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Ia postar este texto na enquete, mas achei que poucos iriam ler.

Como é de utilidade pública,


posto aqui.

Tenho uma GTE 1979. De tanto pagar mico com a mulherada, por causa do aguaceiro que
entrava em dia de chuva, radicalizei: fui no lavajato de um amigo, tirei os bancos (prá poder
me movimentar), mandei ligar a água no máximo e fiquei uns 20 minutos dentro da Puma.
Descobri todas as infilstrações e busquei soluções para resolvê-las. Segue abaixo o que eu fiz:

- sob o painel: a água entra pelos dutos da ventilação (da gradezinha externa, junto ao
capõ). Há um recipiente que separa a água do ar. A água deve descer pelo duto e o ar, subir
ao parabrisa. Revesti os dutos com massa plástica, desde a junção com o controle do fluxo de
ar até a parede. Depois de seca, pintei de preto fosco com spray;

- junto ao parabrisa e vidro traseiro: com uma espátula, levantei a borracha (por cima e
por baixo) e injetei cola de parabrisa (é preta e vem com uma seringa aplicadora). Removi o
excesso com a mesma espátula. É um trabalho demorado e meticuloso, pois tem que levantar
centímetro por centímetro até fazer toda a volta, mas 100% eficaz;

- pelo forro das portas: a borracha de vedação externa não faz pressão suficiente junto às
janelas para evitar a água. Removi o forro das portas, colei um plástico comprado a metro
(como os que vêm em carros comuns), de fora a fora, com massa de calafetar, que permite a
remoção do plástico caso seja necessária alguma manutenção ou lubrificação interna). Fiz três
furinhos na soleira das portas. A água entra na porta, mas desce direto;

- nas frestas das portas, quando fechadas: por mais alinhadas que estejam, sempre entra
água e vento por baixo das portas. Comprei tiras de espuma de borracha de 20mm de altura
e fiz uma moldura em toda a volta, da parte inferior até em cima, junto às dobradiças. Fica
escondida prá quem olha e veda até o vento. Sem falar que o fechar ficou mais suave porque
funciona como amortecedor;

nos assoalhos: todo Puma tem problema de ferrugem rápida nos assoalhos porque a água
entra, o carpete fica úmido e vai criando a corrosão. Removi todo o carpete, desde a frente
até a parte de trás dos bancos. Achei cinco furinhos. Lixei tudo, apliquei antiferruginoso, tapei
os furos com Durepoxi e pintei o assoalho de preto fosco. Em breve, pretendo uma solução
definitiva: revestir o assoalho com manta de fibra. Fica, inclusive, mais fácil de limpar se
alguém derrubar água, refrigerante, cerveja. E se a corrosão começar a atacar de fora prá
dentro, garante-se a rigidez necessária á estrutura toda, adiando em talvez um ou dois anos a
troca dos assoalhos.

E o felino nunca mais me envergonhou.

Com relação à calha, nas GTE, eu esqueci de mencionar que também coloquei. Há dois
modelos: uma, curta, que termina passando um pouco do final da porta (parte de trás).
Outra, mais longa, desce até a janela traseira. A que eu tenho é a curta e garanto que não
tem diferença entre uma e outra, na eficiência, só no preço.

Porém, faço um alerta: a outra ponta (junto ao paralama dianteiro), termina exatamente
sobre a fresta da porta (intervalo entre a porta e o paralama) e toca toda a água para essa
fresta. Se não colocar a guarnição com espuma de borracha, que eu expliquei lá em cima, com
o carro em movimento o vento vai meter a água prá dentro do carro.

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