3-16, p. 5).

Com o isolamento social e home-office, as pessoas ficaram mais sedentárias, o que


levou ao aumento de peso corporal e com ele, o surgimento de comorbidades ligadas
ao sistema cardiovascular, tais como, diabetes, intolerância à glicose, obesidade,
aumento da pressão arterial, aumentando assim a mortalidade cardiovascular, além
de transtornos psicossociais como ansiedade, depressão e crise de pânico.

Porém, os números se mostraram totalmente diferentes em pessoas que mantiveram


uma vida ativa fisicamente, diminuindo a taxa de mortalidade e do desenvolvimento
de problemas cardiovasculares principalmente, o que ajuda na prevenção e que
diminuiu os riscos de a doença evoluir para um estágio mais grave. Além disso, a
atividade física traz como benefício o aumento da imunidade e redução da inflamação
no nosso organismo, sendo um fator de grande importância.

Após atividade física de intensidade moderada, é detectado um aumento na


contagem de células neutrófilas e natural killer (NK) e elevação das
concentrações salivares de IgA. Desta forma, atividade física moderada
aumenta os hormônios do estresse reduzindo a inflamação excessiva e
levando ao aumento da imunidade contra infecções virais através da
alteração nas respostas das células Th1 / Th2. (2020, Carlos José Nogueira,
Antônio Carlos Leal Cortez, Silvânia Matheus de Oliveira Leal, Estélio
Henrique Martin Dantas, p.14).

Segundo Rodrigues, a hospitalização e apresentação de sintomas é 34,3% menor em


pacientes que são fisicamente ativos (Agência FAESP, Marcelo Rodrigues dos
Santos). Nosso corpo produz um hormônio chamado irisina que reduz a produção da
proteína responsável pelo transporte do vírus para dentro das células.

Os impactos são de médio e longo prazo sobre a saúde no enfrentamento à covid 19.
No início da pandemia, o Brasil estava com a taxa de letalidade de 5,2%, segundo os
dados da Universidade de Johns Hopkins atualizados em 09 de junho de 2020.

Segundo Freitas (2020, Rev Ed Física, p. 2) “A produção de substâncias anti-


inflamatórias decorrentes da prática de exercícios pode também estar associada a
melhor evolução dos quadros graves causados pelo coronavírus, uma vez que a
doença pode levar ao desenvolvimento de um processo inflamatório intenso”.

3.2 PREVENÇÃO DA COVID-19

O exercício físico, já vinha sendo recomendado há alguns anos como tratamento


coadjuvante a tratamentos para sintomas de depressão e ansiedade, assim como o
controle de doenças cardiovasculares, obesidade, hipertensão e problemas
respiratórios, para ter uma melhor qualidade de vida. Infelizmente a pandemia veio
para mostrar também o quanto nossa saúde física e mental está sedentária e em risco.

(...) a atividade física previne e trata, como coadjuvante, sintomas de


ansiedade e depressão (85). A saúde mental por sua vez, relaciona-se ao
estado do sistema imunológico (86–88). De acordo com a literatura, os
mecanismos psicológicos relacionados à prática de exercícios favorecem os
estados de humor, que podem ser decorrentes da distração e/ou do
auto eficácia (84,86) e, ainda, reduz a inflamação por meio de vários
processos fisiológicos diferentes (86) promovendo melhora da função
endotelial (89) e protegendo o sistema cardiocirculatório (90,91) bem como
melhora o funcionamento do cérebro e a cognição. (MARTINS e SOEIRO,
Rev Ed Física / J Phys Ed – Pandemia de CoViD-19 e aspectos relacionados
à prática de atividade física 169).

