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Contabilidade Geral e Avançada


Curso Contabilidade para AFRFB
Professor: Silvio Sande

PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 23


Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro
O objetivo deste Pronunciamento é definir critérios para a seleção e a mudança de políticas contábeis,
juntamente com o tratamento contábil e divulgação de mudança nas políticas contábeis, a mudança nas
estimativas contábeis e a retificação de erro. O Pronunciamento tem como objetivo melhorar a relevância
e a confiabilidade das demonstrações contábeis da entidade, bem como permitir sua comparabilidade ao
longo do tempo com as demonstrações contábeis de outras entidades.

Alcance
Este Pronunciamento deve ser aplicado na seleção e na aplicação de políticas contábeis, bem como na
contabilização de mudança nas políticas contábeis, de mudança nas estimativas contábeis e de retificação
de erros de períodos anteriores.
Os efeitos tributários de retificação de erros de períodos anteriores e de ajustes retrospectivos feitos
para a aplicação de alterações nas políticas contábeis são contabilizados e divulgados de acordo com o
Pronunciamento Técnico CPC 32 – Tributos sobre o Lucro.

Definições :

Políticas contábeis são os princípios, as bases, as convenções, as regras e as práticas específicas


aplicados pela entidade na elaboração e na apresentação de demonstrações contábeis.

Mudança na estimativa contábil é um ajuste nos saldos contábeis de ativo ou de passivo, ou nos
montantes relativos ao consumo periódico de ativo, que decorre da avaliação da situação atual e das
obrigações e dos benefícios futuros esperados associados aos ativos e passivos. As alterações nas
estimativas contábeis decorrem de nova informação ou inovações e, portanto, não são retificações de
erros.

Omissão material ou incorreção material é a omissão ou a informação incorreta que puder,


individual ou coletivamente, influenciar as decisões econômicas que os usuários das demonstrações
contábeis tomam com base nessas demonstrações. A materialidade depende da dimensão e da natureza
da omissão ou da informação incorreta julgada à luz das circunstâncias às quais está sujeita. A dimensão
ou a natureza do item, ou a combinação de ambas, pode ser o fator determinante.

Erros de períodos anteriores são omissões e incorreções nas demonstrações contábeis da entidade
de um ou mais períodos anteriores decorrentes da falta de uso, ou uso incorreto, de informação confiável
que:

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(a) estava disponível quando da autorização para divulgação das demonstrações contábeis desses
períodos; e
(b) pudesse ter sido razoavelmente obtida e levada em consideração na elaboração e na apresentação
dessas demonstrações contábeis.

Tais erros incluem os efeitos de erros matemáticos, erros na aplicação de políticas contábeis, descuidos
ou interpretações incorretas de fatos e fraudes.

Aplicação retrospectiva é a aplicação de nova política contábil a transações, a outros eventos e a


condições, como se essa política tivesse sido sempre aplicada.

Reapresentação retrospectiva é a correção do reconhecimento, da mensuração e da divulgação de


valores de elementos das demonstrações contábeis, como se um erro de períodos anteriores nunca
tivesse ocorrido.

Aplicação prospectiva de mudança em política contábil e de reconhecimento do efeito de


mudança em estimativa contábil representa, respectivamente:
(a) a aplicação da nova política contábil a transações, a outros eventos e a condições que ocorram após
a data em que a política é alterada; e
(b) o reconhecimento do efeito da mudança na estimativa contábil nos períodos corrente e futuro
afetados pela mudança.

Políticas contábeis

Seleção e aplicação de políticas contábeis

Quando Pronunciamento, Interpretação ou Orientação se aplicar especificamente a uma transação, a


outro evento ou circunstância, a política ou políticas contábeis aplicadas a esse item devem ser
determinadas pela aplicação do Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, e considerando quaisquer
guias de implementação relevantes emitidos pelo CPC no tocante ao Pronunciamento, Interpretação ou
Orientação em questão.

Os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações estabelecem políticas contábeis que o CPC concluiu


resultarem em demonstrações contábeis, contendo informação relevante e confiável sobre as transações,
outros eventos e condições a que se aplicam. Essas políticas não precisam ser aplicadas quando o efeito
da sua aplicação for imaterial. Contudo, não é apropriado produzir, ou deixar de corrigir, incorreções

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imateriais em relação a eles para se alcançar determinada apresentação da posição patrimonial e


financeira (balanço patrimonial), do desempenho (demonstração do resultado) ou dos fluxos de caixa da
entidade.

