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Introdução
As várias técnicas de análise experimental de tensões e deformações encontram uso
generalizado tanto em pesquisa quanto na avaliação de estruturas já existentes. Com relação ao
projeto de estruturas, a análise experimental de tensões é utilizada em diversas etapas tais
como:
a) pré-projeto
b) desenvolvimento do projeto e sua otimização
c) testes com modelos e protótipos
d) testes de aceitação dos produtos
e) análise de falhas
Extensômetros Elétricos
Origem
L ρ ⎛ Lρ ⎞ dR dρ dL dA
dR = dρ + dL + ⎜ − 2 dA ⎟ → = + − (2)
A A ⎝ A ⎠ R ρ L A
dR dρ dL
= + (1 + 2ν ) (3)
R ρ L
∆R ∆ρ ∆R
= + ε(1 + 2ν ) → = S aε (4)
R ρ R
onde Sa representa a sensibilidade à deformação do material.
Por que os extensômetros são fabricados com uma grade (vários fios ligados entre si) e
não com um fio apenas?
Para maior facilidade de medição de ∆R, R deve possuir um valor elevado. Para
extensômetros comuns, R = 120Ω. Observando-se a equação (1), verifica-se que este valor
somente é atingido com um comprimento L elevado já que a área A do condutor é muito
pequena. Por este motivo, os extensômetros são fabricados colocando-se vários fios em
paralelo, ligados pelas extremidades.
Todavia, estes terminais de soldagem nas extremidades de cada “fio” acarretam alguma
sensibilidade transversal.
εt = - νεa γat
εa ∆R
= S a ε a + S t ε t + S at γ at (5)
R
∆R
= S a (ε a + K t ε t ) (6)
R
onde
St
Kt = (7)
Sa
Através da equação (6), obtém-se a relação básica entre a deformação e a variação na
resistência do extensômetro elétrico sendo expressa por:
1 ∆R
ε= (8)
Sg R
onde ε é a deformação, Sg é uma constante de fabricação do ERE e R é a resistência do
extensômetro. Para um extensômetro típico, Sg = 2.0 e R é 120Ω.
Princípio de Funcionamento
Extensômetros de parafusos
• Furação dos parafusos com uma broca com φ=3mm e profundidade superior a 36mm;
• Limpeza interna do furo para evitar que as impurezas prejudiquem a aderência da cola;
• Preparação da cola → proporção de uma parte de substância A para cada dez partes
da substância B;
• Injeção da cola no orifício feito no parafuso e introdução do extensômetro;
• Finalmente, aquece-se o parafuso a uma temperatura de 140ºC durante duas horas e
aguarda-se mais dez horas em temperatura ambiente até que o parafuso esteja pronto
para ser utilizado.
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M=P.Leσ=E.ε
P M.c P . L . t / 2 6 . P. L
E.ε = ⇒ε= =
I E.b.t 3 / 12 b . t 2 . E
L=176 mm
t=2,23 mm Para P = 0,350 g → ε = 146µε
b=25 mm Pelo extensômetro → ε = 147µε
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Lata de “Coca-Cola”
y
d
Pi Pi
t t
2
x Fx Fx Fy Fy
1
• deformação na direção circunferencial x:
εx = 1562 µε
• deformação na direção circunferencial y:
εy = 379 µε
• pressão interna:
4tE 4 × 0,12 × 70000
Pi = ε' x ⋅ = Pi = 1562 × 10 −6 ⋅ =5,14kgf/cm2
d(2 − ν) 60,0(2 − 0,3)
1. Verificação de Projeto:
a. Aquisição de dados referentes ao comportamento dinâmico para verificar
considerações utilizadas na caracterização de ventos fortes e terremotos;
b. Fornecimento de informações a serem utilizadas em projetos futuros mais
racionais;
c. Desenvolvimento de um sistema de monitoramento com controle automático
para eventuais avisos em situações mais críticas.