Com o isolamento social, a inatividade física teve um crescimento significativo,


levando ainda mais as pessoas ao sedentarismo, visto que academias e centros de
treinamento foram fechados por não serem considerados essenciais, mesmo com a
luta dos profissionais da área para que o mesmo fosse legitimado essencial. Médicos
e profissionais da área da saúde estão ao lado dos profissionais da educação física
para que a mesma fosse considerada essencial e, já em Julho de 2021, algumas leis
foram sancionadas e o exercício físico foi considerado essencial no Espírito Santo,
em outros estados a lei foi sancionada antes, visto que o Governo Federal havia
incluído em Maio de 2020 no diário oficial, a essencialidade do exercício físico. Além
das academias e centros de treinamento, parques também foram fechados afim de
evitarem a aglomeração de pessoas, visto que muitos não respeitavam o
distanciamento social e o uso adequado de máscaras, tendo também crescimento no
número de infectados e casos graves/fatais.

Felizmente a vacina contra o novo coronavírus existe, após milhares de testes, e hoje
28 de outubro de 2021 no Brasil, após quase dois anos dos primeiros casos, a
porcentagem de pessoas que receberam a primeira dose da vacina no Brasil é de
72,19% e a porcentagem de pessoas que receberam a segunda dose ou dose única
é de 53,12% segundo o site do G1, no mapa da vacinação contra a COVID 19 no
Brasil.

Especificamente no Brasil, segundo o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde,


até o dia 28 de outubro de 2021, foram confirmados 21.766.168 casos do novo
coronavírus. Desse total, 606.679 vieram à óbito e 20.965.296 se recuperaram da
doença no momento.

Oliveira Neto apresentaram uma proposta de prescrição de exercícios


durante a pandemia do COVID-19, integrando os aspectos fisiológicos e
psicobiológicos, considerando as barreiras enfrentadas pela população
diante do isolamento social em todo o mundo. Assim, recomendam um
modelo de prescrição que incentiva a realização de pelo menos 150 minutos
de exercícios aeróbicos com intensidade moderada complementados com
exercícios de força para os principais grupos musculares (Oliveira Neto L p.
20).
3.3 IMPORTANCIA DO EXERCÍCIO FÍSICO NO PROCESSO DA
DOENÇA COVID-19
Com a análise dos artigos, foi sugerido a prática regular de exercício físico sem
aglomerações, respeitando o distanciamento social e seguindo todas as normas da
OMS (Organização Mundial da Saúde), com a utilização de máscara e álcool em gel
70%. A frequência que foi recomendada é de 5 a 7 dias, sendo 2 a 3 dias por semana
de exercício de fortalecimento muscular, ambos com intensidade moderada, com a
intenção de maximizar e aumentar o sistema imunológico do indivíduo e diminuir a
inflamação, com a maior produção dos hormônios do estresse. Foi aconselhável
também levemente a prática de exercício físico para pessoas assintomáticas ou com
sintomas leves com precaução.

Houveram algumas recomendações sobre a prática de exercício físico após a infecção


do novo coronavírus, segundo Halabchi:

(...) se os sintomas da infecção do trato respiratório superior forem limitados


sobre o pescoço, incluindo tosse, espirros e dor de garganta, a pessoa é
solicitada a correr por 10 minutos. Se a condição geral e os sinais estiverem
deteriorados, deve ser proibida a realização de atividades físicas até a
recuperação total. Caso as condições não alterem após os 10 minutos de
corrida, a pessoa poderá retornar à atividade física de baixa a moderada
intensidade (abaixo de 80% do VO2 máx) (p.24)

Ainda não são comprovados os efeitos colaterais musculoesqueléticos nos indivíduos


após a contaminação pelo novo coronavírus, porém pode-se dizer que pacientes que
tiveram a necessidade de internação pela evolução de um quadro grave,
apresentaram atrofia e fraqueza muscular, precisando até mesmo de sessões de
fisioterapia após a alta hospitalar, além também de terem desenvolvido alterações
reumatológicas, endócrinas, psicológicas e cognitivas.