Na ausência de Pronunciamento, Interpretação ou Orientação que se aplique especificamente a uma


transação, outro evento ou condição, a administração exercerá seu julgamento no desenvolvimento e na
aplicação de política contábil que resulte em informação que seja:
(a) relevante para a tomada de decisão econômica por parte dos usuários; e
(b) confiável, de tal modo que as demonstrações contábeis:
(i) representem adequadamente a posição patrimonial e financeira, o desempenho financeiro e os fluxos
de caixa da entidade;
(ii) reflitam a essência econômica de transações, outros eventos e condições e, não, meramente a forma
legal;
(iii) sejam neutras, isto é, que estejam isentas de viés;
(iv) sejam prudentes; e
(v) sejam completas em todos os aspectos materiais.

Uniformidade de políticas contábeis


13. A entidade deve selecionar e aplicar suas políticas contábeis uniformemente para transações
semelhantes, outros eventos e condições, a menos que Pronunciamento, Interpretação ou Orientação
especificamente exija ou permita a classificação de itens para os quais possam ser aplicadas diferentes
políticas. Se um Pronunciamento, Interpretação ou Orientação exigir ou permitir tal classificação, uma
política contábil apropriada deve ser selecionada e aplicada uniformemente para cada categoria.

Mudança nas políticas contábeis


14. A entidade deve alterar uma política contábil apenas se a mudança:
(a) for exigida por Pronunciamento, Interpretação ou Orientação; ou
(b) resultar em informação confiável e mais relevante nas demonstrações contábeis sobre os efeitos das
transações, outros eventos ou condições acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho ou
dos fluxos de caixa da entidade.

Não constituem mudanças nas políticas contábeis:


(a) a adoção de política contábil para transações, outros eventos ou condições que difiram em essência
daqueles que ocorriam anteriormente; e
(b) a adoção de nova política contábil para transações, outros eventos ou condições que não ocorriam
anteriormente ou eram imateriais.

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Aplicação de mudanças de políticas contábeis


(a) A entidade deve contabilizar uma mudança na política contábil resultante da adoção inicial de
Pronunciamento, Interpretação ou Orientação, de acordo com as disposições transitórias específicas, se
existirem, expressas nesse Pronunciamento, Interpretação ou Orientação.
(b) Quando a entidade muda uma política contábil na adoção inicial de Pronunciamento, Interpretação
ou Orientação que não inclua disposições transitórias específicas que se apliquem a essa mudança, ou
quando muda uma política contábil voluntariamente, ela deve aplicar a mudança retrospectivamente.

Aplicação retrospectiva
Observado o disposto no item 23, quando uma mudança na política contábil é aplicada,
retrospectivamente, de acordo com os itens 19(a) ou (b), a entidade deve ajustar o saldo de abertura
de cada componente do patrimônio líquido afetado para o período anterior mais antigo apresentado e
os demais montantes comparativos divulgados para cada período anterior apresentado, como se a nova
política contábil tivesse sempre sido aplicada.
Limitação à aplicação retrospectiva
Quando a aplicação retrospectiva for exigida pelos itens 19(a) ou (b), uma mudança na política contábil
deve ser aplicada retrospectivamente, exceto quando for impraticável determinar os efeitos específicos
do período ou o efeito cumulativo da mudança.
Quando for impraticável determinar o período dos efeitos específicos da mudança na política contábil na
informação comparativa para um ou mais períodos anteriores apresentados, a entidade deve aplicar a
nova política contábil aos saldos contábeis de ativos e passivos de abertura do período mais antigo para
o qual seja praticável a aplicação retrospectiva, que pode ser o período corrente, e deve proceder ao
ajuste correspondente no saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido desse período.

