Você está na página 1de 15

(e-STJ Fl.

1549)

PÁGINA DE SEPARAÇÃO
(Gerada automaticamente pelo sistema.)

Evento 34

Evento:
PETICAO REFER AO EVENTO 30
Data:
12/05/2022 21:10:09
Usuário:
RS025716 -NELSON CLECIO STÕHR -ADVOGADO
Processo:
5007154-12.2018.4.04.7111/TNU
Sequência Evento:
34
Documento recebido eletronicamente da origem
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 1
(e-STJ Fl.1550)

EXCELENTÍSSIMO SENHOR MINISTRO MARCO AURELIO GASTALDI


BUZZI - DD. PRESIDENTE DA EGRÉGIA TURMA NACIONAL DE UNI-
FORMIZAÇÃO DOS JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS – BRASÍLIA - DF

NESTOR ARTUR DITTBERNER, qualificado nos autos do


PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE INTERPRETAÇÃO DE LEI (PRESIDÊNCIA) NO
RECURSO CÍVEL Nº 5007154-12.2018.4.04.7111/RS, em que contende com o INS-
TITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS, por seu procurador signa-
tário, respeitosamente, vem à presença de Vossa Excelência para, às vistas da r. de-
cisão do Evento 29, dizer e requerer o que segue:

EMINENTE SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DA TNU

Eis o inteiro teor do r. DESPACHO/DECISÃO, do Evento 29, em


que Vossa Excelência nega seguimento ao incidente de uniformização direcionado
ao Colendo SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, in verbis:

“DESPACHO/DECISÃO
Trata-se de pedido de uniformização de interpretação de lei dirigido
ao STJ, com fundamento no art. 31, caput, do RITNU, suscitado
contra decisão do Presidente da TNU.

Nos termos do art. 14, § 4º, da Lei n. 10.259/2001, o incidente de


uniformização ao STJ somente tem lugar contra decisão proferida
pelo colegiado.
Documento recebido eletronicamente da origem

Aqui se cuida de insurgência contra decisão monocrática desta


Presidência.

Nesse sentido, vejam-se:

1
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 2
(e-STJ Fl.1551)

PROCESSUAL CIVIL. INCIDENTE DE UNIFORMIZAÇÃO MANEJADO CONTRA


DECISÃO MONOCRÁTICA DA PRESIDÊNCIA. NÃO CABIMENTO.
1. O que postula a requerente é a percepção do percentual de 13,23% em seus
vencimentos, com fundamento no direito previsto no art. 37, X, da Constituição de
1988.

2. Ocorre que a impugnação se volta contra decisão da Presidência da Turma


Nacional de Uniformização, e, nos termos do art. 14, § 4°, da Lei 10.259/2001, o
Incidente de Uniformização dirigido ao STJ só pode ser manejado contra decisão
colegiada.
3. Nesse sentido: "Considerando que o pedido de uniformização de jurisprudência
somente é cabível de decisão do colegiado da Turma Nacional que tenha anali-
sado o direito material, não há como conhecer do incidente, eis que se insurge
contra decisão monocrática, pautada em questão de direito processual" (AgInt no
PUIL 1056/DF, Relator Min. Francisco Falcão, Primeira Seção, DJe 2.9.2019). Na
mesma direção: AgRg na Pet 9.586/RS, Rel. Ministro Arnaldo Esteves Lima, Pri-
meira Seção, DJe 25.4.2014; Aglnt no PUIL 72/PR, Rel. Ministro Gurgel de Faria,
Primeira Seção, DJe 9.10.2017;
AgInt no PUIL 1.046/TO, Rel. Ministro Herman Benjamin, Primeira Seção, DJe
29.5.2019.
4. Agravo Interno não provido.
(AgInt no PUIL 1.794/DF, Rel. Ministro HERMAN BENJAMIN, PRIMEIRA SEÇÃO,
julgado em 11/11/2020, DJe 17/11/2020)

PEDIDO CIVIL. AGRAVO INTERNO NO PEDIDO DE UNIFORMIZAÇÃO DE LEI.


PEDIDO MANEJADO CONTRA DECISÃO MONOCRÁTICA. IMPOSSIBILIDADE.
AGRAVO INTERNO NÃO PROVIDO.
1. Não é possível conhecer de pedido de uniformização, com base no art. 14, §
4º, da Lei n. 10.259/2001, quando apresentado em face de decisão monocrática
do Presidente da TNU.
2. Agravo interno não provido.
(AgInt no PUIL 1.681/PI, Rel. Ministro MAURO CAMPBELL MARQUES, PRIMEI-
RA SEÇÃO, julgado em 20/10/2020, DJe 26/10/2020).

