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1
CAPÍTULO I
2
(
-j α i −α j )
Vi − Vi . V j . e
2
Q ji =
1 ⎛ X V 2 − X V . V cos δ + R V . V sen δ ⎞⎟
2 ⎜
(1.3)
R +X ⎝ ⎠
2 j i j i j
Esta expressão, com tensões e reatância constantes, será máxima para δ = 90o.
Vi V j
Ou seja: Pmax = (1.5)
X
3
3. Para Pij = Pmax, δ = 90o. Este será o limite de estabilidade estática: qualquer
tentativa de aumento na potência Pij levará à perda de sincronismo entre as
barra i e j.
4
1.2. ALGUMAS CARACTERÍSTICAS DAS CARGAS
5
RESULTADOS DE MEDIÇÕES TENSÃO, POTÊNCIAS ATIVA E
REATIVA E FATOR DE POTÊNCIA, DURANTE UMA SEMANA, NO
LADO DE 220V DE UM TRANSFORMADOR DE DISTRIBUIÇÃO DE
RUA:
a) Tensão:
P e r ío d o : d e 1 7 / 1 0 / 2 0 0 2 a 2 4 / 1 0 / 2 0 0 2
Fas e A
Fas e B
132 Fas e C
130
128
126
124
122
120
118
Dia
b) Potência ativa:
P e r ío d o d e 1 7 / 1 0 / 2 0 0 2 a 2 4 / 1 0 / 2 0 0 2
Pot ê n cia T ot al
25
20
15
10
D a t a e H or a
6
Fator de Potência
0,70
0,75
0,80
0,85
0,90
0,95
1,00
17/10/02 - 09:40
-2
0
2
4
6
8
10
12
17/10/02 - 13:10
17/10/02 - 16:40
17/10/02 - 20:10
17/10/02 - 23:40
18/10/02 - 03:10
18/10/02 - 06:40
18/10/02 - 10:10
18/10/02 - 13:40
18/10/02 - 17:10
d) Fator de potência
c) Potência Reativa:
18/10/02 - 20:40
19/10/02 - 00:10
19/10/02 - 03:40
19/10/02 - 07:10
19/10/02 - 10:40
19/10/02 - 14:10
19/10/02 - 17:40
19/10/02 - 21:10
20/10/02 - 00:40
20/10/02 - 04:10
20/10/02 - 07:40
20/10/02 - 11:10
20/10/02 - 14:40
20/10/02 - 18:10
20/10/02 - 21:40
21/10/02 - 01:10
21/10/02 - 04:40
21/10/02 - 08:10
Data e Hora
21/10/02 - 11:40
21/10/02 - 15:10
21/10/02 - 18:40
21/10/02 - 22:10
22/10/02 - 05:10
22/10/02 - 08:40
22/10/02 - 12:10
22/10/02 - 15:40
22/10/02 - 19:10
P e r ío d o d e 1 7 / 1 0 / 2 0 0 2 a 2 4 / 1 0 / 2 0 0 2
22/10/02 - 22:40
23/10/02 - 02:10
23/10/02 - 05:40
23/10/02 - 09:10
23/10/02 - 12:40
23/10/02 - 16:10
23/10/02 - 19:40
23/10/02 - 23:10
24/10/02 - 02:40
24/10/02 - 06:10
24/10/02 - 09:40
24/10/02 - 13:10
24/10/02 - 16:40
24/10/02 - 20:10
24/10/02 - 23:40
25/10/02 - 03:10
25/10/02 - 06:40
7
P ot ênci a T ot al
P ot ênci a Fas e B
P ot ênci a Fas e A
P ot ênci a Fas e C
1.2.1. Dependência da Carga com Tensão e Freqüência
P = Re ⎢ ⎥ = Re ⎢ x ⎥ =P = 2
⎢⎣ Z * ⎥⎦ ⎢⎣ R − jωL R + jωL ⎥⎦ R + (2πfL )
2
⎡V2⎤ 2πfL V
2
De maneira geral:
P = f1(f, V)
Q = f2(f, V) (1.6)
b) Cargas compostas:
Em geral, nos sistemas de energia elétrica, o interesse maior está nas variações
∆P e ∆Q provocadas por pequenas variações ∆f e ∆V.
∂P ∂P
∆P = ∆f + ∆V
∂f ∂V
∂Q ∂Q
∆Q = ∆f + ∆V (1.7)
∂f ∂V
8
Para as cargas compostas, as 4 derivadas parciais não podem ser obtidas
analiticamente, mas sim empiricamente.
Tomando uma média de vários estudos a respeito de como é uma carga típica,
tem-se que a mesma apresenta uma composição onde 60% são motores de
indução, 20% são motores síncronos e 20% são outros “ingredientes”
(equipamentos de aquecimento e iluminação, fornos de indução, etc...), tal carga
teria os seguintes parâmetros:
∂P ∂Q ∂P
=1 = 1,3 =1
∂V ∂V ∂f
9
1.3. A POTÊNCIA ATIVA E SEUS EFEITOS SOBRE FREQÜÊNCIA DO
SISTEMA
a) Caso ideal
10
b) Caso real
Análogo mecânico
11
1.4. A POTÊNCIA REATIVA E SEU EFEITO SOBRE A TENSÃO DO
SISTEMA
Pelo exposto na seção anterior tem-se que o balanço da Potência Ativa estará
mantido desde que a freqüência seja mantida constante.
Na presente seção será mostrado que, se a tensão for mantida constante, então
haverá equilíbrio entre Reativo gerado e consumido. Verifiquemos isso no
seguinte exemplo:
V2 = V1 – I . Z
N = V1 x I* ≅ P + jQ
P − jQ P − jQ
Explicitando I em V1 . I* = P + jQ: I = =
V1* V1
⎛ P − jQ ⎞ X X
V2 = V1 − ⎜⎜ ⎟⎟. jX = V1 − Q − j P
⎝ V1 ⎠ V1 V1
12
Figura 1.8 – Mudança no perfil de tensão como função do fluxo de potência reativa na linha.
13
Figura 1.9 – Sistema de duas barras.
