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Cinema como território de cura

O curso parte de uma reflexão acerca da contribuição de Zózimo Bulbul para o território
fílmico na relação entre corpos dissidentes e o cinema. A reflexão visa abordar as
experiências performáticas promovidas por jovens realizadores negrxs e trans como
promotoras de um território fílmico novo, que se abre como possibilidade de cura das feridas
imagéticas coloniais. A filmografia do curso é composta por curta-metragens
contemporâneos, produzidos por pessoas negras e trans que buscam, a partir de suas
práticas imagéticas, promover outras experiências com a objetiva, com suas corpas e com o
cinema. O curso pretende estimular a escrita criativa e incentivar o engajamento do corpo no
cinema seja na produção, curadoria ou na cŕitica cinematográfica.

Bibliografia

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FILMES

ALMA NO OLHO. Zózimo Bulbull, 1974.

EXPERIMENTANDO O VERMELHO EM DILÚVIO. Dir. Michelle Mattiuzzi, 2016.

ELEKÔ. Dir.. DColetivo Mulheres de Pedra, 2015.

KBELA. Dir. Yasmin Thayná, 2015.

NEGRUM3. Dir. Diego Paulino , 2018

NOIR BLUE: DESLOCAMENTOS DE UMA DANÇA. Dir. Ana Pi, 2017

ORI. Dir. Raquel Gerber; Rot. Beatriz Nascimento, 1989


TRAVESSIA. Dir. Safira Moreira, 2017

ARCO DO MEDO. Juan Rodrigues, 2017

ARCO DO TEMPO. Juan Rodrigues (2019)

O ARCO DA LIBERDADE. Juan Rodrigues (2015)

TUDO QUE É APERTADO RASGA. Fábio Rodrigues (2019)

ESPETÁCULOS/PERFORMANCES

Merci becaoup blaco !. Michelle Mattiuzzi (2016)

Deformação. Priscila Rezende (2015).

Gunga. Ana Beatriz Almeida (2009-2019)

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