Ante o exposto, com fundamento no art. 7º, X, do RITNU, nego


seguimento ao incidente de uniformização.

Intimem-se.”

EMINENTE SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DA TNU

A sobredita r. decisão de Vossa Excelência assenta em exame


prévio de admissibilidade do pedido de uniformização de interpretação dirigido ao
Colendo Superior Tribunal de Justiça.
Documento recebido eletronicamente da origem

Inobstante a lacuna existente na legislação dos Juizados Especi-


ais, que não prevê a aplicação das normas do Código de Processo Civil ao processo
dos juizados especiais, o Art. 1º do Código de Processo Civil de 2015 é taxativo e
claro ao estabelecer, in verbis:

2
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 3
(e-STJ Fl.1552)

“Art. 1º. O processo civil será ordenado, disciplinado e in-


terpretado conforme os valores e as normas fundamentais es-
tabelecidas na Constituição da República Federativa do Brasil,
observando-se as disposições deste Código.”

A seguir, o Art. 3º do mesmo Código de Processo Civil, prevê:

“Art. 3º. Não se excluirá da apreciação jurisdicional ame-


aça ou lesão a direito.”

Salvo melhor juízo, o Art. 31, caput, do Regimento Interno da


TURMA NACIONAL DE UNIFORMIZAÇÃO apresenta lacuna incompatível com o
ordenamento jurídico por permitir o acesso do jurisdicionado ao Colendo SUPERI-
OR TRIBUNAL DE JUSTIÇA somente se houver acórdão da TURMA NACIONAL.

Data vênia, a dicção do § 4º, do Art. 14, da Lei 10.259/2001, ver-


sa acerca de “orientação acolhida” pela TURMA DE UNIFORMIZAÇÃO. Ou seja, se
esta acolher decisão que contrarie súmula ou jurisprudência dominante no STJ.

No modesto entendimento do recorrente, se a Turma de Unifor-


mização, por qualquer de seus Órgãos: Presidente, Vice-Presidente, Relator ou
Turma, acolher decisão de TURMA RECURSAL ou REGIONAL, independentemente
de ´acórdão´ - ao qual sequer alude expressamente -, que estiver em franca contra-
riedade com a orientação jurisprudencial do STJ, facultará à parte interessada pro-
vocar o Tribunal da Cidadania para dirimir a divergência.

Na compreensão do recorrente o Art. 14 e seus §§ pertinentes


não alude ao termo ´acórdão´, tal como o faz o Art. 31, caput, do RITNU. Nesse
ponto, portanto, o recorrente entende que esta disposição extrapola os limites da lei
ao especificar que a decisão recorrível tenha que ser ´ACÓRDÃO´, apenas, e, por
conseguinte, a sua ausência, elimina qualquer possibilidade de o jurisdicionado ob-
ter interpretação divergente do Órgão jurisdicional hierarquicamente superior.

Esse entendimento decorre da observância dos mais diversos


valores e normas fundamentais constitucionais aplicáveis sem distinguir entre ações
do procedimento comum ou do procedimento dos juizados especiais.
Documento recebido eletronicamente da origem

Mesmo porque, o direito ou a lesão aduzido no Art. 3º, do CPC,


indistintamente, pode estar em qualquer um desses procedimentos jurisdicionais e
exigir a tutela jurisdicional para apreciar os danos correspondentes.

3
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 4
(e-STJ Fl.1553)

No caso dos autos, o acórdão recorrido, chancelado pelas Ins-


tâncias Ordinárias, versa idênticas questões de direito àquelas teses jurídicas já
apreciadas pelo regime recursal de demandas repetitivas do STJ, porém não apli-
cadas ao julgado recorrido.

Logo, o recorrente está convencido de que o Art. 31, caput, do


RITNU, não pode impedir subjetivamente o direito recursal dos jurisdicionados e
admiti-lo exclusivamente na hipótese de decisão colegiada, acórdão.

No procedimento comum é permitido o recurso de agravo na hi-


pótese de negativa de seguimento de recurso endereçado à Instância Superior, cujo
julgamento gera o Acórdão recorrível.

Considerando que a redação do Art. 31, do RITNU, inibe o direito


recursal, o recorrente entende que isto configura vício de inconstitucionalidade, uma
vez que a ausência de Acórdão não é culpa do

Logo, com a devida vênia, a sua redação padece do vício de in-


constitucionalidade.