Solução:
Sendo PD2 = 20 pu e PG2 = 10 pu, conclui-se que deverá vir da barra 1 a potência
V1 . V2
P12 = 10 pu. Assim, nas equações (1.3), fazendo R = 0: P12 = −P21 = sen δ
X
P12 . X 10 . 0,03
Explicitando-se “senδ” nesta equação: sen δ = = = 0,3
V1 . V2 1 .1
Logo, tem-se para o ângulo de potência, δ = arc sen 0,3 = 17,5o
Conhecendo-se δ, podemos obter o fluxo de Potência Reativa na linha:
Q12 =
1
X
( 2
V1 − V1 . V2 . cosδ )
Q 21 =
1
X
(
V2
2
− V1 . V2 . cosδ )
Q12 =
1
0,03
( )
1 − cos 17,5 o = 1,87 pu
Q 21 =
1
0,03
( )
1 − cos 17,5 o = 1,87 pu
14
QG2 = QD2 + Q21 = 10 + 1,87 = 11,87 pu
QG1 e QG2 são reativos a serem produzidos pelos geradores e/ou por capacitores,
se quisermos manter V1 = V2 = 1,0.
Observações
1. As equações (1.3) contém seis variáveis |V1|, |V2|, δ, P12, Q12 e Q21. Para
resolvê-las, deveremos especificar três das variáveis. As outras três serão
incógnitas: no exemplo, foram especificadas: |V1| = |V2| = 1 pu, P12 = 10 pu.
V1 . V2 1.1
P12 = − P21 = . sen δ = . 0,5 = 16,67 pu
X 0,03
Q12 =
1
X
(
V1
2
− V1 . V2 . cosδ = )1
0,03
(1 − 1 − 0,866) = 4,47 pu
Q21 = 4,47 pu
0=
1
0,03
(2
V1 − V1 . V2 . cosδ )
0=
1
0,03
(
V2
2
− V1 . V2 . cosδ )
As duas últimas equações são redundantes (pelo fato de V1 e V2 terem
praticamente os mesmos valores), ou seja, são linearmente independentes. Estas
equações não nos darão condição de resolver o sistema de 3 incógnitas pois, na
prática, tem-se somente 2 equações.
15
Para este exemplo, as seguintes suposições serão assumidas:
1. A linha tem uma impedância série Z = R + jX por fase.
2. A corrente de linha I é a mesma ao longo da linha. Para linhas longas isto
não é verdadeiro.
a1)
1
Pij = (5 x 3452 – 5 x 345 x 360 x cos 10o + 40 x 345 x 360 x sen 10o)
5 + 40
2 2
Pij = 520,77 MW
1
Pji = (5 x 3602 – 5 x 345 x 360 x cos 10o – 40 x 345 x 360 x sen 10o)
5 + 40
2 2
Pji = 508,46 MW
b1)
a2)
b2)
1
Q ij = (40 x 3452 – 40 x 345 x 360 x cos 10o – 5 x 345 x 360 x sen 10o)
5 + 40
2 2
Qij = 147,30 MW
1
Q ji = (40 x 3602 – 40 x 345 x 360 x cos 10o + 5 x 345 x 360 x sen 10o)
5 + 40
2 2
16
Qji = 245,73 MVAr
1
Pij = (5 x 3452 – 5 x 3452 x cos 10o + 40 x 3452 x sen 10o) = 514,33 MW
1625
1
Pji = (5 x 3452 – 5 x 3452 x cos 10o – 40 x 3452 x sen 10o) = -503,2 MW
1625
∆P = 11,13 MW
1
Q ij = (40 x 3452 – 40 x 3452 x cos 10o – 5 x 3452 x sen 10o)
1625
1
Q ji = (40 x 3452 – 40 x 3452 x cos 10o + 5 x 3452 x sen 10o)
1625
∆Q = 89,02 MVAr
1
Pij = (5 x 3452 – 5 x 345 x 360 x cos 15o + 40 x 345 x 360 x sen 15o)
1625
Pij = 788,37 MW
1
Pji = (5 x 3602 – 5 x 345 x 360 x cos 15o – 40 x 345 x 360 x sen 15o)
1625
Pji = -761,63 MW
∆P = 26,74 MW
1
Q ij = (40x3452-40x345x360xcos 15o-5x345x360xsen 15o) = -122,12 MW
1625
17
1
Q ji = (40 x 3452 – 40 x 3452 x cos 15o + 5 x 3452 x sen 15o)
1625
∆Q = 213,88 MVAr
Resumo:
CONCLUSÕES:
1. Dependendo do ângulo de fase das tensões das barras i e j, ainda que | V1 | < |
Vj |, a potência flui de i para j.
2. As perdas ativas são baixas (≅ 97%).
3. Uma variação no nível de tensão de uma barra afeta o fluxo de reativo,
porém, praticamente não afeta o fluxo de ativo.
4. Uma variação do ângulo de fase δ afeta bastante o fluxo de potência ativa na
linha.
18
1.6. CARACTERÍSTICAS DE FUNCIONAMENTO DE UM SISTEMA
Toma-se como exemplo inicial o caso da figura 1.10 abaixo, que é bem simples.
Sv = SGv - SDv
Assim:
Potência de barra 1 = P1 + jQ1 = (PG1 – PD1) + j(QG1 – QD1)
Potência de barra 2 = P2 + jQ2 = (PG2 – PD2) + j(QG2 – QD2)
19
Figura 1.11 – Exemplo do sistema com duas barras – seu circuito
equivalente.
1. Balanços de corrente:
Barra 1 Barra 2
J1 = IS1 + IL1 J2 = IS2 + IL2 (1.8.a)
S*1/V*1 = V1 . Y + (V1 – V2)/Z S*2/V*2 = V2 . Y + (V2 – V1)/Z (1.8.b)
2. Parâmetros da linha:
j
Y= (1.9)
Xc
⎛π ⎞
j⎜ −α ⎟
⎝2 ⎠
Z = R + jX L ≈ X L e (1.10)
3. Tensões de barra:
20
V1 = V1∠δ1
V2 = V2 ∠δ 2 (1.11)
Retomando S = SG – SD:
S1 = SG1 – SD1 = PG1 + jQG1 – (PD1 + jQD1) = PG1 – PD1 + j(QG1 – QD1)
2
V1 V1 . V2
PG1 − PD1 − . sen α + . sen[α - (δ1 − δ 2 )] = 0 (1.13a)
XL XL
2
V2 V1 . V2
PG 2 − PD 2 − . sen α + . sen[α - (δ1 − δ 2 )] = 0 (1.13b)
XL XL
2 2
V1 V1 V1 . V2
Q G1 − Q D1 + - . cos α + . cos[α − (δ1 − δ 2 )] = 0 (1.13c)
XC XL XL
2 2
V2 V2 V1 . V2
Q G 2 − Q D2 + - . cos α + . cos[α + (δ1 − δ 2 )] = 0 (1.13d)
XC XL XL
1
Se R = 0, neste caso α ≅ R/X = 0 o então sen α = 0 e as perdas ativas são nulas.