Limitação à aplicação retrospectiva


Quando a aplicação retrospectiva for exigida pelos itens 19(a) ou (b), uma mudança na política contábil
deve ser aplicada retrospectivamente, exceto quando for impraticável determinar os efeitos específicos
do período ou o efeito cumulativo da mudança.
Quando for impraticável determinar o período dos efeitos específicos da mudança na política contábil na
informação comparativa para um ou mais períodos anteriores apresentados, a entidade deve aplicar a
nova política contábil aos saldos contábeis de ativos e passivos de abertura do período mais antigo para
o qual seja praticável a aplicação retrospectiva, que pode ser o período corrente, e deve proceder ao
ajuste correspondente no saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido desse período.
Quando for impraticável à entidade aplicar a nova política contábil retrospectivamente, porque não pode
determinar o efeito cumulativo da aplicação da política a todos os períodos anteriores, a entidade, de
acordo com o item 25, deve aplicar a nova política prospectivamente desde o início do período mais

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antigo praticável. Portanto, ignora-se a parcela do ajuste cumulativo em ativos, passivos e patrimônio
líquido correspondente a períodos anteriores.

Mudança nas estimativas contábeis


Como consequência das incertezas inerentes às atividades empresariais, muitos itens nas demonstrações
contábeis não podem ser mensurados com precisão, podendo apenas ser estimados. A estimativa
envolve julgamentos baseados na última informação disponível e confiável. Por exemplo, podem ser
exigidas estimativas de:
(a) créditos de liquidação duvidosa;
(b) obsolescência de estoque;
(c) valor justo de ativos financeiros ou passivos financeiros;
(d) vida útil de ativos depreciáveis ou o padrão esperado de consumo dos futuros benefícios econômicos
incorporados nesses ativos; e
(e) obrigações decorrentes de garantias.

O uso de estimativas razoáveis é parte essencial da elaboração de demonstrações contábeis e não reduz
sua confiabilidade.

A estimativa pode necessitar de revisão se ocorrerem alterações nas circunstâncias em que a estimativa
se baseou ou em consequência de novas informações ou de maior experiência. Dada a sua natureza, a
revisão da estimativa não se relaciona com períodos anteriores nem representa correção de erro.

A mudança na base de avaliação é uma mudança na política contábil e não uma mudança na estimativa
contábil. Quando for difícil distinguir uma mudança na política contábil de uma mudança na estimativa
contábil, a mudança é tratada como mudança na estimativa contábil.

Retificação de erro
Erros podem ocorrer no registro, na mensuração, na apresentação ou na divulgação de elementos de
demonstrações contábeis. As demonstrações contábeis não estarão em conformidade com os
Pronunciamentos, Interpretações e Orientações deste CPC se contiverem erros materiais ou erros
imateriais cometidos intencionalmente para alcançar determinada apresentação da posição patrimonial
e financeira, do desempenho ou dos fluxos de caixa da entidade. Os potenciais erros do período corrente
descobertos nesse período devem ser corrigidos antes de as demonstrações contábeis serem autorizadas
para publicação. Contudo, os erros materiais, por vezes, não são descobertos até um período
subsequente, e esses erros de períodos anteriores são corrigidos na informação comparativa apresentada
nas demonstrações contábeis desse período subsequente (ver itens 42 a 47).

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A entidade deve corrigir os erros materiais de períodos anteriores retrospectivamente no primeiro


conjunto de demonstrações contábeis cuja autorização para publicação ocorra após a descoberta de tais
erros:
(a) por reapresentação dos valores comparativos para operíodo anterior apresentado em que tenha
ocorrido o erro; ou
(b) se o erro ocorreu antes do período anterior mais antigo apresentado, da reapresentação dos saldos
de abertura dos ativos, dos passivos e do patrimônio líquido para o período anterior mais antigo
apresentado.

Limitação à reapresentação retrospectiva


Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação retrospectiva, salvo quando for
impraticável determinar os efeitos específicos do período ou o efeito cumulativo do erro.
Quando for impraticável determinar os efeitos de erro em um período específico na informação
comparativa para um ou mais períodos anteriores apresentados, a entidade deve retificar os saldos de
abertura de ativos, passivos e patrimônio líquido para o período mais antigo para o qual seja praticável
a reapresentação retrospectiva (que pode ser o período corrente).
Quando for impraticável determinar o efeito cumulativo, no início do período corrente, de erro em todos
os períodos anteriores, a entidade deve retificar a informação comparativa para corrigir o erro
prospectivamente a partir da data mais antiga praticável.

