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AULA 5

TUTELAS DIFERENCIADAS
DE URGÊNCIA

Prof. Eduardo Cambi


CONVERSA INICIAL

Nesta aula, serão esclarecidos os conceitos e fundamentos para a


concessão da tutela cautelar. Será explicado como o processo cautelar foi
disciplinado no Novo Código de Processo Civil (NCPC), mostrando as diferenças
em relação ao que fora disciplinado no Código de Processo Civil de 1973. Com
base nessas distinções, será abordado o procedimento cautelar e suas
especificidades no NCPC.

TEMA 1 – CONCEITO DE TUTELA CAUTELAR

A tutela de urgência constitui o gênero cujas espécies são a tutela


antecipada e a tutela cautelar.
O Código de Processo Civil de 1973, originalmente, previu apenas a tutela
cautelar em sentido estrito (arts. 798 a 887) e as medidas denominadas
provisionais (art. 273, inc. I). Foi a Lei n. 8.052/1994 que introduziu a tutela
antecipada no CPC de 1973.
De qualquer modo, o CPC de 1973 tratou indistintamente as medidas
cautelares, antecipatórias e até as satisfativas (como era o caso dos alimentos
provisionais; do afastamento temporário de um dos cônjuges da residência do
casal, também denominado de separação de corpos; e a busca apreensão de
menores, quando a guarda já estava definida em sentença; nesses casos, embora
tais tutelas tinham o rótulo de cautelar, possuíam o caráter de satisfazer o direito
da parte e, portanto, natureza antecipatória, já que se bastavam em si mesmas e
dispensavam outra decisão que as tornasse definitivas). Todas essas medidas,
no CPC de 1973, eram consideradas espécies de tutela de urgência destinadas a
prevenir os danos aos direitos das partes1.
O Novo Código de Processo Civil manteve a disciplina das tutelas cautelar
e antecipada como, desdobramentos, em razão da sua natureza, da tutela de
urgência. Logo, a urgência é o elemento comum de ambas as espécies de tutela
e, inclusive, pelo artigo 273, parágrafo 7º, do CPC de 1973, introduzido pela Lei
n. 10.444/2002, já se admitia, expressamente, a aplicação do princípio da
fungibilidade procedimental entre a tutela cautelar e a antecipada 2 (“se o autor, a

1 WAMBIER, L. R.; TALAMINI, E. Curso avançado de processo civil. 12ª ed. São Paulo: RT,
2011. V. 1. p. 402.
2 VASCONCELOS, R. de C. C. A fungibilidade entre as tutelas antecipada e cautelar na
perspectiva do – adequado – tratamento do tema no CPC de 2015. In: BUENO, C. S.; MEDEIROS
2
título de antecipação de tutela, requerer providência de natureza cautelar, poderá
o juiz, quando presentes os respectivos pressupostos, deferir a medida cautelar
em caráter incidental do processo ajuizado”).
Esclarecidos os aspectos primordiais da tutela antecipada, nas aulas
anteriores, cumpre analisar a tutela cautelar, também espécie de tutela de
urgência.
Especificamente em relação à tutela cautelar, a tutela de urgência pode ser
efetivada mediante arresto, sequestro, arrolamento de bens, registro de protesto
contra alienação de bens e qualquer outra medida idônea para a conservação do
direito (NCPC, art. 301).
A tutela cautelar visa à providência, com o fim de assegurar a permanência
do estado das pessoas, coisas e provas, enquanto não julgado definitivamente o
processo.
Desse modo, a tutela cautelar tem a função auxiliar e subsidiária de servir
à tutela do processo principal, outorgando situação provisória de segurança para
os interesses dos litigantes. Em outras palavras, a tutela cautelar se destina a
conferir segurança e assegurar o eficaz desenvolvimento e o profícuo resultado
das atividades de cognição e de execução, concorrendo, dessa forma, para o
escopo geral da jurisdição de pacificação social 3.
As medidas cautelares, destarte, não têm um fim em si mesmas, já que
toda a sua eficácia opera em relação a outras providências. Desse modo,
enquanto o processo principal busca tutelar o direito (no sentido mais amplo), o
processo cautelar se preocupa em tutelar o processo, para garantir que o seu
resultado seja eficaz, útil e operante.
Com efeito, a tutela cautelar exerce igualmente uma função preventiva, pois
não realiza o direito material, mas apenas atua, provisória e emergencialmente,
não possuindo função satisfativa.
As medidas urgentes, de natureza satisfativa, regem-se pelo instituto da
antecipação de tutela, na medida em que permitem a outorga do direito material,
em caráter provisório, até que seja proferida a tutela definitiva.

