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Setores econômicos terão

recuperação desigual após crise do


coronavírus
Estudo mostra que, enquanto segmentos como ensino a distância podem se beneficiar da
 crise, eventos e turismo devem sofrer no longo prazo

Mônica Scaramuzzo e Fernando Scheller, O Estado de S.Paulo


04 de abril de 2020 | 15h00

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Setores econômicos terão recuperação desigual após crise do coronavírus

Áreas beneficiadas pela crise esperam manter alta demanda

Restaurantes só veem retorno no fim do ano

Em um cenário em que ainda não está claro quando será o melhor momento para a
retomada do contato social – e de atividades paralisadas em meio ao combate ao novo
coronavírus –, estudo da Bain & Company mostra que a recuperação entre diferentes
setores estará longe de ser uniforme. Com a pandemia, as prioridades da população
mudaram, colocando pesados desafios para as companhias de bens de consumo. Compras
de “pânico”, como desinfetantes, máscaras, refeições prontas e medicamentos, ganharam
espaço, enquanto laticínios, bebidas alcoólicas e produtos de luxo tiveram recuo.

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Nas últimas semanas, a demanda por atividades como comida fora de casa, passagens
aéreas, turismo e eventos praticamente se extinguiu. Em um cenário em que o medo deve
predominar, a tendência é que segmentos que dependam de concentração de pessoas
enfrentem desafios de longo prazo, enquanto atividades virtuais poderão preservar parte do
“boom” que registraram na crise.

Fábio (E), Luciana e Miguel mudaram as prioridades de consumo na crise Foto: Felipe Rau/Estadão

Os restaurantes hoje só operam com delivery e, no Brasil, as companhias aéreas reduziram o


tráfego em cerca de 90%. No sentido contrário, ferramentas de trabalho e ensino a distância
viram a demanda explodir. A ferramenta de videoconferência Zoom, por exemplo, viu sua
média de usuários subir 340% desde o início do isolamento.

Para Luciana Batista, sócia da Bain & Company, esses dois grupos se posicionam em polos
opostos. Enquanto as ferramentas online – grupo que também inclui cursos e streaming de
vídeo e games – ganharam força e devem se fortalecer no médio e longo prazos, atividades
que dependem da reunião de pessoas – grupo que também inclui restaurantes, eventos e
turismo – vão demorar mais para ganhar fôlego. Quanto maior a necessidade de
aglomerações, provavelmente mais difícil a recuperação. “Para essas atividades vai ser difícil
voltar ao antigo normal.”

Um longo caminho
Retomada do consumo após crise do coronavírus vai ter comportamentos distintos em diferentes setores

Ensino a distância

Entretenimento online

Ferramentas para
trabalho remoto

Nutrição e saúde
Demanda explodiu na
crise e deve se manter Telemedicina
em alta no longo prazo
Plano de saúde
e seguro de vida

Alimentação

Internet banda
larga e telefonia
Demanda explodiu
na crise, mas deve
Produtos de limpeza
se estabilizar no
longo prazo
Produtos que ajudam a prevenir
epidemia (álcool gel, máscaras)

Eletrodomésticos

Demanda tem forte


queda na crise, Produtos de beleza
mas pode ter ‘pico’
em seguida
Roupas, sapatos e acessórios

Serviços de beleza
(cabeleireiro)

Academias de ginástica

Demanda tem forte Cinema e teatro


queda na crise, com
recuperação lenta
Eventos

Hotéis

Restaurantes

Viagem e turismo

Fonte: Bain & Company

Estoques. A venda de gêneros alimentícios e de produtos de limpeza nos supermercados


teve forte alta à medida que, amedrontadas, as pessoas viram necessidade de fazer estoques
para a crise. Para esses itens de primeira necessidade, a tendência é que haja um retorno
das vendas aos patamares anteriores após a crise, diz a especialista.

Já produtos de consumo não essenciais – como eletrodomésticos, produtos de beleza,


roupas e calçados –, que sofreram neste primeiro momento, poderão ter um período de
bonança. “Esses bens podem se beneficiar do ‘consumo de vingança’”, diz o estudo da Bain,
referindo-se à necessidade de os clientes “compensarem” o consumo represado na crise.

Professora de uma escola particular de São Paulo, Luciana Vidal, de 44 anos, passou a
comprar mais carnes congeladas e produtos de limpeza para higienização da casa. “Mas não
corri para fazer grandes estoques. Passamos a ir a supermercados do bairro, comprando
verduras e legumes para cozinhar em casa.” Ela e seu marido, o empresário de marketing de
incentivo Fábio Goulart Ambrózio, de 40 anos, estão trabalhando em home office. Mas as
prioridades da família mudaram. “Roupas e sapatos estão fora da minha lista.”