Divulgação de erro de período anterior


a entidade deve divulgar:
(a) a natureza do erro de período anterior;
(b) o montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida em que seja praticável
(c) o montante da retificação no início do período anterior mais antigo apresentado; e
(d) as circunstâncias que levaram à existência dessa condição e uma descrição de como e desde quando
o erro foi corrigido, se a reapresentação retrospectiva for impraticável para um período anterior em
particular.
As demonstrações contábeis de períodos subsequentes à retificação do erro não precisam repetir essas
divulgações.

01. (FGV/PREFSALVADOR/2017) Uma sociedade empresária utilizava o método PEPS para avaliar o
seu estoque. Em 31/12/2014, a composição do estoque era a seguinte:

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Em 2015, houve a venda de uma unidade por R$ 21.000, de modo que a sociedade empresária apurou
lucro de R$ 9.000.
Em 2016, os contadores da sociedade empresária julgaram que o melhor método de avaliação para seu
estoque era o custo médio. Portanto, em 31/12/2016, a sociedade empresária apresentou suas
demonstrações contábeis de acordo com o custo médio. Em
suas demonstrações comparativas de 2015, ela também utilizou o custo médio, por se tratar de mudança
de política contábil. O lucro em 31/12/2015, de acordo com esse método, foi de R$ 6.000.

Assinale a opção que indica a Demonstração Contábil em que deve ser contabilizado o ajuste referente
à diferença entre o lucro apurado pelo custo médio e o lucro apurado pelo PEPS, que é de R$ 3.000.
A) Balanço Patrimonial.
B) Demonstração do Resultado do Exercício.
C) Demonstração dos Resultados Abrangentes.
D) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido.
E) Demonstração do Valor Adicionado.

02. (CESPE/TJ-SE/2014) Se ocorrer modificação na base de avaliação de um ativo não monetário de


determinada entidade e não for possível determinar se essa modificação configura uma mudança na
política contábil ou na estimativa contábil, a entidade deverá considerar que ocorreu mudança na
estimativa contábil.

03. (FEPESE/ TCE-SC/2014) De acordo com o CPC 23, erros podem ocorrer:
1. Na mensuração. 2. No registro.
3. Na conceituação. 4. Na divulgação.
5. Na apresentação.

Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. a) São corretas apenas as afirmativas 2,
3 e 4.
b) São corretas apenas as afirmativas 3, 4 e 5.

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c) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 4.


d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 3 e 5.
e) São corretas apenas as afirmativas 1, 2, 4 e 5.

04. (FBC/ CFC/2015.2) De acordo com o disposto na NBC TG 23 (R1) – Políticas Contábeis, Mudança
de Estimativa e Retificação de Erro, julgue os itens abaixo e, em seguida, assinale a opção CORRETA.
I. O efeito da mudança de estimativa comporta aplicação retrospectiva, no caso de aplicação praticável,
resultando no ajuste dos saldos anteriores impactados pela mudança.
II. A mudança na estimativa de vida útil de um ativo depreciável deve ser tratada como mudança de
política contábil com aplicação retrospectiva, quando praticável.
III. Na aplicação da mudança de uma política contábil de forma retrospectiva, quando for exigida e
praticável, a entidade deve ajustar o saldo de abertura de cada componente do patrimônio líquido afetado
para o período anterior mais antigo apresentado.

Está(ão) CORRETO(S) o(s) item(ns):


a) I e II, apenas.
b) I e III, apenas.
c) I, II e III.
d) III, apenas.

05.(FBC/CFC/2014.1) Com relação à retificação dos erros de períodos anteriores, estabelecida na


NBC TG 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, julgue os itens abaixo e,
em seguida assinale a opção CORRETA.
I. Podem ocorrer erros no registro, na mensuração, na apresentação ou na divulgação de elementos de
demonstrações contábeis.
II. Os potenciais erros do período corrente descobertos nesse período devem ser corrigidos somente
depois de as demonstrações contábeis serem autorizadas para publicação.
III. Um erro de período anterior deve ser corrigido por reapresentação retrospectiva, salvo quando for
impraticável determinar os efeitos específicos do período ou o efeito cumulativo do erro.

Está(ão) certo(s) o(s) item(ns):


a) III, apenas.
b) I e II, apenas.
c) I e III, apenas.
d) I, II e III.