21
De maneira análoga, o balanço da potência reativa será dado pela soma das
equações (1.13c) e (1.13d):
[ ]
2 2
cos α V1 + V2
− 2 V1 . V2 cos(δ1 − δ 2 ) −
2 2
Q G1 + Q G 2 = Q D1 + Q D 2 + V1 + V2 (1.15)
XL XC
onde QG1 + QG2 é a potência reativa gerada nos geradores, QD1 + QD2 é potência
reativa consumida o segundo termo do lado direito da equação (1.15) são as
perdas reativas (QL). O terceiro termo do lado direito da equação (1.15) é a
potência reativa gerada na linha de interligação.
⎡ x 1 ⎤ ⎡ δ1 ⎤
⎢x ⎥ ⎢ V ⎥
x = ⎢ 2⎥ = ⎢ ⎥
1
(1.18)
⎢x 3 ⎥ ⎢ δ 2 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ x 4 ⎦ ⎣⎢ V2 ⎦⎥
22
b.2) de controle = são as saídas dos geradores:
⎡ u 1 ⎤ ⎡ PG1 ⎤
⎢u ⎥ ⎢ Q ⎥
u = ⎢ 2⎥ = ⎢
G1 ⎥
(1.19)
⎢ u 3 ⎥ ⎢ PG 2 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣ u 4 ⎦ ⎣Q G 2 ⎦
a) Método ideal:
As perdas não são conhecidas, pois são funções das variáveis x (de
estado) ainda desconhecidas. Desta forma, (PG1 + PG2) e (QG1 + QG2) não podem
ser determinadas simultaneamente.
A solução portanto é especificar duas destas quatro incógnitas. Por
exemplo, PG2 e QG2 são especificadas com PG1 e QG1 sendo deixadas como
incógnitas.
23
Assim a etapa 3 do método ideal de solução não poderá ser cumprida da
maneira como se pretendia (determinação das 4 variáveis), pois uma delas,
normalmente, é especificada (δ1 = 0o ou δ2 = 0o).
b) Método real:
Etapa 2: Especifica-se duas das quatro potências geradas. Por exemplo: PG2 e
QG2 são especificadas e PG1 e QG1 deixadas como incógnitas.
Etapa 4: As 4 EEFC devem ser resolvidas para as 4 incógnitas: |V2|, δ2, PG1 e QG1.
Estas quatro equações podem ser reescritas, também, como uma única equação
vetorial:
⎡ f1 ⎤ ⎡ x1 ⎤ ⎡ u1 ⎤ ⎡ p1 ⎤
⎢f ⎥ ⎢x ⎥ ⎢u ⎥ ⎢p ⎥
f = ⎢ 2⎥ x = ⎢ 2⎥ u = ⎢ 2⎥ p = ⎢ 2⎥ (1.21)
⎢f 3 ⎥ ⎢x 3 ⎥ ⎢u 3 ⎥ ⎢p 3 ⎥
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎣f 4 ⎦ ⎣x 4 ⎦ ⎣u 4 ⎦ ⎣p 4 ⎦
24
Para n barras tem-se portanto 2 x n equações e 6 x n variáveis. As 6 x n
variáveis são:
a) Variáveis de Estado
1. |Vi min| < |Vi| < |Vi max| (i = 1, 2, ..., n). Isto significa que o módulo de qualquer
tensão deve estar dentro de uma faixa Em geral, admite-se Vi + 5 ou
10%.
2. O ângulo de potência máximo para uma linha ij é especificado: |δi - δj| < |δi -
δj max|.
b) Variáveis de Controle
25
1.5.7. Classificação das Barras
Barra tipo 1:
Na barra tipo 1 conhece-se PDi e QDi e especifica-se PGi e QGi. Assim pode-se
dizer que as Potências de Barra, Pi e Qi foram especificadas, esta é denominada
uma Barra de Carga.
Solução das EEFC: |Vi| e δ.
Barra tipo 2:
Na barra tipo 2 conhece-se PDi e QDi e especifica-se |Vi| e PGi. Assim pode-se
dizer que a Potência de Barra, foi especificada, esta é denominada uma Barra
de Tensão Controlada, pois a tensão pode ser especificada.
Solução das EEFC: QGi e δi.
Barra tipo 3:
1. Considerações gerais
26
É tarefa do engenheiro selecionar a(s) melhor(es) condição(ões). Esta escolha é
feita após o estudo do fluxo de carga.
No tempo t1
PG1 + PG2 + ... + PGn = D
No tempo t1 + ∆t:
PG1 P + ∆PG1 PG1 PG1 + ∆PG1
= G1 = =
PG 2 PG 2 + ∆PG 2 PGn PGn + ∆PGn
27
d) No sistema em estudo, Si deve atender à exigências contratuais e técnicas do
sistema interligado.
J1, J2 e J3 são correntes que chegam aos nós enquanto V1, V2 e V3 são tensões de
nós.
Y11 = Y1 + Y4 + Y5
28
Y22 = Y2 + Y5 + Y6
Y33 = Y3 + Y4 + Y6
Y23 = Y32 = -Y6
Y13 = Y31 = -Y4
Y12 = Y21 = -Y5
Onde Jbus é o vetor das correntes de barra Ybus é a matriz das admitâncias
nodais de barra e Vbus é o vetor das tensões de barra. Na prática, as potências de
barra Si é que são usadas, ao invés das correntes de barra. Reescrevendo a
equação (1.23) com Ji = S*/V*i.
Pi − jQ i
Ji = = y i1 . V1 + y i 2 . V2 + L + y in . Vn
Vi*
para i = 1, 2, ... , n.
para i = 1, 2, ... , n.
Esta última é a equação geral das EEFC. É uma equação complexa, que
representa duas equações reais. Mais precisamente: as n equações complexas
representam 2n equações reais.
NOTAS:
I) As equações (1.24) para n = 2 são idênticas às 4 equações (1.13).
II) A matriz Ybus(Z-1bus) constitui a representação das partes passivas do sistema,
em forma sistemática.
Exemplo no 1:
a.1) R = 0
a.2) sen δ ≈ δ (os ângulos de potência são pequenos, já que as linhas
transportarão pouca carga). Assim, as EEFC ficarão lineares e uma solução
analítica será possível de ser efetuada (não havendo, portanto a necessidade de se
adotar nenhum método numérico de solução).
