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Avaliação de riscos na construção

J. C. Tavares Avaliação de riscos na construção Abr-09 1


Organização e funcionamento dos
Serviços de SHST

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Serviços Associativos - AECOPS

Serviços de Segurança, Higiene e Saúde no Trabalho

• Sector de Medicina do Trabalho - 1985

• Sector de Prevenção e Segurança - 1989

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Serviços Associativos - AECOPS

Sector de Medicina do Trabalho

• Avaliação e vigilância das condições físicas dos trabalhadores

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Serviços Associativos - AECOPS

Avaliação e vigilância das condições físicas dos


trabalhadores

• Exames médicos de admissão, periódicos e ocasionais

• Avaliações TET

• Exames auxiliares de diagnóstico

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Serviços Associativos - AECOPS

Sector de Prevenção e Segurança

• Principal objectivo – prevenção dos riscos profissionais

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Serviços Associativos - AECOPS

Sector de Prevenção e Segurança

• Planos de Segurança e Saúde para a Execução das Obras

• Relatórios de Acidentes de Trabalho

• Acções de Sensibilização e/ou Formação

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Serviços Associativos - AECOPS

Sector de Prevenção e Segurança

• Auditorias Técnicas
• Acções de formação/sensibilização

• Verificações Técnicas

• Ficha c/ situações de regularização imediata

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Auditoria Técnica – Modelo AECOPS

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Auditoria Técnica

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Auditoria Técnica
ÍNDICE

1. Dados gerais .................................................................................................................2

2. Avaliação da obra / estaleiro .........................................................................................3

3. Acções a tomarem para corrigir as deficiências detectadas ..........................................4

3.1. Documentação comprovativa de cumprimento de obrigações legais ...................4

3.2. Protecção de terceiros .........................................................................................4

3.3. Organização e arrumação dos espaços exteriores ...............................................4

3.4. Vias de circulação ................................................................................................4

3.5. Instalações sociais ...............................................................................................5

3.6. Instalações industriais .........................................................................................5

3.7. Instalações de distribuição de energia eléctrica ..................................................5

3.8. Movimentação de cargas .....................................................................................5

3.9. Acesso, circulação e trabalho em altura ...............................................................6

3.10. Outros trabalhos com riscos especiais .................................................................8

3.11. Equipamento de protecção individual ..................................................................8

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Auditoria Técnica
2. A V A L I A Ç Ã O D A O BR A / E S T A LE I RO

NA

1. Documentos X

2. Protecção de terceiros X

3. Organização e arrumação dos espaços exteriores X

4. Vias de circulação X

5. Instalações sociais X

6. Instalações industriais X

7. Instalações de distribuição de energia eléctrica X

8. Movimentação de cargas X

9. Acesso, circulação e trabalho em altura X

10. Outros trabalhos com riscos especiais X

11. Equipamento de protecção individual X


.

NA ---» Não aplicável

---» Bom

---» Suficiente com aspectos a melhorar

---» Deficiente

---» Muito deficiente

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Auditoria Técnica
3. ACÇÕES A TOMAR PARA CORRIGIR AS DEFICIÊNCIAS DETECTADAS

3.1. Documentação comprovativa de cumprimento


de obrigações legais

3.1.1. Comunicação Prévia (cf. art. 15º, do D.L. nº 273/2003, de 29 de Outubro – Anexo B).

Na qualidade de dono da obra:

- Comunicar a abertura do estaleiro à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT),


bem como qualquer alteração dos seus elementos nas quarenta e oito horas seguintes;

- Comunicar mensalmente à ACT a actualização dos elementos relativos à identificação dos


subempreiteiros já seleccionados.

Na qualidade de entidade executante:

- Afixar no estaleiro, em local bem visível.

Correcção prioritária

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Auditoria Técnica
3.9. Acesso, circulação e trabalho em altura

3.9.1. Na protecção de vãos não permitir emendas /


acréscimos aos guarda-corpos posicionados
entre dois elementos de suporte (prumos) - ver
figuras 8 e 9 (caixa dos elevadores).

Refere-se, ainda, que um dos prumos aplicado


na zona acima referida possui o sistema de
aperto danificado (figura 10) – proteger
novamente este vão.

Correcção prioritária Fig. 8.

Fig. 9. Fig. 10.

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Auditoria Técnica

3.11. Equipamento de protecção individual

3.11.1. Não permitir a utilização de capacetes de


acordo com a norma NP EN 812:2000 (ver
informação constante do Anexo I), uma
vez que não garantem a protecção contra
a queda de materiais de um nível
superior – esta protecção só é
assegurada por capacetes de protecção
em conformidade com a norma EN 397.

Correcção prioritária Fig. 18.

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Auditoria Técnica - Anexos

Tipo de Norma Portuguesa

Produto:

Referência: NP EN 812:2000 (Ed. 1)

Título: Bonés de protecção para a indústria

Title: Industrial bump caps

Titre: Casquettes anti-heurt pour l'industrie

Resumo: Esta Norma especifica quais os requisitos físicos, de desempenho, métodos de ensaio

e de marcação para o boné de protecção industrial. Os bonés de protecção para a

indústria são projectados com o fim de fornecer protecção ao seu utilizador, contra os

efeitos do choque contra a sua cabeça, de objectos duros e imóveis, cuja intensidade

seja suficiente para causar lacerações ou outras lesões superficiais. Os bonés de

protecção para a indústria não foram, no entanto, projectados para fornecer protecção

contra os efeitos da queda, de arremesso, ou de cargas suspensas ou moveis. NOTA:

Um boné de protecção para a indústria não deverá ser confundido com um capacete

de protecção para a indústria, como vem especificado na Norma EN 397.