Tanto é que esse condicionamento importa na violação de valo-


res e normas fundamentais estabelecidas na Constituição Federal de 1988, que
elenca dentre outros direitos e garantias fundamentais, além da cidadania e a digni-
dade da pessoa humana, os do caput do Art. 5º da Carta Magna, sobretudo os des-
tes incisos:
“Art. 5º. Todos são iguais perante a lei, sem distinção de
qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estran-
geiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos ter-
mos seguintes:
II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma
coisa senão em virtude de lei;
XXII – é garantido o direito de propriedade;
XXIII – a propriedade atenderá a sua função social;
XXXV – a lei não excluirá da apreciação do Poder Judiciário le-
são ou ameaça a direito;
XXXVI – a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico
bperfeito e a coisa julgada;
Documento recebido eletronicamente da origem

LIV – ninguém será privado da liberdade ou de seus bens sem


o devido processo legal;
LV – aos litigantes, em processo judicial ou administrativo, e
aos acusados em geral são assegurados o contraditório e a
ampla defesa, com os meios e recurso a ele inerentes;”

4
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 5
(e-STJ Fl.1554)

Nos autos da MEDIDA CAUTELAR NA ARGUIÇÃO DE DES-


CUMPRIMENTO DE PRECEITO FUNDAMENTAL 615 DISTRITO FEDERAL, o
Eminente Relator MINISTRO ROBERTO BARROSO, do SUPREMO TRIBUNAL
FEDERAL, proferiu importante decisão de cuja EMENTA se extrai o seguinte aresto
em que enaltece a SUPREMACIA CONSTITUCIONAL, in verbis:

“Ementa: DIREITO CONSTITUCIONAL. MEDIDA CAUTELAR


EM ARGUIÇÃO DE DESCUMPRIMENTO DE PRECEITO FUN-
DAMENTAL. CONJUNTO DE DECISÕES JUDICIAIS QUE RE-
JEITAM ARGUIÇÕES DE INEXEQUIBILIDADE DE SENTEN-
ÇAS INCONSTITUCIONAIS TRANSITADAS EM JULGADO AN-
TES DE DECISÃO CONTRÁRIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA
LOCAL EM CONTROLE ABSTRATO DE CONSTITUCIONALI-
DADE. POSSÍVEL VIOLAÇÃO À SUPREMACIA DA CONSTI-
TUIÇÃO. CAUTELAR DEFERIDA.

1. A coisa julgada mereceu importante proteção constitucional


em nome da segurança jurídica e outros preceitos constitucionais.
Não constitui, porém, direito absoluto, como reconhecido pela legis-
lação e pela jurisprudência do Supremo Tribunal Federal.
(...)
14. Realmente, pela literalidade do art. 59 da Lei nº 9.099/1999,
chega-se a uma situação jurídica excêntrica, na qual uma sentença
inconstitucional proferida por um Juizado Especial, em cognição
sumária, torna-se imune à impugnação, enquanto sentenças profe-
ridas pelos demais órgãos judiciais, em rito ordinário, podem ser
rescindidas. Ainda que a intenção do legislador tenha sido a de pro-
ver o ordenamento jurídico de procedimentos judiciais mais céleres
e informais para resolução de conflitos de menor complexidade, es-
sa excentricidade parece, pelo menos nesse juízo de cognição su-
mária, incompatível com o princípio da supremacia constitucional e
outros preceitos fundamentais da Constituição Federal. Isto por-
que a desconstituição de decisões judiciais inconstitucionais, mais
do que tutelar interesses das partes, visa a preservar a supremacia
da constituição, quer tenham sido elas proferidas no âmbito dos
procedimentos ordinários, quer tenham elas origem em procedimen-
to sumário, sumaríssimo ou especial.
Documento recebido eletronicamente da origem

15. Embora o princípio da coisa julgada seja importante para a


segurança jurídica e outros princípios, não se pode conferir a ele
uma sobrevalorização que o torne hierarquicamente superior a ou-
tros princípios constitucionais, especialmente o da supremacia da

5
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 6
(e-STJ Fl.1555)

Constituição. Como se vê, o Sistema Jurídico Brasileiro prevê, ex-


pressamente, a ponderação da coisa julgada com a supremacia da
Constituição que, mais do quem princípio, é uma premissa lógica
dos modelos de Constituição Rígida. Conferir imunidade e caráter
absoluto às sentenças inconstitucionais dos Juizados Especiais
transitadas em julgado antes de decisão em controle abstrato e
concentrado de constitucionalidade proferida por tribunal com-
petente para dirimir a controvérsia acerca da constitucionalida-
de de lei ou ato normativo questionado pode representar grave
ofensa à supremacia constitucional.(...)”