30
NOTAS:
S2 = 1,5 + jQG2
Para i = 1 e n = 3:
P1 – jQ1 = y11 . V1 . V*1 + y12 . V2 . V*1 + y13 . V3 . V*1
Para i = 2 e n = 3:
P2 – jQ2 = y21 . V1 . V*2 + y22 . V2 . V*2 + y23 . V3 . V*2
Para i = 3 e n = 3:
P3 – jQ3 = y31 . V1 . V*3 + y32 . V2 . V*3 + y33 . V3 . V*3
Tem-se 6 equações e 5 incógnitas (δ2, δ1, Q1, Q2, Q3). Somando a 1a com a 3a
tem-se a 2a equação – só existem portanto 5 equações independentes.
De maneira análoga:
QG2 = Q2 + QD2 = 0,057 + 0 = 0,057 pu
QG3 = Q3 + QD3 = 0,036 + 1,0 = 1,036 pu
h) Perdas:
Q ij =
X
(
1 2
Vi − Vi . V j cosδ )
Q ji =
X
(
1 2
V j − Vi . V j cosδ )
onde as potências reativas em trânsito nas linhas são:
1 2 2
Q13 = Q 31 = (1 − 1 cos(δ1 − δ 3 )) = 0,001 pu
0,1
1 2 2
Q12 = Q 21 = (1 − 1 cos(δ 2 − δ1 )) = 0,022 pu
0,1
NOTA: As perdas reativas em cada uma das linhas podem agora ser
determinadas de acordo com a tabela abaixo.
Linha Pot. Reativa Pot. Reat. X 2 Total
1-2 Q12 + Q21 0,022 pu x 2 0,044 pu
2–3 Q23 + Q32 0,035 pu x 2 0,070 pu
1–3 Q13 + Q31 0,001 pu x 2 0,002 pu
Perdas Reativas totais 0,116 pu
33
Portanto as Perdas Reativas Totais como soma das Perdas Reativas em cada
uma das linhas confirmam resultado já obtido anteriormente.
Exemplo no 2:
Solução:
34
-0,5 – jQ1 = -j20 . V1 . V*1 + j10 . V2 . V*1 + j10 . V3 . V*1
1,5 – jQ2 = j10 . V1 . V*2 – j20 . V2 . V*2 + j10 . V3 . V*2
-1,0 – jQ3 = j10 . V1 . V*3 – j20 . V2 . V*3 + j10 . V3 . V*3
De maneira análoga:
O sinal negativo para QG3 significa que em vez de um capacitor tem-se um reator
naquela barra.
V3 . V1
P13 = − P31 = sen(δ1 − δ 3 )
X
0,95 .1
P13 = −P31 = sen(0 o + 0,96 o ) = 0,1592 pu
0,1
V2 . V1
P12 = −P21 = sen(δ1 − δ 2 )
X
1,05 .1
P12 = −P21 = sen(0 o − 3,82 o ) = −0,6995 pu
0,1
V2 . V3
P23 = − P23 = sen(δ 2 − δ 3 )
X
35
1,05 . 0,95
P23 = − P23 = sen(3,82 o + 0,96 o ) = 0,8312 pu
0,1
Q ij = (
1 2
X
(
Vi − Vi . V j cos δ i − δ j ))
Q ji =
1 2
X
( (
V j − Vi . V j cos δ j − δ i ))
ou seja:
V1 = 1,0 + j 0,0
Exemplo no 3:
Resolva o problema do fluxo de carga anterior, mas suponha que:
PG1 = 1,0 pu PG2 = 1,0 pu e PG3 = 0,0 pu
V1 = V2 = V3 = 1,0 pu
36
37
CAPÍTULO 2
2.1. INTRODUÇÃO:
ou ainda:
5x − 4
x=
x
2
É sempre possível achar uma ou mais funções F(x) para qualquer f(x).
38
Figura 2.1 – O gráfico de f(x) e de F(x).
Exemplificando:
1 2 4
Tomando-se x= x +
5 5
Iteração 0: Faz-se uma estimativa inicial arbitrária para a raiz procurada x(0) =
3.
39
2.2.1. Desvantagens do Método
A convergência deste método é lenta, podendo ser dispendidas até cerca de 100
iterações para se conseguir convergência. Dependendo da estimativa inicial,
poderá até não ocorrer a convergência.
Exemplo:
2x1 + x1 x2 – 1 = 0
2x2 – x1 x2 + 1 = 0
x1 . x 2
x 1 = 0,5 −
2
x1 . x 2
x 2 = −0,5 +
2
3
As respostas serão x1 = 1 e x2 = -1.
40
2.3. MÉTODOS DE GAUSS-SEIDEL:
Exemplo:
x1 . x 2
x 1 = 0,5 −
2
x1 . x 2
x 2 = −0,5 +
2
• introduzindo as variáveis
∆x 1( v ) = x 1( v ) − x 1( v −1)
41
• multiplicando ∆x 1( v ) e ∆x (v)
2 por α (α > 1) os valores de x1 e x2 a serem
utilizados nas iterações serão:
x 1( v ) = x 1( v −1) + α . ∆x 1(v)
x1 . x 2
x 1 = 0,5 −
2
x1 . x 2
x 2 = −0,5 +
2
x 1(1,ac
)
= x 1( v −1) + α . ∆x 1(v) = 0 + 1,5 . 0,5 = 0,750
42
x (21,)ac = x (2v −1) + α . ∆x (v)
2 = 0 + 1,5 . (-0,5) = - 0,750
3a Iteração:
x 1(1,ac
)
= x 1(,vac−1) + α . ∆x 1(v) = 0,75 + 1,5 . (0,031) = 0,7965
∑nk =1 Yik E k =
(S G
i − SiC ) (2.1)
E *i
A equação (2.2) será resolvida para todas as tensões de barra exceto aquela da
barra oscilante (ou barra flutuante) onde especifica-se uma voltagem que
permanece fixa durante os cálculos. Não existe nenhum problema no fato desta
voltagem permanecer fixa pois o nó escolhido para barra oscilante é sempre um
nó de geração e é tecnicamente possível manter-se a voltagem constante
43
controlando-se a voltagem através do controle da excitação dos geradores
conectados nesta barra.
Pi − jQ i
∑nk =1 Yik E k = (2.2)
E *i
Para se calcular a tensão na barra genérica i, a equação (2.2) poderá ser arranjada
da seguinte forma:
Pi − jQ i
∑kn =1;k ≠i Yik E k + Yii E i = (2.3)
E *i
1 ⎡ Pi − jQ i ⎤
E i( v +1) = ⎢ ( v )* − ∑k =1;k ≠i Yik E k ⎥
n (v)
(2.4)
Yii ⎣⎢ E i ⎦⎥
para i = 1, 2, ..., n
Nas demais iterações uma vez obtidos todos os valores para as tensões de barra a
rotina inicial é repetida, apenas atualizando-se as tensões de barra. O processo
repete-se até que seja obtida convergência.