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06. (FGV/TJ-BA/2015) A Cia Bons Tempos apresenta preponderância de itens de natureza intangível
em seu ativo. No segundo trimestre de um dado exercício, em decorrência de mudanças no cenário
econômico e no mercado em que opera, a companhia contratou um especialista independente para
avaliar os seus ativos. Após o trabalho, o especialista informou à empresa acerca de mudança relevante
e material no valor contábil de suas patentes.

A partir das orientações do CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, a
empresa deverá:
a) alterar a taxa de amortização a partir do próximo exercício;
b) alterar a taxa de amortização a partir do trimestre anterior;
c) alterar a taxa de amortização a partir do exercício corrente;
d) reapresentar as demonstrações contábeis do exercício anterior com os valores atualizados;
e) reapresentar as demonstrações contábeis, com valores corrigidos, até onde for praticável.

07. (FGV/ Caruaru/2015) Em 31/12/1013, a Cia. W reconhecia em seu balanço patrimonial, por R$
50.000,00, softwares que haviam sido comprados de terceiros por R$ 30.000,00. Estes estavam avaliados
a valor justo. Em 2014 a empresa passou a avaliar os seus ativos intangíveis ao custo.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e
Retificação de Erro, assinale a opção que indica o procedimento contábil a ser efetuado pela empresa e
o efeito decorrente da aplicação.
a) Retificação de Erro; deve-se refazer o balanço patrimonial do ano anterior.
b) Mudança de Estimativa; deve-se refazer o balanço patrimonial do ano anterior.
c) Mudança de Política Contábil; deve-se refazer o balanço patrimonial do ano anterior.
d) Mudança de Política Contábil; deve-se utilizar a nova avaliação a partir de 2014.
e) Incorreção material; deve-se utilizar a nova avaliação a partir de 2014.

08. (FGV/AL-BA/2014) Uma empresa avaliava seus estoques de acordo com método PEPS. Em 2014
os contadores da empresa julgaram que a avaliação por custo médio correspondia melhor à realidade da
empresa, portanto, mudaram o critério de avaliação.
Nesse caso, a empresa deve
a) refazer as demonstrações contábeis de 2013, calculando o valor dos estoques de 2013 de acordo com
o custo médio e contabilizar a diferença como ajuste patrimonial.
b) refazer as demonstrações contábeis de 2013 e de 2012, calculando o valor dos estoques de acordo
com o custo médio e contabilizar a diferença como resultado.

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c) refazer as demonstrações contábeis de 2013, calculando o valor dos estoques de 2013 de acordo com
o custo médio e contabilizar a diferença como outros resultados abrangentes.
d) manter o cálculo dos estoques em 2013 e em 2014 calcular de acordo com o custo médio e com o
PEPS, de modo a garantir a comparabilidade, sendo a diferença contabilizada como resultado.
e) manter o cálculo dos estoques em 2013 e em 2014 calcular de acordo com o custo médio e com o
PEPS, de modo a garantir a comparabilidade, sendo a diferença contabilizada como ajuste patrimonial.

09. (FCC/TCE-RS/2014) Em abril de 2014, a Cia. Revisão verificou que o valor da despesa com
Provisões, reconhecidas em 2013 e decorrentes de seus processos tributários, foi calculado considerando
informações incorretas do departamento jurídico. Considerando que a diferença entre os valores
(calculado e o que deveria ter sido calculado) é material, a Cia. Revisão
a) não precisa fazer nenhum ajuste nas demonstrações contábeis nem divulgar tal fato, considerando
que é apenas um erro.
b) precisa apenas divulgar o erro nas demonstrações contábeis de 2014. c) precisa divulgar o erro em
2014 e corrigir suas demonstrações contábeis de forma prospectiva.
d) precisa divulgar o erro em 2014 e corrigir suas demonstrações contábeis de forma retrospectiva.
e) precisa apenas ajustar suas demonstrações contábeis de 2013 para fins de comparação com as de
2014.

10. (FGV/COMPESA/2016) No balanço patrimonial apresentado em 31/12/2015, uma sociedade


empresária constatou que havia um erro no cálculo da depreciação de um ativo imobilizado no ano de
2013.
De acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 – Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e
Retificação de Erro, a empresa deve divulgar as seguintes informações em notas explicativas, à exceção
de uma. Assinale-a.
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a) A natureza do erro no período anterior.
b) O montante da retificação para cada período anterior apresentado anteriormente.
c) O montante da retificação no início do período anterior mais antigo apresentado.
d) As circunstâncias que levaram à existência dessa condição.
e) O efeito do erro na conta disponibilidades.