E mais, o Art. 93, inciso IX, da CF/88, determina que todos os


julgamentos dos Órgãos do Poder Judiciário serão públicos, e fundamentadas todas
as decisões, sob pena de nulidade. (sublinhamos)

Ora, se uma DECISÃO, como a hostilizada pelo recorrente, con-


traria as TESES JURÍDICAS firmadas nos apontados julgamentos submetidas ao
regime de incidente de demandas repetitivas, a mesma não poderá prevalecer e ser
convalidada, pois padece de vícios irreversíveis que configuram a sua nulidade.

Neste diapasão da ordem jurídica, presidida pela Carta Magna, o


Código de Processo Civil de 2015, contém no CAPÍTULO VI, a disciplina e orienta-
ção acerca da tramitação DOS RECURSOS PARA O SUPREMO TRIBUNAL FE-
DERAL E PARA O SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA.

O referido segmento do estatuto processual abriga as normas


processuais que regem os procedimentos observados na interposição e tramitação
dos recursos junto aos Tribunais Superiores.

O Art. 1.030, e seus dispositivos estabelecem os procedimentos


cabíveis, como na hipótese em que o jurisdicionado tiver negado seguimento a sua
insurgência excepcional, prevê, inclusive, que possa interpor agravo interno à even-
tual negativa de seguimento ao recurso, por exemplo.

Nesse breve comparativo, verifica-se, pois, que essa norma pro-


cessual regimental adotada pelo Art. 31, caput, dessa Egrégia TURMA NACIONAL
Documento recebido eletronicamente da origem

restringe o acesso ao Poder Judiciário, senão, no mínimo, exclui da apreciação ju-


risdicional ameaça ou lesão a direito, porquanto não permite o pleno e exaustivo
desenvolvimento e exercício do devido processo legal, do contraditório e da ampla
defesa.

6
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 7
(e-STJ Fl.1556)

A condição exigida prejudica, sumária e irreversivelmente, o di-


reito do jurisdicionado à prestação da tutela jurisdicional de seus direitos e interes-
ses, especialmente quando, como no caso concreto, está demonstrada a ameaça
ou lesão a direito, qual seja, o preenchimento pleno dos requisitos que lhe conferem
legitimidade ao exercício do direito à aposentadoria pleiteada.

Nestas circunstâncias, o recorrente entende que os poderes con-


feridos ao juiz, à luz do Art. 139 e SS, do CPC, permitem suprir a apontada lacuna
nas normas processuais regimentais, aplicando, por analogia, as regras assegura-
das nos procedimentos comuns, a fim de que seja assegurado ao jurisdicionado, ora
recorrente, a perspectiva real e concreta de ter o seu direito ameaçado ou lesado
devidamente tutelado.

Mesmo porque, o seu direito à aposentadoria por idade encontra-


se comprovado e demonstrado nos autos, eis que preenchidos os requisitos de 65
anos de idade e a carência pelo aporte igual ou superior a 180 contribuições.

Então, o Art. 14, caput, da Lei 10.259/2001, prevê:

“Art. 14. Caberá pedido de uniformização de interpretação


de lei federal quando houver divergência entre decisões sobre
questões de direito material proferidas por Turmas Recursais
na interpretação da lei.” (destacamos/sublinhamos)

Portanto, a norma regimental do Art. 31 do RITNU, faz exigência


que obsta a que o jurisdicionado tenha exaurido o julgamento de sua causa por par-
te de Órgão jurisdicional de Instância recursal ad quem.

Essa exigência traz consigo a impropriedade que viola o preceito


fundamental processual que garante o direito à ¨apreciação jurisdicional ameaça
ou lesão a direito¨.

Então, à luz dos dispositivos em mira, ´caberá pedido de unifor-


mização´ quando decisão de TURMA RECURSAL, como nestes autos, decide de
modo divergente, sobretudo contrário à jurisprudência dominante emanada de jul-
gados afetados por TESES JURÍDICAS submetidas ao regime de recursos repetiti-
vos.
Documento recebido eletronicamente da origem

Na situação destes autos, a divergência notória se dá entre a


decisão recorrida convalidada pela TURMA RECURSAL e chancelada pela decisão
agravada, com aquela das TESES JURÍDICAS enunciadas que tratam sobre idênti-
ca questão de direito.

7
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 8
(e-STJ Fl.1557)

Portanto, o decisum recorrido conflita frontalmente com os TE-


MAS REPETITIVOS de: REAFIRMAÇÃO da DER – TEMA 995/STJ; e, APO-
SENTADORIA POR IDADE HÍBRIDA – TEMA 1007/STJ, respectivamente.

Ambas as teses jurídicas adotadas pelo Colendo SUPERIOR


TRIBUNAL DE JUSTIÇA incidem na situação destes autos e merecem aplicação.