NOTAS:
1 ⎡ Piesp − jQ iesp ⎤
E i( v +1) = ⎢ − ∑ n
k =1; k ≠ i Yik E (v)
k ⎥ (2.5)
Yii ⎢⎣ E i( v )* ⎥⎦
44
3. Para as barras tipo 2 ou barras P-V, onde o módulo da tensão de barra
( Viesp ) e a potência ativa gerada são conhecidas, as incógnitas serão: ângulo
de fase e a potência reativa gerada. Neste caso a equação (2.5) não serve e a
equação adequada deve ser obtida da seguinte forma:
[ ] [
Q i = I m E i . I *i = −I m E *i . I i ]
sendo ainda que:
I i = ∑nk =1 Yik E k
[
Q i = Q icalc = − I m E *i . ∑nk =1 Yik E k ] (2.6)
Q icalc é uma notação adotada para diferenciar do valor Q iesp da equação (2.5) para
as barras de carga. Substituindo a equação (2.6) na equação (2.4) tem-se:
1 ⎡ Piesp − jQ icalc ⎤
E i( v +1) = ⎢ − ∑ n
k =1; k ≠ i Yik E (v)
k ⎥ (2.7)
Yii ⎣⎢ E i( v )* ⎦⎥
E i( v +1) =
(Pi − jQ i )L i − ∑nk =1;k ≠i Yik L i E (v) (2.4b)
k
E i( v )*
K Li
E i( v +1) = − ∑nk =1;k ≠i Y L ik E (v)
k (2.4c)
E i( v )*
45
Exemplo de equacionamento:
Neste caso vamos supor que a barra flutuante seja a barra 2 do tipo P-Q e não
existem barras tipo 2 (P-V). As equações de tensão de acordo com a expressão
(2.4c) serão:
K L1
E1( v +1) = − Y L12 E (v)
2 − Y L13 E 3 - Y L14 E 4
(v) (v)
E1(v)*
K L3
E 3( v +1) = − Y L 31 E1(v) − Y L 35 E 5(v)
E 3(v)*
K L4
E (4v +1) = − Y L 41 E (v)
4 − Y L 46 E 6
(v)
E (v)
4
*
K L5
E 5( v +1) = − Y L 52 E (v)
2 − Y L 53 E 3
(v)
E 5(v)*
K L6
E (6v +1) = − Y L 62 E (v)
2 − Y L 64 E 4
(v)
E (v)
6
*
46
3. Para todos os nós (com exceção do nó de referência) testa-se o nó é do tipo P-
V. Se for salta-se para o item 5. Se for do tipo P-Q continua-se.
4. Calcula-se Ei usando a equação (2.5), onde as tensões do segundo membro são
aquelas obtidas da iteração anterior (ou de acordo com o item 1 para a
primeira iteração). Segue-se, agora, diretamente para o item 6.
5. Este item aplica-se somente às barras do tipo P-V.
para i = 1, 2, 3, ..., n.
47
Aspectos computacionais
Parte Real:
1 ⎡ Pi e i + Q *i f i ⎤
ei = ⎢ − ∑ n
k =1; k ≠ i G ik e k + ∑ n
k =1 B ik f k ⎥ (2.9a)
⎣ ei + fi
2 2
G ii ⎦
Parte Imaginária:
1 ⎡ Pi f i + Q *i e i ⎤
fi = ⎢ − ∑ n
k =1; k ≠ i G ik f k + ∑ n
k =1 B ik e k ⎥ (2.9b)
⎣ ei + fi
2 2
G ii ⎦
onde:
O teste de convergência também pode ser dividido em duas partes, uma real e
outra imaginária a saber:
e iv +1 − e iv ≤ ε re f iv +1 − f iv ≤ ε im
( )
E iv−+ac1 = α E iv +1 − E iv−ac + E iv
( )
e iv−+ac1 = α re e iv +1 − e iv−ac + e iv
( )
f iv−+ac1 = α im f iv +1 − f iv−ac + f iv
48
2.5. O MÉTODO DE NEWTON RAPHSON:
2.5.1. O Método:
xj+1 = xj + ∆xj
f (x j )
tan α =
∆x j
f xj
∆x = 1 j
j ( )
f x ( )
Figura
•
•
49
•
fn(x1, x2, ... , xn) = 0
x j+1 = x j + ∆x j
onde
∆x j = −[J ] . F x j
−1
( )
F( x j ) : é o vetor constituído pelas equações (2.10)
[J ] : é a matriz das derivadas parciais de primeira ordem das equações (2.10),
chamada Matriz Jacobiana, cujos elementos são: Jik = ∂fi / ∂xk e Jii =
∂fi / ∂xi.
⎡ f1 (x 1 , x 2 ) = x 12 + x 22 − 5 = 0
⎣ f 2 (x 1 , x 2 ) = x 12 + x 22 + 3 = 0 As raízes serão x1 = + 1 e x2 = + 2
⎡0,5⎤
x1 = ⎢ ⎥
⎣1,5 ⎦
( ) ⎡− 2,5⎤
F x1 = ⎢ ⎥
⎣ 1,0 ⎦
50
O 3o passo é a montagem da Matriz Jacobiana [J]:
∂f 2 / ∂x 1 = 2x 1 → 2x 11 = 2 . 0,5 = 1,0
⎡1 3 ⎤
J=⎢ ⎥
⎣1 − 3⎦
1 ⎡− 3 − 3⎤ ⎡1 / 2 1 / 2 ⎤
J −1 = − ⎢ =
6 ⎣ − 1 1 ⎥⎦ ⎢⎣1 / 6 − 1 / 6⎥⎦
⎡1 / 2 1 / 2 ⎤ ⎡− 2,5⎤ ⎡0,75⎤
∆x 1 = − ⎢ ⎥x⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎣1 / 6 − 1 / 6⎦ ⎣ 1,0 ⎦ ⎣0,58⎦
xj+1 = xj + ∆xj
Visualização gráfica:
51
Figura
Pi − jQ i
∑nk =1 Yik E k =
E *i
Pi − jQ i = ∑nk = Yik E k E *i
ou ainda:
52
As equações (2.12) podem ser ainda reescritas na seguinte forma:
[ ]
G iP + PiG − PiC − Vi ∑nkni Vk (G ik . cosθ ik + B ik . senθ ik ) = ∆Q = 0 (2.13)
[ ]
G iq + Q iG − Q iC − Vi ∑nkni Vk (G ik . senθ ik − B ik . cosθ ik ) = ∆Q = 0
Notas importantes:
⎡θ⎤
x=⎢ ⎥
⎣V ⎦
onde θ é o vetor dos ângulos das tensões para todos os nós (exceto aquele de
referência) e V é o vetor dos módulos das tensões para as barras P-Q.
