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PROCESSO ELETRÔNICO
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Verifica-se assim que a aplicação e admissibilidade do processo eletrônico,
nas esferas citadas acima, ocorre de forma ampla e irrestrita, independentemente
da instância de tramitação, podendo ser na primeira, segundo ou ainda, terceira
instância de jurisdição.
Já o parágrafo 2º do art. 1º, nos traz algumas definições, ou seja, para o
disposto na Lei n. 11.419/2006, considera-se meio eletrônico como sendo
qualquer forma de armazenamento ou tráfego de documentos e arquivos digitais,
conforme disposto no inciso I.
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da assinatura frente ao órgão judiciário competente, justamente a fim de validar a
assinatura eletrônica.
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Parágrafo único. Quando a petição eletrônica for enviada para atender
prazo processual, serão consideradas tempestivas as transmitidas até
as 24 (vinte e quatro) horas do seu último dia. (Brasil, 2006)
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§ 2º A publicação eletrônica na forma deste artigo substitui qualquer
outro meio e publicação oficial, para quaisquer efeitos legais, à exceção
dos casos que, por lei, exigem intimação ou vista pessoal.
§ 3º Considera-se como data da publicação o primeiro dia útil seguinte
ao da disponibilização da informação no Diário da Justiça eletrônico.
§ 4º Os prazos processuais terão início no primeiro dia útil que seguir ao
considerado como data da publicação. (Brasil, 2006)
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pena de considerar-se a intimação automaticamente realizada na data
do término desse prazo.
§ 4º Em caráter informativo, poderá ser efetivada remessa de
correspondência eletrônica, comunicando o envio da intimação e a
abertura automática do prazo processual nos termos do § 3º deste artigo,
aos que manifestarem interesse por esse serviço. (Brasil, 2006)
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§ 1º Quando o ato processual tiver que ser praticado em determinado
prazo, por meio de petição eletrônica, serão considerados tempestivos
os efetivados até as 24 (vinte e quatro) horas do último dia.
§ 2º No caso do § 1º deste artigo, se o Sistema do Poder Judiciário se
tornar indisponível por motivo técnico, o prazo fica automaticamente
prorrogado para o primeiro dia útil seguinte à resolução do problema.
§ 3º Os órgãos do Poder Judiciário deverão manter equipamentos de
digitalização e de acesso à rede mundial de computadores à disposição
dos interessados para distribuição de peças processuais. (Brasil, 2006)
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No art. 15º percebemos que o legislador, a fim de viabilizar o devido
cadastro e identificação de divergência, indica a necessidade de que a parte, ao
realizar a distribuição de uma nova ação, informe o número do cadastro geral da
parte junto à Receita Federal, sendo o CPF para pessoa física e CNPJ para
pessoa jurídica.
Contudo, o próprio texto legal descreve que tal indicação deverá ocorrer
somente nos casos em que não se seja impossível a localização da informação,
não sendo, portanto, aspecto impeditivo de acesso à justiça pela parte.
Importante destacar que a maioria dos órgãos do Judiciário, com a
implementação dos sistemas de peticionamento eletrônico, desenvolveu manuais
de acessos aos ditos sistemas, a fim de facilitar a distribuição de novas ações,
bem como de protocolo de peças de defesa e recursos.
De toda sorte, a atuação dos servidores na recepção, autuação e
distribuição de iniciais e outras peças é praticamente inexistente, vez que é a
própria parte, geralmente por intermédio do seu advogado, quem realiza todos os
procedimentos necessários.
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Dentre os principais meios de prova, podemos destacar o depoimento das
partes, prova documental, prova testemunhal, prova pericial e produção
antecipada de provas, os quais serão abordados detalhadamente a seguir.
Destaca-se ainda que o art. 385, parágrafo 1º, do Código de Processo Civil
prevê que a parte, desde que devidamente intimada, não compareça prestar
depoimento pessoal, será considerada confessa.
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Art. 385. Cabe à parte requerer o depoimento pessoal da outra parte, a
fim de que esta seja interrogada na audiência de instrução e julgamento,
sem prejuízo do poder do juiz de ordená-lo de ofício.
§ 1º Se a parte, pessoalmente intimada para prestar depoimento pessoal
e advertida da pena de confesso, não comparecer ou, comparecendo,
se recusar a depor, o juiz aplicar-lhe-á a pena. (Brasil, 2015)
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depois dos articulados ou para contrapô-los aos que foram produzidos
nos autos.
Parágrafo único. Admite-se também a juntada posterior de documentos
formados após a petição inicial ou a contestação, bem como dos que se
tornaram conhecidos, acessíveis ou disponíveis após esses atos,
cabendo à parte que os produzir comprovar o motivo que a impediu de
juntá-los anteriormente e incumbindo ao juiz, em qualquer caso, avaliar
a conduta da parte de acordo com o art. 5º. (Brasil, 2015)
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3.5 Documento eletrônico e prova eletrônica
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A parte final do parágrafo 1º e o parágrafo 2º, tratam da arguição de
falsidade dos documentos digitalizados apresentados nos autos, sendo certo que
tal procedimento será processado eletronicamente, na forma da lei específica
acerca do tema.
E no parágrafo 3º, verificamos que a legislação determina que os que
documentos que originaram as digitalizações, deverão ser preservados pela parte
que os apresentou, até que ocorra o trânsito em julgado da decisão de primeiro
grau ou ainda, até que se finde o prazo para interposição de ação rescisória.
Por sua vez, o parágrafo 5º prevê a possibilidade de apresentação de
documentos originais e físicos diretamente na secretaria do cartório judiciário,
quando a digitalização for tecnicamente inviável devido ao grande volume, ou
ainda por motivo de ilegibilidade. Caso em que, deverá a parte indicar a execução
de tal procedimento via petição eletrônica, e no prazo de até 10 dias, apresentar
os documentos no órgão do judiciário, sendo certo que serão devolvidos após o
trânsito em julgado da sentença.
Os parágrafos 6º e 7º preveem a possibilidade de acesso aos documentos
digitalizados apresentados nos autos, bem como dos próprios autos eletrônicos,
por partes que não estejam diretamente relacionadas na ação. Importante
destacar, neste aspecto, que o processo que não corre em segredo de justiça
pode ser acessado por outro advogado, servidor, membro do Ministério Público
ou juiz, sem que haja necessidade de habilitação ou autorização prévia.
Destaca-se que o art. 2º-A, parágrafo 2º, da Lei n. 12.682/2012, confere a
validade probatória do documento original, àqueles documentos eletrônicos
realizados de acordo com a citada lei.
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Ainda, prevê o parágrafo 3º que após decorridos os prazos de decadência
e prescrição, poderão ser destruídos todos os documentos armazenados em meio
eletrônico, óptico ou equivalentes.
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REFERÊNCIAS
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