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HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA: «AS TERRÍVEIS

AVENTURAS DE JORGE DE ALBUQUERQUE COELHO» (1565)

• A literatura de viagens é um género literário que consiste na narração das experiên-


cias, descobertas e reflexões de um viajante, durante o seu percurso.
• A obra intitulada História Trágico-Marítima é uma compilação efetuada no século
XVIII, publicada por Bernardo Gomes de Brito, que se propusera reunir relatos de
naufrágios ocorridos durante o século XVI e início do XVII.
• A maior parte dos naufrágios resultava da ambição excessiva de lucro, ocasionando
Contextualização
histórico-literária a sobrecarga da embarcação. Para além da responsabilidade dos capitães e da
tripulação dos barcos, também existiam os ataques frequentes de corsários, chi-
neses, franceses e holandeses, que ocorriam, sobretudo, nas viagens de regresso.
• De autorias diversas e anónimas, estes relatos não apresentam um estilo único,
mas sim características comuns, nomeadamente a falta de erudição, pois eram
narrativas de sobreviventes dos naufrágios ou de pessoas a quem eles tinham
contado os factos.

AVENTURAS E DESVENTURAS DOS DESCOBRIMENTOS

• Na História Trágico-Marítima entrelaçam-se a brutalidade e a abnegação, a animalidade e a grandeza moral,


características próprias do ser humano que se vê na iminência da morte.
• O herói Jorge de Albuquerque Coelho, por exemplo, é descrito como um homem valente, corajoso, deter-
minado e capaz de aceitar desafios dignificantes. Não obstante as desventuras da sua viagem marítima,
consegue regressar a Lisboa, mostrando-se resiliente e combativo.
• A matéria trágico-marítima constitui parte integrante da aventura épica da nação portuguesa – o heroísmo
e a glória são acompanhados pela desgraça e destruição.

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