E isto não é apenas uma pretensão do recorrente, mas, sobretu-


do, decorre de norma processual, conforme se infere do Art. 987, § 2º, do Código de
Processo Civil de 2015, deste teor:

“Art. 987. Do julgamento do mérito do incidente caberá re-


curso extraordinário ou especial, conforme o caso.

§ 2º. Apreciado o mérito do recurso, a tese jurídica adotada


pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Superior Tribunal de
Justiça será aplicada no território nacional a todos os pro-
cessos individuais ou coletivos que versem sobre idêntica
questão de direito.”

Destarte, a DECISÃO recorrida dos Órgãos Jurisdicionais das


Instâncias Ordinárias contraria a orientação jurisprudencial do Colendo Superior Tri-
bunal de Justiça, mas, precipuamente, supracitada norma processual.

Tem-se, então, nestes autos, justa e legitima inconformidade em


relação a uma decisão recorrida na iminência de surtir efeitos jurídicos deletérios,
irreversíveis, caso ocorra superveniente trânsito em julgado que redundará na for-
mação da coisa julgada e o consequente sepultamento de um direito líquido e certo
que o jurisdicionado não consegue usufruir porque a decisão recorrida é equivoca-
da.

No caso específico, as sobreditas TESES JURÍDICAS violadas


pelas Instâncias Ordinárias foram alinhavadas pelo Colendo SUPERIOR TRIBUNAL
DE JUSTIÇA nos termos das EMENTAS dos julgados que adiante referencia, tive-
ram o seu mérito julgado antes da decisão recorrida.
Documento recebido eletronicamente da origem

No julgamento proferido no RECURSO ESPECIAL REPETITIVO


nº 1.788.404 – PR, sob a relatoria do Eminente MINISTRO NAPOLEÃO NUNES
MAIA FILHO, julgado em 14-08-2019, DJe: 04.09.2019, a Egrégia PRIMEIRA SE-
ÇÃO daquela CORTE DE JUSTIÇA, de forma UNÂNIME dos MINISTROS, decidiu o
Tema Repetitivo 1007, nos termos do teor desta EMENTA:

8
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 9
(e-STJ Fl.1558)

“EMENTA

PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. RECURSO ESPECIAL


SUBMETIDO AO RITO DOS RECURSOS REPETITIVOS. OB-
SERVÂNCIA DO ARTIGO 1.036, § 5o. DO CÓDIGO FUX E DOS
ARTS. 256-E, II, E 256-I DO RISTJ. APOSENTADORIA HÍBRIDA.
ART. 48, §§ 3o. E 4o. DA LEI 8.213/1991. PREVALÊNCIA DO
PRINCÍPIO DE ISONOMIA A TRABALHADORES RURAIS E UR-
BANOS. MESCLA DOS PERÍODOS DE TRABALHO URBANO E
RURAL. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE RURAL, REMOTO E DES-
CONTÍNUO, ANTERIOR À LEI 8.213/1991 A DESPEITO DO NÃO
RECOLHIMENTO DE CONTRIBUIÇÃO. CÔMPUTO DO TEMPO
DE SERVIÇO PARA FINS DE CARÊNCIA. DESNECESSIDADE
DE COMPROVAÇÃO DO LABOR CAMPESINO POR OCASIÃO
DO IMPLEMENTO DO REQUISITO ETÁRIO OU DO REQUERI-
MENTO ADMINISTRATIVO. TESE FIXADA EM HARMONIA COM
O PARECER MINISTERIAL. RECURSO ESPECIAL DO INSS
PARCIALMENTE PROVIDO, TÃO SOMENTE, PARA AFASTAR A
MULTA FIXADA NOS EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.

1. A análise da lide judicial que envolve a proteção do Trabalhador Rural


exige do julgador sensibilidade, e é necessário lançar um olhar especial a
esses trabalhadores para compreender a especial condição a que estão
submetidos nas lides campesinas.

2. Como leciona a Professora DANIELA MARQUES DE MORAES, é pre-


ciso analisar quem é o outro e em que este outro é importante para os
preceitos de direito e de justiça. Não obstante o outro possivelmente ser
aqueles que foi deixado em segundo plano, identificá-lo pressupõe um
cuidado maior. Não se pode limitar a apontar que seja o outro. É preciso
tratar de tema correlatos ao outro, com alteridade, responsabilidade e,
então, além de distinguir o outro, incluí-lo (mas não apenas de modo for-
mal) ao rol dos sujeitos de direito e dos destinatários da justiça (A Impor-
tância do Olhar do Outro para a Democratização do Acesso à Justiça, Rio
de Janeiro: Lumen Juris, 2015, p. 35).