NETO, E. M. de; OLIVEIRA NETO, O. de; OLIVEIRA, P. E. C. de; LUCON, P. H. dos S.


(coords.).Tutela provisória no novo CPC. Dos 20 anos de vigência do art. 273 do CPC/1973 ao
CPC/2015. São Paulo: Saraiva, 2016. p. 437.
3 THEODORO JÚNIOR, H. Tutela Cautelar: Direito Processual Civil ao Vivo. Rio de Janeiro:
AIDE, 1992. V. 4. p. 16.
3
TEMA 2 – TUTELA CAUTELAR NO NCPC

O NCPC, ao regulamentar as medidas cautelares, não trouxe uma


regulamentação minuciosa das cautelares típicas ou nominadas como no CPC/73,
cujas disposições elencavam procedimentos cautelares específicos4.
Ao contrário, o art. 301 do NCPC adota a regra da atipicidade das medidas
cautelares, prevendo um rol meramente exemplificativo5, que inclui o arresto, o
sequestro, o arrolamento de bens e o registro de protesto contra alienação de
bem.
O arresto cautelar visa assegurar a realização da futura penhora em
execução por quantia certa, quando houver risco ao resultado útil do processo,
isto é, quando exista fundado receio de que ocorra o perecimento da coisa,
impedindo uma diminuição patrimonial daquele que será executado 6 (v.g., estar o
suposto devedor dissipando bens que poderiam ser futuramente penhorados;
estando insolvente, aliena ou tenta alienar os bens que possui; contrai ou entra
contrair dívidas extraordinárias; põe ou tenta pôr os seus bens em nome de
terceiros; ou comete qualquer outro artifício fraudulento com a finalidade de
frustrar a execução ou lesar credor). Portanto, o arresto consistirá na apreensão
dos bens do patrimônio da parte requerida necessários para assegurar a
efetividade da futura execução judicial. Para a concessão do arresto, o requerente
deve demonstrar que a dívida é líquida e certa, bem como provar que o devedor
está alienando bens, contraindo dívidas, colocando seus bens em nome de
terceiros ou praticando algum artifício fraudulento para frustrar a execução ou
lesar credores. São arrestáveis os bens penhoráveis. Será lavrado um auto e
nomeado um depositário para a guarda dos bens.
Já o sequestro é uma medida cautelar que serve para garantir a realização
de futura execução para a entrega de coisa, incidindo sobre bem determinado,
não sobre obrigação de pagar quantia em dinheiro. Logo, enquanto no arresto
cautelar basta assegurar um montante para futura execução, no sequestro
pretende-se o bem em si ou a preservação de coisa certa, cuja entrega in natura
é almejada pelo requerente. O sequestro implica na apreensão judicial de bens

