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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CIÊNCIAS ECONÔMICAS

MARIA LINDALVA DE LIMA FELIX FILHA

DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DA USINA A&E

Ituiutaba
MARIA LINDALVA DE LIMA FELIX FILHA

2021

DIVERSIFICAÇÃO DA PRODUÇÃO DA USINA A&E

Trabalho apresentado a Universidade Norte do Paraná,


como requisito parcial para obtenção de média semestral
nas disciplinas:

Teoria Microeconômica: Mercados


Formação Econômica do Brasil
Teoria Macroeconômica
Teorias do Crescimento Econômico
Teorias do Desenvolvimento Econômico

Professores:
Clevia Israel Faria Franca
Renato José da Silva
Magno Rogerio Gomes

Ituiutaba
2021
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................4

2 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................5
2.1 PASSO 01............................................................................................................5
2.2 PASSO 02............................................................................................................6
2.3 PASSO 03............................................................................................................7
2.4 PASSO 04............................................................................................................8
2.5 PASSO 05............................................................................................................9

3 CONCLUSÃO..........................................................................................................11

REFERÊNCIAS...........................................................................................................12
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1 INTRODUÇÃO

O ramo sucroalcooleiro possui demanda crescente, os custos de produção


são baixos, substitui combustíveis fosseis, o bagaço da cana pode ser utilizado para
gerar energia e além disso com todo apelo “verde” polui menos o ar.

A SGA (situação geradora de aprendizagem) mostra um empreendimento


bem sucedido, mas que devido as próprias demandas do mercado procura a sua
ampliação.

Ao longe desse trabalho, buscasse apresentar a importância da cana de


açúcar para a economia brasileira, como as políticas macroeconômicas do governo
podem afetar o setor e como o açúcar contribui para impactar o desenvolvimento
econômico das regiões onde se instalou.
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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 PASSO 01

O ciclo da cana de açúcar, também chamado ciclo do açúcar foi entre meados
do séc. XVI e XVII uma das principais bases econômicas, sociais e culturais no
então Brasil colônia.

Após o chamado ciclo do pau-brasil, onde essa madeira era o principal


produto comercializado entre a colônia e a metrópole, por volta de 1530, os
portugueses implementaram o desenvolvimento da indústria açucareira no Brasil. O
clima e o solo eram ideais para o cultivo da cana de açúcar e Portugal já detinha
experiência e dominava as técnicas de produção do açúcar.

Nesse período, formaram-se os engenhos, que eram os responsáveis pela


moenda da cana de açúcar, sua expansão se deu rapidamente e os principais se
encontravam na Bahia, Pernambuco e São Vicente. Além de concentrar todo o
processo de produção açucareira, os engenhos também ajudaram no povoamento
das regiões recém descobertas.

Portugal não possuía condições de arcar com os altos investimentos da


fabricação do açúcar, com isso realizou uma parceria com comerciantes holandeses,
que tinham o controle sobre a distribuição e comercialização deste produto.

Contudo em 1580, ocorreu a chamada União Ibérica, na qual a Espanha


passou a exercer controle sobre Portugal e suas colônias. Os espanhóis não
possuíam boa relação com os holandeses e os expulsaram do nordeste brasileiro,
tirando-os da economia açucareira do Brasil.

Após esse fato, os holandeses passaram a produzir açúcar no caribe,


especificamente nas Antilhas e logo conseguiram conquistar os mercados
consumidores, deixando o Brasil em segundo plano. Essa foi uma das principais
causas da crise do açúcar no Brasil colonial.

Apesar disso, a produção de açúcar continuou sendo uma das mais


importantes atividades econômicas de nossa economia colonial e teve sua
importância minimizada somente após a descoberta do ouro, no final do sec. XVII,
dando início assim ao chamado ciclo do ouro.
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2.2 PASSO 02

As empresas estão inseridas em mercados que podem ter diversas


características, esses mercados tem suas estruturas compostas principalmente
pelas seguintes variáveis: número de empresas, diferenciação do produto e
existência de barreiras a entrada de novas empresas.