A família sente a falta da rotina, mas entende que o isolamento social é a melhor estratégia
para evitar a contaminação. “É óbvio que a gente tem vontade de sair, dar uma volta no
shopping. A Páscoa está logo aí e não podemos ir a uma loja comprar chocolate.”

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Áreas beneficiadas pela crise
esperam manter alta demanda


Na avaliação das empresas, brasileiro vai manter novos hábitos de consumo mesmo com o
 fim do isolamento social
 Mônica Scaramuzzo, O Estado de S.Paulo
04 de abril de 2020 | 15h00

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Setores econômicos terão recuperação desigual após crise do coronavírus

Áreas beneficiadas pela crise esperam manter alta demanda

Restaurantes só veem retorno no fim do ano

O susto provocado pelo coronavírus fez o comportamento do consumidor brasileiro


mudar. Com o isolamento social, a preocupação com higiene pessoal e da casa fez explodir a
busca por produtos de limpeza e também o uso de redes de internet, para garantir a
comunicação mesmo a distância. Empresas que conseguiram se beneficiar neste movimento
esperam manter a demanda em alta mesmo após a pandemia.

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Para Cesar Augusto Centrone Nicolau, diretor de marketing do grupo de limpeza e higiene
Ypê, ainda é cedo para falar em mudanças definitivas nos hábitos do consumidor. “Mas vejo
mudanças de comportamento que podem continuar mais para frente. As pessoas devem
aumentar o consumo de produtos de limpeza e higiene, uma vez que se viram
despreparadas nesta crise.”

A Ypê teve de fazer readequação em suas linhas de produção por conta do coronavírus. A
empresa observou maior demanda por desinfetantes, sabão e sabonetes nas redes de
atacado e varejo. “Já tínhamos estoque desses produtos e não tivemos problemas logísticos”,
afirma o executivo.

Isoladas em casa, as pessoas também passaram a consumir mais rede de dados Wi-Fi.
“Estamos experimentando o extremo do isolamento social. O consumo de internet de rede
fixa aumentou e deve continuar”, diz Marcio Fabbris, vice-presidente da Telefônica Vivo.
“Não é só para serviço de streaming (que as pessoas vão usar mais a banda larga). O home
office veio para ficar.”

Alimentos. Alguns produtos alimentícios também registraram alta de demanda nos


supermercados. Segundo Lorival Luz, presidente da BRF, uma das maiores companhias de
alimentos do Brasil, os consumidores compraram mais embutidos, carnes e produtos pré-
preparados.

No entanto, não dá para dizer que as vendas do grupo cresceram como um todo porque as
compras do “food service” – alimentação fora de casa – caíram muito, segundo o executivo.
Os fatiados, por exemplo, sofreram duplamente, pois são muito usados não só por
lanchonetes, mas também em lanches para levar à escola. O confinamento, portanto,
prejudicou a venda desses produtos.

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Restaurantes só veem retorno no
fim do ano


Para bares e casas de show, onde aglomerações costumam ser maiores, cenário é ainda pior

Mônica Scaramuzzo e Fernando Scheller, O Estado de S.Paulo
 04 de abril de 2020 | 15h00


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Setores econômicos terão recuperação desigual após crise do coronavírus

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Restaurantes só veem retorno no fim do ano

O “efeito psicológico” do novo coronavírus deverá contaminar o setor de restaurantes até


o fim deste ano, de acordo com Paulo Solmucci, presidente da Associação Brasileira de
Bares e Restaurantes (Abrasel). O fator medo, na visão de Solmucci, vai ter um peso no
comportamento do consumidor em 2020. “O ‘novo normal’ não será o do movimento de
antigamente. Acredito que só teremos uma recuperação mais forte no fim do segundo
semestre.”

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País

A aposta de que o movimento do comércio e dos serviços voltará aos poucos não é baseada
só em previsões, mas também no comportamento da clientela na semana anterior à
determinação da quarentena horizontal. Houve um “sumiço” gradual dos consumidores à
medida que a notícia do confinamento se espalhou. “Na segunda-feira da semana anterior, a
queda do movimento foi de 10%. Na quinta-feira, os restaurantes já perceberam uma baixa
de 70%”, diz Solmucci. A Abrasel, portanto, não espera que a liberação do funcionamento
acarrete uma “corrida” a restaurantes.

Piores cenários. Se o cenário já é ruim para os restaurantes, a Abrasel diz acreditar que a
situação de bares e casas de shows – onde a aglomeração de pessoas costuma ser ainda
maior – será mais delicada.

Outra atividade comum no Brasil que precisará se reinventar, pelo menos por algum tempo,
são os restaurantes de comida a quilo. Isso porque, como os clientes circulam as bandejas de
comida, a chance de contaminação dos alimentos aumenta bastante. “Dessa forma, acredito
que os restaurantes a quilo terão de se reinventar nos próximos tempos, talvez com uma
oferta de atendimento a la carte”, diz Solmucci.

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