4 PINHEIRO, G. C. Tutela de urgência cautelar típica no novo Código de Processo Civil e a


“aplicação” do Código de Processo Civil de 1973 como “doutrina”. Revista de processo, v. 252,
fev./2016. p. 225.
5 MEDINA, J. M. G. Direito processual civil moderno. São Paulo: RT, 2015. p. 452-453.
6 SILVA, O. A. B. da. Curso de processo civil. Porto Alegre: Sérgio Antônio Fabris Editor, 1993.
V. 3. p. 174.
4
imóveis, semoventes e móveis litigiosos (isto é, o litígio é caracterizado pela
existência de uma demanda pendente, cujo futuro provimento judicial possa atingir
o bem ou o direito), fundado em um direito real ou obrigacional (v.g., obrigação de
restituir, ao estado anterior, por força da nulidade do negócio). O sequestro
também resulta na entrega do bem a depositário, para impedir que seja subtraído,
alienado fraudulentamente, destruído ou danificado por quem o detenha, em
prejuízo do direito de propriedade ou posse do requerente7.
Admite-se o sequestro de coisas singulares como também de coletivas,
como os bens da empresa, bens que compõem herança e o patrimônio do devedor
insolvente. Também é possível o sequestro de títulos de crédito e de ações de
sociedade anônima. No entanto, não se admite o sequestro de pessoas nem de
crédito. O CPC 73 previa outras medidas cautelares para a proteção das pessoas,
como o depósito de menores ou incapazes (art. 808, inc. V), a guarda judicial de
pessoas (art. 799) e a posse provisória de filhos (art. 808, inc. III). Já o sequestro
de crédito não é possível, já que o sequestro pressupõe a entrega de coisa certa
e, na hipótese de disputa de crédito (ou de crédito litigioso) a medida cautelar
adequada é a medida atípica do depósito do pagamento como caução. Ainda, não
se admite o sequestro de soma em dinheiro (salvo o de moedas tornadas
infungíveis), pois nesse caso é cabível a medida cautelar de arresto8.
Por sua vez, o arrolamento de bens se destina a listar, descrever, relacionar
ou inventariar bens, quando houver fundado receio de extravio ou dissipação que
coloquem em risco o resultado útil do processo, para que possam ser depositados
e, posteriormente, partilhados9. Trata-se de medida cautelar voltada à mera
conservação de bens ameaçados de dissipação, não havendo constrição do
patrimônio, mas simples inventário dos bens do demandado 10. A execução da
medida cautelar de arrolamento de bens exige a nomeação de um depositário,
que tem a incumbência de relacionar os bens sob a sua guarda. Dependendo das
circunstâncias do caso concreto, o juiz pode nomear como depositário uma das
partes, especialmente aquela que estiver na posse dos bens arrolados. Por
exemplo, na hipótese da ex-mulher ocupar o imóvel do de cujus, mas os bens que

7 MEDINA, J. M. G. Direito processual civil moderno. São Paulo: RT, 2015. p. 452-453.
8 THEODORO JÚNIOR, H. Processo cautelar. 13ª ed. São Paulo: Livraria e Editora Universitária
de Direito, 1992. p. 206-207.
9 MARINS, V. A. A. B. Comentários ao Código de Processo Civil. São Paulo: RT, 2000. V. 12.
p. 311.
10 STJ, REsp 686.394/RJ, Rel. Ministro Fernando Gonçalves, 4ª T., j. 23.06.2009, DJe
01.07.2009.
5
lá se encontram não lhe pertencerem com exclusividade, pode ser nomeada como
depositária, a fim de arrolar os bens que guarnecem o imóvel com a finalidade de
garantir o direito de propriedade e a futura partilha desses bens11.
Ainda, o registro de protesto contra alienação de bem, cuja finalidade é dar
publicidade a terceiros da existência do protesto, conferindo maior segurança
jurídica às situações dos bens (móveis ou imóveis) e aos negócios jurídicos, para
resguardar a posição dos contratantes de boa-fé e evitar litígios. Tal medida
cautelar já era reconhecida pela jurisprudência do STJ, dentro do poder geral de
cautela (CPC/73, art. 798)12. O protesto é uma medida administrativa e que se
destina a documentar a vontade ou a intenção do promovente. O registro de
protesto visa prevenir terceiros (efeito erga omnes) contra possível alienação
fraudulenta ou que possa reduzir o alienante à insolvência, ficando o credor sem
meios de executar o seu crédito. A disposição do bem não fica proibida, mas o
registro impede que terceiro adquirente alegue boa-fé, caso o promovente do
protesto venha a alegar fraude praticada em seu prejuízo.
Tais medidas cautelares típicas são meramente exemplificativas, tendo o
NCPC adotado a possibilidade de concessão de tutelas cautelares atípicas, ao
prever, na parte final do art. 301 do NCPC a expressão “e qualquer outra medida
idônea para a asseguração do direito”, embora os procedimentos cautelares
específicos tenham sido extintos no NCPC.
Ademais, as medidas cautelares atípicas podem ser deferidas com
fundamento no poder geral de cautela do juiz, que equivale ao art. 798 do CPC/73.
Isso porque tal poder geral de cautela do CPC/73 foi mantido no art. 301 do NCPC
(Cf. Enunciado 31 do FPPC)13. Esse poder geral de cautela é amplo, concedendo
ao órgão judicial o dever de determinar a constrição adequada para assegurar a
prestação jurisdicional efetiva14.
As medidas cautelares, em caráter incidental, podem ser concedidas,
inclusive de ofício pelo juiz, para assegurar o resultado útil do processo, com
fundamento no art. 139, inc. IV, do NCPC (“determinar todas as medidas indutivas,