O mercado em concorrência perfeita, apresenta as seguintes características:


grande número de compradores e vendedores, produto homogêneo, transparência
do mercado (acesso as informações) e mobilidade de empresas (não há barreiras
para o ingresso no mercado). As firmas que o compõem são tomadoras de preço, ou
seja, copiam o preço de equilíbrio do mercado, já que nenhuma tem poder sozinha
para determinar o preço das mercadorias.

Quanto a maximização dos lucros no mercado de concorrência perfeita se dá


no momento em que a receita marginal (rmg) se igual ao custo marginal (cmg),
sendo que o custo marginal é crescente.

A estrutura de mercado monopolística, ou seja, o monopólio se caracteriza


por haver somente uma única empresa que domina o mercado, há também
inexistência de bens ou serviços substitutos e existência de barreiras a entrada de
novas empresas.

Os monopolistas são price makers (estipulam o preço da venda) e para


maximizar seus lucros, eles iniciam com a receita marginal igual ao custo marginal,
apenas que no ponto de maximização o preço será maior que o custo marginal
(p>cmg). Como ele é único no mercado, faz uso da curva de demanda para definir
seu preço.

A concorrência monopolística é uma estrutura de mercado intermediária, pois


possui características da concorrência perfeita, misturada com características do
monopólio. Então há uma grande quantidade de empresas, não há barreiras a
entrada de novos participantes, quanto ao produto é heterogêneo. São estipuladoras
de preço, já que oferecem bens e serviços únicos e diferentes entre si.

Quanto a maximização dos lucros, se dá no curto prazo da mesma forma que


no monopólio, inicia o processo com a receita marginal igual ao custo marginal e
com base na curva de demanda ocorrerá a definição dos preços.
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A estrutura de mercado onde há poucos vendedores se chama oligopólio.


Suas características são: pequeno número de empresas, produtos homogêneos ou
diferenciados, barreiras ao acesso de novas empresas, interdependência entre as
firmas.

Para maximizar seus lucros as empresas oligopolistas também devem igualar


receita marginal e custo marginal, somente que elas adotam um comportamento de
cooperação ou de competição entre si e será justamente o comportamento adotado
que lhe indicará maior ou menor lucro. Quanto aos preços, os oligopolistas levam
em consideração as decisões de seus concorrentes.

A usina A&E tema desta produção textual, pelas características descritas se


encontra num mercado de concorrência perfeita, pois possui produto homogêneo, é
tomadora de preços e há uma grande quantidade de outras empresas nesse setor.

2.3 PASSO 03

O governo usa de políticas macroeconômicas para regular a atividade


econômica, bem como elaborar e avaliar estratégias para o crescimento sustentado
da economia. Para isso, pode adotar uma política expansionista, onde estimulará o
crescimento econômico ou contracionista, visando uma retração econômica, em
consequência de elevada inflação.

Essas políticas adotadas pelo governo, afetam as variáveis


macroeconômicas: demanda agregada (DA); oferta agregada (AO); taxa de juros (J);
investimentos (I); consumo (C) e produto (Y). Vejamos os impactos sobre elas nos
diferentes cenários.

Cenário I – Política monetária e fiscal expansionista

Uma política fiscal expansionista de aumento de gastos públicos e redução de


tributos, acompanhada de uma política monetária de redução da taxa de juros,
provocará um aumento na demanda agregada, já que o governo estará gastando
mais aumentando a renda da economia.

Consequentemente impostos mais baixos aumentam rendimento do


consumidor, causando ampliação do consumo. Esse cenário de maior consumo,
eleva o nível de preços, impactando a oferta agregada para cima.
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Quanto aos investimentos, juros mais baixos impactam positivamente nos


investimentos elevando-os. O produto da economia será maior, com isso é possível
que o país volte a crescer.

