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XVII Encontro de Iniciação Científica

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VII Seminário de Extensão
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16 a 20 de outubro de 2012

INCLUSÃO VERDE: Ciência, Tecnologia e


Inovação para o Desenvolvimento Sustentável

EPH1648

AS ORIGENS INTELECTUAIS DO FASCISMO ITALIANO

MAÍRA ANDRADE
maira.andrade@live.de
HISTÓRIA (LICENCIATURA) NOTURNO
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ

ORIENTADOR(A)
ARMINDO BOLL
UNIVERSIDADE DE TAUBATÉ
RESUMO

AS ORIGENS INTELECTUAIS DO FASCISMO ITALIANO Maíra Andrade Orientador: Profº.


Ms. Armindo Boll Resumo Nosso trabalho tem como objetivo analisar os princípios do fascismo,
para tanto nos valemos da metodologia da revisão bibliográfica. A ideologia fascista Italiana
tinha por base a relação entre a nação e o Estado. A nação seria a mãe de todos os cidadãos e
a ela deveriam ser dedicados todos os louvores e preocupações. Ela só se expressaria, porém
através do Estado. Qualquer traição ao Estado seria uma traição á nação e deveria ser
combatida sem piedade. Isso justificou a formação de uma ditadura, na qual a nação e o
Estado deveriam se fundir num só ponto: o fascismo. Mussolini é a figura-chave para entender
o fascismo. Porém, o historiador João Fábio Bertonha acredita que é um erro pensar que o
fascismo surgiu todo da cabeça de seu líder máximo na Itália, ou que é simplesmente uma
reação ao contexto da crise geral que o país atravessava em 1919, após sair da Primeira
Guerra Mundial. É importante perceber que o fascismo foi se adaptando ás necessidades
políticas à medida que elas iam surgindo, e que as ideias que lhe deram forma já estavam
presentes havia um bom tempo e em boa parte da sociedade italiana. Benito Mussolini, filho de
um ferreiro socialista, começou como ativista da ala radical do Partido Socialista onde conviveu
com anarquistas e socialistas em Roma, perseguido fugiu em 1902, refugiando-se na Suíça.
Além disso, foi professor de escola de segundo grau, jornalista e editor de A luta de classes
(1910). Em Feuli foi diretor de Avanti (de 1912 a 1914), jornal do Partido Socialista. Defendeu
uma greve geral que ocasionou à Semana Vermelha, em 1914. Com a Primeira Guerra ele
deixou de ser pacifista e se tornou partidário da ditadura militar. Após a guerra, repudia o
socialismo, já então influenciado pelo filósofo francês Georges Sorel, ideólogo da ação direta.
O nacionalismo italiano também foi uma das características mais importantes na construção da
ideologia fascista. Desde o inicio do século XX, jovens intelectuais, como Enrico Corradini,
defendiam ideias como a necessidade de uma Itália forte, a recuperação das glórias que o país
havia conhecido na época do Império Romano, e a substituição da luta de classes entre
patrões e empregados pela luta das nações por um lugar ao sol. Outra fonte importante em que
o fascismo se inspirou foi o sindicalismo revolucionário. Sindicalistas revolucionários eram
homens de esquerda, militantes do movimento operário que, nessa época, começaram a
questionar as tradições reformistas do socialismo italiano. Ao contrário dos reformistas, que
defendiam a transição lenta para o socialismo através da mediação do Estado, eles propunham
ações diretas (greves, ação sindical) para a luta contra o capitalismo e foram ativos nesse
período. Seja por motivos subjetivos pessoais, ou seja, por verem no fascismo a revolução que
tanto desejavam. O movimento recebeu também a colaboração dos futuristas, intelectuais
fascinados com a industrialização e com a modernidade do século XX, mas inconformados com
a ordem social. Nessa insatisfação, eles apelavam á juventude para mudar o mundo,
defendendo a guerra como momento de renovação da espécie humana e a ditadura como
regime político perfeito. Concluímos, dessa forma, que para construir sua própria identidade o
fascismo foi se apropriando de outras ideias já existentes na Itália há bastante tempo. A
novidade foi reorganizar todas essas ideias e adequar ao que a política da época necessitava.
Palavras-chave: Fascismo, Mussolini, Itália

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