11 TJ/SP, Cautelar Inominada 22323157820148260000 SP, Rel. Mendes Pereira, 15ª Câmara de
Direito Privado, j. 15.03.2016, pub. 21.03.2016.
12 STJ, AgRg no REsp 1222621/MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, 3ª T., j. 27.11.2012,
DJe 06.12.2012; EREsp 185.645/PR, Rel. Ministro Luis Felipe Salomão, Segunda Seção, j.
09.12.2009, DJe 15.12.2009.
13 “O poder geral de cautela está mantido no CPC”.
14 STJ, REsp 506.321/SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, 3ª T., j.30.11.2004, DJ 10.10.2005. p. 356.
6
coercitivas, mandamentais ou sub-rogatórias para assegurar o cumprimento da
ordem judicial, inclusive nas ações que tenham por objeto prestação pecuniária”).

TEMA 3 – TUTELA CAUTELAR REQUERIDA EM CARÁTER ANTECEDENTE

Os arts. 305 a 310 do NCPC versam sobre a possibilidade de a tutela


cautelar ser requerida em caráter antecedente, ou seja, abrindo-se a possibilidade
de ser ajuizada antes do pedido principal, para possibilitar a conservação do
direito ameaçado de dano e, consequentemente, evitar risco ao resultado útil do
processo (NCPC, art. 300, caput).
A tutela cautelar preparatória, cuja característica é a não realização
antecipada do direito, mas sim o asseguramento de sua futura realização, torna
imprescindível a apresentação de pedido principal, de cunho satisfativo.
Por isso, a petição inicial da ação que visa à prestação de tutela cautelar
em caráter antecedente indicará a lide e seu fundamento, à exposição sumária do
direito que se objetiva assegurar e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do
processo (NCPC, art. 305, caput), bem como o valor da causa15 (Cf. Enunciado
44 do I Simpósio de Direito Processual Civil, promovido pelo Conselho da Justiça
Federal). Assim, basta que o advogado faça referências à demanda final,
indicando na petição inicial o pedido de tutela a ser buscada, já que se admite que
o pedido inicial seja centrado apenas na tutela cautelar de urgência. Aliás, o art.
801 do CPC/73 também admitia que o requerente da medida cautelar indicasse a
lide e seu fundamento (inc. III) e a exposição sumária do direito ameaçado e o
receio de lesão (inc. IV).
O art. 305, caput, do NCPC se justifica na medida em que os pedidos de
tutela cautelar têm, como regra, natureza acessória. Assim, estão estritamente
vinculados a uma demanda principal a ser proposta. Entretanto,
excepcionalmente, a ação cautelar se exaure em si mesma, inexistindo a
pretensão ao ajuizamento de ação principal 16. Por exemplo, a ação cautelar de
exibição de documentos pode ser suficiente, com a simples apresentação dos
documentos, inexistindo pretensão ao ajuizamento de ação principal.
Nessas hipóteses, em que a ação cautelar tem caráter satisfativo, o juiz
não poderá indeferir a petição inicial, com fundamento na não observância do art.