Língua: Português

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Auditoria Técnica - Anexos
SERVIÇO DE PREVENÇÃO E SEGURANÇA
FICHA DE VERIFICAÇÃO
APARELHOS ELEVATÓRIOS
Obra :____________________________________________ Ficha de Verificação nº______

Tipo de Aparelho : __________________________________ Modelo : __________________________


Localização : _______________________________________ Altura : _________________________
Empresa responsável pela montagem/manutenção/desmontagem : ______________________________

Conformidade
Sim Não

- Fixações / Estabilidade do equipamento


- Estado e adequação da via (grua)
- Afixação das cargas máximas admissíveis
- Aperto dos parafusos da estrutura
- Lingueta de segurança no gancho
- Enrolamento do cabo no tambor
- Resistência e estado dos cabos
- Resistência e estado das lingas / estropos
- Fins de curso
- Protecção componentes mecânicos (motores, engrenagens, transmissões)
- Ligações eléctricas à terra
- Instalação eléctrica
- Acessos à cabina
- Posto de trabalho do manobrador
- Fiabilidade aos comandos
- Indicador e sinal sonoro automático de excesso de carga
- Estado de conservação do aparelho
Nota : Cortar as verificações que não se aplicam ao equipamento em causa
Esta ficha deverá ser anexada ao livro de obra.

Observações :

Data da verificação : __ /__ / __ Assinatura do Director da obra


___________________________

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Verificação Técnica

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Verificação Técnica

SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO


VERIFICAÇÃO TÉCNICA - RELATÓRIO DA VISITA
Data da visita: xx / xx / 2009 .

1. D A D O S G ER A IS

Empresa: Soc. de Const. Civis, S.A. Entidade executante

Obra: Construção de edifício de habitação Rua ...............

Dono da obra: Soc. de Const. Civis, S.A.

Director da obra: Engº ............ ? Contactos na obra: Sr. .........

2. A C Ç Õ E S A T O M A R PA R A C OR R IG I R NO V A S D E F I C I ÊN C I A S O B SE R V A D A S

2 . 1 . S ubs t it u ir o e x t int or loc a li za d o ju nt o à f e r r a m e nt a r ia –


p r e s s ã o d o gá s i nt e r ior ins uf ic ie nt e .

Not a : O e nc a r r e ga do t om ou de im e dia t o pr ov id ê nc ia s c om
v is t a à s ubs t it uiç ã o do e x t i nt or r e f e r ido .

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Verificação Técnica
3. E S T A DO A C T U A L D A EX E C U Ç Ã O D AS M E D I D A S P RO PO S T A S NO R E LA T ÓR I O D A A U D I T O R I A T É C NI C A D E x x / x x / 2 0 0 9

Verificação Técnica de xx/xx/2009


Auditoria Técnica de xx/xx/2009
Medidas propostas em xx/xx/2009

Acções a tomar para corrigir as deficiências detectadas Acções prioritárias


Executada Não Não
a tomar
executada aplicável

3.4.1. Assegurar condições de circulação na obra, uma vez que as condições atmosféricas actuais,
atendendo à fase de desenvolvimento dos trabalhos, estão em permanência a X X
alterar/danificar o piso das vias de circulação.

3.6.1. Manter livre de quaisquer obstáculos a zona envolvente dos meios de combate a fogos (fig. 3) X

3.7.1. Identificar os circuitos eléctricos dos quadros eléctricos, nomeadamente, o localizado no


compartimento utilizado pelos trabalhadores para aquecerem e tomarem refeições. X

3.9.1. Acesso directo à obra a partir das instalações administrativas


Sensibilizar os intervenientes na obra para não utilizarem este acesso sem estar devidamente X
reconstruído (figura 4).

3.9.2. Dado não estar a ser utilizado o andaime observado na figura (fig. 5), colocar aviso a alertar
para o facto de não poder ser utilizado no estado em que se encontra, bem como impedir o
acesso ao mesmo. X X
Em alternativa, reconstruir correctamente o andaime e mantê-lo devidamente montado,
libertando, assim, algum espaço no estaleiro para armazenagem de materiais.

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Situações de regularização imediata

AUDITORIA TÉCNICA
AVALIAÇÃO DOS RISCOS EM CONFORMIDADE COM AS NORMAS
DE SEGURANÇA E HIGIENE NO TRABALHO
Situações de regularização imediata

Data da visita: 04/ 03/ 02

Empresa: Sociedade de Construções Civis, S.A.


Obra: ............................................................................ Data de início: ......../............/............
Director de Obra: Laboratório – Edifício da Cantina
Elemento de ligação: ........................................................................................... ....................
Dono de Obra: ....................................................... Plano de Segurança? SIM

Avaliação:

1. Escada de acesso ao piso 2 – Inexistência de protecções eficazes contra quedas


em altura;

2. Talude/zona da grua – Possibilidade de novos deslizamentos de terras;

3. Piso 0 – Quadro eléctrico de distribuição amovível sem dispositivo de


protecção diferencial.