f) As equações (2.13) também podem ser expressas vetorialmente:
⎡ gp ⎤
⎢ ⎥
g = ⎢− − −⎥
⎢ gq ⎥
⎣ ⎦
53
2.5.4. Equacionamento Matricial do Método de Newton-Raphson:
Já foi visto que: xj+1 = xj + ∆xj, onde ∆xj = -J1 . gj. Desta forma a Matriz
Jacobiana [J] deverá possuir quatro submatrizes:
⎡H N ′⎤
J=⎢ ⎥
⎣J L′ ⎦
onde:
H ik = ∂g ip / ∂θ k ; H ii = ∂g ip / ∂θ i
J ik = ∂g iq / ∂θ k ; J ii = ∂g iq / ∂θ i
Finalmente:
⎡ θ j+1 ⎤ ⎡ θ j ⎤ ⎡ ∆ θ j ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ...... ⎥ = ⎢......⎥ + ⎢ ...... ⎥
⎢ V j+1 ⎥ ⎢ V j ⎥ ⎢ ∆ V j ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
x j+1 = x j + ∆x j
onde:
−1
⎡ ∆θ j ⎤ ⎡ H N′ ⎤ ⎡ ∆P j ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ...... ⎥ = − ⎢...... ......⎥ . ⎢ ...... ⎥ (2.14)
⎢ ∆V j ⎥ ⎢ J L ′ ⎥⎦ ⎢⎣ ∆ Q j ⎥⎦
⎣ ⎦ ⎣
∆x j = −(J ) . g j
−1
54
⎡ ∆P j ⎤ ⎡ H N ′ ⎤ ⎡ ∆ θ j ⎤ ⎡ H N ′.V ⎤ ⎡ ∆ θ j ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ...... ⎥ = − ⎢...... ......⎥ . ⎢ ...... ⎥ = ⎢...... ...... ⎥ . ⎢ ...... ⎥
⎢∆Q j ⎥ ⎢ J L ′ ⎥⎦ ⎢⎣ ∆V ′⎥⎦ ⎢⎣ J L ′.V ⎥⎦ ⎢⎣(∆V / V ) ⎥⎦
j
⎣ ⎦ ⎣
( ) (
N ik = Vk ∂g ip / ∂Vk ; N ii = Vi ∂g ip / ∂Vi )
( ) (
L ik = Vk ∂g iq / ∂Vk ; L ii = Vi ∂g iq / ∂Vi )
Com estas modificações, as equações (2.14) ficarão da seguinte forma:
⎡ θ j+1 ⎤ ⎡ θ j ⎤ ⎡ ∆ θ j ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ...... ⎥ = ⎢......⎥ + ⎢ ...... ⎥ (2.15a)
⎢ V j+1 ⎥ ⎢ V j ⎥ ⎢(∆ V / V )j ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
onde:
⎡ ∆θ j ⎤ ⎡ H N′ ⎤ ⎡ ∆P j ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ...... ⎥ = − ⎢...... ......⎥ . ⎢ ...... ⎥ (2.15b)
⎢(∆V / V )j ⎥ ⎢ J L ′ ⎥⎦ ⎢⎣ ∆ Q j ⎥⎦
⎣ ⎦ ⎣
|∆Pi| < εp
|∆Qi| < εq
55
Para todos os elementos de ∆P e ∆Q. Valores típicos para os ε’s são entre 0,01 e
0,0001.
H ik =
∂g ip
=
∂
∂θ k ∂θ k
[
PiG − PiC − Vi ∑kni Vk (G ik cos θ ik + B ik sen θ ik ) ]
onde
Elementos da submatriz N:
N ik =
∂g ip
∂θ k
= Vk
∂
∂Vk
[
PiG − PiC − Vi ∑kni Vk (G ik cos θ ik + B ik sen θ ik ) ]
desta forma:
Elementos da submatriz J:
J ik =
∂g iq
=
∂
∂θ k ∂θ k
[
Q iG − Q iC − Vi ∑kni Vk (G ik sen θ ik − B ik cos θ ik ) ]
então:
Elementos da submatriz L:
L ik = Vk =
∂g iq
∂Vk
= Vk
∂
∂Vk
[ ]
G iG − Q iC − Vi ∑kni Vk (G ik sen θ ik + B ik cos θ ik )
56
desta forma:
onde:
kni – indica o conjunto de todos os nós k diretamente conectados a i, incluindo-
se k=i.
PiT e Q iT - potências transmitidas do nó i para o resto do sistema, respectivamente
∆P e ∆Q na equação (2.13).
Desvantagens:
Vantagem:
57
Figura sem número pag. 64
DADOS DA LINHA
Solução:
Matriz de admitância:
⎡0,1923 - 0,1923⎤
G=⎢
⎣- 0,193 0,1923 ⎥⎦
⎡− 0,9415 0,9615⎤
B=⎢
⎣0,9615 - 0,9415⎥⎦
Equações:
58
O número de equações do tipo das equações (2.13) é dado por: nPV + 2 nPQ.
Portanto nPV = 1 e nPQ = 0, haverá apenas uma equação (2.13), aquela da
potência ativa:
1a Iteração:
a)
b) Teste de convergência: | ∆Pi | < εp ⇒ | -0,4| > 0,003 desta forma o processo
iterativo continua.
c) Cálculo do Jacobiano:
⎡ ∆θ j ⎤ ⎡ H N′ ⎤ ⎡ ∆P j ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ...... ⎥ = − ⎢...... ......⎥ . ⎢ ...... ⎥
⎢(∆V / V )j ⎥ ⎢ J L ′ ⎥⎦ ⎢⎣ ∆ Q j ⎥⎦
⎣ ⎦ ⎣
59
Da equação (2.15b) observa-se que o Jacobiano possui apenas o termo em H
(obtido da equação (2.16a):
( ) 2
H 22 = V2( 0) B 22 + V2( 0) (G 21 sen θ 21 − B 21 cos θ 21 ) + V2( 0) (G 22 sen θ 22 − B 22 cos θ 22 )
d) A equação (2.15b) ficará ∆θj = -H-1 . ∆Pj, que aplicada para a 1a Iteração será:
2a Iteração:
d) Variação de ∆θ:
( )
∆θ (1) = − 1 / H (221) . ∆P2(1) = −(1 / − 0,8002) . (-0,0279) = -0,0349
3a Iteração:
60
Exemplo 2: Trocando-se a barra 2 de PV para PQ, então haverá duas incógnitas
para a barra 2: V2 e θ2. Resolver este sistema (os dados da linha foram mantidos
iguais ao do exemplo anterior).