15 STJ, REsp 145.723/PR, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo Teixeira, 4ª T., j. 01.12.1998, DJ
14.02.2000, p. 34.
16 SILVA, O. B. da. Do processo cautelar. 4. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2009. p. 373-374.
7
305, caput, do NCPC17. Inclusive, a satisfatividade da medida de produção
antecipada de prova foi assentada nos arts. 381 a 383 do NCPC, ao afirmar, por
exemplo, que tal medida é admitida para produzir prova suscetível de viabilizar a
autocomposição ou outro meio adequado de solução de conflito (NCPC, art. 381,
inc. II) ou para apenas assegurar o prévio conhecimento dos fatos que possa
justificar ou evitar o ajuizamento de ação (NCPC, art. 381, inc. III). Nesses casos,
assegura-se o direito à produção autônoma da prova de modo que o juiz não se
pronuncia sobre a ocorrência ou a inocorrência do fato, nem sobre as respectivas
consequências jurídicas em que só se admitirá defesa ou recurso se a produção
da prova for indeferida. Os autos permanecem em cartório por um mês e, findo o
prazo, são entregues ao promovente da medida (NCPC, arts. 382, parágrafo 2º e
parágrafo 4º, 383).
A tutela cautelar requerida em caráter antecedente deve ser ajuizada
perante o juízo competente para conhecer o pedido principal (NCPC, art. 299). A
produção antecipada da prova é da competência do juízo do foro em que esta
deva ser produzida ou do foro de domicílio do réu (NCPC, art. 381, parágrafo 2º).
Contudo, a produção antecipada da prova não previne a competência do juízo
para que a ação que venha a ser proposta (NCPC, art. 381, parágrafo 3º).
Quando o pedido de tutela cautelar tiver natureza antecipada, o art. 305,
parágrafo único, do NCPC admite a aplicação do princípio da fungibilidade,
devendo o juiz observar as regras dos arts. 303 e 304 do NCPC, com o intuito de
possibilitar a estabilização da tutela jurisdicional. Assim, se o magistrado
considerar que o pedido formulado não tem natureza cautelar, mas constitui
antecipação de tutela, deve adotar o procedimento para a concessão da tutela
antecipada requerida em caráter antecedente.
Contudo, a tutela cautelar, por estar voltada a mera conservação do direito
ameaçado de dano e evitar risco ao resultado útil do processo, pode ser
autônoma, mas não pode se estabilizar, porque, ao menos como regra, não pode
ter caráter satisfativo.
Também deve ser admitida a fungibilidade entre as medidas cautelares
nominadas – previstas na primeira parte do art. 301 do NCPC – e as medidas
cautelares inominadas – contidas na expressão “e qualquer outra medida idônea

17 STJ, AgRg no Ag 1418187/RJ, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, 4ª T., j. 28.08.2012, DJe
03.09.2012.
8
para asseguração do direito”, na parte final do art. 301 do NCPC – desde que
presentes os requisitos do fumus boni iuris e do periculum in mora.

TEMA 4 – PROCEDIMENTO

A tutela cautelar pode ser concedida liminarmente ou após a designação


de audiência de justificação prévia (NCPC, art. 300, parágrafo 2º). A decisão que
analisa o pedido de tutela cautelar é suscetível de revisão pela interposição de
agravo de instrumento (NCPC, art. 1.015, inc. I).
Uma vez ajuizada a ação cautelar preparatória, o réu deve ser citado para,
no prazo de cinco dias, contestar o pedido e indicar as provas que pretende
produzir (NCPC, art. 306). A citação válida, realizada no processo cautelar
preparatório, interrompe a prescrição (NCPC, art. 240, parágrafo 1º)18. A resposta
do demandado deve se limitar à impugnação quanto à probabilidade do direito
acautelado e se há perigo de dano. Isso porque, antes da contestação do pedido
principal, o réu é intimado para a audiência de conciliação ou de mediação (NCPC,
art. 308, parágrafo 3º) e, não havendo autocomposição ou não sendo hipótese de
realização dessa audiência, o prazo para a contestação será contado na forma do
art. 335 do NCPC (NCPC, art. 308, parágrafo 4º).
Se o pedido de tutela cautelar, requerido em caráter antecedente, não for
contestado, os fatos alegados pelo autor se presumem verdadeiros (NCPC, art.
307, caput). Os efeitos da revelia, contudo, se limitam aos elementos necessários
à concessão da tutela cautelar, isto é, a probabilidade do direito e o perigo de
dano ou o risco ao resultado útil do processo (NCPC, art. 300, caput). Em caso de
ausência de contestação, deve o juiz proferir a decisão cautelar em cinco dias.
No entanto, a presunção de veracidade dos fatos alegados pelo autor não
impede que o magistrado exija caução idônea para a concessão da tutela cautelar
(NCPC, art. 300, parágrafo 1º)19. Por outro lado, se o pedido for contestado,
caberá ao juiz observar o procedimento comum (NCPC, art. 307, parágrafo único).
A concessão da tutela cautelar, requerida em caráter antecedente, possui
prazo máximo de validade. Por se tratar de tutela provisória não satisfativa cabe
ao autor formular pedido principal, no prazo de 30 dias da efetivação da decisão
que concede a liminar, não dependendo do adiantamento de novas custas
processuais (NCPC, art. 308, caput).