11. (FCC /TRT13/2014) Em 15/04/2014, a Cia. Amarela verificou que a despesa de depreciação de
seu ativo imobilizado, referente ao ano de 2013, foi calculada considerando o valor residual incorreto.

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Sabendo que a diferença entre os valores (calculado e o que deveria ter sido calculado como despesa de
depreciação) é material, a Cia. Amarela
a) não faz nenhum ajuste em suas demonstrações contábeis.
b) corrige suas demonstrações contábeis de forma retrospectiva, apenas. c) divulga o erro nas
demonstrações contábeis de 2014, apenas.
d) corrige suas demonstrações contábeis de forma prospectiva e divulga o erro em 2014.
e) corrige suas demonstrações contábeis de forma retrospectiva e divulga o erro em 2014.

12. (CESGRANRIO/BNDES/2013) Nos termos do CPC 23 do Comitê de Pronunciamentos Contábeis,


que trata de políticas contábeis, mudança de estimativa e retificação de erros, a entidade deve selecionar
suas políticas contábeis e aplicá-las de modo uniforme em transações semelhantes. Entretanto, o próprio
CPC oferece à entidade a probabilidade de fazer mudança nas práticas contábeis.
Nesse aspecto da mudança de práticas contábeis, o CPC informa que a entidade deve alterar uma política
contábil apenas se a mudança
a) atender às necessidades gerenciais de ordem interna.
b) contribuir de forma mais relevante para a evidenciação e segurança dos ativos.
c) for imposta pela Assembleia Geral dos Acionistas, controladores e não controladores.
d) resultar em informação confiável e mais relevante nas demonstrações contábeis sobre os efeitos de
transações, posição patrimonial e financeira, desempenho ou dos fluxos de caixa.
e) ocorrer por livre decisão dos órgãos administrativos para gerar informações gerenciais mais confiáveis
e relevantes para a tomada de decisão.

13.(ESAF/Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil/2012) Na identificação e determinação de


erro contábil de períodos anteriores, devem ser consideradas as omissões e incorreções nas
demonstrações contábeis da entidade de um ou mais períodos anteriores que
a) não estavam disponíveis quando da autorização para divulgação das demonstrações contábeis desses
períodos e não retroagissem a prazo superior a dois exercícios contábeis.
b) somente quando se verifica efetivamente fraudes administrativas nos cálculos e informações que
respaldaram as informações sobre as quais as demonstrações retrospectivas foram baseadas.
c) na avaliação de seus efeitos incluíssem os efeitos decorrentes de cálculos matemáticos ou aplicação
equivocada de políticas contábeis que não retroagissem a cinco períodos contábeis.
d) contivessem informações que pudessem ter sido razoavelmente obtidas e levadas em consideração
na elaboração e na apresentação dessas demonstrações contábeis.
e) a necessidade de uma reapresentação retrospectiva exigir premissas baseadas no que teria sido a
intenção da Administração naquele momento passado e não produzissem efeitos fiscais.

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14. (CESPE /TCU/2013) A respeito das notas explicativas que acompanham as demonstrações
contábeis, julgue o item subsequente, de acordo com as normas brasileiras de contabilidade.
Quando determinada entidade corrige, retrospectivamente, erro material de períodos anteriores, a
entidade deve divulgar nas notas explicativas que acompanham o primeiro conjunto de demonstrações
contábeis publicado após a descoberta desse erro, entre outras informações, a natureza do erro e o
montante da retificação para cada período anterior apresentado, na medida em que seja praticável, para
cada item afetado da demonstração contábil.

15. (CESPE /MDIC/2008) O fato de o aumento da inadimplência, em razão do aperto no crédito,


fazer que uma empresa reestime as perdas prováveis para efeito de cálculo da provisão para créditos de
liquidação duvidosa, elevando seu percentual de 3% para 10%, caracteriza mudança de critério contábil,
com quebra de consistência, e constitui ajuste de exercícios anteriores que deve ser representado na
demonstração de lucros ou prejuízos acumulados.