3. A Lei 11.718/2008, ao incluir a previsão dos §§ 3o. e 4o. no art. 48 da


lei 8.213/1991, abrigou, como já referido, aqueles Trabalhadores Rurais
que passaram a exercer temporária ou permanentemente períodos em
atividade urbana, já que antes da inovação legislativa o mesmo Segurado
Documento recebido eletronicamente da origem

se encontrava num paradoxo jurídico de desamparo previdenciário: ao


atingir idade avançada, não podia receber a aposentadoria rural porque
exerceu trabalho urbano e não tinha como desfrutar da aposentadoria ur-
bana em razão de o curto período laboral não preencher o período de ca-
rência (REsp. 1.407.613/RS, Rel. Min. HERMAN BENJAMIN, DJe
28.11.2014).

9
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 10
(e-STJ Fl.1559)

4. A aposentadoria híbrida consagra o princípio constitucional de unifor-


midade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas
e rurais, conferindo proteção àqueles Trabalhadores que migraram, tem-
porária ou definitivamente, muitas vezes acossados pela penúria, para o
meio urbano, em busca de uma vida mais digna, e não conseguiram im-
plementar os requisitos para a concessão de qualquer aposentadoria,
encontrando-se em situação de extrema vulnerabilidade social.

5. A inovação legislativa objetivou conferir o máximo aproveitamento e


valorização ao labor rural, ao admitir que o Trabalhador que não preen-
che os requisitos para concessão de aposentadoria rural ou aposentado-
ria urbana por idade possa integrar os períodos de labor rural com outros
períodos contributivos em modalidade diversa de Segurado, para fins de
comprovação da carência de 180 meses para a concessão da aposenta-
doria híbrida, desde que cumprido o requisito etário de 65 anos, se ho-
mem, e 60 anos, se mulher.

6. Analisando o tema, esta Corte é uníssona ao reconhecer a possibilida-


de de soma de lapsos de atividade rural, ainda que anteriores à edição da
Lei 8.213/1991, sem necessidade de recolhimento de contribuições ou
comprovação de que houve exercício de atividade rural no período con-
temporâneo ao requerimento administrativo ou implemento da idade, pa-
ra fins de concessão de aposentadoria híbrida, desde que a soma do
tempo de serviço urbano ou rural alcance a carência exigida para a con-
cessão do benefício de aposentadoria por idade.

7. A teste defendida pela Autarquia Previdenciária, de que o Segurado


deve comprovar o exercício de período de atividade rural nos últimos
quinze anos que antecedem o implemento etário, criaria uma nova regra
que não encontra qualquer previsão legal. Se revela, assim, não só con-
trária à orientação jurisprudencial desta Corte Superior, como também
contraria o objetivo da legislação previdenciária.

8. Não admitir o cômputo do trabalho rural exercido em período remoto,


ainda que o Segurado não tenha retornado à atividade campesina, torna-
ria a norma do art. 48, § 3o. da Lei 8.213/1991 praticamente sem efeito,
vez que a realidade demonstra que a tendência desses Trabalhadores é
o exercício de atividade rural quando mais jovens, migrando para o ativi-
dade urbana com o avançar da idade. Na verdade, o entendimento con-
trário, expressa, sobretudo, a velha posição preconceituosa contra o Tra-
balhador Rural, máxime se do sexo feminino.

9. É a partir dessa realidade social experimentada pelos Trabalhadores


Documento recebido eletronicamente da origem

Rurais que o texto legal deve ser interpretado, não se podendo admitir
que a justiça fique retida entre o rochedo que o legalismo impõe e o ven-
to que o pensamento renovador sopra. A justiça pode ser cega, mas os
juízes não são. O juiz guia a justiça de forma surpreendente, nos mean-
dros do processo, e ela sai desse labirinto com a venda retirada dos seus
olhos.

10
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 11
(e-STJ Fl.1560)

10. Nestes termos, se propõe a fixação da seguinte tese: o tempo de ser-


viço rural, ainda que remoto e descontínuo, anterior ao advento da Lei
8.213/1991, pode ser computado para fins da carência necessária à ob-
tenção da aposentadoria híbrida por idade, ainda que não tenha sido efe-
tivado o recolhimento das contribuições, nos termos do art. 48, § 3o. da
Lei 8.213/1991, seja qual for a predominância do labor misto exercido no
período de carência ou o tipo de trabalho exercido no momento do im-
plemento do requisito etário ou do requerimento administrativo.

11. É firme a orientação desta Corte ao afirmar que os Embargos de De-


claração opostos com notório propósito de prequestionamento não têm
caráter protelatório, não havendo que se falar, assim, em majoração da
verba honorária.