18STJ, REsp 1067911/SP, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., j. 18.08.2009, DJe 03.09.2009.
19STJ, REsp 358.228/SP, Rel. Min. José Delgado. 1ª T., j. 02.04.2002, DJ 29.04.2002. p. 178.
9
Dessa forma, sob a égide do CPC/73, ajuizada ação cautelar preparatória,
em 30 (trinta) dias da concessão da medida liminar, cabia à parte autora propor
uma ação principal. Com a entrada em vigor do NCPC, uma vez promovida ação
com a dedução de um pedido de cautelar em caráter antecedente, com a
concessão e a efetivação da medida liminar obtida, a parte deve promover em 30
(trinta) dias o aditamento da petição inicial, no mesmo processo, deduzindo o
pedido principal. Portanto, pelo novo sistema, ambas as tutelas, cautelar e
definitiva, constituem objeto de um único processo. Houve, pois, uma
simplificação procedimental relevante.
O termo inicial para a contagem do prazo de 30 dias inicia-se na data do
cumprimento efetivo – ou da execução do ato material – da liminar, e não da sua
ciência ao requerente da cautelar20. Por exemplo, considera-se efetivada a
cautelar da data de exclusão do nome da autora do cadastro do Sistema do Banco
Central (SISBACEN), e não da data da mera juntada aos autos do ofício remetido
à instituição financeira, com a comunicação do deferimento da medida
acautelatória21.
Todavia, quando a efetivação da tutela cautelar se desdobra na prática de
vários atos e na constrição de diversos bens, o prazo para promover a ação
principal começa a partir do primeiro ato constritivo e não do momento em que se
completam integralmente todas as constrições 22.
Quando a efetivação da medida cautelar abranger uma pluralidade de réus,
o prazo de 30 dias para a formulação do pedido principal deve ser contado em
relação a cada um dos demandados individualmente 23.
O prazo do art. 308, caput, do NCPC é de natureza processual, não
podendo ser tomado como de caráter substancial (decadencial). Sendo um prazo
de natureza processual, sua contagem segue as regras gerais aplicáveis a
qualquer prazo processual, isto é, além de ser necessário excluir o dia do início e
incluir o dia final (NCPC, art. 224), somente serão contados em dias úteis (NCPC,
art. 219) e estarão sujeitos às causas de suspensão do processo, tal como o
recesso forense (NCPC, art. 220), as férias forenses (NCPC, art. 214), entre
outras (NCPC, art. 313).