Prescrições:

1. Incorporar guarda-corpos a 0,45m e 1m no módulo de escadas de acesso ao


piso 2;

2. Não permitir a execução de quaisquer trabalhos (colocação de


drenos/remoção de materiais/equipamentos) sem a remoção das terras e
criação de talude com o ângulo de segurança do talude natural;

3. Retirar e instalar dispositivo de protecção diferencial de alta sensibilidade


(30 mA) no quadro eléctrico localizado no piso 0.

Assinatura do S.P.S. – AECOPS Assinatura da Empresa

_______________________________ __________________________

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jctavares@aecops.pt

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Identificação e
Avaliação de Riscos

SEGUREX

- 20 MARÇO 2009 -
Um processo coerente de IDENTIFICAÇÃO E AVALIAÇÃO DE
RISCOS permite, na maioria das vezes, e de uma forma
muito simples, tomar decisões sobre:

a escolha do processo produtivo mais seguro e mais


eficaz

a definição das medidas de prevenção/protecção mais


adequadas

definir o melhor faseamento das actividades


A GESTÃO DOS RISCOS permite-nos reduzir a probabilidade
da ocorrência de um determinado acidente.

Mas para que possamos conhecer os RISCOS é necessário


saber identificar os PERIGOS.
O PERIGO é uma propriedade ou característica intrínseca
ao processo produtivo potencialmente causadora de
danos:

Equipamentos

Materiais

Condicionalismos

Complexidade da tarefa

Sequência do processo

Etc.
A importância de conhecer os PERIGOS pode ser
exemplificada com um caso recente ocorrido numa obra
nossa.

1. Foi instalada uma torre de andaime, com escadas


interiores, para conferir o acesso a uma determinada
frente de trabalho situada a uma cota inferior.

2. Devido à exiguidade do espaço não foi possível


disponibilizar uma escada torre.

3. Este acesso é utilizado por poucos trabalhadores.


À partida estão reunidas todas
as condições para que o acesso
das pessoas possa ser feito em
segurança.

O andaime é dotado de acessos


interiores, guarda corpos e
guarda cabeças.

No entanto tal não corresponde


à verdade, devido a uma falha
na identificação dos PERIGOS.
Trabalhador a
descer

O acidente ocorreu quando um


trabalhador descia,
transportando uma tábua de
reduzidas dimensões. A tábua
caiu tendo sido projectada para
o exterior da escada.
Seguidamente foi embater na
mão esquerda de um trabalhador
que se encontrava na plataforma
adjacente.
Trabalhador
atingido
O transporte de objectos, durante a subida ou descida pela
escada, não foi identificado como um potencial PERIGO
devido à possibilidade desses mesmos objectos poderem cair
das mãos dos trabalhadores.

Ou seja, o RISCO DE QUEDA DE OBJECTOS não foi


identificado e, consequentemente, devidamente avaliado.

Então, por este motivo, que não foram adoptadas todas as


medidas necessárias.
Importa então fazer uma “leitura” prévia das situações ou
tarefas, procurando determinar e interpretar todos os
aspectos que possam ser classificados como PERIGOS.

Só desta forma, com os PERIGOS perfeitamente


identificados, podemos fazer o tratamento adequado dos
RISCOS.
E como fazer o tratamento adequado dos
RISCOS?
Para a AVALIAÇÃO DOS RISCOS existem diversas
metodologias mas a forma mais simples de o fazer é
através da quantificação de três factores cujos conceitos
são já muito bem conhecidos:

TEMPO DE EXPOSIÇÃO

PROBABILIDADE DE OCORRÊNCIA

GRAVIDADE
Exemplo

Actividade:

Cofragem e descofragem de
pilares de um edifício

Caracterização:

Pilares de secção
rectangular com altura de
3,75 m
Exemplo

Considerações prévias:

1. O pilar tem 3,75 m de altura significando que os


turbilhões superiores a apertar estão, sensivelmente, a
3,50 m de altura

2. Os andaimes normalizados disponíveis no mercado têm


uma altura útil de 2,0 m

3. As escadas portáteis têm várias dimensões, mas para este


caso a mais adequada será a de 4,0 m de altura
Comparação entre processos

PROCESSO ANDAIME PROCESSO ESCADA


Posicionamento da cofragem Posicionamento da cofragem
(armadura já colocada) (armadura já colocada)
Colocação da escada portátil
Montagem de andaime
(de acordo com o DL 50/2005)
Execução dos apertos
Execução dos apertos (na escada e com recurso a cinto e
arnês)
Betonagem do pilar Betonagem do pilar
(na plataforma integrada na cofragem) (na plataforma integrada na cofragem)

Desmontagem de andaime Remoção da escada portátil


Comparação entre processos

Considerou-se apenas para este exemplo, o RISCO DE


QUEDA EM ALTURA.

Os valores atribuídos ao Tempo de Exposição, à


Probabilidade de Ocorrência e à Severidade, têm como
referência as tabelas utilizadas na OPWAY S.A.

