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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO

MÉTODOS 2021 - ALUNO VICTOR PAGOTTO BARROS


EXERCÍCIO O3

1. Título : Oportunidades de trabalho e a migração rural-urbana no Espírito


Santo

Autor: Ednelson Mariano Dota

Resumo: A migração rural-urbana, apesar das mudanças quantitativas e


qualitativas verificadas nas últimas décadas, permanece intensa no Brasil e
em grande parte do mundo. O objetivo deste trabalho é analisar as causas da
emigração nas áreas de esvaziamento demográfico no Espírito Santo, mais
especificamente conjuntos de municípios que apresentaram saldo migratório
negativo na segunda metade da década de 2000. Para categorização dos
municípios utilizou-se o índice de eficácia migratória, dividindo-os em áreas
de evasão, circulação e retenção a partir dos microdados do Censo
Demográfico de 2010. Como resultado verificou-se que a emigração
concentra-se em municípios com economia predominantemente rural,
explicada pela redução das oportunidades de emprego no campo e pelo
empobrecimento relativo desses municípios, que impactam a qualidade de
vida dos residentes e as perspectivas de vida dos jovens.

Palavras-Chave: Migração; Êxodo rural; Trabalho; Agricultura.

Importância no debate: O autor deste artigo faz parte do corpo de docentes


do curso de geografia, e assim, traz uma perspectiva muito parecida com a
que o projeto pede. E além disso, o estudo gira em torno da migração
rural-urbana no Espírito Santo, englobando nosso recorte espacial, o
município de Afonso Cláudio, tendo sido realizada até uma aula de campo
com a população local. De acordo com o artigo, o município apresenta um
dos maiores índices de evasão de todo o estado e também aponta que os
jovens, um dos principais elos da nossa pesquisa, apresentam uma
inclinação à vida urbana. Buscando cada vez mais qualidade de vida, e
naturalmente buscando outros empregos sem ser com serviços primários,
como a agricultura, podemos associar a baixa perspectiva profissional a uma
evidência de problema estrutural: a redução das oportunidades na agricultura
somadas aos baixos investimentos recebidos por estes municípios que
geram menos possibilidades. Assim, os jovens se encontram em um dilema,
desfrutar do campo onde “pertencem”, ou buscar a realização pessoal na
cidade.

2. Título: Atlas da migração no Espírito Santo


Autor: Ednelson Mariano Dota

Resumo: Como um fenômeno social e, portanto, produto e insumo das


modificações sociais e econômicas, a migração se modifica de modo rápido e
dinâmico, na mesma velocidade que a própria sociedade e sua organização.
Nas últimas décadas, com a gradativa redução das taxas de fecundidade e
do crescimento natural da população, a migração se tornou ainda mais
relevante para os processos urbanos e regionais, mais especificamente pelo
impacto dos deslocamentos na transformação dessas áreas. O Espírito Santo
ficou à margem no contexto dos grandes fluxos em nível nacional, não
participando diretamente das principais correntes. Por outro lado, sua
dinâmica em relação às trocas líquidas (ou saldo migratório) apresentou forte
variação com crescimento nas últimas décadas, como resultado de
investimentos que foram direcionados a seus municípios e que abriram novas
oportunidades no território capixaba

Importância do debate: Assim como o artigo acima, este foi escrito pelo
mesmo autor, e mais uma vez traz dados essenciais para nosso projeto, um
deles é que Afonso Cláudio é apontado como um dos municípios mais
fechados do estado, com 80% da população sendo natural do próprio lugar.
Além disso, o estudo nos ajuda a traçar as rotas de migração, possibilitando
o entendimento de para onde essas pessoas vão, e o que elas buscam.
Sendo assim, começa-se o questionamento: por que tantas pessoas
migraram de Afonso Cláudio para outros lugares? E porque o saldo
populacional de lá ficou negativo no último censo?

3. Título: Dilema de la juventud en territorios rurales de Colombia: ¿campo o


ciudad?

Autor: Claudia Jurado e Isaías Tobasura

Palavras-chave: juventud rural, migración rural, cultural identidad, entorno


social.

Resumo: En este artículo presentamos algunos resultados del estudio


“Experiencias alternativas de acción política con participación de jóvenes”,
trabajo en el que se busca comprender el modo en que las transiciones
demográficas, migratorias y productivas contribuyen a la construcción de las
identidades juveniles y de sus proyectos de vida, en entornos rurales del Eje
Cafetero,1 e identificar las motivaciones de los jóvenes y de las jóvenes, sus
problemas identitarios, sus expectativas y algunas de las razones para irse
del campo. El trabajo nos permite concluir que, aunque el ámbito rural tiende
a ser bien valorado como espacio de vida, las expectativas laborales y
familiares y la identidad de los sujetos jóvenes parece construirse sobre el
imaginario de la ciudad.