Cenário II – Política monetária e fiscal contracionista

A política contracionista é o oposto da expansionista, há uma retração


econômica em consequência da inflação. Nesse cenário de redução de gastos
públicos, aumento de tributos e juros mais altos, a demanda agregada se contrai, já
que ocorrerá uma redução na aquisição de bens e serviços.

Impostos mais altos, fazem as pessoas consumirem menos, juros mais altos
impactam negativamente os investimentos reduzindo-os. Haverá uma redução no
nível de preços, levando a oferta agregada para baixo. O produto da economia se
reduzirá, diminuindo crescimento econômico, controlando inflação e circulação de
moeda.

A Usina A&E deseja ampliar seus negócios e todo investimento depende de


equilíbrio econômico para apresentar os resultados esperados. Assim, uma política
expansionista que favorece uma maior demanda é uma situação favorável, pois gera
melhores retornos para os investimentos.

No caso de uma política contracionista onde os juros mais altos não


favorecem os investimentos, há uma redução da demanda, os resultados tendem a
ser os não esperados, impactando negativamente o projeto.

2.4 PASSO 04

Tabela 1 - Dados para o Brasil de 2022 e 2023

Variáveis 2022 2023


Taxa de progresso 10% 8%
tecnológico
Taxa de Poupança 40% 60%
Taxa de crescimento 4% 6%
populacional
Taxa de depreciação 5% 5%
Coeficiente alfa 0,6 0,6
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Tabela 2 – Preenchimento dos resultados

Ano Taxa crescimento da Taxa crescimento do


renda (y*) capital (k*)

2022 3,05 6,43

2023 5,61 17,72

Fonte: autoria própria.

Ano 2022

[ ] [ ]
1 1
¿ s 1−α 0,4 1−0,6
k= = =
( d +n+ g ) ( 0,05+ 0,04+0,1 )

[ ] [ ] [ ] √( ) 40 5 √ 405 √ 102400000 10119,29


1 2,5 5
0,4 0,4 0,4 40 2
= = = = = = =6,43
0,19 0,19 19 19 √ 195 √2476099 1573,56

[ ]
α
¿ s 1−α
y= =
( d +n+ g )

[ ] [ ] [ ] [ ] √( ) 40 3 √ 403 √ 64000 252,98


0,6 0,6 1,5 3
0,4 1−0,6 0,4 0,4 0,4 40 2
= = = = = = = =3,05
( 0,05+ 0,04+0,1 ) 0,19 0,19 19 19 √ 193 √6859 82,81
Ano 2023

[ ] [ ]
1 1
s 0,6
k ¿= 1−α
= 1−0,6
=
( d +n+ g ) ( 0,05+ 0,06+0,08 )

[ ] [ ] [ ] √( ) √ 60 = √777600000 = 27885,48 =17,72


1 2,5 5 5 5
0,6 0,4 0,6 60 2 60
= = = =
0,19 0,19 19 19 √ 195 √2476099 1573,56

[ ] [ ] [ ] [ ] [ ] √( ) 60 3 √603 √ 216000 46
α 0,6 0,6 1,5 3
s 0,6 0,6 0,6 60 2
y¿= 1−α
= 1−0,6
= 0,4
= = = = = =
( d +n+ g ) ( 0,05+0,06+ 0,08 ) 0,19 0,19 19 19 √193 √ 6859 8
A renda por trabalhador (y*) e o capital por trabalhador (k*) respectivamente,
5,61 e 17,72 no ano de 2023 será maior devido a taxa de poupança desse ano ser
maior, aproximadamente 60%.

2.5 PASSO 05

O Brasil é o maior produtor mundial de açúcar, está também em primeiro


lugar na exportação deste commodity, com isso o setor sucroenergético vive em
constante crescimento. Prova disso é que o setor representa 2% do produto interno
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bruto (PIB) do Brasil segundo dados do Instituto de Tecnologia Canavieira (ITC),


mostrando o peso desse setor na economia brasileira.