16. (VUNESP/2014) Na observância do pronunciamento técnico que trata das Políticas Contábeis,
Mudança e Estimativa e Retificação de Erro, quando for impraticável determinar os efeitos de erro em
um período específico na informação comparativa para um ou mais períodos anteriores apresentados, a
entidade deve
a) ratificar os saldos de abertura do balanço patrimonial para o período mais antigo para o qual tenha
sido impraticável a reapresentação retrospectiva (que pode ser o período corrente)
b) retificar os saldos de abertura de ativos, passivos e patrimônio líquido para o período mais antigo para
o qual seja praticável a reapresentação retrospectiva (que pode ser o período corrente)
c) apresentar os saldos acumulados do balanço patrimonial, mas sem ajustes, considerando os erros
materiais que afetem o capital circulante líquido, desde que tenha sido impraticável a reapresentação
retrospectiva.
d) apresentar os saldos de abertura do balanço patrimonial pelo seu valor de custos e para o período
mais recente para o qual tenha sido impraticável a reapresentação prospectiva (que pode ser o período
futuro).
e) reapresentar somente os valores ratificados de ativos e passivos, informando as reais razões pela
ratificação, de forma retrospectiva.

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17. (FGV/ALERJ/2017) Certa entidade revisou os cálculos das perdas com créditos de liquidação
duvidosa ao final de um determinado exercício com base em novas informações disponíveis e confiáveis.
De acordo com as definições do CPC 23, essa
a) mudança de estimativa e deve ser aplicada prospectivamente;
b) mudança de estimativa e deve ser aplicada retrospectivamente;
c) mudança de prática contábil e deve ser aplicada prospectivamente;
d) mudança de política contábil e deve ser aplicada retrospectivamente;
e) retificação de erro e deve ser aplicada retrospectivamente.

18. (FGV/SEFIN/RO/2018) Em 31/12/2016, a Cia. X apresentava os seguintes ativos em seu balanço


patrimonial:
Na data, o estoque era composto por 100 unidades do produto P, sendo que cada unidade era vendida
por R$ 450. Além disso, o terreno era avaliado ao valor justo, enquanto seu custo era de R$ 100.000.
Na elaboração do balanço patrimonial da Cia X, em 31/12/2017, verificou-se que
• a conta-caixa não havia considerado uma receita à vista em 2016 no valor de R$ 25.000;
• o produto P estava sendo vendido por R$ 380;
• a previsão para as perdas estimadas em créditos de
liquidação duvidosa era de 5%;
• o valor justo do terreno era de R$ 130.000;
• o terreno passou a ser avaliado ao custo.

Assinale a opção que indica o valor do ativo total em 31/12/2017, em comparação ao de 31/12/2016, de
acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 23 - Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação
de Erro.
a) R$ 310.500 e R$ 308.500.
b) R$ 315.500 e R$ 308.500.
c) R$ 310.500 e R$ 313.500.
d) R$ 310.500 e R$ 333.500.
e) R$ 312.500 e R$ 333.500.

19. (FGV/CODEMIG/2016) A Cia. Delta é uma companhia comercial que tem foco no mercado externo
e uma parte significativa das suas receitas de vendas é contabilizada em dólares norte-americanos. No
exercício de 20x4, a empresa divulgou que não havia reconhecido uma despesa de R$ 20.000 com
variação cambial do exercício anterior.

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O quadro a seguir evidencia a demonstração do Resultado do Exercício para os anos de 20x4 e 20x3,
antes de qualquer ajuste.
Considerando exclusivamente as informações apresentadas e as orientações do Pronunciamento CPC 23
- Políticas Contábeis, Mudança de Estimativa e Retificação de Erro, a Cia. Delta deve:
a) divulgar o erro como fato relevante e ajustar a despesa com IR em R$ 15.000 nas demonstrações
contábeis do exercício seguinte;
b) divulgar nota explicativa sobre o fato nas demonstrações contábeis do exercício seguinte;
c) reapresentar as demonstrações contábeis, com ajuste a menor de R$ 15.000 no lucro líquido;
d) reapresentar as demonstrações contábeis, com ajuste a maior de R$ 5.000 na despesa com IR;
e) registrar o ajuste a maior de R$ 15.000 no lucro líquido, nas demonstrações contábeis do exercício
em que o erro foi identificado.

GABARITO
Dez/Und 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9
0 D V E D C C A A D
1 E E D D V F B A C C

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