2. Manutenção Estrutural:
a. Aquisição de dados para análise e avaliação do funcionamento da estrutura
da ponte;
b. Detecção de possível deterioração estrutural e evolução da degradação;
3. Gerenciamento do Tráfego:
a. Fornecimento de dados para controle dos níveis de segurança para o
tráfego seguro de veículos quando a ponte está submetida a ventos fortes
ou tremores de terra;
b. Fornecimento de dados para avaliação estrutural após um tremor de terra
ou um tufão para liberação da utilização da ponte.
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Figura 6.10 – Gráficos com deformações ao longo do tempo – antes e depois da recuperação da estrutura
C
Figura 6.11 – Avaliação do momento fletor aplicado em ligações viga-coluna
Ainda através dos extensômetros elétricos lineares colocados nas mesas da viga
conforme comentado anteriormente, pode-se obter a distribuição de tensões ao longo da alma
da viga com a utilização de pelo menos mais três extensômetros instalados nesta alma.
Entretanto, o extensômetro colocado sobre a linha média da viga pode ser substituído por uma
roseta tripla (0º, 45º e 90º, respectivamente) de forma a fornecer também as deformações e
tensões principais além da direção principal naquele ponto.
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M
C
160
140
120
100
Momento Fletor (kN.m)
EE1 (somente M)
80
EE2 (N = - 10% Npl)
0
-2000 2000 6000 10000 14000 18000 22000 26000
Deformação (µε)
160
140
120
100
Momento Fletor (kN.m)
80
EE1 (somente M)
0
-35000 -30000 -25000 -20000 -15000 -10000 -5000 0 5000
Deformação (µε)
160
140
120
Momento Fletor (kN.m)
100
80
60
parafuso 1 parafuso 2
40
parafuso 4 parafuso 3
20
parafuso 6 parafuso 5
0
0 1000 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000
Deformação (µε)
Uma outra utilização dos extensômetros elétricos lineares e rosetas triplas pode ser
observada no esquema apresentado na figura a seguir. A configuração apresentada visa obter a
influência de cada uma das componentes avaliadas na alma da coluna no comportamento global
da ligação. Nos pontos onde foram instaladas rosetas triplas, deseja-se obter as deformações e
tensões principais bem como as direções principais neste ponto.
160
B (45º) C(90º)
140
120 A(0º)
Momento Fletor (kN.m)
100
EE1 (somente M)
80
EE2 (N = - 10% Npl)
0
0 10 20 30 40 50
φ1 (graus)
Figura 6.18 – Direção principal 1 – roseta no centro do painel de alma submetido a cisalhamento
160
140
120
Momento Fletor (kN.m)
100
EE1 (somente M)
0
-1500 -1000 -500 0 500 1000 1500
Tensões Principais (MPa)
Figura 6.19 – Tensões principais – roseta no centro do painel de alma submetido a cisalhamento
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160
140
120
Momento Fletor (kN.m)
100
EE1 (somente M)
80
EE2 (N = - 10% Npl)
0
0 200 400 600 800 1000 1200 1400
σVM (MPa)
Figura 6.20 – Tensões Von Mises – roseta no centro do painel de alma submetido a cisalhamento
Equações Necessárias
σ VM = σ12 + σ 22 − σ1 .σ 2
1
ε xx = ε A ; ε B = (ε xx + ε YY + γ xY ) e ε yy = ε C onde γ xy = (2ε B − ε A − ε C )
2
2ε B − ε A − ε C
tg 2φ =
ε A − εC
⎡ ε + εC 1 ⎤
σ1 = E ⎢ A + ( ε A + ε C ) 2 ( 2ε B − ε A − ε C ) 2 ⎥
⎣ 2(1 − ν) 2(1 + ν) ⎦
⎡ ε + εC 1 ⎤
σ 2 = E⎢ A − (ε A + ε C ) 2 (2ε B − ε A − ε C ) 2 ⎥
⎣ 2(1 − ν) 2(1 + ν) ⎦
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3. TML (http://www.tokyosokki.co.jp/e/index.html)
4. Texas (http://www.straingage.com/)
5. KYOWA (http://www.kyowa-ei.co.jp/english/index_e.htm)
6. MM – VISHAY
(http://www.vishay.com/brands/measurements_group/strain_gages/mm.htm)