A escolha dos valores atribuídos advém da base de dados


estatística da OPWAY S.A. e também da estatística nacional de
acidentes mortais (única disponível) dos últimos 10 anos.
Tempo de exposição

Tempo de Exposição Factor


Permanente 1,00
Habitual 0,75
Esporádico 0,50
Nunca 0
Probabilidade x Gravidade

Severidade Probabilidade
da Lesão Factor da Ocorrência Factor
Sem lesões 1 Improvável 1
Probabilidade
Lesão leve 5 10
Baixa
Lesão grave 7 Provável 30
Lesão Grave ou
10 Inevitável 50
Mortal

Probabilidade de Ocorrência
Gravidade 1 10 30 50
1 1 10 30 50
5 5 50 150 250
7 7 70 210 350
10 10 100 300 500
Classificação do risco

CRITÉRIOS PARA CLASSIFICAÇÃO DO RISCO

R  10 10 < R < 100 R ≥ 100

BAIXO BAIXO/MÉDIO
Aceitável Sem Aceitável com ALTO/MUITO ALTO
Inclusão de Medidas Inclusão de Medidas Inaceitável
Para o risco de queda em altura…

PROCESSO ANDAIME
Tempo de Probabilidade
Tarefa Gravidade Risco
Exposição de Ocorrência

Montagem de andaime 0,50 10 7 35

Execução dos apertos 1,00 10 7 70

Desmontagem de
0,50 10 7 35
andaime

PROCESSO ESCADA
Tempo de Probabilidade
Tarefa Gravidade Risco
Exposição de Ocorrência

Colocação da escada 0 --- --- 0

Execução dos apertos 1,00 10 7 70

Remoção da escada 0 --- --- 0


Conclusões

1. A adopção do PROCESSO ESCADA resulta na execução


de duas tarefas com risco de queda em altura NULO,
enquanto que no PROCESSO ANDAIME todas as tarefas
apresentam este risco.

2. A tarefa de execução dos apertos no PROCESSO


ANDAIME apresenta um risco de queda em altura IGUAL
em relação ao PROCESSO ESCADA.
Conclusões

Na escolha das melhores medidas de controlo do risco,


devemos ter sempre presentes os Princípios Gerais de
Prevenção nomeadamente:

dar prioridade às protecções colectivas


… mas também

substituir o que é perigoso pelo menos perigoso ou


isento de perigo
Tentando conjugar estes dois princípios, e levando em conta
o processo de identificação e avaliação dos riscos realizado,
o PROCESSO ESCADA seria a opção mais correcta.
Em resumo…

“ler” actividade

conhecer perigos

Identificar riscos

avaliar riscos

escolher/alterar
processos

escolher medidas de
reavaliar riscos controlo dos riscos

iniciar a actividade
FIM
OBRIGADA
Análise de Riscos
no
Sector da Construção

Abel Pinto

AECOPS-FIL Março 2009


Introdução

Análise de Riscos?

Utilização sistemática da informação


disponível para identificar perigos e
estimar os riscos para os indivíduos ou
populações, bens ou o ambiente (IEC 300–
3–9: Dependability Management—Risk
Analysis of Technological Systems)
Introdução

Análise da Segurança é um procedimento


sistemático para análise de sistemas de forma a
identificar os perigos e avaliar riscos e
respectivas caracteristicas de segurança
(Ringdahl, 2004)

Análise de riscos=Avaliação dos riscos?


Introdução

Finalidade ?

Redução dos acidentes de trabalho e


doenças profissionais.
Constitui a base de uma gestão eficaz da
segurança e da saúde no trabalho.
Introdução

Obrigação legal

A Directiva Quadro (89/3091/CEE) releva a


importância da AR. O empregador tem o dever de
assegurar a segurança e a saúde dos trabalhadores,
tomando as medidas necessárias, nomeadamente:
-Prevenção dos riscos profissionais;
-Informação e formação dos colaboradores;
-Organização e implementação das medidas
necessárias e adequadas num todo coerente.
Introdução

Metodologias ?

Ringdahl (2001) divide as metodologias de


AR em 6 categorias

Technically oriented

(Exemplos: EA, HAZOP, FTA, FMEA,


análise de desvios, diagrama de causa-
consequência)
Introdução

Metodologias (continuação)?
Human oriented methods
(Exemplos: Human reliability assessment,
Human error identification, THERP,
CREAM)

Análise de Tarefas
(Exemplos: Operator action event tree,
Decision/Action flow diagram, Operational
sequence diagram, Signal-flow graph
analysis)
Introdução

Metodologias (continuação)?
Management oriented methods
(Exemplos: MORT, ISRS, SHE, SCHAZOP )

Investigação de acidentes
(Exemplos: AEB, Change analysis,
Multilinear events sequencing, STEP )

Análise grosseira
(Exemplos: PHA, Check-lists, What-if )
Introdução

Responsabilidades ?
 Empregador;
 Técnico de SHST;
 Trabalhadores e seus representantes;
 Fornecedores (incluindo subempreiteiros).
Responsabilidades - Empregador

 Garantir a segurança e a saúde dos colaboradores em


todos os aspectos relacionados com o trabalho
 Promover e garantir a validade da AR
 Garantir a disponibilidade do registo da AR

 Garantir a difusão da informação relacionada


com os riscos e as respectivas medidas de
prevenção/protecção

 Promover a consulta dos trabalhadores e/ou os seus


representantes
Responsabilidades – Técnico de
SHST

 Ter bom conhecimento da metodologia(s) a usar


 Ser capaz de aplicar correctamente a metodologia

 Ser capaz de indentificar as limitações da metodologia


e as situações que requerem uma avaliação
mais aprofundada
 Promover a participação dos trabalhadores e/ou
dos seus representantes
Responsabilidades – Trabalhadores
e seus representantes