Importância do debate: Este artigo toca em um ponto muito importante para


o nosso estudo: o jovem sente que pertence ao meio rural? Quais são seus
dilemas de identidade? Ou seja, nos dias atuais, o jovem apesar de ter uma
relação afetiva com o campo, vê uma necessidade de buscar a realização
pessoal, de forma que seus objetivos não podem ser alcançados a não ser
que ele se mude para a cidade. Porém, não são todos que conseguem essa
mudança, alguns precisam trabalhar no campo para ajudar a família, outros
não tem condições financeiras, mas a verdade é que o campo limita muito
certas ambições, de forma que o investimento e o incentivo é precário. Com a
globalização e a modernização de diversos serviços, essas informações
chegam em todos os lugares, até no campo, e por isso cria-se uma vontade
de desfrutar dessas oportunidades, principalmente da população mais jovem.

4. Título: Migração rural-urbana, juventude e ensino superior


Autor: NADIR ZAGO

Resumo: No Brasil, a proporção entre a população rural e a urbana foi


alterada de modo significativo nas últimas décadas (menos de 20% residem
no meio rural), e os movimentos migratórios em direção à cidade são
formados por um público mais jovem e mais feminino que no passado. Essa
migração seletiva vem assumindo proporções importantes nas regiões de
predomínio da agricultura familiar, como o sul do país. O presente artigo trata
das relações entre transformações sociais no campo, demandas por
escolarização em nível superior e destinos socioprofissionais dos filhos e das
filhas de pequenos produtores rurais. Os resultados que nortearam a análise
estão apoiados em estudos sociológicos que abordam os temas antes
relacionados e em entrevistas com universitários de diferentes cursos,
procedentes de áreas rurais do oeste do estado de Santa Catarina (período
2011-2012).

Palavras-chave: ensino superior; migração rural-urbana; juventude e


educação

Importância do debate: O texto de Zago nos leva à reflexão sobre um outro


ponto de partida do nosso projeto : a migração da juventude em busca de
ensino superior. É constatado que nos dias atuais a maioria das pessoas que
saem do campo, são jovens (e principalmente mulheres), e daí surgem várias
discussões, pois há todo um processo de tradição onde o património rural e
trabalho agrícola é passado de geração em geração, mas nos dias atuais
muitos jovens preferem seguir outros rumos, e não só o da continuidade do
trabalho rural. Muitas vezes, esse jovem é o primeiro a a buscar o ensino
superior entre todos da família, e isso apenas escancara que o
envelhecimento da população, juntamente com a falta de investimento em
educação por parte do poder público, acaba limitando as oportunidades da
juventude, e resultando na migração. Esse é um caso muito parecido com o
município de Afonso Cláudio, por isso o estudo de Zago se torna essencial
para formar a base do nosso projeto.

5. Título: ÊXODO RURAL, ENVELHECIMENTO E MASCULINIZAÇÃO NO


BRASIL: PANORAMA DOS ÚLTIMOS 50 ANOS
Autor: Ana Amélia Camarano e Ricardo Abramovay

Resumo:O trabalho apresenta um conjunto de estimativas de saldos e taxas


líquidas de migrações rural-urbanas por sexo e grupos qüinqüenais de idade
para o Brasil como um todo e as cinco regiões para as décadas de 50, 60,
70, 80 e o primeiro qüinqüênio dos anos 90. Estas estimativas serviram de
base para que fosse analisado o papel desempenhado pelas várias regiões
brasileiras a cada década no processo de desruralização da população
brasileira. Os movimentos migratórios respondem pelo processo de
esvaziamento da população rural. Em termos nacionais, a intensidade do
movimento de desruralização parece não se ter atenuado muito nos últimos
50 anos. Entre 1950 e 1980, as áreas rurais das regiões Sudeste e Sul
forneceram um volume expressivo de migrantes para as áreas urbanas. Nas
duas últimas décadas, é do Nordeste que saem do campo os maiores
contingentes populacionais. Também neste período, áreas de expansão de
fronteira agrícola como as regiões Centro-Oeste e Norte constituíram-se em
expulsoras de população rural. Entre 1950 e 1980, as áreas rurais das
regiões Sudeste e Sul forneceram um volume expressivo de migrantes para
as áreas urbanas. Nos fluxos de origem rural predominaram as mulheres,
com exceção dos anos 60. A magnitude da sobremigração feminina foi
diferenciada temporal e regionalmente. Uma conseqüência do fenômeno da
migração diferencial por sexo é o aumento da razão de sexos rural e uma
redução desta razão nas áreas urbanas, levando a uma crescente
masculinização do meio rural brasileiro.
Importância do debate: Este estudo serviu de referência para diversos
artigos científicos sobre a migração e o êxodo rural, explorando o contexto
histórico da ascensão da vida urbana e diversos fatores que são essenciais
para nossa base teórica.

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