12. Recurso Especial do INSS provido, tão somente, para afastar a majo-
ração de honorários fixada no julgamento dos Embargos de Declaração.”

O TEMA 995, afetado pelo RECURSO ESPECIAL REPE-


TITIVO Nº 1.727.063 – SP, julgado em 23/10/2019, publicado em
02/12/2019, em que os Ministros da PRIMEIRA SEÇÃO do Colendo Superior
Tribunal de Justiça, sob a Relatoria do Eminente Ministro MAURO CAMPBELL
MARQUES, decidiram acerca do direito à REAFIRMAÇÃO da DER, como se
depreende destes excertos da Ementa do v. Acórdão, verbis:

“EMENTA

PROCESSO CIVIL E PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL


REPETITIVO. ENUNCIADO ADMINISTRATIVO 3/STJ. REAFIR-
MAÇÃO DA DER (DATA DE ENTRADA DO REQUERIMENTO).
CABIMENTO. RECURSO ESPECIAL PROVIDO.

1. O comando do artigo 493 do CPC/2015 autoriza a compreensão


de que a autoridade judicial deve resolver a lide conforme o estado em
que ela se encontra. Consiste em um dever do julgador considerar o fato
superveniente que interfira na relação jurídica e que contenha um liame
com a causa de pedir.

2. O fato superveniente a ser considerado pelo julgador deve guardar


pertinência com a causa de pedir e pedido constantes na petição inicial,
Documento recebido eletronicamente da origem

não servindo de fundamento para alterar os limites da demanda fixados


após a estabilização da relação jurídico-processual.

3. A reafirmação da DER (data de entrada do requerimento adminis-


trativo), objeto do presente recurso, é um fenômeno típico do direito pre-
videnciário e também do direito processual civil previdenciário. Ocorre
quando se reconhece o benefício por fato superveniente ao requerimen-
11
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 12
(e-STJ Fl.1561)

to, fixando-se a data de início do benefício para o momento do adimple-


mento dos requisitos legais do benefício previdenciário.

4. Tese representativa da controvérsia fixada nos seguintes termos:


É possível a reafirmação da DER (Data de Entrada
do Requerimento) para o momento em que imple-
mentados os requisitos para a concessão do bene-
fício, mesmo que isso se dê no interstício entre o
ajuizamento da ação e a entrega da prestação ju-
risdicional nas instâncias ordinárias, nos termos
dos arts. 493 e 933 do CPC/2015, observada a cau-
sa de pedir.

5. No tocante aos honorários de advogado sucumbenciais, descabe


sua fixação, quando o INSS reconhecer a procedência do pedido à luz do
fato novo.

6. Recurso especial conhecido e provido, para anular o acórdão pro-


ferido em embargos de declaração, determinando ao Tribunal a quo um
novo julgamento do recurso, admitindo-se a reafirmação da DER. Julga-
mento submetido ao rito dos recursos especiais repetitivos.”

Breve cotejo analítico entre a r. decisão recorrida e dos


vs. acórdãos paradigmas:

A Ementa dos julgados em referência deixa claro que é perfei-


tamente possível o reconhecimento da aposentadoria por idade ou híbrida, face o
permissivo da reafirmação da DER para a obtenção do bem jurídico requerido no
feito, tal como pleiteado e reafirmado perante às Instâncias Ordinárias.

A sobredita decisão qualificada da Corte Superior de Justiça vai


além ao estabelecer que não é imprescindível que exista requerimento expresso
no pedido inicial, bastando que esse desiderato do pedido expresso e fundamen-
tado seja formulado – como de fato ocorreu, de forma subsidiária – no curso
processual perante os Órgãos das Instâncias Ordinárias.
Documento recebido eletronicamente da origem

Verifica-se, pois, que ambos os acórdãos paradigmas possuem


similitude fática e jurídica com o caso concreto versado nestes autos, que não
deixa dúvida quanto à possibilidade de aplicação do procedimento da reafirma-
ção da DER, sobretudo quando independe de discussão acerca dos requisitos
indispensáveis para o exercício do direito pleiteado, reconhecidamente preenchi-
12
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 13
(e-STJ Fl.1562)

dos (65 anos de idade + carência de 180 contribuições mensais) desde a prolação da r.
sentença.

Embora o pedido principal (aposentadoria por tempo de con-


tribuição) do Acórdão recorrido não tenha sido acolhido pelas Instâncias recorri-
das, cujo melhor discernimento e interpretação o recorrente pretende obter atra-
vés do incidente interposto, o decisum recorrido deixa expresso, de modo inequí-
voco que, entre o pedido administrativo e o ajuizamento da demanda, o recor-
rente aportara contribuições urbanas superiores a 180 contribuições
mensais, quantum suficiente ao preenchimento do requisito da CARÊNCIA PRE-
VIDENCIÁRIA, seja para aposentadoria por tempo de contribuição ou por idade,
inclusive híbrida.