20 STJ, AgRg no Ag 1319930/SP, Rel. Min. Mauro Campbell Marques, 2ª T., j. 07.12.2010, DJe
03.02.2011.
21 STJ, REsp 869.712/SC, Rel. Min. Raul Araújo, 4ª T., j. 28.02.2012, DJe 16.03.2012.
22 STJ, REsp 1115370/SP, Rel. Min. Benedito Gonçalves, 1ª T., j.16.03.2010, DJe 30.03.2010.
23 STJ, REsp 1040404/GO, Rel. Min. Sidnei Beneti, Rel. p/ Acórdão Ministra Nancy Andrighi, 3ª
T., j. 23.02.2010, DJe 19.05.2010.
10
A falta de apresentação do pedido principal nesse prazo de 30 dias acarreta
a perda de eficácia da liminar deferida e implica a resolução do processo sem
julgamento de mérito (NCPC, art. 309, inc. I; Súmula 482/STJ) 24. No entanto,
quando as ações principais tiverem que ser ajuizadas em face de diversos réus,
a ausência de propositura em relação a um deles não acarreta a perda da eficácia
da liminar em relação a todos, nem a resolução automática do processo sem
julgamento de mérito25. Nesta hipótese, o processo prossegue em relação a todos,
perdendo a eficácia da tutela cautelar somente em face daqueles que não
propuseram a ação principal.
Excepcionalmente, quando a ação cautelar tiver natureza satisfativa, torna-
se desnecessária a propositura de ação principal com idêntica causa de pedir e
pedido. O pedido principal deve ser apresentado nos mesmos autos em que for
deduzido o pedido de tutela cautelar e não depende do adiantamento de novas
custas (NCPC, art. 308, caput). Entretanto, o autor não precisa aguardar o prazo
de 30 dias da efetivação da tutela cautelar para deduzir o pedido principal, já que
a medida cautelar pode ser requerida incidentalmente, ocasião em que tanto o
pedido cautelar quanto o principal são apresentados conjuntamente (NCPC, art.
308, parágrafo 1º).
Como a tutela cautelar possui cognição reduzida à probabilidade do direito
e ao perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo (NCPC, art. 300,
caput), apresentado o pedido principal, a causa de pedir pode ser aditada (NCPC,
art. 308, parágrafo 2º).
Antes da apresentação da contestação do pedido principal, quando a causa
admitir autocomposição e ambas as partes não se manifestarem expressamente
o desinteresse pela composição consensual, as partes serão intimadas para
comparecer à audiência do art. 334 do NCPC (NCPC, art. 308, parágrafo 3º) e,
não sendo hipótese de designação dessa audiência (NCPC, art. 334, parágrafo
4º) ou não havendo autocomposição, o prazo para contestar será contado na
forma do art. 355 do NCPC.

24 STJ, AgRg no AREsp 670.289/GO, Rel. Min. João Otávio de Noronha, 3ª T., j. 05.05.2015, DJe
11.05.2015.
25 STJ, REsp 1160483/RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, 4ª T., j. 10.06.2014, DJe 01.08.2014;
EDcl no REsp 1460475/MG, Rel. Min. Herman Benjamin, 2ª T., j. 25.11.2014, DJe 19.12.2014.
11
TEMA 5 – CESSAÇÃO DA EFICÁCIA DA TUTELA CAUTELAR

Além de cessar a eficácia da tutela cautelar concedida em caráter


antecedente quando o autor não deduzir pedido principal no prazo de 30 dias
(NCPC, arts. 308, caput, e 309, inc. I), a medida cautelar deixa de produzir efeitos
quando não for efetivada no prazo de 30 dias (NCPC, art. 309, inc. II)26 ou quando
o juiz julgar improcedente o pedido principal formulado pelo autor ou resolver o
processo sem julgamento de mérito (NCPC, art. 309, inc. III).
Esta última situação se justifica na medida em que a tutela cautelar não
possui natureza satisfativa, estando diretamente relacionada ao pedido principal.
Nesse sentido, prevê o Enunciado 504 do FPPC: “cessa a eficácia da tutela
cautelar concedida em caráter antecedente, se a sentença for de procedência do
pedido principal, e o direito objeto do pedido foi definitivamente efetivado e
satisfeito”. Ressalte-se que não é necessário o trânsito em julgado da sentença
extintiva da demanda para que cesse a eficácia da medida cautelar 27.
Entendimento contrário implicaria na concessão de efeito suspensivo a todos os
recursos, inclusive ao especial e ao extraordinário que viessem a ser interpostos
contra sentenças e acórdãos de improcedência ou terminativos proferidos no
processo principal28.
Admite-se, de modo excepcional, a concessão de efeito suspensivo,
mesmo diante de sentenças de improcedência, para não causar a cessação da
eficácia da tutela cautelar. A apelação contra o capítulo da sentença que concede,
confirma ou revoga a tutela antecipada da evidência ou da urgência não tem efeito
suspensivo automático (cfr. o Enunciado 217 do FPPC). Logo, o pedido de
concessão de efeito suspensivo será formulado ao tribunal, no período
compreendido entre a interposição da apelação e sua distribuição, ficando o
relator designado para seu exame prevento para julgá-la ou ao relator, se já
distribuído o apelo (NCPC, art. 1.012, parágrafo 3º).
Já o pedido de concessão de efeito suspensivo a recurso extraordinário ou
a recurso especial poderá ser formulado por requerimento dirigido ao tribunal