 Participar na avaliação dos riscos, quando solicitado


 Alertar os superiores hierárquicos (e colegas) para
os riscos precepcionados
 Informar os superiores hierárquicos das mudanças
(desvios) detectadas no local de trabalho

 Cooperar com toda a organização, contribuindo para


um ambiente de trabalho seguro e saudável
Responsabilidades – Fornecedores

 Participar na avaliação dos riscos, quando solicitado


 Alertar para os riscos precepcionados

 Partilhar informações sobre riscos e medidas de


prevenção/protecção com todos os
intervenientes no local de trabalho
 Cooperar com toda a organização, contribuindo para
um ambiente de trabalho seguro e saudável
Procedimento de AR

A AR decorre em cinco etapas

 Identificação de perigos e pessoas expostas;


 Avaliação e priorização dos riscos
 Decisão sobre medidas preventivas/protectivas
 Adopção de medidas
 Acompanhamento e revisão
Identificação dos perigos e
pessoas expostas

Análise das componentes do trabalho susceptíveis


de causar danos (ou afecções da saúde) e quais as
pessoas expostas
Avaliação e priorização dos
riscos

Apreciação dos perigos identificados, avaliando os


seus factores (gravidade e probabilidade) e
classificação dos riscos por ordem de importância,
de forma a definir prioridades de actuação.
Decisão sobre medidas
preventivas/protectivas

Definir e estabelecer as medidas adequadas para


eliminar ou controlar os riscos.
Adopção de medidas

Implementar as medidas definidas na etapa


anterior, elaborando um programa de acção
especificando prioridades, responsabilidades
(quem compete fazer o quê), prazos de execução e
recursos disponibilizados.
Acompanhamento e revisão

A AR não é um documento estático, deve ser


revista periódicamente ou sempre que haja
mudança na organização, nos equipamentos, nos
processos de produção, nos materiais, ... ou
quando ocorram incidentes/acidentes.
Registo

A AR deve ser devidamente registada. O registo


deve conter:

-Nome do(s) analista(s);


-Perigos e riscos identificados;
-Grupos de trabalhadores expostos;
-Medidas necessárias;
-Informações sobre a implementação das
medidas;
-Informações sobre as medidas de
acompanhamento;
-Informações sobre a participação dos
trabalhadores e seus representantes.
Limitações

Algumas das razões para, usualmente, não se


utilizarem metodologias de AR (Akintoye, 1997)

-Falta de familiaridade com as metodologias;


-Tempo, falta de informação e conhecimento;
-Dúvidas acerca da aplicabilidade das
metodologias à indústria da construção ;
-A grande maioria dos riscos são percepcionados
como subjetivos, sendo determinados com base na
experiência anterior;
-É difícil avaliar os benefícios;
-Não há exigência, formal ou informal, da parte
do dono de obra.
Limitações

Segundo Pender (2001), as teorias das


probabilidades e estatística têm algumas
limitações – ―obrigando‖ a estimar um conjunto
de presupostos (porque raramente está disponível
a informação necessária).
Limitações

Como principais limitações podem-se apontar:

-A teoria da probabilidade baseia-se no pressuposto


de aleatoriedade; os factores que contribuem para a
insegurança não são aleatórios;

- A teoria das probabilidades baseia-se no


conhecimento de todos os estados futuros. No
entanto, a incerteza e a ignorância são inevitáveis em
projectos de construção (no contexto da SST);
Limitações

-Os projectos de construção são únicos, por


definição. Isto reduz a relevância e a fiabilidade dos
agregados estatísticos derivados da análise
probabilistica

-Os parâmetros e os resultados são comunicados em


linguagem natural e, devido à imprecisão da nossa
língua não é possível ―traduzir‖ com precisão para
uma linguagem matemática.
Lógica Difusa

Fuzzy Set Theory foi formulada, em 1965, por Lotfi


Zadeh. FST é uma teoria matemática que permite o
tratamento sistemático da indefinição e imprecisão.
Propriedades

A metodologia que pretendo desenvolver deve ser


baseada nos factores de risco presentes e não em
estimativas. Vou procurar incorporar factores que
não costumam ser considerados: cultura de
segurança, organização da segurança, organização
do trabalho, supervisão, liderança,
factores pessoais e comunicação.
Propriedades

R=(E•F•Fa)/Bs
Exemplos de questões a analisar:
-Existência de procedimentos de trabalho adequados;
-Inexistência de objectivos conflituosos;
-Estatuto dos técnicos de SHST;
-Investigação de acidentes/incidentes;
-Formação e treino;
-Comunicação com trabalhadores e sub-empreiteiros...
Fim
Lisboa 20 de março de 2009 AVALIAÇÃO DE RISCOS
AVALIAÇÃO DE RISCOS NO
SECTOR DA CONSTRUÇÃO CIVIL
A AVALIAÇÃO DE RISCOS

Exame sistemático de todos os aspectos relacionados com


o trabalho, visando identificar os perigos, estimar
(qualitativa e quantitativamente) valorar os riscos para a
Segurança e Saúde dos Trabalhadores

Base para a gestão activa da SST na empresa, na medida


em que habilita o empregador com a informação necessária
à tomada de decisão
AVALIAÇÃO DE RISCOS