O setor apresenta salários acima da média, nível de escolaridade e nível de


formalização de empregos maiores que os outros setores do agronegócio. Foi
observado, que os descendentes dos empregados da cana também foram
influenciados pelas melhores condições dos pais, apresentando indicadores
socioeconômicos melhores.

O programa nacional do álcool (Proálcool) surgiu principalmente com a


intenção de buscar alternativas ao petróleo e diminuir a dependência em relação ao
mesmo, as questões sociais foram deixadas em segundo plano. O objetivo
econômico foi atingido, mas isso também afetou o social, já que a expansão do setor
criou empregos e aumento de renda em várias regiões do país.

O índice de desenvolvimento humano (IDH) que abrange educação,


longevidade e renda apresenta melhores indicadores nos municípios canavieiros e o
índice gini (IG) que é um instrumento que mede a desigualdade social de um
determinado país, unidade federativa ou município, apresenta que o crescimento de
trabalhadores mais escolarizados nesse setor, tem proporcionado melhor
distribuição de renda entre eles, assim, a educação tem contribuído positivamente
na redução do Gini da cana.

Diante desses fatos, a expansão da Usina A&E tende a trazer benefícios


econômicos e sociais para a região onde se encontra, proporcionando
desenvolvimento econômico nas suas variáveis vertentes.
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3 CONCLUSÃO

A cana de açúcar desde os tempos do Brasil colônia, sempre foi uma cultura
que contribuiu para o desenvolvimento da atividade econômica brasileira. O Brasil
valendo-se de suas condições climáticas e ambientais tornou-se o maior produtor e
exportador mundial do açúcar, daí a importância do setor sucroalcooleiro no Brasil.

Este setor contribui expressivamente no campo econômico tendo efeito


multiplicador na economia, no campo ambiental produzindo um combustível
renovável e no campo social, sendo um forte gerador de empregos, contribuindo
para melhor distribuição de renda e redução da pobreza.

O setor sucroalcooleiro possui um cenário econômico positivo: há demanda


por açúcar, o sucesso dos carros bicombustíveis, a preocupação com o meio
ambiente no mercado internacional.

A ampliação de um negócio que é o desejo de todo empresário e quando se


atua num campo onde há possibilidade, como no caso da Usina A&E, após a análise
de todo o mercado, não há porque não ser implementada.
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REFERÊNCIAS

DALPIAZ, Renata Machado Garcia; PEREIRA, Leandro Ramos; MALASSISE,


Regina Lucia Sanches. Teorias do Crescimento Econômico. Londrina: Editora e
Distribuidora Educacional S.A., 2016.

FERNANDES, Carlândia Brito Santos. Teoria Macroeconômica. Londrina: Editora e


Distribuidora Educacional S.A., 2016.

MONTINI, Alexander Luis; MALASSISE, Regina Lucia Sanches. Teoria


Microeconômica: Mercados. Londrina: Editora e distribuidora Educacional S.A.,
2016.

PULS, Mauricio. Indicadores sociais: As boas novas da cana de açúcar. Agência


Fapesp, 19 jan. 2016. Disponível em:
https://www.novacana.com/n/cana/trabalhadores/indicadores-sociais-boas-novas-
cana-de-acucar-190116. Acesso em: 17 out. 2021.

QUEIROZ, Túlio. Ciclo do Açúcar. Mundo Educação. Disponível em:


https://mundoeducacao.uol.com.br/historiadobrasil/economia-acucareira.htm. Acesso
em: 05 set. 2021.

SOUSA. Rainer Gonçalves. Apogeu e Crise do açúcar. Brasil Escola. Disponível


em: https://brasilescola.uol.com.br/historiab/apogeu-acucar.htm. Acesso em: 05 set.
2021.

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