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Setores econômicos terão
recuperação desigual após crise do
coronavírus
Estudo mostra que, enquanto segmentos como ensino a distância podem se beneficiar da
crise, eventos e turismo devem sofrer no longo prazo
Em um cenário em que ainda não está claro quando será o melhor momento para a
retomada do contato social – e de atividades paralisadas em meio ao combate ao novo
coronavírus –, estudo da Bain & Company mostra que a recuperação entre diferentes
setores estará longe de ser uniforme. Com a pandemia, as prioridades da população
mudaram, colocando pesados desafios para as companhias de bens de consumo. Compras
de “pânico”, como desinfetantes, máscaras, refeições prontas e medicamentos, ganharam
espaço, enquanto laticínios, bebidas alcoólicas e produtos de luxo tiveram recuo.
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Nas últimas semanas, a demanda por atividades como comida fora de casa, passagens
aéreas, turismo e eventos praticamente se extinguiu. Em um cenário em que o medo deve
predominar, a tendência é que segmentos que dependam de concentração de pessoas
enfrentem desafios de longo prazo, enquanto atividades virtuais poderão preservar parte do
“boom” que registraram na crise.
Fábio (E), Luciana e Miguel mudaram as prioridades de consumo na crise Foto: Felipe Rau/Estadão
Para Luciana Batista, sócia da Bain & Company, esses dois grupos se posicionam em polos
opostos. Enquanto as ferramentas online – grupo que também inclui cursos e streaming de
vídeo e games – ganharam força e devem se fortalecer no médio e longo prazos, atividades
que dependem da reunião de pessoas – grupo que também inclui restaurantes, eventos e
turismo – vão demorar mais para ganhar fôlego. Quanto maior a necessidade de
aglomerações, provavelmente mais difícil a recuperação. “Para essas atividades vai ser difícil
voltar ao antigo normal.”
Um longo caminho
Retomada do consumo após crise do coronavírus vai ter comportamentos distintos em diferentes setores
Ensino a distância
Entretenimento online
Ferramentas para
trabalho remoto
Nutrição e saúde
Demanda explodiu na
crise e deve se manter Telemedicina
em alta no longo prazo
Plano de saúde
e seguro de vida
Alimentação
Internet banda
larga e telefonia
Demanda explodiu
na crise, mas deve
Produtos de limpeza
se estabilizar no
longo prazo
Produtos que ajudam a prevenir
epidemia (álcool gel, máscaras)
Eletrodomésticos
Serviços de beleza
(cabeleireiro)
Academias de ginástica
Hotéis
Restaurantes
Viagem e turismo
Professora de uma escola particular de São Paulo, Luciana Vidal, de 44 anos, passou a
comprar mais carnes congeladas e produtos de limpeza para higienização da casa. “Mas não
corri para fazer grandes estoques. Passamos a ir a supermercados do bairro, comprando
verduras e legumes para cozinhar em casa.” Ela e seu marido, o empresário de marketing de
incentivo Fábio Goulart Ambrózio, de 40 anos, estão trabalhando em home office. Mas as
prioridades da família mudaram. “Roupas e sapatos estão fora da minha lista.”
A família sente a falta da rotina, mas entende que o isolamento social é a melhor estratégia
para evitar a contaminação. “É óbvio que a gente tem vontade de sair, dar uma volta no
shopping. A Páscoa está logo aí e não podemos ir a uma loja comprar chocolate.”
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Áreas beneficiadas pela crise
esperam manter alta demanda
Na avaliação das empresas, brasileiro vai manter novos hábitos de consumo mesmo com o
fim do isolamento social
Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo
04 de abril de 2020 | 15h00
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Para Cesar Augusto Centrone Nicolau, diretor de marketing do grupo de limpeza e higiene
Ypê, ainda é cedo para falar em mudanças definitivas nos hábitos do consumidor. “Mas vejo
mudanças de comportamento que podem continuar mais para frente. As pessoas devem
aumentar o consumo de produtos de limpeza e higiene, uma vez que se viram
despreparadas nesta crise.”
A Ypê teve de fazer readequação em suas linhas de produção por conta do coronavírus. A
empresa observou maior demanda por desinfetantes, sabão e sabonetes nas redes de
atacado e varejo. “Já tínhamos estoque desses produtos e não tivemos problemas logísticos”,
afirma o executivo.
Isoladas em casa, as pessoas também passaram a consumir mais rede de dados Wi-Fi.
“Estamos experimentando o extremo do isolamento social. O consumo de internet de rede
fixa aumentou e deve continuar”, diz Marcio Fabbris, vice-presidente da Telefônica Vivo.
“Não é só para serviço de streaming (que as pessoas vão usar mais a banda larga). O home
office veio para ficar.”
No entanto, não dá para dizer que as vendas do grupo cresceram como um todo porque as
compras do “food service” – alimentação fora de casa – caíram muito, segundo o executivo.
Os fatiados, por exemplo, sofreram duplamente, pois são muito usados não só por
lanchonetes, mas também em lanches para levar à escola. O confinamento, portanto,
prejudicou a venda desses produtos.
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Restaurantes só veem retorno no
fim do ano
Para bares e casas de show, onde aglomerações costumam ser maiores, cenário é ainda pior
Mônica Scaramuzzo e Fernando Scheller, O Estado de S.Paulo
04 de abril de 2020 | 15h00
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Setores econômicos terão recuperação desigual após crise do coronavírus
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País
A aposta de que o movimento do comércio e dos serviços voltará aos poucos não é baseada
só em previsões, mas também no comportamento da clientela na semana anterior à
determinação da quarentena horizontal. Houve um “sumiço” gradual dos consumidores à
medida que a notícia do confinamento se espalhou. “Na segunda-feira da semana anterior, a
queda do movimento foi de 10%. Na quinta-feira, os restaurantes já perceberam uma baixa
de 70%”, diz Solmucci. A Abrasel, portanto, não espera que a liberação do funcionamento
acarrete uma “corrida” a restaurantes.
Piores cenários. Se o cenário já é ruim para os restaurantes, a Abrasel diz acreditar que a
situação de bares e casas de shows – onde a aglomeração de pessoas costuma ser ainda
maior – será mais delicada.
Outra atividade comum no Brasil que precisará se reinventar, pelo menos por algum tempo,
são os restaurantes de comida a quilo. Isso porque, como os clientes circulam as bandejas de
comida, a chance de contaminação dos alimentos aumenta bastante. “Dessa forma, acredito
que os restaurantes a quilo terão de se reinventar nos próximos tempos, talvez com uma
oferta de atendimento a la carte”, diz Solmucci.
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