26 Contudo, a cessação da eficácia da tutela cautelar, antecedente ou incidental, pela não


efetivação no prazo de 30 dias, somente ocorre se caracterizada a omissão do requerente (Cf.
Enunciado 46 do I Simpósio de Direito Processual Civil, organizado pelo Conselho da Justiça
Federal).
27 STJ, AgRg no Ag 1252849/DF, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, 6ª T., j. 04.11.2014, DJe
17.11.2014.
28 STJ, REsp 1416145/PE, Rel. Min. Eliana Calmon, 2ª T., j. 21.11.2013, DJe 29.11.2013.
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superior respectivo, no período compreendido entre a publicação da decisão de
admissão do recurso e sua distribuição, ficando o relator designado prevento para
julgá-lo (NCPC, art. 1.029, parágrafo 5º, inc. I) se já distribuído o recurso (NCPC,
art. 1.029, parágrafo 5º, inc. II) e ao presidente ou vice-presidente do tribunal local,
no período compreendido entre a interposição do recurso e a publicação da
decisão de admissão do recurso, assim como no caso de o recurso ter sido
sobrestado, nos termos do art. 1.037 (NCPC, art. 1.029, parágrafo 5º, inc. III).
Se, por qualquer motivo, cessar a eficácia da tutela cautelar, é vedado à
parte renovar o pedido, salvo sob novo fundamento (NCPC, art. 309, parágrafo
único). Com efeito, o fato ou o contexto fático deve ser outro, ainda que conhecido
no momento da propositura da medida cautelar, para que se caracterize uma
situação diversa da anteriormente submetida ao Judiciário. Independentemente
da discussão se há ou não coisa julgada material na decisão cautelar 29, é certo
que a rejeição da tutela cautelar não obsta o ajuizamento da ação principal (salvo
quando o juiz reconhecer a decadência ou a prescrição; NCPC, art. 309, par. ún.),
mas tão somente não permite a renovação do pedido cautelar, se se fizer com
base nas mesmas circunstâncias de fato30.
Por outro lado, a tutela cautelar deferida conserva em regra seus efeitos no
período de suspensão e na pendência do processo, ressalvada a sua eventual
revogação nas hipóteses em que forem posteriormente alterados os pressupostos
necessários para o seu deferimento (NCPC, art. 296).
Ademais, como a medida cautelar e o pedido principal são relativamente
autônomos, o indeferimento da tutela cautelar não obsta a possibilidade da parte
em formular o pedido principal. Tampouco a resolução do processo principal
implicará a extinção da cautelar. No entanto, a resolução da cautelar não colocará
termo à demanda principal, porque a tutela cautelar é acessória ao pedido
principal31, salvo se o motivo do indeferimento for o reconhecimento da
decadência ou da prescrição (NCPC, art. 310). Nessa hipótese, se houver a
propositura da ação principal, caberá ao juiz resolver o processo sem julgamento
de mérito (NCPC, art. 485, inc. V).

29 DELORRE, L. Estudos sobre coisa julgada e controle de constitucionalidade. Rio de


Janeiro: Forense, 2013. p. 87-100.
30THEODORO JUNIOR, H. Processo cautelar. 19. ed. São Paulo: Leud, 2000. p. 214.
31 SOUZA, A. C. Análise da tutela antecipada prevista no relatório final da Câmara dos Deputados
em relação ao novo CPC. Da tutela de evidência. Última parte. Revista de processo, v. 234,
set./2014, p. 157.
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