PREVENÇÃO DE ACIDENTES DE TRABALHO


ACIDENTES DE TRABALHO

¾Inexistência de estruturas de segurança


-Falta de protecção
-Falta de permanência das protecções
-Falsas protecções
-Inexistência ou inadequada planificação

¾Inexistência de enquadramento efectivo e permanente

¾Não faseamento e calendarização adequados dos trabalhos

¾Sobreposição de trabalhos incompatíveis, equipamento


inadequado e não regularmente vistoriado
ACIDENTES DE TRABALHO

Anos 2004/2005/2006/2007/2008
Acidentes de trabalho m ortais
Anos
M eses 2004 2005 2006 2007 2008
Total C o ns t rução Total C o ns t rução Total C o ns t rução Total C o ns t rução Total C o ns t rução
Janeiro 17 10 8 2 11 7 11 3 14 8
Fevereiro 14 8 10 6 11 5 14 6 16 7
Março 19 9 17 11 13 10 18 7 5 4
Abril 14 5 17 11 13 2 10 7 7 3
Maio 20 9 20 11 26 10 15 8 8 4
Junho 23 12 14 6 14 8 13 7 6 3
Julho 29 13 19 10 15 4 14 8 8 4
Agosto 11 5 21 12 15 6 10 3 8 5
Setem bro 15 7 17 6 11 7 15 7 14 10
Outubro 9 7 9 4 13 5 15 12 13 4
Novem bro 16 10 8 4 6 4 20 10 13 4
Dezem bro 10 6 9 3 9 3 8 4 8 3
Total 197 101 169 86 157 71 163 82 120 59
ACIDENTES DE TRABALHO

Total de acidentes mortais Acidentes mortais no Sector da Construção


40 15
30
10
20
10 5

0 0

2004 2005 2006 2007 2008 2004 2005 2006 2007 2008
AT C CIVIL CAUSAS

Acidentes mortais segundo as Causas


Ano de 2008 Totais C o n s t ru ç ão
Esm agam ento 30 9
Queda em altura 28 20 30 28
Afogam ento
Choque objectos 17 6 20
Soterram ento 7 6 17
Atropelam ento 11 4
Electrocussão 7 6 11

Explosão 3 7 7
Queda de nível
Intoxicação 1 0
Queda de pessoas 1

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Máquina agrícola

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Máquina

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Ch
Outras form as 9 4
Em averiguações 6 4
TOTAL 120 59
ESPECIFICIDADE DA ACTIVIDADE

¾Ambiente envolvente
¾Clima
¾Organização do local de trabalho
¾Situações de trabalho acima e abaixo do nível do solo
¾Multiplicidade de operações e actividades de risco
¾Grande mobilidade do local de trabalho -instalado provisoriamente
¾Aliança entre força e precisão no trabalho
¾Projectos gigantescos ou micro projectos
¾Recurso ao trabalho nocturno
¾Deficiências de qualidade no equipamento
¾Opções arquitectónicas complexas
¾Deficiências do controlo público em matéria de licenciamento...
CARACTERISTICAS ECONOMICO-
ORGANIZACIONAIS

¾Tipo de empresas que operam no sector

¾Subcontratação

¾Relação entre empresas

¾Equipamentos de trabalho

¾Falta de formação dos decisores

¾Afastamento dos responsáveis das obras

¾Falta de organização da segurança

¾Falta de formação dos trabalhadores


¾Grande competição económica:
cortes de custos
prazos muito estritos
ritmos de trabalho
mudanças de última hora

¾Subversão das regras


equipamento
prazos
trabalhadores
PRECARIEDADE LABORAL

¾Gesto profissional incorrecto

¾Impossibilidade de especialização

¾Impossibilidade de adaptação à obra e à função

¾Utilização incorrecta do equipamento e materiais

¾Grande submissão a trabalhos de maior risco

¾Maus exemplos

¾Défice de participação

¾Potenciação do risco
METODOLOGIA DA PREVENÇÃO

1. Ligação da avaliação e controlo dos riscos ao


processo produtivo (construtivo)

2. Respeito pelos princípios de prevenção

3. Aplicação das técnicas de prevenção em função dos


princípios de prevenção e do processo construtivo

4. Sustentação normativa dos princípios e técnicas de


prevenção
METODOLOGIA DA PREVENÇÃO

1. Elaboração do projecto da obra

2. Organização dos trabalhos –( incluindo contratualização


para a execução dos trabalhos)

3. Execução dos trabalhos


CRITÉRIOS DA PROTECÇÃO

¾Prioridade absoluta das protecções colectivas


¾Estabilidade
¾Resistência
¾Organização
¾Permanência (continuidade no tempo e no espaço)
¾Adaptação ao trabalho e ao risco
¾Bom estado geral
¾Adaptação ao homem (EPI)
¾Permanente estado de utilização (EPI)
¾Formação e Informação
AVALIAÇÃO DE RISCOS C. CIVIL

PRINCÍPIOS
Integração da prevenção no projecto
Coordenação
RESPONSÁVEIS
Dono da obra
Projectista
Coordenador de segurança
Entidade executante
Empregador
INSTRUMENTOS Técnicos (responsável pela direcção
Comunicação prévia da obra, director de obra, técnicos
Compilação técnica (dossier) de SHST)
Plano de segurança/FDS Trabalhadores (independentes e
Subordinados)
COMUNICAÇÃO PRÉVIA