No sistema musculoesquelético os aspectos como, sono insatisfatório,


inatividade, medo, ansiedade e depressão, decorrentes das complicações da
SARS-CoV-2 e da internação prolongada na unidade de terapia intensiva
(UTI) podem ser potencializadores para o surgimento ou exacerbação de dor
persistente pós síndrome viral. A COVID-19 tem diversas características que
podem aumentar a prevalência de dor persistente. Ainda não se sabe a
prevalência de dor crônica após COVID-19, porém um estudo com pacientes
de Wuhan na China que tiveram COVID-19 verificou que 11% da população
incluída evoluiu com dor muscular e 8% com cefaleia. (2020, Chen N, Zhou
M, Dong X, Qu J, Gong F, Han Y, et al. p.10).

Alguns pacientes relatavam fadiga muscular e respiratória mesmo algum tempo


depois da infecção com o novo vírus, intolerância ao exercício, além também de outras
sequelas não só físicas, mas mentais como depressão, ansiedade, distúrbio do sono
e pânico.

Com a falta do exercício físico, alguns hormônios não são tão produzidos, assim como
o do estresse, que diminui as inflamações do nosso corpo, dessa forma, os
marcadores inflamatórios parecem permanecer no organismo por um bom tempo.

Com isso, além do exercício físico ser benéfico na prevenção ao novo coronavírus,
ajudou também na recuperação dos pacientes que foram contaminados e buscam
uma melhor qualidade de vida e melhor recuperação contra os efeitos colaterais que
ainda prevalecem, visto que com a prática da atividade física liberamos alguns
hormônios importantes e essenciais, assim como a dopamina, serotonina, endorfina
e ocitocina. Toda a prática de atividade física deve ser realizada com
acompanhamento, distanciamento social e seguindo todas as normas informadas pela
OMS (Organização Mundial da Saúde).

Muitos profissionais de Educação Física tiveram aumento na consultoria online nesse


período de pandemia, fazendo com que a prática de exercício físico dentro de casa
tenha um bom aumento e melhor adaptação aos alunos. Embora a divulgação da
prática da educação física como prevenção ao COVID 19 não seja boa, foi visível o
quanto alguns grupos estão preocupados em sua saúde.

Pesquisadores informam que quando a pandemia chegar ao fim, muitas pessoas terão
grande dificuldade no retorno ao exercício físico, após tanto tempo sem realizar a
prática, visto que não têm espaço ou como, de alguma forma, praticar o exercício
dentro de casa. Vale ressaltar que a atividade física não ajuda apenas na prevenção
e recuperação após COVID 19, mas ajuda também na minimização dos efeitos
colaterais e sintomas que a doença traz com ela.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A intensidade do exercício tende a ser moderada e com regularidade, pois, é


importante para a melhora das principais funções, da imunidade e da saúde
psicológica. Alguns estudos mostram que a prática regular de exercício físico, diminui
os riscos de que após contrair COVID-19, o quadro evolua para um estágio mais grave
da doença, pois, o sedentarismo está ligado as pessoas do grupo de risco, como
hipertensão, problemas respiratórios, tabagismo, etc. Mesmo após o fim da pandemia,
muitas pessoas irão encontrar dificuldades para o retorno a pratica dos exercícios
físicos.

De acordo com o objetivo do estudo que foi investigar a atividade física como
ferramenta de prevenção e recuperação do COVID-19, os pontos principais deste
artigo destacam que o exercício físico melhora o funcionamento dos vasos, o sistema
imunológico, a saúde física e mental, diminuindo a taxa de mortalidade e
desenvolvimento de problemas cardiovasculares, melhorando a qualidade de vida.

Destacamos, que a prática regular do exercício físico, além de ser benéfico para a
prevenção do vírus, ele é uma ferramenta importante na recuperação dos pacientes
que foram contaminados, ajudando na recuperação da doença.

Além do exposto, recomenda-se uma pesquisa de campo de acordo com o objetivo


do estudo, pois assim encontrar-se-á resultados da população específica a ser
investigada auxiliando no conhecimento do atual momento vivido.

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