Solução: Para este caso, sendo nPV = 0 e nPQ = 1 o no de equações (2.13) = nPV +
2. NPQ = 2, serão utilizadas as duas equações (2.13):
Potência Ativa:
Potência Reativa:
61
1a Iteração:
a) ∆P2(0) = −0,3 − 0,1923V2(0) (V2( 0) − cos θ (20) ) − 0,9615V2(0) sen θ (20) = −0,2
b) Teste de convergência:
c) Matriz Jacobiana:
H (220) = (V2( 0) ) 2 B 22 + V2( 0) [V1( 0) (G 21 sen θ (210) − B 21 cos θ (210) ) + V2( 0) (G 22 sen θ (220) − B 22 cos θ (220) )]
como θ (210) = 0 o e θ (0)
22 = 0
o
tem-se que:
[
H (220) = (V2( 0) ) 2 0,9415 + V2(0) V1( 0) (−0,9615) + V2( 0) (0,9415) = −0,9615 ]
Da equação (2.16b):
J (220) = (V2( 0) ) 2 G 22 − V2( 0) [V1( 0) (G 21 cos θ (210) + B 21 sen θ (210) ) + V2( 0) (G 22 cos θ (220) + B 22 sen θ (220) )] =
( ) 2
[
= V2( 0) G 22 − V2( 0) V1( 0) (−0,1923) cos θ (20) . (0,1923) = 0,1923 ]
Da equação (2.16c):
N (220) = −(V2( 0) ) 2 G 22 − V2( 0) [V1( 0) (G 21 cos θ (210) + B 21 sen θ (210) ) + V2( 0) (G 22 cos θ (220) + B 22 sen θ (220) )] =
= −0,1923
Da equação (2.16d)
N (220) = (V2( 0) ) 2 B 22 − V2( 0) [V1( 0) (G 21 sen θ (210) − B 21 cos θ (210) ) + V2( 0) (G 22 sen θ (220) − B 22 cos θ (220) )] =
= −0,9215
62
−1
⎡ θ (20) ⎤ ⎡H (220) N (220) ⎤ ⎡∆P2(0) ⎤ ⎡0,9615 − 0,1923 ⎤ ⎡- 0,3⎤ ⎡− 0,3183⎤
⎢ (0) ⎥ = ⎢ (0) ⎥ . ⎢ ⎥ = − ⎢ 0,1923 − 0,9215⎥ . ⎢0,09⎥ = ⎢ 0,0312 ⎥
⎣V2 / V ⎦ ⎣ J 22 L(22
0) (0)
⎦ ⎣ Q2 ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
2a Iteração
b) Teste de convergência:
c) Matriz jacobiana:
Da equação (2.16a):
[ ( ) (
H (221) = (V2(1) ) 2 B 22 + V2(1) V1(1) G 21 sen θ (211) − B 21 cos θ (211) + V2(1) G 22 sen θ (221) − B 22 cos θ (221) )]
como θ (211) = −0,3183 rds e θ (0)
22 = 0 tem-se que:
( ) [
H (221) = V2(1) (−0,9415) + V2(1) V1(1) (− 0,1923 se(-0,3183rds ) − 0,9615 cos(−0,3183rds)
2
]
+ V2(1) (0,9415)] = −0,8796
Da equação (2.16b):
63
[ ( ) (
N (221) = −(V2(1) ) 2 G 22 − V2(1) V1(1) G 21 cos θ (211) + B 21 sen θ (211) + V2(1) G 22 cos θ (221) − B 22 sen θ (221) = )]
= 0,0802
Da equação (2.16c):
[ ( ) ( )]
J (221) = (V2(1) ) 2 G 22 − V2(1) V1(1) G 21 cos θ (211) + B 21 sen θ (211) + V2(1) G 22 cos θ (221) − B 22 sen θ (221) =
= 0,4986
Da equação (2.16d):
L(22
1)
[ ( ) ( )]
= (V2(1) ) 2 B 22 − V2(1) V1(1) G 21 sen θ (211) − B 21 cos θ (211) + V2(1) G 22 sen θ (221) − B 22 cos θ (221) =
= 0,0888
−1 −1
⎡ θ (21) ⎤ ⎡H (221) N (221) ⎤ ⎡ ∆P2(1) ⎤ ⎡− 0,8796 0,0802 ⎤ ⎡- 0,0059⎤ ⎡− 0,0119⎤
⎢ (1) ⎥ = − ⎢ (1) 1) ⎥
. .⎢ (1) ⎥ = − ⎢ ⎥ . ⎢ ⎥=⎢ ⎥
⎣V2 / V ⎦ ⎣ J 22 L(22 ⎦ ⎣∆Q 2 ⎦ ⎣ 0,4986 − 1,0888⎦ ⎣- 0,0515⎦ ⎣ − 0,0528⎦
3a Iteração:
∆P2( 2) = −0,3 − 0,1923V2( 2) (V2( 2) − cos θ (22) ) − 0,9615V2( 2) sen θ (22) = −0,0011
a)
∆Q (22) = 0,07 − (V2( 2) ) 2 .0,9415 + 0,1923V2( 2) sen θ (22) + 0,9615V2( 2) . cos θ (22) = −0,0024
b) Teste de convergência:
64
2.3. O MÉTODO DESACOPLADO RÁPIDO:
Solução:
⎧⎪x ( j+1) = x ( j) + ∆x ( j)
⎨ ( j)
[ ] −1
⎪⎩∆x = y ′ ( j) .y ( j)
a) Newton-Raphson tradicional:
Assim:
[ ]
∆x (1) = − y ′ (1)
−1
.y (1) =
1
2
(−3) =
3
2
e
x(2) = x(1) + ∆x(1) = 1 + 3/2 = 2,5
y(3) = [x(3)]2 – 4 = 2,052 – 4 = 0,2025, que é menor que a tolerância (ou erro): 0,25
→ 0,2025 < 0,25
b) Derivada constantes:
65
b.1)
⎧ (1) ⎛ − 1 ⎞ (1) 1
⎪∆x = ⎜⎜ ⎟⎟.y = − .(−3) = 0,75
y ′ = 4 ⇒ para j = 1⎨ ⎝ + y' ⎠ 4