Responsabilidade
Elaboração (DO)
Actualização
Apresentação à ACT
Envio antes da implementação do estaleiro
Comunicação das alterações no prazo de 48 h
Actualização mensal de subempreiteiros
Publicitação
Afixação na obra

Estrutura e conteúdos
Art.15º do DL 273/03
COMUNICAÇÃO PRÉVIA

INFORMA ACT

Natureza da construção riscos potenciais


Duração coordenação
Volume de mão de obra actores a envolver
medidas técnicas
COMPILAÇÃO TÉCNICA
OBRIGATORIEDADE
Todas as obras novas
Intervenções que afectem as características e as condições de
execução de trabalhos ulteriores

RESPONSABILIDADE PELA ELABORAÇÃO


Dono de obra
Entidade executante quanto ao fornecimento dos elementos

DESTINATÁRIO
Dono de obra

FINALIDADE
Perservar SST de trabalhadores em ulteriores intervenções
PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

IMPORTÂNCIA- elemento fundamental de avaliação e


hierarquização dos riscos e respectivas medidas

SUFICIÊNCIA -objectivo, riscos, prevenção, espaço, tempo

ESPECIFICIDADE- concreto face aos trabalhos a


desenvolver

DINAMISMO- reformulação/actualização evolui com os


trabalhos

Nenhuma operação pode ser iniciada sem ser incluída a


respectiva avaliação de riscos e medidas de prevenção no
PSS
PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

OBRIGATORIEDADE
Projecto + comunicação prévia
Ou
Projecto + riscos especiais

PSS EM PROJECTO
Elaboração: durante a fase de projecto

APRESENTAÇÃO

ACT quando solicitado


PLANO DE SEGURANÇA E SAÚDE

DEVE CONCRETIZAR OS RISCOS E MEDIDAS PREVENTIVAS A ADOPTAR

Tipos de trabalho a executar

¾Gestão da SHST conforme as responsabilidades dos intervenientes

¾Métodos construtivos

¾Materiais

¾Produtos

¾Programação do desenvolvimento construtivo das fases da obra

¾Riscos especiais
¾Aspectos associados à gestão e organização geral do estaleiro
PSS NA EXECUÇÃO DA OBRA

Elaboração
Antes da implantação do estaleiro

Condições de validade
¾Desenvolvimento e especificação do PSS em projecto pela EE
¾Validação técnica pelo coordenador de segurança em obra
¾Aprovação pelo DO

Determinância do PSS na obra

¾O DO deve impedir a implantação do estaleiro sem estar aprovado


o PSS para a execução da obra
PSS NA EXECUÇÃO DA OBRA

ESTRUTURA

¾Avaliação e hierarquização dos riscos ao processo produtivo


referenciados à sua origem - operação a operação

¾Projecto do Estaleiro e memória descritiva

¾Requisitos de SS segundo os quais decorrerão os trabalhos

¾Cronograma dos trabalhos

¾Directrizes da EE aos subempreiteiros em matéria de prevenção riscos

¾Meios de assegurar a cooperação entre os vários intervenientes


PSS NA EXECUÇÃO DA OBRA

¾Sistema de gestão de informação e comunicação em matéria PR


¾Sistema de informação e formação dos trabalhadores em matéria PR
¾Procedimentos de emergência
¾Sistema de comunicação de AT
¾Sistema de informação ao coordenador de Segurança
¾Instalações sociais
FICHAS DE PROCEDIMENTOS DE SEGURANÇA

OBRIGATORIEDADE

Obras em que existam riscos especiais e não seja obrigatório o


plano de segurança e saúde

RESPONSABILIDADE PELA ELABORAÇÃO/ ACTUALIZAÇÃO


Entidade executante (O CSO deve analisar a adequabilidade das
fichas de procedimentos de segurança)

IMPORTÂNCIA
Prévia ao início dos trabalhos

CONHECIMENTO
Divulgação e disponibilidade junto de todos os subempreiteiros/
trabalhadores
VISITA
INSPECTIVA
1. PREPARAÇÃO

Recolha de informação nos serviços


¾ processo da empresa - documentação
¾ processo do estaleiro - comunicação prévia, se existir
¾ identificação dos responsáveis - processo de estaleiro e visitas
anteriores

Definição de estratégia para a acção - identificação das questões


fundamentais a abordar

Equipamentos do inspector- (EPI’s, fita métrica, máquina


fotográfica, legislação, documentos de informação/sensibilização,
comunicação prévia etc...)
2. APRESENTAÇÃO NO ESTALEIRO

Apresentação e Selecção do (s) interlocutor (es)

¾Director técnico
¾Fiscal da obra
¾Encarregado
¾Coordenador de segurança
¾Técnico de Segurança

Recolha de informação (junto dos responsáveis da obra)

¾Projecto de arquitectura (elementos gráficos + memória descritiva)


¾Projecto de implantação do estaleiro
¾Cronograma (sequência das operações, prazos)
3. VISITA À OBRA

¾Decide a direcção e ritmo da visita (procurando situações de


trabalho)