Ocorre que, na constância de tramitação do feito, o segurado


completou 65 anos de idade, em 13.09.2019, ou seja, antes da prolação da r.
sentença em 30.09.2019, Evento Nº 47.

Proferida a r. sentença, o recorrente interpôs os EMBARGOS


DE DECLARAÇÃO do Evento Nº 51, instando o Ilustre Magistrado a apreciar o
item ¨e.2)¨ do petitório inicial, quanto a possibilidade de REAFIRMAÇÃO da DER
para reconhecimento do direito à aposentadoria por idade urbana, a contar de
13.09.2019, quando completou 65 anos de idade, senão, também, a contar da
mesma data, o direito à aposentadoria por idade urbana híbrida, sendo esta de-
corrente do cômputo do tempo de serviço rural declaradamente reconhecido pela
r. sentença: de 13/09/1966 a 23/02/1976 e as contribuições mensais apor-
tadas nos vínculos urbanos.

Esse cômputo, essa contagem, de acordo com a espécie do


benefício pleiteado sobeja o mínimo de 180 contribuições mensais necessárias ao
preenchimento da carência previdenciária.

Portanto, a pretensão deduzida pelo recorrente é simples e


singela, caso não haja possibilidade de reconhecimento da aposentadoria por
tempo de contribuição, porquanto foram reconhecidos na sentença pouco
mais de 30 anos de tempo de contribuição, o que admite somente para ar-
Documento recebido eletronicamente da origem

gumentar, requer, então, que seja admitido aplicar desde logo a regra da REA-
FIRMAÇÃO da DER, a fim de ser imediatamente reconhecido o direito à aposen-
tadoria por idade urbana, a partir do momento em que implementou 65 anos de
idade (13.09.2019), uma vez que conta, somente em vínculos urbanos, 183 me-
ses de contribuições aportadas até a DER, ou seja, antes do ajuizamento.

13
Processo 5007154-12.2018.4.04.7111/TNU, Evento 34, PET1, Página 14
(e-STJ Fl.1563)

A razão da parte do pedido reafirmado subsidiariamente não


ter constado expressamente na inicial como pedido da aposentadoria por idade -,
embora tenha constado implícita e categoricamente a referência da possibilidade de oportuna RE-
AFIRMAÇÃO da DER - é simples, o requisito da idade foi implementado somente em
13.09.2019 e a ação aforada em 05.11.2018.

Percebe-se que a prestação jurisdicional independe de


qualquer revolvimento fático, basta que sobre os elementos reconheci-
dos seja aplicada a legislação previdenciária incidente.

Como isto não ocorreu, é justa e legítima a insurgência que


aponta existir DIVERGÊNCIA entre a decisão convalidada pela TURMA RE-
CURSAL, chancelada pela decisão agravada, e as DECISÕES proferidas pelo
Colendo Superior Tribunal de Justiça versando sobre idêntica questão de direito,
amparado nos julgados paradigmas ora transcritos.

Em suma, o caso destes autos, se identifica com alguma das


situações jurídicas previstas no Art. 1.013, § 3º, do Código de Processo Civil, que
aponta para a possibilidade de imediato julgamento do mérito, sem determinar o
retorno dos autos à origem para adequação do julgado recorrido.

Pedindo vênia a Vossa Excelência, o recorrente entende que o


seu recurso é legítimo, fundado no direito material, em normas fundamentais e
processuais, com amparo e consonância na cogitada orientação jurisprudencial
dominante do Colendo Superior Tribunal de Justiça.

Com efeito, face a inadmissão do pedido, requer que Vossa


Excelência reconsidere a decisão proferida, senão, à luz do § 3º, Art. 31 do RE-
GIMENTO INTERNO da TNU, se digne determinar que o feito seja remetido para
apreciação do Superior Tribunal de Justiça.

DIANTE DO EXPOSTO, requer que Vossa Excelência se


digne receber esta manifestação com pedido de reconsideração da decisão que ne-
gou seguimento ao incidente de uniformização interposto, senão, desde logo, de-
termine a remessa do feito para apreciação do Colendo Superior Tribunal de Justiça –
STJ, nos termos da fundamentação, supra.
Documento recebido eletronicamente da origem

Solicita deferimento.

Santa Cruz do Sul, RS, 11 de maio de 2022.

PetFederal Proc. EletrônicoNELSON CLECIO STOHR - OAB/RS 25.716

14

Você também pode gostar