⎪ ( 2)
⎩x = x + ∆x = 1 + 0,75 = 1,75 ⇒ y = x
(1) (1) ( 2) ( 2)
[ ]2
− 4 = 1,75 2 − 4 = −0,94
⎛ −1⎞ 1
para j = 2: ∆x ( 2) = ⎜⎜ ⎟⎟ y ( 2) = − x (−0,94) = 0,235
⎝ y′ ⎠ 4
x(3) = x(2) + ∆x(2) = 1,75 + 0,235 = 1,985 → Raiz procurada (y(3) = [x(3)]2 – 4 = -
0,06
⎛1⎞ 1
b.2) y’ = 1: para j = 1: ∆x (1) = −⎜⎜ ⎟⎟ y ( 2) = − x − 3 = 3
⎝ y′ ⎠ 1
y(2) = [x(2)]2 – 4 = 16 – 4 = 12
⎡ θ j+1 ⎤ ⎡ θ j ⎤ ⎡ ∆ θ j ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ...... ⎥ = ⎢......⎥ + ⎢ ...... ⎥
⎢ V j+1 ⎥ ⎢ V j ⎥ ⎢(∆ V / V )j ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
onde:
66
⎡ ∆θ j ⎤ ⎡ H N′ ⎤ ⎡ ∆P j ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ...... ⎥ = − ⎢...... ......⎥ . ⎢ ...... ⎥
⎢(∆V / V )j ⎥ ⎢ J L ′ ⎥⎦ ⎢⎣ ∆ Q j ⎥⎦
⎣ ⎦ ⎣
⎡ ∆P j ⎤ ⎡ H N′ ⎤ ⎡ ∆θ j ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ...... ⎥ = − ⎢...... ......⎥ . ⎢ ...... ⎥ (2.17)
⎢∆Q j ⎥ ⎢ J L ′ ⎥⎦ ⎢⎣(∆V / V ) ⎥⎦
j
⎣ ⎦ ⎣
⎡ ∆P j ⎤ ⎡ H ......⎤ ⎡ ∆ θ j ⎤ ⎡ H . ∆θ j ⎤
⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥ ⎢ ⎥
⎢ ...... ⎥ = − ⎢...... ......⎥ . ⎢ ...... ⎥ = − ⎢ ............ ⎥ (2.18)
⎢∆Q j ⎥ ⎢...... L ′ ⎥ ⎢(∆V / V )j ⎥ ⎢ L ′ . (∆V/V )j ⎥
⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦ ⎣ ⎦
67
Figura sem número pag. 74
BI
⎡ ∆Q 3j ⎤ V3 B 35 V5 ⎤ ⎡ (∆V3 /V3 ) ⎤
j
⎡ V3 B 33 V3 V3 B 34 V4
⎢ j⎥ ⎢ ⎢ j⎥
⎢∆Q 4 ⎥ = − ⎢V4 B 43 V3 V4 B 44 V4 V4 B 45 V5 ⎥⎥ . ⎢(∆V4 / V4 ) ⎥
⎢ ∆Q j ⎥ ⎢⎣ V5 B 53 V3 V5 B 55 V5 ⎥⎦ ⎢ (∆V5 / V5 ) ⎥
j
⎣ 5⎦ V5 B 54 V4
⎣ ⎦
BII
Nas duas equações acima, as tensões à esquerda das susceptâncias podem ser
levadas para o 1o membro:
∆P / V j = −B I V x ∆ θ j
∆ Q / V j = − B II x ∆V j
∆P / V j = −B I x ∆ θ j
∆ Q / V j = − B II x ∆V j (2.20)
68
NOTAS:
Aspectos computacionais:
69
• expressões para testes de convergência
| ∆Pi | ≤ εp
| ∆Qi | ≤ εq
70
Figura
Solução:
B′kk = ∑1NB1 / x kk ⇒ B′22 = 1 / j1,0 = j1,0 ⇒ B′22 = (1,0) → aqui omitiu-se “bsh = j0,02”.
B′kk
′ = − B kk (da matriz de admitância) ⇒ B′22
′ = + B 22 = −0,9415 → aqui inclui-se
“bsh = j0,02”.
1a Iteração
a) ∆P2 ?
b) Teste de convergência:
71
c) ∆θ (20) = ? Das equações (2.20): ∆P/Vj = - BI . ∆θj
( )
∆P2( 0) / V2( 0) = − B′22 .∆θ (20) ⇒ ∆θ (20) = − ∆P2( 0) / V2( 0) / B′22 = −(− 0,3 / − 1,0 ) / 1,0 = −0,3rds
1a Iteração QV
a) ∆Q2 = ?
b) Teste de convergência:
(
∆Q (20) / V2( 0) = − B′22 ) ( ) ′ = −(0,0098 / 1,0 ) / − 0,9415 =
′ .∆V2( 0) ⇒ ∆V2( 0) = − ∆Q (20) / V2( 0) / B′22
0,0104
d) V2(1) = V2(0) + ∆V2(0) = 1,0 − 0,0104 = 0,9896 pu
2a Iteração Pθ:
b) Teste de convergência:
c) ∆θ (21) = −(∆P2(1) / V2(1) )/ B′22 = −[(− 0,0253 / 0,9896) / − 1,0] = −0,0256 rds
2a Iteração QV:
72
b) Teste de convergência:
3a Iteração Pθ:
a) ∆P2( 2) = −0,3 − 0,1923V2( 2) (V2( 2) − cos θ (22) ) − 0,9615V2( 2) sen θ (22) = −0,005
b) Teste de convergência:
c) ∆θ (22) = (∆P2( 2) / V2( 2) )/ B′22 = −(− 0,005 / 0,9774) / − 1,0 = −0,0051 rds
3a Iteração QV:
b) Teste de convergência:
4a Iteração Pθ:
a) ∆P2(3) = −0,3 − 0,1923V2( 2) (V2( 2) − cos θ (23) ) − 0,9615V2( 2) sen θ (23) = −0,001
b) Teste de convergência:
73
NOTAS:
V2 = 0,9784∠-0,3302 rds
2. Os resultados poderiam ser mais próximos ainda, bastaria que para isso se
aumentasse o número de iterações (diminuindo-se a tolerância).
BIBLIOGRAFIA:
74