¾Faz-se acompanhar do responsável ou interlocutor privilegiado

¾Circula de acordo com a lógica da edificação

¾Visita frentes de trabalho

¾Observa os equipamentos em funcionamento

¾Observa os materiais e processos de trabalho


¾Interroga trabalhadores ou outros, para avaliar as operações
¾Identifica e hierarquiza os riscos
¾Avalia as medidas de prevenção adoptadas
¾Identifica as situações de falta de segurança
¾Identifica situações de perigo grave e eminente

Face a situações de trabalho/risco inerente o inspector de


trabalho, no local, tem uma atitude de indução ao
cumprimento das medidas de segurança, em falta, formalizada
no final da visita
4. VISITA ÀS INSTALAÇÕES DE
APOIO
Instalações técnicas

¾Estaleiro do ferro
¾Ferramentaria
¾Armazém de materiais e equipamentos

Refeitório

Vestiários

Balneários

Alojamentos
5.VERIFICAÇÃO DE DOCUMENTAÇÃO

Afixação obrigatória
¾Comunicação prévia de abertura do estaleiro e actualizações
¾Nomeação do Coordenador de Segurança em obra, declaração de
aceitação e anexos
¾Horários de trabalho
¾Apólices de seguro
6- REUNIÃO FINAL/CONCLUSÃO

6.1-Verificação de documentos e identificação dos responsáveis

¾Livro de obra

¾Identificação de responsáveis (dono de obra, entidade executante


subempreiteiros trabalhadores independentes)

¾PSS e seu desenvolvimento

¾Registo dos Subempreiteiros e trabalhadores independentes


¾Alvarás do Inci da E executante e subempreiteiros
¾Informação e documentação sobre equipamentos utilizados
¾Informação e documentação sobre materiais utilizados
¾Registo da Coordenação de Segurança – actas ou livro de obra
6.2. Avaliação geral da situação de segurança e saúde na obra

6.3 . Caracterização e explicação de situações de desregulação

(face ao PSS/FPS e face à regulamentação)

6.4. Formalização dos procedimentos de inspecção


¾Notificação para tomada de medidas
¾Suspensão de trabalhos
¾Notificação para apresentação de documentos
¾Autos de advertência
¾Autos de Notícia (fase posterior)
¾Participações (fase posterior)
PROCEDIMENTOS INSPECTIVOS

INFRACÇÕES VERIFICADAS

¾Relacionadas com PSS


¾Relacionadas com a comunicação prévia
¾Coordenação de Segurança-
¾Trabalhos/Equipamentos/Materiais em situação de risco
¾Trabalhos em contexto de perigo grave e eminente
SITUAÇÕES DE RISCO TIPO
1. Quedas em altura
Plataformas de andaime -falta de guarda corpos e de tábuas de pé, falta de meios

de acesso, colapso da estrutura, esmagamento, ...


Plataformas móveis / suspensas /cavaletes
Plataforma de recepção de materiais
Coluna Central de acessos -sem protecções ou s/ protecções adequadas e suficientes
Escadas e patamares /courettes
Topo de cofragens /armação de ferro/betonagens
Bordaduras das lajes e cobertura

2. Soterramento -escavação de talude, abertura de valas, fundações...)


3.Quedas de materiais -movimentados pela grua, da bordadura da lage, de
plataformas de veículos, aberturas no pavimento, abertura para elevadores e
escadas...)
SITUAÇÕES DE RISCO TIPO

4. Queda ao mesmo nível -desorganização e desordem no estaleiro,


falta de iluminação ...
5. Riscos eléctricos -inexistência de disjuntor diferencial de alta
sensibilidade, livre acesso à cabine eléctrica, toque da grua em linha aérea,
cabos em mau estado, não ligação à terra de equipamentos...,
6. Riscos associados a equipamentos de mão - eléctricos,
posturas, projecção de partículas e poeiras, cortes, ruído, musculo-
esqueléticos, queimaduras, explosão...
7. Riscos associados transportes/circulação de veículos -
atropelamento, poeiras, desmoronamento, queda de cargas, queda de
trabalhadores, capotamento...
8. Riscos associados aos materiais - dermatoses, cortes,
perfuração, entalamento, dorso-lombares, toxicológicos,
NOTIFICAÇÃO PARA TOMADA DE MEDIDAS

Procedimento que constitui uma determinação para que, dentro de


um prazo fixado, sejam realizadas nos locais de trabalho as
modificações necessárias para assegurar a aplicação das
disposições relativas à SST dos trabalhadores.
SUSPENSÃO IMEDIATA DE TRABALHOS

Constituem notificações para que sejam adoptadas medidas


imediatamente executórias, incluindo a suspensão de trabalhos
em curso, em caso de perigo grave ou probabilidade séria da
verificação de lesão da vida, integridade física ou saúde dos
trabalhadores

Os trabalhos suspensos só podem ser retomados com


autorização expressa do inspector do trabalho,
PARTICIPAÇÃO CRIME POR DESOBEDIÊNCIA

art.º 348.º do código penal e art.º 547.º do Código do Trabalho

Comunicação ao Ministério Público para procedimento criminal que


ocorre quando não é obedecida a notificação de suspensão
imediata de trabalhos.
PARTICIPAÇÃO A OUTRAS ENTIDADES

art.º 10º n.º 1 i) do DL n.º 102/2000

Participar a outras entidades situações que se enquadrem no


âmbito das suas competências
¾InCi
¾Segurança Social
¾Finanças
¾IEFP
¾SEF
¾PSP
¾...
fim

Fim

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